quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Canhão de laser vai estudar rochas de Marte


Robô marciano terá canhão de laser vai estudar rochas de Marte
Uma bola de plasma luminosa emerge da superfície de um cristal de pirita. O feixe de laser propriamente dito é invisível.


Câmera de raios
Esta imagem mostra os primeiros testes da ChemCam, a "câmera química" que equipará a missão MSL (Mars Science Laboratory), o maior robô já enviado a Marte.
O novo robô espacial da missão, chamado Curiosidade, já começou a ser construído, e sua montagem está sendo mostrada ao vivo pela internet - veja NASA mostra ao vivo construção do robô que irá a Marte.
O instrumento ChemCam utiliza um feixe de laser pulsado para vaporizar uma rocha, produzindo um clarão de luz emitida pelo material ionizado - um plasma - que pode então ser analisado para identificar os elementos químicos presentes.
É essa bola de plasma luminosa que se pode ver na imagem, emergindo da superfície de um cristal de pirita (minério de ferro). O cristal está colocado a cerca de 3 metros do aparelho. O feixe de laser propriamente dito é invisível.
Canhão de laser
A ChemCam vai fazer o mesmo em Marte, disparando um laser e analisando a composição química dos materiais vaporizados da superfície das rochas e dos solos marcianos.
Logo depois que o alvo é atingido - um ponto preciso com cerca de um milímetro de diâmetro - um espectrógrafo a bordo do robô Curiosidade irá fornecer detalhes sem precedentes sobre os minerais e as microestruturas presentes nas rochas, por meio da medição da composição do plasma resultante - um gás extremamente quente, feito de íons e elétrons flutuando livremente.
A ChemCam irá usar seu laser também para varrer a poeira das rochas marcianas, para que uma outra câmera possa obter imagens extremamente detalhadas. A câmera será capaz de captar detalhes de 5 a 10 vezes menores do que os visíveis pelas câmeras dos robôs Spirit e Opportunity, que começou a explorar o planeta vermelho em janeiro de 2004.
Curiosidade remota
No caso do robozão Curiosidade - que tem o tamanho de um carro popular e pesa quase uma tonelada - não poder chegar até um afloramento de rocha de interesse, a ChemCam terá a capacidade para analisá-lo à distância.
Robô marciano terá canhão de laser vai estudar rochas de Marte
No caso do robozão Curiosidade - que tem o tamanho de um carro popular e pesa quase uma tonelada - não poder chegar até um afloramento de rocha de interesse, a ChemCam terá a capacidade para analisá-lo à distância. [Imagem: NASA/JPL-Caltech/LANL/J.-L. Lacour/CEA]
 
 
A uma distância de 1 a 9 metros, a ChemCam será capaz de:
  • identificar rapidamente o tipo de rocha - por exemplo, se ela é de origem vulcânica ou sedimentar;
  • determinar a composição das rochas e dos solos;
  • medir a concentração de todos os elementos químicos, incluindo os elementos-traço (oligoelementos) e aqueles que possam ser perigosos para os seres humanos;
  • reconhecer gelo e sais minerais com moléculas de água em suas estruturas cristalinas;
  • medir a profundidade e a composição da camada de intemperismo sobre as rochas;
  • prestar assistência visual durante a perfuração de amostras de rocha.

ChemCam é uma abreviatura para o nome completo do instrumento, que é Laser-Induced Remote Sensing for Chemistry and Micro-Imaging - sensoriamento remoto induzido por laser para análises químicas e microimageamento.
Braço robótico
O instrumento ChemCam tem duas partes: um braço robótico e uma unidade central.
No braço robótico ficará um telescópio para focalizar o laser, a câmera, um laser para vaporizar as superfícies e um micro-gerador de imagens remoto.
O braço poderá ser inclinado ou girado conforme necessário, para uma melhor visualização da amostra.
A luz do plasma, captada pelo telescópio, vai viajar por um link de fibra óptica até a unidade central, dentro do robô. Essa central terá três espectrógrafos, para dividir a luz do plasma em seus comprimentos de onda constituintes, para proceder à análise química.
Os resultados são transmitidos à central de processamento do Curiosidade, que cuida de transmiti-los à Terra

2 comentários:

  1. Olá, Tainá!
    Agora com o trabalho desse "robosão"... não é qq montinho de areia que vai prendê-l0. Mas, eu preferia que esse trabalho fosse mesmo realizado pelo big dog. Veja porque: http://www.youtube.com/watch?v=cHJJQ0zNNOM Qual a sua opinião? [1]!

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  2. É acho q o big dog seria uma boa para fazer esse tipo de trabalho no espaço,vi que ele é muito resistente e otimo em qualquer terreno.
    Eu aprovaria ele para ir para o espaço.

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