quarta-feira, 31 de julho de 2013

Missão tripulada a Marte está mais perto do que parece, diz Buzz Aldrin

O americano Buzz Aldrin, astronauta que participou da missão Apolo 11 junto com Neil Armstrong, afirmou nesta quarta-feira (31) que é "vital" a cooperação internacional para explorar Marte, na abertura da quarta edição da Campus Party México.
É preciso "explorar como fizemos há 44 anos, mas para isso é preciso apoio público e cooperação" de órgãos privados e independentes, e também que as próximas gerações se interessem por ciência, tecnologia e matemática, disse ele durante a conferência na Cidade do México.
Marte deveria ser "nosso próximo destino", afirmou Aldrin, piloto do módulo do ônibus espacial Apolo 11, primeira missão a pisar na lua, em 1969, ao enfatizar que este objetivo está mais próximo da realidade do que parece. Para isso, "é fundamental encontrar maneiras competitivas para seguir inovando".
Usando uma gravata com um desenho de sua chegada à lua, o piloto lembrou que realização da Apolo11 foi possível graças ao trabalho em equipe e à inovação.
"Neil foi o primeiro homem a pisar na Lua, porque era o líder da missão - ou porque estava mais perto da porta", lembrou, sem revelar qual foi a verdadeira razão.
Aldrin contou que aterrissar na superfície lunar foi a parte "mais complicada" da missão porque só havia mais 18 segundos de combustível.
Inspiração para um dos principais personagens da série de filmes "Toy Story", o ex-astronauta revelou que ao término da missão caiu em uma depressão que acabou com seu casamento e começou a beber. "Levei um tempo para me recuperar", disse.
Ele acabou de lançar o livro Mission to Mars (ainda sem tradução no Brasil) e está envolvido no jogo "Buzz Aldrin Space Program Manager", com previsão de lançamento para o outono do hemisfério norte.  E sonha: "Nunca sei onde estarei: se não tiver nada melhor, gostaria dirigir um 'Hummer' (automóvel 4x4) no Polo Sul".

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/efe/2013/07/31/astronauta-da-apolo-11-buzz-aldrin-diz-que-missao-a-marte-e-possivel.htm

Neve se forma ao redor de sistema planetário, descobre Alma

Astrônomos detectaram pela primeira vez 'neve' caindo em torno de um jovem sistema planetário, registro que promete ajudar no estudo sobre a formação de corpos celestes. As observações inéditas do ALMA, o radiotelescópio mais potente do mundo, mostram linhas de neve entre os diferentes grãos congelados ao redor da TW Hydrae (ponto brilhante, ao centro), uma estrela como o nosso Sol ainda jovem, que fica a 175 anos-luz de distância da Terra. A água é a primeira substância a congelar em uma área que corresponde à distância entre as órbitas de Marte e Júpiter (mancha azul) e, à medida que as temperaturas caem, as moléculas mais exóticas do sistema transformam-se também em neve, como o dióxido de carbono, o metano e o monóxido de carbono (faixa verde), que corresponderia à órbita de Netuno, segundo o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), que opera o ALMA no Chile. A neve ajuda os grãos de pó a ficarem colados uns aos outros e cria um revestimento pegajoso que é essencial para a formação de planetas e cometas, explica artigo publicado nesta quinta-feira (18) na revista "Science". Além disso, o monóxido de carbono congelado é necessário para a formação de metanol, um dos blocos constituintes das moléculas orgânicas mais complexas essenciais à vida B. Saxton & A. Angelich/NRAO/AUI/NSF/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2013/01/10/imagens-e-noticias-sobre-o-espaco-2013.htm#fotoNav=196

Sol nasce 16 vezes por dia para astronautas da ISS

A astronauta Karen Nyberg, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), fotografou no dia 30 de julho o "primeiro" nascer do sol sobre a Terra visto da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Como a plataforma orbita o nosso planeta a cada 90 minutos, viajando a mais de 28 mil quilômetros por hora, a tripulação assiste a 16 "nascentes" e "poentes" do Sol diariamente Nasa/Karen Nyberg

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2013/02/06/fotos-mostram-a-terra-vista-do-espaco.htm#fotoNav=68

Formato de Pandora traz pistas sobre formação de luas de Saturno

Mimas e Pandora mostram como as luas de Saturno são excepcionais, ainda mais quando fotografadas juntas pela sonda Cassini. Segundo a Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), o tamanho reduzido de Pandora mostra que ela não tem gravidade suficiente para ganhar uma formato mais arrendondado, como tem o seu colega maior, que tem 396 quilômetros de diâmetro. Para os astrônomos, o satélite alongado, com cerca de 81 quilômetros de comprimento, pode guardar pistas de como os corpos próximos aos anéis de Saturno se formaram Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2013/07/01/imagens-do-mes-julho2013.htm#fotoNav=66

Sondas espaciais registram atividade do Sol

O telescópio Iris abriu seu "olho" pela primeira vez no dia 17 de julho, ainda na órbita da Terra, e registrou imagens impressionantes do Sol. O equipamento da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), que foi lançado no dia 27 de junho, mostra não só o forte contraste de densidade e temperatura que existe no astro, como também revela detalhes nunca vistos das camadas da atmosfera solar, como uma infinidade de finas estruturas. "As belas imagens do Iris vão nos ajudar a entender como a baixa atmosfera pode alimentar uma série de eventos ao redor do Sol", explica Adrian Daw, chefe da missão no Centro de Estudos Espaciais Goddard em Greenbelt, em Maryland, nos Estados Unidos. Acima, uma mesma região da nossa estrela é vista pelo Observatório Solar Dinâmico (colorido, à esquerda) e pelo Iris (em preto e branco, à direita), ressaltando a precisão do novo telescópio espacial Nasa/SDO/Iris

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2013/02/11/terceiro-ano-do-observatorio-solar-dinamico.htm#fotoNav=31

Telescópio da Nasa capta exoplaneta passando diante de 'estrela-mãe'

Planeta tem tamanho equivalente a Júpiter, diz agência espacial.
Sistema planetário está localizado a 63 anos-luz da Terra.

O telescópio Chandra, da agência espacial americana (Nasa), fez observações de um exoplaneta com tamanho equivalente a Júpiter passando diante de sua "estrela-mãe". É a primeira vez que este alinhamento é registrado com detecção de raios-X, afirma a agência, em nota.
Os exoplanetas são planetas localizados fora do Sistema Solar. O planeta observado, de nome HD 189733b, tem tamanho equivalente a Júpiter mas está em uma órbita próxima à sua estrela - 30 vezes mais próximo do que a Terra está do Sol.
O sistema que inclui o exoplaneta e a estrela está a 63 anos-luz da Terra. O HD 189733b completa sua órbita em torno da estrela a cada 2,2 dias.
A Nasa indica ainda que a temperatura do planeta deve ser elevada, devido à proximidade com a estrela. Além de permitir estudar melhor os exoplanetas, os dados obtidos ajudam a entender como a passagem do planeta afeta sua "estrela-mãe" e vice-versa.
"Poder estudar esta movimentação usando raios-X é importante porque revela novas informações sobre as propriedades dos exoplanetas", ressalta a cientista Katja Poppenhaeger, do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian.
Concepção artística mostra o planeta HD 189733b passando diante de estrela; no detalhe, dados obtidos por raio-X (Foto: Divulgação/Nasa/CXC/SAO/K.Poppenhaeger)
Concepção artística mostra o planeta HD 189733b passando diante de estrela; no detalhe do canto superior direito, observação de raios-X (Foto: Divulgação/Nasa/CXC/SAO/K.Poppenhaeger)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/telescopio-da-nasa-capta-exoplaneta-passando-diante-de-estrela-mae.html

terça-feira, 30 de julho de 2013

Há um buraco negro no centro de cada galáxia? Elas serão devoradas por eles?

