sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

PRA QUEM NÃO SABIA...

Astrônomos descobrem anel gigante em torno de Saturno
Cientistas da Nasa (Agência Espacial americana) descobriram um anel gigante em torno de Saturno, em cujo diâmetro caberiam alinhados 1 bilhão de planetas do tamanho da Terra. Sua parte mais densa fica a cerca de 6 milhões de km de Saturno e se estende por outros 12 milhões de quilômetros, o que o torna o maior anel de Saturno. A altura do halo é 20 vezes maior que o diâmetro do planeta.
"Trata-se de um anel superdimensionado", definiu a astrônoma Anne Verbiscer, da Universidade da Virgínia em Charlottesville e uma das autoras de um artigo sobre a descoberta publicado na revista científica Nature. "Se ele fosse visível a partir da Terra, veríamos o anel com a largura de duas luas cheias, com Saturno no meio", comparou a cientista.
Quase invisível
Verbiscer e seus colegas utilizaram uma câmera de infravermelho a bordo do telescópio espacial Spitzer para fazer uma "leitura" de uma parte do espaço dentro da órbita de Phoebe, uma das luas de Saturno. Segundo a astrônoma, o anel é praticamente invisível por telescópios que utilizam luz, já que é formado por uma fina camada de gelo e por partículas de poeira bastante difusas.

"As partículas estão tão distantes umas das outras que mesmo se você ficasse em pé em cima do anel, não o veria", disse Verbiscer. Os cientistas acreditam que a lua Phoebe é que contribuiu com o material para a formação do anel gigante, ao ser atingida por cometas. A órbita do anel está a 27 graus de inclinação do eixo do principal e mais visível anel de Saturno.
Mistério
Os cientistas acreditam que a descoberta do anel poderá ajudar a desvendar um dos maiores mistérios da astronomia - a lua Iapetus, também de Saturno. A lua foi descoberta pelo astrônomo Giovanni Cassini em 1671, que percebeu que ela tinha um lado claro e outro bastante escuro, como o conhecido símbolo yin-yang.

Segundo a equipe de Verbiscer, o anel gira na mesma direção de Phoebe e na direção oposta a Iapetus e às outras luas e anéis de Saturno.
Com isso, o material do anel colide constantemente com a misteriosa lua, "como uma mosca contra uma janela".
O Telescópio Espacial Spitzer detectou um anel gigante e quase invisível em torno de Saturno . Foto: Nasa/Divulgação
O Telescópio Espacial Spitzer detectou um anel gigante e quase invisível em torno de Saturno

 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Sondas gêmeas entram na órbita da Lua na virada do ano

As duas sondas de prospecção espacial Laboratório de Recuperação da Gravidade e Interior (Grail, na sigla em inglês, ou Graal) interromperão a viagem que fazem no espaço para atingir o seu ponto de destino: a órbita da Lua.
Uma vez lá, as sondas vão explorar o interior do satélite natural da Terra. A chegada está prevista na virada do ano novo.
"Embora desde a década de 1970 tenhamos enviados mais de uma centena de missões à Lua, incluindo duas nas quais os astronautas caminharam sobre sua superfície, a verdade é que há muitas coisas que não sabemos sobre ela", disse Maria Zuber, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), pesquisadora-chefe do programa Grail.
As sondas gêmeas estão viajando rumo à Lua desde o lançamento no último mês de setembro. No próximo sábado (31), uma das sondas gêmeas acionará seus foguetes para diminuir a velocidade de modo que fique submetida à gravidade da Lua a 56 quilômetros da superfície lunar.
No dia seguinte, a outra sonda fará uma manobra similar e ambas traçarão um mapa da gravidade da Lua medindo os efeitos desta força sobre suas trajetórias orbitais.
"Entre as muitas coisas que não sabemos sobre a Lua é por que o lado oculto é tão diferente do lado visível", declarou Zuber, referindo-se ao hemisfério lunar que não pode ser visto da Terra.
"A resposta deve estar no interior do satélite", especula a pesquisadora. Ela acrescentou que a missão de estudo começará em março e deve durar 82 dias, embora os cientistas tenham pedido à Nasa (agência espacial americana) uma prorrogação até dezembro.
PARTICIPAÇÃO DE JOVENS
A missão não está restrita aos cientistas e acadêmicos: cada uma das sondas Grail, impulsionadas por energia solar, está equipada com quatro câmaras operadas por grupos de estudantes de nível médio.
"Mais de 2.100 escolas em todo o país se registraram para este programa", comentou Zuber.
A Nasa qualificou a missão Grail como "uma viagem ao centro da Lua" já que a medição da força de gravidade permitirá a construção de mapas cem a mil vezes mais precisos sobre o interior de satélite que os obtidos até agora.
Durante a missão, as sondas orbitarão a uma distância, uma da outra, de 200 quilômetros. Segundo os cientistas, as mudanças regionais na gravidade lunar farão com que diminuam ou aumentem levemente sua velocidade.
Isto, por sua vez, modificará a distância que as separa e os sinais de rádio transmitidos pelas sondas medirão as variações menores. Desta forma, os pesquisadores poderão criar mapas do campo de gravidade.
Com esses dados, os cientistas serão capazes de deduzir o que há debaixo da superfície lunar com suas montanhas e crateras e poderiam até entender melhor por que o lado oculto da Lua é mais abrupto que o lado visto desde a Terra.
Outro mistério que a missão Grail poderia revelar, segundo Zuber, é se a Terra teve em outro tempo uma segunda lua menor.
Há astrônomos que acreditam que algumas das marcas na superfície da Lua são resultado de uma colisão com um satélite menor.

Ilustração artística mostra como as sondas gêmeas vão operar juntas para reunir dados sobre a Lua
Ilustração artística mostra como as sondas gêmeas vão operar juntas para reunir dados sobre a Lua

China mira Lua para se tornar próxima superpotência espacial

O governo da China confirmou nesta quinta-feira (29) que em menos de cinco anos levará pela primeira vez um veículo não tripulado à superfície da Lua.
Esse seria um primeiro passo para que mais adiante seus astronautas pisem o satélite e o país siga os passos dos americanos e dos russos para se tornar a nova superpotência espacial.
O objetivo consta no "Livro Branco sobre as Atividades Espaciais de 2011", um documento do executivo chinês apresentado hoje em entrevista coletiva.
No texto, o governo estabelece outras metas da corrida espacial chinesa até 2015.
Dessa forma, indica que o programa lunar (um dos ramos mais importantes da investigação espacial chinesa, junto dos voos tripulados e dos projetos para uma estação permanente no Cosmos) será centrado no desenvolvimento de uma tecnologia que mais tarde permita levar astronautas à Lua.
A China já conseguiu que dois de seus satélites chegassem até a órbita lunar, em 2007 e 2010, embora as sondas simplesmente tenham servido para recolher informações fotográficas e estavam programadas para retornar depois ao planeta Terra.
As sondas cumpriram a primeira etapa do programa, destaca o documento, detalhando que em meia década deverá ter início a segunda fase (o mencionado pouso na superfície da Lua e passeios tripulados no satélite) para que a terceira inclua o recolhimento de material lunar e retorno à Terra dos veículos.
Não há data fixa para a chegada do satélite terrestre dos primeiros "taikonautas" (apelido com o qual frequentemente se alude aos astronautas chineses, já que espaço em mandarim é "taikong).
Levando em conta que a China parece dividir este programa em fases de cinco anos, este fato histórico poderia ocorrer entre 2020 e 2025, meio século depois dos EUA, o primeiro país a alcançar essa façanha.
A prospecção lunar é talvez a parte de maior destaque dos futuros planos espaciais da China, mas não a única: o Livro Branco assinala que o país também continuará programas de prospecção de planetas e asteroides, do Sol e de buracos negros, entre outros corpos celestiais.
Também conduzirá experiências sobre microgravidade e vida no espaço e promoverá a cooperação internacional no estudo do Universo, assinalou, lembrando que já colaborou neste sentido com países como a Rússia e a Austrália.
Ao mesmo tempo, a China, que nesta semana também iniciou o funcionamento da "Bússola", seu sistema de posicionamento alternativo ao GPS americano, garantiu que nos próximos cinco anos aumentará o controle do lixo espacial e dos sistemas de alarme quando esses fragmentos caírem na superfície terrestre.
O Conselho de Estado insiste no documento que a prospecção espacial "é uma importante parte da estratégia geral de desenvolvimento da nação" o período de 2011-2015, no qual a China procura seguir ascendendo em seu caminho a ser um país desenvolvido, com a inovação tecnológica como prioridade.
Esta corrida preocupa, no entanto, como na época ocorreu com a missão soviética, a principal potência espacial atual, os EUA, onde alguns políticos, oficiais do Exército e meios de comunicação veem com receio o caráter totalmente militar do programa espacial chinês.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do país asiático, Hong Lei, quis nesta quinta-feira responder a esses temores, assegurando em entrevista coletiva que a China "sempre ressalta que seu objetivo é fazer uso pacífico do espaço, e procura cooperar internacionalmente neste campo".
A China colocou seu primeiro astronauta no espaço em 2003 e desde então alcançou outros objetivos, como o primeiro "passeio" de um de seus astronautas fora da nave (2008) e o primeiro acoplamento de dois veículos (no mês passado), passo-chave para sua futura estação espacial permanente.
Para os especialistas, a China ainda está em uma fase muito preliminar no que diz respeito às tecnologias espaciais, comparável aos EUA e à extinta URSS (União das Repúblicas Socialistas Soviéticas) nos anos 60, mas avança de forma mais rápida do que fizeram na época as duas superpotências da Guerra Fria em sua corrida espacial.

