sábado, 30 de junho de 2012

Proposta a todos os leitores do blog

Bom esse tempo que naum postei nada no blog percebi q aconteceram muitas coisas, e seria muito bom se vocês fãs de ASTRONOMIA, escrevessem sobre esses acontecimentos e mandassem para min(email: taina.s.calkavicius@gmail.com), vai ser uma honra postar aqui no BLOG para todos lerem.....

Espero que gostem da proposta....

Aguardo ansiosa pelos emails....

Maior lua de Saturno pode conter água líquida sob crosta de gelo

Sonda Cassini, da Nasa, traz dados sobre a estrutura interna de Titã.
Descoberta está descrita na edição desta semana da revista 'Science'.


Dados da sonda Cassini, da agência espacial americana (Nasa), revelam que a maior lua de Saturno, Titã, contém uma camada de água líquida sob sua crosta de gelo.
A descoberta está descrita na edição desta semana da revista “Science” e dá as melhores pistas obtidas até agora sobre a estrutura interna de Titã.
Enquanto a lua orbita o planeta, os pesquisadores visualizaram um movimento de compressão e extensão, e deduziram que, se Titã fosse formada inteiramente por rochas duras, a atração gravitacional de Saturno poderia causar “marés” de no máximo 1 metro de altura. A Cassini, porém, detectou saliências de até 10 metros de altura, o que sugere que Titã não seja feita de um material inteiramente sólido.
Segundo o principal autor do estudo, Luciano Iess, da Universidade La Sapienza de Roma, na Itália, a detectação de grandes marés em Titã leva a uma conclusão quase inevitável de que existe um oceano escondido em suas profundezas.
O pesquisador destaca que a busca por água é uma importante meta na exploração do Sistema Solar, e agora os cientistas têm visto outro lugar onde ela pode ser abundante.
A presença de uma camada de água líquida abaixo da supercífie de Titã não é por si só um indicativo de vida. Os pesquisadores acreditam que a vida provavelmente surja quando a água líquida entra em contato com as rochas, e as atuais evidências ainda não dizem se o fundo do oceano de Titã é feito de rocha ou gelo.
Esses resultados podem ter uma grande implicação sobre a solução do mistério do armazenamento de metano no interior de Titã e de como esse gás chega até a superfície da lua. Na crosta, o metano fica instável e deve ser destruído em um espaço de tempo geológico curto.

Sonda Cassini Nasa (Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute)
Imagem obtida pela Cassini em 21 de maio de 2011, a uma distância de 2,3 milhões de quilômetros de Titã, mostra a principal lua de Saturno passando em frente ao planeta e a seus anéis. A sonda da Nasa flagrou movimentações em Titã ao longo de cinco anos (Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute) Segundo o principal autor do estudo, Luciano Iess, da Universidade La Sapienza de Roma


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/06/maior-lua-de-saturno-pode-conter-agua-liquida-sob-crosta-de-gelo.html

E a primeira postagem de hoje depois e um bom tempo, é muito importante!!!!

Relógios da Terra ganham 1 segundo à meia-noite deste sábado (30)


Medida serve para sincronizar o horário com o período de rotação da Terra.
Esta é a 25ª vez que ajuste ocorre; a última foi em 31 de dezembro de 2008.


À meia-noite deste sábado (30), os relógios de todo o mundo vão ganhar um segundo a mais. O mês de julho, portanto, só vai começar após as 23 horas, 59 minutos e 60 segundos.
A medida foi determinada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em janeiro e serve para ajustar o horário universal com o período de rotação da Terra.
Esta é a 25ª vez que esse acréscimo acontece. A última foi há três anos e meio, em 31 de dezembro de 2008.
Isso acontece porque um giro do nosso planeta em torno de si mesmo leva um dia, mas essa duração astronômica de 24 horas não é fixa, ou seja, pode ser um pouco mais rápida ou lenta dependendo de uma série de fatores.
Por causa da força gravitacional que o Sol e principalmente a Lua exercem sobre a Terra, os relógios atômicos – que são os mais precisos do mundo, responsáveis por determinar o horário oficial de Greenwich – precisam ser atualizados de tempos em tempos.
Esse ajuste serve para evitar uma diferença significativa ao longo de centenas de anos e impedir que o nosso horário marque meio-dia quando, na verdade, seriam apenas 10h da manhã.
A proposta da ONU foi apresentada em Genebra, na Suíça, por pesquisadores do Serviço Internacional de Sistemas de Referência sobre a Rotação da Terra, que verifica se os relógios humanos estão em sincronia com o planeta.
Além de ganhar um segundo neste sábado, 2012 é um ano bissexto, com um dia extra (29 de fevereiro) adicionado ao calendário.

Imagem divulgada nesta terça-feira (19) pela Nasa mostra a Terra vista de sobre o Oceano Ártico, capturada a partir do recentemente lançado pelo satelite S-NPP. O satélite, lançado em 28 de outubro de 2011, circulou a Terra 15 vezes para capturar informaç (Foto: NASA/GSFC/Suomi NPP)
Relógios da Terra vão ganhar um segundo à meia-noite deste sábado (30) (Foto: NASA/GSFC/Suomi NPP)



Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/06/relogios-da-terra-ganham-1-segundo-meia-noite-deste-sabado-30.html

sábado, 16 de junho de 2012

VOLTEI!!!!

    Olá...

Queria pedir desculpas, por ter sumido esse tempo...
Agora estou de volta e espero que vcs continuem lendo e comentando aqui no blog de ASTRONOMIA....




OBRIGADA!!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Voyager 1 chega à fronteira do sistema solar, diz Nasa

Sonda está a 18 bilhões de quilômetros do Sol e segue viagem até 2025


A sonda espacial Voyager 1 chegou aos limites do sistema solar, ampliando seu próprio recorde de ser o objeto feito pelo homem que viajou a maior distância no espaço. Segundo um comunicado publicado pela Nasa, o equipamento está enviando dados para a Terra que demonstram um grande aumento no número de partícular originadas fora do sistema solar.
"Os responsáveis pela missão Voyager, ao ver os dados desse rápido crescimento, estão mais perto de uma conclusão histórica e inevitável - a de que o primeiro emissário da humanidade ao espaço está nas fronteiras do nosso sistema solar", indica o texto da Agência Espacial dos Estados Unidos.
As partículas indentificadas pela Voyager 1 são provenientes de estrelas que explodiram em outros locais da galáxia. A quantidade cresce de forma estável conforme a sonda avança no espaço, mas o aumento foi particularmente maior nos últimos meses.
"De janeiro de 2009 a janeiro de 2012, houve um aumento gradual de cerca de 25% no número de raios cósmicos encontrados pela Voyager", disse Ed Stone, um dos cientistas do projeto. "Mais recentemente, vimos uma escalada muitio rápida nessa parte do espectro de energia. A partir do dia 7 de maio, o impacto dos raios cresceu 7% em uma semana e 9% em um mês", exemplificou.
A sonda, junto da sua irmã, a Voyager 2, foi lançada em 1977 e está a aproximadamente 18 bilhões de quilômetros do Sol. Ela se move a 17 quilômetros por segundo e atualmente a informação que envia leva cerca de 16 horas e 38 minutos para chegar ao terminais da Nasa.
A Voyager 2, por sua vez, está a cerca de 15 bilhões de quilômetros do Sol. Juntas, as sondas exploraram todos os planetas gigantes do Sistema Solar - Júpiter, Saturno, Urano e Netuno, assim como 48 de suas luas.
A exata posição da fronteira do sistema solar é desconhecida, mas outro indicador de que a sonda entrou no espaço interestelar deve ser a mudança nas direções do campo magnético em volta do equipamento. Os cientistas da Nasa estão buscando dados para checar se isso de fato ocorre.
"As leis da física indicam que, algum dia, a Voyager será o primeiro objeto feito pelo homem a sair do sistema solar, mas ainda não sabemos quando esse dia vai chegar. Os últimos dados indicam que estamos claramente em uma região onde as coisas mudam mais rápido. É muito empolgante, estamos chegando aos limites do sistema solar", disse Stone.
O plutônio que abastece os motores da Voyager deve durar até 2025. Quando o combustível acabar, as sondas continuarão a vagar pelo espaço até entrar na órbita de outras estrelas da Via Láctea, mas não conseguirão mais transmitir informações para a Terra.
Informações enviadas pela sonda demoram quase 17 horas para chegar na Terra - Reuters
Informações enviadas pela sonda demoram quase 17 horas para chegar na Terra

China vai mandar sua primeira astronauta mulher ao espaço

Liu Yang vai a bordo da nave Shenzhou IX acompanhada de dois homens.
Mulher deve aumentar eficiência do trabalho da tripulação, diz porta-voz.


A China vai lançar, na tarde de sábado (16), a nave tripulada Shenzhou IX, a quarta deste tipo, com uma novidade a bordo: a primeira mulher astronauta chinesa, Liu Yang.
A expectativa é que Liu, que irá acompanhada de dois homens, melhore a "eficiência" do trabalho da tripulação, segundo a porta-voz, Wu Ping, em entrevista na plataforma de lançamento, situada na província de Gansu (noroeste), segundo a agência oficial Xinhua.

Liu Yang, a primeira astronauta chinesa, posa para fotos nesta sexta-feira (15) (Foto: AP)
Liu Yang, a primeira astronauta chinesa, posa para fotos nesta sexta-feira (15) (Foto: AP)


 "De maneira geral, as astronautas mulheres têm mais estabilidade psicológica e maior habilidade para lidar com a solidão", afirmou Wu.
Liu se somará à lista de mais de 50 mulheres astronautas que viajaram ao espaço desde que a russa Valentina Tereshkova se tornou a primeira cosmonauta em 1963, dois anos depois da histórica viagem de Yuri Gagarin.
A designação de Liu foi anunciada nesta semana após um longo processo de seleção que deu preferência a mulheres casadas e com filhos (embora esse não seja o caso da escolhida), devido ao fato de o voo espacial e a possível exposição à radiação poderem causar infertilidade.
Os critérios da escolha são rigorosos. A escolhida tinha, entre outros, de ter dentes perfeitos, pele sem calos ou problemas, bom hálito e odor corporal agradável -o contrário pode ser um problema durante a permanência no espaço.
Além disso, com esta missão, a China realizará o primeiro acoplamento de uma nave tripulada ao módulo chinês Tiangong I, lançado no último mês de setembro e criado para hospedar os tripulantes e servir de base para experimentos científicos que desenvolverão durante dez dias.
Os astronautas Jing Haipeng, Liu Wang e Liu Yang embarcarão às 7h37 de sábado (de Brasília) na Shenzhou IX, que será propulsada ao espaço por um foguete desde o Centro de Lançamento de Satélites de Jiuquan, no deserto noroeste da China.
O lançamento foi anunciado em fevereiro, mas na ocasião foi informado que seria uma nave não tripulada com animais e sementes a bordo para realizar experimentos em condições de gravidade zero e radiação.
Este será a quarta viagem tripulada da China depois das realizados em 2003 e 2005, e do passeio espacial de 2008.
Segundo dados oficiais chineses, a China se situa no segundo posto no número de lançamentos depois da Rússia, embora os analistas considerem que o país asiático tem atualmente o nível tecnológico de Estados Unidos e União Soviética na década de 1960.





 

quinta-feira, 14 de junho de 2012

Hoje é dia de?....Mariner 5

Corrida espacial 2: quarenta e cinco anos do lançamento da sonda norte-americana, Mariner 5, para estudar a atmosfera de Vênus (1967).

Mariner 5 (Mariner Venus'67) foi uma nave espacial norte-americana que fez parte do programa Mariner que transportou um complemento de experiências para sonda Vênus.
A Mariner 5 foi realmente construída como uma cópia de segurança para a Mariner 4, mas depois do sucesso da missão Mariner 4, foi modificada para a missão Venus, removendo a camera de televisão, invertendo e reduzindo os quatro painéis solares, e adicionando isolamento térmico extra.
Ela foi lançada em direção Vênus em 14 de junho de 1967 e chegou ao planeta em 19 de outubro desse ano, a uma altitude de 3,990 quilômetros (2,480 milhas). Com instrumentos mais sensíveis do que o seu antecessor Mariner 2, Mariner 5 foi capaz de lançar uma nova luz sobre o planeta quente, coberta de nuvens e sobre as más condições no espaço interplanetário.
A ocultação de Rádio da Mariner 5 ajudou a compreender a pressão e temperatura dados pela Venera 4 em seu pouso, que chegou a Vênus pouco antes dele. Após estas missões, ficou claro que Vênus tinha uma superfície muito quente e uma atmosfera ainda mais densa do que a esperada.
As operações da Mariner 5 terminaram em Novembro de 1967 e a sonda foi deixada em uma órbita heliocêntrica.

França expõe meteoritos que caíram perto de Paris em 2011

Fragmentos caíram em outubro em Draveil, a cerca de 80 km da capital.
Eles serão expostos no Museu Nacional de História Natural.


Funcionário do Museu Nacional de História Natural de Paris mostra nesta quinta-feira (14) meteorito de 5,2 quilogramas, um dos que caíram em 2011 em Draveil, no departamento de Essonne, a cerca de 80 quilômetros de Paris (Foto: Jacques Demarthon/AFP)
Funcionário do Museu Nacional de História Natural de Paris mostra nesta quinta-feira (14) meteorito de 5,2 quilogramas, um dos que caíram em 2011 em Draveil, no departamento de Essonne, a cerca de 80 quilômetros de Paris (Foto: Jacques Demarthon/AFP)

Os meteoritos começam a ser expostos ao público do museu nesta quinta (Foto: Jacques Demarthon/AFP)
Os meteoritos começam a ser expostos ao público do museu nesta quinta (Foto: Jacques Demarthon/AFP)

Planetas podem se formar em torno de estrelas diferentes, diz estudo

Planetas pequenos podem se formar em torno de estrelas ‘mais leves’.
Pesquisa sugere que há planetas como a Terra existentes no universo.

Uma pesquisa da Universidade de Copenhagen, na Dinamarca, mostra que pequenos planetas, como a Terra, podem ser formados em torno de estrelas com teores de elementos bastante diferentes.
A ideia contradiz uma teoria anterior de que os planetas geralmente se formam somente em torno de estrelas com alto teor de elementos pesados. Publicada na revista “Nature”, a pesquisa sugere que pode haver mais planetas semelhantes à Terra espalhados pelo universo.
Isso porque entre a multidão de planetas já descobertos, é possível distinguir entre os gigantes gasosos como Júpiter e Saturno, e os menores planetas terrestres como a Terra e Marte.
"Eu queria investigar se os planetas só se formam em torno de certos tipos de estrelas, e se existe uma correlação entre o tamanho dos planetas e o tipo de estrela-mãe que está em órbita", explica Lars Buchhave, astrofísico do Instituto Niels Bohr e da Universidade de Copenhagen, um dos autores do estudo.
Buchhave desenvolveu um método para obter mais informações do espectro estelar. Ele e sua equipe analisaram a composição das estrelas de 226 exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar) para chegar a essa conclusão.
"Até agora, nós constatamos que a maioria dos gigantes de gás estavam associados a estrelas com um elevado teor de elementos pesados. Para uma estrela ter um elevado teor de elementos pesados tem de ter passado por uma série de renascimentos.”, ele explica.
Mas, segundo Buchhave, a maioria dos planetas são pequenos, ou seja, correspondentes aos planetas sólidos em nosso sistema solar ou tem até quatro vezes o raio da Terra.
"O que nós descobrimos é que, ao contrário dos gigantes de gás, a ocorrência de planetas menores não é fortemente dependente de estrelas com um elevado teor de elementos pesados. Planetas que são até quatro vezes maiores do que a Terra podem se formar em torno de estrelas muito diferentes - também entre as que são mais pobres em elementos pesados.", disse Buchhave.
Essas observações significam que planetas como a Terra poderiam ser difundidos ao longo de nossa galáxia.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

Sonda Cassini registra formação de lagoas na Lua de Saturno

Descoberta mostra formações líquidas em Titan.
Estudo sugere existência de fontes subterrâneas de metano na Lua.


A sonda espacial Cassini captou a formação de um lago rico em metano e de várias lagoas próximas ao equador de Titan, a maior lua de Saturno. A descoberta foi publicada na revista “Nature” nesta quarta-feira (13).
Pesquisas anteriores já haviam indicado a presença de lagos nas regiões polares de Titan. Mas, por muito tempo, se pensou que corpos líquidos não poderiam existir na parte central da Lua porque a energia do Sol naquelas latitudes faria os lagos de metano evaporarem.
“Essa descoberta foi completamente inesperada porque os lagos não são estáveis em latitudes tropicais”, disse a cientista Caitlin Griffith, professora de Ciência Planetária da Universidade do Arizona, que liderou a pesquisa.
Imagem cedida pela Nasa mostra Titan ao centro e os anéis de Saturno. (Foto: AP)
Imagem cedida pela Nasa mostra Titan ao centro e os anéis de Saturno. (Foto: AP)

Ao medir a luz solar refletida na superfície e na atmosfera de Titan, a sonda Cassini detectou uma região escura que, ao ser analisada com mais profundidade, sugeriu ser a presença de um lago de hidrocarbonetos de 927 quilômetros quadrados – o dobro do Champlain, um lago de água doce que faz fronteira entre os estados de Nova York e Vermont, nos Estados Unidos. Perto desse lago, os cientistas indicaram a possível presença de mais quatro lagoas rasas semelhantes em tamanho e profundidade a pântanos existentes na Terra.
Titan é um dos poucos corpos no sistema solar com uma atmosfera densa, formada por uma camada de nitrogênio e metano. O gás metano na atmosfera é constantemente quebrado pela luz do sol e cai na superfície onde é transportado de volta para os polos, local onde se condensa para formar lagos.
Os cientistas, no entanto, não acham que é por esse processo que as lagoas aparecem. Em vez disso, sugerem que pode haver uma fonte subterrânea de metano em Titan que periodicamente se abre para a superfície para formar as lagoas.
“Titan pode ter um oásis”, disse Griffith.

Telescópio pequeno descobre dois planetas fora do Sistema Solar

Kelt-1b está situado na constelação de Andrômeda e Kelt-2ab, na de Auriga.
Aparelho americano vê milhões de estrelas de uma vez e custa R$ 155 mil.


Com lentes semelhantes às de uma câmera fotográfica, um telescópio “extremamente pequeno”, localizado no estado americano do Arizona, acaba de revelar a existência de dois planetas “estranhos” e distantes do Sistema Solar.
Os cientistas Thomas Beatty, da Universidade de Ohio, e Robert Siverd, da Universidade Vanderbilt, ambas nos EUA, relataram a descoberta nesta quarta-feira (13) à Sociedade Americana de Astronomia, em entrevista coletiva na cidade de Anchorage, no Alasca.
Um dos corpos (na foto abaixo, à direita) é uma bola superdensa e quente, feita de hidrogênio metálico e ósmio, o metal mais pesado que se conhece na natureza, encontrado na platina e de cor cinza ou azulada. O planeta foi chamado de Kelt-1b e está situado na constelação de Andrômeda, vizinha da nossa Via Láctea e duas vezes maior que ela.
Planeta Kelt-1b (Foto: Julie Turner/Vanderbilt University/Divulgação)
Planeta Kelt-1b aparece à direita da foto, mais avermelhado, com sua estrela brilhante à esquerda. O planeta fica tão próximo do astro que completa uma órbita em 30h (Foto: Julie Turner/Vanderbilt University/Divulgação)

O Kelt-1b fica tão próximo de sua estrela, que completa uma órbita ao redor dela em 30 horas. Além disso, ele recebe cerca de seis mil vezes mais radiação que a Terra do Sol. Sua temperatura na superfície gira em torno dos 2.200° C. Comparativamente, Mercúrio orbita o Sol uma vez a cada 68 dias, e sua maior temperatura na superfície chega a 425° C.
O novo planeta e sua estrela fazem uma espécie de “dança cósmica” que se assemelha à da Terra com a Lua, embora haja uma exceção: a Lua está “presa” à Terra, por isso vemos sempre a mesma face dela. Em alguns bilhões de anos, essa estrela deve se expandir e engolir o Kelt-1b inteiro.
No passado, o corpo celeste recém-descoberto pode ter sido empurrado por uma estrela companheira que está hoje orbitando esse sistema solar. Os pesquisadores acreditam que o planeta, mais parecido com uma anã marrom, seja capaz de mudar a atual concepção de como os sistemas solares evoluem.
Menos de 1% dos exoplanetas ou planetas extrassolares – fora do Sistema Solar – já descobertos são extremamente grandes e, ao mesmo tempo, muito próximos de suas estrelas hospedeiras.
Telescópio (Foto: KELT North Photos/Divulgação)
Telescópio pequeno descobriu dois planetas fora do Sistema Solar (Foto: KELT North Photos/Divulgação)

Nasa lança telescópio que irá mapear buracos negros

NuSTAR permanecerá por dois anos no espaço.
Sonda vai detectar emissões de raios X com resolução jamais vista.

A Nasa colocou em órbita o telescópio nuclear NuSTAR na tarde desta quarta-feira (13). A sonda vai detectar as emissões de raios X e mapear buracos negros com resolução jamais vista.
O NuSTAR (Matriz de Telescópios Eletroscópicos Nucleares) foi instalado no foguete Pegasus, que seguiu acoplado a um avião usado como trampolim para o projétil.
O foguete decolou a 11,9 mil metros de altura sobre as ilhas Marshall, no Oceano Pacífico equatorial, e se desprendeu do avião às 13h17 do horário de Brasília.
Imagem do telescópio NuSTAR fornecida pela Nasa (Foto: Nasa)
Imagem do telescópio NuSTAR fornecida pela Nasa (Foto: Nasa)
O NuSTAR possui espelhos e detectores de raios X que, segundo os responsáveis pelo projeto, permitirá anos de descobertas astronômicas.
Durante dois anos, o NuSTAR, que permanecerá a 550 quilômetros da Terra, buscará buracos negros, rastros de supernovas e as partículas emitidas pelos maciços buracos negros que viajam em velocidades próximas à da luz.
Avião leva foguete que carrega telescópio NuSTAR. (Foto: Nasa)
Avião leva o foguete Pegasus. (Foto: AP)

Astronauta registra reflexo do sol em painel da Estação Espacial

Cena foi feita durante o amanhecer do último dia 8.
Imagem foi clicada por Andre Kuipers.


Sol reflete nos painéis solares da Estação Espacial Internacional durante o amanhecer. A foto foi tomada pelo astronauta Andre Kuipers em 8 de junho e divulgada nesta quarta (13) (Foto: Andre Kuipers/Nasa/AP)
Sol reflete nos painéis solares da Estação Espacial Internacional durante o amanhecer. A foto foi tomada pelo astronauta Andre Kuipers em 8 de junho e divulgada nesta quarta (13) (Foto: Andre Kuipers/Nasa/AP)

Telescópio gigante mostrará fotos 15 vezes maiores do que as do Hubble

Equipamento será construído no Chile e terá o tamanho de uma catedral.

A construção do maior telescópio ótico do mundo foi aprovada pelos países membros do European Southern Observatory (ESO).
O European Extremely Large Telescope (E-ELT) terá um espelho primário equivalente a um campo de futebol e será construído no topo de uma montanha no Chile.
O equipamento vai produzir imagens 15 vezes maiores mais detalhadas do que as atuais.
A expectativa é de que novas imagens estejam disponíveis em dez anos.

Telescópio gigante mostrará fotos 15 vezes maiores do que as do Hubble (Foto: BBC)
Telescópio gigante mostrará fotos 15 vezes maiores do que as do Hubble (Foto: BBC)

Cern está perto de confirmar existência do Bóson de Higgs, dizem fontes

Cientistas europeus estão concentrados nos esforços para identificar 'partícula do Big Bang'


Físicos que pesquisam o surgimento do universo estão perto de fazer importantes descobertas acerca do bóson de Higgs, a chamada partícula do Big Bang, considerada um elemento fundamental para a transformação dos restos da explosão espacial em estrelas e planetas, disseram cientistas nesta terça-feira, 12.
Equipes do Centro Europeu de Investigação Nuclear (Cern) usaram o colisor de hádrons (LHC), o maior acelerador de partículas do mundo, tentam provar que a partícula realmente existe. Analisando um imenso volume de dados, os físicos acreditam que finalmente conseguirão atingir esse objetivo, afirmaram fontes ligadas ao projeto. "Eles estão muito empolgados", disse um cientista próximo da equipe do Cern, que falou sob condição de anonimato.
Sinais intensos do bóson de Higgs foram identificados no mesmo raio em que foram encontrados durante pesquisas do ano passado, acrescentaram as fontes. A identificação da partícula pode ser possível mesmo com a curta vida do bóson - tão curta que é detectado somente pelos traços que deixa.
Para identificar a partícula, o LHC reproduz o Big Bang, já que ela teoricamente é produto da explosão e ajudaria a compreender a formação do universo. O bóson foi batizado em homenagem a Peter Higgs, que em 1964 elaborou a teoria da partícula. Caso a existência dela seja confirmada, o físico muito provavelmente seria laureado com o prêmio Nobel.
As fontes deram as informações sobre o progresso das pesquisas depois que os chefes do Cern determinaram concentração de esforços na busca pelo bóson pouco antes da ICHEP, a conferência internacional de física, que ocorre no Canadá, no meio de julho.
O LHC conduziu mais de 300 trilhões de colisões de prótons somente em 2012 e houve especulações sobre as novidades acerca do bóson, mas não há confirmação oficial de que o Cern está perto de fazer um grande anúncio.
Segundo James Gillies, porta-voz do Cern, só será anunciada uma descoberta quando os cientistas realmente tiverem o que dizer. "O que o Atlas e o CMS terão ou não para 2012 é de conhecimento das poucas pessoas envolvidas nos projetos", disse ele, referindo-se a pesquisadores que também estudam a partícula, mas que foram "blindados" das informações do Cern.
Em dezembro de 2011, depois de 16 meses conduzindo colisões a baixos níveis de energia, as duas equipes se uniram ao Cern para afirmar que constataram "pequenas manifestações" do bóson, mas que necessitariam de mais tempo para comprovar a existência da partícula. Físicos indicam que mais da metade das colisões produzidas não dão qualquer resultado relevante para as pesquisas.
Mais da metade das colisões provocadas não produzem dados relevantes para as pesquisas - Reuters
Mais da metade das colisões provocadas não produzem dados relevantes para as pesquisas

terça-feira, 12 de junho de 2012

Hoje é dia de?...Venera 4

Corrida espacial 1: quarenta e cinco anos do lançamento da sonda soviética Venera 4, para estudar a atmosfera de Vênus (1967).
Venera 4 (em russo: Венера-4) foi uma sonda espacial soviética do Programa Vênera.
A Venera 4 foi lançada de um Sputnik Tyazheliy (67-058B) em direção ao planeta Vénus com a missão de estudar a atmosfera local. Em 18 de Outubro de 1967, a nave espacial entrou na atmosfera venusiana e libertou dois termômetros, um barómetro, um rádio-altímetro, um indicador da densidade atmosférica, 11 analisadores de gases e dois rádio-transmissores que operavam na banda DM.
O módulo principal, que transportou a cápsula para Vénus, incluía um magnetómetro, detectores de raios cósmicos, indicadores de hidrogénio e oxigénio e aparelhos para coleta de partículas carregadas. Foram enviados sinais da nave espacial, que abrandou e libertou um sistema de paraquedas depois de entrar na atmosfera venusiana, a uma altitude de 24,96 quilómetros. Venera-4 foi a primeira sonda a realizar com sucesso a análise do ambiente de outro planeta. Foi também a primeira sonda a pousar em outro planeta.Venera 4 realizou a primeira análise química da atmosfera venusiana, mostrando que Vénus tem principalmente dióxido de carbono com uma pequena porcentagem de azoto e abaixo de um por cento de oxigénio e vapor de água. Também foi ela que detectou que Vênus tinha um campo magnético fraco e sem radiação. A camada atmosférica exterior continha muito pouco hidrogênio e oxigênio não atômico. A sonda enviou as primeiras medições diretas provando que Vênus foi extremamente quente, que a atmosfera era muito mais densa do que a esperada, e que Vênus tinha perdido a maior parte da sua água há muito tempo.

Venera 4

Descoberta da 'partícula de Deus' está próxima, dizem físicos

Físicos que investigam a composição do Universo anunciaram nesta terça-feira (12) que estão se aproximando do bóson de Higgs, misteriosa partícula que supostamente foi decisiva para transformar os detritos do Big Bang em estrelas, planetas e, finalmente, vida.
Os pesquisadores do Cern (Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear, na sigla em francês) estão usando o LHC (Grande Colisor de Hádrons), maior acelerador de partículas do mundo, para tentar provar que o misterioso bóson de fato existe.
Vasculhando enormes volumes de dados, os físicos do Cern estão confiantes de estarem chegando mais perto do seu objetivo, segundo cientistas de fora do centro, mas com vínculos a duas equipes que trabalham na instalação suíça.
"Eles estão bem animados", disse um desses cientistas à Reuters, pedindo anonimato.
Fortes sinais do bóson estão sendo vistos no mesmo intervalo energético onde se achou no ano passado que a partícula tivesse sido detectada, acrescentaram os cientistas. A partícula é tão efêmera que só pode ser detectada pelos traços que deixa.
O LHC, estrutura subterrânea sob a fronteira franco-suíça, replica as condições do Big Bang, explosão primordial que teria dado origem ao Universo.
O bóson deve seu nome ao britânico Peter Higgs, que fez em 1964 a primeira descrição detalhada dessa que seria a última peça faltante no chamado Modelo Padrão do funcionamento do Universo.
Sua descoberta formal, quando referendada pela comunidade científica, quase certamente garantiria o Nobel a Higgs, que tem 83 anos e está aposentado. Pelo menos um físico europeu e um norte-americano também devem ser reconhecidos pelo Nobel.
Há expectativa de que um anúncio sobre a descoberta possa ser feito numa importante conferência em meados de julho na Austrália.
Isso depende, no entanto, de uma análise minuciosa de mais de 300 trilhões de colisões de prótons no LHC desde o começo do ano, e o Cern não confirmou se está mesmo perto de encerrar sua busca pelo bóson.
Pelo modelo teórico, o bóson de Higgs e o campo energético a ele associado foram responsáveis por conferir massa à matéria depois do Big Bang, 13,7 bilhões de anos atrás.

segunda-feira, 11 de junho de 2012

Hoje é dia de?...Marie Paul Auguste Charles Fabry

                                                                         (1867 - 1945)

Físico francês nascido em Marselha, notabilizado pelos seus estudos em óptica e como descobridor da camada de ozônio e sua finalidade, na alta atmosfera (1913). Formado em Paris pela Ecole Polytechnique e a Sorbonne, tornou-se professor de Física Industrial na Universidade de Marselha (1894). Com Alfred Pérot (1863-1925), com quem trabalhou (1896-1906), inventou o interferômetro Fabry-Pérot (1896), amplamente empregado na medição de ondas luminosas e estabeleceu um sistema internacional para medir o comprimento das ondas. Em seguida (1906) começou a colaborar com o físico francês Henri Buisson (1873-1944) e eles usaram o interferômetro para confirmar o efeito Doppler para luz (1914). O Ministério de Invenções o convocou para Paris (1914) para investigar fenômenos de interferência em luz e ondas de som e, depois, tornou-se professor de física na Sorbonne (1921) e dirigiu o Instituto de Óptica de Paris. Estudou as interferências de ondas com aplicação na Metrologia, na Espectroscopia e na Física Celeste.Morreu em Paris e entre suas obras destacaram-se Les aplications des interférences lumineuses (1923) e Physique et Astrophysique (1935).

Charles Fabry

Sonda robótica vai investigar sinais de vida em cratera de Marte

Nova missão com o robô Curiosity está prevista para 6 de agosto.
Expedição vai explorar cratera situada ao sul do equador marciano.

Nos próximos meses, um robô-geólogo chegará a Marte para experimentar uma nova estratégia na busca por vida fora da Terra.
Em vez de empreender uma caçada a micróbios como a das missões Viking nos anos 1970, o Mars Science Laboratory da Nasa, apelidado de Curiosity (Curiosidade), procurará locais que podem ter abrigado e preservado a vida.
"O termo 'detecção de vida' é tão mal definido e tão difícil de averiguar que não dá um bom ponto de partida", disse o geólogo John Grotzinger, do Instituto de Tecnologia da California.
Animação mostra como seria o interior da Cratera Gale, local por onde o robô Curiosity (Foto: Reuters/Nasa)
Imagem mostra  interior da Cratera Gale, local por onde o robô Curiosity vai transitar.
(Foto: Reuters/Nasa)

Em vez disso, a nova missão da Nasa em Marte, cujo pouso está previsto para o dia 6 de agosto, é antes de tudo uma expedição geológica a um local intrigante chamado Cratera Gale, situada ao sul do equador marciano.
Os cientistas acreditam que a cratera tenha sido formada entre 3,5 bilhões e 3,8 bilhões de anos atrás, quando Marte, a Terra e o restante dos planetas do Sistema Solar eram frequentemente bombardeados por meteoritos.
A característica mais impressionante da Gale não é a marca de 154 quilômetros de extensão no solo, mas uma montanha de 5 quilômetros de altura de fragmentos que se ergue a partir do chão da cratera. Os cientistas acreditam que a montanha, localizada no centro da bacia, seja formada por sedimentos remanescentes do que um dia preencheu a cratera.
Com o tempo, por um processo não muito bem compreendido, o sedimento foi levado embora, deixando o que hoje é conhecido como Monte Sharp. Os cientistas esperam que ele revele a história geológica de Marte, como nenhuma outra formação pode fazer na Terra.
"Não há lugar na Terra onde você pode ir para obter toda a história de uma vez", disse Grotzinger a jornalistas durante uma viagem de campo no mês passado ao Death Valley, na California, um dos poucos locais onde o registro geológico da Terra está exposto.
"Na Gale, você não precisa reconstruir as camadas. Você pode ver como elas são, das mais antigas às mais novas. Você tem a seta do tempo sempre apontada na direção correta. Está tudo exposto de forma muito simples", afirmou Grotzinger.

Curiosity (Foto: JPL-Caltech / Nasa)
Imagem de 2011 mostra o jipe robô Curiosity (Foto: JPL-Caltech / Nasa)

Nasa faz foto de incêndio no Colorado visto do espaço

Incêndio de grandes proporções atingiu região de Fort Collins no domingo.
Terrenos foram destruídos e centenas tiveram de deixar suas casas.

 A Nasa (agência espacial norte-americana) fotografou do espaço um feixe de fumaça na região de Fort Collins, no Colorado. A região foi atingida por incêndio neste domingo (10).  (Foto: Reuters/Nasa)
A Nasa (agência espacial norte-americana) fotografou do espaço um feixe de fumaça na região de Fort Collins, no Colorado. A região foi atingida por incêndio neste domingo (10), que destruiu terrenos e levou centenas a deixarem suas casas. (Foto: Reuters/Nasa)

Nasa começa nova missão no fundo do Oceano Atlântico

Quatro astronautas ficarão 12 dias em submarino com função de laboratório.
Equipe pretende treinar exploração de asteroides.

