sábado, 29 de setembro de 2012

2º satélite venezuelano é lançado com sucesso da China

Hugo Chávez acompanhou e comemorou lançamento do 'Miranda'.
Aparelho auxiliará em operações militares e na luta contra cultivos ilegais.


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, acompanhou e comemorou com parte de seu governo o lançamento neste sábado (29) na China do satélite "Miranda".
Foguete chinês carrega satélite venezuelano 'Miranda'. (Foto: Nie Jianjiang / Xinhua / via AP Photo)
Foguete chinês carrega satélite venezuelano 'Miranda'. (Foto: Nie Jianjiang / Xinhua / via AP Photo)

"Estamos observando a história, o renascer da história", disse Chávez no Palácio de Miraflores, a sede do governo. "A Venezuela se colocou junto com a China e outros países na vanguarda desta nova história", acrescentou.
O presidente venezuelano explicou algumas das funções que terá o "Miranda", como controle de colheitas e a estimativa da produtividade dos cultivos e perguntou por detalhes do funcionamento do aparelho.
O "Miranda" foi lançado do centro espacial de Jiuquan, na província chinesa de Gansu, por volta das 12h local (1h de Brasília). Este satélite é o segundo colocado em órbita pela Venezuela, que em 2008 lançou o satélite de telecomunicações "Simón Bolívar".
O Miranda será utilizado na observação e auxiliará no planejamento urbano, operações militares e na luta contra a mineração e cultivos ilegais.
A operação foi realizada a nove dias das eleições presidenciais. A construção do aparelho foi responsabilidade da empresa tecnológica chinesa CGWIC, dependente da Corporação Aeroespacial da China, e que também fabricou o "Simón Bolívar".

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/2-satelite-venezuelano-e-lancado-com-sucesso-da-china.html

quinta-feira, 27 de setembro de 2012

Robô da Nasa encontra sinais de antigo fluxo de água em Marte

Já havia evidências de água no planeta, mas não foto detalhada de rocha.
Formato de pedras permite estimar velocidade da correnteza.


Cientistas estão analisando o formato do conglomerado de rocha, primeira evidência de água em Marte registrada pelo Curiosity. (Foto: Nasa/Divulgação)
Cientistas estão analisando o formato do conglomerado de rocha, primeira evidência de água em Marte registrada pelo Curiosity. (Foto: Nasa/Divulgação)

O robô Curiosity, da Nasa, encontrou evidências de que uma corrente de água já passou pela área em que ele está se deslocando em Marte, segundo informações divulgadas nesta quinta-feira (27).
Ele fotografou rochas com marcas que podem ter sido feitas pela passagem do líquido. De acordo com a agência espacial, os formatos das pedras sugerem que a água passava ali a 0,9 metro por segundo. Evidências da existência de água em Marte já existiam, mas essa é a primeira vez que o possível resultado de sua ação em rochas é observado diretamente no planeta vizinho.
O formato arredondado de algumas pedras da foto até mesmo indicam que elas foram transportadas pela água por uma longa distância. A abundância de canais foi considerada pelos pesquisadores um sinal de que o líquido passou por ali repetidas vezes.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/robo-da-nasa-encontra-sinais-de-antigo-fluxo-de-agua-em-marte.html

Telescópios observam detalhes de jatos que saem de buraco negro

Buraco fica a 50 milhões de anos-luz da Terra, na galáxia Messier 87.
Descoberta pode melhorar compreensão sobre como galáxias evoluem.


Uma equipe internacional de astrônomos visualizou, pela primeira vez, detalhes da estrutura dos jatos de gás e poeira que são lançados por um buraco negro supermassivo no centro de uma galáxia gigante, a 50 milhões de anos-luz da Terra.
O time publicou o estudo na revista "Science" desta quinta-feira (27) e, segundo os autores, saber como a energia é extraída do buraco negro para formar um jato pode melhorar a compreensão sobre como as galáxias evoluem.
Usando telescópios nos estados do Havaí, Arizona e Califórnia, com detalhes 2 mil vezes mais precisos que os do Telescópio Espacial Hubble, os pesquisadores observaram o "ponto de não retorno" do buraco negro, ou seja, a menor distância que a matéria pode se aproximar antes de ser puxada para dentro e "engolida".
Buraco negro (Foto: Courtesy of the Avery E. Broderick/University of Waterloo/Perimeter Institute)
Imagem é uma simulação do jato lançado do centro de buraco negro, visto como um círculo preto e rodeado por um disco de gás (Foto: Courtesy of the Avery E. Broderick/University of Waterloo/Perimeter Institute)
Acredita-de que existam buracos negros supermassivos nos centros da maioria das galáxias, como a Via Láctea. Um buraco negro é uma região no espaço onde a força da gravidade é tão forte que nada – nem a luz – consegue escapar sem ser sugado. O limite ao redor dele é chamado de horizonte de eventos.
Segundo o principal autor, Shep Doeleman, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e do Observatório Haystack do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), nos EUA, uma vez que objetos caem nesse horizonte de eventos, perdem-se para sempre.
"É uma porta de saída do nosso Universo. Se você cruzá-la, não voltará", diz.
Buraco negro (Foto: Nasa and the Hubble Heritage Team)
Imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble mostra jato roxo do buraco negro contrastando com o brilho amarelo do aglomerado de estrelas que habitam a galáxia M87 (Foto: Nasa and the Hubble Heritage Team)

O time examinou o buraco negro no centro de uma galáxia elíptica gigante chamada Messier 87, ou M87. Esse buraco negro tem uma massa 6 bilhões de vezes maior que a do Sol e é cercado por um disco de gás que gira em direção ao seu centro, ambos no mesmo sentido. Embora o buraco negro seja invisível, o disco é quente o suficiente para brilhar e ser detectado.
De acordo com o coautor Jonathan Weintroub, do Harvard-Smithsonian, o buraco tem aproximadamente o mesmo tamanho do buraco que ocupa o centro da Via Láctea. Segundo a teoria da relatividade geral proposta pelo físico alemão Albert Einstein, a massa e o giro de um buraco negro determinam quão próximo uma matéria pode orbitar ao redor dele antes de se tornar instável e ser atraída para o horizonte de eventos.
No futuro, os astrônomos planejam acrescentar dados de telescópios do Chile, do México, da Europa, da Groenlândia e do Polo Sul, para obter imagens ainda mais detalhadas dos buracos negros.


Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/telescopios-observam-detalhes-de-jatos-que-saem-de-buraco-negro.html

União de duas estrelas originou a supernova mais brilhante, diz estudo

Resultado de explosão de anãs brancas foi visto por 1ª vez no ano de 1006.
Relatos históricos dizem que objeto era 3 vezes mais brilhante que Vênus.


A união de duas estrelas anãs brancas – estágio final da vida de um astro como o Sol – deu origem à supernova mais brilhante já observada até hoje, aponta um novo estudo feito pelo Conselho Superior de Investigações Científicas (CSIC) dos EUA e publicado na revista "Nature" desta semana.
Uma supernova é, em geral, uma explosão resultante da transferência de matéria entre duas estrelas – uma anã branca e outra normal, como o Sol, por exemplo. Uma anã branca tem massa de até 1,4 vez a do Sol e vai esfriando lentamente, pois seu combustível acabou.
Supernova SN1006 (Foto: Nasa/CXC/Rutgers/G.Cassam-Chenaï, J.Hughes et al.)
Supernova SN1006 resultou de união de astros (Foto: Nasa/CXC/Rutgers/G.Cassam-Chenaï, J.Hughes et al.)
A explosão que gerou a supernova SN1006 ocorreu no ano de 1006 e ficou visível pelos três anos seguintes, em diferentes partes do mundo. Relatos históricos dizem que o objeto – localizado a 7 mil anos-luz da Terra, na constelação do Lobo – era três vezes mais brilhante que o planeta Vênus e tinha um quarto do brilho da Lua.
Essa supernova é do tipo Ia, ou seja, gerada por dois objetos astronômicos ligados pela força gravitacional entre eles. Mas, como os astrônomos não identificaram, no lugar onde a SN1006 se formou, nenhum candidato a companheira da anã branca original, eles supõem que duas estrelas semelhantes se uniram, e que o material delas foi expulso sem deixar vestígios.
"Essa é a grande novidade, pois normalmente – em mais de 80% dos casos – há uma anã branca que explode, e a estrela companheira continua na órbita da supernova, não desaparece", diz o pesquisador da divisão de astrofísica do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), Carlos Alexandre Wuensche.
De acordo com a pesquisadora Pilar Ruiz-Lapuente, do CSIC, existem geralmente três tipos de estrelas no local das explosões: gigantes, subgigantes e anãs. E as atuais observações apontaram apenas a presença de quatro gigantes na região onde se encontram os remanescentes da SN1006. Isso indica que não há estrelas companheiras que sobreviveram à explosão, pois as gigantes não participam desse processo.
A equipe usou um equipamento de alta resolução do Very Large Telescope, que tem quase oito metros de altura e pertence ao Observatório Europeu do Sul, no norte do Chile. Colaboraram também pesquisadores da Universidade de San Fernando de la Laguna, nas Ilhas Canárias, da Universidade de Barcelona, da Universidade Complutense de Madri, na Espanha, e do Observatório Astronômico de Padova, na Itália.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/uniao-de-duas-estrelas-originou-supernova-mais-brilhante-diz-estudo.html

quarta-feira, 26 de setembro de 2012

ISS pode ter que fazer manobra para desviar de lixo espacial

Satélite aposentado russo pode entrar na rota da estação espacial.
Em 2011, astronautas buscaram refúgio em nave por situação semelhante.



A Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) pode ser obrigada a manobrar para se esquivar dos restos de um satélite de espionagem militar russo abandonado, informou nesta quarta-feira (26) um porta-voz do Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.
"Dois pedaços do aparelho espacial Kosmos-2251 podem ameaçar a segurança da estação. Para evitar o lixo espacial, pode ser necessária uma manobra da ISS", afirmou a fonte à agência "Interfax".
Em caso de necessidade, a plataforma orbital poderia corrigir sua órbita já nesta quinta-feira, com ajuda do cargueiro europeu ATV. Em janeiro, a estação corrigiu sua órbita para evitar a colisão com um fragmento de satélite americano Iridium-33.
Os restos deste satélite se espalharam pela órbita terrestre em 10 de fevereiro de 2009, depois que ele se chocou com o Kosmos-2251, o que fez com que ambos se partissem em mais de mil fragmentos.
Em junho de 2011, a perigosa proximidade do lixo, que passou a apenas 250 metros da estação, obrigou os seis tripulantes a evacuar a plataforma e buscar refúgio nas naves Soyuz que nela estavam acopladas.
A corporação aeroespacial russa Energuia constrói uma nave tripulada para recolher lixo espacial, principal ameaça para a ISS. Os pesquisadores das principais agências espaciais acreditam que mais de 700 mil fragmentos de lixo espacial vaguem na órbita terrestre.
Mapa mostra quantidade de lixo espacial na órbita terrestre. (Foto: Nasa / AP Photo)
Mapa mostra lixo espacial na órbita terrestre
(Foto: Nasa / AP Photo)


Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/iss-pode-ter-que-fazer-manobra-para-desviar-de-lixo-espacial.html

Astrônomos divulgam nova foto da Nebulosa da Gaivota

Região tem brilho intenso devido à radiação de estrelas jovens.
Local fica a cerca de 3,7 mil anos-luz da Terra.



Imagem da Nebulosa da Gaivota (Foto: ESO)
Imagem da Nebulosa da Gaivota (Foto: ESO)
Astrônomos divulgaram nesta quarta-feira (26) uma nova imagem de uma região do céu conhecida como Nebulosa da Gaivota. A área é considerada pelos especialistas como uma “maternidade estelar”, pois é uma região em que nascem muitas estrelas.
O brilho intenso que vem do centro da foto se deve à radiação emitida por uma estrela jovem e quente situada ali. Outros pontos brilhantes também representam estrelas jovens.
O contorno vermelho é formado por nuvens interestelares de poeira e gases. A cor forte é resultado da interação entre a radiação das estrelas e a grande quantidade de hidrogênio interestelar.
A imagem mostra apenas uma pequena parte da Nebulosa da Gaivota, que foi registrada pela primeira vez no século 19. A nova foto foi obtida por um telescópio instalado no Chile pelo Observatório Europeu do Sul (ESO), projeto que conta com participação brasileira.
A Nebulosa da Gaivota situa-se na fronteira entre as constelações do Unicórnio e do Cão Maior, a cerca de 3,7 mil anos-luz da Terra.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/astronomos-divulgam-nova-foto-da-nebulosa-da-gaivota.html

terça-feira, 25 de setembro de 2012

Hoje faz 20 anos que foi lançada a sonda espacial norte-americana Mars Observer

A sonda espacial norte-americana Mars Observer foi lançada numa missão ao planeta Marte em 25 de Setembro de 1992 e representava um regresso ao planeta desde a última e bem sucedida missão Viking. Tratava-se de uma missão altamente ambiciosa que visava realizar o levantamento topográfico e fotográfico da superfície inteira do planeta.
Em 21 de Agosto de 1993, três dias antes da sua inserção na orbita de Marte, foram perdidas todas as comunicações com a sonda. Nunca se conheceram as razões para o sucedido nem se conhece a posição actual da sonda (que estava equipada com instruções automáticas de inserção em órbita). Poderá, no entanto, encontrar-se em orbita em torno do Sol.
A perda da sonda, representou na altura, uma importante perda para a exploração espacial mas, a tecnologia e instrumentação desenvolvida para a missão foram aproveitadas para a realização de duas missões posteriores - a Mars Global Surveyor e a Mars Odyssey, ambas com sucesso.

Mars Observer.jpg

Fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Mars_Observer

Telescópio espacial registra imagem mais distante já feita do Universo

Foto é combinação de imagens feitas ao longo de dez anos.
Material obtido pelo Hubble mostra primórdios do Universo.


A Nasa publicou nesta terça-feira (25) uma foto que é a mais nova candidata ao título de imagem mais distante do Universo já obtida. Nela, aparecem galáxias que estão a até 13,2 bilhões de anos-luz da Terra.
A imagem é o resultado de dez anos de fotos feitas pelo Telescópio Espacial Hubble, que fica na órbita da Terra, fora da influência da atmosfera sobre as imagens. Antes de seu lançamento, em 1990, a maior distância que os astrônomos poderiam ver seria na ordem de 7 bilhões de anos-luz.
A foto recebeu o nome de “Extreme Deep Field” (“Campo extremamente profundo”, em tradução livre), abreviado pela sigla XDF.
Imagens como essa são importantes para o estudo dos primórdios do Universo. Segundo a teoria do Big Bang, a mais aceita pelos físicos, a origem do Universo ocorreu há aproximadamente 13,7 bilhões de anos.
Sendo assim, quando vemos uma galáxia que está a 13,2 bilhões de anos-luz da Terra, a enxergamos da maneira como ela era quando tinha “apenas” 500 milhões de anos.
Na semana passada, um estudo publicado pela revista “Nature” tinha identificado uma galáxia que poderia ser a mais distante já vista, também a cerca de 13,2 bilhões de anos-luz da Terra. A pesquisa tinha se baseado em imagens do próprio Hubble e do Spitzer, outro telescópio espacial.
Foto XDF, obtida pelo Hubble, mostra galáxias a mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra (Foto: Nasa; ESA; G. Illingworth, D. Magee, and P. Oesch, University of California, Santa Cruz; R. Bouwens, Leiden University; HUDF09 Team)
Foto XDF, obtida pelo Hubble, mostra galáxias a mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra (Foto: Nasa; ESA; G. Illingworth, D. Magee, and P. Oesch, University of California, Santa Cruz; R. Bouwens, Leiden University; HUDF09 Team)




Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/telescopio-espacial-registra-imagem-mais-distante-ja-feita-do-universo.html

Robô Curiosity conclui primeira observação de rocha marciana

Objeto foi usado para calibrar instrumentos de medição do robô.
Pedra chamou atenção pelo formato de pirâmide.



Imagem fechada da pedra Jake Matijovic, em Marte (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS)
Imagem em detalhes da pedra Jake Matijovic, em Marte (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS)
O robô Curiosity, da Nasa, concluiu sua primeira observação de uma rocha marciana. A agência espacial americana divulgou uma nova imagem da pedra, uma combinação de fotos tiradas de três posições diferentes.
As fotos foram feitas no domingo (23), a distâncias de 25 centímetros – imagem completa –, 5 centímetros – quadro branco maior – e 2,5 centímetros – quadro branco menor.
A primeira imagem da pedra tinha sido divulgada na semana passada, e chamou atenção pelo formato de pirâmide. A rocha recebeu o nome de Jake Matijevic, em homenagem a um integrante da equipe do Curiosity que faleceu em 20 de agosto.
A rocha foi usada como uma forma de calibrar dois dos principais instrumentos do Curiosity – a ChemCam e a APXS. Os dois equipamentos têm como função analisar minerais presentes em Marte para determinar sua composição.
O robô pousou no planeta vermelho no início de agosto e tem como objetivo descobrir se o local já abrigou condições para ter vida em algum momento.