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Veja as cores do polo sul de Titã, a maior lua de Saturno

Graças à sonda Cassini é possível ter uma ideia de como se parece o polo sul da maior lua de Saturno, Titã, se fosse visto a partir de um ponto no espaço.
A captura da foto, divulgada nesta quarta-feira (28) pelo site da Nasa (agência espacial americana), foi possível pela combinação de imagens processadas por lentes diferentes para captar nuances em vermelho, verde e azul.
O polo sul de Titã torna-se mais escuro à medida que os raios solares avançam em direção ao norte com o passar do dia. Na imagem, a parte superior alaranjada está iluminada pelo Sol; a neblina azul é a atmosfera de Titã.

Nasa exibe em seu site a imagem feita pela sonda Cassini do polo sul de Titã (em laranja)
Nasa exibe em seu site a imagem feita pela sonda Cassini do polo sul de Titã (em laranja)

Turistas viram 'caçadores' de aurora boreal em países no Ártico

Enquanto que nos Estados Unidos os chamados "caçadores de tempestades" tentam perseguir tornados e furacões, na região do Polo Norte existem grupos que "caçam" auroras boreais, ou luzes do Norte.
Estes grupos percorrem regiões da Finlândia e da Noruega atrás das melhores chances de registros do fenômeno de luzes. Muitos contam com a ajuda de empresas de turismo especializadas em aurora boreal.
Este foi o caso de Andy Keen, que há cinco anos deixou o emprego na Grã-Bretanha, onde dirigia uma instituição de caridade, e se mudou para Ivalo, um vilarejo remoto no norte da Lapônia, Finlândia, a 68 graus de latitude, dois graus acima da linha do Círculo Ártico.
"Vi um documentário na televisão a respeito das luzes do Norte. Então fui até lá para ver. Agora, estou viciado", disse.
Keen fundou a Aurorahunters ("Caçadores de Aurora", em tradução livre), que leva sete turistas por semana para viagens em partes mais remotas da região, em busca de auroras boreais.
"A razão de eu ter escolhido este lugar é que a população é muito baixa, há pouca luz ou poluição sonora e é um território perfeito para a aurora", disse.
"DAMA ASTUTA"
O grande problema da "caça" à aurora é a dificuldade em prever onde ela vai aparecer.
Em seu site, a agência oficial de turismo da Noruega chega a comparar a aurora boreal a uma "dama astuta". "Você nunca sabe quando ela vai aparecer. Esta diva vai te deixar esperando", diz o site.
Por isso, empresas como a de Keen estudam informações meteorológicas para tentar encontrar o melhor lugar para ver as luzes.
"Estamos checando relatórios sobre as nuvens. Observamos o movimento, a densidade das nuvens. Estamos apontando para um lugar onde sentimos que, em um momento específico, vai haver um buraco nas nuvens", afirma Keen.
As excursões para os locais escolhidos são realizadas em micro-ônibus ou trenós puxados por cães, especialmente para chegar em áreas de difícil acesso.
VENTO SOLAR
"O processo que causa a aurora é parecido com a física das luzes de neon", afirma Joseph M. Kunches, cientista espacial no Centro Espacial de Previsão do Tempo dos Estados Unidos, parte da Associação Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA, na sigla em inglês).
"Um elétron interage com átomos neutros e emite luzes de várias cores. O que acontece quando a aurora brilha é que as partículas vindas do Sol --a maioria delas são elétrons-- são trazidas pelos ventos solares na direção da Terra e guiadas pelos polos magnéticos do planeta."
"Quando as partículas interagem com a atmosfera da Terra, elas estimulam moléculas que já estão aqui, e estas emitem luzes", acrescentou.
Kunches afirma que a cor das luzes depende dos gases na atmosfera terrestre (oxigênio, nitrogênio ou outros). "E, quando os ventos solares são mais fortes (...), as auroras serão mais brilhantes".
O cientista avisa que, nas temporadas de 2012 e 2013, a previsão é de muita atividade solar, portanto as auroras boreais serão mais frequentes.
Kunches afirma que o Polo Sul é afetado da mesma forma pela atividade solar. Mas, existe a diferença sazonal: no norte, a aurora é vista no inverno, quando tudo fica escuro.
No sul, as regiões são iluminadas 24 horas por dia, então não é possível ver as luzes.
No norte, a aurora boreal pode ser vista nos países escandinavos (Noruega, Suécia e Dinamarca), Finlândia, Rússia, América do Norte e norte da Escócia.
CÉUS LIMPOS
Assim como Joseph Kunches, Andy Keen espera boas oportunidades para ver a aurora boreal em 2012.
"Nos primeiros meses do ano, particularmente em janeiro, fevereiro e até o meio de março, temos céus limpos", disse.
Neste período a maior parte da neve já caiu e há menos nuvens no céu.
No entanto, no verão, quando as noites são curtas ou sequer ocorrem, é o período ruim para os caçadores destas luzes. Eles voltarão a ter mais atividade a partir do outono no hemisfério norte, que começa em outubro.
O fotógrafo finlandês Martti Rikkonen, um dos mais famosos fotógrafos de natureza do país, ganhou um prêmio nacional em 1995, com uma imagem da aurora boreal. Ele afirma que muitos finlandeses não dão tanta importância para as luzes.
"Para muitas pessoas, não é nada especial, pois temos elas com muita frequência. Você pode ver (as luzes) com tempo limpo talvez 200 noites por ano. Mas quando elas estão boas, todo mundo se interessa, pois há tanta cor e elas são fantásticas", disse.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Nasa fotografa galáxia espiral com formato de olho

A imagem da Nasa (agência espacial norte-americana) tirada e divulgada nesta terça-feira (27) é da galáxia espiral NGC 4151.
A área em vermelho que lembra um anel é uma mistura de hidrogênio com matéria que cai em direção à região central da galáxia, em azul.
Já os pontos amarelos indicam regiões onde nasceram estrelas recentemente.
Essa galáxia espiral está localizada a aproximadamente 43 milhões de anos-luz da Terra e também é uma das mais próximas que contém um buraco negro cuja expansão está em ritmo muito acelerado.
Por causa de sua localização, fornece uma das melhores oportunidades para que os astrônomos possam estudar a interação entre os buracos negros em atividade e os gases que circundam a galáxia que o abriga.
Área em vermelho é formada por hidrogênio; os pontos amarelos indicam que ali nasceram estrelas
Área em vermelho é formada por hidrogênio; os pontos amarelos indicam que ali nasceram estrelas

Tormenta solar não destruirá a Terra em 2012

A Nasa (agência espacial norte-americana) previu alguns anos atrás a ocorrência de uma intensa tempestade solar em 2012.
Segundo as estimativas da NCAR (Centro Nacional de Investigações Atmosféricas), ela seria 30% a 50% mais forte que a anterior e também a maior dos últimos 50 anos.
A tormenta solar não tem, porém, a capacidade de destruir fisicamente a Terra e tampouco as pessoas comuns precisam se precaver contra o fenômeno. Há sites na internet que chegam ao ponto de indicar guias de sobrevivência para a tormenta solar.
O calor que é emitido nas tempestades solares não chega à Terra, mas a radiação eletromagnética e as partículas energizadas podem afetar temporariamente as comunicações, como os GPS e os telefones celulares, da mesma forma que os furacões o fazem.
O prognóstico da próxima tempestade solar tem como base a intensificação da atividade solar, que surge em ciclos com cerca de 11 anos de duração, após longos períodos de calmaria do Sol. Mais recentemente, a Nasa estipulou como 2013 ou 2014 a data provável para acontecer o fenômeno.
A última tempestade solar de grande proporção é de 1958. Uma de suas consequências que costuma ser lembrada é que a aurora boreal pôde ser vista em regiões distantes como o México.
Atividade solar se intensifica de forma cíclica, a cada período de 11 anos, segundo estimativa da Nasa
Atividade solar se intensifica de forma cíclica, a cada período de 11 anos, segundo estimativa da Nasa

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Plutão pode ter moléculas orgânicas complexas