Observações levam os cientistas a acreditar que existe mesmo um buraco negro no centro de cada uma das galáxias do Universo e que eles costumam ser bastante massivos. Há buracos negros em outras regiões das galáxias também, só que os centrais têm muito mais massa - alguns são equivalentes a bilhões de estrelas juntas.
E, sim, isso quer dizer que as galáxias serão engolidas pelos seus próprios buracos negros. Só que o processo é extremamente lento. Mesmo "esfomeados", os buracos negros não saem por aí engolindo estrelas, planetas e tudo o mais que encontram pela frente. Eles ficam "quietos" por muito tempo sem mexer com os objetos próximos que o orbitam. Somente se eles chegarem muito próximos é que serão capturados pelo campo gravitacional.
Para entender como funciona o buraco negro no centro das galáxias, vamos tomar como exemplo a Via Láctea, a mais fácil de ser estudada, já que vivemos dentro dela.
O buraco negro supermassivo que existe no centro da nossa galáxia é envolto por uma "bola" formada por bilhões de estrelas, o chamado bojo estelar. Ao redor dele, há um disco achatado de estrelas que gira no centro. Nesse disco, vemos uma espiral onde se concentram nuvens de gás onde são formadas novas estrelas. A Terra está em um dos braços dessa espiral, bem longe do buraco negro central.
Refeição a cada dez mil anos
Apesar de estar no meio de um banquete estelar, há algo que impede o buraco de sair devorando as estrelas do bojo. O bloqueio tem a ver com a física, e é uma coisa tão básica que a gente aprende no ensino fundamental: a gravidade.

Se um corpo celeste é capturado pelo campo gravitacional do buraco negro, não tem jeito, o corpo será puxado com tanta violência que vai perder a forma e a luz - e o que restar da sua matéria vai se integrar à massa do buraco. Só que o campo gravitacional do comilão tem um limite, que os cientistas chamam de raio de maré.
Suponhamos que uma nave espacial chegue bem perto do buraco. Ela seria atraída por ele, mas tem velocidade suficiente para escapar dessa enrascada. Se a espaçonave ultrapassar o raio de maré, não haverá velocidade que vai ajudar o piloto a escapar, e eles seriam destruídos. Neste raio de ação, a gravidade do buraco negro é maior do que força que mantém a nave "unida", na sua forma original.
A boa notícia é que, para ser engolido pelo buraco, o piloto teria de chegar bem perto. A influência gravitacional do buraco tem um raio muito pequeno se comparada à influência do bojo estelar que o envolve. Esse bojo tem tantas estrelas que é o responsável pela forma da Via Láctea. E é o bojo - e não o buraco negro - que mantém a galáxia coesa, e as estrelas e as nuvens de gás que vemos nos braços espirais orbitando no disco.
Não há estrelas dando sopa dentro do raio de maré do buraco negro. Afinal, ele já engoliu o que conseguiu alcançar. As estrelas do bojo se movimentam seguindo órbitas próprias. Estima-se que a cada 10 mil anos, uma estrela sofra uma perturbação em sua órbita e se aproxime do raio de maré do buraco. Aí não tem escapatória: ele engole mesmo.
A cada vez que ele devora uma estrela, seu potencial gravitacional aumenta. Como isso acontece a cada dez mil anos, ele vai demorar uns trilhões de anos para comer somente as estrelas do bojo. Para devorar a galáxia inteira, só daqui a uns quatrilhões de anos.

Buraco negro em atividade
Para os astrônomos, é difícil observar um buraco negro. Como ele não deixa escapar nem a luz, é impossível observá-lo com ajuda de telescópios ópticos. O jeito é estudar raios-x e ultravioleta emitidos por objetos quando eles estão sendo engolidos pelo buraco.
Cientistas descobriram agora em julho que o buraco do centro da Via Láctea começou a engolir uma nuvem de gás que se aproximou do seu raio de maré. Telescópios de raio-x e ultravioleta estão apontados para lá, esperando pelo fim da refeição do monstro. Apesar de não conseguirmos vê-lo, já foi publicada uma imagem ilustrativa do banquete espacial.
Consultoria: Thaisa Storchi Bergmann, chefe do Grupo de Pesquisa em Astrofísica do Instituto de Física da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul), é uma pesquisadora que estuda buracos negros no centro das galáxias

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/07/30/ha-um-buraco-negro-no-centro-de-cada-galaxia-elas-serao-devoradas-por-eles.htm

domingo, 28 de julho de 2013

Telescópio Hubble registra centro de galáxia a 90 milhões de anos-luz

Objeto NGC 524 fica localizado na constelação de Peixes.
NGC 524 é do tipo lenticular, estado intermediário na evolução galáctica.