Pirâmide Nasa Curiosity Marte (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
Foto da pedra Jake Matijovic feita à distância, divulgada na semana passada (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/robo-curiosity-conclui-primeira-observacao-de-rocha-marciana.html

Telescópio mostra Via Láctea rodeada por enorme nuvem de gás

Círculo de gás tem pelo menos 600 mil anos-luz de diâmetro, diz estudo.
Massa de halo é comparável à de todas as estrelas da nossa galáxia.


O telescópio de raio X Chandra, da agência espacial americana (Nasa), detectou uma enorme nuvem de gás quente ao redor da Via Láctea e de duas galáxias vizinhas, a Grande e a Pequena Nuvem de Magalhães.
O estudo foi conduzido pelas pesquisadoras Anjali Gupta e Smita Mathur, da Universidade do Estado de Ohio, nos EUA, e publicado na revista científica "The Astrophysical Journal". O trabalho foi feito em co-autoria com a Universidade Nacional Autônoma do México, o Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian e a Universidade de Miami.
A foto abaixo é uma concepção artística e, nela, o círculo de gás aparece com cerca de 600 mil anos-luz de diâmetro – o que pode ser ainda maior.
Nuvem gás Via Láctea (Foto:  Nasa/CXC/M.Weiss; Nasa/CXC/Ohio State/A.Gupta et al.)
Nuvem de gás aparece ao redor de 3 galáxias (Foto: Nasa/CXC/M.Weiss; Nasa/CXC/Ohio State/A.Gupta et al.)
Segundo dados do telescópio, a massa desse halo pode ser comparável à de todas as estrelas da Via Láctea.
Em estudo recente, uma equipe de cinco astrônomos usou informações do Chandra, do telescópio XMM-Newton, da Agência Espacial Europeia (ESA), e do satélite japonês Suzaku para estabelecer a massa, a extensão e a temperatura dessa auréola de gás – que varia entre 1 milhão e 2,5 milhões de graus Celsius, enquanto na superfície do Sol chega a 6 mil graus Celsius, por exemplo. As outras duas medidas ainda não foram avaliadas com precisão.
Outras pesquisas já demonstraram que a Via Láctea e outras galáxias estão embutidas nesse gás quente, com temperaturas variando entre 100 mil e 1 milhão de graus Celsius. Também há indícios da presença de um componente que ultrapassa esse valor.
Se a dimensão e a massa do halo de gás forem confirmadas, poderão solucionar um problema da física conhecido como "bárions perdidos" na Via Láctea. Os bárions são partículas subatômicas, assim como prótons e nêutrons, que compõem mais de 99,9% de toda a massa de átomos existente no Universo.
Medidas de halos e galáxias extremamente distantes indicam que a matéria "bariônica" presente quando o Universo ainda tinha poucos bilhões de anos representava cerca de um sexto da massa e da densidade da matéria não observável – também chamada de matéria escura.
Recentemente, um censo estimou o total de bárions em estrelas e gases na Via Láctea e em galáxias vizinhas. O resultado apontou que pelo menos metade deles simplesmente havia sumido.


Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/telescopio-mostra-lactea-rodeada-por-enorme-nuvem-de-gas.html

sexta-feira, 21 de setembro de 2012

Ônibus espacial Endeavour chega a Los Angeles, onde ficará exposto

Aposentada em 2011, nave vai virar peça de museu.
Endeavour é o mais novo do programa e fez o primeiro voo em 1992.


O ônibus espacial Endeavour encerrou nesta sexta-feira (21) sua viagem de dois dias em que cruzou os Estados Unidos a caminho de Los Angeles, que será sua nova casa. O avião que levou a nave pousou no aeroporto da cidade às 16h51 – horário de Brasília, ou 12h51 no horário local.

Endeavour sobrevoou a placa de Hollywood, ponto turístico da região de Los Angeles (Foto: Reuters/Patrick Fallon)
Endeavour sobrevoou a placa de Hollywood, ponto turístico da região de Los Angeles (Foto: Reuters/Patrick Fallon)

Em 2011, a Nasa aposentou o programa dos ônibus espaciais, usado nas viagens americanas ao espaço durante as três últimas décadas. Desde então, a agência decidiu expor os ônibus espaciais ao público em diferentes cidades do país.
A nova casa do Endeavour será o Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles. O Enterprise, protótipo usado em testes do programa, que nunca chegou a sair da Terra, já está exposto em Nova York, depois de ter sobrevoado a maior cidade do país.
Para essas viagens, um Boeing 747 foi adaptado para levar os ônibus espaciais acoplados sobre ele.
A viagem do Endeavour começou na quarta-feira, no Centro Espacial Kennedy, no estado da Flórida, onde ele encerrou sua última missão, em junho de 2011. No primeiro dia, ele foi até Houston, no Texas. Na quinta, parou na cidade de El Paso, também no Texas.
Nesta sexta-feira, o ônibus espacial sobrevoou a Califórnia de norte a sul, passando por cidades como Sacramento e São Francisco, antes de chegar a Los Angeles.
Endeavour passou pela Golden Gate, cartão postal de São Francisco, antes de partir para Los Angeles (Foto: Reuters/Robert Galbraith)
Endeavour passou pela Golden Gate, cartão postal de São Francisco, antes de partir para Los Angeles (Foto: Reuters/Robert Galbraith)

O Endeavour é o mais novo dos sobreviventes do programa de ônibus espaciais. Voo construído para substituir o Challenger, que explodiu em 1986, e fez seu primeiro voo em 1992.
Desde que aposentou o programa, a Nasa depende das naves russas para levar seus astronautas até a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A partir de outubro, o transporte de cargas para a estação poderá ser feito por companhias privadas.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/onibus-espacial-endeavour-chega-los-angeles-onde-ficara-exposto.html

Primeira missão espacial com empresa privada será em outubro

Nasa marcou lançamento de voo da SpaceX para o dia 7.
Companhia já foi ao espaço antes, mas apenas em voo teste.


A Nasa marcou para o dia 7 outubro o início da primeira missão oficial de uma companhia privada ao espaço. A SpaceX usará seu foguete Falcon 9 e sua cápsula Dragon para levar um carregamento encomendado pela agência americana até a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
Foguete Falcon 9, da SpaceX, no Cabo Canaveral (Foto: Nasa)
Foguete Falcon 9, da SpaceX, no Cabo Canaveral (Foto: Nasa)

No fim de maio, a empresa completou sua primeira viagem à ISS, mas aquele foi considerado um voo de teste e, por isso, o carregamento era de produtos que eram úteis, mas não essenciais aos astronautas da ISS.
Na próxima viagem, a Dragon vai levar cerca de 450 kg de suprimentos, incluindo material essencial para as experiências científicas conduzidas na estação. Na volta, ela deve trazer uma carga ainda maior, entre resultados de experimentos e máquinas que precisam ser retirados da estação.
A partir de agora, a SpaceX passará a fazer voos de rotina para suprir a ISS. A Nasa já contratou 12 voos como esse com a companhia. No futuro, a ideia é usar os voos comerciais também no transporte de astronautas.
Em 2011, a Nasa aposentou o programa de ônibus espaciais, que tinha sido usado em suas viagens ao longo de três décadas. Desde então, os astronautas americanos dependem da Rússia para chegar à ISS.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/primeira-missao-espacial-com-empresa-privada-sera-em-outubro.html

quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Robô Curiosity encontra pedra em forma de pirâmide em Marte

Composição química da rocha deve ser analisada nesta sexta-feira (21).
Objeto foi batizado de Jake Matijevic, em tributo a engenheiro da Nasa.


O robô Curiosity, que está em Marte desde o dia 6 de agosto, detectou na quarta-feira (19) uma pedra cujo formato lembra uma pirâmide egípcia. A composição química do objeto deve ser analisada nesta sexta-feira (21).
E a rocha já ganhou até nome: Jake Matijevic, em homenagem ao engenheiro da Nasa Jacob Matijevic, que morreu há um mês, aos 64 anos, e era um dos responsáveis pela missão ao planeta vermelho – além das anteriores Opportunity, Spirit e Sojourner.
A pedra tem 25 cm de altura e 40 cm de largura. A foto abaixo foi feita pela câmera Navcam, no braço do jipe, a 2,5 metros de distância do objeto.

