quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Telescópio faz imagem de 'berçário' de estrelas a 8 mil anos-luz da Terra

Nebulosa da Lagosta ou NGC 6357 fica na constelação do Escorpião.
Instrumento europeu estuda estrutura, origem e vida inicial da Via Láctea.


Um telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), que mapeia a Via Láctea, captou uma nova imagem da Nebulosa da Lagosta, uma "maternidade" de estrelas localizada a 8 mil anos-luz da Terra, na Constelação do Escorpião.

Imagem da Nebulosa da Lagosta obtida pelo telescópio Vista do ESO (Foto: ESO/VVV Survey/D. Minniti/Ignacio Toledo)
Nova foto da Nebulosa da Lagosta feita pelo telescópio Vista (Foto: ESO/VVV Survey/D. Minniti/Ignacio Toledo)

O registro do instrumento Vista, situado no Observatório de Paranal, no norte do Chile, foi obtido por meio de raios infravermelhos e mostra nuvens brilhantes de gás e filamentos de poeira escura em volta de astros quentes e jovens. Esses aglomerados são onde nascem as estrelas, incluindo aquelas de grande massa, que brilham em tons azuis-esbranquiçados em luz visível.

Parte da constelação do Escorpião centrada na NGC 6357, que tem o aglomerado estelar Pismis 24 em seu centro (Foto: Davide De Martin (ESA/Hubble), the ESA/ESO/NASA Photoshop FITS Liberator & Digitized Sky Survey 2)
Parte da constelação do Escorpião centrada na NGC 6357, que tem o aglomerado Pismis 24 em seu centro (Foto: Davide De Martin (ESA/Hubble), ESA/ESO/NASA Photoshop FITS Liberator & Digitized Sky Survey 2)

Além de obter uma nova imagem da Nebulosa da Lagosta, também chamada de Nebulosa Guerra e Paz ou NGC 6357, esse telescópio terrestre observa toda a região central da nossa galáxia, para determinar sua estrutura, origem e vida inicial.
O novo retrato feito pelo Vista revela detalhes diferentes dos identificados por um telescópio dinamarquês em La Silla, também no Chile, que flagrou o objeto apenas em luz visível, com muita interferência da poeira cósmica em volta dele.

Imagem em luz visível foi obtida por telescópio dinamarquês em La Silla (Foto: ESO/IDA/Danish 1.5 m/ R. Gendler, U.G. Jørgensen, J. Skottfelt, K. Harpsøe)
Imagem em luz visível da Nebulosa da Lagosta foi obtida anteriormente por um telescópio dinamarquês localizado em La Silla (Foto: ESO/IDA/Danish 1.5 m/ R. Gendler, U.G. Jørgensen, J. Skottfelt, K. Harpsøe)

Partes da NGC 6357 também já foram registradas em luz visível pelo telescópio Hubble, da agência espacial americana Nasa, e pelo Very Large Telescope (VLT) do ESO.
Registro da NGC 6357 feito pelo telescópio Hubble (Foto: NASA, ESA and Jesús Maíz Apellániz (Instituto de Astrofísica de Andalucía, Spain)/Davide De Martin (ESA/Hubble))
Registro da NGC 6357 feito pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, e divulgado em 2006 (Foto: Nasa, ESA and Jesús Maíz Apellániz (Instituto de Astrofísica de Andalucía, Spain)/Davide De Martin (ESA/Hubble))

Uma das estrelas jovens que habitam essa nebulosa é a Pismis 24-1, que já foi considerada o maior astro conhecido – até os astrônomos descobrirem que ela se trata, na verdade, de pelo menos três estrelas enormes, cada uma com massa de até 100 sóis.
O Very Large Telescope do ESO (VLT) obteve a imagem mais detalhada até hoje de uma região espetacular da maternidade estelar chamada NGC 6357 (Foto: ESO/Divulgação)
O Very Large Telescope (VLT) do ESO obteve a imagem mais detalhada até hoje da NGC 6357 (Foto: ESO)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/02/telescopio-faz-imagem-de-bercario-de-estrelas-8-mil-anos-luz-da-terra.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário