sexta-feira, 31 de agosto de 2012

Entenda o que é a Lua Azul, fenômeno raro que acontece hoje à noite

Quem olhar para o céu hoje à noite vai ver um fenômeno que só acontece, em média, a cada três anos: a Lua Azul. Mas não se engane com o nome. O que vai acontecer não tem nada a ver com a cor do astro.
A Lua Azul, na verdade, é quando acontecem duas luas cheias em um mesmo mês. A primeira foi no dia 2 de agosto. A outra é hoje. Só isso.
O fenômeno acontece porque o ciclo da Lua tem 29, 5 dias, enquanto os meses têm 30 ou 31 dias (menos fevereiro, mas essa já é outra história). Por conta dessa diferença, existe a chance de a Lua completar seu ciclo antes do fim do mês.
Mesmo não mudando de cor, a Lua Azul encanta astrônomos e público em geral. Afinal, não é sempre que temos a oportunidade de ver duas luas cheias antes de acabar o mês, né?

Lua Azul não muda a cor do astro
Lua Azul não muda a cor do astro

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/folhinha/1146482-entenda-o-que-e-a-lua-azul-fenomeno-raro-que-acontece-hoje-a-noite.shtml

Família e amigos dão adeus a Neil Armstrong em cerimônia particular

Funeral do primeiro homem a pisar na lua foi na cidade de Cincinnati.
Companheiros da missão Apollo 11 compareceram ao funeral.


Centenas de amigos e familiares do astronauta Neil Armstrong participaram nesta sexta-feira (31) de seu funeral na periferia de Cincinnati, no estado americano de Ohio, onde ele morava. O primeiro homem a pisar na Lua morreu no último sábado, aos 82 anos, após complicações enfrentadas em uma cirurgia cardíaca.
Astronautas contemporâneos de Armstrong compareceram à cerimônia, incluindo Edwin “Buzz” Aldrin e Michael Collins. Os dois foram comandados por ele na missão Apollo 11, que levou o ser humano à Lua pela primeira vez, em 20 de julho de 1969.
O funeral incluiu também uma guarda cerimonial da Marinha. Caças da Marinha também sobrevoaram o local em homenagem a Armstrong, que foi piloto da corporação antes de se tornar astronauta, e lutou na Guerra da Coreia.
No dia 12 de setembro, uma cerimônia oficial será realizada na capital Washington, mas nenhum outro detalhe foi dado sobre o evento, e nem mesmo sobre o enterro em si. Armstrong era conhecido por evitar aparições públicas desde que voltou da Lua.
Michael Collins e Edwin 'Buzz' Aldrin no funeral de Neil Armstrong (Foto: AP Photo/NASA, Bill Ingalls)
Michael Collins e Edwin 'Buzz' Aldrin no funeral de Neil Armstrong (Foto: AP Photo/NASA, Bill Ingalls)

“Ele era a personificação de tudo de tudo que essa nação representa”, afirmou Charles Bolden, diretor da Nasa. Segundo ele, o astronauta era um homem “incrivelmente humilde” e provavelmente não gostaria de receber toda a atenção que teve no funeral desta sexta.
“Ninguém que eu conheça teria aceitado o desafio e a responsabilidade que veio com ele com mais dignidade que Neil Armstrong”, afirmou Eugene Cernan, último homem a pisar na Lua, que visitou Armstrong dois meses atrás.
“Neil Armstrong foi provavelmente um dos caras mais humanos que já conheci na minha vida”, completou. Horas antes do funeral, Cernan, em parceria com James Lovell – outro ex-astronauta – lançou uma iniciativa para ajudar crianças no Centro Médico do Hospital Infantil de Cincinnati, em homenagem a Armstrong.
Jim Lovell (esquerda) e Eugene Cernan lançaram um plano de apoio à saúde infantil em homenagem a Armstrong (Foto: AP Photo/Al Behrman)
Jim Lovell (esquerda) e Eugene Cernan lançaram um plano de apoio à saúde infantil em homenagem a Armstrong (Foto: AP Photo/Al Behrman)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/familia-e-amigos-dao-adeus-neil-armstrong-em-cerimonia-particular.html

Astronautas falham ao tentar instalar novo distribuidor elétrico na ISS

Dupla tentou, sem sucesso, substituir peça para evitar falha de energia.
Tarefa deve ficar pendente para a próxima missão à estação espacial.


A astronauta americana Sunita Williams e o japonês Akihiko Hoshide não conseguiram instalar um novo distribuidor elétrico na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), em substituição a outro que está estragado, durante a expedição espacial realizada na quinta-feira (30).
Os astronautas conseguiram retirar e armazenar a peça estragada, mas tiveram dificuldades para fixar a nova em uma das principais vigas da ISS, que está em órbita a 380 quilômetros da Terra.
A estação tem quatro quadros elétricos que distribuem eletricidade a seus canais de energia. A peça retirada começou a dar problemas em outubro de 2011 e, apesar de não ter deixado de funcionar totalmente, não operava em plena capacidade. Por essa razão, os especialistas da agência espacial americana (Nasa) temiam que ela falhasse a qualquer momento, e a partir daí, decidiram substituí-la.
ISS (Foto: HO/Nasa TV/AFP)
Japonês Akihiko Hoshide aparece à direita, na ponta do braço robótico Canadarm2 (Foto: HO/Nasa TV/AFP)
No entanto, apesar das mais de 8 horas em que os astronautas estiveram no espaço, não conseguiram fixar a nova peça, que ficará como tarefa pendente para a próxima missão espacial realizada pela tripulação da ISS, assim como a substituição de uma câmara no braço robótico canadense Canadarm2.
"Infelizmente, não completamos todas as nossas tarefas", informou o diretor do programa da Nasa na ISS, Michael Suffredini, em videoconferência após concluir a missão.
Suffredinni destacou o "excelente trabalho" de toda a equipe e explicou que a agência está avaliando se há tempo para programar outra caminhada espacial para os membros da expedição 32, decisão a ser tomada nas próximas semanas.
A Nasa diz que esse contratempo não deve, de fato, atingir a eletricidade da estação, já que o grupo conta com recursos suficientes para distribuir e compartilhar a energia de forma equilibrada.
Os astronautas cumpriram com sucesso a segunda das principais tarefas previstas para quinta-feira, que era a conexão de dois cabos para receber um novo módulo de laboratório russo no ano que vem.
A missão, que tinha previsão de durar 6h30, prolongou-se por conta do imprevisto e foi a terceira mais longa da história, com 8h56.
Essa foi a quinta expedição espacial para Williams, que completou 37 horas e 34 minutos em atividades extraveiculares, enquanto o astronauta japonês era estreante.
Os dois completaram a missão 164 em apoio aos trabalhos de montagem e manutenção do laboratório espacial, um projeto de mais de R$ 200 bilhões no qual trabalham mais de 12 países.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/astronautas-falham-ao-tentar-instalar-novo-distribuidor-eletrico-na-iss.html

Busca por 'Terras' e a origem do Universo pautam encontro na China

Mais de dois mil astrônomos se reuniram por duas semanas em Pequim.
Supertelescópios, novas descobertas e observatórios solares foram temas.

Os avanços na busca das origens do Universo e dos planetas similares à Terra foram os principais assuntos discutidos na 28ª edição da Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), que termina nesta sexta-feira (31) em Pequim, na China.
Durante duas semanas, mais de dois mil astrônomos compartilharam seus descobrimentos e experiências nesse evento que começou em 1922 e ocorre a cada três anos. Nesta ocasião, foi sediado em um dos países que mais apostam na pesquisa espacial.
Os futuros observatórios solares, a construção de "supertelescópios" no Chile e no Havaí (EUA) e os avanços no descobrimento de objetos cada vez menores foram alguns dos temas mais abordados nas conferências.
Astronomia (Foto: Alexander F. Yuan/AP)
Vice-presidente chinês, Xi Jinping, cumprimenta chefe da IAU, Robert Williams (Foto: Alexander F. Yuan/AP)

"Um dos objetivos é encontrar um planeta o mais similar possível com a Terra. Estão se descobrindo 'Jupíteres', mas podemos descobrir planetas menores", contou à Agência Efe David Montes, astrofísico da Universidade Complutense de Madri, na Espanha, e um dos participantes da assembleia.
Nesta 28ª edição da assembleia, os astrônomos também anunciaram um importante descobrimento, o do primeiro sistema multiplanetário e circumbinário (dois planetas orbitando ao redor de dois sóis), batizado de Kepler-47 e situado na constelação do Cisne da Via Láctea, há 5 mil anos-luz da Terra.
A China, uma nação que durante séculos foi uma das mais avançadas em astronomia (na previsão de eclipses e na observação de supernovas, que os chineses chamavam de "convidadas"), tem uma grande intenção de colaborar com a procura dessa nova "Terra", já que possui telescópios e observatórios na Antártica.
O país também tem um programa de missões tripuladas e a intenção de construir seu próprio telescópio solar e de aumentar o potencial de seus observatórios no Polo Sul.
"Agora, a China tem tanta capacidade em ciência, que praticamente se iguala a todos os projetos europeus e americanos", afirmou Valentín Martínez Pillet, coordenador de projetos do Instituto de Astrofísica das Ilhas Canárias, que pertencem à Espanha.
Segundo Pillet, se os chineses se esforçarem em torno dos mesmos objetivos da Nasa e da Agência Espacial Europeia (ESA), será possível obter mais dados, o que "seria estupendo".
Outra linha de pesquisa muito viva na astrofísica atual é sobre a origem do Universo: o "Bing Bang" já não é um mistério, mas ainda não há um consenso sobre o que se passou desde aquela grande explosão até o Universo atual.
"Graças a uma nova câmara instalada no telescópio espacial, há dois ou três anos, estamos começando a analisar como se formaram os primeiros objetos, descobrindo que eram muito menores que o tamanho das galáxias atuais", explicou Ignacio Trujillo, também cientista do Observatório Astrofísico das Ilhas Canárias.
"Tínhamos visto a explosão do 'Big Bang' com a radiação de fundo, mas nos faltava unir esses períodos primitivos até o Universo próximo", declarou o especialista, que ressaltou que outro desafio é ver qual vai a ser o futuro do telescópio das Canárias, o maior atualmente. No entanto, em dez anos, ele deve ser superado pelos do Chile e do Havaí.
Os chineses, de fato, poderiam ter interesse em usar o arquipélago espanhol para seus projetos paralelos aos programas internacionais. "Uma possibilidade é de que países como China e Índia, que estão investindo muito dinheiro agora, decidam pôr nas Canárias um telescópio com essas mesmas características", explicou Trujillo.
Em relação à vida em outros planetas, essa não parece ser uma grande obsessão dos cientistas, sendo que alguns, como o Nobel de Física de 2011, Brian Schmidt, dizem que talvez seja melhor nem buscá-la.
"Provavelmente, não é o mais inteligente dizer aos alienígenas onde estamos, já que um encontro com eles poderia não ser muito agradável", assinalou o cientista na assembleia, enquanto Martínez Pillet afirmou que progressos nesse sentido são inevitáveis.
"Esses avanços serão alcançados em alguma missão que será lançada não antes de 2030 e 2040. Nesse período de 10 anos, é possível que a Nasa e a ESA lancem uma missão que permita encontrar moléculas orgânicas na atmosfera de outros planetas", completou.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/busca-por-terras-e-origem-do-universo-pautam-encontro-na-china.html

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Nasa lança sondas para estudar radiação em volta da Terra

A Nasa lançou nesta quinta-feira, do Cabo Canaveral, na Flórida, um foguete Atlas V que deverá pôr em órbita duas sondas para estudar a influência do Sol sobre a Terra e os anéis de radiação que a cercam.
Concepção artística de um dos satélites lançados pela Nasa para estudar a radiação em volta da Terra
Concepção artística de uma das sondas lançadas pela Nasa para estudar a radiação em volta da Terra

O lançamento aconteceu às 5h05 (horário de Brasília) após vários adiamentos devido a problemas técnicos e ao mau tempo na região pela proximidade da tempestade tropical Isaac.
A missão, denominada Radiation Belt Storm Probes (RBSP), tem como objetivo estudar os cinturões de Van Allen, dois anéis gigantes formados por partículas carregadas que ficam presas na região pelo campo magnético da Terra.
Ilustração mostra as partículas carregadas que formam os cinturões de Van Allen, a serem estudados por duas sondas lançadas pela Nasa
Ilustração mostra as partículas carregadas que formam os cinturões de Van Allen, a serem estudados por duas sondas lançadas pela Nasa

Compreender o funcionamento dessa região é importante porque todos os equipamentos em órbita da Terra, incluindo a Estação Espacial Internacional, estão sob a influência da radição do cinturão, que pode danificar painéis solares e circuitos eletrônicos.
As sondas RBSP foram desenvolvidas para analisar a forma como o Sol, e em particular as tempestades solares, afetam o entorno terrestre em várias escalas de espaço e tempo.
Outros satélites que orbitam na região estão programados para apagar seus sistemas ou proteger-se quando ocorrem intensas tempestades solares, mas os da missão RBSP seguirão colhendo informação e por isso foram construídos para suportar o bombardeio de partículas e radiação nos cinturões de Van Allen.
A missão é parte do programa "A vida com uma estrela", cujo objetivo é o estudo dos processos fundamentais que podem ter originado o Sol e que incidem no conjunto do sistema solar.
Os instrumentos das sondas proporcionarão as medições de que os cientistas necessitam para compreender não só a origem das partículas eletrificadas, mas também os mecanismos que dotam essas partículas de grande velocidade e energia.
As duas sondas RBSP terão órbitas excêntricas quase idênticas, que cobrem toda a região dos cinturões de radiação, e os satélites se cruzarão várias vezes no curso de sua missão.
As sondas octogonais pesam mais de 635 quilos cada uma e medem 1,85 metro de largura e 90 centímetros de altura.

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1145624-nasa-lanca-sondas-para-estudar-radiacao-em-volta-da-terra.shtml

Telescópio da Nasa capta superbolha brilhante a 160 mil anos-luz da Terra

Estrelas ficam dentro de nebulosa na galáxia Grande Nuvem de Magalhães.
Imagem foi feita há dez e montada agora com três registros diferentes.


O telescópio de raio-X Chandra, da agência espacial americana (Nasa), detectou uma "superbolha" brilhante a 160 mil anos-luz da Terra. O registro foi feito há dez anos, durante mais de 5 horas, e divulgado nesta quinta-feira (30) após a união de três registros diferentes.
Trata-se do aglomerado de estrelas NGC 1929, localizado dentro da nebulosa N44, na galáxia-anã Grande Nuvem de Magalhães, vizinha da nossa Via Láctea.
As estrelas jovens e massivas desse aglomerado produzem uma intensa radiação e expulsam matéria em alta velocidade, o que as faz explodir rapidamente como supernovas – explosões estelares muito violentas, resultantes da morte de uma estrela.
Nebulosa (Foto: Nasa/CXC/U.Mich./S.Oey, IR: Nasa/JPL, Optical: ESO/WFI/2.2-m)
Aglomerado de estrelas fica em nebulosa (Foto: Nasa/CXC/U.Mich./S.Oey, IR: Nasa/JPL, Optical: ESO/WFI)

A imagem acima é composta por três capturas diferentes, representadas pelas cores azul, vermelho e amarelo.
Em azul, o Chandra flagrou o vento proveniente desses astros e o choque das supernovas que esculpem superbolhas no gás. Em vermelho, estão dados infravermelhos, que mostram a poeira e um gás mais frio. Jás as informações em amarelo foram obtidas por luz óptica – feitas pelo telescópio Max-Planck, do Observatório Europeu do Sul (ESO), no Chile –, que revelam onde a radiação ultravioleta faz o gás brilhar.
Esta é a primeira vez que os dados obtidos foram suficientes para distinguir as diferentes fontes de raios-X produzidas pelas superbolhas. O estudo foi liderado pela Universidade de Michigan, nos EUA. Também participaram a Universidade Johns Hopkins, em Maryland, a Universidade de Illinois e o Instituto de Astronomia da Universidade Nacional Autônoma do México.
O programa Chandra é gerenciado pelo Centro de Voos Espaciais Marshall, em Huntsville, no Alabama. O Observatório de Astrofísica Smithsonian controla as operações científicas e de voo do telescópio em Cambridge, Massachusetts.

Fonte:   http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/telescopio-da-nasa-capta-superbolha-brilhante-160-mil-anos-luz-da-terra.html

Curiosity segue viagem por Marte e deixa assinatura em código Morse

Robô vai rodar 400 metros em sua primeira grande exploração.
Ao fim da viagem, veículo deve coletar amostras de solo marciano.

O robô Curiosity, da Nasa, iniciou nesta quarta-feira (29) sua primeira grande exploração da superfície de Marte. O veículo de US$ 2,5 bilhões, que pousou em 6 de agosto, vai se dirigir em para o leste do planeta vermelho por cerca de 400 metros.
Quando chegar ao destino, deve utilizar sua broca pela primeira vez e colher amostras de rocha marciana para análise. Em uma atualização da missão, a Nasa informou que o Curiosity fará uma pausa de cerca de um dia antes de voltar a se deslocar para o leste de Marte.
Na terça, o veículo tinha se movido por 16 metros, em seu terceiro deslocamento, mais longo do que os dois primeiros combinados.
Enquanto se desloca, o Curiosity deixa no solo marcas de suas rodas, que contêm uma assinatura em código Morse -- combinação de sinais curtos e longos usados inicialmente para transmissões à distância. As rodas têm pequenos furos, que marcam no solo as letras JPL, sigla em inglês do Laboratório de Propulsão de Jatos da Nasa, responsável pelo projeto.
No alto da imagem, uma legenda incluída pela Nasa destaca os sinais das letras JPL (Foto: NASA/JPL-Caltech)
No alto da imagem, uma legenda incluída pela Nasa destaca os sinais das letras JPL (Foto: NASA/JPL-Caltech)

"Este percurso realmente inicia nossa jornada rumo ao primeiro grande destino, (a região de) Glenelg", explicou o gerente da missão, Arthur Amador, do JPL, que fica em Pasadena, no estado da Califórnia.
"É ótimo ver solo marciano em nossas rodas. O deslocamento foi muito bem, conforme planejaram os desenvolvedores do robô", acrescentou.
Glenelg é uma região onde se encontram três tipos de terreno e os especialistas da Nasa esperam que o Curiosity encontre ali a primeira rocha para perfuração e análise.
"Estamos a caminho, embora Glenelg ainda esteja distante muitas semanas", disse o cientista do Curiosity, John Grotzinger. "Planejamos parar por apenas um dia no local aonde chegamos, mas na próxima semana faremos uma parada maior", acrescentou.
Durante esta parada mais longa, especialistas da Nasa planejam testar o braço mecânico e os instrumentos na extremidade do braço do Curiosity.
À direita da imagem, é possível ver os furos que marcam a assinatura do JPL (Foto: NASA/JPL-Caltech)
À direita da imagem, é possível ver os furos que marcam a assinatura do JPL (Foto: NASA/JPL-Caltech)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/curiosity-segue-viagem-por-marte-e-deixa-assinatura-em-codigo-morse.html

Foguete Atlas V, da Nasa, decola dos EUA com duas sondas espaciais

Meta é estudar influência do Sol sobre a Terra e a radiação que nos cerca.
Lançamento havia sido adiado por problemas técnicos e pelo mau tempo.