Pirâmide Nasa Curiosity Marte (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
Pedra em forma de pirâmide foi encontrada pelo robô Curiosity em Marte na quarta (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

Segundo os cientistas da Nasa, esse será o primeiro alvo de um kit de dez instrumentos do Curiosity, que inclui uma colher para recolher amostras da superfície de Marte, um aparelho de raio X chamado espectômetro e uma lente para fazer imagens aproximadas.
A "pirâmide" fica no meio do caminho entre o local de pouso do veículo, chamado Bradbury Landing, e um lugar denominado Glenelg – ambos na região da Cratera Gale, ao sul do equador marciano.
Na atual área, há pelo menos três tipos de terrenos que se misturam, o que pode ser resultar em achados interessantes. A meta é descobrir se o local oferece ou já ofereceu condições ambientais favoráveis à vida microbiana.
Por dia, o robô tem percorrido uma média de 22 a 37 metros de distância. A missão dele em Marte é de pelo menos dois anos, mas, assim como seus antecessores, o Curiosity não deve voltar à Terra.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/robo-curiosity-encontra-pedra-em-forma-de-piramide-em-marte.html

Concurso elege 'astros' da fotografia espacial

Prestigiada competição do Observatório Real britânico premiou fotógrafos de astronomia de vários países.


A imagem de uma galáxia em forma de espiral, extremamente detalhada, foi a grande vencedora da competição Fotógrafo de Astronomia do Ano, promovida pelo Observatório Real britânico de Greenwich, em Londres.
Essa foi a segunda vez que o autor da foto, Martin Pugh, foi selecionado pelos jurados do concurso, que incluem o célebre astrônomo britânico Patrick Moore.
Além de um cheque de 1,5 mil libras esterlinas (quase R$ 5 mil), ele garantiu posição de destaque na mostra dos vencedores do concurso do Observatório Real, aberta nesta quinta-feira.
Em 2012, ano em que a transição de Vênus entre a Terra e o Sol foi o grande destaque da astronomia mundial, duas fotos foram selecionadas sobre o tema.
O fotógrafo Martin Pugh, que mora na Austrália, ganhou pela segunda vez o prêmio principal da competição de fotografia astronômica do Observatório Real britânico. A obra, que mostra a Galáxia do Rodamoinho (M51) em detalhes, será exposta no Observatório Real, em Greenwich, Londres, a partir de 20 de setembro.  (Foto: Martin Pugh)
O fotógrafo Martin Pugh, que mora na Austrália, ganhou pela segunda vez o prêmio principal da competição de fotografia astronômica do Observatório Real britânico. A obra, que mostra a Galáxia do Rodamoinho (M51) em detalhes, será exposta no Observatório Real, em Greenwich, Londres, a partir de 20 de setembro. (Foto: Martin Pugh)

Nesta imagem de Rogelio Bernal Andreo, dos Estados Unidos, pode-se ver os escombros da supernova Simeis 147 se espalhando pelo espaço, 40 mil anos depois de sua explosão. A foto ficou com o segundo lugar na categoria 'Espaço Profundo' (Foto: Rogelio Bernal Andreo)
Nesta imagem de Rogelio Bernal Andreo, dos Estados Unidos, pode-se ver os escombros da supernova Simeis 147 se espalhando pelo espaço, 40 mil anos depois de sua explosão. A foto ficou com o segundo lugar na categoria 'Espaço Profundo' (Foto: Rogelio Bernal Andreo)
O norueguês Arild Heitmann ficou com a segunda colocação na categoria "Terra e Espaço" por sua imagem Mundo Verde. A aurora boreal, aqui fotografada em Nordland Fylke, na Noruega, é provocada por mudanças no campo magnético terrestre. (Foto: Arild Heitmann)
O norueguês Arild Heitmann ficou com a segunda colocação na categoria "Terra e Espaço" por sua imagem Mundo Verde. A aurora boreal, aqui fotografada em Nordland Fylke, na Noruega, é provocada por mudanças no campo magnético terrestre. (Foto: Arild Heitmann)

Na categoria "fotografia jovem", o adolescente Laurent V. Joli-Coeur, de 15 anos, montou este belo mosaico da superfície lunar a partir de diversas imagens de alta resolução tiradas durante o dia. O tom azulado é o reflexo da luz azul da atmosfera terrestre. (Foto: Laurent V. Joli-Coeur)
Na categoria "fotografia jovem", o adolescente Laurent V. Joli-Coeur, de 15 anos, montou este belo mosaico da superfície lunar a partir de diversas imagens de alta resolução tiradas durante o dia. O tom azulado é o reflexo da luz azul da atmosfera terrestre. (Foto: Laurent V. Joli-Coeur)

Em uma delas, do fotógrafo Paul Haese, é possível ter-se uma noção da enorme dimensão do Sol em relação a Vênus - que é praticamente do tamanho da Terra.
Outro destaque da mostra deste ano do Observatório Real é a impressionante foto de um menino de 13 anos, o americano Thomas Sullivan, que compôs uma imagem da Via Láctea usando como pano de fundo um cenário desértico da Califórnia.
A Aurora Boreal do Hemisfério Norte foi também um dos temas escolhidos e aparece em diferentes imagens premiadas.
A competição Fotógrafo de Astronomia do Ano já está no seu quarto ano e é promovida pelo Observatório Real em cooperação com a revista Sky at Night.
A mostra do Observatório Real de Greenwich é gratuita fica aberta até o dia 5 de fevereiro de 2013, na sede da organização, em Greenwich, bairro da região sudeste de Londres.

Fonte:  http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/09/concurso-elege-astros-da-fotografia-espacial.html

Brasileira da Nasa visita Inpe para estreitar laços com cientistas locais

Rosaly Lopes fez apresentação em São José dos Campos (SP).
Ela trabalha há mais de 20 anos na agência espacial americana.

Rosaly durante palestra em São José dos Campos (Foto: Suellen Fernandes/G1)
Rosaly durante palestra em São José dos Campos (Foto: Suellen Fernandes/G1)

O Instituto Nacional de  Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, foi palco, na tarde desta quarta-feira (19), de uma palestra da coordenadora de Ciências Planetárias do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa), a brasileira Rosaly Lopes. Essa foi a primeira visita da pesquisadora ao Brasil por meio do programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal.
O objetivo da visita é estreitar os laços entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, além de atrair profissionais renomados para atuar em setores estratégicos, como é o caso do aeroespacial. Rosaly fará visitas esporádicas ao Brasil nos próximos três anos.
Um dos pontos de discussão da atual visita da pesquisadora ao país é a possibilidade de ela intermediar o intercâmbio de estudantes entre a Agência Espacial Brasileira e a Nasa. "Programas como o Ciência Sem Fronteiras facilitam este processo. Mas eu sempre digo que o Brasil tem ampliado seus trabalhos no setor aerospacial e hoje existe trabalho aqui, na área de pesquisa, para estes profissionais", disse Rosaly.
Durante a palestra, ela, que está no Brasil desde o começo deste mês,  falou com pesquisadores e estudantes sobre as missões não tripuladas Galileo e Cassini, respectivamente a Júpiter e Saturno, das quais participou.
Carreira
Nascida em Ipanema, Rosaly trocou o Rio de Janeiro aos 18 anos pela Inglaterra, onde iniciou sua vida acadêmica ao estudar astronomia na Universidade de Londres. Lá, tornou-se especialista na exploração de vulcões interplanetários. Em 1989, ingressou na Nasa por meio de um programa de pós-doutorado. Ela é uma das poucas brasileiras que trabalha atualmente na agência.
Rosaly explicou a importância dos estudos interplanetários para o entendimento dos processos geológicos e meteorológicos na Terra. "Um exemplo são os vulcões aqui na Terra, que existem, mas em pequena variedade. Em outros planetas temos vulcões em condições diferentes das existentes aqui. Esses processos lá nos ajudam a entender o passado remoto da Terra e a testar novos modelos físicos. Os outros planetas são gigantescos laboratórios naturais", disse.
Ela acredita que o caminho para o Brasil se consolidar no setor aeroespacial, por meio de missões, são as parcerias. "As parcerias para pesquisa já existem, mas as missões custam caro e as verbas são escassas para todos os países.Por isso, um caminho é a parceria", disse.

Fonte:  http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2012/09/brasileira-da-nasa-visita-inpe-para-estreitar-lacos-com-cientistas-locais.html

Cientistas descobrem galáxia que pode ser a mais distante já vista

MACS 1149-JD fica a mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra.
Imagem que chega à Terra mostra primórdios do Universo, segundo teoria.