A superfície de Plutão pode conter moléculas orgânicas complexas -espécie de "tijolos" que são fundamentais para a construção da vida como a conhecemos-, afirma um novo estudo.
A descoberta é do Telescópio Espacial Hubble, que detectou que algumas substâncias na superfície do planeta-anão estão absorvendo mais luz ultravioleta do a quantidade que era esperada.
Isso, segundo especialistas da Nasa, dá pistas importantes sobre a composição química do astro.
De acordo com os astrônomos, esses compostos possivelmente são hidrocarbonetos complexos ou moléculas que contêm nitrogênio.
Já se sabe que a superfície de Plutão tem metano, dióxido de carbono e nitrogênio congelados.
É possível que os compostos que estão "chupando" a luz ultravioleta tenham sido produzidos pela interação das substâncias com luz solar ou raios cósmicos -partículas subatômicas muito velozes.
Em nota, Alan Stern, líder do trabalho, destacou a importância das novas pistas químicas encontradas.
"Os hidrocarbonetos complexos plutonianos e as outras moléculas que podem ser responsáveis pelas propriedades espectrais ultravioletas que nós encontramos podem, entre outras coisas, dar aquela cor avermelhada de Plutão", disse.
Além disso, a equipe de Stern encontrou evidências de que o terreno de Plutão tenha mudado.
Ao comparar imagens da superfície de Plutão feitas na década de 1990 e agora, os astrônomos verificaram que o espectro ultravioleta do ex-planeta se modificou.
É possível que mudanças na pressão atmosférica do planeta-anão tenham causado essa alteração.
Além de Plutão, outros astros do chamado Cinturão Kuiper também têm "cor de ferrugem". Estudos anteriores já haviam relacionado o avermelhado a possíveis moléculas orgânicas.
A grande distância entre a Terra e Plutão ainda impõe muitas dificuldades ao estudo do planeta-anão. Os mistérios sobre esse corpo celeste devem começar a ser desvendados com a chegada da sonda New Horizons, programada para 2015.

domingo, 25 de dezembro de 2011

Observatório do Chile captura imagens do cometa Lovejoy

O recém-descoberto cometa Lovejoy foi registrado em fotos tiradas do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile.
O cometa marcou os céus no hemisfério sul depois de sobreviver a um mergulho na parte mais externa da atmosfera solar, enfrentando temperaturas superiores a 1 milhão de graus Celsius.
O astro foi descoberto em 27 de novembro pelo astrônomo amador Terry Lovejoy, da Austrália. Ele foi classificado como do tipo "Kreutz sungrazer", família de cometas que orbitam o Sol.
Depois de entrar na atmosfera solar, esperava-se que o cometa fosse ser vaporizado, mas ele sobreviveu e deve continuar sua órbita.
A cauda do cometa Lovejoy é vista sobre o observatório ESO, no Chile
A cauda do cometa Lovejoy é vista sobre o observatório ESO, no Chile

sábado, 24 de dezembro de 2011

Feliz Natal!!!

Quero desejar um feliz natal a todos...

Natal de Amor

Natal é a presença de Jesus em nossos corações,

não só representa a fé, mas a vida,

O nascimento do Filho de Deus!

A consciência de família, amor, paz, felicidade!

Que o sentido do Natal esteja sempre presente em nosso dia a dia

e que a esperança seja um objetivo concretizado…

Que a luz do Menino Jesus percorra cada lar

trazendo alegria aos nossos corações.

Que a Fraternidade Universal seja nossa meta e

que haja somente amor em meio a tempos difíceis,

assim encontraremos a Paz tão almejada!

O Natal do Amor é a fé e esperança renascida nos olhos de uma criança!

Feliz Natal“

Astronautas comemoram Natal na estação espacial

A ISS (Estação Espacial Internacional) recebeu ontem mais três tripulantes.
O americano Don Pettit, o russo Oleg Kononenko e o holandês Andre Kuipers vão passar Natal, Páscoa e outros feriados no espaço. A missão deve durar seis meses.
Eles se juntaram ao americano Dan Burbank e aos russos Anton Shkaplerov e Anatoly Ivanishin, que já estavam no espaço. O grupo trabalhará conjuntamente até março de 2012, quando os integrantes que chegaram primeiro retornarão à Terra.
Com a ISS, faz mais de 11 anos que a humanidade não passa um dia sem que haja ao menos uma pessoa no espaço. Isso significa muitos Natais a bordo da estação.
A primeira celebração do feriado no espaço, no entanto, aconteceu em 1968. A tripulação da Apollo 8 entrou na órbita lunar exatamente na véspera de Natal.
Em 1978, americanos comemoraram pela primeira vez a data em sua estação espacial pioneira, a Skylab.
Na ISS, a tradição vai aumentando a cada ano. Além de árvores decoradas e enfeites, é comum que os astronautas posem para fotos com gorrinhos e outros símbolos natalinos.
Assim como nas celebrações aqui na Terra, o jantar natalino dos astronautas tem comidas que fogem ao cardápio do dia a dia.
Peru, cookies e outros itens típicos da comemoração são mandados especialmente para para animar a tripulação.
Mesmo assim, não há como fugir ao modo de preparo "espacial": é tudo desidratado, defumado ou enlatado.
O dia de Ação de Graças, feriado comemorado nos Estados Unidos, também não passa em branco.
A Nasa capricha nos quitutes para os astronautas, que enfrentam vários tipos de limitação enquanto fazem suas pesquisas no espaço.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Satélite militar russo cai na Sibéria por falha no lançamento

O satélite russo de comunicações militares e civis Meridian caiu na Sibéria nesta sexta-feira devido a uma falha no lançamento com um foguete Soyuz, informaram as agências russas.
"Segundo as primeiras informações disponíveis, ocorreu uma avaria no terceiro andar do foguete. Sabendo disso, podemos dizer que o satélite caiu em território siberiano", afirmou uma fonte espacial citada pela agência Interfax.
A agência Ria Novosti, citando uma fonte militar, afirmou que o aparelho caiu na região de Tiumen, na Sibéria ocidental, perto da cidade de Tobolsk. Não há nenhuma informação sobre eventuais danos materiais ou vítimas.
A Rússia lançou o satélite nesta sexta-feira a bordo de um foguete Soyuz, do cosmódromo militar de Plesetsk (800 km ao norte de Moscou).
O satélite Meridian seria usado com fins militares e civis, entre outras coisas, para garantir a comunicação entre navios, aviões e infraestruturas terrestres no Ártico.
Com este, são cinco os lançamentos sem sucesso deste ano na Rússia, de um total de 33, segundo a agência Interfax.
O fiasco anterior ocorreu em novembro, quando a sonda Phobos-Grunt, que devia dirigirse a um satélite de Marte, ficou em órbita ao redor da Terra.
Pior ainda foi o lançamento sem sucesso em agosto de uma nave de abastecimento dirigida à Estação Espacial Internacional, que paralisou durante três meses as partidas à ISS.
Este ano a Rússia lembrou o envio há 50 anos do primeiro homem ao espaço, o soviético Yuri Gagarin.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Nasa divulga foto inédita de luas de Saturno; veja

A Nasa acaba de divulgar uma imagem impressionante de duas das mais de 60 luas de Saturno. Nela, Titã --o maior dos satélites, que tem tamanho superior ao do planeta Mercúrio-- aparece acompanhado de Dione, o terceiro maior.
As duas luas "posam" com os famosos anéis do planeta.
O registro divulgado hoje foi feito em 21 de maio deste ano pela sonda Cassini, que orbita o planeta. Para chegar às cores de aparência natural, foram combinadas imagens com filtros vermelho, azul e verde.

A maior lua de Saturno, Titã, acompanhada de Dione, a terceira maior, com os famosos aneis do planeta ao fundo
A maior lua de Saturno, Titã, acompanhada de Dione, a terceira maior, com os famosos aneis do planeta ao fundo

Estrela 'engole' e depois 'cospe' dois planetas

Um dia depois de a Nasa anunciar a descoberta dos menores planetas já achados fora do Sistema Solar, cientistas apresentam hoje um estudo sobre um par de planetas ainda mais diminutos.
Os astros recém-descobertos, afirmam os astrônomos, são remanescentes de planetas gigantes que foram engolidos por sua estrela e depois "cuspidos" como "caroços".
A descoberta foi feita com a análise de dados do mesmo telescópio espacial, o Kepler, mas por um grupo diferente, liderado pelo francês Stephane Charpinet.
Os novos planetas têm 86,7% e 75,9% do raio da Terra e massas estimadas em 44% e 65%. A dupla nova tem órbita muito próxima de sua estrela-mãe e possui superfície quente demais para abrigar água líquida e vida.
O aspecto mais inusitado dos planetas é que no centro do sistema estelar que os abriga está KOI 55, estrela de idade avançada e que já passou pela fase em que se torna uma "gigante vermelha".
DESTINO SOLAR
É o mesmo destino previsto para o Sol, daqui a 5 bilhões de anos, quando o hidrogênio, combustível para a fusão nuclear em seu centro, começar a se esgotar.
No passado, os planetas em torno de KOI 55, batizados apenas como.01 e.02, eram provavelmente astros com tamanhos similares aos de Júpiter e Saturno, os gigantes gasosos do Sistema Solar.
Quando a estrela começou a virar uma gigante vermelha, sua atmosfera estelar, ou"envelope", começou a se expandir tanto que encobriu os dois planetas.
Em estudo na edição de hoje da revista "Nature", o grupo de Charpinet descreve o que acha que ocorreu após a estrela "engolir" os planetões. Esse astros, dizem, só acabaram engolfados na atmosfera estelar porque, apesar de ser grandes, tinham órbitas curtas, como a Terra.
"Enquanto eles iam cavando seu caminho em meio ao envelope estelar, iam perdendo toda a camada exterior de gás e expelindo também o gás da atmosfera da gigante vermelha, fazendo-a perder massa", explicou à Folha Betsy Green, da Universidade do Arizona, astrônoma que participou do estudo.
"Se os planetas já fossem pequenos naquela época, provavelmente não teriam sobrevivido. Só existem hoje porque começaram com uma quantidade de massa grande antes de sofrer atrito."
A vingança dos planetas é que eles próprios acabaram varrendo para fora a atmosfera da gigante vermelha, e KOI 55 pode ter perdido mais de 50% de sua massa. Agora ela é uma estrela da classe das sub-anãs quentes tipo B, que possuem um núcleo de hélio inerte e geram energia por fusão nuclear em camadas mais exteriores.
POR ACASO
A descoberta dos planetas ocorreu meio por acaso. Charpinet e Green começaram a observar a KOI 55 para entender os modos de vibração da estrela, que exibe movimentos similares aos terremotos da Terra. A vibração causa oscilações no brilho que podem revelar propriedades interessantes da estrela, como sua massa e seu raio.
Mas duas das oscilações periódicas que os cientistas detectaram tinham períodos de cinco a oito horas, longos demais para terremotos.
Após Charpinet fazer uma montanha de cálculos, concluiu que a probabilidade maior era a de que a oscilação de brilho estivesse sendo causada por planetas refletindo a luz de KOI 55, assim como os períodos da Lua refletem luz solar em quantidade diferente para a Terra.
Os planetas rebatem uma quantidade enorme de luz, pois estão a menos de um centésimo da distância que nós estamos do Sol.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Anúncio de planetas marca triunfo e limites de pesquisa espacial