A agência espacial americana (Nasa) lançou nesta quinta-feira (30), de Cabo Canaveral, na Flórida, o foguete Atlas V, que deverá pôr em órbita duas sondas para estudar a influência do Sol sobre a Terra e os anéis de radiação que cercam o nosso planeta.
O lançamento aconteceu às 5h05 de Brasília, após vários adiamentos por problemas técnicos e pelo mau tempo na região, com a proximidade da tempestade tropical Isaac.
Atlas V (Foto: Craig Bailey/Florida Today/AP)
Atlas V foi lançado da Flórida nesta quinta e vai estudar clima no espaço (Foto: Craig Bailey/Florida Today/AP)
A missão, chamada de Radiation Belt Storm Probes (RBSP), tem como objetivo estudar os cinturões de Van Allen, dois anéis gigantes de plasma que envolvem a Terra e onde se concentram partículas eletrificadas que formam 99% do Universo.
Com isso, os cientistas pretendem conhecer melhor o clima espacial próximo à Terra e proteger os seres humanos e seus sistemas eletrônicos das tempestades geomagnéticas, além de poder estudar o plasma, um ambiente tão diferente do nosso que é considerado crucial para compreender a composição de cada estrela e galáxia.
Atlas V (Foto: Craig Bailey/Florida Today/AP)
Lançamento havia sido adiado por falhas técnicas e pelo mau tempo (Foto: Craig Bailey/Florida Today/AP)
As sondas RBSP são octogonais, pesam mais de 635 quilos cada e medem 1,85 metro de largura por 90 centímetros de altura. Foram desenvolvidas para analisar a forma como o Sol e, em particular, as tempestades solares afetam o entorno terrestre em várias escalas de espaço e tempo.
As duas sondas RBSP terão órbitas excêntricas quase idênticas, que cobrem toda a região dos cinturões de radiação, e os satélites se cruzarão várias vezes ao longo da missão – parte do programa "A vida com uma estrela", cujo objetivo é estudar os processos fundamentais que podem ter originado o Sol e incidem no conjunto do Sistema Solar.
Atlas V (Foto: Craig Bailey/Florida Today/AP)
Sondas no Atlas V vão estudar como tempetades solares afetam a Terra (Foto: Craig Bailey/Florida Today/AP)

Outros satélites que orbitam na região estão programados para apagar seus sistemas ou proteger-se quando ocorrem intensas tempestades solares, mas os da missão RBSP vão continuar colhendo informações nesses casos e, por isso, foram construídos para suportar o "bombardeio" de partículas e radiação nos cinturões de Van Allen.
Os instrumentos das sondas vão proporcionar as medições que os cientistas precisam para compreender não só a origem das partículas eletrificadas, mas também os mecanismos que dotam essas partículas de grande velocidade e energia

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/foguete-atlas-v-da-nasa-decola-dos-eua-com-duas-sondas-espaciais.html

Nasa divulga quatro novas imagens de Titã, a maior lua de Saturno

Sonda Cassini está na região desde 2004 e fez registros entre maio e julho.
Objetivo é analisar as mudanças sazonais no sistema do planeta dos anéis.


A agência nacional americana (Nasa) divulgou quatro novas imagens feitas entre maio e julho ao redor de Saturno pela sonda Cassini, que está na região desde 2004 e deve ficar pelo menos mais cinco anos em atividade.
A foto abaixo mostra a maior lua do "planeta dos anéis", Titã, passando em frente a ele. O registro ocorreu no dia 6 de maio. Para captar a cena, a Cassini usou uma lente grande-angular, a 778 mil quilômetros do satélite.
Saturno Titã (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)
Titã fica à frente de Saturno, em imagem parecida à divulgada no início de julho (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)
As imagens foram feitas por meio de luz visível e infravermelha. A chamada Missão Solstício usa duas câmeras diferentes e tem como um de seus principais objetivos analisar as mudanças sazonais no sistema de Saturno, que tem pelo menos 60 luas conhecidas – embora Titã ainda seja a única com possibilidade de vida. Algumas dessas alterações climáticas são completamente inesperadas, enquanto outras ocorrem como um verdadeiro reloginho.
Saturno Titã (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)
Anel de Saturno obscurece parte de Titã nesta outra imagem feita pela Cassini (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)
A principal lua de Saturno tem 5.150 quilômetros de diâmetro e é maior que o planeta Mercúrio, o primeiro do Sistema Solar. Os cientistas têm acompanhado os eventos no polo sul do satélite desde que uma espécie de furacão atingiu a atmosfera este ano.
Saturno Titã (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)
Sonda capta lado 'noturno' de Titã, com a luz solar aparecendo como um anel (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)
As estações do ano estão mudando em Titã: o polo sul ainda está no outono, mas logo passará pelo inverno, motivo pelo qual tem ganhado uma tonalidade mais azulada. Essa modificação na cor é explicada provavelmente pela redução da intensidade da luz ultravioleta e da névoa no local, além de uma dispersão da luz solar pelas moléculas no ar e da presença de gás metano. A incidência de um "anel de sombra" (foto acima) no hemisfério sul aumenta ainda mais esse efeito.
Já o polo norte está na primavera e em breve chegará o verão, motivo pelo qual a luminosidade e a neblina têm aumentado.
A missão Cassini-Huygens é um projeto feito em parceria com a Agência Espacial Europeia (ESA) e a Agência Espacial Italiana (ASI).
Saturno Titã (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)
Espécie de furacão ou turbilhão apareceu no polo sul da lua Titã este ano (Foto: Nasa/JPL-Caltech/SSI)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/nasa-divulga-quatro-novas-imagens-de-tita-maior-lua-de-saturno.html

Telescópio detecta buracos negros e galáxias que estavam 'escondidos'



Bom na hora em que vi essa noticia sobre os buracos negros logo lembrei do meu amigo Francisco Valdir,que tem sua teoria sobre os buracos negros(http://astronomianaitaa.blogspot.com.br/p/sua-teoria-aqui.html).

Missão da Nasa está conseguindo enxergar o Universo de forma inédita, captando comprimentos de ondas ligados ao calor dos astros.


Um telescópio especial detectou milhões de buracos negros supermaciços e galáxias com temperaturas extremamente altas, que estavam "escondidos" atrás de uma nuvem de poeira interestelar.
O telescópio Wide-Field Infrared Survey Explorer (Wise), da agência espacial americana (Nasa), conseguiu captar comprimentos de ondas ligados ao calor dos astros, o que fez com que se conseguisse enxergar e mapear pela primeira vez alguns dos objetos mais iluminados do Universo.
Buraco negro (Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA)
Imagem feita pelo telescópio Wise, da Nasa, mostra cerca de mil objetos que até então não eram vistos no Universo e podem ajudar a entender como buracos negros se formam (Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA)
A expectativa dos cientistas é de que a descoberta os ajude a entender como as galáxias e buracos negros se formam.

Buraco negro (Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA)
Imagem mostra detalhes do que foi captado pelo
telescópio Wise (Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA)
'Caçador de buracos negros'
Os astrônomos já sabiam que a maioria das galáxias possui buracos negros no centro, que são "alimentados" com gases, poeira e estrelas ao seu redor. Às vezes, os buracos negros soltam energia suficiente para impedir a formação de estrelas.
A forma como astros e buracos negros evoluem juntos, no entanto, continua sendo um mistério para os cientistas. A esperança é de que os dados do telescópio Wise possibilitem novas descobertas nessa área.
O Wise tem capacidade de detectar comprimentos de onda que ficam muito além do campo de visão dos telescópios atuais. Isso permite fazer diversas descobertas inéditas na ciência. Por conta disso, o telescópio ganhou fama de "caçador de buracos negros".
"Nós encurralamos os buracos negros", diz Daniel Stern, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da Nasa e um dos autores dos três estudos que foram apresentados na quarta-feira (29).
Stern e seus colegas usaram outro telescópio (NuSTAR) para analisar os dados dos buracos negros captados pelo Wise e apresentaram as informações em um artigo que será publicado na revista científica "Astrophysical Journal".
Outros dois estudos detalham galáxias com temperaturas extremamente altas e com brilho intenso, que até recentemente não conseguiam ser detectadas. O termo em inglês para essas galáxias é "hot dust-obscured galaxies" ou hot-dogs ("cachorro-quente", em inglês).
Mais de mil galáxias já descobertas são mais de cem vezes mais brilhantes que o Sol. Os dados da missão Wise estão disponíveis ao público, para que todos os cientistas possam contribuir nas pesquisas espaciais.
Buraco negro (Foto: Nasa/ESA)
Ilustração feita por artista revela buraco negro se
'alimentando' de gás e poeira (Foto: Nasa/ESA)

Fonte:  http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/08/telescopio-detecta-buracos-negros-e-galaxias-que-estavam-escondidos.html

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Astrônomo amador descobre explosão estrelar por acaso

Irlandês havia descoberto outra supernova a partir de seu quintal, em 2010.


Menos de dois anos após descobrir uma explosão estrelar, evento chamado de supernova, um astrônomo amador avistou uma segunda explosão, as únicas já descobertas na Irlanda.
O desenvolvedor de software Dave Grennan, de 41 anos, estava vendo o céu com um telescópio a partir de seu jardim em Dublin, quando presenciou o espetáculo, na noite de 22 de agosto.
"Levei o maior susto da minha vida. Já ia dormir e, ao examinar a última foto, quase caí da cadeira. Sabia exatamente o que era, que não se tratava de sujeira na minha câmera, mas de uma supernova", disse ele.
Grennan afirmou que passou as horas seguintes examinando os dados e checando se mais alguém no mundo havia relatado o fenômeno. Ele então contatou a União Astronômica Internacional, que reconheceu e catalogou a descoberta.
"Fiquei muito animado de descobrir algo que não havia sido relatado em nenhum local do mundo antes" disse.
Neil Armstrong
Grennan dedicou a descoberta ao astronauta Neil Armstrong, que morreu no sábado (25), e explica que ela não pode ser batizada com o nome do americano, já que "apenas objetos permanentes recebem nomes".
Segundo explica o astrônomo amador, "a explosão pode ser vista por alguns meses e depois desaparece".
A supernova descoberta foi a de uma estrela cem vezes maior que o Sol ocorrida em outra galáxia, chamada IC2 166. O astro tornou-se grande demais e não suportou seu próprio peso, segundo especialistas. A explosão aconteceu há 123 milhões de anos-luz.
"Isso significa que levou mais de 120 milhões de anos para a luz da explosão viajar pelas profundezas do universo até o nosso planeta. É como olhar diretamente para o passado", disse.
O desenvolvedor de software já havia descoberto outra supernova em setembro de 2010, usando o mesmo telescópio.
Há quatro anos, ele descobriu também um pequeno asteroide, de apenas 3 metros de diâmetro, batizado com o nome de sua mãe, Catherine Griffin, que encorajou seu interesse pelas estrelas quando criança.

Supernova (Foto: BBC)
Supernova (Foto: BBC)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/astronomo-amador-descobre-explosao-estrelar-por-acaso.html

Astrônomos acham açúcar ao redor de estrela jovem pela primeira vez



Moléculas de tipo simples de glicose estão a 400 anos-luz da Terra.
Ingrediente é necessário para formar o RNA, composto essencial à vida.


Um time internacional de astrônomos detectou, pela primeira vez, moléculas de açúcar ao redor de uma estrela jovem, informou nesta quarta-feira (29) o Observatório Europeu do Sul (ESO). A descoberta foi feita pelo telescópio Alma, localizado a 5 mil metros de altura no deserto do Atacama, no Chile.
Açúcar espaço (Foto: NASA/JPL-Caltech/WISE Team )
A estrela IRAS 16293-2422 fica na nebulosa escura Rho Ophiuchi, na constelação do Serpentário, vista na imagem com luz infravermelha por outro telescópio, o Wise, da Nasa (Foto: NASA/JPL-Caltech/WISE Team )

Os resultados aparecem na revista científica "Astrophysical Journal Letters" e mostram que os blocos de "glicoaldeído", um tipo simples de açúcar – com a fórmula química C2H4O2 –, estavam no disco de gás e poeira que circunda a estrela IRAS 16293-2422.
O astro fica na constelação do Serpentário, a cerca de 400 anos-luz de distância da Terra, o que é considerado "próximo" na escala do Universo. Ele tem massa semelhante à do Sol e pertence a um sistema binário, ou seja, onde há duas estrelas orbitando um centro comum.
Açúcar espaço (Foto: ESO/L. Calçada & NASA/JPL-Caltech/WISE Team)
Moléculas de açúcar foram achadas na região que
fica onde está indicado o detalhe, à esquerda (Foto:
ESO/L. Calçada & Nasa/JPL-Caltech/WISE Team)
Segundo os cientistas, o açúcar encontrado estava no local e na altura certos para serem incluídos na formação dos planetas desse sistema. Além disso, as moléculas se movimentavam na direção correta, caindo sobre um dos astros.
O glicoaldeído já havia sido observado anteriormente no espaço entre as estrelas, mas nunca tão perto de um corpo do tipo solar, a uma distância equivalente entre Urano e o Sol.
Segundo o principal autor do artigo, Jes Jørgensen, do Instituto Niels Bohr, na Dinamarca, essa forma de açúcar não é muito diferente da que usamos para adoçar o café, por exemplo. Moléculas assim são um dos ingredientes necessários para a formação do RNA, composto orgânico que está ligado ao DNA e é um dos elementos essenciais à vida.
Açúcar (Foto: ESO/NAOJ/NRAO/L. Calçada)
Glicoaldeído foi descoberto ao redor de nuvem de gás e poeira de estrela. Os átomos de carbono aparecem em cinza, os de oxigênio em vermelho e os de hidrogênio em branco (Foto: ESO/NAOJ/NRAO/L. Calçada)

"A grande questão é: qual a complexidade que essas moléculas podem atingir antes de serem incorporadas em novos planetas? Isso pode nos dizer algo sobre como a vida aparece em outros locais, e as observações do Alma são vitais para desvendar esse mistério", diz Jørgensen.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/astronomos-acham-acucar-ao-redor-de-estrela-jovem-pela-primeira-vez.html

terça-feira, 28 de agosto de 2012

Robô Curiosity envia a primeira mensagem de voz direto de Marte

Jipe mandou discurso do administrador da Nasa, levado consigo na viagem.
Esta é a primeira vez que a voz humana viaja até outro planeta e volta.



O robô Curiosity transmitiu sua primeira mensagem de áudio direto de Marte, onde o veículo está desde o dia 6 e deve ficar pelos próximos dois anos, em busca de sinais favoráveis à vida.
O arquivo, porém, não revela a "voz" do jipe, mas um discurso do administrador da agência espacial americana (Nasa), Charles Bolden, mantido no robô durante toda a viagem.
Esta é a primeira vez que um áudio humano viajou até outro planeta e conseguiu voltar. A mensagem de Bolden está em inglês, e abaixo você confere a tradução:
"Olá, aqui é Charlie Bolden, administrador da Nasa, falando com você através da capacidade de transmissão do robô Curiosity, que agora está na superfície de Marte. Desde o início dos tempos, a curiosidade humana nos levou a buscar constantemente por vida nova... novas possibilidades um pouco além do horizonte. Quero parabenizar os homens e mulheres da nossa família Nasa, bem como nossos parceiros comerciais e governamentais em todo o mundo por nos levarem a dar um passo além, até Marte. Esta é uma conquista extraordinária. O desembarque de um veículo em Marte não é fácil – outros já tentaram –, e apenas os EUA obtiveram sucesso completo. O investimento que estamos fazendo...o conhecimento que esperamos adquirir com nossa observação e análise da Cratera Gale vai nos dizer muito sobre a possibilidade de vida em Marte, bem como as possibilidades do passado e do futuro do nosso próprio planeta. O Curiosity vai trazer benefícios para a Terra e inspirar uma nova geração de cientistas e exploradores, enquanto prepara o caminho para uma missão humana em um futuro não muito distante. Obrigado."
Segundo o executivo do programa Dave Lavery, "com essa voz, outro pequeno passo é dado para estender a presença humana além da Terra, e a experiência de explorar mundos remotos é trazida um pouco mais perto de todos nós".
Ele comparou a chegada do veículo a Marte à ida do homem à Lua, que perdeu no sábado (25) o primeiro astronauta a chegar lá, Neil Armstrong.
"Enquanto o Curiosity continua sua missão, esperamos que essas palavras sejam uma inspiração para alguém vivo hoje, que pode se tornar o primeiro a estar sobre a superfície de Marte. Assim como o grande Neil Armstrong, eles vão falar em voz alta sobre esse próximo gigante salto da exploração humana", destacou Lavery.
Ajuda de três sondas
A comunicação do Curiosity com a Terra só foi possível com o auxílio de duas sondas da Nasa em Marte, a Odyssey e a Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), e também da sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA).
O robô enviou os sinais para as três sondas, que então os rebateram em direção ao nosso planeta. Isso permite que mais dados sejam transmitidos a uma velocidade maior.
Quando chegaram à Terra, os sinais foram captados por antenas da Rede de Espaço Profundo, da Nasa, que funciona em três complexos: Goldstone, na Califórnia; Madri, na Espanha; e Camberra, na Austrália.
De lá, as informações foram direto para o controle da missão, no Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, na Califórnia.
Charles Bolden Nasa (Foto: Bill Ingalls/Nasa)
Bolden gravou discurso antes de o Curiosity partir, já prevendo o sucesso da missão (Foto: Bill Ingalls/Nasa)

Novas imagens de Marte
A Nasa também divulgou esta semana telefotos – fotografias feitas com lentes objetivas a uma grande distância, por meio de corrente elétrica – registradas pelo Curiosity da região próxima ao Monte Sharp, que tem 5,5 km de altura e é um dos alvos de interesse do robô.
A foto abaixo, em altíssima resolução, foi captada na quinta-feira (23) pela câmera de 10 cm e por lentes de 34 mm que ficam no mastro do jipe.

Curiosity Monte Sharp (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS)
Imagem registrada por câmera do Curiosity revela a base do Monte Sharp (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS)

A região fica ao sul do local de pouso do veículo. No primeiro plano, aparecem pedras de vários tamanhos e, logo à frente, há uma depressão no solo. Mais adiante, no meio da foto, está uma cratera de tamanho médio. Ao fundo, são vistas dunas mais escuras e camadas de rochas que ficam na base do Monte Sharp. O maior cume estava a 16,2 km de distância do Curiosity.
Os cientistas alteraram as cores, deixando-as com mais contraste e nitidez, para mostrar Marte sob as condições de iluminação da Terra, o que ajuda a analisar o terreno.
Esta outra imagem abaixo também revela a base do Monte Sharp. O morro pontiagudo que aparece no centro tem cerca de 300 metros de diâmetro e 100 metros de altura.
Curiosity Monte Sharp (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS)
Terreno árido do planeta vermelho é captado em cores e detalhes pelo jipe (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS)

A composição do solo marciano é aparentemente diferente em cada região, indicada por tonalidades distintas e pelas formas das rochas – algumas mais arredondadas, outras angulosas –, o que revela um histórico geológico bastante próprio.
Durante o pouso do Curiosity, alguns centímetros do solo pedregoso e das rochas encobertas foram expostos pelos motores da nave, e agora os pesquisadores planejam usar um dos dez instrumentos científicos do veículo para atirar nêutrons nas amostras e verificar a presença de moléculas de água ligadas aos minerais.
Em breve, o jipe de R$ 5 bilhões deve começar a medir a composição da atmosfera, do solo e do pó de rochas de Marte. Recentemente, os cientistas da Nasa encontraram nesse instrumento muito ar vindo da Terra, o que causou uma diferença de pressão nas bombas, mas o problema já foi resolvido.

Na imagem abaixo, feita pela câmera Hazard-Avoidance, situada na parte frontal esquerda do robô, aparece o rastro deixado por ele na quarta-feira (22), após completar seu primeiro passeio por Marte, que o conduziu por 4,5 metros, deu um giro de 120 graus e fez um retorno de 2,5 metros. O veículo está agora a 6 metros do seu local inicial de pouso.
Curiosity pouso (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
Rastro das rodas do Curiosity é visto de cima após o 1º passeio do jipe por Marte (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

Esta outra foto mostra, em uma projeção vertical, o rastro deixado pelo Curiosity. A imagem é resultado de 23 frames em resolução máxima, que formaram o "mosaico" abaixo.

Curiosity (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
'Mosaico' com 23 frames de alta resolução flagrou 'test-drive' do veículo na quarta (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/robo-curiosity-envia-primeira-mensagem-de-voz-direto-de-marte.html

Astrônomos descobrem sistema planetário com duas estrelas

Existência de dois planetas na órbita de duas estrelas era inédita.
Planetas do tipo são comparados a Tatooine, de 'Guerra nas Estrelas'.



Astrônomos anunciaram nesta terça-feira (28) a descoberta de um sistema planetário situado ao redor de duas estrelas. Foi a primeira vez que duas estrelas e dois planetas foram registrados no mesmo sistema.
Ilustração do sistema visto das proximidades de um dos planetas (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)
Ilustração do sistema visto das proximidades de um dos planetas (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)

Em 2011, uma pesquisa já tinha mostrado pela primeira vez um planeta que orbita duas estrelas. Ele foi comparado a Tatooine, planeta fictício da série “Guerra nas Estrelas”, que também tinha essa característica.
O que é inédito na atual pesquisa, apresentada na Assembleia Geral da União Astronômica Internacional e na revista “Science”, é que o “Tatooine” em questão tem um planeta vizinho no mesmo sistema, como Marte é em relação à Terra.
O conjunto de duas estrelas é conhecido na astronomia como “estrela binária”. Essa recebeu o nome de Kepler-47, pois foi descoberta pela sonda Kepler, da Nasa. A maior das estrelas tem aproximadamente a mesma massa do Sol, enquanto a menor tem apenas um terço do tamanho.
Nenhum dos dois planetas identificados tem condições de abrigar vida. Um deles é cerca de três vezes maior que a Terra, mas fica perto demais da estrela binária e não poderia ter água em estado líquido. O outro fica na chamada zona habitável, onde as temperaturas permitiriam a existência de vida, mas é grande demais para isso – tem o tamanho aproximado de Urano, cerca de 4,6 vezes o tamanho da Terra.
Na série 'Guerra nas estrelas', Tatooine serve de lar para Luke Skywalker. (Foto: Divulgação)
Na série 'Guerra nas Estrelas', Tatooine serve de lar para Luke Skywalker. (Foto: Divulgação)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/astronomos-descobrem-sistema-planetario-com-duas-estrelas.html

Rapper will.i.am lança nova música em Marte

'Reach for the stars' foi tocada pela primeira vez pelo jipe Curiosity.
Músico é o vocalista da banda americana 'Black Eyed Peas'.


O vocalista da banda Black Eyed Peas, will.i.am, fez o lançamento de sua nova música, “Reach for the stars”, de uma maneira diferente: direto de Marte. A canção foi transmitida para a Terra pelo jipe-robô Curiosity na tarde desta terça-feira (28).
É a primeira vez que o lançamento de uma música ocorre fora da Terra. A Nasa preparou uma cerimônia oficial, com a presença do músico e de estudantes americanos.
“O objetivo é inspirar os jovens a levar uma vida sem limitar seu potencial e perseguindo a colaboração entre as artes e a tecnologia. Sei que meu propósito é inspirar os jovens porque eles continuam me inspirando de volta”, disse o rapper.
O músico will.i.am (de terno cinza) com o astronauta Leland Melvin e a equipe responsável pelo Curiosity (Foto: Reprodução)
O músico will.i.am (de terno cinza) com o astronauta Leland Melvin e a equipe responsável pelo Curiosity (Foto: Reprodução)

“willi.i.am nos proporcionou a primeira música da playlist da exploração de Marte”, disse o administrador-chefe da Nasa, Charles Bolden.
A agência espacial americana também encarou o evento como uma homenagem a Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua, que faleceu no sábado (25).
“Não consigo pensar em uma maneira melhor para honrar a vida do pioneiro da Nasa Neil Armstrong do que inspirar os estudantes de hoje a seguir os seus passos. A primeira pegada que Neil deixou na superfície lunar deixou uma marca na história. Quem sabe um dos estudantes aqui possa ser o primeiro a pisar na superfície de Marte e continuar a jornada de exploração da humanidade”, disse o astronauta Leland Melvin, durante a cerimônia.


Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/rapper-william-lanca-nova-musica-em-marte.html

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

China é maior esperança de retorno à Lua

Mais de quatro décadas após a primeira chegada do homem à Lua, protagonizada por Neil Armstrong --morto no sábado (25), aos 82 anos--, as perspectivas de um retorno nos próximos anos nunca foram tão baixas. Um forte contraste com o que se imaginava apenas três anos atrás.
Durante o governo Bush, a Nasa trabalhou para reconstruir os passos do Projeto Apollo e retomar a exploração tripulada da Lua. Entretanto, diante de dificuldades orçamentárias, Barack Obama decidiu cancelar o plano e voltar a agência espacial americana para uma estratégia de incentivo à exploração comercial do espaço.
A ideia é acelerar o desenvolvimento de um substituto dos ônibus espaciais por meio de concorrência entre empresas e, com isso, baratear o custo de manutenção dos atuais programas.
Em tese, se o esforço prosperar, sobra mais dinheiro para tentar algo que vá além de visitas à Estação Espacial Internacional, nas imediações da Terra.
No entanto, no atual clima financeiro é mais provável que a redução nos custos se transforme em novos cortes ao orçamento da Nasa nos próximos anos, em vez de alimentar projetos ousados de exploração.
As empresas que agora disputam recursos da Nasa para desenvolver novas cápsulas espaciais naturalmente sonham com o retorno à Lua --e o dinheiro que poderão ganhar com ela. A companhia SpaceX, por exemplo, tem até mesmo uma família de foguetes em fase de projeto que poderia fazer o serviço. Falta quem pague a conta.
CHINA
Diante disso, no momento, só uma nação fala sério a respeito de missões tripuladas à Lua: China.
O programa espacial chinês é planejado majoritariamente longe dos olhos da mídia, mas sabe-se que há planos para a construção de um superfoguete com capacidade para impulsionar uma espaçonave tripulada na direção da Lua --um equivalente do antigo Saturn V americano.
No momento, a China trabalha com precursores não-tripulados, mas não seria surpreendente se o país oriental anunciasse nos próximos anos uma data concreta para o envio de taikonautas ao solo lunar. Contudo, essa futura visita não deve acontecer em menos de uma década.

 Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1143622-china-e-maior-esperanca-de-retorno-a-lua.shtml

Funeral de Neil Armstrong será na sexta-feira, informa família

Detalhes sobre a cerimônia ainda não foram divulgados.
Primeiro homem na Lua morreu no sábado (25).


O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, será enterrado em uma cerimônia privada para família e amigos na sexta-feira (31), informou a família do astronauta. Armstrong morreu no sábado (25) por complicações ligadas a uma cirurgia no coração.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, ordenou nesta segunda que as bandeiras do país fiquem a meio mastro em sinal de luto no dia do enterro na Casa Branca, em bases e navios militares, embaixadas americanas e em todos os prédios públicos do país.
A possibilidade de um funeral de chefe de Estado está sendo discutida, mas nenhum detalhe ainda foi divulgado. Armstrong era conhecido por ser recluso e evitar grandes demonstrações públicas.
O Museu de História Natural de Cincinnati está de portas abertas gratuitamente até 3 de setembro, em homenagem ao astronauta morto. No local são exibidas rochas lunares e réplicas das roupas usadas na Apollo 11.
O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, em 1969. (Foto: Nasa)
O primeiro homem a pisar na Lua, Neil
Armstrong, em 1969. (Foto: Nasa)
Na cidade natal do primeiro homem na Lua, Wapakoneta, o Museu do Ar e Espaço Armstrong, prepara uma homenagem para a noite desta quarta, chamada “Pisque para a Lua”. Em nota sobre a morte divulgada no sábado, a família de Armstrong pediu: “A próxima vez que você der um passeio em uma noite clara e vir a Lua sorrindo para você, lembre de Neil Armstrong e dê uma piscadela para ele.”

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/funeral-de-neil-armstrong-sera-na-sexta-feira-informa-familia.html

Réplica do robô Curiosity é usada para testes na Terra

Missão da Nasa é usada na exploração de Marte.
Réplica fica no laboratório responsável pelo projeto.


O robô Curiosity, missão da Nasa que chegou a Marte no início do mês para explorar o planeta, tem uma réplica na Terra usada para fazer testes. Essa réplica fica na sede do Laboratório de Propulsão de Jatos da Nasa, responsável pela missão, na cidade de Pasadena, estado da Califórnia.
Na foto abaixo, o robô testa a ferramenta de remoção de poeira, que é igual à usada pelo robô no solo marciano. A ferramenta foi projetada pela Honeybee, empresa especializada em robótica.
Réplica do Curiosity fica na Terra para testes (Foto: AP Photo/Jet Propulsion Laboratory via Honeybee Robotics, Kyle Brown)
Réplica do Curiosity fica na Terra para testes (Foto: AP Photo/Jet Propulsion Laboratory via Honeybee Robotics, Kyle Brown)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/replica-do-robo-curiosity-e-usada-para-testes-na-terra.html

domingo, 26 de agosto de 2012

Astronautas prestam homenagem ao amigo Neil Armstrong

Ele morreu vítima de complicações após uma cirurgia cardíaca.
Americano comandou a Apollo 11 e pisou na Lua em 20 de julho de 1969.


Buzz Aldrin e Michael Collins, companheiros do astronauta Neil Armstrong na histórica missão Apolo 11, prestaram seu tributo ao talento e realizações do primeiro homem a pisar na Lua em 1969 e que morreu no sábado, aos 82 anos.

Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua. (Foto: Jose Jordan/AFP)
Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua. (Foto: Jose Jordan/AFP)

"Toda vez que olho para a Lua, eu me recordo daquele momento, há mais de quatro décadas, quando me dei conta de que, mesmo embora estivéssemos tão longe da Terra como dois humanos nunca estiveram, nós não estávamos sós", assinalou Aldrin em um comunicado.
"Virtualmente, o mundo inteiro viveu aquele dia memorável junto a nós. Eu sei que milhões de pessoas compartilham comigo o luto pela morte de um verdadeiro herói americano e o melhor piloto que já conheci", acrescentou o segundo astronauta que passeou pela Lua, junto a Armstrong.
Aldrin disse que teve esperanças de que ele, Armstrong e Collins pudessem se reunir em 2019 para as celebrações do 50o. aniversário da missão Apolo 11.
"Infelizmente, não será possível. Neil certamente estará conosco em espírito", acrescentou.
"Ele era o melhor e vou sentir falta dele terrivelmente", afirmou, por sua vez, o astronauta Michael Collins, terceiro homem na viagem e que permaneceu a bordo da nave, em declaração transmitida por Bob Jacobs, porta-voz da agência espacial americana Nasa.
Por sua parte John Glenn, o primeiro americano a orbitar a Terra, disse ao canal CNN que Armstrong "foi verdadeiramente uma pessoa ousada" e recordou sua lendária humildade.
"Ele não achava que devia ficar fazendo propaganda de si mesmo ou qualquer coisa desse estilo, e simplesmente permaneceu fiel aos princípios com os quais cresceu", assinalou Glenn, ex-senador por Ohio (nordeste).
"Ele foi uma pessoa humilde, e foi assim que continuou sendo depois de seu voo lunar, tanto quanto era antes", enfatizou.
Neil Armstrong morreu no sábado, aos 82 anos, vítima de complicações após uma cirurgia cardíaca realizada no início de agosto para desobstruir as artérias coronárias.
Lembrado como "um herói americano", sua família destacou que Armstrong "serviu a Nação com orgulho, como piloto da Marinha, piloto de provas e astronauta".
"Para todos que querem lhe prestar uma homenagem temos um simples pedido: honrem seu exemplo de serviço, de sucesso e de modéstia e da próxima vez que caminharem sob uma noite clara e observarem a Lua, sorriam e pensem que Neil Armstrong pisca para vocês", disse a família do astronauta.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, afirmou que "Neil é para mim um dos maiores heróis americanos, e não apenas da atualidade, mas de todos os tempos".
"Quando ele e seu companheiro de missão decolaram a bordo do Apolo 11, em 1969, levaram as aspirações de uma Nação inteira. Decidiram mostrar ao mundo que o espírito americano vai além do que parece inimaginável, que com suficiente motivação e engenho tudo é possível".
"E quando Neil colocou pela primeira vez o pé na superfície da Lua nos deu uma conquista humana que jamais será esquecida", disse o presidente.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/astronautas-prestam-homenagem-ao-amigo-neil-armstrong.html

sábado, 25 de agosto de 2012

Astronauta Neil Armstrong




Bom resolvi fazer um video em homenagem a esse grande astronauta,escolhi uma musica que eu gosto muito pra fazer esse video porque o Neil Armstrong merece e muitoooooo naum acham???
E como o astronauta brasileiro Marcos Pontes disse  "Ele foi um ícone. Um herói".
Espero que vocês  leitores curtam esse video também...



Se vocês quiserem ver outros vídeos sobre a trajetória do astronauta Neil Armstrong

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/veja-videos-sobre-trajetoria-do-astronauta-neil-armstrong.html


Relembre frases de Neil Armstrong, primeiro homem na Lua


“É um pequeno passo para um homem, um grande salto para a Humanidade”, ao pisar na Lua em 20 de julho de 1969.

"De repente eu notei que aquela pequena e bela ervilha azul era a Terra. Eu levantei meu dedão e fechei um olho, e meu dedão cobriu totalmente a Terra. Eu não me senti um gigante. Me senti muito, muito pequeno.
“Houston, base da Tranquilidade aqui. A Águia pousou”, ao pousar o módulo lunar na Lua.

“Acredito que estamos indo para a Lua porque está na natureza humana encerar desafios. (...) Precisamos fazer essas coisas como os salmões precisam nadar rio acima”, em coletiva de imprensa da missão Apollo.

"Eu sou e sempre serei um engenheiro nerd, com meias brancas e protetores de bolso. E eu tenho um grande orgulho das realizações da minha profissão," em entrevista em 2007.

“Pilotos não sentem nenhuma alegria especial ao caminhar: pilotos gostam de voar. Pilotos geralmente se orgulham de um bom pouso, não de sair do veículo”.
“A parte mais emocionante para mim, enquanto piloto, foi pousar na Lua. Foi nessa hora que nós alcançamos o objetivo nacional de colocar americanos na Lua. O pouso foi, de longe, a parte mais difícil e desafiadora do voo. Caminhar na superfície lunar foi muito interessante, mas foi algo que nós vimos como razoavelmente seguro e previsível. A emoção acompanhou o pouso, não a caminhada”, em entrevista em 2007.

“É uma grande honra e um grande privilégio para nós estarmos aqui representando não apenas os Estados Unidos, mas homens de paz de todas as nações, com interesses e curiosidade e visão para o futuro”, em conversa telefônica com o presidente americano Richard Nixon, enquanto estava na Lua.

"Tentamos muito não ficar confiantes demais, porque quando você fica confiante demais é quando alguma coisa acontece e te morde", em entrevista em 2004.
"Eu realmente esperava que, ao fim deste século, nós teríamos alcançado substancialmente mais do que de fato alcançamos."

 
"Eu fiquei feliz, extasiado e extremamemte surpreso de que tínhamos tido sucesso."


O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, em 1969. (Foto: Nasa)
O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong,
em 1969. (Foto: Nasa)




'Dia triste para o mundo', diz Marcos Pontes sobre morte de Armstrong

Primeiro homem na Lua morreu neste sábado (25).
Brasileiro o encontrou duas vezes nos Estados Unidos.


O primeiro astronauta brasileiro, Marcos Pontes, lamentou a morte do americano Neil Armstrong, ocorrida neste sábado (25). Armstrong foi o primeiro homem a pisar na Lua, em 20 de julho de 1969.
É muito triste quando isso acontece. Ele foi um ícone. Um herói", disse o brasileiro ao G1.
Pontes conheceu Armstrong em uma palestra dada pelo americano à turma de astronautas do brasileiro, em Houston, nos Estados Unidos. "Tive a honra de conhecê-lo duas vezes em Houston, conversamos rapidamente. Era um homem muito sério, objetivo e profissional", disse.
Na ocasião, Armstrong deu um conselho aos jovens astronautas, lembra o brasileiro. "Ele disse uma coisa que ficou comigo para sempre. 'Nessa profissão, você nunca pode ficar para trás'", disse Pontes. "Ele com certeza sempre esteve à frente".
Marcos Pontes se disse muito triste com a morte de Armstrong. "É uma pessoa tão importante, que parece que foi alguém da sua família. É um dia muito triste para o mundo."
O brasileiro também lembrou a caminhada lunar feita por Armstrong. "Lembro de vê-lo andando na Lua pela TV quando eu tinha seis anos. E essa é uma das imagens que ficaram na minha cabeça pelo resto da vida, que influenciaram as decisões da minha carreira.".
"É uma pessoa que faz parte da história. Fisicamente pode não estar mais entre nós, mas ele sempre vai fazer parte da história da Humanidade. Ele fez a diferença na vida de todos nós,” disse Marcos Pontes.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/neil-armstrong-foi-um-icone-um-heroi-diz-astronauta-brasileiro.html

Veja a lista dos 12 homens que caminharam na Lua

Armstrong foi o primeiro ser humano a caminhar em outro corpo celeste.
Depois dele, outros 11 astronautas pisaram na Lua entre 1969 e 1972.


O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu aos 82 anos nos Estados Unidos neste sábado (25), informou a família do astronauta à imprensa norte-americana.

Armstrong foi o comandante da Apollo 11, missão que chegou ao satélite da Terra em 20 de julho de 1969. Ao ser o primeiro ser humano a pisar em outro corpo celeste, Armstrong proferiu a frase: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”

Além de Armstrong, outros 11 homens caminharam na Lua entre 1969 e 1972.

1- Neil Armstrong, na nave Apollo 11, em 1969
Nasceu em 1930 e morreu em 2012.
2- Buzz Aldrin, na Apollo 11, também em 1969.
Ele nasceu em 1930.
3- Charles "Pete" Conrad, na Apollo 12, em 1969.
Nasceu em 1930 e morreu em 1999.
4- Alan L. Bean, na Apollo 12, em 1969.
Nasceu em 1932.
5- Alan Shepard, na Apollo 14, em 1971.
Nasceu em 1923 e morreu em 1998.
6- Edgar D. Mitchell, na Apollo 14, em1971.
Nasceu em 1930.
7- David Scott, na Apollo 15, em 1971.
Nasceu em 1932.
8- James B. Irwin, na  Apollo 15, em 1971.
Nasceu em 1930 e morreu em 1991.
9- John Young, na Apollo 16, em 1972.
Nasceu em 1930.
10- Charles M. Duke Jr., na Apollo 16,  em 1972.
Nasceu em 1935.
11- Eugene A. Cernan, na Apollo 17, em 1972.
Nasceu em 1934.
12 - Harrison "Jack" Schmitt, na Apollo 17, em 1972.
Nasceuem 1935.

 Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/veja-lista-dos-12-homens-que-caminharam-na-lua.html

Veja repercussão sobre a morte de Neil Armstrong

Americano foi o primeiro homem a pisar na Lua, em 20 de julho de 1969.
Família diz que Armstrong era 'herói relutante'.


O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu aos 82 anos nos Estados Unidos. Armstrong foi o comandante da Apollo 11, missão que chegou ao satélite da Terra em 20 de julho de 1969. Ao ser o primeiro ser humano a pisar em outro corpo celeste, Armstrong proferiu a frase: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”
Nota da família: “Estamos de coração partido ao dividir a notícia de que Neil Armstrong faleceu após complicações de procedimentos cardiovasculares.
Neil era nosso marido, pai, avó, irmão e amigo amoroso.
Neil Armstrong era também um relutante herói americano que sempre acreditou em fazer apenas o seu trabalho. Ele serviu ao seu país com orgulho, como piloto de caças da Marinha, piloto de testes e astronauta. Ele também encontrou o sucesso em casa em sua Ohio natal no mundo dos negócios e na academia, e se tornou um líder da comunidade de Cincinnati.
Ele permaneceu um advogado da aviação e da exploração por toda a sua vida e nunca perdeu seu fascínio de menino com essa busca.
Embora Neil gostasse de manter sua privacidade, ele sempre apreciou as expressões de boa vontade das pessoas de todo o mundo e momentos da vida.
Enquanto lamentamos a perda de um homem muito bom, também celebramos sua vida incrível e esperamos que ela sirva de exemplo para os jovens ao redor do mundo para que trabalhem duro para fazer seus sonhos se tornarem realidade, estejam dedicados a explorar e forçar os limites, e sirvam altruisticamente uma causa maior que eles mesmos.
Para aqueles que perguntam o que podem fazer para honrar a Neil, temos um simples pedido. Honrem seu exemplo de serviço, feitos e modéstia. E a próxima vez que você der um passeio em uma noite clara e vir a Lua sorrindo para você, lembre de Neil Armstrong e dê uma piscadela para ele.”
"A próxima vez que você der um passeio em uma noite clara e vir a Lua sorrindo para você, lembre de Neil Armstrong e dê uma piscadela para ele.”
Nota da família Armstrong


Buzz Aldrin, segundo homem na Lua: “Fiquei muito triste ao saber da morte de Neil Armstrong hoje. Neil e eu treinamos juntos como parceiros técnicos mas éramos também bons amigos que ficaram para sempre conectados por nossa participação na missão Apollo 11.
Sempre que eu olho para a Lua, ela me lembra do momento há mais de quatro décadas em que eu percebi que, embora nós estivéssemos o mais longe da Terra que dois humanos já estiveram, nós não estávamos sozinhos.
O mundo todo fez parte daquela jornada memorável conosco. Eu sei que estou ao lado de milhões de outros ao sofrer a morte de um verdadeiro herói americano e o melhor piloto que eu já conheci. Meu amigo Neil realizou o pequeno passo e o grande salto que mudou o mundo e será para sempre lembrado como um momento chave da história da humanidade.
Eu realmente torcia para que em 2019 nós estivéssemos juntos ao lado do nosso colega Mike Collins para celebrar os 50 anos do pouso na Lua. Lamentavelmente, isso não vai acontecer. Neil com certeza estará conosco em espírito.
Em nome da família Aldrin, nós estendemos nossos mais profundos sentimentos para Carol e toda a família Armstrong. Eu vou sentir a falta de meu amigo Neil como sei que nossos cidadãos e as pessoas do mundo vão sentir a falta desse pioneiro da aviação e do espaço."

"Eu sei que estou ao lado de milhões de outros ao sofrer a morte de um verdadeiro herói americano e o melhor piloto que eu já conheci."
Buzz Aldrin, segundo homem na Lua

Michael Collins, piloto do módulo de comando da Apollo 11: "Ele era o melhor e eu sentirei sua falta terrivelmente.”
John Glenn, primeiro americano no espaço: "Ele era um bom amigo e sua falta será sentida."
Charles Bolden, administrador-chefe da Nasa: “Em nome de toda a família da Nasa, gostaria de expressar os meus mais profundos sentimentos a Carol e ao resto da família Armstrong pela morte de Neil Armstrong. Enquanto existirem livros de história, Neil Armstrong estará incluído neles, lembrado por tomar o primeiro pequeno passo da humanidade em um mundo além do nosso.
Além de ser um dos maiores exploradores da América, Neil carregava a si mesmo com uma graça e humildade que eram um exemplo para todos nós. Quando o presidente Kennedy desafiou a nação a mandar um homem à Lua, Neil Armstrong aceitou sem reservas.
Conforme entramos nessa nova era de exploração espacial, estamos em pé nos ombros de Neil Armstrong. Lamentamos a morte de um amigo, um colega astronauta e um verdadeiro herói americano."
"Enquanto existirem livros de história, Neil Armstrong estará incluído neles, lembrado por tomar o primeiro pequeno passo da humanidade em um mundo além do nosso."
Charles Bolden, administrador-chefe da Nasa
Barack Obama, presidente dos Estados Unidos: "Neil é para mim um dos maiores heróis americanos, e não apenas da atualidade, mas de todos os tempos. Quando ele e seus colegas decolaram a bordo da Apollo 11 em 1969, eles carregaram com eles as aspirações de toda uma nação.
Eles partiram para mostrar que o espírito americano pode ver além do que parece inimaginável – que com suficiente vontade e engenhosidade, tudo é possível. E quando Neil pisou na superfície da Lua pela primeira vez, ele entregou um momento de conquista humana que jamais será esquecido.
Seu legado vai perdurar, fortalecido por um homem que nos ensinou o enorme poder de um pequeno passo".
Marcos Pontes, astronauta brasileiro: “É muito triste quando isso acontece. Ele foi um ícone. Um herói. Tive a honra de conhecê-lo duas vezes em Houston, conversamos rapidamente. Era um homem muito sério, objetivo e profissional.
Lembro de vê-lo andando na Lua pela TV quando eu tinha seis anos. E essa é uma das imagens que ficaram na minha cabeça pelo resto da vida, que influenciaram as decisões da minha carreira.
É uma pessoa que faz parte da história. Fisicamente pode não estar mais entre nós, mas ele sempre vai fazer parte da história da Humanidade. Ele fez a diferença na vida de todos nós É uma pessoa tão importante, que parece que foi alguém da sua família. É um dia muito triste para o mundo.".

"Ele foi um ícone. Um herói"
Marcos Pontes, astronauta brasileiro

Bob Behnken, chefe do Escritório dos Astronautas da Nasa: “Neil Armstrong era uma inspiração muito pessoal para todos nós no Escritório dos Astronautas. Seu passo histórico na superfície da Lua foi a fundação de muitos dos nossos sonhos individuais de nos tornarmos astronautas.
A única coisa maior do que suas conquistas era sua humildade sobre essas conquistas. Vamos sentir sua falta como amigo, mentor, explorador e embaixador do espírito americano de engenhosidade.

"A única coisa maior do que suas conquistas era sua humildade sobre essas conquistas. "
Bob Behnken, chefe do Escritório dos Astronautas da Nasa

Bill Nelson, senador e ex-astronauta: “Neil Armstrong entendia que devemos alcançar além das estrelas. Seu ‘grande salto para a humanidade’ foi tomado por um grande homem.”

"Seu ‘grande salto para a humanidade’ foi tomado por um grande homem.” 
Bill Nelson, senador e ex-astronauta


Leon Panetta, secretário de Defesa dos EUA: “Estamos dizendo adeus a um dos nossos. Como um veterano condecorado da Guerra da Coreia, como um astronauta da Nasa, como o primeiro homem a caminhar na Lua, Neil inspirou gerações de americanos a acreditar que como uma nação nós somos capazes de alcançar a grandeza que só vem com determinação, perseverança e trabalho duro.
Embora Neil não esteja mais conosco, seu espírito e seu legado de conquistas americanas e orgulho nacional viverão para sempre.”
Mitt Romney, candidato à presidência dos EUA: "Neil Armstrong assume hoje seu lugar no hall de heróis. A Lua vai sentir a falta de seu primeiro filho da Terra."
Neil Gaiman, escritor: "Muito triste sobre Neil Armstrong. Fui muito honrado e sortudo de ter conhecido e passado um pouco de tempo com ele e ele era mais legal do que você imagina."
Neil Armstrong em traje de astronauta (Foto: AP/BBC)
Neil Armstrong em traje de astronauta (Foto: AP/BBC)


Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/veja-repercussao-sobre-morte-de-neil-armstrong.html

Morre Neil Armstrong, primeiro homem na Lua

Armstrong passou por uma cirurgia de coração em 7 de agosto.
Americano comandou a Apollo 11 e pisou na Lua em 20 de julho de 1969.



