quarta-feira, 4 de julho de 2012

Telescópio espacial da Nasa flagra família de nebulosas na Via Láctea

Wise fez imagem de formação de estrelas na constelação de Órion.
Nebulosas da Chama, Cabeça de Cavalo e NGC 2023 podem ser vistas.


O telescópio Wise, da agência espacial americana (Nasa), flagrou um ângulo diferente de uma família de nebulosas – região de formação estelar – localizada na constelação de Órion, a mais visível do Hemisfério Norte nas noites de inverno.
Na imagem, a enorme nuvem espacial ganha uma versão atualizada a partir de dados infravermelhos coletados pelo Wise. Os objetos mais frios, como a poeira das nebulosas, aparecem nas cores verde e vermelha.
Os astrônomos estavam interessados em estudar as áreas mais brilhantes dessa região sem tanto brilho. Vista pela nova perspectiva, o campo espacial contém uma vasta nuvem de gás e poeira onde as estrelas nascem. No centro, podem ser vistas três nebulosas: da Chama, Cabeça de Cavalo e NGC 2023.
Nebulosa (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
Nebulosa da Chama aparece acima do centro, bem mais brilhante que as outras  (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
A Nebulosa da Chama é a mais brilhante da imagem, pois recebe em seu interior a iluminação de uma estrela que tem 20 vezes a massa do Sol e que só não é tão brilhante por causa da poeira ao redor, que a faz parecer 4 bilhões de vezes menor do que realmente é.
A NGC 2023 é o círculo brilhante menor, logo abaixo da Nebulosa da Chama. A terceira delas, Cabeça de Cavalo, fica fora da borda da nuvem, à direita da NGC 2023. Ela não aparece direito por causa da poeira e dos raios infravermelhos usados pelo Wise, mas em luz visível vira uma nuvem escura sobre gases brilhantes.
Duas estrelas do cinturão de Órion também podem ser vistas na foto: Alnitak ou Zeta Orionis, um astro triplo que fica a 736 anos-luz da Terra – aparece bem brilhante, de cor azul, à direita – e Alnilam ou Epsilon Orionis, uma supergigante azul que fica a 1.980 anos-luz daqui. Apesar de ela ter um raio duas vezes maior e uma luminosidade 275 mil vezes maior que o Sol, aparece com um brilho de pouca intensidade no canto à direita.
Outro objeto que chama a atenção na imagem é o arco vermelho. Ele rodeia a estrela Sigma Orionis, uma anã-azul logo abaixo de Aniltak, situada na "espada" que sai da cintura do caçador Órion, a 1.070 anos-luz de distância da Terra.
Esse arco se move a uma velocidade de 2.400 quilômetros por segundo. Os ventos criados pelo movimento colidem contra o gás e a poeira e produzem uma onda de choque, cuja energia aquece a região e a faz brilhar em luz infravermelha.


Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/07/telescopio-espacial-da-nasa-flagra-familia-de-nebulosas-na-lactea.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário