terça-feira, 31 de dezembro de 2013

No desconhecido: Sinais de água em Marte



Por trás de toda expedição científica há inúmeras perguntas sem respostas, como por exemplo, haverá vida em Marte?
"Não sabemos a distância que temos que percorrer,  e temos um rio desconhecido a explorar. Quais serão as quedas? Não sabemos. Quais as pedras que bloquearão o caminho? Não temos ideia. Quais as muralhas que se erguerão sobre o rio? Também não sabemos. Ah, bom! podemos imaginar muitas coisas."- John Wesley Powell

Nasa/JPL-Caltech/Univ. do Arizona
Marcas escuras sugerem água corrente em Marte, diz Nasa

John Wesley Powell é um dos meus heróis. Exatamente 143 anos antes de nossa sonda Curiosity aterrissar em Marte (5 de agosto de 2012), o veterano da Guerra Civil, com um braço só, liderou uma missão com nove homens que, em quatro canoas de madeira, se arriscaram pelo indomável rio Colorado e pelo desconhecido Grand Canyon.
Tenho pensado muito nele ultimamente, principalmente porque parece haver algumas semelhanças entre o que ocorreu na desolação magnífica do norte do deserto do Arizona há mais de um século e o que está acontecendo em Marte nos dias de hoje: as colinas e planaltos em múltiplas tonalidades e a sequência incandescente de faixas coloridas que tornam aquela maravilha natural ainda mais grandiosa e que também podem ser encontradas a 160 milhões de quilômetros daqui.
A expedição geográfica de Powell foi um fator de mudança no entendimento da história geológica não só da região ou do continente, mas do planeta inteiro. Com a missão Curiosity da NASA, nós não só redefinimos o que achávamos que Marte era como o descobrimos ser muito mais receptivo a vida do que supúnhamos. Nós também estamos explorando um fator de mudança em potencial que se parece muito com o do Grand Canyon.
Hoje todos nós sabemos muito bem como é o desfiladeiro, mas, naquela época, Powell e sua equipe tinham apenas uma vaga ideia do que encontrariam pela frente. Trezentos anos antes dele, os conquistadores espanhóis foram os primeiros europeus a visitar a região. Três deles inclusive conseguiram descer um terço do perímetro na parte sul até que a sede e o senso de autopreservação levassem a melhor. Outros vieram depois e se maravilharam com toda aquela majestade, mas, antes de 1869, ninguém com tino científico olhou para cima lá da base para se perguntar o que era tudo aquilo.
Powell não era só um cientista excepcional, era gente boa de verdade. Durante a Batalha de Shiloh, na Guerra de Secessão, perdeu parte do braço direito para um tiro de espingarda. Porém, sendo leal à causa, se recuperou, participou de várias outras campanhas e ainda fez amizade com Ulysses S. Grant, o comandante dos exércitos da União.
Fascinado por pedras, dizem que "o Major" (como gostava de ser chamado) fez um estudo dos fósseis que encontrou nas trincheiras durante a Batalha de Vicksburg. Depois da guerra, tornou-se professor de Ciências Naturais na Universidade Wesleyan, em Illinois, mas deixou o cargo quando a ânsia de explorar o Oeste do país passou a consumi-lo. (Uma história curiosa, que também aconteceu depois da guerra: Powell fez amizade com um oficial confederado que tinha perdido o braço esquerdo em Shiloh. Nos anos seguintes, cada vez que um deles comprava um par de luvas, mandava a que não precisava para o outro.)
É claro que como o Major não tinha parte de um braço, descer corredeiras ou fazer escalada estavam fora de cogitação. Mesmo com toda a sua bagagem cultural e experiência de campo, ele não tinha a mínima ideia de onde estava se metendo - mas sabia o que buscava. É o tipo de intuição científica que se desenvolve depois de muitos anos. E sabia também que eram só conjecturas. E foi por isso que foi em frente.
Enfrentando a correnteza do rio desconhecido sempre que possível e carregando nas costas os barcos pesados de carvalho e pinho quando impossível (o que acontecia com frequência), a primeira expedição científica ao Grand Canyon percorreu as alcovas, rochedos e anfiteatros do desfiladeiro com o objetivo de mapeá-lo e documentar sua história geológica.
A missão de Powell reescreveu os dados da história do nosso planeta. Equipados com barômetros, cronômetros, termômetros, bússolas, cadernos e lápis, o Major e sua equipe começaram a preencher os vazios dos registros históricos da Terra. Entre suas descobertas está a sucessão de grossas camadas de rochas que ajudou a transformar a própria constituição do Grand Canyon num dos arquivos de histórico geológico mais ricos do mundo. Além disso, gerou na mente de Powell a ideia radical de que o próprio desfiladeiro foi formado conforme o rio Colorado foi abrindo caminho lentamente - ao longo de milhões de anos - num paredão de pedra. Ainda mais improvável era a questão: se o rio levou tanto tempo para abrir caminho através de uma pilha de camadas rochosas de menos de dois mil metros de altura, então qual a idade dessas camadas?
Pensamentos como esse estavam entre os mais profundos do século XIX, quando o mundo lutava para aceitar a noção de "tempo profundo", da grande antiguidade da Terra e do conceito de que alguns processos geológicos seguem a marcha inexorável do tempo e não eventos repentinos e cataclísmicos como terremotos e enchentes. Com o devido tempo, seguindo a lógica, a água consegue escavar a rocha mais sólida e as montanhas se reduzem a planícies. Esse "gradualismo" é que corrobora o pensamento geológico moderno.
As duas expedições de Powell (ele enfrentaria a força do Colorado novamente em 1871) brindaram o público com histórias fascinantes sobre o Oeste norte-americano e desafiou os cânones científicos da época. Agora estamos prestes a fazer o mesmo em Marte, com a grande diferença que nossa equipe é composta não só de nove homens, mas 472 homens e mulheres representando treze países.
Desde a chegada da Curiosity, há um ano e quatro meses, já alcançamos os principais objetivos da nossa missão principal. Depois de apenas oito meses, a sonda descobriu que por baixo das suas seis rodas de alumínio estavam os restos do leito de um antigo lago de água fresca, do tipo que poderia ter abrigado microorganismos simples - com baixo teor de sal, livre de ácidos fortes e cheia de nutrientes. Um ser humano poderia até beber um copo dela, mesmo que engarrafá-la para revender não fosse uma boa ideia.

A sonda e seu laboratório de espectrômetros, lasers, difratômetro de raio-X, detector de radiação, gerador de nêutrons e 17 câmeras, e até sua própria estação meteorológica, foram fundo nos registros ambientais dos primórdios da história marciana. Dados da Curiosity mostram que, se um dia os micróbios tivessem se originado em Marte, teriam disponíveis enxofre, nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, fósforo e carbono, ou seja, alguns dos principais ingredientes para garantir a presença de vida. Esses organismos primitivos poderiam ter se alimentado da energia química armazenada nas rochas e minerais exatamente como a lâmpada incandescente que se acende graças aos produtos químicos armazenados numa bateria de célula seca. É tudo uma questão do estado de oxidação mineral, do fluxo de elétrons através das rochas e dos micróbios e da quimiolitoautotrofia (para quem quiser se aprofundar).
Alguns micróbios aqui na Terra vivem do consumo desse exato tipo de fonte de energia. Eles "comem" pedra. Será que o mesmo aconteceu na antiguidade de Marte? Quando você junta tudo a coisa fica mais interessante ainda e nos deixa mais próximos de descobrir se a vida já se originou em outro lugar que não a Terra.
Enquanto você lê este artigo, a Curiosity está atravessando alguma planície para se aproximar cada vez mais da base do Monte Sharp, uma montanha gigantesca formada por uma pilha de camadas de rocha cuja altura é três vezes maior que a profundidade do Grand Canyon. É claro que cobrindo cerca de meio campo de futebol por dia significa que vai demorar vários meses para chegar lá, mas tudo bem. As estradas não são asfaltadas e o mecânico mais próximo fica a milhões de quilômetros de distância. Queremos chegar com tudo em ordem, e assim será. A cada dia que passa a sonda envia imagens cada vez maiores do sopé da montanha em seu visor e com isso a sensação de que vamos desvendar algo importante só faz crescer. Entretanto, conforme nos aproximamos, fica difícil não olharmos um para o outro, cercados de computadores e quadros brancos, e nos perguntarmos: "Será esse o fim da linha?"
Por enquanto, só podemos imaginar o potencial do Monte Sharp. Como o Grand Canyon, ele nos mostra as páginas de um livro de história antiga. Suas camadas são cápsulas dos primórdios do tempo e a nossa Curiosity tem o poder para de decifrar seu significado. Não sabemos ainda que histórias tem para nos contar, mas esperamos que sejam interessantes.
Talvez se descubra que há bilhões de anos havia um lago onde hoje fica o Monte Sharp, ou que havia uma fonte jorrando numa de suas encostas. Talvez haja evidências de que as camadas de rochas estejam expostas não porque um rio abriu caminho por elas milhões de anos atrás, mas sim por causa do efeito de bilhões de anos de vento, efeito máximo do gradualismo.
Porém, também temos que nos preparar para ler um epitáfio desolador de um planeta lutando para lidar com o declínio ambiental irreversível. Bilhões de anos atrás, Marte passou por uma mudança monumental em seu ambiente ao perder grande parte da água para o espaço. Imagine como sendo a "Grande Seca". Hoje, o Planeta Vermelho é mais ressecado que um osso e não sabemos por que essa deterioração climática se deu numa época em que a vida vicejava na Terra.
Para terminar, eu sei a pergunta que você quer fazer, houve ou há vida lá? Como cientista chefe da missão Curiosity, tenho que responder essa questão o tempo todo. E a resposta, simples e agonizante ao mesmo tempo, é: não dá para dizer... e é mais que provável que a nossa sonda também não possa esclarecer essa dúvida. Ela não foi projetada para isso. Nossa missão é examinar evidências de condições ambientais favoráveis a vida, como esses meio ambientes mudaram e se eram adequados para preservar a evidência da vida que porventura tenha existido ali.
Não se preocupe, nossa curiosidade vai levar a melhor e vamos acabar descobrindo. Em 2020, a Nasa planeja lançar uma sonda que vai coletar amostras, talvez de lugares semelhantes àqueles que a Curiosity explorou, que possam ser trazidas para a Terra, onde poderemos procurar por sinais de vida em Marte. É o próximo passo lógico. O que essa nova sonda vai descobrir, como Powell no Grand Canyon, nós não sabemos. Podemos só especular.
Só posso lhe dizer que mal posso esperar.
(John Grotzinger é Professor Fletcher Jones de Geologia do Instituto de Tecnologia da Califórnia e cientista do projeto da sonda Mars Science Laboratory.)