O primeiro homem a pisar na Lua, Neil Armstrong, morreu aos 82 anos nos Estados Unidos neste sábado (25), informou a família do astronauta em nota à imprensa.
"Estamos de coração partido ao dividir a notícia de que Neil Armstrong faleceu após complicações ligadas a procedimentos cardiovasculares", diz a nota. "Neil foi um marido, pai, avó, irmão e amigo amoroso."
Em 7 de agosto, ele passou por uma cirurgia de emergência no coração, após médicos encontrarem quatro entupimentos em suas artérias,  e desde então estava se recuperando no hospital em Cincinnati, onde morava com a esposa.
No Twitter, a Nasa ofereceu "seus sentimentos pela morte de Neil Armstrong, ex-piloto de testes, astronauta e primeiro homem na Lua."
Conheça a biografia
Armstrong foi o comandante da Apollo 11, missão que chegou ao satélite da Terra em 20 de julho de 1969. Ao ser o primeiro ser humano a pisar em outro corpo celeste, Armstrong proferiu a frase: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade.”
Nascido em 5 de agosto de 1930, Armstrong foi piloto da Marinha dos Estados Unidos entre 1949 e 1952 e lutou na Guerra da Coreia. Em 1955, se formou em engenharia aeronáutica pela Universidade de Purdue e se tornou piloto civil da agência que precedeu a Nasa, a Naca (Conselho Nacional de Aeronáutica).
Lá, entre outras aeronaves, pilotou o X-15 – avião experimental lançado por foguete onde ocorreram as primeiras tentativas americanas de chegar aos limites da atmosfera e à órbita do planeta. Em 2012, o X-15 ainda mantém o recorde de velocidade mais alta já atingida por um avião tripulado.
Em 1962, ele deixou a função de piloto de testes e passou a ser astronauta – com a Naca já transformada em Nasa. Sua primeira missão espacial foi como comandante da Gemini 8, em março de 1966, onde ele e o astronauta David Scott fizeram a primeira acoplagem de duas naves espaciais. Na ocasião, ele se tornou o primeiro civil americano a ir ao espaço.
Durante o voo, os dois quase morreram. Enquanto a nave estava sem contato com a Terra, a Gemini 8, acoplada na sonda Agena, começou a girar fora de controle. Inicialmente, Armstrong achou que o problema era com a Agena e tentou diversas opções para parar o giro – sem sucesso. Ao desacoplar as duas naves, o problema piorou. A instantes de perder a consciência pela velocidade com que a Gemini 8 girava, Armstrong usou os motores que serviam para a reentrada na Terra para controlar a espaçonave. A Gemini parou de girar e a dupla fez um pouso de emergência próximo ao Japão, sem completar outros passos da missão, como uma caminhada espacial que seria realizada por Scott.
Armstrong no módulo lunar Eagle, após pouso na Lua (Foto: Johnson Space Center Media Archive)
Armstrong no módulo lunar Eagle, após pouso na Lua (Foto: Johnson Space Center Media Archive)
"Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade."
Neil Armstrong, em 20 de julho de 1969

Apollo 11 e a ida à Lua
Com o fim do programa Gemini e o início do Apollo, Armstrong foi selecionado como comandante da Apollo 11. Segundo a Nasa, não houve uma escolha formal inicial de quem deveria ser o primeiro a pisar na Lua. Todos os astronautas envolvidos no Apollo, segundo eles, teriam chances iguais.
As missões eram organizadas para cumprir uma crescente lista de tarefas. Assim, a Apollo 7 era um voo de teste do módulo de comando – o que era chamado de “missão tipo C”. A seguinte, 8, testou a viagem até a Lua. A 9 testou o módulo lunar, uma missão tipo “D”. Se houvesse qualquer problema em uma dessas missões, ela deveria ser retomada até dar certo.
Por isso, embora Armstrong e sua tripulação, Buzz Aldrin e Michael Collins, estivessem com a primeira missão do tipo “G”, que tentaria um pouso – não estava garantido que eles de fato fossem ser os primeiros a fazer isso. Qualquer problema nas missões anteriores e a 11 poderia ter que assumir etapas preparatórias.
Quando ficou razoavelmente claro que a Apollo 11 seria a primeira missão a tentar o pouso, a mídia americana passou a informar que Buzz Aldrin seria o primeiro homem na Lua. A lógica dos jornalistas seguia o fato de que no programa Gemini o piloto – não o comandante – era quem saía da nave. Além disso, os primeiros materiais de divulgação feitos pela Nasa mostravam o piloto saindo primeiro e o comandante depois.
Em uma coletiva de imprensa feita em abril de 1969, a Nasa informou que a decisão de fazer Armstrong sair primeiro foi técnica, já que a porta do módulo lunar estava do lado dele. Em entrevistas dadas mais tarde, Deke Slayton, chefe dos astronautas na época, disse que a decisão foi “protocolar”: ele achava que o comandante da missão deveria ser o primeiro na Lua. As opiniões de Armstrong e Aldrin, segundo ele, não foram consultadas.
O pouso
Após a decolagem em 16 de julho, Armstrong e Aldrin começaram a descida até a Lua em 20 de julho no módulo lunar, apelidado de “Eagle”. Durante a descida, a menos de dois mil metros de altura, dois alarmes soaram indicando que o computador estava sobrecarregado. Seguindo a orientação do controle de missão, Armstrong os ignorou e manteve o pouso.
Ao olhar pela janela, viu que o computador os estava levando para uma área com muitas pedras. O americano então assumiu o controle manual da nave e pousou. Ao encostar na Lua, restavam apenas 25 segundos de combustível no Eagle.
As primeiras palavras de seres humanos na Lua foram, na verdade, Armstrong e Aldrin fazendo a checagem pós-pouso. Termos técnicos como “parada de motor”, “controle automático ligado”, “comando do motor de descida desligado”. Apenas ao final dessa lista, Armstrong falou com a Terra: “Houston, Base da Tranquilidade aqui. A Águia [“Eagle” em inglês] pousou”.
Durante todo o processo de pouso, o controle na Terra se manteve em silêncio, permitindo que a dupla se concentrasse. Com o contato de Armstrong, o astronauta Charlie Duke, em Houston, respondeu bem humorado: “vocês têm um monte de caras quase ficando azuis aqui, estamos respirando de novo.”
Armstrong e Aldrin ficaram 21 horas e 36 minutos na Lua – duas horas e 36 minutos caminhando por ela. O tempo fora da nave foi progressivamente aumentado a cada missão Apollo – na última, a 17, os astronautas ficaram mais de 22 horas fazendo caminhadas lunares.
Retorno à Terra e vida pessoal
Armstrong, em imagem de 2006, após receber prêmio  (Foto: NASA Kennedy Center Media Archive Collection)
Armstrong, em imagem de 2006, após receber prêmio (Foto: NASA Kennedy Center Media Archive Collection)

"Eu sou e sempre serei um engenheiro nerd, com meias brancas e protetores de bolso."
Neil Armstrong, em 2007
Neil Armstrong foi recebido como herói após sua volta, com condecorações de diversos países. A mais recente foi uma medalha do Congresso americano, dada a ele e a outros pioneiros espaciais em novembro de 2011.
Após a missão de 1969, ele assumiu uma posição de gerência na Nasa e participou da investigação do acidente da Apollo 13. Ele se aposentou da agência em 1971. Em 1970, obteve um mestrado em engenharia aeroespacial da Universidade do Sul da Califórnia. Depois, virou professor na Universidade de Cincinnati, onde morava, até 1979. Armstrong também fez parte da mesa diretora de algumas empresas americanas. Em 1986, a convite do presidente americano Ronald Reagan, participou da investigação do acidente do ônibus espacial Challenger.
Vida de reclusão
Armstrong casou com Janet Shearon em 1956, com quem teve três filhos: Eric, Karen e Mark. Karen morreu de câncer no cérebro em 1962, aos três anos, e jamais viu o pai ir ao espaço. Ele e Janet se divorciaram em 1994, após 38 anos de casamento. No mesmo ano, ele se casou com sua segunda esposa, Carol Knight.
Armstrong viveu uma vida de reclusão após a Apollo 11. Convidado frequentemente por partidos americanos, ele se recusou a concorrer a um cargo político. Armstrong também raramente era visto em público e quase nunca dava entrevistas, além de não costumar tirar fotos ou dar autógrafos, porque não gostava que eles eram vendidos por valores que ele considerava “absurdos”. Sua única biografia autorizada foi publicada em 2005. Ele também costuma processar empresas que usam sua imagem sem autorização e doar as indenizações recebidas à faculdade em que se formou. Em 2005, processou seu barbeiro por ter vendido fios de seu cabelo por US$ 3 mil. O barbeiro teve que doar o valor para a caridade.
Em 2007, 38 anos após a viagem à Lua, em uma rara aparição em público, Armstrong se definiu como "um engenheiro nerd". "Eu sou e sempre serei um engenheiro nerd, com meias brancas e protetores de bolso. E eu tenho um grande orgulho das realizações da minha profissão," disse.
Em 2009, ele fez uma viagem "secreta" ao Brasil, onde passou por São Paulo, Rio de Janeiro e Santa Catarina.
A nota da família sobre a morte de Armstrong é encerrada com um pedido: "Para aqueles que perguntam o que podem fazer para honrar a Neil, temos um simples pedido. Honrem seu exemplo de serviço, feitos e modéstia, e a próxima vez que você der um passeio em uma noite clara e vir a Lua sorrindo para você, lembre de Neil Armstrong e dê uma piscadela para ele.”

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/08/morre-neil-armstrong-primeiro-homem-pisar-na-lua-dizem-agencias.html