Centro da galáxia NGC 524 é visto pelo telescópio Hubble, da Nasa (Foto: Nasa/ESA/AFP)
Centro da galáxia NGC 524 é visto pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa (Foto: Nasa/ESA/AFP)

O Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, captou uma imagem do centro da galáxia NGC 524, na constelação de Peixes, a 90 milhões de anos-luz da Terra. O registro foi divulgado pela agência americana na sexta-feira (26).
O objeto é do tipo lenticular (com formato de lente), um estado intermediário na evolução galáctica, entre os tipos espiral – como a Via Láctea – e elíptico, que tem forma esférica e pode ser resultante da união de duas galáxias espirais.
As galáxias espirais são um sistema estelar de meia-idade, com grandes braços ao redor que contêm milhões de astros. Junto com essas estrelas, existem grandes nuvens de gás e poeira que, quando estão muito densas, funcionam como uma espécie de "berçário" onde nascem novos astros.
A partir do momento em que todo o gás é esgotado ou perdido no espaço, os braços gradualmente desaparecem e o formato espiral começa a se enfraquecer.
Ao fim desse processo, o que resta é uma galáxia lenticular, um disco brilhante cheio de estrelas vermelhas, rodeadas por um pouco de gás e poeira. No caso da NGC 524, ainda há um movimento parecido com o das galáxias espirais, o que ajuda a explicar sua estrutura complexa.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/telescopio-hubble-registra-centro-de-galaxia-90-milhoes-de-anos-luz.html

sábado, 27 de julho de 2013

28 de Julho, 29 - . Southern Delta Chuva de Meteoros Aquarids

Aquarids Delta pode produzir cerca de 20 meteoros por hora em seu pico. O chuveiro atinge o auge em 28 de julho e 29, mas alguns meteoros também pode ser visto a partir de 18 julho - 18 agosto. O ponto radiante para este chuveiro estará na constelação de Aquário. A lua do último trimestre será em torno do show e pode esconder alguns dos meteoros mais fracos. Melhor visualização geralmente é para o leste após a meia-noite.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

Nasa financia pesquisa sobre hibernação espacial humana

A Nasa anunciou anteontem que vai financiar a fase inicial de um estudo sobre "hibernação humana" como estratégia para manter astronautas vivos durante viagens espaciais longas no futuro.
A ideia, concebida inicialmente em filmes ficção cientifica, é minimizar os requisitos de sobrevivência de uma tripulação a caminho de Marte, que em condições normais consumiria muitos recursos.
"Acreditamos que, com uma tripulação de quatro a seis pessoas, a massa de um habitat pode ser reduzida para 5 a 7 toneladas, comparada com 20 ou 50 toneladas", escreveu John Bradford, da empresa Spaceworks Engineering, autor da proposta.
O financiamento para a pesquisa saiu do programa Niac (Conceitos Avançados Inovadores da Nasa), que só banca projetos arriscados.
A proposta de Bradford, que fala em "torpor induzido" e "animação suspensa", em vez de hibernação, receberá US$ 100 mil no primeiro ano, no qual precisa apresentar uma prova de princípio. Caso tenha sucesso, receberá mais US$ 1 milhão para um período de dois anos.
"O avanço recente da medicina impulsiona a habilidade de induzir estados de sono profundo (por exemplo, o torpor) com taxa de metabolismo significativamente reduzida, em humanos, por grandes períodos de tempo", escreve Bradford.
O pesquisador também menciona a "animação suspensa para voos humanos interestelares" como uma "solução promissora de longo prazo para viagens espaciais de longa duração".
Outras pesquisas selecionadas para a primeira fase do NIAC são uma "impressora 3-D de estruturas biológicas" e uma "plataforma de voo permanente", que funcionaria como uma espécie de satélite capaz de se manter em baixa altitude.

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/07/1314528-nasa-financia-pesquisa-sobre-hibernacao-espacial-humana.shtml

Buraco gigante é visto no polo norte da camada mais externa do Sol

Região escura foi registrada por observatório da Nasa/ESA na sexta (18).
Fenômeno é importante para entender clima espacial, dizem astrônomos.


Buraco escuro é visto no polo norte do Sol (Foto: ESA/Nasa/Soho)
Buraco escuro é visto no polo norte da camada mais externa do Sol, a coroa solar (Foto: ESA/Nasa/Soho)

Um buraco gigantesco no polo norte da camada mais externa da atmosfera do Sol, chamada coroa solar (ou corona), foi detectado pelo Observatório Solar e Heliosférico (Soho), da Agência Espacial Europeia (ESA) e da agência espacial americana (Nasa), na sexta-feira (18), às 10h06 pelo horário de Brasília.
Embora não esteja claro o que provoca esses buracos, eles correspondem a áreas solares em que os campos magnéticos do astro sobem e vão para longe, e não conseguem retornar à superfície.
Esses buracos são regiões de baixa densidade que contêm pouco material solar, apresentam temperaturas mais baixas e, portanto, parecem mais escuras que as áreas ao redor.
Regiões como essa são uma característica típica do Sol, apesar de aparecerem em lugares diferentes e em momentos distintos do ciclo de atividade do astro – que está aumentando em direção ao fenômeno conhecido como "máximo solar", cujo pico de atividade está previsto para o final deste ano.
Durante parte desse ciclo, o número de buracos coronais diminui. Já no máximo solar, os campos magnéticos da estrela se invertem e novos buracos aparecem perto dos polos. Eles, então, aumentam em número e tamanho, estendendo-se para longe dos polos, enquanto o Sol caminha novamente para o "mínimo solar".
Segundo os astrônomos, esses buracos são importantes para a compreensão do clima espacial, pois são fonte de um vento de alta velocidade vindo de partículas solares que saem três vezes mais rápido em relação a outros locais do Sol.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/buraco-gigante-e-visto-no-polo-norte-da-camada-mais-externa-do-sol.html

Astronautas recebem visita de mascote em estação espacial

Agência espacial divulgou vídeo de astronauta recebendo 'alienígena'.
Mascote foi criado pela ESA para explicar astronomia para crianças.


Agência Espacial Europeia divulga vídeo de astronauta Luca Parmitano apresentando o mascote Praxi (Foto: Cortesia/Agência Espacial Europeia (ESA))
Agência Espacial Europeia divulga vídeo de astronauta Luca Parmitano apresentando o mascote Praxi (Foto: Cortesia/Agência Espacial Europeia-ESA)

A Estação Espacial Internacional (ISS) recebeu nesta segunda-feira (22) a visita do mascote da Agência Espacial Europeia (ESA), um alienígena de pelúcia chamado Paxi. A visita surpresa foi anunciada pelo astronauta Luca Parmitano em um vídeo divulgado pela agência.
O mascote foi criado pela ESA para ajudar a explicar para as crianças os complexos conceitos de astronomia de um modo mais divertido.
Ao apresentar Paxi, Parmitano conta que esta é a “primeira vez que um alienígena visita a ISS” e anuncia que irá mostrar ao mascote todos os cantos da estação. Em seu perfil do Twitter, o alienígena tem postado, ao longo do dia, fotos em diversos locais da ISS.
Agência Espacial Europeia divulga vídeo de astronauta Luca Parmitano apresentando o mascote Praxi (Foto: Cortesia/Agência Espacial Europeia (ESA))
Mascote Paxi divulga foto de seu 'tour' por estação espacial (Foto: Cortesia/Agência Espacial Europeia-ESA)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/astronautas-recebem-visita-de-mascote-em-estacao-espacial.html

Nasa divulga imagem da Terra tirada a partir de Saturno, a 1,5 bilhão de km

Fotografias foram tiradas da missão Cassini, que orbita ao redor de Saturno.
Imagens mostram Terra e Lua como 'pontinhos' brilhantes no espaço.