Reprodução
Nasa simula Marte há 4 bilhões de anos: com rios e espessa atmosfera

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/12/30/no-desconhecido-sinais-de-agua-em-marte.htm

domingo, 29 de dezembro de 2013

Veja os satélites que 'morreram' ou falharam em 2013

Confira quais foram as descobertas que fizeram no espaço.
Cbers-3, parceria entre Brasil e China, foi o último deles a falhar.

Em 2013, pelo menos nove missões científicas espaciais deram adeus a seus satélites e sondas. Entre os motivos, estão falha mecânica, fim do combustível, perda de comunicação e falha no lançamento, o que ocorreu em dezembro com o Cbers-3, uma parceria entre o Brasil e China. Relembre os satélites e sondas que terminaram suas missões em 2013:

Herschel

Telescópio espacial Herschel é um exemplo de instrumento que precisa de suprimento constante de energia. (Foto: C. Carreau / ESA)
Telescópio espacial Herschel é um exemplo de
instrumento que precisa de suprimento constante
de energia. (Foto: C. Carreau / ESA)

Em abril, o telescópio Herschel, enviado ao espaço em 2009 pela Agência Espacial Europeia (ESA), encerrou suas atividades de observações após consumir toda a reserva de hélio líquido que resfriava seus instrumentos. Uma das suas principais funções era estudar a formação das estrelas.
O Observatório Espacial Herschel, nome oficial do equipamento, acumulou mais de 25 mil horas gravadas de dados científicos e fez aproximadamente 35 mil observações espaciais no período em que esteve em operação. A ESA o avaliou como o maior e mais poderoso telescópio infravermelho já lançado ao espaço.
O Herschel encontrou moléculas de oxigênio e de gases nobres no espaço, detectou o nascimento de estrela giante, a existência de uma “fábrica de estrelas”, entre outras descobertas.

Landsat 5

Ilustração da Nasa mostra o satélite Landsat 5 (Foto: NASA)
Ilustração da Nasa mostra o satélite
Landsat 5 (Foto: NASA)

Em junho, o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS) transmitiu o último comando para o satélite Landsat 5. Ele era administrado em parceria com a Nasa e havia sido lançado ao espaço em 1984. Em 29 anos e 3 meses de operação, o Landsat 5 orbitou o planeta Terra por mais de 150 mil vezes e transmitiu mais de 2,5 milhões de imagens da superfície da Terra, segundo o USGS.

O Landsat 5 documentou secas, inundações, cheias de rios, erupções vulcânicas, desmatamento, a influência humana sobre o ambiente, entre outros fenômenos. O satélite foi o principal instrumento usado para monitoramento remoto da Amazônia, oferecendo dados para o Prodes (Projeto de Monitoramento do Desflorestamento na Amazônia Legal), do Ministério do Meio Ambiente do Brasil.

Segundo o USGS, o Landsat 5 entrou para o Guinness Book por ser a missão de satélite de observação da Terra mais longa da história.

Jason-1

Ilustração mostra satélite Jason-1, projeto dos EUA e França, que desde 2001 monitorava os oceanos. Equipamento entrou em colapso e parou de transmitir dados para a Terra (Foto: Arquivo/Nasa/AP)
Ilustração mostra satélite Jason-1, que monitorava
os oceanos (Foto: Arquivo/Nasa/AP)

O satélite Jason-1, que acompanhou o aumento do nível do mar por mais de uma década e ajudou meteorologistas de todo mundo a realizar melhores previsões de tempo, entrou em colapso em julho.
O equipamento foi construído por uma parceria entre os Estados Unidos e a França, sendo lançado ao espaço em 2001. De acordo com a Nasa, o satélite vai permanecer em órbita por pelo menos mil anos antes de cair em qualquer parte do planeta.

O Jason-1 foi responsável por realizar uma vasta varredura da superfície dos oceanos, realizando medições precisas sobre a altura das ondas e as mudanças de temperatura nos mares.

Segundo os cientistas, o equipamento também foi fundamental para controlar dados sobre o El Niño, fenômeno caracterizado por aquecimento anormal das águas superficiais do Oceano Pacífico perto dos trópicos e que afeta o regime de chuvas nessas regiões.

Kepler

Ilustração mostra o telescópio espacial Kepler (Foto: Nasa)
Ilustração mostra o telescópio espacial Kepler, que
falhou neste ano (Foto: Nasa)

Em agosto, após falhas no telescópio, a Nasa anunciou que parou de tentar solucionar os problemas apresentados pelo Kepler, que foi lançado em 2009 com a missão de buscar provas da existência de planetas similares à Terra fora do sistema solar.

O aparelho apresentou falha no sistema de direção. Foi perdido o controle de dois de seus quatro rotores, utilizados para estabilizar o telescópio e ajustar a direção de suas lentes.

O Kepler vigiou mais de 150 mil estrelas na busca de planetas ou candidatos a planetas a 64 milhões de quilômetros da Terra. Entre suas descobertas, detectou novo planeta a 700 anos-luz da Terra.

Durante seus primeiros anos de missão, encontrou 132 planetas fora de nosso sistema solar. Em novembro, a Nasa divulgou que, segundo dados do Kepler, um quinto das estrelas parecidas com o Sol tem planetas habitáveis.

GOES-12

O satélite GOES-12, do NOAA (Foto: Reprodução/ NOAA/ TouTube)
O satélite GOES-12, do NOAA, foi aposentado em
agosto (Foto: Reprodução/ NOAA/ TouTube)

Ainda em agosto, a vida do satélite GOES-12, monitorado pelo NOAA (Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos) chegou ao fim. Lançado em 2001, ele teve a missão de monitorar o tempo na costa leste dos Estados Unidos, parte do Oceano Atlântico, e na América do Sul. Detectou desde pequenas tempestades até os eventos climáticos mais devastadores, como o furacão Katrina, que passou pelos Estados Unidos em 2005.

Planck


Planck ilustração 1 (Foto: C. Carreau / ESA)
O satélite Planck foi desativado em
outubro (Foto: C. Carreau / ESA)

Outro telescópio da ESA, o Planck foi desativado em outubro após quatro anos e meio de operação.
O Planck, que iniciou sua missão em 2009, era capaz de detectar com uma sensibilidade sem precedentes, a radiação de fundo de micro-ondas (CMB, por sua sigla em inglês), ou seja, a radiação fóssil do Big Bang. Seus dados permitiram elaborar a mais precisa imagem disponível do Universo em sua infância.

O primeiro mapa detalhado da radiação CMB capturada por Planck foi revelado no início deste ano. Os próximos dados cosmológicos obtidos serão divulgados em 2014.

GOCE

Satélite 'Goce', de uma tonelada, teria se desintegrado ao reentrar na atsmofera da Terra. (Foto: Agência Espacial Europeia  / Via AP Photo)
Goce se desintegrou ao reentrar na atsmofera da
Terra (Foto: ESA / Via AP Photo)

Em novembro o satélite Goce, de uma tonelada, fez reentrada programada na atmosfera da Terra e se desintegrou após cruzar o céu sobre a Sibéria, os oceanos Pacífico e Índico e a Antártida, segundo a ESA.
O satélite foi lançado em 2009 para mapear o campo gravitacional da Terra e ficou sem combustível em outubro de 2013, terminando sua missão no espaço.
Durante sua missão, o GOCE captou as vibrações de terremoto que atingiu Japão em 2011, forneceu dados que traçaram mapa preciso da gravidade terrestre e que ajudaram a criar mapa em alta resolução do interior da Terra.

