segunda-feira, 29 de novembro de 2010

Omega Centauri aparece em infravermelho

  Utilizando os instrumentos a bordo da nave Wide-field Infrared Survey Explorer, ou WISE, a NASA capturou o alvo favorito de observação dos astrônomos amadores: a Omega Centauri.

Também conhecida como NGC 5139, este aglomerado de estrelas está na constelação Centauro e pode ser visto a olho nu pelos observadores em baixas latitudes no hemisfério norte ou moradores do hemisfério sul.
A Omega Centauri contém cerca de 10 milhões de estrelas e está a cerca de 16 mil anos-luz da Terra.

O astrônomo Ptolomeu achava que o aglomerado era uma única estrela, e Edmond Halley o identificou como uma nebulosa em 1677. Na década de 1830, John Herschel o classificou como um “cluster globular de estrelas”, orbitando a Via Láctea. Essas estruturas são um grupo esférico de estrelas ligadas pela gravidade.

A Omega Centauri sempre foi considerada a ovelha-negra dos clusters globulares, já que possui muitas características diferentes desses corpos celestes típicos. Por exemplo, ela é dez vezes mais massiva do que a média e também possui estrelas de diferentes idades – enquanto a maioria dos cluesters deste tipo contém estrelas de apenas uma geração.

Pesquisas recentes com o telescópio Espacial Hubble e o Observatório Gemini indicam que existe um buraco negro em seu centro. Essa descoberta sugere que a Omega Centauri pode ser, afinal, uma galáxia-anã que perdeu suas estrelas exteriores.

Este mosaico foi criado com os quatro detectores a bordo do WISE: azul e ciano representam a luz emitida a comprimentos de onda entre 3,4 e 4,6 microns. O halo verde que circunda o centro representa a luz a 12 microns, emitida pela poeira quente.

Omega Centauri aparece em infravermelho

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