A Nasa (agência especial norte-americana) viajou mais uma vez ao fundo do Oceano Atlântico para simular a visita a um asteroide. A operação submarina, que começou nesta segunda-feira (11), faz parte da 16ª edição das “Missões de Operação em Ambientes Extremos” (Neemo, na sigla em inglês).
Segundo a agência, a viagem começou às 11h04 (12h04 no horário de Brasília). No site da Nasa, imagens em tempo real mostram detalhes da jornada.
A equipe de quatro astronautas vai permanecer por 12 dias dentro do laboratório submarino Aquarius, um cilindro incrustado a cinco quilômetros e meio da costa de Key Largo, no sul da Flórida. O Aquarius é o único laboratório e hábitat submarino permanente do mundo.
A equipe pretende testar novas soluções de engenharia que permitiriam os astronautas a explorar asteroides.
“Nós estamos tentando olhar para o futuro e entender como poderíamos operar um asteroide”, disse o astronauta Mike Gernhardt, líder da operação.
Participam da missão Dorothy Metcalf-Lindenburger, astronauta da Nasa, Kimiya Yiu, da Agência de Exploração Aeroespacial do Japão e Timothy Peake, da Agência Espacial Europeia
Astronautas chegam ao fundo do mar onde permanecerão por 12 dias. (Foto: Reprodução/Nasa)
Astronautas chegam ao fundo do mar onde permanecerão por 12 dias. Imagem reproduz vídeo transmitido em tempo real pelo site da Nasa. (Foto: Reprodução/Nasa)

domingo, 10 de junho de 2012

Astronauta fotografa Oriente Médio à noite

Imagem feita a partir da Estação Espacial Internacional mostra delta do Nilo.
Naves russas atracadas na estação também aparecem.


Imagem divulgada pela Nasa mostra o Oriente Médio à noite, fotografago por um dos integrantes da expedição 31 a bordo da Estação Espacial Internacional. A foto foi feita em 4 de junho, a uma distância de cerca de 400 quilômetros sobre o Mar Mediterrâneo. Nela, pode-se ver o delta do Rio Nilo ao centro, e as luzes das cidades do Cairo e de Alexandria. Duas espaçonaves russas atracadas na estação também aparecem: a Soyuz (à esquerda) e a Progress (Foto: Nasa/AP)
Imagem divulgada pela Nasa mostra o Oriente Médio à noite, fotografado por um dos integrantes da expedição 31 a bordo da Estação Espacial Internacional. A foto foi feita em 4 de junho, a uma altitude de cerca de 400 quilômetros sobre o Mar Mediterrâneo. Nela, pode-se ver o Rio Nilo e seu delta ao centro, e as luzes das cidades do Cairo e de Alexandria. Duas espaçonaves russas atracadas na estação também aparecem: a Soyuz (à esquerda) e a Progress (Foto: Nasa/AP)

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Animação em 3D da Nasa dá nova visão ao asteroide Vesta

Animação mostra variedade da topografia do asteroide com imagens de alta resolução em falsa cor, captadas pela sonda Dawn


Uma nova animação em 3D da Nasa (agência espacial americana) mostra a variedade da topografia do asteroide Vesta com imagens de alta resolução em falsa cor, captadas pela sonda Dawn, que dão uma nova visão do corpo celeste.
A Nasa divulgou o vídeo no qual é possível observar a superfície rugosa do asteroide e permite uma visão detalhada da variação nas propriedades do material que é composto.
O vídeo está disponível no site do Laboratório de Propulsão de Jato da Nasa (http://www.jpl.nasa.gov/video/index.cfm?id=1085).
As cores foram escolhidas para realçar as diferenças na composição da superfície, que são leves demais para serem notadas à primeira vista, assim como de altura em alguns terrenos ao redor de suas crateras.
A sonda Dawn fotografou com seus instrumentos a maior parte da superfície do asteroide para proporcionar este mapa em 3D.
Em comunicado, a Nasa indicou que, devido à posição geométrica na qual se encontrava a nave, não pôdecartografar com exatidão parte de uma montanha localizada no Polo Sul.
O mesmo aconteceu com algumas áreas no norte do asteroide, que estavam na sombra no momento em que a câmera da sonda capturou as imagens, mas a expectativa é que a sonda melhore a cobertura do hemisfério norte do Vesta com observações adicionais.
A sonda Dawn, lançada em setembro de 2007, chegou à órbita do asteroide Vesta em 15 de julho de 2011. No final de agosto, depois de mais de um ano de estudos, ela seguirá rumo a seu segundo destino, o planeta anão Ceres.
O Vesta é o segundo maior asteroide do Sistema Solar e, graças aos dados proporcionados pela sonda, os cientistas puderam confirmar que se assemelha mais a um pequeno planeta e à Lua (da Terra) do que a outro asteroide.
Além disso, pôde-se verificar que, como se imaginava, o Vesta é a fonte de parte dos meteoritos que caem na Terra, ao ser confirmado que em sua superfície há restos de piroxênio, ferro e minerais ricos em magnésio, materiais que compõem 6% dos meteoritos que chegam a nosso planeta.

Ônibus espacial Enterprise chega a museu; saiba destino dos outros três



Depois de o ônibus especial Enterprise fazer sua "viagem final" pelo rio Hudson, em Nova York, para ser exposto no Intrepid Sea, Air and Space Museum, resta saber o destino das outras três espaçonaves aposentadas pela Nasa.
Poucos sabem, mas o Enterprise é apenas um protótipo de ônibus espacial, que nunca chegou a ir para o espaço. Os "verdadeiros" desbravadores espaciais, Discovery, Endeavour e Challenger, já se encontram em processo de exposição permanente.
Confira as características de cada um deles.

Nasa TV/Reuters
Ônibus espacial Discovery
Ônibus espacial Discovery

Discovery
É o mais velho dos ônibus espaciais. Voou em 39 missões, sendo a primeira delas em 1984 e a última em março de 2011. No total, viajou 274 milhões de quilômetros, passando 365 dias no espaço.
Em abril, foi conduzido do Cabo Canaveral, na Flórida, para Virgínia, fazendo um sobrevoo pela capital americana, Washington. Ele já se encontra em exposição no Museu Nacional Aeroespacial Smithsonian, em Chantilly, Virgínia.

Marta Lavandier/Associated Press
Ônibus espacial Endeavour
Ônibus espacial Endeavour

Endeavour
É a mais nova das aeronaves. Foi construída para substituir a Challenger, que explodiu durante seu lançamento, em janeiro de 1986. Voou em 25 missões, sendo a primeira em 1992, e a última em junho de 2011. Viajou quase 228 milhões de quilômetros e ficou 299 dias no espaço.
A Endeavour continua no Centro Espacial Kennedy, em Orlando, Flórida e vai ser levada via aérea em setembro para o Centro de Ciência da Califórnia, em Los Angeles.

Jean-Louis Santini-17.jun.2011/France Presse
Ônibus espacial Atlantis
Ônibus espacial Atlantis

Atlantis
Voou em 33 missões, sendo a primeira em 1985 e o última em julho de 2011. No total, viajou pouco mais de 233 milhões de quilômetros e ficou 307 dias no espaço.
O Atlantis continua no Centro Espacial Kennedy, em Orlando, Flórida e vai permanecer por lá. Em novembro, vai ser levado pela estrada para o complexo de visitantes do local.

Mas qual a razão de Vênus não ter uma lua?

Um dos vários mistérios do nosso Sistema Solar é a razão pela qual Vênus não possui nenhuma lua. Uma das explicações sugere que nosso planeta irmão teve no passado remoto uma lua, mas ela foi destruída.
A nossa Lua se formou quando um objeto do tamanho de Marte chocou-se com a Terra primordial há 4,5 bilhões de anos, expelindo uma quantidade enorme de material em órbita, o qual se juntou. Normalmente, os materiais lançados balisticamente meramente retornam a superfície da Terra, mas o impacto foi tão violento que temporariamente deformou a Terra e seu campo gravitacional. Assim a gravidade distorcida permitiu que o material permanecesse em órbita. Desde que se formou, a Lua tem se afastado gradualmente da Terra devido as interações gravitacionais entre os dois corpos: a Lua cria marés na Terra e estas marés reagem de volta sobre a Lua forçando seu afastamento e a redução do período de rotação da Terra.
Os planetas telúricos: Vênus tem um diâmetro de 95% do da Terra e 81,5% da sua massa, mas não tem luas. Quais seriam as razões?
Os planetas telúricos (Mercúrio, Vênus, Terra e Marte): Vênus tem um diâmetro de 95% do da Terra e 81,5% da sua massa, mas não tem luas. Quais seriam as razões? (http://solarsystem.nasa.gov)

quarta-feira, 6 de junho de 2012

Enterprise chega a museu onde será exposto em Nova York

Nave serviu como protótipo para a construção dos ônibus espaciais.
Programa foi aposentado em 2011 e veículos viraram peças de museu.