Cbers-3

Imagem do Cbers-3, que terá vida útil de 3 anos e vai fornecer imagens ao Brasil, China e outros países parceiros (Foto: Divulgação/Inpe)
Imagem do Cbers-3 que forneceria imagens ao Brasil,
China e outros países parceiros (Foto: Divulgação/Inpe)

Uma falha na terceira e última etapa do lançamento do satélite sino-brasileiro Cbers-3 fez sua colocação em órbita fracassar em dezembro. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o motor de propulsão de seu lançador, que era chinês, foi desligado 11 segundos antes do previsto, o que impossibilitou que o equipamento atingisse a velocidade mínima para ser mantido em órbita.
O projeto do Cbers-3 foi desenvolvido por parceira entre o Inpe e a Cast para coletar imagens de alta qualidade de atividades agrícolas do território brasileiro e contribuir com o monitoramento da Amazônia. Ele ajudaria no combate a desmatamentos ilegais e queimadas.
O governo brasileiro, que investiu R$ 160 milhões no projeto, declarou que pretende antecipar o lançamento do Cbers-4, que estava previsto para o final de 2015.

Deep Impact

Missão Expoxi utiliza a sonda Deep Impact (Foto: Divulgação/NASA)
Missão Expoxi utiliza a sonda
Deep Impact (Foto: Divulgação/NASA)

Em agosto, a Nasa anunciou que sua sonda Deep Impact perdeu comunicação por rádio com a Terra devido a um suposto problema de software. A sonda (que não é um satélite, já que não orbita um corpor celeste) havia sido lançada em janeiro de 2005 com a missão de estudar de perto o cometa Tempel-1.
A sonda liberou um pedaço de metal de 372 quilos que colidiu contra o núcleo do cometa, provocando uma chuva de partículas para serem analisadas pela nave-mãe e por observatórios remotos.
Depois, a Deep Impact sobrevoou o cometa Hartley 2, em novembro de 2010, analisou seu núcleo e estudou outros objetos distantes. O cometa Ison, conhecido como “cometa do século”, também foi registrado pela sonda.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/veja-os-satelites-que-morreram-ou-falharam-em-2013.html

sábado, 28 de dezembro de 2013

As imagens mais marcantes do espaço em 2013

Galeria preparada pela BBC mostra algumas das melhores imagens relacionadas ao espaço no ano.

O clipe no qual o astronauta canadense e comandante da Estação Espacial Internacional Chris Haldfield canta 'Space Oddity', de David Bowie, foi um dos momentos mais memoráveis do ano. O "primeiro vídeo musical do espaço" se tornou viral ao ser lançado na  (Foto: Nasa / Chris Haldfield)
O clipe no qual o astronauta canadense e comandante da Estação Espacial Internacional Chris Haldfield canta 'Space Oddity', de David Bowie, foi um dos momentos mais memoráveis do ano. O 'primeiro vídeo musical do espaço'; se tornou viral ao ser lançado na (Foto: Nasa / Chris Haldfield)

Em maio deste ano, o astronauta canadense Chris Hadfield se transformou em uma celebridade internacional com um vídeo no qual aparecia tocando violão e cantando a música Space Oddity, de David Bowie. Tudo isso dentro da Estação Espacial Internacional, com gravidade zero.
As imagens do clipe, assim como muitas das fotos tiradas pelo próprio Hadfield a bordo da Estação Espacial e divulgadas por sua conta no Twitter, são algumas das imagens mais marcantes do espaço em 2013, reunidas nesta galeria pela BBC.
A seleção de 16 fotos inclui também imagens marcantes como a de Saturno, feita em novembro pela sonda Cassini, da Nasa, na qual a Terra aparece como um minúsculo ponto azul claro.
Também foram incluídas uma imagem do jipe-robô Curiosity, que completou um ano analisando o solo de Marte, e o pouso da sonda-robô chinesa Yutu na Lua, o primeiro pouso no satélite em 37 anos.

Entre 12 e 14 de maio, o Sol emitiu quatro erupções intensas de radiação. Essas erupções solares de classe X são o tipo mais intenso conhecido a partir do Sol. Esta imagem, do Observatório de Dinâmica Solar (SDO), da Nasa, mostra a primeira das erupções,  (Foto: Nasa / ISS)
Entre 12 e 14 de maio, o Sol emitiu quatro erupções intensas de radiação. Essas erupções solares de classe X são o tipo mais intenso conhecido a partir do Sol. Esta imagem, do Observatório de Dinâmica Solar (SDO), da Nasa, mostra a primeira das erupções, (Foto: Nasa / ISS)

Dentro da janela de observação Cupola, na Estação Espacial Internacional, o astronauta americano Chris Cassidy usa uma lente de 400 milímetros para fotografar a Terra, 400 quilômetros abaixo. (Foto: Nasa / ISS)
Dentro da janela de observação Cupola, na Estação Espacial Internacional, o astronauta americano Chris Cassidy usa uma lente de 400 milímetros para fotografar a Terra, 400 quilômetros abaixo. (Foto: Nasa / ISS)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/as-imagens-mais-marcantes-do-espaco-em-2013.html

Cosmonautas instalam câmeras para imagens online em estação espacial

Projeto canadense quer transmitir imagens da ISS em tempo real.
Esta foi terceira caminhada espacial realizada em uma semana.


Uma câmera dentro da Estação Espacial Internacional captou caminhada espacial realizada nesta sexta-feira (27) (Foto: NASA TV)
Uma câmera dentro da Estação Espacial captou caminhada espacial realizada nesta sexta-feira (27) por Oleg Kotov e Sergey Ryazanskiy (Foto: NASA TV)

Dois cosmonautas se aventuraram nesta sexta-feira (27) a sair da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) para instalar câmeras de vídeo de alta resolução em uma plataforma giratória do lado de fora do módulo de comando Zvezda. Elas integram um projeto comercial canadense que permitirá a transmissão de imagens em alta definição do espaço para assinantes na internet.
O comandante da estação, Oleg Kotov, e o engenheiro de voo Sergey Ryazanskiy deixaram o módulo Pirs às 11 horas (horário de Brasília) enquanto o complexo trafegava a 420 quilômetros sobre a Austrália, disse o comentarista da missão Rob Navias durante a transmissão da caminhada espacial pela emissora da Nasa.
Foi a terceira caminhada no espaço realizada em uma semana pela tripulação, formada por seis homens. Os astronautas da Nasa Rich Mastracchio e Mike Hopkins saíram da estação no último sábado e na última terça-feira para substituir uma bomba de resfriamento quebrada.
Nesta sexta-feira, Kotov e Ryazanskiy rapidamente completaram o primeiro item de sua lista de tarefas ao instalarem uma câmera de vídeo na plataforma.
A câmera é de propriedade da empresa UrtheCast, com sede em Vancouver e que planeja fornecer imagens da Terra grátis e em tempo real para assinantes via internet.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/cosmonautas-instalam-cameras-para-imagens-online-em-estacao-espacial.html

EUA e Japão lançarão novo satélite para medir chuvas e neve na Terra

Satélite de missão internacional deverá melhorar previsão do tempo.
Lançamento a bordo de foguete japonês está previsto para fevereiro.


Concepção artística mostra o satélite GPM no espaço (Foto: NASA's Goddard Space Flight Center)
Concepção artística mostra o satélite GPM no espaço (Foto: NASA's Goddard Space Flight Center)

As agências espaciais americana e japonesa, Nasa e Jaxa, anunciaram nesta quinta-feira (26) que lançarão ao espaço um novo satélite de missão internacional para oferecer informações de precipitação e de queda de neve mundialmente. O satélite Global Precipitation Measurement (GPM) será levado ao espaço a bordo de um foguete japonês no dia 27 de fevereiro.
Os dados oferecidos pelo GPM serão usados para calibrar as medidas de precipitação feitas por uma rede internacional de satélites parceiros e quantificará quando, onde e quanto chove ou neva ao redor do mundo, afirma a Nasa.
Segundo representantes das duas agências, o satélite ajudará nas pesquisas ambientais, deverá melhorar a previsão do tempo e colaborar para o entendimento de como o clima impacta a agricultura, a disponibilidade de água e a resposta a desastres naturais.
O GPM ainda poderia ajudar países asiáticos que sofrem com inundações ao oferecer dados para sistemas de alerta, afirma em nota Shizuo Yamamoto, diretor executivo da Jaxa.
Segundo a Nasa, o novo satélite é equipado com instrumentos capazes de detectar precipitação (leve e pesada) e neve em 13 frequências diferentes, além de chuvas de gelo e o tamanho e a distribuição de gotas de chuva, flocos de neve e partículas de gelo.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/eua-e-japao-lancarao-novo-satelite-para-medir-chuvas-e-neve-na-terra.html

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Serviço de meteorologia britânico fará 'previsões do tempo no espaço'

Projeto quer ajudar a evitar danos a satélites, transmissões de rádio e linhas de energia, causados por tempestades solares.

O Met Office, Serviço Nacional de Meteorologia do Reino Unido, começará a oferecer previsões diárias do tempo no espaço.
O serviço, que funcionará 24 horas, pretender ajudar empresas e departamentos governamentais a saber com antecedência sobre tempestades solares que podem interromper o funcionamento de satélites, comunicações por rádio e redes elétricas.
A primeira previsão deve acontecer por volta de março ou abril de 2014, durante a primavera no hemisfério norte.
O Departamento de Negócios do governo britânico irá financiar o projeto com 4,6 milhões de libras (R$ 17,7 milhões) durante os próximos três anos.
O Met Office pretende desenvolver melhores maneiras de prever o tempo no espaço em colaboração com a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês).
Tempestades solares
As "condições de tempo" no espaço são determinadas por partículas energéticas do Sol.
Proeminências solares (espécie de labaredas que se destacam da superfície do Sol) e erupções na atmosfera solar - conhecidas como ejeções de massa coronal - são fontes poderosas de tempestades solares potencialmente destrutivas.
Elas têm o potencial de prejudicar componentes sensíveis de satélites e induzir sobrecargas elétricas que são fortes o suficiente para derrubar redes de distribuição de energia na Terra.
Um grande blecaute em Québec, no Canadá, em 1989, foi atribuído a uma tempestade solar.
A atividade do Sol atinge seu ápice a cada 11 anos, quando as emissões solares se tornam mais intensas. A estrela está atualmente em uma dessas fases.
"A ciência do tempo espacial é relativamente pouco desenvolvida, mas o conhecimento sobre ela está aumentando rapidamente", disse Mark Gibbs, chefe da divisão de tempo espacial no Met Office.
O projeto do órgão, segundo ele, pretende "acelerar o desenvolvimento de melhores modelos do clima no espaço e de sistemas de previsão que tornem mais eficiente o uso dos dados sobre o tempo espacial".

Tempestades solares podem danificar satélites e interferir na rede elétrica na Terra (Foto: AP/ BBC)
Tempestades solares podem danificar satélites e
interferir na rede elétrica na Terra (Foto: AP/ BBC)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/servico-de-meteorologia-fara-previsoes-do-tempo-no-espaco.html

Robô chinês na Lua ficará desligado por 15 dias para resistir ao frio

Período corresponde à noite lunar, com temperaturas de até - 180ºC.
Sonda que levou o robô até o satélite terrestre também será desligada.


O primeiro robô de exploração chinês na Lua, Yutu ('Coelho de Jade'), foi desligado e permanecerá inativo durante duas semanas para não ser afetado pelas baixas temperaturas da noite lunar, informaram os cientistas responsáveis pelo projeto à agência oficial 'Xinhua' nesta quinta-feira (26).
A previsão era de que robô reduzisse sua atividade por volta da 1h local (15h de quarta-feira em Brasília), 20 horas depois que também fosse desativada a sonda lunar Chang E 3, que transportou o Yutu até o satélite terrestre.
A noite lunar dura duas semanas. Neste período a superfície selenita pode alcançar temperaturas de até 180 graus abaixo de zero, motivo pelo qual os especialistas consideram que o robô explorador deve permanecer desligado até que as condições meteorológicas sejam melhores.
A Chang E 3 aterrissou na Lua no último dia 14 de dezembro, mais de 37 anos depois que a União Soviética realizou o último pouso controlado no satélite, e o Coelho de Jade começou a rodar por sua superfície poucas horas depois.
Apenas Estados Unidos e União Soviética tinham conseguido antes da China alunissagens controladas, e apenas os russos já tinham enviado robôs de exploração na Lua.
O Coelho de Jade, dotado de câmeras e um braço articulado para realizar escavações, examinará a geologia lunar e buscará recursos naturais durante três meses, e a sonda Chang E 3, que também realiza trabalhos de pesquisa, estará ativa durante um ano.
A próxima missão lunar chinesa, Chang E 4, está prevista para 2015, enquanto em 2017 se prevê que a sonda Chang E 5 comece a nova fase do programa espacial chinês e retorne à Terra para levar amostras extraídas da Lua.
Imagem feita pelo módulo chinês Chang'e-3 mostra a superfície da Lua logo antes do pouso (Foto: AFP)
Imagem feita pelo módulo chinês Chang'e-3 mostra
a superfície da Lua logo antes do pouso, em 14 de
dezembro (Foto: AFP)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/robo-chines-na-lua-ficara-desligado-por-15-dias-para-resistir-ao-frio.html

terça-feira, 24 de dezembro de 2013


Astronautas da ISS fazem caminhada espacial na véspera do Natal

Dois astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) fizeram uma caminhada espacial esta terça-feira, véspera de Natal, para concluir os trabalhos de reparos no sistema de refrigeração do laboratório orbital iniciado no sábado, informou a Nasa.

Em 1973, uma saída orbital no antigo laboratório americano Skylab foi executada no dia de Natal.

Os americanos Rick Mastracchio, de 53 anos, e Mike Hopkins, de 44, saíram de suas câmaras de descompressão da ISS às 09H53 de Brasília, 17 minutos depois do previsto, iniciando oficialmente sua missão para terminar de substituir uma bomba de amoníaco defeituosa, confirmou o comentarista da TV da agência espacial americana.

"Se a caminhada espacial sair conforme o previsto nesta terça, todo o trabalho para substituir a bomba terá terminado em apenas duas saídas", havia informado a Nasa na noite de segunda-feira.

No sábado, os dois astronautas foram particularmente eficientes, concluindo a expedição em 5 horas e 28 minutos, uma hora a menos do previsto e finalizando inclusive uma parte importante dos trabalhos programados para a segunda parte.

"Os dois astronautas recuperarão uma bomba de reposição da plataforma externa de armazenamento e a instalarão no local que agora ficou vazio para restaurar completamente a capacidade de refrigeração do complexo", explicou a Nasa.

Durante a caminhada espacial, que deveria durar no máximo seis horas e meia, os dois astronautas desacoplarão do local de armazenamento a bomba de reposição e a colocarão onde estava a defeituosa, que já tinha sido substituída em 2010.

"Depois que os astronautas ligarem as cinco conexões elétricas e as quatro conexões de fluidos, a ativação da bomba reativará completamente o sistema dual de resfriamento da estação", acrescentou a Nasa.

Como aconteceu no sábado, o engenheiro de voo Koichi Wakata, da agência espacial japonesa (JAXA), estará operando o braço mecânico de 15 metros, que erguerá Hopkins e a peça com a nova bomba da plataforma de armazenamento até o local onde precisará ser instalada.



Noite de Natal no espaço Esta segunda caminhada espacial estava prevista inicialmente para a segunda-feira, mas a descoberta de um problema no sistema de condensação de água do traje espacial de Mastracchio fez com que se atrasasse 24 horas até esta terça-feira.

A Nasa explicou que uma "pequena quantidade de água" entrou no sistema de condensação depois que Mastracchio entrou na câmara de descompressão da estação assim que a caminhada terminou.

Os controladores de voo decidiram, por motivos de segurança, que na segunda missão Mastracchio utilizará um traje espacial de reposição.

A Nasa, que a todo momento assegurou que os dois homens "nunca estiveram em risco", informou que o problema não tem qualquer relação com o perigoso vazamento de água no capacete do astronauta italiano Luca Permitano, em 16 de julho, que o obrigou a entrar na estação em caráter de urgência.

A agência espacial ainda está investigando o motivo do defeito. Como medida de urgência, os astronautas agora levam snorkels no traje espacial e almofadas adicionais para absorver qualquer vazamento de água nos capacetes.

Desde que a falha no sistema de refrigeração foi detectada, em 11 de dezembro, a climatização da ISS depende do segundo circuito de refrigeração, que não consegue suprir todas as necessidades da ISS.

A decisão da Nasa de realizar estas caminhadas de emergência levou ao adiamento para o início de janeiro do lançamento da cápsula não tripulada da empresa privada Orbital Science, que devia ter realizado sua primeira missão de abastecimento da ISS em 19 de dezembro.

A caminhada da terça-feira é a segunda da carreira de Hopkins e a oitava de Mastracchio.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/afp/2013/12/24/astronautas-da-iss-fazem-caminhada-espacial-na-vespera-do-natal.htm

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Com órbita 'caótica', Mercúrio pode se perder do Sistema Solar, diz estudo



Sistemas solares organizam os planetas que os compõem de tempos em tempos, mas isso ocorre de forma conturbada e com instabilidades orbitais que afetam em especial os planetas localizados próximos a seu centro. Isso é o que afirma um estudo divulgado no periódico científico Proceedings of the National Academy of Science nesta segunda-feira (23).
Conduzido por cientistas ligados à Northwestern University, nos Estados Unidos, o estudo cita a instável órbita de Mercúrio —o planeta que em nosso Sistema Solar localiza-se mais próximo do Sol— como uma evidência dessa organização confusa.
O estudo afirma que graças a sua "particularmente caótica" órbita, Mercúrio pode até mesmo se perder do Sistema Solar daqui a 5 bilhões de anos.
O caos ocorrido com sua órbita, ainda segundo o estudo, encontra paralelo também com a órbita de Marte (um dos planetas mais leves de nosso sistema).
Os astrônomos autores da pesquisa afirmam que a tendência apontada por eles foi possível de ser observada também em outros sistemas extra-solares, nas órbitas dos chamados planetas do tipo Júpiter quente (classe de planetas extrassolares que possuem massa similar à de Júpiter).

UCLA
Órbita de Mercúrio dura 88 dias e a distância máxima do planeta ao Sol é de 77 milhões de quilômetros (Afélio) e a mínima é de 46 milhões (Periélio), sendo uma órbita bem excentrica

Mercúrio encolhe

Nos últimos dias, a descoberta de que o planeta vizinho ao Sol vem diminuindo de tamanho a uma intensidade maior do que se pensava surpreendeu astrônomos.
Cientistas afirmam que o encolhimento do planeta é da ordem de 11,4 quilômetros em seu diâmetro, e que ele teria diminuído isso desde a criação do Sistema Solar, 4,5 bilhões de anos atrás. Dados de pesquisas anteriores apontavam um encolhimento em apenas dois ou três quilômetros em seu diâmetro.
A razão para isso estaria na composição do planeta, que vem esfriando ao longo dos anos.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/12/23/com-orbita-caotica-mercurio-pode-se-perder-do-sistema-solar-diz-estudo.htm

Vídeo da Nasa revela ondas invisíveis emitidas pelo Sol

Comprimentos de onda não podem ser captados pelo olho humano.
Resultado é um astro dividido em fatias, em várias cores.


A agência espacial americana Nasa produziu um vídeo que mostra os diferentes tipos de ondas emitidas pelo Sol, invisíveis ao olho humano. O Observatório de Dinâmicas Solares da agência transforma essas ondas em imagens visíveis e coloridas. Na montagem feita pela Nasa, o Sol ganha várias "fatias" em diferentes tons, representando essas emissóes que não podemos enxergar sem auxílio de equipamentos especiais.
Um detalhe curioso é como a aparência do astro muda de acordo com cada tipo de filtro usado. Isso ocorre porque cada comprimento de onda captado equivale a matéria do Sol em diferentes temperaturas. O reconhecimento das várias temperaturas da superfície solar permite ao cientistas entender como a matéria transita na atmosfera solar.

Imagem mostra o Sol dividido em fatias observadas com filtros que repesentam diferentes comprimentos de ondas emitidas pelo astro (Foto: Nasa)
Imagem mostra o Sol dividido em fatias observadas com filtros que repesentam diferentes comprimentos de ondas emitidas pelo astro (Foto: Nasa)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/video-da-nasa-revela-ondas-invisiveis-emitidas-pelo-sol.html

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Satélite europeu tem 'câmera mais poderosa da História'

Gaia vai mostrar Via Láctea em 3D pela primeira vez e identificar cor e temperatura de estrelas.

O satélite Gaia em construção: câmera tem sensores que detectam distintos tipos de luz (Foto: BBC)
O satélite Gaia em construção: câmera tem sensores que detectam distintos tipos de luz (Foto: BBC)

Orçado em 740 milhões de euros, o satélite Gaia decolou da Guiana Francesa com o objetivo de produzir a primeira imagem realista, em 3D, de como a nossa Via Láctea é construída.
A sensibilidade notável do Gaia - uma das missões espaciais mais ambiciosos da história, lançada pela Agência Espacial Europeia - permitirá ainda a detecção de muitos milhares de corpos celestes jamais vistos antes, incluindo novos planetas e asteroides.
Gaia está em desenvolvimento há mais de 20 anos.
No coração do telescópio transportado pelo satélite há uma câmera. O aparato é sensível o suficiente para detectar estrelas que estão a trilhões de quilômetros de distância.
Ao revisar repetidamente suas metas ao longo de cinco anos, o satélite deverá conhecer as coordenadas das estrelas mais brilhantes com uma margem de erro mínima, de apenas sete microssegundos de arco.
"Este ângulo é equivalente ao tamanho de uma moeda na Lua vista da Terra", explica o professor Alvaro Gimenez, diretor de ciência da Agência.
Evolução da Via Láctea
Os sensores da câmera também têm diferentes cores e detectam distintos tipos de luz.
Trata-se da "câmera mais poderosa já construída", diz a Agência Espacial Europeia. Poderia tirar uma foto de um fio de cabelo humano a milhares de quilômetros de distância.
No espaço, a função do equipamento será medir o tamanho, a luminosidade e a posição de mais de um bilhão de estrelas, algo útil para que se saiba como a Via Láctea evolui.
Gaia vai identificar estrelas semelhantes ao Sol e outras que estão explodindo, as supernovas.
Buscará ainda buracos negros, poderá encontrar elementos jamais imaginados antes por cientistas e, possivelmente, descobrir que a forma da Via Láctea é diferente desta que vemos e da que conhecemos nos livros de ciência.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/satelite-europeu-tem-camera-mais-poderosa-da-historia.html

Astronautas preparam saída ao espaço após vazamento em capacete

Tripulantes da Estação Espacial Internacional terão snorkels em capacetes.
Objetivo é previnir-se caso haja novo vazamento de água que refrigera trajes.


Astronautas na Estação Espacial Internacional verificam traje para caminhada espacial (Foto: NASA TV)
Astronautas na Estação Espacial Internacional verificam traje para caminhada espacial (Foto: NASA TV)

Os tripulantes da Estação Espacial Internacional fabricaram snorkels - tubos  semelhantes aos usados em mergulho livre - para acoplar a seus trajes e poderem respirar em caso de um novo vazamento nos capacetes durante saídas ao espaço nos próximos dias, disseram funcionários da Nasa.
A primeira dessas caminhadas espaciais está prevista para começar às 10h10 de sábado (horário de Brasília), com o objetivo de substituir uma das duas bombas de resfriamento no exterior do complexo orbital, um projeto de 100 bilhões de dólares que paira 400 quilômetros acima da Terra.
As caminhadas espaciais estão suspensas desde julho, quando o capacete usado pelo italiano Luca Parmitano se encheu de água, quase resultando no afogamento do astronauta.
A causa do vazamento continua sendo investigada, mas os engenheiros já sabem o suficiente para impedir que o problema se repita, segundo os gestores da Nasa.
"Eu ficaria surpreso se tivéssemos um problema com os trajes", disse Mike Suffredini, gerente da Nasa para a estação espacial, na quarta-feira (18).
Como medida de contingência, os capacetes dos astronautas receberão almofadas absorventes e snorkels improvisados que canalizarão o ar do interior dos trajes espaciais, que são refrigerados a água, para a boca do astronauta, se for necessário.
Os snorkels foram feitos no domingo pelos astronautas, usando os tubos plásticos de ventilação dos próprios trajes.
"Este é o nosso último recurso", disse Allison Bolinger, principal funcionário encarregado de saídas ao espaço. "Se a água estiver subindo no seu rosto, como aconteceu com Luca, o tripulante poderá se inclinar para baixo e usar isto (o snorkel) para respirar."
Michael Hopkins, estreante em saídas ao espaço, usará o traje que estava com Parmitano. A peça foi consertada e ganhou um novo separador a hélice, um dispositivo que faz o ar e a água circularem, e que elimina a umidade do ar.
O separador que estava antes no traje foi enviado à Terra para análises e os engenheiros encontraram entupimentos, o que fazia a água voltar à peça e ser distribuída para o capacete.
Um novo separador a hélice está sendo levado à Estação Espacial no primeiro voo da nave cargueira privada da empresa Orbital Sciences Corp., que deveria ser lançada nesta semana. O voo foi adiado até meados de janeiro para que a Nasa possa resolver sua prioridade, que é consertar o sistema de refrigeração da estação.
Há dois desses sistemas no complexo orbital, mas um deles pifou em 11 de dezembro, obrigando os astronautas a desligarem equipamentos desnecessários e a suspender algumas experiências.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/astronautas-preparam-saida-ao-espaco-apos-vazamento-em-capacete.html

Satélite Gaia, que fará mapa da galáxia, é lançado com sucesso

Satélite europeu foi lançado nesta quinta-feira a bordo do foguete Soyuz.
Gaia terá como missão fazer um atlas tridimensional da Via Láctea.