Imagem mostra galáxia MACS 1149-JD; à direita, a Nasa destaca detalhes da foto (Foto: NASA/ESA/STScI/JHU)
Imagem mostra galáxia MACS 1149-JD; à direita, a Nasa destaca detalhes da foto (Foto: NASA/ESA/STScI/JHU)

Telescópios espaciais da Nasa identificaram uma galáxia que pode ser a mais distante já encontrada pelo ser humano. Ela está a mais de 13 bilhões de anos-luz da Terra, o que significa que é também uma das galáxias mais antigas já vistas, pois o que conseguimos ver dela já aconteceu há mais de 13 bilhões de anos.
Pela teoria do Big Bang, a mais aceita pelos astrônomos, o Universo tem cerca de 13,7 bilhões de anos. A galáxia identificada, que ganhou o nome de MACS 1149-JD, tinha “apenas” 200 milhões de anos nessa imagem, segundo os autores da pesquisa que a descobriu, publicada nesta quarta-feira (19) pela revista científica “Nature”.
A observação de pontos como esse é importante para entender como aconteceu a chamada “reionização”, um processo químico ocorrido nos primórdios do Universo, segundo a teoria.
O estudo foi liderado por Wei Zhang, da Universidade Johns Hopkins, em Baltimore, nos EUA, e se baseou em observações dos telescópios Hubble e Spitzer.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/cientistas-descobrem-galaxia-que-pode-ser-mais-distante-ja-vista.html

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Ônibus espacial Endeavour começa a cruzar os EUA antes de ser exposto

Nave saiu da Flórida nesta quarta (19) e chegará à Califórnia na sexta (21).
Nasa aposentou geração de ônibus em 2011 e deve exibi-los ao público.


O ônibus espacial aposentado Endeavour começou na manhã desta quarta-feira (19) uma viagem de dois dias que vai cruzar o céu dos EUA, antes de ser exibido ao público. A nave é levada do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, até a Califórnia por um Boeing 747 modificado.
A viagem será feita em várias etapas. A primeira parada será em Houston, no Texas, pouco antes das 13h (horário de Brasília) desta quarta. Na madrugada desta quinta (20), o avião e a nave devem partir novamente, abastecer na cidade texana de El Paso e prosseguir para a Base Aérea de Edwards, na Califórnia.
Na sexta-feira (21), o percurso terminará no Aeroporto Internacional de Los Angeles, entre 15h e 16h de Brasília.
Endeavour (Foto: Nasa)
Endeavour é levado da costa leste para a oeste dos EUA por um Boeing 747 adaptado (Foto: Nasa)

Em outubro, o Endeavour deve seguir para o Centro de Ciência da Califórnia para ser apresentado aos visitantes.
Essa viagem é a última programada para os ônibus espaciais americanos, cuja frota foi aposentada no ano passado, após 30 anos de missões. O Endeavour foi lançado pela primeira vez em 1992 e se manteve em atividade por 19 anos. A última missão de um ônibus da Nasa, chamada STS-135, foi feita pela Atlantis e terminou em 21 de julho de 2011.
Agora, as naves devem ser vistas apenas em museus. Em julho, o ônibus espacial Enterprise começou a ser exposto no Intrepid Sea, Air and Space, em Nova York. Outras naves que ficaram famosas são a Discovery, Atlantis, Challenger e Columbia – as duas últimas vítimas de acidentes em 1986 e 2003, respectivamente, que deixaram sete astronautas mortos cada.
Endeavour (Foto: Nasa)
Endeavour aparece sobre avião antes do lançamento, quando a Nasa acertava os preparativos (Foto: Nasa)

A geração dos ônibus espaciais – as primeiras naves reutilizáveis construídas pelo homem – serviu para lançar vários satélites em órbita, consertar equipamentos como o telescópio Hubble e trazer outros de volta.
Além disso, as tripulações desenvolveram pesquisas de ponta e ajudaram a construir a maior estrutura no espaço, a Estação Espacial Internacional (ISS), ocupada pela primeira vez em novembro de 2000.
Agora, a Nasa prepara uma nova série de naves, as cápsulas tripuladas Orion, para substituir os antigos ônibus provavelmente a partir de 2014.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/onibus-espacial-endeavour-comeca-cruzar-eua-antes-de-ser-exposto.html

terça-feira, 18 de setembro de 2012

'Caçadora' de energia escura, câmera mais poderosa do mundo faz primeiras imagens

Um consórcio internacional de pesquisa deu mais um passo na "caçada" à energia escura-- o misterioso elemento que explicaria a expansão do Universo. A câmera digital mais potente do mundo, construída pela Dark Energy Survey (Pesquisa em Energia Escura, em inglês), acaba de registrar suas primeiras imagens.
Em cada imagem, o equipamento é capaz de registrar a luz de cerca de 100 mil galáxias distantes até 8 bilhões de anos-luz.
A câmera de 570 megapixels levou oito anos para ser construída por um time de cientistas de três continentes.
Batizada de DECam, a câmera tem uma matriz com mais de 62 sensores, o que possibilita uma alta sensibilidade da região vermelha do espectro magnético. Usada em conjunto com o telescópio de solo Blanco, que tem um espelho coletor de 4 metros e fica no Chile, os pesquisadores esperam fazer o maior levantamento de galáxia já realizado.
Imagem aproximada de uma das fotos liberadas pela Decam mostra aglomerado globular 47 Tucanae, que está localizado a aproximadamente 17 mil anos-luz da Terra
Imagem aproximada de uma das fotos liberadas pela Decam mostra aglomerado globular 47 Tucanae, que está localizado a aproximadamente 17 mil anos-luz da Terra

Por enquanto, as imagens liberadas são apenas testes. A câmera começa a funcionar para valer em dezembro. O objetivo é que a DECam faça imagens detalhadas em cores de um oitavo do céu para descobrir e medir 300 milhões de galáxias, 100 mil aglomerados de galáxias e 4.000 supernovas e outros objetos de interesse astronômico.
O material coletado servirá para analisar os efeitos da energia escura por meio de estudos de aglomerados de galáxias, supernovas, estruturas em grande escala das galáxias e do efeito de lentes gravitacionais fracas. A combinação dessas quatro de técnicas é até agora inédita nesse campo.
ENERGIA ESCURA
O estudo da energia escura é hoje uma das áreas mais promissoras da astronomia. No ano passado, o Nobel em física contemplou essa descoberta, que ainda é cercada de mistérios.
Em 1998, dois grupos independentes verificaram, através da observação de supernovas (explosões de estrelas) distantes, que o Universo estava se expandindo, e não se contraindo, como deveria acontecer segundo a teoria da Relatividade proposta por Albert Einstein, que diz que a gravidade deveria funcionar como um freio, reduzindo progressivamente a aceleração do Universo.
Para explicar esse resultado, os cientistas precisaram adicionar um novo "ingrediente" à mistura que compõe o Cosmos: a energia escura.
Essa espécie de antigravidade, por enquanto, só pode ser observada por sua ação em maiores escalas, como as galáxias.
BRASIL
O país participa da Dark Energy Survey por intermédio do LIneA (Laboratório Interinstitucional de e-Astronomia), sediado no Observatório Nacional (ON).
"As características de um levantamento deste porte exigem recursos computacionais e infraestrutura de armazenamento, processamento e distribuição de dados que não podem ser replicadas nas instituições dos participantes", disse em comunicado Luiz Nicolaci, coordenador do DES-Brazil e idealizador do LIneA.
Após o período de tempo de propriedade exclusiva da colaboração, os dados do levantamento serão disponibilizados para a toda a comunidade científica.

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1155428-cacadora-de-energia-escura-camera-mais-poderosa-do-mundo-faz-primeiras-imagens.shtml

Luzes da aurora boreal são vistas sob camada de gelo no Ártico

Fotógrafo irlandês captou imagens em viagem com a família e amigo.
Fenômeno é causado por interação do Sol com campo magnético da Terra.


A aurora boreal é um dos fenômenos mais fotografados da natureza, mas desta vez as chamadas "Luzes do Norte" – causadas pelo impacto de explosões solares e poeira espacial com o campo magnético da Terra – foram vistas sob uma espessa camada de gelo no Círculo Polar Ártico. As informações são do jornal britânico "Daily Mail".
As imagens foram captadas pelo fotógrafo irlandês George Karbus, de 33 anos, que conseguiu registrar a silhueta de um mergulhador amigo dele.
Aurora boreal (Foto: Daily Mail/Reprodução)
Sob o gelo do Ártico, luzes coloridas aparecem como uma grande bolha verde (Foto: Daily Mail/Reprodução)
Para isso, Karbus, a namorada e o amigo abriram um buraco de 30 centímetros de espessura no gelo e entraram na água, a uma temperatura de -2° C. O trio nadou por cerca de 45 minutos e foi a uma profundidade de seis metros.
Segundo o fotógrafo, as luzes mudavam o tempo todo e eram muito intensas. Com todo esse espetáculo, ele disse que sentiu vontade de chorar, dançar e gritar ao mesmo tempo.
O irlandês passou dez dias no local, também com o filho de 3 anos, para pesquisar baleias belugas. Ele começou a praticar mergulho livre há oito anos, como uma maneira de flagrar baleias e golfinhos de perto.