A publicação da descoberta de dois planetas do tamanho aproximado da Terra pelo grupo do satélite Kepler é um grito de independência.
Até então, quase todos os achados feitos com as plataformas espaciais precisavam ser confirmados por uma técnica alternativa.
A razão para isso é que o método de descoberta usado por satélites como o Kepler --a diminuição do brilho da estrela conforme o planeta passa à sua frente-- está sujeito a falsos positivos.
Contudo, com uma análise estatística robusta, que reduziu a chance de um engano para menos de um em mil, os cientistas praticamente descartaram isso e defendem que os novos planetas já podem entrar na lista oficial.
Ademais, nem há sensibilidade suficiente para confirmar por outra técnica a existência desses objetos, o que justifica a pressa de validar o achado pela rota estatística.
Por um lado, a aceitação dessas conclusões traz grandes perspectivas para a equipe do Kepler (e de seu equivalente europeu, o Corot). Significa que eles podem começar a trazer seus milhares de "planetas candidatos" para o campo dos confirmados, sem esperar dados adicionais de telescópios em terra.
Por outro lado, há limitações severas sobre o que se pode dizer a respeito desses mundos. Só a combinação das duas técnicas (a praticada no espaço e a usada em solo) pode apresentar medições de raio e massa. E são elas que permitem fazer grandes inferências sobre a composição desses mundos.
Embora os pesquisadores até especulem sobre esses pequenos mundos recém-descobertos, eles admitem que a falta de uma medição da massa atrapalha as tentativas de determinar como eles são.
Para isso, será preciso esperar a próxima geração de espectrógrafos, capazes de detectar a presença desses planetas a partir do solo --e de determinar sua massa-- por uma via mais segura.

Bola metálica de 6 kg despenca do céu e cai na Namíbia

Uma bola metálica que possivelmente se desprendeu da órbita terrestre --onde existe uma quantidade nada desprezível de lixo espacial-- foi parar na Namíbia.
Em novembro, as autoridades locais contataram a Nasa e a ESA (as agências espaciais norte-americana e europeia) para notificá-las sobre a descoberta de uma bola de metal com 1,1 metro de diâmetro e peso de 6 kg.
O objeto só não machucou ninguém por ter caído em uma região remota do país --uma vila a 750 km da capital Windhoek.
Segundo cálculos da Nasa, as chances de uma pessoa entre os cerca de 7 bilhões de pessoas que vivem na Terra ser atingida por um lixo espacial são de 1 em 3.200.
Desde o lançamento do Sputnik 1 (o primeiro satélite artificial em órbita), são quase 54 anos sem qualquer registro de morte nesses termos.
Na verdade, acredita-se que apenas uma única pessoa tenha sido atingida por lixo espacial. Em 1997, a americana Lottie Williams sentiu um baque no ombro que era um pequeno pedaço, diz a própria Nasa, de um foguete Delta. Ela não se machucou.
O lixo que circunda o planeta Terra são restos de equipamentos usados em missões espaciais.
Uma ou outra vez, essas sobras que flutuam aleatoriamente ameaçam bater na ISS (Estação Espacial Internacional).
Parece um pequeno guizo, mas na verdade é uma bola metálica que pesa 6 kg e caiu na Namíbia em novembro
Parece um pequeno guizo, mas na verdade é uma bola metálica que pesa 6 kg e caiu na Namíbia em novembro

Tripulação da ISS dobra no fim de ano; nave partiu nesta quarta

A tripulação da ISS (Estação Espacial Internacional) vai dobrar durante as festas de fim de ano.
O astronauta Don Pettit, o cosmonauta Oleg Kononenko e o holandês Andre Kuipers partiram às 11h16 (horário de Brasília) desta quarta-feira a bordo do foguete russo Soyuz TMA-03M, que saiu do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão. A previsão de chegada à ISS é na sexta-feira, às 13h22.
Os três novos membros da estação orbital se juntam aos outros três que já se encontram na ISS. São eles: o comandante americano Daniel Burbank e os russos Anton Shkaplerov e Anatoly Ivanishin.
Os seis integrantes trabalharão juntos até março, quando os três tripulantes que chegaram à ISS primeiro deverão voltar à Terra . A volta do trio recém-chegado está marcado para maio de 2012.
Lançamento do foguete russo Soyuz TMA-03M, que partiu da base de Baikonur, no Cazaquistão; veja mais fotos
Lançamento do foguete russo Soyuz TMA-03M, que partiu da base de Baikonur, no Cazaquistão; veja mais fotos



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terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Nasa encontra dois planetas do tamanho da Terra

Criado para caçar um planeta gêmeo da Terra, o telescópio espacial Kepler já encontrou, pelo menos, dois "primos". A Nasa (agência espacial americana) anunciou a descoberta de uma dupla que tem quase o mesmo tamanho do nosso planeta.
Os dois novatos orbitam uma estrela do mesmo tipo do Sol, localizada a quase 950 anos-luz da Terra e são, até agora, os dois menores planetas já registrados fora do Sistema Solar.
Um deles é ligeiramente menor do que a Terra. O Kepler-20e tem 0,86 vez o raio terrestre. Já seu companheiro, o Kepler-20f, tem praticamente o mesmo tamanho. Seu raio é só 0,03 vez maior.
Os cientistas acreditam que os dois planetas sejam rochosos, como a Terra, e tenham uma composição química parecida com a do nosso planeta.
Apesar das semelhanças, ambos são provavelmente quentes demais para abrigar vida. Eles estão bem próximos da sua estrela, a uma distância relativamente menor até a que a de Mercúrio com o Sol.
Por conta disso, em Kepler 20e a temperatura fica em torno de escaldantes 760°C. Já o Kelpler-20f, com 430°C, é um pouco mais ameno, mas ainda infernal.
"Essa descoberta é um marco, pois se trata de planetas muito pequenos. Os pesquisadores estão refinando cada vez mais sua capacidade de localização", diz Carolina Chavero, pesquisadora de astronomia e astrofísica do Observatório Nacional.
Além da dupla, a estrela Kepler-20 também têm outros três planetas ligeiramente maiores em sua órbita.
O trabalho foi publicado na versão on-line da revista "Nature".
A partir da esq., o Kepler-20e, Vênus, a Terra e o Kepler-20f; veja galeria com mais planetas descobertos pela Nasa
A partir da esq., o Kepler-20e, Vênus, a Terra e o Kepler-20f; veja galeria com mais planetas descobertos pela Nasa

Galáxias formam desenho de rosa no espaço; veja

Um par de galáxias espirais que interagem entre si e forma uma rosa no espaço é a imagem divulgada nesta terça-feira no site da Nasa (agência espacial americana).
A galáxia UGC 1810, que é a maior das duas, tem um disco central que se distorce pela atração da menor, a UGC 1813, fazendo com que o núcleo se pareça com o botão de uma flor.
Dá ainda para ver pontos azuis na foto, que são luzes emitidas por um grupo de jovens estrelas brilhantes.
Outro indício da interatividade das duas galáxias são as linhas espirais incomuns.
O registro das duas galáxias, de autoria do telescópio espacial Hubble, é de 17 de dezembro de 2010 e foi divulgado pela primeira vez em abril, mês quando se comemorou o aniversário de 21 anos do Hubble.
Disco da galáxia UGC 1810 é distorcido pela ação de uma galáxia menor; pontos azuis estrelas jovens
Disco da galáxia UGC 1810 é distorcido pela ação de uma galáxia menor; pontos azuis estrelas jovens

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Foto mostra uma das mais perfeitas galáxias espirais