Imagem da Terra divulgada pela Nasa, tirada a partir da órbita de Saturno, a 1,5 bilhões de quilômetros. (Foto: AFP Photo / NASA/JPL-Caltech/SSI)
Imagem da Terra divulgada pela Nasa, tirada a partir da órbita de Saturno, a 1,5 bilhão de quilômetros. (Foto: AFP Photo / NASA/JPL-Caltech/SSI)

A agência espacial americana Nasa divulgou imagens da Terra tiradas nesta sexta-feira (19) a partir da missão Cassini, que está orbitando ao redor de Saturno. As imagens foram recebidas na Terra neste sábado (20).
O nosso planeta é o ponto mais brilhante na imagem acima, perto do centro, e a Lua é vista do lado esquerdo inferior. A câmera estava a quase 1,5 bilhão de quilômetros da Terra.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/nasa-divulga-imagem-da-terra-tirada-partir-de-saturno-15-bilhao-de-km.html

sábado, 20 de julho de 2013

Há 44 anos, homem dava primeiros passos na Lua; conheça dez fatos

20.Jul.1969 - Armstrong foi o primeiro a sair da nave. Ao pôr os pés na Lua, disse a célebre frase: "Um pequeno passo para o homem, um gigantesco salto para a Humanidade"

Há 44 anos, dava-se um pequeno passo para um homem, mas um gigantesco salto para a humanidade. Em 20 de julho de 1969, Neil Armstrong e Edwin "Buzz" Aldrin foram os primeiros homens a andar na Lua.
Acorrida espacial entre Estados Unidos e União Soviética, nos anos 60 e 70, foi marcada pelo primeiro lançamento do homem ao espaço, o russo Yuri Gagarin em 1961, e pela ida do homem à Lua, pelos astronautas americanos. Veja dez fatos curiosos:
  • O computador central da missão Apollo 11 tinha apenas 16 bits, menos do que uma calculadora de bolso atual.
  • Armstrong ficou 19 minutos sozinho na Lua até que Aldrin se juntasse a ele.
  •  Outros dez homens pisaram a Lua. A última missão do programa, a Apollo 17, foi realizada em dezembro de 1972. 
  • A memória fixa do computador central da Apollo 11 tinha uma capacidade de cerca de 36.864 palavras com uma memória variável de 2.048 palavras.
  • Para levar novamente o homem à Lua seriam precisos anos e muito investimento para desenvolvimento de novas naves. Com o objetivo conquistado, a meta da Nasa passou a ser o lançamento de sondas, telescópios espaciais e veículos não tripulados para a exploração do sistema solar como um todo.
  • A memória do núcleo magnético da Apollo 11 era de 4 kB.
  • O astronauta e computador se comunicavam por um display de 21 dígitos e um teclado de 19 botões.
  • Quando Aldrin se uniu a Armstrong na Lua, ele teve que checar que não fechado a porta do módulo lunar, que não abria por fora.
  • Armstrong deu os primeiros passos na Lua, mas Aldrin foi o primeiro a fazer xixi lá. Ele urinou em um saco especial dentro de sua roupa.
  • A dupla deixou na Lua uma série retro-refletores que ainda são usados por cientistas para calcular a distância até a Lua. Feixes de laser são lançados para a Lua e alguns batem nos refletores e voltam à Terra, o que permite aos cientistas calcular a distância.
Fonte:  http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/07/20/ha-44-anos-homem-dava-primeiros-passos-na-lua-conheca-dez-fatos.htm

Piloto da missão Apollo 15 fala do isolamento no espaço

Al Worden ficou sozinho no módulo de comando, orbitando a Lua, enquanto seus dois colegas coletavam amostras do solo lunar.

Como é ser o homem mais isolado de todos os tempos? Al Worden, piloto do módulo de comando da missão Apollo 15, pode ser chamado de detentor desse título.
Sete homens na história da Humanidade se destacam do resto de nós. Eles são os pilotos dos módulos de comando das missões Apollo, que passaram tempo sozinhos, em órbita em torno da Lua, enquanto seus colegas caminhavam sobre a superfície lunar.
Quando esses astronautas sobrevoaram o lado oculto da Lua, ficaram completamente fora de contato e mais distantes da Terra do que qualquer pessoa jamais estivera antes. Ou esteve desde então.