Fonte:  http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/09/luzes-da-aurora-boreal-sao-vistas-sob-camada-de-gelo-no-artico.html

Divulgadas imagens de galáxias feitas com câmera de 570 megapixel

Equipamento ultrassensível está instalado em topo de montanha no Chile.
Sua missão é medir o histórico de expansão do universo.


Galáxia Fermilab (Foto: Fermilab/Divulgação)
Na imagem de cima, uma galáxia situada a cerca de 60 milhões de anos-luz da Terra. Abaixo à esquerda, o mosaico de 62 sensores CCD que dão à câmera a capacidade de fotografar com 570 megapixel de resolução. Abaixo, à direita, imagem de um grupo de estrelas a cerca de 17 mil anos-luz, tal qual foi fotografada pelo conjunto de 62 CCDs. (Foto: Fermilab/Divulgação)

Foram divulgadas nesta segunda-feira (17) as primeiras imagens feitas pela Dark Energy Camera, uma supercâmera de 570 megapixel montada num observatório no topo de uma montanha no Chile.
O equipamento consiste em 62 dispositivos CCD ultrassensíveis, que, de uma só vez, podem enxergar cem mil galáxias a até 8 bilhões de anos-luz.
O objetivo do projeto, liderado pelo Fermilab, um laboratório de física de partículas do Departamento de Energia dos EUA, é medir a expansão do universo por meio dessas imagens, para entender melhor por que ele está se expandindo. Trata-se da mais poderosa máquina já construída com esse objetivo e, de acordo com o Fermilab, é a câmera digital mais potente existente no mundo. As imagens foram capturadas na última quarta-feira (12).

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/divulgadas-imagens-de-galaxias-feitas-com-supercamera-de-570-megapixel.html

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

Robô Curiosity registra eclipse parcial do Sol com lua de Marte

Phobos, uma das luas de Marte, encobriu parte do Sol.
Jipe explora o planeta vermelho desde o dia 6 de agosto.


O jipe Curiosity, enviado pela agência espacial americana (Nasa) a Marte, fotografou o momento que a lua Phobos, um dos dois satélites naturais que orbitam o planeta vizinho à Terra, encobre parte do Sol. A imagem foi divulgada pela Nasa no último sábado (15).
O robô pousou no planeta vermelho no dia 6 de agosto e ficará em atividade pelo menos dois anos, em busca de evidências favoráveis à vida.

Eclipse parcial da lua Phobos, um dos satélites naturais de Marte, foi fotografado pelo jipe Curiosity, enviado pela Nasa ao planeta vermelho. (Foto: Divulgação/Nasa)
Imagem mostra momento que a lua Phobos, um dos satélites naturais de Marte, encobre parte do Sol. Fenômeno foi fotografado pelo jipe Curiosity, enviado pela Nasa ao planeta vermelho. (Foto: Divulgação/Nasa)

Ao todo, o Curiosity leva consigo dez instrumentos científicos, com uma carga 15 vezes maior que os veículos Spirit e Opportunity, que estão em Marte desde 2004 – o primeiro foi desativado em 2010 e o segundo se concentra em procurar água.
Um dos instrumentos do novo robô funciona a laser e serve para analisar, a distância, a composição química das rochas. Além disso, uma broca e uma colher no braço dele vão ajudá-lo a recolher amostras, peneirá-las e avaliá-las no laboratório em seu interior.
Por conter todo esse kit científico, o Curiosity é duas vezes mais comprido e cinco vezes mais pesado que seus antecessores.
estatico curiosity (Foto: Arte/G1)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/robo-curiosity-registra-eclipse-parcial-de-uma-das-luas-de-marte.html

Nave Soyuz aterrissa com três tripulantes a bordo no Cazaquistão

Cosmonautas russos e astronauta americano ficaram 4 meses na ISS.
Pouso aconteceu na madrugada desta segunda-feira, no Cazaquistão.


O módulo de descida da nave russa Soyuz TMA-04M, com três tripulantes a bordo, aterrissou nesta segunda-feria (17) com sucesso nas estepes do Cazaquistão, informou o Centro do Controle de Voos (CCVE) da Rússia.
A cápsula, que trouxe de volta da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) os cosmonautas russos Gennady Padalka e Sergei Revin e o astronauta americano de origem porto-riquenha Joe Acaba, aterrissou às 2h53 (23h53 de domingo em Brasília), um minuto depois da hora prevista.
Os tripulantes da Soyuz TMA-04M ficaram quatro meses a bordo da plataforma orbital, na qual permanecem a  americana Sunita Williams, o japonês Akihiko Hoshide e o russo Yuri Malenchenko.
Como estava programado, o módulo de descida pousou cerca de 80 quilômetros a nordeste de Arkalyk, cidade situada no centro do Cazaquistão.
Imagens da aterrissagem da cápsula foram transmitidas ao vivo pela televisão russa a partir do CCVE.
A tripulação suportou perfeitamente o retorno à Terra e seu estado é satisfatório, como anunciado pelos alto-falantes da sala do Centro de Controle, informou a agência russa "RIA Novosti".
Depois que as naves americanas foram retiradas de serviço as naves russas Soyuz são os únicos veículos usados para o revezamento das tripulações da ISS.
Tripulantes ficaram quatro meses na Estação Espacial Internacional (Foto: Shamil Zhumatov/Reuters)
Tripulantes ficaram quatro meses na Estação Espacial Internacional (Foto: Shamil Zhumatov/Reuters)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/nave-soyuz-aterrissa-com-tres-tripulantes-bordo-no-cazaquistao.html

domingo, 16 de setembro de 2012

Dia Mundial para a Preservação da Camada do Ozono

O Dia Mundial para a Preservação da Camada de Ozônio é um dia instituído pela assembleia geral das Nações Unidas, através da sua resolução 49/114 de 1994, em comemoração da assinatura do Protocolo de Montreal.Esta comemoração mundial pretende ser uma oportunidade para chamar a atenção e tomar medidas de acção a nível global, regional e nacional relativa à protecção da camada de ozono.


Fonte:  http://pt.wikipedia.org/wiki/Dia_Mundial_para_a_Preserva%C3%A7%C3%A3o_da_Camada_do_Ozono

sábado, 15 de setembro de 2012

Astrônomos descobrem planetas que teriam céu mais estrelado

Estudo achou planetas em um aglomerado de estrelas, o que é incomum.
Planetas são quentes e gasosos, e não seriam habitáveis.


Ilustração de um dos planetas localizados em um aglomerado de estrelas (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
Ilustração de um dos planetas localizados em um aglomerado de estrelas (Foto: Nasa/JPL-Caltech)

Astrônomos descobriram a existência de dois planetas que teriam o céu muito mais estrelado do que o da Terra, devido à sua localização inusitada. No entanto, esses planetas não seriam habitáveis, pois se tratam de gigantes formados por gases, conhecidos na ciência como “júpiteres quentes”.
São os primeiros planetas a serem encontrados na órbita de uma estrela semelhante ao nosso Sol em um chamado aglomerado de estrelas. Esse grupo, chamado de Aglomerado da Colmeia, reúne cerca de mil estrelas em um espaço relativamente pequeno.
Geralmente, quando uma estrela nasce, ela se distancia de sua origem. Em um aglomerado como este, várias estrelas formadas a partir da mesma nuvem gigante de material ficam ligadas uma à outra por meio da atração gravitacional.
Até a atual pesquisa, os astrônomos haviam localizado apenas dois planetas em aglomerados, e ambos na órbita de estrelas gigantes. A nova descoberta é inédita porque esses dois planetas giram em torno de uma estrela das proporções do Sol. Por estarem em um aglomerado, eles têm o céu mais estrelado.
“Estamos detectando mais e mais planetas que conseguem crescer em ambientes diversos e extremos como esses aglomerados próximos”, afirmou Mario Perez, pesquisador da Nasa que participou da descoberta. O estudo foi publicado pela revista “Astrophysical Journal Letters”.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/astronomos-descobrem-planetas-que-teriam-ceu-mais-estrelado.html

sexta-feira, 14 de setembro de 2012

Imagem da superfície de Marte intriga pesquisadores

O veículo explorador Opportunity, que aterrisou em Marte em 2004, e cuja principal função é analisar aspectos geológicos do planeta vermelho, enviou nesta semana uma imagem que está intrigando os pesquisadores.
A imagem revela uma concentração de saliências esféricas e difere bastante das formações esféricas de ferro, apelidadas de "blueberries", encontradas pela Opportunity em diversas outras área do planeta.
"Essa é uma das mais extraordinárias imagens de toda a missão", declarou um dos chefes do projeto, Steve Squyres, da Universidade de Cornell, nos EUA. "Quando vimos esses pequenos objetos esféricos, imediatamente pensamos nas "blueberries", mas isso é diferente. Nós nunca vimos uma acumulação tão densa em Marte".
Imagem de saliências esféricas na superfície de Marte
Imagem de saliências esféricas na superfície de Marte