O telescópio espacial Hubble fotografou nesta segunda-feira a galáxia espiral M74, também conhecida como Messier 74 ou NGC 628. A Nasa divulgou a imagem nesta segunda-feira.
Ela é uma das mais perfeitas do gênero, com braços simétricos em forma de espiral que partem de seu centro e são rodeados por poeira.
As regiões azuis concentram estrelas jovens que ainda se encontram em formação. A parte rosa é de hidrogênio ionizado.
A M74 está a 32 milhões de anos-luz, na constelação de Peixes. Ela é a maior de um pequeno grupo com cerca de 12 galáxias reunidas, que juntas contém aproximadamente cem bilhões de estrelas --um pouco menor que a Via Láctea.
Em azul, estrelas jovens que ainda se encontram em formação; a parte rosa é de hidrogênio ionizado
Em azul, estrelas jovens que ainda se encontram em formação; a parte rosa é de hidrogênio ionizado

domingo, 18 de dezembro de 2011

Pra quem gosta! Cadernos de Isaac Newton são digitalizados

A biblioteca digital da universidade de Cambridge disponibiliza on-line imagens dos papéis de Isaac Newton (1643-1727).
Os documentos incluem cadernos de anotações e uma edição do "Principia Mathematica" comentada pelo próprio cientista.
Nesse estudo, suas famosas leis do movimento são enunciadas. O conteúdo pode ser acessado em cudl.lib.cam.ac.uk.
Cadernos digitalizados de Isaac Newton estão on-line
Cadernos digitalizados de Isaac Newton estão on-line


Veja alguns cadernos digitalizados de Isaac Newton

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Táxi espacial será viável só a partir de 2017, diz Nasa

Cortes orçamentários em um programa destinado ao desenvolvimento de táxis espaciais devem fazer com que os EUA continuem dependendo da Rússia até 2017 para levar astronautas à ISS (Estação Espacial Internacional), disse um dirigente da Nasa (agência espacial americana) na quinta-feira.
A reformulação do programa, que busca uma alternativa comercial aos recém-aposentados ônibus espaciais, tem um lado positivo: a Nasa vai abandonar os contratos tradicionais, com preços prefixados e passará a adotar parcerias mais baratas e flexíveis.
"É um pequeno passo para o 'Commercial Crew'", disse Michael Gold, advogado da empresa Bigelow Aerospace, referindo-se ao programa da Nasa para o desenvolvimento do táxi espacial. "E um passo gigantesco para o bom senso."
A alteração foi motivada pelo fato de a Nasa ter reduzido à metade a solicitação orçamentária para o programa no ano fiscal, que começou em 1º de outubro (o valor ficou em US$ 850 milhões), e pela determinação da agência em manter pelo menos dois projetos de táxi espacial sendo desenvolvidos para uma futura operação.
"Gostaríamos de manter dois fornecedores no mínimo. Na verdade, mais", disse o administrador-associado da Nasa, Bill Gerstenmaier, a jornalistas. "Achamos que a competição é algo crucial."

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Astrônomos localizam 'jantar' de buraco negro

Astrônomos do ESO (Observatório Europeu do Sul), instalado no Chile, localizaram uma nuvem de gás com várias vezes a massa da Terra que se aproxima rapidamente de um buraco negro no centro da Via Láctea.
Esta é a primeira vez que se acompanha a aproximação de uma nuvem a um buraco negro supermassivo. Um artigo sobre as observações será publicado na edição de 5 de janeiro de 2012 da revista "Nature".
A nuvem foi detectada com o auxílio do Very Large Telescope por uma equipe de astrônomos liderada por Reinhard Genzel (Instituto Max Planck para a Física Extraterrestre, na Alemanha).
A nuvem de poeira é formada por gás ionizado com uma massa de cerca de três vezes a da Terra. A sua atual densidade é muito maior do que o gás quente que rodeia o buraco negro.
No entanto, à medida que a nuvem se aproxima do buraco esfomeado, a pressão externa aumentará até comprimi-la. Ao mesmo tempo, a grande força do buraco negro continuará a acelerar o movimento em direção a seu interior.
Espera-se que a nuvem se desfaça completamente. Atualmente existe pouco material próximo do buraco negro, por isso a refeição recém-chegada será o combustível dominante do buraco negro durante os próximos anos.
Uma explicação para a formação da nuvem é que o material que a compõe possa ter vindo de estrelas jovens de grande massa que se encontram nas proximidades e que perdem massa muito rapidamente devido a ventos estelares.
Ilustração da nuvem de gás que está movimentando em direção a um buraco negro
Ilustração da nuvem de gás que está movimentando em direção a um buraco negro

Novo radiotelescópio pode ir para Austrália ou África do Sul

Um novo radiotelescópio --aparelho que investiga zonas espaciais inacessíveis aos telescópios ópticos-- pode ser construído na Austrália ou na África do Sul.
Os dois países são as locais mais prováveis para abrigar o radiotelescópio SKA (Square Kilometre Array), segundo o comitê internacional que está envolvido no projeto, do qual fazem parte agências financiadoras na área científica.
A escolha final será anunciada no ano que vem.
Foto de março deste ano mostra região em Northern Cape, na África do Sul, onde estão instalados telescópios espaciais
Foto de março deste ano mostra região em Northern Cape, na África do Sul, onde estão instalados telescópios espaciais

Hubble registra força violenta de estrela em formação

O telescópio espacial Hubble capturou o momento em que uma gigantesca nuvem de gás de hidrogênio é iluminada em decorrência de uma estrela que se encontra em sua fase final de formação. A ESA (Agência Espacial Europeia) divulgou a imagem nesta quinta-feira (15).
A estrela em questão é a S106 IR, que ejeta material a uma velocidade tão alta, a ponto de interferir nos gases e na poeira que a rodeiam.
A S106 IR também é capaz de "esquentar" esses gases, fazendo-os com que cheguem a uma temperatura de 10 mil graus Celsius. A radiação da estrela ioniza o hidrogênio que, por sua vez, se expande. A luz dessa expansão é vista na cor azul na foto e a camada de poeira fina e fria aparece em vermelho.
A próxima fase da S106 IR será a de estabilidade, mais calmo, considerado como sendo o da fase "adulta". Mas até lá vai demandar um bom tempo cósmico.
As áreas em vermelho são formadas por poeira fria e fina; já a azul é a expansão dos gases de hidrogênio
As áreas em vermelho são formadas por poeira fria e fina; já a azul é a expansão dos gases de hidrogênio

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Nasa rebate teorias sobre 2012

Agência espacial mostra razões para não acreditar em profecias apocalípticas

Google gera 35 milhões de resultados para frase “desastres 2012”

As pessoas podem dormir tranquilamente na noite entre 20 e 21 de novembro de 2012, garante a Nasa, a Agência Espacial Norte-Americana. Apesar da polêmica em torno da data, o mundo não corre o risco de acabar.
O prognóstico do fim do mundo é atribuído ao calendário maia, que se encerra no dia 21 de dezembro de 2012. Entretanto, o astrônomo Don Yeomans, gerente do programa NEO de Objetos Próximos à Terra, da Nasa, questiona os rumores sobre este acontecimento.
"O que há de tão especial sobre 21 de dezembro do ano que vem?” Pergunta Yeomans. "Muitas pessoas pensam que é o fim do calendário maia e que uma catástrofe ocorrerá. Mas além da data marcar o inicio do solstício de inverno, instante que marca o começo do Inverno no Hemisfério Norte, nada de mais interessante irá acontecer”.
Os defensores da teoria afirmam que uma estranha série de eventos terríveis está convergindo para causar a destruição da humanidade naquele dia. Mas o astrônomo da Nasa rebate essas ideias usando conhecimento científico para mostrar que tudo não passa de mentira.

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Os Maias
O antigo calendário maia era um sistema distinto de medir o tempo. Além do ano, os maias mediam períodos mais longos, assim como o nosso calendário divide o tempo em décadas, séculos e milênios.
A contagem do calendário maia mais curto era de 52 anos, enquanto a contagem do calendário mais longo era de 5125 anos. Grande parte da polêmica sobre o fim do mundo se deve a este calendário de longa duração chegar ao fim em 21 de dezembro de 2012.
No entanto, isto não significa que uma catástrofe ira acontecer. Segundo Yeomans, a data indica apenas o fim de um calendário e o inicio de outro. “Os maias nunca previram que o fim do mundo ocorreria nesse dia. Seria como dizer que o fim dos tempos será em 31 de dezembro porque a data marca o fim do calendário gregoriano”.
O final de ciclos do calendário maia significa "finais de período" e pode ser interpretado de diferentes formas. Enquanto existem aqueles que acreditam que 21 de dezembro de 2012 trará uma nova era de iluminação, muitos outros temem uma catástrofe.
“Procurei pela frase 'desastres 2012' no Google e sabe quantos resultados encontrei? 35 milhões”, afirma Yeomans. “Muitas pessoas estão preocupadas com esta data, mas não existe razões para pânico”.
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Morte pelo Planeta X
“Umas das teorias mais famosas diz que o Sol vai se alinhar com o centro da Via Láctea em 21 de dezembro. No entanto, o Sol faz isso rotineiramente duas vezes por ano, e sem causar o fim do mundo”, ironiza Yeomans.
Outro temor seria a colisão da Terra com um folclórico planeta apelidado de “Nibiru” ou “Planeta X”, que estaria vindo em direção ao nosso planeta.
Yeomans nota que um famoso Ufólogo chamada Nancy Leider, que diz estar em contato com alienígenas da estrela Zeta Reticuli, primeiro afirmou que o Nibiru causaria um desastre catastrófico em Maio de 2003, e depois mudou a previsão para 21 de dezembro de 2012.
"Não há evidência alguma de que Nibiru exista", diz Yeomans. “Rumores de que talvez o planeta esteja escondido atrás do Sol são infundados, pois 'tal planeta' não poderia se esconder atrás do astro para sempre. Nós já o teríamos encontrado”.
Os crentes em Nibiru rebatem essa critica acusando os astrônomos da Nasa de estarem envolvidos em uma conspiração para encobrir o caso a fim de evitar o pânico nas populações.
Mas Yeomans ridiculariza esta afirmação dizendo que “não há nenhuma maneira da agência manter os astrônomos do mundo inteiro em silencio”.

