quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Telescópio obtém a mais minuciosa imagem da nebulosa Carina

O VLT (Very Large Telescope) do ESO (Observatório Europeu do Sul), no Chile, captou uma imagem no infravermelho da nebulosa Carina que é a mais detalhada obtida até agora.
Muitas estruturas previamente escondidas e espalhadas (gás, poeira e estrelas jovens) agora são visíveis nessa "maternidade estelar". De acordo com o ESO, é uma das "imagens mais extraordinárias obtidas pelo VLT.
A nebulosa se encontra na Via Láctea, ao sul, e está a cerca de 7.500 anos-luz de distância da Terra na constelação Carina. A nuvem de gás e poeira brilhante é uma das incubadoras de estrelas de grande massa mais próximas da Terra, incluindo várias das estrelas mais brilhantes e de maior massa que se conhecem.
Uma delas, a altamente instável Eta Carinae, foi a segunda estrela mais brilhante no céu durante vários anos, por volta de 1840, e vai provavelmente explodir como uma supernova no futuro.
A Carina é um laboratório perfeito para se estudar os nascimentos violentos e o estágio inicial das estrelas. Para conseguir penetrar na nebulosa, uma equipe de astrônomos europeus liderada por Thomas Preibisch (Observatório da Universidade, Munique, Alemanha), utilizou o VLT e a sua câmara infravermelha HAWK-I.
DETALHES
Centenas de imagens individuais foram combinadas para criar a imagem. Ela mostra não apenas as estrelas brilhantes de grande massa, mas também milhares de estrelas muito mais tênues, as quais eram observadas anteriormente.
A ofuscante estrela Eta Carinae aparece na parte inferior esquerda. Encontra-se rodeada por nuvens de gás que brilham devido à intensa radiação ultravioleta.
Por toda a imagem aparecem também muitos nós compactos escuros, que permanecem opacos mesmo no infravermelho. São casulos de poeira onde novas estrelas se encontram em formação.
Durante os últimos milhões de anos, esta região do céu formou um grande número de estrelas, tanto individuais como em aglomerados.
O brilhante aglomerado de estrelas próximo do centro da imagem chama-se Trumpler 14.
Embora o objeto possa ser observado perfeitamente no visível, nesta imagem infravermelha conseguem distinguir-se estrelas muito mais tênues.
Do lado esquerdo da imagem, podemos observar uma pequena concentração de estrelas amareladas. Este grupo foi visto pela primeira vez nestes novos dados do VLT: estas estrelas não podem ser observadas na luz visível. Este é apenas um dos muitos objetos novos revelados pela primeira vez.
A nebulosa se encontra na Via Láctea, ao sul, e está a cerca de 7.500 anos-luz de distância da Terra
A nebulosa se encontra na Via Láctea, ao sul, e está a cerca de 7.500 anos-luz de distância da Terra

Nenhum comentário:

Postar um comentário