A nave Enterprise navegou nesta quarta-feira (6) pelo Rio Hudson, em Nova York, até chegar à sua nova casa, o museu Intrepid, que é um porta-aviões ancorado ao lado da ilha de Manhattan.
A Enterprise é um protótipo que foi usado para testar os ônibus espaciais que a Nasa usou durante três décadas em suas missões, mas ela mesmo nunca chegou a ir ao espaço.
O programa foi aposentado em 2011, e os veículos sobreviventes – Discovery, Atlantis e Endeavour – viraram peças de museu. Challenger e Columbia, os outros ônibus espaciais construídos pela agência americana, foram perdidos em acidentes em 1986 e 2003, respectivamente.
A nave deveria ter chegado ao museu na terça, mas o transporte foi adiado devido ao mau tempo. No domingo, a Enterprise foi levemente danificada quando uma rajada de vento a fez atingir uma pilha de madeira.

Enterprise é levada de navio a museu em Nova York (Foto: Reuters/Mike Segar)
Enterprise é levada de navio a museu em Nova York (Foto: Reuters/Mike Segar)



Nave é vista passando pelo rio Hudson ao fundo de uma rua de Manhattan (Foto: Don Emmert/AFP)
Nave é vista passando pelo rio Hudson ao fundo de uma rua de Manhattan (Foto: Don Emmert/AFP)
 

Enterprise com a Estátua da Liberdade ao fundo (Foto: Reuters/Mike Segar)
Enterprise com a Estátua da Liberdade ao fundo (Foto: Reuters/Mike Segar)

Veja Vênus entre a Terra e o Sol de várias partes do mundo

Fenômeno de quase 7 horas de duração foi visto como ponto preto na superfície solar; ver de novo, só em 2117.



terça-feira, 5 de junho de 2012

Começa o último trânsito de Vênus

Começou às 19h09 desta terça-feira (05) o último trânsito de Vênus entre o Sol e a Terra neste século.
O evento, que pode ser acompanhado ao vivo pelo site da Nasa, irá durar cerca de sete horas.
Foto de Vênus antes do trânsito. Ela mostra Vênus (esse pontinho preto) se aproximando do astro
Foto de Vênus antes do trânsito. Ela mostra Vênus (esse pontinho preto) se aproximando do astro

Pouco antes do início da transmissão, um problema de falta de energia interrompeu o vídeo. Mais de 300 mil internautas estavam assistindo pelo canal.
Outra passagem como essa só voltará a acontecer daqui a 105 anos, em 2117.
No Brasil, o fenômeno só pode ser visto no extremo oeste do Acre e do Amazonas.

Nasa capta 'fratura solar' que pode provocar tempestade geomagnética

Buraco coronal no Sol foi verificado por telescópio no último domingo.
Ventos solares devem atingir a Terra entre esta terça e a próxima quinta


Imagem divulgada pela agência espacial norte-americana (Nasa) nesta terça-feira (5) mostra um buraco coronal no Sol que foi captado no último domingo (3).
De acordo com a Nasa, o registro foi feito com a ajuda de um telescópio de raio-X, que realizava voos acima da atmosfera da Terra para revelar detalhes sobre a estrutura solar.
Os buracos coronais são associados a tempestades solares. De acordo com cientistas, ventos deste astro “escapam” de fraturas que se abrem na região dos polos do Sol e se encaminham para a Terra, onde causam tempestades geomagnéticas. O resultado disso são as auroras boreais, espetáculos luminosos que ocorrem na região do Polo Norte.
Segundo a Nasa, as atividades decorrentes deste buraco coronal devem atingir o planeta entre esta terça e a próxima quinta-feira (7).
Imagem mostra um buraco coronal encontrado no Sol no último domingo. Ventos que escapam desta "fratura" se encaminham para a Terra e podem causar tempestades eletromagnéticas. (Foto: NASA/AIA/Solar Dynamics Observatory/Handout/Reuters)
Imagem mostra um buraco coronal encontrado no Sol no último domingo. Ventos que escapam desta "fratura" se encaminham para a Terra e podem causar tempestades eletromagnéticas. (Foto: NASA/AIA/Solar Dynamics Observatory/Handout/Reuters)

Astrônomos observam uma das galáxias mais distantes já vistas

Galáxia está a 13 bilhões de anos-luz da Terra.
Imagem corresponde aos primórdios do Universo.


Um grupo de astrônomos anunciou a descoberta de uma das galáxias mais antigas já detectadas. Ela está a 13 bilhões de anos-luz da Terra, e o que se vê é a imagem dela com apenas 800 milhões de anos de idade, o que é considerado a infância do Universo.
A galáxia recebeu o nome de LAEJ095950.99+021219.1. Ela foi visualizada pela primeira vez em 2011, com a combinação de telescópios no Chile e nos Estados Unidos, capazes de captar a luz em diversos espectros. A descoberta foi detalhada na revista científica “Astrophysical Journal Letters”.
A imagem dos primórdios do Universo é uma boa oportunidade de pesquisas para os astrônomos. Estudando objetos como esse, eles podem entender como as galáxias se formam e crescem.
“Com o passar do tempo, as pequenas bolhas que formam estrelas fazem uma dança, se fundem e formam galáxias cada vez maiores. Em algum momento no meio do caminho, ao longo da idade do Universo, elas começaram a se parecer com as galáxias que vemos hoje. Por que, como, quando e onde isso acontece é uma área ativa para pesquisas”, explicou Sangeeta Mlhotra, da Universidade do Estado do Arizona, um dos autores do estudo.
Imagem disponível da galáxia LAEJ095950.99+021219.1 (Foto: James Rhoads/Divulgação)
Imagem da galáxia LAEJ095950.99+021219.1
(Foto: James Rhoads/Divulgação)

Vênus passa entre a Terra e o Sol nesta terça

Fenômeno ocorre à noite e será visto em poucos pontos do Brasil.
Trânsito de Vênus só deverá se repetir em 2117.


O trânsito de Vênus, que poderá ser visto nesta terça-feira (5) nas Américas Central e do Norte e na Europa, é uma oportunidade única para a ciência, mas também para a curiosidade humana, asseguram especialistas. No Brasil, ele só deve ser visto em alguns pontos do Acre, do Amazonas e de Roraima.
"O interessante é que o fenômeno volta a ocorrer apenas em centenas de anos", disse Eduardo Araujo, cientista da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). "O planeta passa entre a Terra e o Sol e é visto como um pontinho que percorre o Sol", explicou.
A distância é tão grande que não tem nenhum efeito sobre a Terra, mas é uma "grande oportunidade" para os cientistas estudarem os movimentos ondulares, as forças gravitacionais, a densidade e outros aspectos.
Já começou o recolhimento de dados, mas os resultados não serão vistos imediatamente, uma vez que os estudos que apresentarão as primeiras descobertas só serão concluídos em meses.
"É uma oportunidade do ponto de vista do mundo científico, mas do ponto de vista da curiosidade humana é única também", assegurou Araujo, ao lembrar que nem todas as gerações têm a oportunidade de ver uma transição.
Os Trânsitos de Vênus são pouco comuns, acontecem em pares separados por oito anos e depois não voltam a ocorrer em menos de 100 anos. O último foi em 2004, e, após esse, que completa o par, os especialistas calculam que não acontecerá outro até 2117.
A Nasa prevê seu início entre 19h09 e 19h27 (horário de Brasília), e a saída para algum momento entre 1h32 e 1h50 de quarta.
Vênus passa à frente do Sol em imagem de arquivo de junho de 2004. (Foto: Geert Vanden Wijngaert / Arquivo / AP Photo)
Vênus passa à frente do Sol em imagem de arquivo de junho de 2004. (Foto: Geert Vanden Wijngaert / Arquivo / AP Photo)

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Veja imagens do primeiro eclipse parcial da Lua em 2012

Países que ficam no extremo oriente do planeta puderam observar o primeiro eclipse parcial da Lua de 2012 nesta segunda-feira (4).
"Parece que uma mordida foi dada na Lua", comentou Jonti-Horner, do departamento de astrofísica da Universidade de New South Wales.
O eclipse parcial lunar ocorre quando a Terra fica entre a Lua e o Sol, lançando uma sombra sobre o seu satélite natural. A próxima ocorrência não deve ser antes do ano de 2117.
Esse tipo de eclipse é um acontecimento frequente, mas "ainda vale ser visto por causa do interesse astronômico", lembrou Fred Watson, do Observatório Anglo-Australiano.
No Japão, um grupo de 20 pessoas se reuniu em um observatório astronômico que está localizado a 367 metros do nível do mar em Rikubetsu, no norte da ilha de Hokkaido.
Na capital da Malásia, Kuala Lumpur, as nuvens prejudicaram a visualização. Na Indonésia, o tempo estava bom e o eclipse pôde ser visto durante 90 minutos.

