quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Astronauta brasileiro Marcos Pontes é nomeado embaixador da Onudi

O astronauta brasileiro Marcos Pontes foi nomeado embaixador da boa vontade da Onudi (Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial).
Em comunicado, o organismo informou a escolha de Pontes, o primeiro astronauta profissional do Brasil a viajar ao espaço.
O astronauta Marcos Pontes, o único brasileiro a viajar até a Estação Espacial Internacional
O astronauta Marcos Pontes, o único brasileiro a viajar até a Estação Espacial Internacional

"Proveniente das pobres condições de vida dos subúrbios de São Paulo, ele tornou seu sonho realidade graças a sua educação básica e profissional", destacou a nota.
Com a história de sua vida, "é um exemplo de como a educação básica e profissional pode fazer a diferença real", disse o diretor-geral da Onudi, Kandeh Yumkella.
Ao aceitar sua nomeação durante a 14ª Conferência-Geral da organização, Pontes pediu investimentos da cooperação internacional na preparação "das novas gerações, para formar cidadãos do mundo".

Fotógrafo captura rastro deixado por estação espacial e Júpiter

O fotógrafo britânico Mark Humpage produziu uma foto noturna de longa exposição em que conseguiu capturar as trilhas de luz deixadas pela ISS (Estação Espacial Internacional), o planeta Júpiter e estrelas do céu.
Humpage, famoso por suas imagens do céu e de paisagens, aproveitou o clima ameno do Reino Unido para esta época do ano, e acampou durante a noite do último domingo no pátio da igreja de Misterton, em Leicestershire.
O fotógrafo britânico Mark Humpage acampou durante uma noite perto de um cemitério para fazer a imagem acima
O fotógrafo britânico Mark Humpage acampou durante uma noite perto de um cemitério para fazer a imagem acima

"Eu tinha planejado [a foto] neste local há algum tempo e só estava esperando pelas condições ideais, sem nuvens, sem Lua e céu limpo", disse o fotógrafo.
"A igreja de Misterton com seu cemitério assustador e esta árvore formam um ótimo primeiro plano", escreveu o fotógrafo em seu website.
"Se você olhar atentamente entre a ponta da torre da igreja e a árvore, você vai ver a ISS cruzando os arcos dos rastros deixados pelas estrelas", disse Humpage.
Júpiter, por sua vez, deixa o rastro mais brilhante, cruzando atrás da torre da igreja e se dirigindo para o horizonte.
O fotógrafo usou um cabo remoto em sua câmera para fotografar de forma contínua o céu noturno durante um período de 11 horas.
Neste intervalo, Humpage fez 2.700 imagens com uma lente grande angular, que ele usou para formar esta imagem.

sábado, 26 de novembro de 2011

Estudo identifica astros com mais chances de abrigar vida extraterrestre

A lua de Saturno Titã e o exoplaneta Gliese 581g estão entre os corpos celestes mais propensos à existência de vida extraterrestre, diz um artigo científico publicado por pesquisadores americanos.
O estudo da Universidade de Washington criou um ranking que ordena os planetas e satélites de acordo com a semelhança com a Terra e as condições para abrigar outras formas de vida.
Segundo os resultados publicados na revista acadêmica "Astrobiology", a maior semelhança com a Terra foi demonstrada por Gliese 581g, um exoplaneta --ou seja, localizado fora do Sistema Solar--, cuja existência muitos astrônomos duvidam.
Em seguida, no mesmo critério, vem o Gliese 581d, que é parte do mesmo sistema. O sistema Gliese 581 é formado por quatro --e possivelmente cinco-- planetas orbitando a mesma estrela anã a mais de 20 anos-luz da Terra, na constelação de Libra.
CONDIÇÕES FAVORÁVEIS
Um dos autores do estudo, Dirk Schulze-Makuch explica que os rankings foram elaborados com base em dois indicadores.
O ESI (sigla em inglês de Índice de Similaridade com a Terra) ordenou os astros conforme a sua similaridade com o nosso planeta, levando em conta fatores como o tamanho, a densidade e a distância de sua estrela-mãe.
Já o PHI (sigla de Índice de Habitabilidade Planetária) analisou fatores como a existência de uma superfície rochosa ou congelada, de uma atmosfera ou de um campo magnético.
Também foi avaliada a energia à disposição de organismos, seja através da luz de uma estrela-mãe ou de um processo chamado de aceleração de maré, no qual um planeta ou lua é aquecido internamente ao interagir gravitacionalmente com um satélite.
Por fim, o PHI leva em consideração a química dos planetas, como a presença ou ausência de elementos orgânicos, e se solventes líquidos estão disponíveis para reações químicas.
HABITÁVEIS
No critério de habitabilidade, a lua Titã, que orbita ao redor de Saturno, ficou em primeiro lugar, seguida da lua Europa, que orbita Júpiter.
Os cientistas acreditam que Europa contenha um oceano aquático subterrâneo aquecido por aceleração de maré.
O estudo contribuirá para iniciativas que, nos últimos tempos, têm reforçado a busca por vida extraterrestre.
Desde que foi lançado em órbita em 2009, o telescópio espacial Kepler, da Nasa (agência espacial americana), já encontrou mais de mil planetas com potencial para abrigar formas de vida.
No futuro, os cientistas creem que os telescópios sejam capazes de identificar os chamados "bioindicadores" --indicadores da vida, como presença de clorofila, pigmento presente nas plantas-- na luz emitida por planetas distantes.

Base de lançamento de foguetes exibe peças do programa espacial russo

A base de onde partem foguetes de origem russa, que fica em Baikonur, no Cazaquistão, mantém um museu para o público geral em suas instalações.
O local exibe equipamentos e objetos que fazem a história do programa espacial do país.
Funcionária de museu mostra a cadeira ejetável e o traje que foi usado pelo primeiro cosmonauta, Yuri Gagárin
Funcionária de museu mostra a cadeira ejetável e o traje que foi usado pelo primeiro cosmonauta, Yuri Gagárin

Museu está localizado na base de lançamento de foguetes em Baikonur, no Cazaquistão; acima, traje espacial
Museu está localizado na base de lançamento de foguetes em Baikonur, no Cazaquistão; acima, traje espacial

Também chamada de cosmódromo, a base começou a ser citada com mais frequência no noticiário internacional pois é de lá que saem os foguetes Soyuz, que levam cosmonautas e astronautas até a ISS (Estação Espacial Internacional) desde que a frota dos ônibus americanos foi desativada.

Traje de cosmonauta exibido no museu dedicado ao programa espacial russo, em Baikonur, no Cazaquistão
Traje de cosmonauta exibido no museu dedicado ao programa espacial russo, em Baikonur, no Cazaquistão

A partir da esq., o americano Donald Pettit, o russo Oleg Kononenko e o holandês Andre Kuipers
A partir da esq., o americano Donald Pettit, o russo Oleg Kononenko e o holandês Andre Kuipers

Em breve, a plataforma orbital receberá uma nova tripulação formada pelo norte-americano Donald Pettit, o russo Oleg Kononenko e o holandês Andre Kuipers.
Os três estão em Moscou, em treinamento que antecede a partida, marcada para dezembro.

Missão espacial a Marte é de alto risco, adverte especialista

O astrônomo britânico que líderou uma missão fracassada a Marte, a Beagle 2, disse no programa "Material World", da BBC Radio 4, que a nova missão americana ao planeta vermelho é de altíssimo risco.
Professor de Ciências Planetárias da Open University, no Reino Unido, Colin Pillinger comentou que o início da missão MSL (sigla em inglês de Mars Science Laboratory) deve criar um clima de preocupação entre seus colegas da Nasa (agência espacial americana).
Pillinger sinalizou que a missão enfrenta agora riscos muito altos. "Dois terços das missões fracassam."
Quanto às chances de sucesso da nova missão americana, ele hesitou em arriscar um palpite. "As chances são tão boas quanto os engenheiros puderem assegurar. Você testa, testa e testa, e nunca lança algo que não tenha chances de sucesso."
Pillinger conta que a missão atual é um grande experimento. "Eles vão testar um novo sistema de aterrissagem.
No sábado (27), terá início a missão MSL, cuja estrela é o jipe Curiosity. "Ele é do tamanho de um carro pequeno, o maior veículo já lançado. Já a Beagle 2 era do tamanho de uma roda de carro", acrescentou.
"Na Beagle, nós usamos um sistema em que a nave é embalada com sacos cheios de gás e acoplada a um paraquedas. Quando ela toca o chão, ela joga os sacos fora e vai embora", explicou. "Dessa vez, eles vão sobrevoar o local e baixar o veículo com cabos. Quando a sonda tocar o chão, vão cortar os cabos. É um grande experimento, e de alto risco. Eles têm uma chance única de sucesso."
"Alguns engenheiros da Nasa devem estar extremamente preocupados, mas devem estar também confiantes de que fizeram o melhor possível."
O grande tamanho do Curiosity se deve ao fato de que o equipamento não ser movido a energia solar. O robô é munido de um gerador nuclear que lhe fornece energia constantemente, permitindo que viaje para mais longe e com mais rapidez.
Enquanto explora Marte, o robô estará procurando respostas para a pergunta que há muito tempo os cientistas tentam responder: haveria sinais de vida no planeta vermelho?
"Eles vão fazer experimentos que vão contribuir muito nessa direção", afirmou Pillinger. "Está carregando exatamente os instrumentos que eu teria escolhido."
FRACASSOS
Desde a década de 1960, dezenas de missões robóticas foram direcionadas a Marte, com o intuito de coletar informações sobre as condições do planeta e sua história, além de abrir caminho para uma possível missão tripulada.
A maior parte missões fracassou, levando cientistas a ponderar, brincando, sobre a existência de um diabo galáctico que se alimentaria de sondas enviadas a Marte. Outros falam da "maldição" do planeta vermelho.
O caso mais recente de missão fracassada a Marte --ou quase fracassada, já que os cientistas ainda estão tentando salvá-la-- foi o lançamento da sonda russa Fobos-Grunt, no último dia 9.
Apesar de ter sido lançada com sucesso, os cientistas russos não conseguiram colocar a nave na direção correta (seu destino seria uma das luas de Marte) e a missão está presa na órbita da Terra.
Depois de duas semanas de tentativas, a ESA (Agência Espacial Europeia) conseguiu estabelecer contato com a sonda.
Agora, a agência trabalha com cientistas russos para identificar o problema da sonda e consertar seu motor.
"Eles não conseguem dar ignição no motor", disse Pillinger. "As baterias da nave estão acabando e uma vez que isso aconteça, será o fim da missão."
Ele explicou que, no caso da missão liderada por ele, a Beagle 2, lançada em 2003, foi diferente: "A Beagle chegou a Marte, mas o problema aconteceu na descida. A descida é sempre a fase mais difícil."
Pillinger citou que o grande desafio em missões como essas não é necessariamente a distância.
"Podemos ir muito mais longe. Hoje mesmo estávamos discutindo a possibilidade de irmos às luas do planeta gigante [Júpiter] para reexaminar Europa e buscar evidências de vida lá."
Pillinger adicionou que, quanto mais longe vai uma missão espacial, mais falhas acontecem. "Cada uma dessas falhas, se você não consegue resolver o problema, significa o fim da missão."
A estratégia usada pelos cientistas é criar duplicatas de cada sistema. Quando um aparelho falha, o outro assume seu lugar.
"Você constroi as naves com a maior quantidade de sistemas duplicados possível, mas há um limite, porque quanto mais você constrói, maior e mais complicada fica a nave."
"O problema da Beagle é que ela tinha tão pouca massa que não podíamos construir nenhum sistema duplicado", observa. "No caso da Fobos-Grunt, eles tinham alguns sistemas duplicados, mas não tinham um sistema duplicado na área de telecomunicações da nave."