Imagem é uma impressão artística do telescópio europeu Gaia. (Foto: AFP Photo/ESA/D. Ducros)
Imagem é uma impressão artística do telescópio europeu Gaia. (Foto: AFP Photo/ESA/D. Ducros)
O satélite Gaia, um dos telescópios mais complexos da história da Europa, decolou nesta quinta-feira (19) com êxito do Centro Espacial Europeu de Kuru, na Guiana Francesa, a bordo de um foguete russo Soyuz. O lançamento foi feito às 7h12 de Brasília.
O "cartógrafo da galáxia" terá como missão fazer um atlas tridimensional da Via Láctea. A missão vai durar no total cinco anos, talvez seis, durante os quais o telescópio-satélite localizará um bilhão de estrelas, cada uma das quais será observada setenta vezes. Em mais de 99% delas, nunca se estabeleceu com precisão sua distância em relação à Terra.
"Em menos de dois anos teremos um catálogo de todo o céu", antecipou François Mignard, encarregado da participação francesa no projeto Gaia. Trata-se do sexto foguete Soyuz lançado da Guiana Francesa, o segundo em 2013.
O telescópio-satélite Gaia, construído em Toulouse, no sul da França, pela empresa Astrium por encomenda da Agência Espacial Europeia (ESA), deve se separar do estágio superior do foguete lançador após 41 minutos e 59 segundos de voo.
Gaia se posicionará a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, em um local privilegiado - o ponto de Lagrange 2 -, que tem como uma de suas vantagens possuir um entorno térmico estável, e descreverá uma órbita elíptica para evitar os eclipses do sol pela Terra.
O telescópio permitirá fazer um mapeamento tridimensional da Via Láctea, um atlas do céu, e também reconstruir a história da formação e evolução da nossa galáxia. Isto possibilitará aos astrofísicos fazer "arqueologia galáctica", segundo Mignard.
Gaia nos permitirá "compreender melhor qual é o nosso lugar no universo", resumiu Catherine Turon, membro do Observatório de Paris.
Posição das estrelas
O fundamental da missão Gaia consiste em determinar a posição e o movimento das estrelas, mas também sua distância, o parâmetro mais difícil de se obter, uma vez que a mais próxima se encontra a quase 40 bilhões de quilômetros.
Gaia dará continuidade à tradição europeia do mapeamento estelar, herança do astrônomo grego Hiparco, o primeiro que, a olho nu, mediu a posição de mil estrelas.
Em 1989, mais de 2 mil anos depois de Hiparco, a ESA lançou um satélite com seu nome, dedicado à astrometria, que deu as coordenadas celestes de cerca de 120 mil estrelas.
Gaia e seus dois telescópios são feitos de carbeto de silício (também denominado carborundum), cada um com três lentes retangulares curvas, cem vezes mais precisas do que as do satélite Hiparco. O dispositivo será capaz de distinguir estrelas com brilho 400 mil vezes mais fraco do que o olho humano pode perceber.
"É o telescópio espacial mais moderno já fabricado na Europa", informou a Astrium. Gaia também usará "um sensor fotográfico com precisão nunca equiparada", prosseguiu.
Para preservar a exatidão de suas medidas, o satélite será controlado da Terra por uma rede de telescópios, de tal forma que sua posição será determinada com um erro máximo de cem metros.
"O cartógrafo da galáxia" também terá como tarefa fazer o levantamento dos asteroides do Sistema Solar e, inclusive, descobrir novos exoplanetas.
Com Gaia, os astrônomos entrarão "no mundo do 'Big Data'", afirmou Véronique Valette, chefe do projeto Gaia na agência espacial francesa (CNES). A missão fornecerá mais de um petabyte (um quadrilhão de bytes) de dados para analisar, ou seja, a capacidade de 250 mil DVDs.
"O tratamento cotidiano (dos dados) será o desafio mais importante", acrescentou Mignard.
Seis centros, entre eles o do tratamento de dados do Centro Espacial de Toulouse, receberão este fluxo permanente e enorme de informação, inutilizável em seu estado bruto e que depois deverão interpretar para torná-la inteligível.
Para enfrentar este desafio, o CNES, que fará entre 35% e 40% do tratamento de dados da missão, equipou-se com computadores de uma potência de cálculo de até 6 trilhões de operações por segundo.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/satelite-gaia-que-fara-mapa-da-galaxia-e-lancado-com-sucesso.html

Imagens com filtros de cores revelam beleza do asteroide Vesta

Visto por olho humano, asteroide é acinzentado.
Cientistas aplicaram filtros de cores e puderam ver diversidade geológica.


Imagem mostra o fluxo de material dentro e for a da crater Aelia, no asteroid Vesta (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLAMPS/DLR/IDA)
Imagem mostra o fluxo de material dentro e for a da crater Aelia, no asteroide Vesta (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLAMPS/DLR/IDA)

Cientistas alemães aplicaram filtros de cores nas imagens do asteroide Vesta e revelaram “paisagens de beleza incomparável”. As informações são da agência espacial americana, a Nasa.
As fotografias foram registradas pela câmera a bordo da sonda Dawn e reanalisadas por pesquisadores do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar, na Alemanha.
Visto pelos olhos de humanos, o asteroide é acinzentado, com uma variedade de pequenas e grandes crateras. No entanto, pelas imagens coloridas, com resolução de 60 metros por pixel, os cientistas puderam observar estruturas geológicas.
Uma vez que os minerais refletem luz de diferentes comprimentos de onda e em distintos graus, os filtros ajudam a revelar diversidade na composição do Vesta. As cores foram atribuídas a diferentes comprimentos de onda de luz.
Nas imagens coloridas, eles podem observar marcas de impactos, crateras enterradas por terremotos e materiais alheios ao asteroide, que foram levados por objetos espaciais.
Segundo Andreas Nathues, pesquisador do instituto alemão que desenvolveu o sistema da câmera da sonda Dawn, as novas imagens mostram uma ampla diversidade geológica.
“As imagens coloridas são impressionantes por sua beleza”, afirma a Nasa em nota. “Algumas belezas são reveladas apenas numa segunda olhada”.
O Vesta foi objeto de estudo da sonda Dawn entre julho de 2011 a setembro de 2012, em missão conduzida pela agência americana. O equipamento segue rumo ao planeta anão Ceres, no principal cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter.

Com filtros de cores, imagem mostra material do noroeste da cratera Sextilia no ateroide Vesta (Foto:  NASA/JPL-Caltech/UCLAMPS/DLR/IDA)
Com filtros de cores, imagem mostra material do noroeste da cratera Sextilia no ateroide Vesta (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLAMPS/DLR/IDA)

Nesta imagem foram aplicados filtros para a região da cratera Antonia, no hemisfério sul do asteroide Vesta (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLAMPS/DLR/IDA)
Nesta imagem foram aplicados filtros para a região da cratera Antonia, no hemisfério sul do asteroide Vesta (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLAMPS/DLR/IDA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/imagens-com-filtros-de-cores-revelam-beleza-do-asteroide-vesta.html

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Mercúrio encolheu quatro vezes mais do que pensavam os cientistas



Mercúrio, o planeta do Sistema Solar que está mais próximo do Sol, vem encolhendo a uma intensidade que surpreende cientistas. O fato é tema de pesquisa desenvolvida pelo Instituto para Ciência Carnegie, de Washington (DC), Estados Unidos.
Astrônomos envolvidos na pesquisa afirmam que o encolhimento do planeta é da ordem de 11,4 quilômetros em seu diâmetro, e que ele teria diminuído desde a criação do Sistema Solar, 4,5 bilhões de anos atrás.
Dados de pesquisas anteriores apontavam um encolhimento em apenas dois ou três quilômetros em seu diâmetro.
O encolhimento pode ser identificado a partir da observação do relevo de Mercúrio, repleto de longas fileiras de montanhas curvilíneas. Vistas de cima, essas montanhas tornam o planeta similar a uma maçã em processo de apodrecimento, com "rugas" em sua superfície.
O estudo identificou que há mais dessas montanhas do que se imaginava anteriormente, um indicativo de que o encolhimento do planeta ocorre de forma mais intensa do que se pensava.

Massa coberta por lençol

O encolhimento, de acordo com os pesquisadores, ocorre devido à composição pouco usual do planeta, descrito pelo astrônomo Paul Byrne, envolvido no estudo, como "uma massa de núcleo flutuando no espaço coberta apenas por um fino lençol".
O esfriamento da superfície do planeta (algo que ocorre mesmo com ele próximo do Sol) é que provoca o surgimento dessas "rugas" em sua superfície e, consequentemente, seu encolhimento em relação a suas medidas originais.
O estudo usou dados obtidos pelo equipamento Messenger, da Agência Espacial Norte Americana (Nasa), que desde 2004 orbita o Mercúrio, fotografando e fazendo medições de sua topografia.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/12/18/mercurio-encolheu-quatro-vezes-mais-do-que-pensavam-os-cientistas.htm

Satélite europeu vai fazer mapa 3D da Via Láctea

Está marcado para amanhã de manhã o lançamento de uma das mais ambiciosas missões espaciais europeias: o satélite Gaia.

