quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Astrônomos encontram estrela de metano



Astrônomos encontram Pedra de Roseta estelar
Uma impressão artística do binário como ele poderia se parecer se visto a partir de um ponto no espaço perto da anã de metano. A anã branca aparece à distância, como uma estrela brilhante, iluminando suavemente sua companheira de resfriamento.

Anãs T
Uma equipe internacional chefiada por astrônomos chilenos descobriu um sistema estelar único e exótico, de um tipo totalmente desconhecido até agora.
O sistema é formado por uma estrela muito fria, rica em metano, chamada anã T, e uma estrela "morta", uma anã branca, uma em órbita ao redor da outra.
O sistema é uma "Pedra de Roseta" para as estrelas anãs T, dando aos cientistas uma forma de descobrir a massa e a idade dessa velhíssima estrela de metano.
O sistema é o primeiro desse tipo a ser encontrado.
Estrela de metano
O metano é uma molécula frágil, rapidamente destruída em temperaturas mais altas. Assim, ele só é visto em estrelas muitas frias e em planetas gigantes, como Júpiter.
As anãs de metano estão na fronteira entre as estrelas e os planetas, com temperaturas tipicamente inferiores a 1000 graus Celsius - a superfície do Sol atinge 5.500 graus Celsius.
Nem planetas gigantes e nem estrelas anãs-T são grandes o suficiente para iniciar a fusão do hidrogênio que alimenta o Sol e outras estrelas, o que significa que elas simplesmente esfriam e desaparecem ao longo do tempo - ou, seria melhor dizer, desaparecem em um tempo muito longo.
O novo binário estelar representa uma oportunidade única para que os cientistas testem nosso conhecimento da física das atmosferas estelares ultrafrias, porque a anã branca pode ser usada para calcular a idade dos dois objetos.
Anãs brancas
As anãs brancas representam o estado final das estrelas semelhantes ao Sol.
Quando essas estrelas esgotam o combustível de hidrogênio disponível em seu núcleo, eles expelem a maior parte de suas camadas exteriores para o espaço, formando uma nebulosa planetária e deixando para trás um núcleo pequeno, denso e quente, mas em processo de resfriamento - uma anã branca.
Para o nosso Sol, esse processo começará daqui a cerca de 5 bilhões de anos.
Com as grandes melhorias dos telescópios nos anos recentes, os astrônomos estão tendo oportunidade de descobrir corpos celestes e situações nunca vistas antes. É por isto que eles têm descoberto tantas Pedras de Roseta celestiais.

Um comentário:

  1. Olá, Tainá!
    Muito interessante essa descoberta e aliás, de uns tempos pra cá... parece que todo o dia surge uma "verdade escondida"! Não viu ontem, a divulgação da descoberta da bactéria com arsênio em seu DNA?
    Até breve! [1]!

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