Lua tem 37% de sua superfície coberta pela sombra da Terra; a foto é de Sidney, Austrália


 

Montagem mostra os fases diferentes do eclipse lunar parcial em Manila, nas Filipinas



Primeiro eclipse lunar parcial do ano é visto de telescópio em Jacarta, na Indonésia




Na capital da Malásia, Kuala Lumpur, as nuvens prejudicaram a visualização




A próxima data de observação não será antes do ano de 2117



Eclipse parcial lunar e, ao fundo, a torre da TV Sapporo, em Sapporo, no Japão


A Lua, vista dos céus de Manila, nas Filipinas, no primeiro eclipse parcial de 2012


O eclipse lunar ocorre quando a Terra se encontra entre a Lua e o Sol


Nasa enviará aeronave para sobrevoar olho de furacão

Projeto HS3 pretende melhorar a previsão de fortes tempestades.
Avião não tripulado voa a mais de 18 mil metros de altitude.


A Nasa deve estrear nos próximos meses um avião não tripulado para observar a formação de furacões. O projeto, considerado pelos criadores uma “sentinela de fortes tempestades”, recebeu o nome de HS3. A ideia é melhorar a previsão das tempestades que se originam no Atlântico e atingem o Caribe e o sul dos Estados Unidos.
O projeto usará aviões Global Hawk, da Nasa, para ver os furacões de perto e por cima deles. As aeronaves atingem altitudes superiores a 18 mil metros e conseguem ficar até 28 horas no ar – o que seria impossível para aviões tripulados.
“A intensidade dos furacões pode ser muito difícil de prever pela compreensão insuficiente de como as nuvens e os padrões de vento dentro da tempestade interagem com a sua natureza. O HS3 procura melhorar nossa compreensão desses processos, aproveitando as capacidades de observação do Global Hawk, em conjunto com medidas de outros instrumentos avançados”, afirmou Scott Braun, pesquisador principal do projeto.
O principal período de formação de furacões na região é o verão – do hemisfério norte, que vai de junho a setembro. Em 2012, a missão começa no fim de agosto e vai até o início do outubro. Para o futuro, a ideia é mantê-la em operação de 1º de junho até 30 de novembro.
Um dos objetos de estudo do projeto será a influência do ar quente e seco do deserto do Saara na formação das tempestades no Atlântico. Pesquisas anteriores apontaram essa relação, mas o processo ainda não foi bem compreendido pelos cientistas.
Avião Global Hawk, que será usado pela Nasa na previsão de furacões (Foto: NASA/Tony Landis)
Avião Global Hawk, que será usado pela Nasa na previsão de furacões (Foto: NASA/Tony Landis)

Observadores se preparam para raro trânsito de Vênus

Planeta vai passar entre a Terra e o Sol nesta terça, 4, e quarta-feira, 5, e poderá ser visto de forma total ou parcial, em várias partes do mundo; evento astronônimo só irá se repetir em 2117


Um dos mais raros eventos astronômicos acontece nesta terça, 4, e quarta-feira, 5, quando o planeta Vênus passa entre a Terra e o Sol, o que só irá se repetir em 2117.
Os trânsitos de Vênus acontecem aos pares, com oito anos de intervalo, e mais de um século entre os ciclos. Durante a passagem, Vênus surge como um pontinho escuro e circular passando na frente do Sol.
O trânsito de terça-feira, "complementando" o de 2004, começa às 19h09 (hora de Brasília) e dura seis horas e 40 minutos. Os horários podem variar em até sete minutos, dependendo da localização do observador.
Em sete continentes, inclusive a Antártida, os observadores poderão ver o fenômeno de forma total ou parcial. Ele só deve ser observado com telescópios equipados com filtros solares, para proteger os olhos.
Pela internet, um arsenal de telescópios terrestres e espaciais irá divulgar fotos e vídeos ao vivo. Até astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional irão participar.
"Faz tempo que estou planejando isso", disse o engenheiro de voo Don Pettit em entrevista para a Nasa. "Eu sabia que o trânsito de Vênus aconteceria durante o meu turno, então trouxe um filtro solar comigo."
E o evento não se resume a belas fotos. Várias experiências científicas estão planejadas, inclusive estudos que ajudariam na busca por planetas habitáveis além da Terra.
Isso porque essa busca é feita quando planetas extrassolares passam diante das suas estrelas, como Vênus diante do Sol. O trânsito desta semana será uma oportunidade de mensurar a densa atmosfera venusiana, e os dados serão usados no desenvolvimento de técnicas para a mensuração de atmosferas de outros planetas.
As pesquisas também podem revelar por que a Terra e Vênus, que têm quase o mesmo tamanho e orbitam a quase a mesma distância em relação ao Sol, são tão diferentes.
Vênus tem uma atmosfera sufocante, cem vezes mais espessa que a nossa, e quase toda composta por dióxido de carbono, um gás do efeito estufa que eleva a temperatura de lá a quase 500ºC. Enormes nuvens de ácido sulfúrico se deslocam a 350 quilômetros por hora, causando tempestades ácidas. Tudo isso pode ajudar os cientistas a entenderem as mudanças climáticas na própria Terra.
Durante trânsitos anteriores de Vênus, os cientistas puderam calcular o tamanho do Sistema Solar e a distância entre o Sol e seus planetas.
O trânsito de terça-feira é apenas o oitavo desde a invenção do telescópio, e será o último até 10/11 de dezembro de 2117.
Esse é também o primeiro trânsito ocorrido na presença de uma sonda terrestre em Vênus. Observações da sonda europeia Express serão comparadas às dos vários telescópios terrestres e espaciais.
E, naturalmente, não poderia faltar um aplicativo para astrônomos amadores. Quem tiver celulares com sistemas Apple ou Android poderá baixar um programa gratuito para aprender mais sobre o trânsito, interagir com observadores e acompanhar em tempo real o trânsito ao redor do mundo. O aplicativo está disponível em vários sites, inclusive http://tov2012.esri.com/, http://transitofvenus.nl/wp/ e http://www.eclipse-maps.com/.

sábado, 2 de junho de 2012

Nova tentativa de encontrar alienígenas termina sem resultados

Cientistas testaram nova técnica tentando identificar sons emitidos por vida inteligente

A primeira tentativa de encontrar vida inteligente fora da Terra por meio de novas ferramentas terminou em vão. Astrônomos australianos utilizaram uma "enorme quantidade de dados de interferometria" para examinar a estrela Gliese 518, que teria planetas em sua chamada zona habitável, mas não encontraram transmissões alienígenas, de acordo com o relatório publicado no Astronomical Journal.
A busca por vida no espaço é fundamentalmente um jogo de tentativa e erro, e por isso os resultados não frustraram a equipe. Recentemente, o interesse nessas buscas direcionadas cresceu conforme se tornaram um método comum para procurar alienígenas.
Os astrônomos atualmente estimam que cada estrela hospeda, em média, 1,6 planeta, o que os leva a crer que ainda há bilhões de corpos celestes no espaço. Alguns astros, porém, abrigam planetas em sua órbita a uma distância ideal para que a atmosfera não seja nem muito quente e nem muito fria para haver água, o que estabelece condições básicas para a vida.
A Gliese 581 é uma anã vermelha a cerca de 20 anos luz da Terra e é uma candidata interessante a servir de alvo para as o programa de Buscas por Inteligência Extraterrestre (Seti, na sigla em inglês). A estrela tem seis planetas, dois dos quais são "Superterras".
Por isso, os astrônomos do Centro Internacional de Pesquisas Astronômicas da Universidade de Curtin, Austrália, usam técnicas de ondas de rádio de alta resolução para buscar sons emitidos no espaço.
O método de interferometria usado pelos cientistas consiste no uso de vários telescópios, um distante do outro, combinando cuidadosamente seus sinais para que eles atuem como se fossem um único grande e poderoso aparelho, observando um ponto no espaço.
A equipe observou o Gliese 581 por oito horas, ouvindo os sons em várias frequências. O resultado, porém, foi o silêncio, mas a experiência ao menos serviu como atestado de que a técnica da interferometria é particularmente viável para esse tipo de busca focalizada.
"Considerando o fato de que poderíamos ter, por exemplo, olhado para a Terra por bilhões de anos, só teríamos achado vida inteligente se tivéssemos observado nos últimos 70 anos, e bem de perto. Isso porque é um planeta que está na zona habitável, tem oceanos líquidos, atmosfera", disse, concluindo ao dizer que o fato de não ter encontrado vida em um sistema solar não quer dizer que não haja alienígenas em outros.
Método dainterferometria consiste no uso de vários telescópios trabalhando em conjunto - SPL/BBC
Método dainterferometria consiste no uso de vários telescópios trabalhando em conjunto

