quarta-feira, 6 de julho de 2011

Ônibus espaciais foram usados por três décadas; veja momentos marcantes

Concebido nos anos 70 como veículo espacial econômico para alcançar a órbita terrestre, o ônibus espacial dos Estados Unidos, que combina as características de um ônibus e de um caminhão, conheceu altos e baixos desde seu primeiro voo, há três décadas.
O voo número 135, do Atlantis, previsto para esta sexta-feira (8), será o último passeio espacial desse tipo de nave. No total, 385 pessoas originárias de 16 países, em sua grande maioria americanas, terão voado a bordo de um ônibus espacial.
Foram construídas seis naves, embora a primeira, Enterprise, não tenha passado de um protótipo. Discovery, Endeavour e Atlantis são as três sobreviventes desta frota.
Veja alguns momentos marcantes do programa da Nasa:
. O ônibus espacial nasceu em 1972, com a decisão do presidente Richard Nixon de lançar o programa. O primeiro voo orbital, o do Columbia, ocorreu no dia 12 de abril de 1981, com apenas dois astronautas a bordo.
. O voo número 25 foi dramático: no dia 28 de janeiro de 1986, a nave Challenger explodiu diante das câmeras de televisão 73 segundos após ter sido lançada. Os sete membros da tripulação morreram, entre eles Christa McAuliffe, 37, que seria a primeira professora a ir ao espaço. O programa de ônibus espacial permaneceu paralisado durante quase três anos e reiniciou suas expedições em setembro de 1988, com o voo do Discovery.
. Um ponto alto da história do ônibus espacial ocorreu em 1990, quando o Discovery implantou o primeiro telescópio espacial, o Hubble, que revolucionou a história da astronomia. O piloto da nave era Charles Bolden, atual diretor da Nasa e primeiro negro a ocupar este cargo. No fim de dezembro de 1993, o Endeavour efetuou a primeira missão de manutenção do telescópio com o objetivo de corrigir um defeito de concavidade que o Hubble apresentava em um espelho. O ônibus espacial efetuaria outras quatro missões de manutenção do telescópio, a última em 2009.
. O voo do Discovery, em fevereiro de 1995, marcou o início de uma estreita colaboração espacial russo-americana. A nave transportou um cosmonauta russo e chegou a se aproximar muito da estação russa MIR, que havia sido voluntariamente desorbitada com a finalidade de ser destruída em 2001. Três meses mais tarde, o Atlantis realizou a primeira de nove missões à MIR, incluindo neste voo quatro russos e um americano.
. A construção da ISS (Estação Espacial Internacional), em 1998, cujo primeiro módulo Zarya (russo) foi colocado em órbita por um foguete russo Protón em novembro desse mesmo ano, concedeu para o ônibus espacial americano sua missão de maior importância.
. Os lançamentos de ônibus espaciais já eram coisa comum, mas em 1º de fevereiro de 2003 ocorreu uma nova tragédia: o Columbia se desintegrou ao entrar na atmosfera e seus sete tripulantes morrem. Não haveria mais voos durante dois anos e meio. Uma comissão de investigação designada para analisar as causas do acidente criticou duramente a Nasa e formulou severas recomendações para melhorar as condições de segurança. Mas em julho de 2005, em seu primeiro voo após a paralisação do programa, o Discovery perdeu um fragmento de grandes dimensões de espuma isolante no momento de lançamento, sem chegar a danificar seu escudo término. Este mesmo problema teria estado na origem do acidente do Columbia. Os ônibus espaciais permaneceriam novamente nos hangares durante um ano.
. Após novas medidas para conferir máxima segurança à tripulação, no dia 4 de julho de 2006 os voos foram retomados, com um renovado Discovery.

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