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Veja a cratera marciana onde o jipe Curiosity vai pousar

É neste sábado (26) que a Nasa (agência espacial americana) pretende colocar em órbita o foguete Atlas, que levará a bordo o jipe Curiosity até o solo marciano.
Pelos planos iniciais, a ideia é fazer com que ele chegue à cratera Gale --veja abaixo a imagem divulgada na terça-feira (22)-- de uma maneira inédita, utilizando uma espécie de um guindaste voador.
Círculo indica local de pouso do Curiosity; as áreas azuis são mais baixas e as verdes, as mais altas da cratera


A partida está programada para as 10h02 (13h02, no horário de Brasília), da base de lançamento de Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), e dará início a uma missão de pelo menos um ano marciano --equivalente a 687 dias na Terra.
O voo estava previsto para ocorrer na sexta-feira (25), mas foi adiado para que fosse feita a substituição de uma das baterias do foguete que levará o Curiosity.
A expectativa em torno do pouso do jipão é grande e a dúvida é se vai ocorrer conforme o previsto.
A Nasa usará, pela primeira vez, uma sistema de propulsores que executará a parte final do pouso. O jipe descerá por um cabo que sai de um "guindaste voador", que vai soltá-lo para então voltar a voar, caindo mais adiante.
A dúvida é se o equipamento de cerca de uma tonelada e com três metros de comprimento chegará ao solo marciano sem virar ou, pior, de pernas para cima.
Mas a prova final demandará ainda um bom tempo. Serão cerca de nove meses até que o foguete se aproxime da cratera Gale.
Pelos cálculos da Nasa, entre 6 e 20 de agosto de 2012 o Curiosity deverá fazer sua aterrissagem em solo marciano, após viajar durante 567 milhões de quilômetros que separam a Terra ao ponto de pouso de Marte.

Nasa se prepara para lançar robô Curiosity em direção a Marte

Os técnicos da Nasa (agência espacial americana) anunciaram nesta quarta-feira que está tudo pronto para o lançamento do robô Curiosity, que viajará para Marte a bordo de um foguete Atlas para buscar sinais de vida no planeta vermelho.
"O lançamento neste sábado e os sucessos obtidos pela Nasa no último ano mostram quão equivocadas são as especulações de que acabaram os tempos de glória da Nasa", disse Colleen Hartman, executiva da agência espacial.
O robô, que carrega o MSL (sigla em inglês de Laboratório Científico de Marte), partirá de Cabo Canaveral, na Flórida, no sábado às 10h02 locais (13h02 de Brasília).
Depois de uma viagem de 9,65 milhões de quilômetros nos próximos oito meses e meio, ele se aproximará da cratera Gale de Marte. A plataforma superior, equipada com foguetes, se manterá a cerca de 40 metros da superfície e fará o robô descer a Marte.
"Os Estados Unidos são o único país do mundo que levou a Marte e já fez operar em sua superfície os exploradores robóticos", lembrou Harman. "Mas este, o Curiosity, é um robô com esteroides".
O Curiosity pesa uma tonelada e tem três metros de comprimento. É cinco vezes mais pesado que os robôs antecessores --os exploradores Spirit e Opportunity, que chegaram a Marte em janeiro de 2004 na busca de rastros de água.
"O Curiosity irá mais longe e descobrirá muito mais que o imaginado", destacou Hartman. "Eu acredito que estarei viva no dia em que poderemos ver a primeira astronauta a pisar sua bota em Marte".
O diretor de lançamentos em Cabo Canaveral, Omar Báez, explicou que os técnicos completaram nesta quarta-feira uma nova revisão dos equipamentos e sistemas do foguete propulsor e a cápsula com o robô. "Tudo está pronto para a partida", resumiu ele.
"Na sexta-feira, levaremos o foguete e a cápsula do hangar à plataforma de lançamento", afirmou Báez. "E no sábado, às 3h da manhã (pelo horário local, 6h de Brasília), começará o abastecimento de combustível".
O lançamento, inicialmente previsto para sexta-feira, foi adiado para sábado após os técnicos terem constatado no último fim de semana que era necessário substituir uma das baterias do foguete que levará o robô.
Os engenheiros contam com um período de chances de lançamento até 18 de dezembro e esperam que tudo ocorra conforme o previsto para que o veículo chegue a Marte em agosto de 2012.
O Laboratório Científico de Marte (MSL, na sigla em inglês) conta com dez instrumentos para buscar evidências de um ambiente propício para a vida microbiana, inclusive os ingredientes químicos essenciais para a vida.
Isso representa o dobro de instrumentos que os robôs lançados anteriormente pela Nasa. Este será o primeiro a utilizar um laser para analisar o interior das rochas e analisar os gases com o espectrômetro que pode enviar dados à Terra.
O Curiosity leva todos os instrumentos para medir as condições de vida no passado e no presente, estudando as condições ambientais do planeta. Ele buscará compostos que contenham carbono --um dos principais ingredientes para a vida como se conhece-- e avaliará como eram em suas origens.
Ao contrário dos outros robôs, o Curiosity conta com o equipamento necessário para obter amostras de rochas e solo e processá-las.
A Nasa começou a planejar a missão MSL em 2003. Nos últimos oito anos, cientistas e engenheiros construíram e testaram as capacidades do robô, que, segundo as expectativas, levará a pesquisa planetária a outro nível.
"Esta máquina é o sonho de qualquer cientista", assinalou à imprensa Ashwin Vasavada, cientista adjunto do projeto MSL no Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) em uma das sessões prévias informativas.
O Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, localizado na Califórnia, elaborou o Curiosity para que fosse capaz de superar obstáculos de até 65 centímetros de altura, com o objetivo de evitar que se prendesse, como aconteceu com o Spirit, e de se locomover cerca de 160 metros por dia.

O robô Curiosity, que viajará a bordo de um foguete Atlas para buscar sinais de vida em Marte
O robô Curiosity, que viajará a bordo de um foguete Atlas para buscar sinais de vida em Marte

Guia com 500 páginas indica pontos turísticos em Marte

O homem ainda nem colocou os pés em Marte, mas já existe à venda um guia turístico que reúne os dados mais úteis do planeta vermelho. Entre eles, as regiões onde há maior abundância de água, o relevo da superfície e e até dicas de roupas que devem ser usadas para se proteger do clima extremo.
A obra de quase 500 páginas relata parte das descobertas que a ciência fez no planeta e traz informações curiosas sobre as missões espaciais realizadas até o momento.
Os interessados nesse tipo de literatura científica podem conhecer em detalhes o Olympus Mons, o maior vulcão do Sistema Solar, com uma extensão semelhante à do Reino Unido e altura três vezes superior ao Everest.
Outro ponto que vale ser identificado é o Tharsis Planitia, um planalto elevado com planícies tão extensas como as da Europa, mas sobre uma altitude de nove quilômetros, e os Valles marineris, um imenso cânion perto do qual o Grande Canyon do Colorado (EUA) seria uma simples rachadura.
A obra, escrita pelo cientista americano William Kenneth Hartmann, compila dezenas de imagens de Marte feitas por sondas da Nasa e
localiza cada um de seus pontos curiosos em um mapa topográfico regional, além de informar os detalhes de cada um.
Enquanto a ciência ainda investiga a hipótese de que alguma forma de vida possa ser viável em Marte, já existe um consenso: a evolução de seu clima registrou uma mudança climática muito mais drástica do que a da Terra.
A obra inclui capítulos típicos de um guia turístico, entre eles o clássico "O que devo vestir?". O capítulo aborda as temperaturas típicas do ar do planeta, que oscilam entre -87 graus durante a noite ao "ameno" -25 de dia, e a do solo, que no verão pode subir até 10 graus.
Com essas condições, um uniforme espacial similar ao dos astronautas que foram à Lua poderia ser suficiente, mas as botas e as luvas teriam de ter isolamento especial, porque tudo o que for tocado terá uma temperatura muito inferior.
O guia revisa o conhecimento científico apresentado por todas as missões ao planeta vermelho, que começaram na década de 70 e foram sucedidas desde então pela participação das principais agências espaciais do mundo.

Comunicação com sonda que iria para lua de Marte é reestabelecida

A ESA (Agência Espacial Europeia) confirmou ter recebido sinais da sonda espacial Fobos-Grunt, cujo objetivo era chegar a uma lua de Marte para coletar informações sobre o satélite e seu planeta, mas que ficou presa na órbita terrestre.
O anúncio ocorreu horas depois de a Roscosmos (agência espacial russa) dar como praticamente perdida o módulo.
A estação de acompanhamento espacial da ESA, em Perth, na Austrália, recebeu os sinais da Fobos-Grunt na terça-feira. É a primeira vez que ocorre um contato com a nave.
"Estabelecemos comunicação com o aparelho em uma frequência", disse o representante da ESA na Rússia, Rene Pishel, à agência de notícias russa Itar-Tass. "Mas, por enquanto, não recebemos informações."
A ESA anunciou que estuda agora maneiras de manter a comunicação com a sonda.
Lançada no último dia 8, a Fobos-Grunt deveria cumprir uma missão de 34 meses que incluía o voo a Fobos, uma das luas de Marte, um pouso na superfície do satélite e, por fim, o retorno à Terra de uma cápsula com amostras do solo do satélite marciano.
O projeto, avaliado em cerca de US$ 170 milhões, tinha como objetivo estudar a matéria inicial de formação do Sistema Solar e ajudar a explicar a origem das duas luas.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Agência russa dá sonda Fobos-Grunt como perdida

A Roscosmos (agência espacial russa) deu praticamente por perdida a sonda interplanetária Fobos-Grunt, que parou na órbita terrestre ao invés de seguir para Marte --as causas ainda não foram esclarecidas.
"É preciso ser realista. Se não conseguimos estabelecer a comunicação (com a estação) durante tanto tempo, são poucas as possibilidades de levarmos essa missão adiante", declarou o subdiretor da agência, Vitaly Davydov, citado pela agência de notícias Interfax.
Ele acrescentou que a próxima "janela" --como os especialistas chamam o período mais propício para o voo-- deverá ocorrer somente dentro de dois anos. Até lá, a Fobos-Grunt já terá perdido suas funções.
"Não recebemos informações da estação. Simplesmente não entendemos o que aconteceu", admitiu Davydov. Ele ressaltou que a falta de dados não permite aos especialistas estabelecer as causas da conduta anômala da estação.
O subdiretor explicou que, pelos cálculos da Roscomos, a Fobos-Grunt poderia entrar nas camadas densas da atmosfera e cair na Terra entre dezembro deste ano ou nos primeiros meses de 2012.
"Mas se calcularmos a probabilidade da cápsula cair na cabeça de alguém, esta com certeza será próxima de zero", disse.
Davydov acrescentou que as coordenadas da região onde cairão os fragmentos da estação somente serão conhecidas com 24 horas de antecedência à queda.
Ele indicou que, se a expedição da Fobos-Grunt fracassar, a Roscosmos vai estudar se continua com as expedições para Marte ou se concentra na pesquisa da Lua.
"Talvez tenha mais sentido dar passos mais sérios na Lua", declarou. "No que se refere à Marte, pode-se apostar por trabalhar conjuntos com nossos colegas estrangeiros."
A Fobos-Grunt, lançada em dia 8 de novembro, deveria completar sua missão em 34 meses, incluindo um voo à lua Fobos, uma descida na superfície e, finalmente, o retorno à Terra com mostras do solo do satélite marciano.
O projeto, com custo US$ 170 milhões, tinha como objetivo estudar a matéria inicial da formação do Cosmos e ajudar a explicar a origem de Fobos e Deimos, a outra lua marciana, assim como dos demais satélites naturais no Sistema Solar.