O astronauta Al Worden aponta como positivo ter mantido distância de colegas de viagem (Foto: Nasa)
O astronauta Al Worden aponta como positivo ter mantido distância de colegas de viagem (Foto: Nasa)

Apenas cinco deles ainda estão vivos. E Al Worden, piloto do módulo de comando da missão Apolo 15, continua sendo a imagem perfeita de um veterano astronauta.
Worden voou para a Lua em julho de 1971, junto com o comandante Dave Scott e o piloto do módulo lunar, Jim Irwin.
Durante o período em que ficou sozinho no módulo de comando, estabeleceu o recorde de "ser humano mais isolado" de todos os tempos. Em determinados períodos, quando o módulo viajava pelo lado oculto da Lua, os seres humanos mais próximos do piloto - seus dois colegas astronautas - estavam a 3.600 km de distância, caminhando do outro lado.
Assim como outros pilotos do programa Apollo, Worden prefere falar das conquistas da missão do que de si mesmo. Dentre as missões do programa, a Apollo 15 é tida como a de maior rigor científico.
Mas não se trata apenas de fazer ciência. Em entrevista a Richard Hollingham, da BBC Future, Worden falou sobre o aspecto humano da experiência que viveu.
Você sente que os pilotos dos módulos de comando foram esquecidos pela história, que o trabalho que fizeram é tido como menos glamoroso?
É engraçado, os olhos do mundo estavam nos que desembarcaram na Lua, mas a função deles era pegar rochas para serem analisadas. Mas em matéria de ciência, você faz muito mais em órbita na Lua do que é capaz de fazer na superfície. Por exemplo, eu fotografei cerca de 25% da superfície lunar - foi a primeira vez que isso foi feito. Também mapeei mais ou menos a mesma porção. Isso é bastante informação para você trazer de volta, aliás, é tanto que acho que ainda está sendo estudada.
O que se passava na sua cabeça quando o módulo lunar se separou da nave de comando e você o viu ficar cada vez menor, enquanto descia na direção da Lua?
Primeiro, desejei boa sorte a eles. "Espero que vocês aterrissem sem problemas". Segundo: "Oba, estou feliz por eles terem ido porque agora o espaço é todo meu". Aí tive três dias maravilhosos na nave, completamente sozinho.
Mas não era solitário?
Estava sozinho mas não estava solitário. Minha formação é de piloto da força aérea e depois de piloto de testes, principalmente de aviões de guerra. Então estava bem acostumado a ficar sozinho e gostei muito. Não tinha de falar com Dave e Jim, exceto quando completava a volta (quando o módulo de comando, em órbita, passava acima do ponto onde o módulo lunar tinha aterrissado) e dizia "oi". No lado de trás da Lua, não tinha nem que falar com Houston e essa era a melhor parte do voo.
Mas você estava a mais de 400 milhões de quilômetros de casa.
Sim, você está muito longe mas o que mais me impressionou quando estava na órbita lunar - particularmente quando estava sozinho - foi que todas as vezes que passei pelo lado de trás da lua, olhava pela janela e conseguia ver a Terra subindo. Era fenomenal. Além disso, fui capaz de olhar o universo lá fora de uma perspectiva muito diferente e de uma maneira muito diferente da que qualquer pessoa jamais vira antes.
O que descobri foi que o número de estrelas era tão imenso. Na verdade, não conseguia ver estrelas individualmente, era como um lençol de luz. Achei aquilo fascinante, porque mudou minhas ideias sobre como pensamos a respeito do Universo.
Existem bilhões de estrelas lá fora - a Via Láctea, a galáxia em que estamos, contém bilhões de estrelas, não apenas algumas. E existem bilhões de galáxias lá fora. Então, o que isso te diz a respeito do Universo? Que nós simplesmente não pensamos grande o suficiente. No meu entender, esse é o objetivo do programa espacial, entender tudo isso.
Isso não fez você se sentir ainda menor e ainda mais sozinho?
Ah sim, você quer se sentir insignificante? Fique atrás da Lua. Isso vai fazer você realmente sentir que você não é nada.
Por que você preferia ficar fora de contato com Houston?
Não precisava ter uma pessoa martelando no meu ouvido o tempo todo. Tinha muito trabalho a fazer. Digo isso de brincadeira, porque se acontecesse algo sério, eu certamente ia querer que eles entrassem em contato. Mas se tudo corria bem, eu não precisava falar com eles e podia me concentrar em fazer ciência.
Quão ocupado você ficava? Imagino que você acabou fazendo suas reflexões sobre a Terra e o Universo depois de retornar do espaço?
É uma coisa engraçada, quando você está lá observando tudo isso e fazendo todo o reconhecimento (à distância) e fotografando, você não tem muito tempo para pensar a respeito. Você guarda tudo num banco de memória e quando você volta, você pensa a respeito. Eu trabalhava 20 horas por dia e dormia três ou quatro horas por noite. Então você não pode se dar ao luxo de gastar tempo sentado, olhando pela janela e filosofando.
E música? Qual foi sua seleção para a Lua?
Tínhamos uns toca-fitas pequenos que podíamos usar durante o voo. Eu era, e ainda sou, um fã incondicional dos Beatles. Também levei Elton John, John Denver e a Valsa Danúbio Azul (da trilha do filme 2001, Uma Odisseia no Espaço).
Você é uma das sete pessoas que ficaram isoladas em órbita em torno da Lua. Existe alguma lição que futuros astronautas deveriam aprender, quando - ou se - voltarem à Lua ou se forem a Marte?
Provavelmente sim, embora nós todos tenhamos tido experiências muito diferentes. A lição que eu aprendi é, não faça muita amizade com a tripulação. Por causa dos longos períodos de tempo que você passa com os outros dois, descobri que estava mais concentrado em fazer o trabalho que tinha de fazer do que em me relacionar com eles. Trabalhamos muito bem juntos, mas não éramos grandes amigos e acho que isso foi benéfico.
Mas como é que você faz isso?
Você precisa manter uma certa distância entre as pessoas. Se você chega a um ponto onde é hora de descansar, fazer nada por um tempo, precisa se sentir confortável para desfrutar de um pouco de solidão sem sentir que precisa conversar com todo mundo.
Nós todos temos essa expectativa de que vocês têm de ser amigos. Você está dizendo que não é bem assim?
(A equipe da) Apollo 12 estava sempre junta. Pete Conrad (astronauta, terceiro a pisar na Lua) tratava sua tripulação como se fossem irmãos. Onde estava um, estavam os três, porque estavam sempre juntos. Nós éramos o oposto disso. Acho que isso nos tornou mais efetivos como tripulação.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/piloto-da-missao-apollo-15-fala-do-isolamento-no-espaco-.html