sexta-feira, 1 de junho de 2012

Cápsula Dragon é resgatada do oceano Pacífico; veja foto

A cápsula não tripulada Dragon, que entrou para a história como a primeira lançada por uma empresa comercial para abastecer a ISS (Estação Espacial Internacional), a SpaceX, foi resgatada do oceano Pacífico.
O diretor da SpaceX, Elon Musk, postou no Twitter:"Amerissagem [pouso no mar] bem sucedida!!" O pouso ocorreu às 12h42 de quinta-feira (31 de maio), no horário de Brasília.
A nave caiu no mar a 900 km da Baixa Califórnia, com a queda amortecida por três paraquedas vermelhos e brancos.
"Amerissagem! A cápsula Dragon, da SpaceX, pousou com segurança no oceano Pacífico, concluindo a primeira missão de uma companhia comercial para reabastecer a ISS", destacou a agência espacial americana no Twitter.
Japão e Europa também têm naves de carga capazes de chegar ao laboratório orbital, mas não conseguem trazer a carga de volta intacta.
A cápsula da SpaceX é maior do que as cápsulas russas da Soyuz e é capaz de trazer de volta mais carga. Isso é importante para não sobrecarregar a armazenagem no interior da ISS.
A cápsula Dragon tem 4,4 metros de altura por 3,66 metros de diâmetro. Pode transportar até 3,31 toneladas, distribuídos entre o compartimento pressurizado na cápsula e o compartimento não pressurizado de carga.
De propriedade do bilionário da internet Elon Musk, a SpaceX pretende começar a levar pessoas para a estação orbital em 2015.
A SpaceX e sua concorrente, a Orbital Sciences Corporation, ambas financiadas pela Nasa, provavelmente se tornarão líderes dos serviços de transporte de carga à estação orbital, que deve permanecer operacional até 2020, segundo a Nasa.
A companhia tem um contrato de US$1,6 bilhão com a agência espacial americana para abastecer a estação nos próximos anos e a Orbital Sciences tem um contrato de US$1,9 bilhão para fazer o mesmo. O voo de testes da Orbital está previsto para o final deste ano.
A cápsula foi lançada de Cabo Cañaveral, na Flórida, em 22 de maio, transportando 521 quilos de carga ao laboratório orbital, incluindo comida, provisões, computadores, utensílios e experimentos científicos, e trouxe de volta uma carga de 660 quilos à Terra.
Depois de ter sido recuperada no oceano, a cápsula Dragon será levada ao Texas para que a carga seja devolvida à Nasa.

Cápsula não tripulada Dragon depois de retirada do mar, ao voltar de missão à estação espacial
Cápsula não tripulada Dragon depois de retirada do mar, ao voltar de missão à estação espacial

Revista científica lista maiores mistérios atuais da astronomia

'Science' selecionou oito fenômenos ainda não explicados pela física.
Lista inclui tópicos como a matéria escura.

A “Science”, uma das mais prestigiadas revistas científicas do mundo, geralmente traz em suas páginas pesquisas com importantes avanços, que esclarecem questões fundamentais da ciência. Nesta semana, no entanto, a publicação deu espaço a dúvidas que ainda não foram solucionadas.
Os editores da revista prepararam uma série chamada “Mistérios da Astronomia”, que apresenta oito fenômenos que os especialistas não sabem explicar – ao menos não há um consenso para isso.
O que é energia escura?
Há 14 anos, os cientistas descobriram a energia escura, mas ainda não conseguiram explicar exatamente o que ela é. Pelos conhecimentos que a humanidade tem de física, a expansão do Universo deveria ser cada vez mais lenta. Porém, a expansão está, na verdade, se acelerando. A – desconhecida – causa dessa aceleração recebeu o nome de energia escura.
Os astrônomos têm três possíveis explicações para o fenômeno. Ela pode ser alguma propriedade desconhecida do espaço no vácuo, um novo tipo de campo de força – chamado de “quintessência” – ou, ainda, sinal de que as teorias científicas a respeito da gravidade estão incorretas. O grande problema é que os especialistas não têm nem pistas de como poderão fazer experiências para chegar a uma conclusão.
Galáxia Abell 1689 teria matéria escura, segundo os astrônomos (Foto: Nasa, ESA, E. Jullo (JPL), P. Natarajan (Yale), & J.-P. Kneib (LAM, CNRS))
Galáxia Abell 1689 teria matéria escura, segundo os astrônomos (Foto: Nasa, ESA, E. Jullo (JPL), P. Natarajan (Yale), & J.-P. Kneib (LAM, CNRS))

Qual é a temperatura da matéria escura?
A “matéria escura” é uma teoria desenvolvida em 1933 para explicar como as galáxias se mantêm unidas. Uma quantidade de massa invisível explicaria o campo gravitacional que une os corpos celestes de uma galáxia.
Os físicos ainda não sabem precisamente o que é a matéria escura, mas provavelmente conseguirão detectar algumas de suas partículas dentro de poucos anos. Até lá, a temperatura dessa matéria permanecerá um mistério. Pela teoria atual, ela deveria ser gelada, mas se admite que ela pode ser bem mais quente.
Onde estão os bárions desaparecidos?
Bárion é um termo genérico para descrever as partículas subatômicas, como os prótons e os nêutrons. Pelos cálculos dos astrônomos, cerca de 10% da massa bariônica do Universo está nas galáxias. Gases quentes intergalácticos também formam 10% do Universo, e outros 30% são nuvens de gases frios.
Sobraram 50%, a metade das partículas do Universo, que os cientistas não conseguem localizar. Uma teoria afirma que esses bárions estariam num plasma difuso, mas ainda não há consenso quanto a isso.
Como as estrelas explodem?
A morte de uma estrela não é um processo pacífico. Depois de brilharem por milhões, muitas vezes bilhões de anos, elas se transformam em uma bola de fogo gigante conhecida como “supernova”. As supernovas já são objeto de estudo científico há décadas, mas ainda não está claro para os astrônomos quais são os processos que antecedem a explosão dentro das estrelas.
Imagem da supernova RCW 86, feita com a composição de dados obtidos por quatro telescópios diferentes (Foto: Nasa/ESA/JPL-Caltech/UCLA/CXC/SAO)
Imagem da supernova RCW 86, feita com a composição de dados obtidos por quatro telescópios diferentes (Foto: Nasa/ESA/JPL-Caltech/UCLA/CXC/SAO)

O que reionizou o Universo?
O estudo da história do Universo tem uma lacuna importante que diz respeito ao que acontece dentro dos átomos. De acordo com a teoria, o Big Bang, a explosão que deu início ao Universo como conhecemos, aconteceu há 13,7 bilhões de anos.
Cerca de 400 mil anos depois disso, com a temperatura já mais fria, a atração natural de prótons e elétrons formaria átomos estáveis de hidrogênio. Centenas de milhões de anos depois, no entanto, algo retirou elétrons desses átomos, e formou íons – que não têm um número estável de elétrons e, por isso são mais propensos a reações. O que não se sabe é o que foi esse algo responsável pela reionização.
Qual é fonte dos raios cósmicos mais energéticos?
Há 50 anos, no estado norte-americano do Novo México, cientistas detectaram uma partícula extremamente energética, que recebeu o nome de raio cósmico. Esse raio era, na verdade, um núcleo de um átomo que vaga pelo Universo trombando em corpos celestes, com uma energia de 100.000.000.000.000.000.000 eV – valor tão alto que não podia ser produzido por nenhum processo conhecido até então. E continua sendo, por que os cientistas ainda não conhecem o processo que gera tamanha energia.
Por que o Sistema Solar é tão bizarro?
Pelo Universo afora, planetas de todos os tipos – quentes, frios, rochosos, gasosos, grandes e pequenos – giram ao redor de estrelas. O Sol é capaz de reunir essa diversidade de planetas em torno de si.
Levando em conta massa, composição química e tamanho, Vênus seria o par mais próximo da Terra, mas os planetas são quase opostos. Vênus tem uma atmosfera ácida, densa e quente, e não tem sinais de já ter tido água – enquanto a Terra é cheia de oceanos. A rotação dos dois também é completamente diferente – em Vênus, o dia dura mais que o ano.
A comparação entre Terra e Vênus é apenas um exemplo da diversidade encontrada entre os oito planetas e outros corpos celestes do sistema.
Por que a coroa solar é tão quente?
No interior do Sol, onde ocorre fusão nuclear, a temperatura supera os 16 milhões de graus Celsius. Na superfície, a temperatura é bem mais baixa, na casa de 5 mil graus Celsius. Porém, acima da superfície, se forma a coroa solar, onde a temperatura supera 1 milhão de graus Celsius.
Os cientistas sabem que a energia solar é suficiente para gerar temperaturas tão altas e que o campo magnético do Sol é forte o bastante para levar a energia até o campo magnético. Os detalhes do processo, no entanto, ainda estão longe de ser um consenso, e há várias teorias conflitantes oferecendo essa explicação.
'Música solar' ocorre em fluxos magnéticos que compõem a coroa solar. (Foto: Nasa/Divulgação)
É na coroa solar que se originam as erupções solares (Foto: Nasa/Divulgação)