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Alinhamento planetário
Há também quem afirme que os efeitos gravitacionais dos planetas alinhados uns com os outros vão afetar a Terra de alguma forma em 2012.
O problema é que não há nenhum alinhamento planetário em 2012. E mesmo que houvesse, isto não causaria problemas.
Segundo Yeomans, os únicos corpos que causam influencias gravitacionais significativos na Terra são o Sol e a Lua - efeitos como as marés, por exemplo.
“Os efeitos gravitacionais exercidos por outros corpos são desprezíveis, e temos sofrido essa 'ameaça' durante milhões de anos sem problemas”, ironiza o astrônomo.
Tempestades solares
Outro medo sobre 2012 diz respeito as tempestades solares: correntes de partículas energéticas causadas por explosões no Sol.
Estes eventos acontecem em ciclos de 11 anos. Quando atingem a Terra, criam auroras e podem causar danos a satélites e linhas de energia, mas “não é nada que cause danos permanentes”, diz Yeomans.
Há registros de que uma super tempestade solar atingiu a Terra em 1859. Apesar de causar poucos danos na época, há temores de que uma tempestade similar cause danos muito maiores agora que nosso mundo é mais dependente de aparelhos eletrônicos.
Ainda assim, “não há evidências de que uma tempestade dessas irá acontecer em 21 de dezembro de 2012”, destaca Yeomans. “É impossível prever a atividade solar com tanta antecedência e exatidão, e mesmo uma tempestade extremamente forte dificilmente causaria o apocalipse".
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Dança dos pólos
A Terra tem dois tipos de pólos: os geográficos, que marcam o eixo de rotação do planeta, e os magnéticos, que são associados ao campo magnético do planeta e fazem a bússola apontar sempre para o norte.
“Alguns temem que um ou ambos os pólos vão inverter em 2012. No entanto, os pólos geográficos não podem se inverter porque a Lua estabiliza a rotação do nosso planeta” afirma Yeomans.
Os pólos magnéticos, por sua vez, se invertem de vez em quando, mas numa escala de tempo muito longa - cerca de 500 mil anos. “Esta mudança não é súbita, pelo contrario, ocorre gradualmente ao longo de milhares de anos, e não há nenhuma evidencia de uma reviravolta em 21 de dezembro de 2012”, ressalta Yeomans.
“Mesmo que houvesse, não causaria nenhum problema, a não ser termos que mudar o ponteiro da bússola de norte para o sul”, brinca.
Yeoman observa ainda que pessoas inteligentes podem acreditar em coisas estranhas por 'N' motivos. “Por exemplo, dados reais são muitas vezes confundidos com pseudociência, enquanto evidencias informais e argumentos passionais vinculados na internet e na televisão são encarados como verdade e se confundem com a realidade”.
Para finalizar, o astrônomo da Nasa manda um aviso para seus colegas: “Nós [cientistas] temos que fazer um trabalho melhor para educar as pessoas sobre a Ciência e evitar que esse tipo de 'teoria da conspiração' impregne a sociedade”.

Aplicativo permite informar Nasa sobre meteoritos

Um novo aplicativo da Apple para iPhone, iPad e iPod Touch, batizado de Meteor, ajudará a Nasa a rastrear os meteoritos que caem sobre o planeta a partir de informações fornecidas pelos usuários, anunciou a agência americana nesta terça-feira.
Todos os dias, cerca de 40 toneladas de meteoritos caem no planeta, embora quase todos sejam pequenos e se desintegrem sem causar danos à superfície terrestre, gerando apenas uma chuva de meteoritos.
Com o objetivo de receber informações sobre os restos dos meteoros, a Nasa e a Apple criaram agora esta nova ferramenta para que os cidadãos contribuam com as pesquisas da agência espacial através de seus smartphones.
"Com este aplicativo, gente de todo tipo pode contribuir para uma autêntica pesquisa da Nasa", disse Bill Cooke, do escritório de meteoritos da agência, que patrocinou o projeto.
"Os dados fornecidos pelos cidadãos nos ajudarão a descobrir novas chuvas de meteoros, localizar os rastros dos cometas e criar um mapa da distribuição dos meteoritos ao redor da órbita da Terra", acrescentou Cooke.
O aplicativo utiliza uma interface que simula um piano, onde cada tecla é destinada a identificar cada tipo de meteorito em função de seu tamanho e luminosidade.
"Cada vez que alguém avistar um meteoro, simplesmente deve pressionar a tecla correspondente a seu brilho. As teclas da esquerda correspondem aos meteoros que têm uma tênue luz visível à simples vista, e as teclas da direita representam assombrosas bolas de fogo", explicou.
Depois disso, o próprio aplicativo carrega os dados para que sejam processados pelos funcionários da Nasa, que registram o momento no qual foi avistado o meteorito, a magnitude do mesmo e sua localização.
O aplicativo está disponível de maneira gratuita na Apple Store.
Meteor, aplicativo que ajuda a NASA na monitoração de meteoros
Meteor, aplicativo que ajuda a NASA na monitoração de meteoros

Fundador da Microsoft anuncia planos de viagens espaciais

Um avião gigantesco que pode, na metade do voo, lançar um foguete para enviar cargas e até humanos em órbita poderá ser o futuro das viagens espaciais, segundo anunciou nesta terça-feira (13) o milionário filantrópico e fundador da gigante de informática Microsoft, Paul Allen.
O primeiro teste de voo desse ambicioso projeto a cargo da nova companhia de Allen, a Stratolaunch Systems, está previsto para depois de 2015, mas seus parceiros de empreendimento prometem que revolucionará as viagens espaciais na era posterior às naves espaciais americanas (Shuttles).
Utilizando motores de seis aviões 747, o maior avião jamais construído portará um foguete construído por SpaceX e será capaz de lançar cargas, satélites, e talvez algum dia, humanos, a órbitas baixas da Terra, disse Allen.
Apesar de ter se negado a divulgar quanto dinheiro estava investindo, Allen disse que será mais do que gastou na SpaceShipOne, que foi em 2004 o primeiro voo comercial a completar um voo suborbital e seu desenvolvimento custou na época 25 milhões de dólares.
"Pela primeira vez desde John Glenn, Estados Unidos não podem enviar seus próprios astronautas ao espaço", disse Allen aos jornalistas, em referência à retirada das naves espaciais este ano e ao primeiro americano a orbitar a Terra a bordo da nave Mercury 7, em 1962.
"Hoje estamos na aurora de uma mudança radical na indústria do lançamento espacial", disse Allen, prometendo maior flexibilidade que os lançamentos da Terra e melhores custos e efetividade para as missões para cargas e pessoas ao espaço no futuro.
Este projeto "manterá os Estados Unidos na liderança da exploração espacial e dará às crianças de amanhã algo que buscar no céu pelas noites e algo com o que sonhar", completou Allen.