Futuro das viagens espaciais é tema de exposição em NY

As viagens espaciais são o tema de uma exposição no Museu de História Natural de Nova York, que projeta os próximos avanços na área por meio de simuladores, maquetes e objetos reais.
"O que nos diz esta exibição é que a prospecção espacial só está começando, que existem coisas fabulosas por fazer", disse o responsável de astrofísica no museu e curador da mostra, Michael Shara.

Nave russa volta com sucesso à Terra após 5 meses no espaço

A nave russa Soyuz TMA-02M, com três tripulantes a bordo, aterrissou nesta terça-feira com sucesso nas estepes do Cazaquistão após cinco meses e meio de missão, informou o CCVE (Centro do Controle de Voos Espaciais) da Rússia, citado pela agência de notícias Interfax.
A cápsula pousou à 0h25 (horário de Brasília) e trouxe de volta da ISS (Estação Espacial Internacional) o cosmonauta russo Sergey Volkov, o astronauta americano Michael Fossum e o japonês Satoshi Furukawa.
Inicialmente, o programa de voo previa uma permanência de 161 dias no espaço, até 16 de novembro, mas o acidente da nave de carga Progress M-12M em agosto forçou o adiamento de seis dias do retorno à Terra.
pouso da cápsula foi acompanhado do ar por três aviões e oito helicópteros. "A tripulação suportou bem a descida e a aterrissagem. Os tripulantes estão de bom humor", disse um membro das equipes de resgate locais ao CCVE.
O canal de televisão russo Rossiya 24 divulgou ao vivo imagens dos tripulantes sorridentes minutos depois da aterrissagem.
A viagem de volta da Soyuz TMA-02M, desde o momento em que se desgarrou da ISS até quando pousou nas estepes cazaques, teve duração de pouco menos de três horas e meia.
Os astronautas a bordo da Soyuz viveram momentos de tensão quando estavam na ISS. Em 26 de junho, junto com os outros três tripulantes da estação, tiveram de se esconder na nave acoplada à plataforma devido à ameaça de colisão com lixo espacial.
Na ISS, resta agora uma missão integrada por três tripulantes: os cosmonautas russos Anton Shkaplerov e Anatoli Ivanishin e o astronauta americano Daniel Burbank, que chegaram à plataforma no último dia 16.
Michael Fossum (esq.), Sergey Volkov e Satoshi Furukawa recebem cuidados após aterrissagem no Cazaquistão
Michael Fossum (esq.), Sergey Volkov e Satoshi Furukawa recebem cuidados após aterrissagem no Cazaquistão

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Exposição mostra futuro das viagens espaciais nos EUA

O que está por vir das viagens espaciais é o ponto central de uma exposição no Museu de História Natural de Nova York, que recria os próximos avanços na área por meio de simuladores, maquetes e objetos reais.
"O que nos mostra esta exibição é que a prospecção espacial só está começando, que existem coisas fabulosas por fazer", disse o responsável de astrofísica no museu e curador da amostra, Michael Shara.
A exposição, que abriu neste sábado com o título de "Beyond Planet Earth: The Future of Space Exploration" (Além do Planeta Terra: o futuro da prospecção espacial, em tradução), repassa alguns destes avanços fabulosos, como a possibilidade de fazer turismo espacial e a colonização de Marte.
Até alguns anos atrás, essas missões espaciais só faziam parte do cinema e da literatura de ficção científica, mas atualmente são centros de diversos projetos científicos.
É o caso do plano de colonizar Marte, que estará um pouco mais perto depois que a Agência Aeroespacial Americana (Nasa) enviar em 2012 ao planeta seu robô explorador "Curiosity", um passo importante para que os humanos possam estabelecer-se ali no futuro.
A mostra tem ainda uma réplica em tamanho real desse robô, além de simuladores interativos para dar uma ideia ao visitante de como será explorar o planeta vermelho e transformá-lo em um local habitável.
"No futuro, poderemos ir a Marte e começar a torná-lo um lugar mais parecido com a Terra", revelou Shara. Segundo ele, "de um mundo frio e sem vida, Marte se transformará em um local de plantações, animais e humanos, o que será um apoio para nós".
Por meio de uma minuciosa maquete, o museu nova-iorquino aborda o projeto de construir uma base no polo sul da Lua, já que há um ponto neste local que oferece horas de luz quase constantes e suficientes para gerar eletricidade.
Assim, o mundo que imaginaram cineastas como Georges Méliès (1861-1938), diretor de "Viagem à Lua" (1902), é cada vez menos de ficção científica.
Méliès mostrou uma Lua habitada que recebeu o impacto de um foguete com exploradores a bordo. Agora o museu nova-iorquino revela aos visitantes um protótipo de moradia que talvez algum dia sirva de lar aos astronautas na Lua.
A exposição inclui uma reprodução do que seria um "elevador lunar", uma estrutura para facilitar o transporte de humanos e mercadorias entre a base lunar e a Terra.
Outras seções da mostra tratam de explorações de uma das luas de Júpiter, que para os estudiosos poderia abrigar vida e das estrelas que ficam fora do sistema solar e contam com planetas próprios.
Apesar de os projetos serem cada vez mais próximos da realidade, o responsável pelo museu lembrou que seguem dependendo de grandes investimentos, o que amplia as dificuldades.
"Se a Rússia, os Estados Unidos, a Europa e o Japão se unissem em vez de investirem em projetos separadamente, poderíamos ir a Marte em 20 anos, mas se não agirem conjuntamente podemos demorar 50 ou até cem anos", estimou Shera.
Nesta mesma linha, a mostra aborda não só as viagens ao espaço, mas também a importância da colaboração neste tipo de projetos, "o que permitiu a construção, por exemplo, da estação espacial internacional", disse Shera.
Outra vertente que explora a mostra são as viagens turísticas espaciais, com veículos como o avião que desde 2009 está sendo desenvolvido pela empresa Virgin Galactic, que projeta oferecer voos ao espaço ao preço de US$ 200 mil por passagem.
O museu ainda dedica espaço a uma exposição a missões espaciais históricas como o lançamento do satélite Sputnik em 1958, a primeira viagem do homem ao espaço, feita pelo russo Yuri Gagarin (1934-1968) em 1961, e o início em 1990 do telescópio espacial Hubble, que ainda funciona.
Mais informações podem ser obtidas no site do museu, cujo endereço é amnh.org. A exposição vai até agosto de 2012.
Veja, abaixo, o vídeo oficial da exposição (em inglês).

Nasa lança neste sábado jipe para procurar vida em Marte

Neste sábado (26), a Nasa tenta iniciar uma nova investida até o planeta vermelho. O objetivo: achar os ingredientes da vida em Marte.
O encarregado de realizar a tarefa é o jipe Curiosity, um grandalhão que tem quase o tamanho de um automóvel (três metros de comprimento e quatro toneladas).
O projeto custou US$ 2,5 bilhões, e a missão deve durar pelo menos um ano marciano (687 dias).
Movido a energia nuclear, o jipe terá mais eletricidade que qualquer outro dispositivo em Marte, sem depender de painéis solares. Poderá trabalhar dia e noite.
VIVENDO E APRENDENDO
Em 1976, duas espaçonaves, Viking-1 e 2, levaram ao solo marciano experimentos dedicados à detecção de vida. A ideia era misturar nutrientes ao solo. Se desse reação positiva, pronto: bactérias extraterrestres.
Quando o experimento foi conduzido na prática, ocorreu o inesperado.
A superfície marciana parecia estar cheia de uma substância capaz de degradar a solução nutritiva enviada nas naves. Resultado: muitos bilhões de dólares para um teste inconclusivo.
Desde então, a Nasa tem sido cautelosa. A estratégia foi quebrada em três etapas, e o novo jipe que está prestes a decolar representa uma transição para a segunda.
Primeiro, os cientistas decidiram se pautar pelo mote: "siga a água". Foi com base nele que as sondas Mars Global Surveyor e Mars Reconnaissance Orbiter buscaram sinais de fluxos de água (passados, recentes e presentes).
A sonda Mars Odyssey mapeou a presença de gelo no subsolo, e a sonda Phoenix confirmou o achado.
Finalmente, os jipes Spirit e Opportunity buscaram sinais minerais de interação da água com as rochas, indicando que no passado Marte já foi mais quente e teve atmosfera mais densa.
Além da água, há outras duas coisas de que a vida precisa para prosperar. Uma delas é energia, que o Sol pode fornecer em Marte, a despeito da maior distância que o planeta guarda da estrela, em comparação com a Terra.
A outra é a presença de compostos orgânicos, os tijolos da vida. Por isso, o foco agora não é mais a água (que já existiu na cratera Gale, onde o novo jipe deve pousar), e sim o carbono.
"Entre 2010 e 2020 mudamos o foco, queremos procurar os chamados ambientes habitáveis", disse à Folha o engenheiro brasileiro Ramon de Paula, executivo de programa no quartel-general da Nasa envolvido com missões marcianas.
"Entre 2020 e 2030, a última etapa: o retorno de amostras de Marte, em busca de sinais de vida", afirma.
O Curiosity está equipado com dez instrumentos científicos. Ele vai perfurar o solo para análise, buscar compostos orgânicos e medir o nível de radiação solar e cósmica.
Para descer o "jipão" até o solo, a Nasa usará uma técnica inédita: um sistema de propulsores que executará a parte final do pouso e descerá o jipe por um cabo, para depois soltá-lo e voltar a voar, caindo mais adiante. Nada de airbags, como os jipes anteriores enviados a Marte.
"Isso foi testado na Terra, mas podemos ter imprevistos lá", diz Ramon de Paula.
O teste final será na madrugada do dia 6 de agosto de 2012, quando o Curiosity deve tocar o solo marciano.
Ilustração do jipe Curiosity em solo marciano; missão no planeta vermelho começa com lançamento nesta semana
Ilustração do jipe Curiosity em solo marciano; missão no planeta vermelho começa com lançamento nesta semana