"Elas parecem ser mais duras por fora e suaves no meio", continua Steve Squyres. "Elas são diferentes em concentração. Elas possuem uma estrutura diferente. Elas são diferentes em composição. Elas são diferentes em distribuição. Nós temos então um quebra-cabeça geológico diante de nós."
A Nasa lançou os veículos exploratórios Spirit e Opportunity em 2003. A Spirit concluiu sua comunicação com a Terra em março de 2010. Os veículos foram responsáveis por importantes descobertas sobre o ambiente antigo de Marte, que favoreceram a hipótese de alguma forma de vida microbiana no planeta.

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1153872-imagem-da-superficie-de-marte-intriga-pesquisadores.shtml

Cinzas do astronauta Neil Armstrong são sepultadas no mar

Cerimônia foi realizada a bordo de um navio da Marinha dos EUA.
Primeiro homem a pisar na Lua morreu em 25 de agosto.


Cinzas de Neil Armstrong foram enterradas no mar (Foto: Nasa/Bill Ingalls)
Cinzas de Neil Armstrong foram enterradas no mar (Foto: Nasa/Bill Ingalls)

As cinzas do astronauta norte-americano Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua, foram sepultadas no mar em uma cerimônia realizada nesta sexta-feira (14). Ele morreu no dia 25 de agosto, aos 82 anos, depois de enfrentar complicações em uma cirurgia cardíaca.
A cerimônia foi feita a bordo do navio USS Philippine Sea, da Marinha dos Estados Unidos. Antes de se juntar ao programa espacial, Armstrong foi piloto da Marinha, e chegou a lutar na Guerra da Coreia, travada entre 1950 e 1953.
O astronauta recebeu várias homenagens nos Estados Unidos antes dessa despedida final. Na quinta, houve um tributo a ele na catedral da capital Washington. Em 31 de agosto, amigos e parentes tinham se despedido dele em uma cerimônia fechada em Cincinnati, cidade onde ele vivia.
Armstrong escreveu seu nome na história em 20 de julho de 1969, quando a missão Apollo 11, que ele comandava, pousou na Lua. Ele foi o primeiro a pisar na superfície, seguido por Buzz Aldrin – Michael Collins, o outro integrante da missão, não chegou a descer.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/cinzas-do-astronauta-neil-armstrong-sao-enterradas-no-mar.html

Buraco da camada de ozônio está menor que no ano passado, diz ONU

Proibição dos CFCs, na década de 1980, deteve aumento da destruição.
Camada bloqueia raios ultravioleta do sol, que fazem mal à pele.


O buraco na camada de ozônio, o escudo protetor da Terra contra os raios ultravioleta, deve ficar menor este ano sobre a Antártica do que no ano passado, disse a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta sexta-feira (14). Para os pesquisadores, isso mostra como a proibição a substâncias prejudiciais interrompeu a destruição dessa camada.
O buraco, entretanto, provavelmente está maior do que em 2010 e uma recuperação completa ainda está longe de ocorrer.
A assinatura do Protocolo de Montreal há 25 anos deu início à retirada aos poucos dos clorofluorocarbonos (CFCs) do mercado. Estudos comprovaram que essas substâncias químicas destroem a camada de ozônio.
A iniciativa ajudou a evitar milhões de casos de câncer de pele e de cataratas, assim como os efeitos nocivos sobre o ambiente, disse a Organização Meteorológica Mundial (OMM), agência climática da ONU.
Ilustração com base em observações de satélites da Nasa permite identificar área do buraco na camada de ozônio, acima da Antártida. (Foto: Nasa)
Ilustração com base em observações de satélites da Nasa permite identificar área do buraco na camada de ozônio, acima da Antártica. (Foto: Nasa)

"As condições de temperatura e a extensão das nuvens estratosféricas polares até agora este ano indicam que o grau de perda de ozônio será menor do que em 2011, mas provavelmente algo maior do que em 2010", disse em um comunicado a OMM.
O buraco da camada de ozônio na Antártica, que atualmente mede 19 milhões de quilômetros quadrados, provavelmente estará menor este ano do que no ano recorde de 2006, informou a organização. A ocorrência anual em geral atinge sua área de superfície máxima durante o fim de setembro e sua profundidade máxima no começo de outubro.
Mesmo depois da proibição, os CFCs, que já foram usados em geladeiras e latinhas de spray, duram bastante na atmosfera e levará várias décadas para que as concentrações voltem aos níveis pré-1980, informou a OMM.

Fonte:  http://g1.globo.com/natureza/noticia/2012/09/buraco-da-camada-de-ozonio-esta-menor-que-no-ano-passado-diz-onu.html

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Astronauta Neil Armstrong recebe tributo na Catedral de Washington

Homenagem contou com a presença de autoridades, familiares e amigos.
Primeiro homem a pisar na Lua morreu aos 82 anos no dia 25 de agosto.


O astronauta Neil Armstrong, primeiro homem a pisar na Lua, que morreu aos 82 anos no dia 25 de agosto, recebeu uma homenagem da agência espacial americana (Nasa) nesta quinta-feira (13), na Catedral Nacional de Washington.
Participaram da cerimônia familiares, amigos, os dois companheiros da missão Apollo 11 – os astronautas aposentados Edwin "Buzz" Aldrin e Michael Collins –; o comandante da missão Apollo 17, Eugene Cernan; o primeiro americano a orbitar a Terra e atual senador, John Glenn; e o administrador da Nasa, Charles Bolden, entre outras autoridades.
Missa Armstrong (Foto: Evan Vucci/Reuters)
Familiares, amigos e autoridades lotaram a Catedral Nacional de Washington (Foto: Evan Vucci/Reuters)

A cantora Diana Krall também marcou presença e interpretou a canção "Fly me to the Moon", de Frank Sinatra. A banda da Marinha americana, o coral da catedral e músicos do Metropolitan Opera prestaram mais homenagens, comandadas pelo bispo de Washington, Mariann Edgar Budde.

Missa Armstrong (Foto: Evan Vucci/Reuters)
'Buzz' Aldrin, o casal Ann Glenn e John Glenn e a cantora Diana Krall foram a tributo (Foto: Evan Vucci/Reuters)

O funeral contou ainda com um pronunciamento de Bolden, de Cernan e do ex-secretário do Tesouro John Snow, além de uma oração de Collins. Durante todo o ato, Armstrong foi descrito como um "herói humilde que levou a humanidade ao espaço".
"Neil sempre será lembrado por dar o primeiro passo da humanidade em outro mundo. Mas foi a coragem, a graça e a humildade que ele mostrou ao longo da vida que o levaram acima das estrelas", destacou Bolden.

Missa Armstrong (Foto: Evan Vucci/Reuters)
Astronauta aposentado Michael Collins lê oração durante a cerimônia nos EUA (Foto: Evan Vucci/Reuters)

Segundo o chefe da Nasa, Armstrong deixou mais do que pegadas e uma bandeira na Lua, mas abriu o caminho para futuros exploradores americanos serem os primeiros a pisar em Marte ou em outro planeta.

Missa Armstrong (Foto: Evan Vucci/Reuters)
Detalhe da missa e, à direita, a gravata de 'Buzz' Aldrin com motivos espaciais (Foto: Evan Vucci/Reuters)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/astronauta-neil-armstrong-recebe-tributo-na-catedral-de-washington.html

Agência Espacial Europeia vai criar radar para detectar lixo espacial

Equipamento deve facilitar que satélites desviem desse material.
Projeto tem custo de quase R$ 10,5 milhões e será construído na França.


A Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) informou nesta quinta-feira (13) que vai construir um radar experimental para detectar fragmentos de resíduos espaciais, o que facilitará que satélites desviem deles.
O projeto "permitirá provar e validar novas técnicas para monitorar a posição dos fragmentos de lixo espacial", indicou em comunicado o responsável do programa preparatório da ESA para conhecimento do meio espacial, Nicolas Bobrinsky.
A rápida detecção e o monitoração dos fragmentos de lixo espacial vão permitir avaliar os riscos de impacto com satélites e alertar a tempo os operadores para que realizem manobras de evasão, acrescentou a ESA.
O novo radar, que contará com dois centros nos arredores de Paris, terá um custo de quase R$ 10,5 milhões e será construído pelo centro de pesquisa francês Onera, junto com outros cinco sócios industriais da Espanha, França e Suíça.
Mapa mostra quantidade de lixo espacial na órbita terrestre. (Foto: Nasa / AP Photo)
Ilustração mostra imensa quantidade de lixo espacial na órbita terrestre (Foto: Nasa/AP Photo)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/agencia-espacial-europeia-vai-fazer-radar-para-detectar-lixo-espacial.html

Curiosity encerra testes e está pronto para seguir viagem por Marte

Nasa passou dias verificando o funcionamento do braço robótico do robô.
Próxima etapa é encontrar amostras de solo para primeiros estudos.


O jipe-robô Curiosity deve concluir nesta quinta-feira (13) uma verificação de instrumentos exaustiva e que durou várias semanas, abrindo caminho ao seu primeiro longo percurso para determinar se Marte já teve condições de abrigar vida, disseram oficiais da Nasa.
O laboratório móvel de seis rodas, movido à energia nuclear, aterrissou há cinco semanas na vasta cratera Gale, perto do equador marciano, para realizar a primeira missão de astrobiologia da Nasa desde as investigações das sondas Viking na década de 1970.
Espectrômetro é a parte do Curiosity responsável por medir substâncias químicas no solo (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS)
Foto recente do espectrômetro, parte do Curiosity responsável por medir substâncias químicas no solo (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS)

Para sua verificação final de equipamento, o Curiosity vai manobrar o braço do robô para que sua câmera de close-up toque a bandeja onde amostras processadas de rocha e solo serão analisadas.
O jipe-robô, equipado com um conjunto dos mais elaborados instrumentos de laboratório já enviado a um mundo distante, também tem alguns passeios turísticos programados em sua agenda. Os cientistas querem obter imagens de vídeo da lua marciana Fobos passando pelo sol.
A partir de sexta-feira à noite, o plano é "dirigir, dirigir, dirigir" até que os cientistas encontrem uma rocha adequada para a primeira análise robótica "ao toque" da sonda, disse a coordenadora da missão, Jennifer Trosper.
O robô vai parar quando os cientistas encontrarem solo adequado para recolher e analisar no laboratório químico a bordo do Curiosity.
Durante todo o tempo, o robô seguirá em direção a um local que os cientistas chamaram "Glenelg", onde três tipos diferentes de rocha se cruzam. Glenelg, que fica a cerca de 400 metros de distância da posição atual do Curiosity, foi nomeado por geólogos da missão com base em uma formação rochosa no norte do Canadá.
O objetivo geral da missão Laboratório de Ciência de Marte, de US$ 2,5 bilhões, é a busca por lugares onde organismos microbianos poderiam ter evoluído e sido preservados. Além de pegar marcas químicas e geológicas de água, o Curiosity vai procurar compostos orgânicos e outros ingredientes que se acredita sejam necessários para a vida.
O Curiosity, projetado para durar dois anos, vai se aventurar cerca de 7 quilômetros a partir de seu local de aterrissagem para subir um monte de quase 5 quilômetros de altura de rocha em camadas a partir do chão da cratera Gale. Apelidado de Monte Sharp, acredita-se ser o resto de sedimentos que no passado encheram a área de 154 metros de largura.
O robô já acumulou 109 metros em seu hodômetro durante percursos de teste. Antes de sair para o Monte Sharp, os cientistas esperam dirigir o Curiosity cerca de 40 metros por dia durante o trajeto planejado até o Glenelg, com várias paradas para observações científicas.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/curiosity-encerra-testes-e-esta-pronto-para-seguir-viagem-por-marte.html

Asteroide 'perigoso' vai passar perto da Terra na noite desta quinta-feira

Objeto grande como prédio de 14 andares fica a 2,8 milhões de km de nós.
Chamado de 2012 QG42, corpo celeste foi descoberto no dia 26 de agosto.


Um asteroide potencialmente perigoso, do tamanho de um prédio de 14 andares, vai passar "perto" da Terra por volta das 20 horas (horário de Brasília) desta quinta-feira (13).
Apesar de a distância ser considerada pequena em termos espaciais, o objeto fica a 2,8 milhões de quilômetros do nosso planeta – 7,5 vezes o espaço daqui até a Lua.
Já o termo "potencialmente perigoso" refere-se ao fato de que o asteroide poderia colidir com a Terra em um futuro distante.
Chamado de 2012 QG42, esse corpo celeste tem entre 190 e 430 metros de diâmetro e foi descoberto no dia 26 de agosto, pelo programa de monitoramento Catalina Sky Survey, no Arizona, EUA.
O site Slooh.com deve fazer uma transmissão ao vivo nesta noite, aberta para o público por computador e celulares iPhone e Android.
No dia 16 de junho, outro asteroide recém-descoberto – chamado 2012 LZ1 – passou próximo à Terra.

Asteroide (Foto: Remanzacco Observatory/Divulgação)
Asteroide é o ponto no centro da imagem
(Foto: Remanzacco Observatory/Divulgação)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/asteroide-perigoso-vai-passar-perto-da-terra-na-noite-desta-quinta-feira.html

Astronautas usam cavernas na Itália como treinamento para espaço

Simulação inclui aspectos como alimentação e experimentos científicos.
Eles passam por ambiente escuro e hostil à vida humana.


A Agência Espacial Europeia está usando cavernas na ilha da Sardenha como base de treinamento para os astronautas. (Foto: AEE)
A Agência Espacial Europeia está usando cavernas na ilha da Sardenha como base de treinamento para os astronautas. (Foto: AEE)

Seis astronautas passaram uma semana acampados dentro de uma caverna no sul da Itália como parte de um treinamento para lidar com os desafios da vida no espaço. Veja o vídeo.
A Agência Espacial Europeia está usando cavernas na ilha da Sardenha como base de treinamento para os astronautas.
Diversos aspectos da vida no espaço são treinados no ambiente escuro e hostil à vida humana - desde a comida ou experimentos científicos complexos em situações difíceis.
O vídeo é cortesia da Agência Espacial Europeia.

Fonte:  http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/09/astronautas-usam-cavernas-na-italia-como-treinamento-para-espaco.html

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Sonda da Nasa encontra nevasca de gelo seco em Marte

Segundo cientistas, essa é a 1ª evidência do tipo em todo o Sistema Solar.
Dados foram obtidos no polo sul do planeta, no inverno de 2006 para 2007.

Uma sonda da agência espacial americana (Nasa) que orbita Marte identificou uma nevasca de gelo seco sobre a superfície do planeta. Essa neve de dióxido de carbono (CO2) sólido é a primeira evidência do tipo em todo o Sistema Solar, segundo os cientistas.
A descoberta da sonda Mars Reconnaissance Orbiter, feita por meio de luz visível e infravermelha, será publicada na próxima edição da revista "Journal of Geophysical Research". Os dados foram obtidos no polo sul marciano, no inverno de 2006 para 2007, e a nuvem de CO2 tinha 500 km de diâmetro.

Gelo seco Marte (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
Nuvem de gelo seco foi vista no polo sul de Marte durante o inverno de 2006-2007 (Foto: Nasa/JPL-Caltech)
Também foram recolhidas informações sobre temperatura, tamanhos das partículas e suas concentrações. Para que essa nevasca aconteça, é preciso haver uma temperatura de pelo menos 125° C negativos, considerando que em situações normais aqui na Terra a água congela a 0° C.
Segundo o principal autor do estudo, Paul Hayne, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, na Califórnia, as nuvens de CO2 em Marte são grossas o suficiente para se acumular no polo sul e manter o material congelado ali durante todo o ano. O que não se sabe exatamente é se o fenômeno ocorre em forma de neve ou de geada, quando o gelo seco se congela já na superfície.
Há décadas, os astrônomos já sabem que o planeta vermelho tem calotas polares sazonais com a presença de gelo seco. Além disso, em 2008 a sonda espacial Phoenix observou neve de água congelada no polo norte marciano.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/09/sonda-da-nasa-encontra-nevasca-de-gelo-seco-em-marte.html