sexta-feira, 9 de dezembro de 2011

Nasa marca acoplagem da 1ª nave privada à estação espacial

A primeira acoplagem de uma nave espacial privada à ISS (Estação Espacial Internacional) já tem data para acontecer: 7 de fevereiro de 2012. A anúncio foi feito pela Nasa na tarde desta sexta-feira (9).
A manobra pioneira será realizada pela nave Dragon, da empresa de exploração espacial privada SpaceX.
"A SpaceX teve progressos significativos, nos últimos meses, na preparação da [nave] Dragon para essa missão à estação espacial", disse William Gerstenmaier, administrador associado do setor de Explorações Tripuladas da Nasa.
"Nós esperamos uma missão bem-sucedida, que irá inaugurar uma nova era no transporte comercial de carga para esse laboratório internacional em órbita", completou.
Apesar do entusiasmo, Gerstenmaier reconheceu que ainda há muito a ser feito. "Ainda existe uma quantidade significativa de trabalho crítico para ser completado antes do lançamento", disse.
Segundo ele, porém, as equipes envolvidas na operação apresentaram bons planos para resolver as pendências a tempo e ainda se preparar para "desafios inesperados" da missão.
CAFÉ-COM-LEITE
Embora a acoplagem seja inédita, o voo ainda é considerado de testes. Basicamente, serão avaliados sistemas, engrenagens e, principalmente, o sistema de acoplagem da nave dragon à ISS.
A Nasa, porém, não deve esperar muito mais tempo para que as missões "de verdade" comecem a acontecer.
Sem alternativas próprias de colocar seus astronautas em órbita desde a aposentadoria de sua frota de ônibus espaciais, em julho, os americanos dependem de "caronas" na nave russa Soyuz. Cada viagem de ida e volta fica em torno de US$ 60 milhões para os americanos.
Enquanto a nova geração de naves da Nasa não fica pronta --o que segundo especialistas só deve acontecer entre 2019 e 2020--, a administração do presidente Obama resolveu centrar seus esforços no incentivo à exploração privada.
Em dois anos, a Nasa distribuiu algumas centenas de milhares de dólares para algumas empresas selecionadas para "fomentar" o desenvolvimento de projetos.
O objetivo dos americanos é que empresas como a SpaceX, uma das beneficiadas com o incentivo, fiquem responsáveis pelo transporte de cargas e astronautas à órbita baixa da Terra. Ou seja, à ISS.
Para grandes missões, como o uma eventual ida à Marte, a chamada exploração do espaço profundo, o trabalho ainda ficaria sob responsabilidade de naves da Nasa.
Ilustração mostra cápsula Dragon, da empresa privada SpaceX; próximo teste é acoplar na ISS em fevereiro
Ilustração mostra cápsula Dragon, da empresa privada SpaceX; próximo teste é acoplar na ISS em fevereiro

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Sonda Voyager 1 atinge limite do Sistema Solar

A sonda espacial Voyager 1, construção humana que se encontra mais afastada da Terra neste momento, entrou na fronteira de nosso Sistema Solar e pode chegar ao desconhecido espaço interestelar em questão de meses, informou nesta segunda-feira a Nasa (agência espacial americana).
Os cientistas esperam conhecer novos dados emitidos da Voyager 1 para confirmar o momento no qual a sonda, lançada em 1977, sairá da heliosfera, região aonde chegam as partículas energéticas emitidas pelo Sol e que protege os planetas das radiações do espaço exterior.
A Voyager já percorreu quase 18 bilhões de quilômetros e, segundo o comunicado da Nasa, poderia superar a barreira da heliosfera e a influência de seu campo magnético em "alguns poucos meses ou anos".
"Descobrimos que o vento solar é lento nesta região e sopra de forma errática. Pela primeira vez, até se movimenta para trás. Estamos viajando por um território completamente novo", disse Rob Decker, um dos responsáveis dos instrumentos de medição da sonda.
"Não deveríamos esperar muito para investigar como de verdade é o espaço entre as estrelas", indicou Ed Stone, cientista do projeto Voyager no Instituto Tecnológico de Pasadena (estado da Califórnia, EUA).
Os dados que indicam sua situação provêm dos sensores da sonda, que detectaram um aumento da intensidade do campo magnético, já que se encontra à beira da heliosfera, onde as radiações do espaço interestelar comprimem os limites da zona de influência do sol.
A Voyager 1, que também transporta uma mensagem sobre o homem e sua situação no universo, mede as radiações para determinar sua passagem pelas fronteiras do Sistema Solar.
Desde meados de 2010, a sonda detectou uma redução das partículas energéticas emitidas do Sol, que agora são duas vezes menos abundantes que nos cinco anos anteriores, enquanto detectou um fluxo 100 vezes maior de elétrons do espaço interestelar.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Telescópio acha estrela que gira 300 vezes mais rápido que o Sol

Uma equipe internacional de astrônomos que lida com o Very Large Telescope do ESO (Observatório Europeu do Sul), instalado no Chile, descobriu uma estrela pesada e brilhante na Nebulosa da Tarântula, situada na Grande Nuvem de Magalhães.
A VFTS 102 gira a mais de 2 milhões de quilômetros por hora --mais de 300 vezes mais depressa do que o Sol-- e está muito próxima do ponto onde seria desfeita em pedaços devido às forças centrífugas. Ela é a estrela em rotação mais rápida que se conhece até hoje.
Os astrônomos descobriram também que a estrela, que tem cerca de 25 vezes a massa do Sol e é cerca de cem mil vezes mais brilhante, se desloca no espaço a uma velocidade muito diferente da das suas companheiras.
"A extraordinária velocidade de rotação aliada ao movimento incomum relativamente às estrelas situadas na sua vizinhança, levou-nos a perguntar se esta estrela não teria tido um começo de vida incomum. Ficamos desconfiados." explica autor principal do artigo científico, Philip Dufton, da Universidade Queen, na Irlanda do Norte.
A diferença de velocidade poderia apontar para o fato da VFTS 102 ser uma estrela fugitiva --um astro que foi ejetado de um sistema de estrelas duplas depois da sua companheira ter explodido sob a forma de supernova.
Esta hipótese é corroborada por mais duas pistas adicionais: um pulsar e um resto de supernova a ele associado, encontrados na vizinhança da estrela.
A equipe desenvolveu um possível cenário evolutivo para esta estrela tão incomum.
O objeto poderia ter começado a sua vida como uma componente de um sistema estelar binário. Se as duas estrelas estivessem próximas uma da outra, o gás da companheira poderia ter fluído continuamente na sua direção, fazendo com que a estrela começasse a rodar mais e mais depressa, o que explicaria um dos fatos incomuns --o porquê da sua rotação extremamente elevada.
Após um curto espaço de tempo na vida da estrela, de cerca de dez milhões de anos, a companheira de elevada massa teria explodido como uma supernova --o que explicaria a nuvem de gás característica conhecida como resto de supernova que se encontra nas proximidades.
A explosão teria também dado origem à ejeção da estrela, o que poderia explicar a terceira anomalia --a diferença entre a sua velocidade e a das outras estrelas da região.
Ao colapsar a companheira de grande massa ter-se-ia transformado no pulsar que observamos hoje, completando assim a solução do quebra-cabeça.
Embora os astrônomos não possam ter a certeza deste cenário, Dufton conclui: "Esta é uma hipótese com muito mérito, uma vez que explica todas as caraterísticas incomuns que observamos. Esta estrela mostra-nos claramente lados inesperados das vidas curtas mas dramáticas das estrelas mais pesadas."
Foto feita pelo ESO mostra estrela que gira a uma velocidade maior que o Sol; ela fica na Nebulosa da Tarântula
Foto feita pelo ESO mostra estrela que gira a uma velocidade maior que o Sol; ela fica na Nebulosa da Tarântula

Cientistas descobrem os dois maiores buracos negros

Um grupo de cientistas descobriu os dois maiores buracos negros conhecidos até o momento. Ambos têm uma massa que é quase 10 bilhões de vezes superior à do Sol, informa um artigo publicado nesta segunda-feira pela revista "Nature".
Os buracos negros, localizados em duas enormes galáxias elípticas (forma que lembra uma esfera deformada) a cerca de 270 milhões de anos-luz da Terra, são muito maiores do que os astrônomos previam.
Segundo os especialistas, liderados por Chung-Pei Ma, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, a descoberta sugere que os processos que influenciam no crescimento das galáxias grandes e seus buracos negros diferem dos que afetam as galáxias pequenas.
Os cientistas acreditam que todas as galáxias maciças com componente esferoidal abrigam em seus centros buracos negros gigantescos.
As oscilações de luminosidade e brilho identificadas nos quasares do Universo sugerem ainda que alguns deles teriam sido alimentados por buracos negros com massas 10 bilhões de vezes superiores à do Sol.
No entanto, o maior buraco negro conhecido até então, situado na gigantesca galáxia elíptica Messier 87, tinha uma massa de apenas 6,3 bilhões de massas solares.
Os buracos negros são difíceis de serem detectados porque sua forte gravidade os absorve por completo, incluindo a luz e outras radiações que poderiam revelar sua presença.
Os cientistas avaliaram os dados de duas galáxias vizinhas a Messier 87 --NGC 3842 e NGC 4889-- e concluíram que nelas havia buracos negros supermassivos.
Os cientistas usaram o telescópio Gemini do Havaí, adaptado com lentes especiais que permitem detectar o movimento irregular de estrelas que se movimentam perto dos buracos negros e que são absorvidas por eles.
Os pesquisadores constataram que a NGC 3842 abriga em seu centro um buraco negro com uma massa equivalente a 9,7 milhões de massas solares, enquanto, na NGC 4889, há outro com uma massa igual ou superior.
Esses buracos negros teriam um horizonte de fatos, a região na qual nada, nem sequer a luz, pode escapar de sua atração, cerca de sete vezes maior do que todo o Sistema Solar.
Segundo os especialistas, o enorme tamanho dos buracos se deve à sua habilidade para devorar não só planetas e estrelas, mas também pequenas galáxias, um processo que teria sido produzido ao longo de milhões de anos.