domingo, 20 de novembro de 2011

Pesquisa propõe raio laser para resgatar astronautas

Mais de 200 astronautas colocaram os pés na ISS (Estação Espacial Internacional) em mais de uma década de atividade da plataforma orbital. Por sorte, nenhum deles ficou desacordado e perdido no espaço -mas, se o pior acontecer, os procedimentos atuais de segurança pouco poderiam fazer pela vítima.
Uma proposta para melhorar as chances de sobrevivência nesses casos vem dos cientistas John Sinko, da Universidade St. John's, e Clifford Aschlecht, diretor do Instituto de Materiais, Energética e Complexidade, ambos dos Estados Unidos.
Eles sugerem o uso de feixes de laser para salvar o astronauta que se desconectar da ISS. Seria uma espécie de raio trator: uma luz que incide sobre uma pessoa, fazendo com que ela se mova em direção ao foco de energia.
O laser geraria um movimento quando disparado sobre compartimentos carregados de propelentes, presos ao abdome do astronauta.
Uma vez aquecido, esse combustível passaria para o estado gasoso e provocaria um jato que moveria o astronauta até um ponto onde o resgate pudesse ser feito. O processo todo poderia ser acionado por controle remoto: o viajante poderia ser socorrido mesmo inconsciente.
Mas como fica o astronauta alvo da operação de salvamento? "Acreditamos que há um risco mínimo [para ele]", afirma Sinko.
"O traje espacial fornece proteção necessária contra o feixe de laser. Mas um filtro teria de ser acrescentado ao visor do traje para evitar danos aos olhos."
cabo de segurança
O acessório de segurança mais simples usado nos trajes espaciais hoje consiste de dois cabos de aço presos na lateral do corpo.
Ao se mover em atividades fora da ISS, o astronauta só pode mudar de posição depois de prender um dos cabos a um apoio fixo no módulo. Se os dois arrebentam, outro acessório de segurança entra em ação. Trata-se do Safer, um equipamento movido a nitrogênio que se desloca por curtas distâncias e fica nas costas do traje espacial.
O aparelho estabiliza o astronauta, fazendo ele parar de rodar. Outro comando vira a pessoa em direção à ISS e um jatinho a leva até lá.
Falando assim, parece fácil. O astronauta brasileiro Marcos Pontes, qualificado pela Nasa para atuar em missões externas na ISS, diz que é difícil manejar os comandos, parecidos com um joystick, com a enorme luva do traje. Mas o desafio é a mira.
"Você pode passar do lado da ISS, que está a uma velocidade média de 27 mil km/h, e não 'pegar' a estação. Aí não tem retorno."

sábado, 19 de novembro de 2011

Estudos mostram galáxias como especialistas em "reciclagem"

Os cientistas descobriram que as galáxias são especialistas em "reciclagem" já que, segundo suas observações com o telescópio espacial Hubble da Nasa, reutilizam continuamente grandes volumes de hidrogênio e elementos pesados para criar novas gerações de estrelas.
Os cientistas asseguram que esta prática de "reciclagem" evita que algumas galáxias esvaziem seus "tanques de combustível" --de diferentes gases-- e estendam sua etapa de formação de estrelas durante mais de dez bilhões de anos, segundo publicado nesta sexta-feira em três estudos complementares sobre o tema na revista "Science".
Um dos objetivos dos estudos era ver como galáxias como a Via Láctea somam massa com a formação de estrelas e suas descobertas, asseguram, são um desafio para os modelos teóricos sobre o papel dos fluxos de gás na criação de galáxias.
Os astrônomos acreditam que a cor e a forma de uma galáxia são em grande parte controlados pelo gás que flui através de um extenso halo que existe a seu redor, composto de hidrogênio, hélio e elementos pesados como carbono, oxigênio, nitrogênio e neônio, em contraposição à matéria escura, que é o espaço desconhecido que também faz parte do universo.
Suas conclusões se baseiam nas observações do Telescópio Espacial Hubble, em particular de um de seus instrumentos, o Espectrógrafo de Origens Cósmicas (COS) que ajudou a detectar o halo de gás que recobre a Via Láctea e outras 40 galáxias.
As observações de estrelas distantes com este aparelho mostram que uma grande massa de nuvens se precipita através do halo gigante da Via Láctea, o que favorece a formação de estrelas.
Estas nuvens de hidrogênio quente residem dentro do disco de 20 mil anos luz da Via Láctea e contêm material suficiente para gerar cem milhões de sóis.
Parte deste gás é material reciclado que está sendo continuamente alimentado pela formação de estrelas e a energia explosiva das estrelas novas e das supernovas, que geram gás quimicamente enriquecido de novo no halo.
Nicolas Lehner, da Universidade de Notre Dame em South Bend, Indiana; Jason Tumlinson do Space Telescope Science Institute em Baltimore, Maryland, e Todd Tripp da Universidade de Massachusetts em Amherst são os principais autores dos três estudos.
"Nossos resultados confirmam a suspeita teórica de que as galáxias expulsam e podem reciclar o gás, mas também apresentam um novo desafio aos modelos teóricos para entender os fluxos de gás e sua integração com o panorama geral da formação de galáxias", assinalou Tumlinson em comunicado divulgado pela Nasa.

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Tripulação da estação espacial terá menu especial no Thanksgiving

O feriado americano do Thanksgiving (Dia de Ação de Graças) será comemorado pela tripulação da ISS (Estação Espacial Internacional) no próximo dia 24, mesmo a 354 km de distância da Terra.
O menu terá as comidas típicas da data especial, como o peru, o purê de batatas e as ervilhas verdes, só que adaptadas para o ambiente da microgravidade.
Na onda do bom humor, a tripulação planeja até decorar uma "mesa" para a ocasião.
O astronauta americano Dan Burbank e os cosmonautas Anton Shkaplerov e Anatoly Ivanishin chegaram à ISS na última terça-feira (15) e vão morar e trabalhar na plataforma orbital até março do ano que vem.

Sonda Cassini registra formação de tempestade gigante em Saturno

A sonda Cassini captou a formação e a evolução de uma tempestade gigante que se estendeu por uma área de 15 mil km na face norte de Saturno durante 200 dias. As imagens foram divulgadas na quinta-feira (17) pela Nasa (agência espacial americana).
Os cientistas observaram uma pequena mancha em 5 de dezembro de 2010. À medida que o tempo passa, ela aumenta de tamanho até se transformar na gigantesca tempestade que, no fim de janeiro deste ano, dá a volta em todo o planeta.
Trata-se da maior tempestade detectada nas últimas duas décadas em Saturno e já observada de uma sonda interplanetária.
No mesmo dia em que as câmeras de alta resolução da Cassini capturaram as primeiras imagens da tempestade, o rádio da sonda e o instrumento de ondas de plasma detectaram a atividade elétrica da tempestade.
A Cassini confirmou que a fase ativa da tempestade terminou no final de junho, mas suas nuvens turbulentas permanecem na atmosfera atual.
"A tempestade de Saturno se parecia mais com um vulcão que com um sistema climático terrestre", declarou Andrew Ingersoll, membro da equipe de imagens da Cassini no Instituto de Tecnologia da Califórnia em Pasadena.
"A pressão se acumula durante muitos anos antes da tempestade explodir. O mistério é que não há rochas para resistir à pressão e atrasar a erupção durante tantos anos", explicou Ingersoll em comunicado divulgado pela Nasa.
A Cassini foi lançada ao espaço em outubro de 1997, junto com a sonda Huygens da ESA (Agência Espacial Europeia).
A nave chegou às imediações de Saturno em 2004 para iniciar o estudo de Titã, a maior lua do planeta.
Desde então os 12 instrumentos de Cassini estiveram transmitindo informação do sistema de Saturno durante quase seis anos, ainda que a missão deveria ter terminado no final de 2008.
Em 2010, a Nasa decidiu prolongar a missão da Cassini até 2017, o que permitirá aos cientistas estudar as mudanças climáticas no planeta e em suas luas.
Foto da Nasa mostra sinais da tempestade ao norte de Saturno, que se expandiu e circulou o planeta
Foto da Nasa mostra sinais da tempestade ao norte de Saturno, que se expandiu e circulou o planeta

Nasa cria mapa topográfico da Lua em alta definição

A Nasa (agência espacial americana) divulgou nesta semana um novo mapa topográfico da Lua, na mais alta resolução --ou seja, mais fidedigna-- criada até o momento.
O satélite natural da Terra é o nosso vizinho mais próximo, mas a sua morfologia ainda tem várias brechas pouco estudadas.
O mapa atual é uma concepção da Universidade do Estado do Arizona (EUA), que se baseou em imagens feitas pela sonda LRO (Orbitador de Reconhecimento Lunar) a partir de junho de 2009, quando foi lançada.
Pelos recursos limitados de sondas anteriores, não era possível obter um mapa como esse em alta resolução.
"Nossa nova visão topográfica da Lua fornece um conjunto de dados que os cientistas lunares esperavam desde a era das missões Apollo", comentou Mark Robinson, que trabalhou diretamente no projeto.
Segundo ele, o mapa ajudará a entender como a crosta da Lua se deformou e como é a mecânica das crateras que surgiram por impacto de objetos estelares.
Além disso, também poderá colaborar com missões tripuladas ou não para o satélite natural da Terra.
Mapa topográfico da Lua em alta resolução, divulgado pela Nasa, fornece dados mais precisos sobre o satélite
Mapa topográfico da Lua em alta resolução, divulgado pela Nasa, fornece dados mais precisos sobre o satélite

Diretor da Nasa diz que dinheiro pode atrasar viagens à ISS

O diretor da Nasa (agência espacial americana), Charles Bolden, disse que um corte no orçamento poderia atrasar as viagens operadas por empresas privadas à ISS (sigla em inglês de Estação Espacial Internacional) até 2017.
Perante o iminente anúncio de cortes nas agências federais pelo elevado deficit público dos Estados Unidos, Bolden destacou em uma subcomissão do Senado que um financiamento insuficiente do programa de naves espaciais comerciais poderia atrasar o início dos voos.
Desde que a Nasa aposentou seus ônibus espaciais no último mês de julho, os EUA não contam com uma nave própria para suas viagens à ISS, um laboratório internacional do qual participam cinco agências espaciais que representam 16 países.
Agora são as naves russas Soyuz, com menor capacidade, as que transportam os astronautas e os EUA têm de pagar por um lugar a bordo.
O plano é que as empresas privadas construam as naves para transportar os astronautas americanos à ISS, enquanto a Nasa se concentra em desenvolver um veículo que permita viagens além da órbita baixa da Terra.
Por isso reduzir os fundos poderia afetar "significativamente" o calendário do programa e a estratégia de aquisição, ressaltou Bolden, garantindo que um nível de despesas de US$ 500 milhões anuais para o programa, como o previsto para o ano fiscal de 2012, "atrasaria a capacidade inicial à ISS até 2017".
De fato, segundo lembra o jornal "Flórida Today", este ano só foram aprovados US$ 406 milhões para este programa, enquanto a Nasa havia solicitado US$ 850 milhões.
Bolden lembrou que a Nasa está trabalhando na "nova geração" do sistema de voo espacial tripulado com o desenvolvimento da cápsula Órion e do Sistema de Lançamento Espacial, que permitirá aos astronautas viajar além da órbita terrestre "pela primeira vez desde a missão lunar da Apolo 17 de dezembro de 1972".
A Nasa prevê realizar uma prova de voo não tripulado com a Órion e o SLS em 2017, e prevê que a primeira missão tripulada aconteça em 2021.

