segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Agência americana estuda fazer posto de combustível no espaço

A Nasa está considerando construir estações de combustível para reabastecer suas naves em órbita antes que elas sejam direcionadas para a Lua, um asteroide ou até para Marte.
Os planos mostram que a agência espacial americana está tentando acelerar seu cronograma de envio de astronautas para localidades mais distantes da Terra.
Hoje, todo o combustível necessário para uma missão vai junto com o foguete. O peso do combustível limita o tamanho das espaçonaves.
No mês que vem, engenheiros vão se encontrar na sede da Nasa em Washington para discutir como os depósitos de combustível poderiam ser usados para fazer viagens mais longas no espaço e possibilitar missões mais ambiciosas. As discussões terão como base um estudo de seis meses sobre o tema, encerrado em julho.
No entanto, a agência espacial rejeitou a conclusão mais radical do trabalho, segundo a qual a Nasa poderia usar foguetes diferentes dos construídos hoje e muito mais leves, somados a dois depósitos de combustível colocados em órbita.
"Esse estudo destaca benefícios interessantes dos depósitos, mas é muito focado nessa solução", afirma William H. Gerstenmaier, da diretoria de exploração humana e operações da Nasa.
LOGÍSTICA
Segundo o plano, o depósito de combustível seria lançado primeiro. Depois, outros foguetes levariam o combustível até ele, antes que uma nave chegasse para ser abastecida. Isso aumentaria a complexidade para uma missão até um asteroide (seriam até 17 lançamentos em vez de quatro) mas poderia levar os astronautas até o alvo desejado em 2024.
O orçamento para o projeto, de 2012 a 2030, seria de até US$ 86 bilhões.
Para comparar, um estudo feito no ano passado para a mesma missão, mas usando foguetes pesados lançados já com o combustível, orçou o projeto em US$ 143 bilhões.
Mas o uso dos depósitos de combustível tem riscos.
Os combustíveis como hidrogênio e oxigênio líquidos precisam ficar em temperaturas muito baixas. Se os depósitos não tiverem isolamento térmico, os líquidos podem ser vaporizados com o tempo.
A transferência de combustível no espaço, onde não há "peso", também pode ser difícil. Mas esses desafios podem ser contornados, segundo técnicos da agência.

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