A sonda fará o mais completo censo das estrelas da Via Láctea. A espaçonave vai monitorar cerca de 1 bilhão de astros, de um total estimado em 100 bilhões a 200 bilhões na galáxia.

"É como se até agora nossas pesquisas de opinião pública só pudessem abranger uma dezena de pessoas e, de repente, pudéssemos amostrar 10 mil pessoas, de diferentes idades, poder aquisitivo, escolaridade etc.", compara Augusto Damineli, astrônomo da USP que não está envolvido com o projeto.

O principal objetivo do Gaia é ajudar a compreender como se organiza a nossa própria galáxia.

Parece mais trivial do que é na verdade. Como estamos dentro dela, é muito difícil identificar sua forma exata.

"É um vexame que saibamos mais sobre as casas vizinhas do que sobre a nossa", brinca Damineli. "Sabemos com precisão muito maior qual é a estrutura de Andrômeda [maior das galáxias de nossa região do Universo] do que a da Via Láctea."

ESPIRAL

Em geral, sabe-se que estamos numa galáxia espiral, que tem uma barra (estrutura alongada) na região central. Mas os astrônomos não entram num acordo nem sobre quantos braços ela tem ou onde estão.

O Gaia pode não solucionar todos esses mistérios, mas vai dar uma boa ajuda.

Seus instrumentos permitirão medir não só as propriedades intrínsecas das estrelas (como cor, brilho e temperatura) mas dará coordenadas exatas de sua distância e velocidade.
Com isso, os pesquisadores poderão recriar como a Via Láctea seria se estivesse sendo vista "de cima".

Damineli afirma que o satélite não trabalha com luz infravermelha, que permitiria o mapeamento dos braços espirais da galáxia.

Em compensação, ele promete uma compreensão sem precedentes da população de estrelas na Via Láctea, incluindo a possível descoberta de planetas ao seu redor.



CAÇA-MUNDOS

Num raio de 150 anos-luz (um ano-luz equivale a 9,5 trilhões de quilômetros), o Gaia também será um potente caçador de planetas. Ele não serve para procurar mundos similares à Terra, mas estima-se que descobrirá simplesmente todos os planetas do porte de Júpiter com órbitas que vão de 1,5 ano a 9 anos terrestres.

Ironicamente, caso o Sol fosse uma das estrelas estudadas, nosso Júpiter ficaria de fora, porque sua órbita demora 12 anos.

Ainda assim, estima-se que o Gaia descubra entre 10 mil e 50 mil exoplanetas durante sua missão, que deve durar pelo menos cinco anos.

Com seus telescópios sensíveis, o Gaia também fará descobertas no campo das anã marrons --objetos estranhos que nascem como estrelas, mas não atingem tamanho suficiente para realizar fusão nuclear. Apesar de mais numerosos, são bem mais difíceis de achar, por conta do baixo brilho.

No Sistema Solar, o satélite europeu também encontrará dezenas de milhares de asteroides --alguns deles potencialmente ameaçadores à Terra-- e membros do cinturão de Kuiper, região do nossos sistema além de Netuno que contém objetos celestes e o planeta-anão Plutão.

Existe também a possibilidade de que ele revele a existência de planetas dentro do Sistema Solar além de Netuno, caso eles existam (ninguém está prendendo a respiração por essa descoberta).

Tudo isso a um custo estimado de US$ 1 bilhão. A missão da ESA (Agência Espacial Europeia) vai partir de Kourou, na Guiana Francesa, impulsionada por um foguete russo Soyuz-Fregat.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/12/1387089-satelite-europeu-vai-fazer-mapa-3d-da-via-lactea.shtml

Nasa adia missão de envio de carga para fazer reparos na ISS

Agência espacial marcou três caminhadas espaciais para conserto.
Problema está no sistema de resfriamento, danificado há uma semana.


A Nasa adiou nesta terça-feira (17) uma missão de envio de carga à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) e marcou três caminhadas espaciais para que os astronautas possam consertar um sistema de resfriamento danificado no laboratório orbital.
A decisão significa o adiamento, até o ano que vem, da primeira missão de abastecimento regular à ISS da companhia privada Orbital Sciences. No lugar dela, dois astronautas americanos farão três caminhadas espaciais, a última prevista para o dia de Natal, a fim de reparar o dano que já dura uma semana.
"Os astronautas da Nasa Rick Mastracchio e Mike Hopkins vão remover um módulo de bombeamento que contém uma válvula defeituosa", explicou a Nasa em um comunicado. "Eles vão substituí-lo por uma peça sobressalente que está armazenada em uma plataforma no compartimento de carga externo", continuou.

Concepção artística mostra como o sistema Opals vai funcionar a partir da Estação Espacial Internacional enviando dados à Terra (Foto: Divulgação/Nasa)
Estação Espacial Internacional está com problema
no sistema de resfriamento (Foto: Divulgação/Nasa)

Em 11 de dezembro, a válvula defeituosa provocou um colapso em um dos circuitos externos de resfriamento da estação, onde amônia líquida circula do lado de fora da estação para manter os equipamentos internos e externos refrigerados, informou a agência espacial americanas.
Tentativas de reparar o problema na Terra aparentemente não foram suficientes para permitir à missão da Orbital atracar na estação orbital para descarregar provisões. A Nasa informou que as três caminhadas espaciais estão previstas para os dias 21, 23 e 25 de dezembro.
A tripulação de seis homens a bordo da ISS nunca esteve em risco por causa da falha, mas a Nasa informou que gostaria de ver o sistema consertado definitivamente o mais rápido possível.
A empresa Orbital Sciences fez um lançamento de demonstração e acoplamento na ISS em setembro, revelando sua capacidade de realizar a missão e abrindo o caminho para futuras viagens de abastecimento.
Depois que a Nasa perdeu a capacidade de chegar ao espaço com a aposentadoria, em 2011, do programa dos ônibus espaciais, as companhias privadas Orbital Sciences e a SpaceX se apresentaram para preencher o vácuo com naves próprias de carga.
As duas empresas têm contratos lucrativos com a agência espacial americana para abastecer a ISS.
A SpaceX, sediada na Califórnia e de propriedade do empresário da internet Elon Musk, se tornou a primeira empresa privada a chegar à ISS em 2012 e tinha um contrato de US$ 1,6 bilhão para 12 missões com sua cápsula espacial Dragon.
A Orbital Sciences tem um contrato de US$ 1,9 bilhão com a Nasa por oito missões de carga para a ISS, transportando provisões, comida, experimentos científicos e peças de reposição. A última vez que astronautas fizeram caminhadas espaciais para substituir uma bomba de amoníaco defeituosa foi em 2010, e o conserto também precisou de três caminhadas espaciais para ser feito.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/nasa-adia-missao-de-envio-de-carga-para-fazer-reparos-na-iss.html

Nasa estuda como corrigir defeito na Estação Espacial Internacional

Agência analisa possível caminhada espacial na ISS.
Defeito em válvula do sistema de refrigeração foi detectado no dia 11.


A Nasa analisava nesta terça-feira (17) uma possível caminhada espacial dos astronautas para consertar uma válvula defeituosa no sistema de refrigeração da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). "A Nasa gostaria de tomar uma decisão no fim do dia, mas não podemos garantir", disse à agência de notícias France Presse (AFP) Kelly Humphrey, porta-voz do Centro Espacial Johnson em Houston, Texas (sul dos Estados Unidos).
Se a Nasa decidir realizar caminhadas espaciais no fim de semana, a empresa Orbital Sciences terá que adiar para janeiro o lançamento de um foguete rumo à ISS, previsto

Foto da Estação Espacial Internacional registrada em 24 de maio de 2011 (Foto: ESA/NASA )
Foto da Estação Espacial Internacional registrada
em 24 de maio de 2011 (Foto: ESA/NASA )

A Orbital Sciences seguia preparando nesta terça-feira o lançamento do foguete Antares, levando a bordo a cápsula não tripulada Cygnus, para a sua primeira missão de abastecimento da ISS, programado para a quinta-feira às 21h19 locais do centro espacial Wallops, na costa da Virgínia (00h19 de Brasília).
"Não temos ainda luz verde para a decolagem", disse um porta-voz da Orbital Sciences, Barron Beneski, em e-mail.
O principal diretor de voo da ISS, Judd Frieling, disse no canal de televisão da Nasa que os engenheiros puderam acionar outra válvula no sistema de refrigeração, o que poderia ajudar a regular a temperatura sem a válvula defeituosa. Mas ainda eram necessários ajustes, acrescentou ele.