Nasa capta movimento nas dunas de Marte

As dunas de Marte são muito mais dinâmicas do que se imaginava e chegam a se deslocar vários metros, segundo constataram um grupo de cientistas da Nasa (agência espacial americana) graças às imagens da sonda de reconhecimento MRO que orbita o planeta vermelho e que foram divulgadas nesta quinta-feira (17).
"Estamos acostumados a pensar que a areia em Marte é relativamente imóvel, por isso estas novas observações estão mudando nossa perspectiva", afirmou Nathan Bridges, cientista do Laboratório de Física da Universidade Johns Hopkins, em Maryland.
Segundo Bridges, que publicou suas descobertas na revista "Geology", ou Marte tem mais rajadas do que se pensava "ou os ventos são capazes de transportar mais areia".
A superposição das imagens detectadas pela sonda mostra claramente o movimento das dunas, algo que contrasta com as teorias científicas de apenas uma década atrás que apontavam que estas não se movimentavam ou faziam em um ritmo tão lento que não se podia detectar.
A sonda Mars Reconnaisance Orbiter (MRO), lançada em 2005, e as imagens captadas pela câmera de alta resolução HiRise, permitiram documentar o movimento anual de uma dúzia de dunas e outras formações em todo o planeta.
A atmosfera de Marte é muito tênue e por isso são necessários ventos muito fortes mesmo que para movimentar um grão de areia. De acordo com os cálculos, apenas ventos de 130 km/h podem movimentar essas pequenas partículas que na Terra se deslocariam com ventos de 16 km/h.
Os cientistas declararam que não registraram movimento em todas as dunas observadas, mas destacaram que esta descoberta ressalta a importância da vigilância a longo prazo em alta resolução.

Dunas marcianas se deslocam por vários metros; antes, pensava-se que esse movimento era mais lento
Dunas marcianas se deslocam por vários metros; antes, pensava-se que esse movimento era mais lento

Nave chinesa volta à Terra após primeiro acoplamento espacial

A Shenzhou-8 aterrissou nesta quinta-feira após uma missão de 16 dias no módulo Tiangong-1, que posteriormente vai originar uma estação orbital pelos planos chineses.
A nave não tripulada é a primeira, na história do programa tecnológico da China, a fazer um acoplamento espacial.
A Shenzhou-8 entrou na atmosfera terrestre por volta das 9h (horário de Brasília) e pousou em Siziwang, na região autônoma da Mongólia Interior, no norte da China.
Funcionários do programa espacial chinês o recuperaram em seguida, segundo imagens transmitidas ao vivo pela emissora estatal CFTV.
A oitava nave Shenzhou ("nave divina", em chinês) partiu no começo deste mês, no dia 1º. Dois dias depois, protagonizou o acoplamento espacial, operação que se repetiu no dia 14.
EM TERCEIRO
Os Estados Unidos são os pioneiros em acoplamentos espaciais --unir, ao mesmo tempo, duas naves em órbita. O primeiro ocorreu em 1966, com o Gemini-8 se juntando ao módulo Agena.
Após um ano, os russos fizeram o acoplamento da Soyuz-4 e 5 e, mais recentemente, os chineses.
A China também é o terceiro país a levar um astronauta ao espaço, em 2003. O governo quer demonstrar que está equipado tecnologicamente para trabalhar em bases permanentes em órbita.
Em 2012, a nona e a décima naves da série Shenzhou também serão acopladas ao módulo, e pelo menos uma delas terá como tripulante a primeira chinesa a ir ao espaço.
A China planeja instalar seu primeiro laboratório no espaço em 2016, e dispor de uma base espacial permanente no fim da década.

A nave não tripulada Shenzhou-8 se tornou a primeira a acoplar no espaço
A nave não tripulada Shenzhou-8 se tornou a primeira a acoplar no espaço

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Oceano abaixo de uma das luas de Júpiter?

De acordo com pesquisa liderada pela cientista Britney Schmidt, informa que há forte indício de existência de água em seus estado líquido abaixo da superfície da lua Europa de Júpiter
Publicação desta semana da revista científica Nature, nos informa de acordo com pesquisa liderada pela cientista Britney Schmidt, que a fortes indícios de existência de água em seu estado líquido abaixo da superfície da lua Europa de Júpiter.
Os cientistas acreditam que há um vasto oceano abaixo de uma camada grossa de gelo e sendo assim, como todos nós sabemos que vários cientistas há anos procuram algum lugar nesse espaço sem fim, um lugar para possível existência da vida humana caso seja necessário um dia ou até mesmo existência de outras espécies de vidas nesses planetas pesquisados.
Os dados foram coletados pela sonda espacial Galileu, que fora lançada ao espaço em 1989 e até hoje vasculha lugares ainda não visitados pelo homem. Europeus e americanos estão se preparando para novas missões para a Lua e Júpiter, até mesmo já comentada por nós aqui no oficina da net.
De acordo com as informações, europeus e americanos, mais precisamente, os norte-americanos estão preparando novas viagens ao espaço ainda nessa década, ou no início da próxima, mas até lá, nossos olhos serão mesmo nossos satélites que estão vagando pelo espaço a procura de novas informações que nos sejam interessantes.
Oceano abaixo de uma das luas de Júpiter?

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Nebulosa reúne conglomerado de estrelas com grande massa; veja

As nuvens frias de poeira da nebulosa Carina são áreas de intensa formação estelar, que abriga um coletivo significativo de estrelas com grande massa. Uma foto dela foi divulgada pelo ESO (Observatório Europeu do Sul) nesta quarta-feira.
Para se ter uma ideia, a Carina contém algumas com uma massa total equivalente a mais de 25 mil sóis. Já a massa de gás e das nuvens de poeira --essencialmente hidrogênio-- corresponde a cerca de 140 mil sóis.
Quando jovens, as estrelas de maior massa que se encontram na região emitem ventos estelares fortes e radiação que dão forma às nuvens que as rodeiam, e provavelmente as comprimem o suficiente para que se formem novas estrelas.
No final das suas vidas, as estrelas tornam-se muito instáveis, estando sujeitas a perdas consideráveis de material estelar, e podem morrer sob a forma de violentas explosões de supernova.
A Carina encontra-se a cerca de 7.500 anos-luz de distância na constelação do mesmo nome (Carina ou Quilha).
É uma das nebulosas mais brilhantes do céu devido ao grupo de estrelas de grande massa. Com uma dimensão de aproximadamente de 150 anos-luz, é cerca de várias vezes maior que a nebulosa Órion.
Estrelas de grande massa, como as da nebulosa Carina, podem se tornar instáveis e explodir em uma supernova
Estrelas de grande massa, como as da nebulosa Carina, podem se tornar instáveis e explodir em uma supernova

Soyuz TMA-22 se acopla com sucesso à Estação Espacial Internacional

A nave russa Soyuz TMA-22, com três tripulantes a bordo, acoplou nesta quarta-feira com sucesso à ISS (Estação Espacial Internacional), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia.

O comandante russo Anton Shkaplerov recebe ajuda de colegas para entrar na estação espacial internacional
O comandante russo Anton Shkaplerov recebe ajuda de colegas para entrar na estação espacial internacional
 A manobra aconteceu às 3h24 (de Brasília) e transcorreu sem incidentes, disse à agência oficial russa Itar-Tass um porta-voz do Centro.
A tripulação é integrada pelos cosmonautas Anton Shkaplerov e Anatoli Ivanishin e o astronauta americano Daniel Burbank, se enganchou no porto de encaixe do módulo Poisk, que faz parte do segmento russo da ISS.
A abertura da escotilha está programada para as 5h55 e acontecerá assim que os tripulantes da Soyuz verifiquem o hermetismo e igualem a pressão da nave com a da plataforma orbital.
Os recém chegados, que permanecerão 124 dias na plataforma, serão recebidos na ISS pelos três membros da missão permanente: o comandante americano Michael Fossum, e os engenheiros de bordo Sergei Vólkov, também da Rússia, e Satosi Furukawa, do Japão.
Os novos tripulantes realizarão um total de 37 experimentos e, além disso, colocarão em órbita o minisatélite Chibis-M, que há duas semanas chegou à plataforma a bordo do cargueiro russo Progress M-13M.
O Chibis-M, com uma massa de 52 quilos, estudará as tempestades de raios, com a peculiaridade que será a primeira vez que este fenômeno meteorológico será averiguado em diferentes espectros de radiação eletromagnética de maneira simultânea.
A missão dos novos tripulantes inclui ainda os trabalhos de descarga de dois cargueiros russos Progress e também uma caminhada espacial.
A Soyuz TMA-22 foi lançada nesta segunda-feira com ajuda de um foguete Soyuz FG da base de Baikonur, no Cazaquistão.
Imagem retirada de vídeo pela Nasa durante a acoplagem da nave russa Soyuz à estação espacial internacional
Imagem retirada de vídeo pela Nasa durante a acoplagem da nave russa Soyuz à estação espacial internacional

Nasa abre oficialmente novas vagas para astronautas

A Nasa (agência espacial americana) abriu nesta terça-feira (15) o período de candidaturas para que todos aqueles que sonharam alguma vez em ser astronautas possam, talvez, transformar a fantasia em realidade.
O diretor da Nasa, Charles Bolden, realizou o anúncio em entrevista coletiva acompanhado de cinco astronautas que acabaram de se formar no último curso realizado pela agência em 2009.
"Há 50 anos, os astronautas americanos lideraram a exploração de nosso sistema solar" disse Bolden, acrescentando que "continuará sendo assim durante os próximos 50 anos" porque as missões espaciais humanas seguem sendo o motor da Nasa.
A turma de 2009 é a primeira que se formou em uma nova era de voos espaciais para os Estados Unidos, após a aposentadoria dos ônibus espaciais, depois de 30 anos de aventuras.
Nesta nova etapa, a Nasa conta com uma empresa privada, que trabalha em uma nave que possa transportar uma tripulação à Estação Espacial Internacional, enquanto a agência está desenvolvendo um veículo que consiga voar além da órbita terrestre, rumo a um asteroide ou a Marte.
Com o lema "Nasa, onde o céu não é o limite", a agência espacial americana espera poder incluir em suas fileiras entre nove e 15 astronautas, que serão escolhidos no início de 2013.
A Nasa recrutará a nova turma de astronautas através da página de empregos federais USAJobs.gov onde se explica os requisitos para os candidatos assim como o salário que oscilará entre US$ 64.724 e US$ 141.715 anuais.
Os candidatos, cidadãos americanos e maiores de idade, devem ter uma titulação acadêmica superior de uma "instituição credenciada" em Engenharia, Biologia, Física ou Matemática, além de três anos de experiência profissional.
Também será levado em conta se o candidato realizou um mestrado e conta com experiência no ensino.
Entre os requisitos físicos, é necessário ter uma estatura entre 1,57 e 1,90 metros, uma pressão sanguínea que não exceda 140/90 milímetros de mercúrio e uma visão perfeita.
Apesar de não haver limite de idade, segundo a experiência de convocações anteriores, os selecionados costumam ter entre 26 e 40 anos. O prazo para apresentar as candidaturas estará aberto até 27 de janeiro de 2012.
Das milhares de solicitações que a Nasa recebe, pouquíssimas são escolhidas para o programa intensivo de treinamento de astronautas. Até hoje, apenas 330 pessoas foram selecionadas.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sonda russa provavelmente vai cair na Terra nos próximos meses