Nasa confirma existência de 1º planeta em zona habitável

A Nasa (agência espacial americana) confirmou uma notícia que há muito tempo era esperada: a existência de um planeta na chamada zona habitável. Isso significa dizer que o novo astro se encontra em uma região que propicia a formação de água em estado líquido em sua superfície e, por conseguinte, a possibilidade de abrigar vida.
Ilustração artística do Kepler-22b, que possui um raio 2,4 vezes maior do que a Terra e está na zona habitável
Ilustração artística do Kepler-22b, que possui um raio 2,4 vezes maior do que a Terra e está na zona habitável

Chamado de Kepler-22-b, é um dos menores astros a orbitar a região de uma estrela similar ao Sol do nosso Sistema Solar e possui cerca de 2,4 vezes o raio da Terra.
Apesar de ser maior que a Terra, ele leva o equivalente a 290 dias terrestres para completar uma volta completa na estrela parecida com o Sol, embora ela seja um pouco menor e mais fria.
Só não se sabe ainda qual é a composição do Kepler-22-b --se é rochosa, gasosa ou líquida--, mas se sabe que está a 600 anos-luz de distância.
"Este é um marco importante (...) para se achar um gêmeo da Terra", disse em Washington Douglas Hudgins, que faz parte do programa Kepler, o telescópio espacial que mantém um monitoramento de pelo menos 150 mil estrelas para poder classificá-los com exatidão.
Dos 54 outros candidatos a planetas que se encontram na zona habitável, conforme divulgado em fevereiro deste ano, somente o Kepler 22-b é o primeiro a ter confirmada sua classificação.
Além de ter encontrado o primeiro planeta habitável, o Kepler identificou também pelo menos mil novos corpos celestes que se enquadram como candidatos a planetas. A novidade é que, pela nova contagem, esse número é o dobro da anterior.
O estudo sobre o novo planeta será publicado no "The The Astrophysical Journal" em breve.

Eclipse total da Lua em dezembro será visível só na Europa e EUA

Um eclipse total da Lua, no próximo dia 10, poderá ser somente visto da zona oeste dos Estados Unidos até a Europa Oriental, afirmou a Nasa (agência espacial americana).
Quem quiser acompanhar o fenômeno terá de estar pronto antes do amanhecer. O eclipse começará por volta das 04h45 da manhã no horário do Pacífico (10h45 no de Brasília).
Quase duas horas mais tarde, a Lua ficará totalmente coberta por uma luz avermelhada --um efeito que não voltará a acontecer até 2014.
O eclipse total da Lua acontece quando o Sol, a Terra e a própria Lua se alinham.
O avermelhamento terá diferentes ciclos ao longo do fenômeno. "Penumbra" é a primeira etapa, quando a Lua começa a se ocultar após uma leve sombra produzida pela Terra.
O segundo ciclo se chama "umbra" e corresponde ao momento em que já não há iluminação direta do Sol
Depois começa a fase da "totalidade", quando a Lua está completamente coberta pela sombra da Terra e adquire uma cor vermelha intensa.

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

PARABÉNS A TODOS OS ASTRÓNOMOS

Hoje é um dia muito especial, porque hoje  02/12/2011 é dia do astrónomo,queria dizer também que  esses caras são dmas e que talves se eles naum existissem o que seria da gente sem saber o que existiria fora do nosso planeta,o que pensaríamos quando olhasemos para o céu e vicemos as estrelas talves ficarimos bem assustados por naum sabermos o seriam aqueles pontinho brilhantes no céu.
Queria dar parabéns para todos os astrónomos do mundo,que a cada dia descobrem mas novidades desse imenso universo,e também dar parabéns aos astrónomos amadores que a apesar de ser amadorres naum deixam de ser astrónomos.

Marte pode ter água suficiente para abastecer missões, diz ESA

A ESA (Agência Espacial Europeia) informou nesta sexta-feira que a sonda Mars tirou fotos da cordilheira de Phlegra Montes que dão indícios da existência de água sob a superfície de Marte. Os cientistas especulam que os reservatórios poderiam abastecer futuras missões tripuladas ao planeta.
De acordo com a ESA, as imagens permitem observar de perto a cadeia montanhosa e constatar que praticamente todas as suas montanhas estão rodeadas por "leques de detritos em formas de lobo". Morfologicamente, são muito similares aos acúmulos de detritos que cobrem as geleiras na Terra.
"Este fato sugere que talvez existam geleiras enterradas sob a superfície de Marte nesta região", apontou a agência em seu site.
A ESA insistiu que as observações por radar provam que a presença de tais leques de detritos --estruturas arredondadas que aparecem com frequência em torno de planaltos e montanhas da região-- está quase sempre relacionada à existência de água em estado sólido sob a superfície. "Às vezes a apenas 20 metros de profundidade."
"As crateras de impacto nos arredores de Phlegra apresentam marcas que indicam uma recente atividade glacial na região", disse a agência.
As teorias apontam que as cristas desse sistema montanhoso se formaram quando as crateras mais antigas se encheram de neve e, com o passar do tempo, foram se solidificando.
Além disso, a ESA explicou que estas geleiras se originaram em épocas distintas ao longo das últimas centenas de milhões de anos, quando o eixo polar de Marte era muito diferente do atual e, consequentemente, também o eram as condições meteorológicas na região.
"Todos estes indícios sugerem que poderia haver grandes quantidades de água oculta sob a superfície de Marte na região de Phlegra" e, "se assim for, essas grandes reservas poderiam abastecer os futuros astronautas que explorem o planeta vermelho", concluiu.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Estudo mostra como estrela induz outra à morte e cria buraco negro

Pesquisadores espanhóis descobriram como uma estrela induz outra à morte, em uma espécie de "assassinato estelar", que ocorre em pouco mais de meia hora e origina um buraco negro com uma massa maior que a do Sol e com diâmetro de 20 quilômetros.
A descoberta é fruto de uma pesquisa liderada por Christina Thöne e Antonio Ugarte Postigo, do Instituto de Astrofísica da Andaluzia, em colaboração com Miguel Ángel Aloy e Petar Mimica, da Universidade de Valência, e foi divulgada pela revista "Nature".
O inovador estudo traz uma explicação plausível ao enigma conhecido como "Erupção do Natal", uma erupção de raios gama (GRB, na sigla em inglês) de mais de meia hora de duração, que ocorreu no dia 25 de dezembro de 2010.
Esta "Erupção do Natal", ou GRB101225A segundo sua identificação científica, é o resultado de uma estrela de nêutrons se fundindo com o núcleo de hélio de uma estrela gigante e antiga, a uma distância de 5,5 bilhões de anos-luz da terra.
Este exótico sistema binário passou por uma fase em que a estrela de nêutrons penetrou na atmosfera da estrela companheira gigante e, ao alcançar seu núcleo, se fundiu com ele, sendo o resultado uma gigantesca explosão, inicialmente invisível da terra. O fenômeno possivelmente também origina um novo buraco negro.
A tremenda quantidade de energia liberada pela explosão foi canalizada longe do centro da estrela a velocidades próximas às da luz. Aloy explicou à agência de notícias "Efe" que antes se pensava que a maioria das GRB se associava às estrelas maiores que o Sol, que acabam produzindo supernovas.
No entanto, a "Erupção do Natal", segundo Aloy, é uma GRB "rara", com propriedades distintas das que se conheciam até agora, podendo considerar o fato como uma evidência de que existe uma nova forma de se produzir buracos negros estelares.
"Uma estrela em massa morre formando uma supernova, enquanto esta foi induzida à morte por sua companheira, que chega ao núcleo da estrela, onde se induz uma explosão supernova incomum (de fato passaria despercebido se não fosse pela detecção da GRB) e um objeto muito compacto, possivelmente um buraco negro", indicou.
Aloy assinalou que são frequentes os casais de estrelas (sistemas binários). "Mas nunca tinha visto quase que ao vivo este assassinato estelar". A propriedade mais incomum desta GRB é que ela contém uma "contribuição térmica extraordinariamente potente", segundo Aloy.
As erupções de raios gama são flashes de radiação ultraintensos, que podem chegar à Terra de qualquer direção do espaço. São fenômenos tão potentes e energéticos que apenas um deles pode ser tão luminoso como todas as estrelas visíveis simultaneamente no céu, embora ocorra somente em poucos segundos.
"A classificação das GRB pode ter que ser revisada à luz destas recentes observações, já que as estrelas parecem ter encontrado novas formas de morrer", concluíram.

Órbita da estação espacial é elevada em 1,8 quilômetro

A altura média da órbita da ISS (Estação Espacial Internacional) foi elevada em 1,8 quilômetro, informou nesta quinta-feira o CCVE (Centro de Controle de Voos Espaciais) da Rússia.
A operação foi realizada com os propulsores de correção do módulo de serviço Zvezda, que faz parte do segmento russo da plataforma, contou porta-voz do CCVE à agência de notícias "Interfax'.
A fonte informou que os propulsores do Zvezda foram ligados às 21h11 (de Brasília) da quarta-feira e permaneceram em funcionamento durante 63 segundos.
Esse impulso deu à ISS uma aceleração de 1 metro por segundo e elevou em 1,8 quilômetro a altura média de sua órbita, até 392,2 quilômetros.
A correção de órbita da plataforma espacial é um procedimento de rotina, já que essa perde entre 100 metros e 150 metros de altura a cada dia devido à gravitação terrestre, a atividade solar e outros fatores.
Uma expedição formada por três tripulantes está atualmente a bordo da ISS: os astronautas russos Anton Shkaplerov e Anatoli Ivanishin e o americano Daniel Burbank