Treinamento em piscina A avaria no sistema de resfriamento foi descoberta na última quarta-feira (11), forçando a Nasa a usar o segundo circuito externo de refrigeração da ISS. Este problema nunca pôs em risco a tripulação da estação orbital, assegurou a agência espacial americana.
Segundo Humphrey, se os engenheiros da Nasa conseguirem um funcionamento estável o suficiente do sistema de refrigeração, a agência poderia decidir adiar para janeiro as caminhadas espaciais, o que permitiria que a missão de abastecimento para a ISS da Orbital Sciences fosse realizada sem demora.
"Tentamos levar em conta todos os detalhes, de forma a podermos tomar uma boa decisão", disse a porta-voz à AFP.
À espera da decisão da Nasa, dois astronautas da ISS, Rick Mastracchio e Mike Hopkins, ficaram prontos para fazer caminhadas espaciais, examinando seus trajes e outros equipamentos necessários, segundo imagens da TV da Nasa.
Se a agência espacial americana decidir que é necessário substituir a válvula sem demora, ou inclusive a bomba de amoníaco na qual ela se encontra, os dois astronautas poderiam realizar a primeira caminhada nesta quinta ou na sexta-feira (20).
A Nasa considera necessárias pelo menos duas saídas espaciais para fazer este reparo.
Antes de embarcarem na ISS, os dois astronautas já foram treinados em Terra sobre como substituir a válvula. A ISS dispõe de três válvulas de reposição.
Os astronautas também poderiam aproveitar o que aprenderam em agosto de 2010, quando tiveram que fazer três caminhadas espaciais para instalar a mesma bomba, substituindo uma danificada por um curto-circuito.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/nasa-estuda-como-corrigir-defeito-na-estacao-espacial-internacional.html

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Brasil já tem as peças para produzir o satélite Cbers-4, diz ministro

Paulo Bernardo afirmou que país quer antecipar lançamento do equipamento.
No dia 9, falha impediu Cbers-3 de entrar em órbita.


O ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, disse, nesta terça-feira (17) que o Brasil vai tentar antecipar, de 2015 para 2014, a nova tentativa de lançamento de um satélite da linha Cbers, projeto que o país divide com a China.
Na semana passada, uma falha no foguete lançador impediu que o Cbers-3, quarto satélite feito por cientistas chineses e brasileiros, entrasse em órbita.
De acordo com o ministro, que esteve na China para acompanhar o lançamento, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) já tem todas as peças e depende de um acordo com os chineses para fazer a montagem do novo satélite.
O Cbers-3 foi lançado no último dia 9, mas uma falha em um dos estágios do foguete chinês Longa Marcha 4B prejudicou o equipamento, que não alcançou velocidade e altura suficientes para orbitar a Terra e, por isso, retornou ao planeta e foi destruído ao entrar na atmosfera – uma perda de R$ 160 milhões para o Brasil.
O fracasso do lançamento foi confirmado por técnicos chineses. O equipamento foi projetado com quatro câmeras, de diferentes resoluções e capacidade de captação, que seriam responsáveis por coletar imagens com maior qualidade de atividades agrícolas e contribuir com o monitoramento da Amazônia, auxiliando no combate de possíveis desmatamentos ilegais e queimadas – foco de projetos ligados também ao Ministério do Meio Ambiente, como o Prodes e o Deter.

 Satélite CBERS (Foto: Editoria de Arte/G1)

Programa Espacial trabalha com novas metas Após a falha, o adiantamento da produção do Cbers-4 e a conclusão do foguete lançador brasileiro, o VLS, serão os carros-chefes do Programa Espacial Brasileiro.
Segundo especialistas ouvidos pelo G1, a imagem do programa espacial nacional não ficou manchada após o episódio. De acordo com Petrônio Noronha de Souza, diretor da Agência Espacial Brasileira (AEB), "é um problema a ser contornado e o programa brasileiro não se restringe apenas ao acordo com a China".

Os projetos serão realizados com a verba repassada pelo governo à AEB. A previsão para 2014 é de orçamento de R$ 295 milhões, valor apresentado na Lei Orçamentária Anual que ainda segue em discussão no Congresso.

Em 2013, o montante destinado ao desenvolvimento do lançador de foguetes e a produção e pesquisa de novos satélites no Inpe foi de R$ 345 milhões.

Comparativamente, o dinheiro destinado em 2013 à agência espacial americana, a Nasa, principal hub aeroespacial do planeta, foi de R$ 41,2 bilhões. A agência chinesa, que vem ganhando destaque nos últimos tempos com megaprojetos, como uma estação espacial própria, investiu neste ano o montante de R$ 4,6 bilhões.
A Índia, outro país que luta para combater a pobreza ao mesmo tempo em que almeja consolidar-se como potência global, investiu R$ 2 bilhões em seu programa espacial.

Satélite Cbers-3 durante testes no Laboratório de Integração e Testes (LIT) em São José dos Campos (SP). Equipamento está na China e deve ser lançado em novembro deste ano, de acordo com a AEB. (Foto: Divulgação/Inpe)
Satélite Cbers-3 durante testes no Laboratório de Integração e Testes (LIT) em São José dos Campos (SP) (Foto: Divulgação/Inpe)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/brasil-ja-tem-pecas-para-produzir-o-satelite-cbers-4-diz-ministro.html

China quer colher coleção de amostras lunares em 2017

Anúncio foi feito depois de o país realizar primeiro pouso controlado na Lua.
Sonda Chang'e-5, que irá recolher as amostras, está em estágio avançado.


Imagem feita pelo módulo chinês Chang'e-3 mostra a superfície da Lua logo antes do pouso (Foto: AFP)
Imagem feita pelo módulo chinês Chang'e-3 mostra a superfície da Lua logo antes do pouso (Foto: AFP)

A China pretende lançar em 2017 a próxima sonda lunar não tripulada, com o objetivo de colher amostras do satélite e trazê-las para a Terra, disse uma autoridade nesta segunda-feira (16), dias após o país realizar seu primeiro pouso controlado na Lua.
O programa espacial é uma prioridade para os líderes chineses, e o pouso da sonda Chang'e-3, no sábado, foi considerado um marco para transformar a China em uma grande potência espacial.
A nova sonda Chang'e-5, encarregada de recolher as amostras lunares, já está em estágio bem avançado de desenvolvimento e dever ser lançada por volta de 2017, segundo Wu Zhijian, porta-voz da agência espacial chinesa.
Ele disse em entrevista coletiva que o país ainda não tem planos concretos para viagens tripuladas à Lua, e insistiu no caráter pacífico do programa espacial.
Em junho, três astronautas chineses já passaram 15 dias na órbita terrestre, período em que se atracaram a um laboratório espacial experimental. A China pretende instalar até 2020 um complexo orbital permanente.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/china-quer-colher-colecao-de-amostras-lunares-em-2017.html

segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

China celebra com fotografias o 'êxito total' da missão lunar

Veículo teleguiado e módulo de pouso da sonda tiraram fotos um do outro.
Agência anunciou lançamento em 2017 da quinta missão lunar do país.


Veículo teleguiado 'Coelho de Jade' (em cima) e módulo de pouso da sonda Chang'e-3 (embaixo) tiram fotos mútuas na superfície da Lua.  (Foto: AFP Photo/CCTV)
Veículo teleguiado 'Coelho de Jade' (em cima) e módulo de pouso da sonda Chang'e-3 (embaixo) tiram fotos mútuas na superfície da Lua (Foto: AFP Photo/CCTV)


A China celebrou nesta segunda-feira (16) o "êxito total" da sonda espacial Chang'e-3, com a divulgação pela imprensa oficial das primeiras fotografias feitas na Lua pelo veículo de exploração teleguiado "Coelho de Jade".
O "Coelho de Jade", com a bandeira chinesa, ativou os painéis solares com os quais obtém energia e deu os primeiros passos na Baía do Arco-Íris, na superfície lunar.
O veículo fez uma fotografia do módulo de pouso da Chang'e-3, dotado de quatro pés, que chegou no sábado (14) ao satélite natural da Terra. O módulo de pouso, por sua vez, tirou uma foto do veículo teleguiado, que recebeu o nome de "Coelho de Jade" em homenagem à mitologia chinesa.
"O alcance da missão lunar vai além de tudo o que podemos imaginar", afirma o jornal "China Daily" em editorial com o título "Fantástica missão lunar".
"Com o rápido aumento da população mundial e o esgotamento de vários recursos, os avanços na exploração espacial e o uso pacífico dos recursos da Lua ou Marte poderiam ser uma opção para a humanidade em um futuro próximo", destaca o jornal.
No domingo (15) à noite, o presidente chinês Xi Jinping e o primeiro-ministro Li Keqiang visitaram o centro de controle espacial de Pequim, onde foi anunciado formalmente o sucesso da missão Chang'e-3.
A agência oficial Xinhua anunciou nesta segunda-feira o lançamento em 2017 da Chang'e-5, a quinta missão lunar da China. Para 2015, está programado o lançamento da missão Chang'e-4.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/12/china-celebra-com-fotografias-o-exito-total-da-missao-lunar.html