A sonda russa Fobos-Grunt, cuja missão inicial seria visitar a maior lua de Marte, mas ficou presa na órbita da Terra, pode queimar na atmosfera terrestre durante queda em janeiro.
O aparelho cairia sobre os territórios dos Estados Unidos, China, África, Austrália, sul da Europa ou Japão.
Diretor de uma revista especializada no setor espacial, Igor Lisov afirmou que tanto os EUA quanto a China possuem mísseis capazes de abater a nave, que pesa 13,5 toneladas, como medida de segurança.
O programa espacial russo não conseguiu estabelecer contato com a espaçonave até o momento.
A ESA (Agência Espacial Europeia) também não obteve respostas da sonda em suas estações que operam nas ilhas Canárias, Austrália e na Guiana Francesa.
Os cientistas têm até a data de 3 de dezembro para tentar restabelecer contato, reprogramar o sistema e enviar a sonda na órbita previamente programada para Marte.
A Roscosmos (agência espacial russa) informou que ainda não sabe qual o problema apresentado pela Fobos-Grunt, mas disse que acredita ser possível reconduzi-la a sua trajetória.
A missão estava prevista para 34 meses e, ao final dela, a sonda retornaria à Terra com uma amostra de 200 gramas do solo de Marte.
O projeto custou US$ 170 milhões e tinha como objetivo estudar a matéria inicial do Sistema Solar e explicar a origem de Fobos e Deimos, a segunda lua de Marte, e de outros satélites naturais.

Carta inocenta físico de usurpar descoberta sobre o Universo

Uma carta achada nos arquivos da Real Sociedade Astronômica britânica pôs fim a acusações que vinham manchando o nome de um dos cientistas mais importantes da história.
O documento absolve Edwin Hubble (1889-1953) de ter tentado roubar do padre belga Georges Lemaître (1894-1966) o mérito por mostrar que o Universo está em expansão.
Hubble, americano mais conhecido por ter um telescópio espacial com seu nome, geralmente recebe o crédito pela descoberta, anunciada em 1929. Dois anos antes, porém, Lemaître chegara à mesma conclusão.
Pesquisadores sugeriam que a disputa por primazia tinha envolvido desonestidade por parte de Hubble, mas uma carta de Lemaître, descoberta pelo historiador e astrônomo Mario Livio, contraria essa ideia.
Hubble costuma ser citado como autor da descoberta porque seus cálculos lhe permitiram chegar à conclusão sem muita margem para dúvida.
O belga fora o primeiro a sugerir que o Cosmo estava se expandindo, mas sua estimativa da taxa de expansão era mais imprecisa. Antes de 1930, um não conhecia o trabalho do outro.
Uma hipótese que surgiu recentemente é a de que, depois disso, Hubble teria tentado atrapalhar a divulgação dos trabalhos de Lemaître. Uma aparente pista era uma tradução do estudo do padre feita para o inglês, em 1931, em que as partes mais importantes do trabalho haviam sido apagadas.
BRUXELAS
O artigo original, publicado nos "Anais da Sociedade Científica de Bruxelas", falava abertamente sobre o Universo em expansão.
A tradução do artigo para o inglês na renomada revista "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society", porém, tinha equações faltando, e a principal referência ao Universo em expansão sumira.
"Parece que o tradutor do artigo de Lemaître de 1927 apagou deliberadamente essas partes do texto", escreveu Sidney Van Den Bergh, astrônomo do Conselho Nacional de Pesquisas do Canadá, num artigo em que analisou as duas versões.
Essa sabotagem, porém, era só aparente. Na carta de 1931 descoberta por Livio, Lemaître se dirige ao editor da revista inglesa se identificando como autor da tradução. Diz ter modificado o original apenas porque gostaria de apresentar a ideia da expansão do Universo separadamente, em um outro estudo, mais detalhado.
Naquele ano, ele já havia compreendido a principal implicação de sua descoberta: o Big Bang, a explosão que deu origem ao Cosmo.
"Tenho a impressão de que Lemaître era mesmo uma pessoa bastante modesta", disse Livio à Folha. "Certamente ele não estava obcecado com a primazia."
Na opinião do astrofísico historiador, o crédito deveria ser compartilhado.
A carta reveladora foi enfim publicada na revista "Nature", e Van Den Bergh elogiou o "trabalho de detetive" de Livio.
Mas ele defende que Lemaître detenha sozinho a primazia pela descoberta, e discorda que fosse "desapegado" com relação a essa questão.
"Em 1961, Lemaître me contou que, por ser padre, sentia certo viés em favor da ideia de que o Universo tinha sido criado", disse. "Deve ter sido, portanto, um prazer especial para ele ter sido o primeiro nesse quesito", diz Van Den Bergh.
BREVE HISTÓRIA DA EXPANSÃO CÓSMICA
1915
Quando a teoria da relatividade foi formulada, uma de suas implicações era que a atração entre galáxias faria o Universo encolher.
1919
Einstein, porém, acreditava que o Cosmo era estático e se recusou a aceitar isso, modificando suas equações para "deter as galáxias".
1922
Telescópios mostraram que galáxias com cor puxando para o vermelho estariam se afastando de nós, e com desvio para o azul estariam se aproximando.
1927
O belga Georges Lemaître publica um estudo sugerindo que, quanto mais distante estiver uma galáxia, mais vermelha ela se parece: o Universo estaria se expandindo.
1929
Sem saber de Lemaître, o americano Edwin Hubble faz um mapa detalhado de velocidades de galáxias e chega à mesma conclusão.
1931
Lemaître postula que o Universo cresce porque surgiu de uma explosão a partir de um ponto infinitamente pequeno: o Big Bang. Seu texto é traduzido para o inglês, mas a referência ao Universo em expansão é apagada. Historiadores acusam Hubble de tentar roubar o mérito da ideia.

Soyuz TMA-22 decola rumo à ISS com 3 astronautas a bordo

Três astronautas partiram na nave russa Soyuz TMA-22 nesta segunda-feira rumo à ISS (Estação Espacial Internacional).
A tripulação é integrada pelos cosmonautas Anton Shkaplerov e Anatoli Ivanishin e o astronauta americano Daniel Burbank.
Nave russa Soyuz TMA-22 decola nesta segunda-feira rumo à Estação Espacial Internacional (ISS)
Nave russa Soyuz TMA-22 decola nesta segunda-feira rumo à Estação Espacial Internacional (ISS)


A decolagem ocorreu às 4h14 (2h14, no horário de Brasília) e se tornou a primeira desde julho --desde que a Nasa encerrou seu programa de ônibus espaciais-- a levar astronautas "de carona" até a ISS.
Com a aposentadoria da frota americana, as 16 nações que participam do consórcio espacial dependerão das naves russas Soyuz para chegar à ISS. Mas os Estados Unidos já estudam um novo foguete que vai substituir com tecnologia mais avançada os antigos ônibus espaciais.

Base de lançamento russo no Cazaquistão; tempo ruim não afetou partida da nave Soyuz em direção à ISS
Base de lançamento russo no Cazaquistão; tempo ruim não afetou partida da nave Soyuz em direção à ISS
Depois de cerca de nove minutos após o lançamento, já em órbita, a nave iniciou seu voo autônomo rumo à ISS, à qual se acoplará às 3h33 (Brasília) desta quarta-feira, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais da Rússia à agência de notícias Interfax. Lá, a tripulação se encontra brevemente com o comandante Mike Fossum, da Nasa, o japonês Satoshi Furukawa e o russo Sergei Volkov.
Houve aplausos quando a tripulação deu o sinal de "positivo" para as câmeras a bordo da nave.
A missão, programada inicialmente para setembro, foi adiada por conta de temores quanto à segurança, depois que a aeronave russa não tripulada Progress, transportando mantimentos para os astronautas, se rompeu na atmosfera em agosto, em um dos piores erros espaciais cometidos pela Rússia em décadas.
ANGY BIRDS
O astronauta veterano da Nasa Daniel Burbank está fazendo sua primeira viagem a bordo da nave espacial Soyuz, que partiu da plataforma de lançamento russa em Baikonur, no Cazaquistão. Os cosmonautas Shkaplerov e Anatoly Ivanishin fazem sua viagem de estreia.
A tripulação rejeitou as preocupações com a segurança antes da decolagem, que deixou um rastro flamejante e laranja no céu das estepes do Cazaquistão.
"Não temos nenhum pensamento negativo. Temos fé em nosso equipamento", disse Shkaplerov antes do lançamento, segundo agências de notícias russas.
Em um relato feito ao Controle da Missão após a decolagem, ele disse que a tripulação estava "se sentindo bem". Um pequeno pássaro de pelúcia inspirado no aplicativo de celular Angry Birds, mascote que Shkaplerov recebeu de sua filha de cinco anos, flutuava acima da tripulação.
"Exceto o mau tempo em Baikonur, tudo ocorreu extremamente bem", disse Vladimir Solovyov, chefe de lançamentos para o segmento russo da estação espacial, a jornalistas no Controle da Missão.

Veja galeria de fotos

Telescópio espacial Hubble descobre 69 galáxias anãs

O telescópio espacial Hubble descobriu através de seus instrumentos de visão no infravermelho próximo um conjunto de 69 jovens galáxias anãs repletas de estrelas que se reproduzem rapidamente, informou a Nasa (agência espacial americana) nesta quinta-feira, em comunicado.
Embora as galáxias anãs sejam o tipo mais comum das que existem no universo, o rápido nascimento de estrelas observados nessas galáxias recém-descobertas pode levar os astrônomos a rever suas teorias sobre a formação delas.
A agência espacial explicou que essas galáxias são, em média, 100 vezes menos maciças que a Via Láctea, mas as estrelas em seu interior se batem a um ritmo tão forte que o número delas poderia dobrar em "apenas" 10 milhões de anos.
Os cientistas afirmam que este é um ritmo muito alto, inclusive para uma galáxia jovem, já que, em comparação, a Via Láctea poderia demorar mil vezes mais para dobrar seu número de estrelas.
Os astrônomos que utilizam os instrumentos do Hubble conseguiram detectar as galáxias porque a radiação de estrelas jovens fez com que o oxigênio no gás que as rodeia brilhasse "como um letreiro de neon".
Suas observações indicam que 9 bilhões de anos atrás essas galáxias seriam muito comuns, mas, para os cientistas, é um mistério como geram tantas estrelas e a um ritmo tão acelerado.
"Essas galáxias sempre estiveram aí diante, mas não tínhamos a tecnologia adequada para detectá-las", assinalou Arjen van der Wel, do Instituto de Astronomia Max Planck em Heidelberg (Alemanha). "Não as estávamos procurando, mas elas se destacavam por sua cor incomum".
Esses resultados fazem parte da Cosmic Assembly Near-infrared Deep Extragalactic Legacy Survey (Candels), um projeto de três anos focado em analisar as galáxias mais distantes no Universo e de fazer o primeiro "censo" de galáxias anãs primitivas.
O telescópio Hubble, lançado em 1990, é um projeto de cooperação internacional entre a Nasa e a ESA (Agência Espacial Europeia).

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Astronautas pegam 'carona' em nave na segunda-feira; veja fotos

A Rússia tem agendado o lançamento na próxima segunda-feira (14) do que pode se tornar o primeiro voo russo a levar astronautas à ISS (Estação Espacial Internacional) depois do fim do programa americano de ônibus espaciais.
A tripulação, formada pelos russos Anton Chkaplerov e Anatoli Ivanichin e pelo americano Dan Burbank, embarca a bordo da Soyuz TMA-22, que sairá da base de lançamento de Baikonur, no Cazaquistão.
A primeira tentativa de voo em que os astronautas pegam "carona" com os russos foi cancelado em agosto depois de ocorrer uma explosão do cargueiro Progress M12-M na Sibéria, um pouco após o lançamento --o primeiro acidente desde 1978.
Sem antes de chegar ao seu destino, a Progress, que carregava suprimentos, espatifou no chão depois de ocorrer uma falha no sistema de impulsão. Esse foi o quatro fracasso do programa espacial russo desde dezembro de 2010.
Depois da viagem do último ônibus espacial americano, o Atlantis, a Nasa depende das naves russas para fazer o transporte de astronautas para a ISS.
Russos fazem o transporte da nave Soyuz TMA-22, cujo lançamento está previsto para a próxima segunda-feira
Russos fazem o transporte da nave Soyuz TMA-22, cujo lançamento está previsto para a próxima segunda-feira


Veja galeria de fotos

Robô Curiosity está pronto para partir rumo a Marte no final do mês

O robô explorador Curiosity, que abrigará o laboratório móvel mais complexo enviado até agora a Marte, está preparado para partir no dia 25 de novembro com a missão de analisar as condições ambientais do planeta vermelho e determinar se é possível que exista, ou tenha existido, vida ali.
Com quase uma tonelada de peso, Curiosity leva a bordo o MSL (Laboratório Científico Marciano, na sigla em inglês), composto por uma dezena de instrumentos de análise para examinar o solo, as rochas e a atmosfera de Marte.
"Os preparativos estão em andamento para lançarmos na primeira oportunidade", informou Pete Thisinger, diretor de projeto do MSL, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa (agência espacial americana).
No entanto, o especialista lembrou que, se houver qualquer contratempo meteorológico ou imprevisto, contam com tempo até o dia 18 de dezembro.
A previsão é que o Curiosity aterrisse em Marte em agosto de 2012 para examinar a cratera Gale durante cerca de dois anos na primeira etapa da viagem.
A parte da cratera onde o robô posará "tem um leque fluvial provavelmente formado por sedimentos arrastados por água", explicou John Grotzinger, cientista do projeto MSL no Instituto de Tecnologia da Califórnia, em Pasadena.
Além disso, os especialistas acreditam que as camadas da base da montanha contêm argila e sulfato, ambos materiais formados com água.
"Gale nos dá uma excelente oportunidade para analisar vários entornos potencialmente habitáveis e seu contexto para entender um longo registro da evolução adiantada do meio ambiente do planeta", comentou Grotzinger.
Curiosity tem o dobro de comprimento e é cinco vezes mais pesado que seus antecessores, Spirit e Opportunity, e será o robô com maior capacidade científica dos veículos já enviados pela Nasa.
A agência espacial americana considera que se trata de uma missão difícil e arriscada, pelo fato de o robô ser pesado demais para aterrissar com um paraquedas, motivo pelo qual será utilizado um novo método de desembarque.
Primeiro, o robô se desprenderá da estrutura na qual viaja e que o protege, e posteriormente a plataforma exterior acenderá propulsores para reduzir a velocidade e aterrissar o veículo com cordas por uma espécie de guindaste.
A Nasa prevê lançar o veículo do Cabo Canaveral, na Flórida, entre 25 de novembro e 18 de dezembro de 2011, que percorrerá 200 milhões de quilômetros antes de aterrissar em solo marciano.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Rússia não estabelece contato com sonda enviada à lua de Marte

As tentativas de estabelecer contato com a sonda interplanetária russa Fobos-Grunt, que permanece na órbita terrestre, não deram nenhum resultado até o momento.
"Nas últimas horas, os especialistas do centro de comando de terra realizaram várias tentativas, mas a sonda não responde e são cada vez menores as possibilidades de êxito", disse um analista da base cazaque de Baikonur à agência de notícias Interfax.
A fonte, que pediu anonimato, acrescentou que as possibilidades de se conseguir reaver a sonda e enviá-la a Marte são "muito pequenas".
As tentativas de retomar o controle da sonda foram realizadas na noite de quarta-feira, quando o aparelho estava na zona de visibilidade das estações de acompanhamento russas.
A Fobos-Grunt, lançada na última terça-feira (8) de Baikonur, devia chegar a Marte, mas uma falha ainda não esclarecida deixou a sonda, de 13,5 toneladas de massa, perdida na órbita terrestre.
A Roskosmos (agência espacial russa) declarou que há possibilidades de recuperar o aparelho, já que este conserva todo seu combustível e seus acumuladores não se esgotaram.
No entanto, alguns especialistas se mostram cada vez mais pessimistas sobre o destino da sonda.
"Em minha opinião, a Fobos-Grunt está perdida. A probabilidade de isso ter acontecido é muito alta", declarou o general Vladimir Uvárov, ex-responsável de assuntos espaciais das Forças Armadas da Rússia.
"Parece que estamos diante de uma falha mais séria, que não é produto de um erro intelectual, mas tecnológico", destacou o militar em entrevista publicada hoje pelo jornal do governo, o "Rossíiskaya Gazeta".
O lançamento da Fobos-Grunt devia marcar o início de uma missão de 34 meses que incluía o voo a Fobos, uma das duas luas de Marte, o pouso em sua superfície e, finalmente, o retorno à Terra de uma cápsula com 200 gramas de amostras do solo do satélite marciano.
O projeto, com um custo de US$ 170 milhões (aproximadamente R$ 297 milhões), tinha como objetivo estudar a matéria inicial do Sistema Solar e ajudar a explicar a origem de Fobos e Deimos, a segunda lua marciana, assim como dos demais satélites naturais do Sistema Solar.

quarta-feira, 9 de novembro de 2011

Russos têm poucos dias para recuperar sonda parada no espaço

Uma falha impediu nesta quarta-feira que a sonda Fobos-Grunt seguisse rumo a uma das luas de Marte. Agora, os especialistas têm apenas três dias para tentar recuperar o aparelho, que ficou na órbita terrestre. Caso contrário, o equipamento pode cair na Terra.
Logo após a falha vir à tona, fontes do setor espacial russo disseram que ela pode ter sido causada por um problema mecânico no sistema de orientação da sonda ou por um defeito nos sistemas computacionais.
Horas depois, outra fonte disse, em condições de anonimato à agência de notícias Interfax, que o erro pode ter sido o sistema de comando da Fobos-Grunt. "Os especialistas haviam advertido que o sistema de comando não estava pronto. O risco de fracassar por mau funcionamento era muito alto. Infelizmente, se cumpriram as piores previsões", ressaltou.
A fonte indicou ainda que a possibilidade de recuperar o equipamento é mínima. "Seria um milagre", acrescentou.
Outro especialista advertiu que a órbita de apoio na qual a Fobos-Grunt se encontra é bastante baixa, motivo pelo qual não seria possível reprogramar o voo. Ou seja, existe o risco de o equipamento cair na Terra.
"Nessa órbita, a estação pode se manter entre cinco e dez dias, período após o qual, como resultado da perda de velocidade, entrará nas camadas densas da atmosfera e cairá na Terra", disse.
O lançamento da Fobos-Grunt deveria marcar o início de uma missão de 34 meses que incluía o voo a Fobos, uma das duas luas de Marte; a aterrissagem em sua superfície e, finalmente, o retorno à Terra de uma cápsula de 200 gramas com amostras do solo do satélite marciano.
O projeto, a um custo de cerca de US$ 170 milhões (aproximadamente R$ 297 milhões), permitiria o estudo da matéria inicial que formou o Universo e ajudaria a explicar a origem de Fomos e Deimos, a segunda lua marciana, assim como dos demais satélites naturais no Sistema Solar.
A tentativa anterior da Rússia de enviar um aparelho a Marte, em 1996, terminou fracassada depois da queda da sonda, a Mars-96, no oceano Pacífico sem sequer alcançar a órbita terrestre.

Astronautas do projeto Marte-500 acreditam na conquista do planeta vermelho

Os seis voluntários que ficaram isolados por 520 dias na maior simulação de uma viagem a Marte acreditam que a conquista do planeta vermelho é vital para o futuro da humanidade.

Falha impede que sonda russa chegue à lua de Marte

Um falha impediu que a sonda interplanetária russa Fobos-Grunt chegasse a uma das luas de Marte, informou nesta quarta-feira a agência espacial da Rússia, Roskomos.
O aparelho, de 13,5 toneladas de massa, que foi lançado ontem por um foguete Zenit-2SB da base cazaque de Baikonur, ficou em órbita em torno da Terra.
"O propulsor não funcionou. Não houve nem primeiro nem segundo acesso. Isto significa que o aparelho não pôde se orientar pelas estrelas", disse o diretor da Roskosmos, Vladimir Popovkin, citado pela agência Interfax.
Popovkin afirmou que os especialistas de terra conhecem os parâmetros da órbita da sonda interplanetária automática e estabeleceram contato com ela.
"Não direi que (o lançamento) foi um fracasso. É uma situação imprevista, na qual é preciso trabalhar", comentou.
O diretor da agência espacial acrescentou que os especialistas têm 72 horas para carregar um novo programa de voo no computador central da Fobos-Grunt.
Popovkin lembrou que a sonda conserva todo seu combustível, o que permite voltar a programar seu voo, que tem como objetivo pousar em Fobos, uma das duas luas marcianas, e trazer de volta à Terra amostras de seu solo.
O projeto, se tudo der certo, permitirá o estudo da matéria inicial do sistema solar e ajudará a explicar a origem de Fobos e Deimos, a segunda lua marciana, assim como dos demais satélites naturais no sistema solar.
MISSÃO EM 1986
A última missão interplanetária bem-sucedida de Moscou data de 1986, com o lançamento das sondas soviéticas Vega para explorar Vênus e o cometa Halley.
Pelo contrário, os americanos multiplicaram as missões interplanetárias, como a Mars Global Surveyor, em 1996, ou a Phoenix Mars Lander, em 2007, e o lançamento de veículos em direção a Marte.
Já a ESA (Agência Espacial Europeia) lançou em 2003 com sucesso sua primeira sonda em direção ao planeta no âmbito do programa Marte Expresso.
A agência espacial russa Roskosmos sempre esteve interessada em Fobos. Em 1988 e 1989, a Rússia lançou as sondas Fobos 1 e 2 para sobrevoar o satélite, mas as missões foram um fracasso.
Previsto para 2009, o lançamento de Fobos-Grunt foi adiado até 2011. A cada dois anos, a distância entre Marte e a Terra diminui, o que facilita os lançamentos.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Para quem gosta!!

Casa Branca nega ter provas de contatos com extraterrestres

Em alguma galáxia, muito distante, existe a possibilidade matemática de haver vida extraterrestre, mas a Casa Branca não tem qualquer evidência de contatos entre alienígenas e humanos, garantiu nesta segunda-feira o ex-encarregado americano de política espacial e comunicações Phil Larson.
"O governo americano não tem evidência de que exista qualquer forma de vida fora do nosso planeta, ou que qualquer extraterrestre tenha mantido contato com algum membro da raça humana", revelou Larson.
"Também não existe informação crível de que qualquer evidência esteja sendo ocultada do público".
Larson admitiu que "muitos cientistas e matemáticos (...) chegaram a conclusão de que há possibilidades bastante altas de que em algum lugar entre trilhões e trilhões de estrelas no Universo exista um planeta, além do nosso, que abrigue vida".
"Mas muitos também acreditam que as possibilidades de contato com alienígenas - especialmente uma forma de vida inteligente - são extremamente baixas devido às distâncias envolvidas".
"Isto é apenas estatística e especulação. O fato é que não temos evidência crível da presença de extraterrestres na Terra".
O comunicado foi publicado em resposta a duas petições, que reuniram 17 mil assinaturas, pedindo a liberação de documentos secretos do governo sobre extraterrestres.

Será verdade?? O que vcs acham??

Nasa divulga imagem de asteroide que passará perto da Terra

A primeira imagem do asteroide 2005 YU55 divulgada pela Nasa (agência espacial americana) pode não parecer espetacular, mas representa uma oportunidade rara do ponto de vista da pesquisa espacial.
A foto do asteroide foi tirada ontem quando ele se encontrava a 1,38 milhão km do planeta.
Segundo a Nasa, a interferência gravitacional do asteroide sobre a Terra --ondas e placas tectônicas-- não deve ocorrer.
A última vez que um objeto deste tamanho --mede 400 m--passou perto da Terra foi em 1976. E a próxima aproximação só irá ocorrer daqui a 17 anos.
O 2005 YU55, que não representa ameaça, estará no auge da aproximação da Terra por volta das 21h28 desta terça-feira. O asteroide ficará a cerca de 324 mil km, uma distância menor do que aquela que separa a Terra da Lua.

Imagem do asteroide 2055 YU55 que passará a 324 mil km de distância da Terra; foto foi tirada pela Nasa
Imagem do asteroide 2055 YU55 que passará a 324 mil km de distância da Terra; foto foi tirada pela Nasa


Rússia lança sonda para explorar a maior das luas de Marte

A Rússia lança nesta terça uma sonda para explorar Fobos --a maior das luas de Marte e também a mais próxima. A expedição representa uma retomada das missões russas ao planeta vermelho, que fora relegada aos ocidentais, após 25 anos.
A missão da sonda Fobos-Grunt, cujo lançamento está previsto para hoje às 18h16, no horário de Brasília (0h16 de quarta-feira na Rússia), a partir do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão.
O objetivo é colher amostras do satélite de Marte, em órbita a 6.000 km do planeta, e trazê-las à Terra para determinar as características de sua superfície.
A sonda, que será lançada por um foguete Zenit-2SB, também terá por finalidade estudar a origem da maior das duas luas de Marte --a outra é Deimos--, assim como a atmosfera marciana.
A Fobos-Grunt também colocará em órbita, em torno de Marte, um satélite chinês, o Yinghuo-1.
Para a Rússia, este lançamento é de grande importância, já que se trata de sua primeira missão interplanetária depois do fracasso de Marte 96, lançado em novembro de 1996.
Após uma falha da nave Proton, a sonda caiu no oceano Pacífico, acabando com as esperanças da Rússia, que contava em reativar seu programa espacial, em declínio desde a desintegração da União Soviética.
O interesse pelo planeta vermelho cresce: na semana passada, seis voluntários terminaram uma missão que consistia em permanecer fechados durante 520 dias em uma réplica de uma nave espacial para simular uma viagem a Marte. No entanto, nenhuma expedição humana em direção a este planeta está prevista antes de 20 anos.
MISSÃO EM 1996
A última missão interplanetária bem-sucedida de Moscou data de 1986, com o lançamento das sondas soviéticas Vega para explorar Vênus e o cometa Halley.
Pelo contrário, os americanos multiplicaram as missões interplanetárias, como a Mars Global Surveyor, em 1996, ou a Phoenix Mars Lander, em 2007, e o lançamento de veículos em direção a Marte.
Já a ESA (Agência Espacial Europeia) lançou em 2003 com sucesso sua primeira sonda em direção ao planeta no âmbito do programa Marte Expresso.
A agência espacial russa Roskosmos sempre esteve interessada em Fobos. Em 1988 e 1989, a Rússia lançou as sondas Fobos 1 e 2 para sobrevoar o satélite, mas as missões foram um fracasso.
Previsto para 2009, o lançamento de Fobos-Grunt foi adiado até 2011. A cada dois anos, a distância entre Marte e a Terra diminui, o que facilita os lançamentos.
Segundo o Centro Nacional de Estudos Espaciais francês (CNES), associado à Roskosmos nesta missão, o veículo chegará ao destino em 2013 e as amostras estarão na Terra em 2014.
"Há 25 que não há voos interplanetários. Se Fobos-Grunt chegar a Fobos e colocar em órbita o satélite chinês, já será um sucesso. E se conseguir amostras do solo e trazê-las à Terra, isto superará todas as expectativas", declarou à AFP o especialista russo Igor Lisov.
Em julho, a Rússia já conseguiu lançar seu radiotelescópio Spektr-R, marcando sua volta à exploração das zonas afastadas do Cosmos .

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Asteroide que passa pela Terra nesta terça não traz perigo, diz Nasa

Um asteroide do tamanho de um porta-aviões vai passar entre a Terra e a Lua nesta terça -- a passagem mais próxima do tipo nos últimos 35 anos.
Mas não se preocupe, dizem os cientistas. Ele não vai bater em nós.
"Estamos extremamente confiantes, 100% confiantes, de que não se trata de uma ameaça", disse o gerente do Programa de Objetos Próximos da Terra da Nasa, Don Yeomans. "Mas é uma oportunidade."
O asteroide 2005 YU55 está sendo observado por antenas no solo conforme se aproxima. A última vez em que chegou tão perto da Terra foi há 200 anos.
A aproximação máxima deve ocorrer às 21h28 (horário de Brasília), quando o asteroide passará a pouco mais de 320 mil km do nosso planeta, um pouco mais perto do que a Lua.
Tanto a Terra quanto a Lua estão seguras -- "desta vez", diz Jay Melosh, da Universidade Purdue (EUA).
Se o objeto atingisse o planeta, abriria uma cratera de 6,5 km de diâmetro, gerando o equivalente a um terremoto de magnitude 7 ou um tsunami de 25 m de altura, calcula ele.
Os cientistas acompanham o asteroide desde sua descoberta desde 2005. "Conhecemos a órbita desse objeto muito bem", diz Yeomans.
Com 400 m de diâmetro, ele será o maior objeto a chegar tão perto da Terra nos próximos 20 anos. Astrônomos amadores precisarão de telescópios com mais de 18 cm e saber onde olhar no céu para poder visualizá-lo.
Os astrônomos classificam o 2005 YU55 como um asteroide do tipo C, ou seja, que contém materiais compostos de carbono. Acredita-se que objetos desse tipo trouxeram matéria orgânica e água para a Terra primitiva, plantando as sementes da vida.

Asteroide passa perto da Terra na terça; não há risco de colisão

O asteroide 2005 YU55 passará nesta terça-feira bem perto da Terra, às 21h28 (horário de Brasília), a uma distância inferior à da Lua.
Sem representar risco de colidir com o planeta, o asteroide representa uma rara oportunidade para os cientistas de estudar esse tipo de corpo celeste sem gastar tempo e dinheiro com sondas lançadas no espaço.
O asteroide ficará a cerca de 324 mil quilômetros da Terra. "É a primeira vez desde 1976 que um objeto desse tamanho passa tão perto da Terra. Isso nos dá uma grande e rara chance de estudar um objeto como esse", disse o astrônomo Scott Fisher, da Fundação Nacional de Ciências dos EUA.
A rocha cósmica tem cerca de 400 metros de diâmetro, e sua órbita e posição são bem conhecidas, acrescentou o pesquisador Don Yeomans, do JPL (Laboratório de Propulsão a Jato, da Nasa, sigla em inglês), em Pasadena, na Califórnia.
Milhares de astrônomos profissionais e amadores irão acompanhar com seus telescópios a passagem do YU 55, que será visível apenas no Hemisfério Norte.
Mas ele estará apagado demais para ser visto a olho nu, e rápido demais para ser acompanhado pelo telescópio espacial Hubble.
Os cientistas suspeitam que há milênios o YU 55 esteja visitando a Terra, mas, devido à atração gravitacional dos planetas, que ocasionalmente altera sua rota, é impossível dizer com certeza há quanto tempo o asteroide percorre a sua órbita atual.
Estudos anteriores mostram que o asteroide, mais preto que carvão, se enquadra entre os asteroides da classe C, possivelmente composto de materiais à base de carbono e algumas rochas de silicato.
Mais informações sobre sua composição e estrutura devem ser fornecidas por imagens de radares e estudos químicos da sua luz quando da passagem rente à Terra.
"Li que seremos capazes de ver detalhes até um tamanho de cerca de 15 pés (4,5 metros) na superfície do asteroide", disse Fisher.
A Nasa trabalha atualmente em uma missão para recolher em 2020 amostras de um asteroide conhecido como 1999 RQ36 e para enviar uma tripulação a outro asteroide em meados da próxima década.
O Japão também pretende lançar em 2018 uma missão para recolher amostras de um asteroide.