Expedição afirma que motor encontrado no mar é da Apollo 11

Material resgatado do fundo do oceano em março foi identificado agora.
Expedição particular foi montada pelo presidente da Amazon, Jeff Bezos.


Peça de foguete que pertencia a uma das missões Apollo, encontrada fundo do oceano (Foto: Bezos Expeditions/AP)
Peça de foguete que pertencia à Apollo 11, no fundo do oceano (Foto: Bezos Expeditions/AP)

O presidente da Amazon, Jeff Bezos, afirmou nesta sexta-feira (19) que o motor de foguete que sua expedição particular resgatou das profundezas do Oceano Atlântico é mesmo do foguete Apollo 11, a primeira a levar o homem à Lua, em julho de 1969.
Um restaurador que trabalhava na peça, resgatada em março, encontrou o número 204 na peça, o que permitie identificá-la como sendo do motor número 5 da Apollo 11, segundo texto publicado no blog da expedição.
A expedição que encontrou o motor, que estava no fundo do oceano há cerca de 40 anos, durou três semanas e foi capitaneada por Jeff Bezos.
Boa parte das missões Apollo foram lançadas ao espaço com o uso de foguetes Saturn V, nas décadas de 1960 e 1970 - é a este modelo de foguete que pertenceram as peças encontradas.
A Apollo 11 levou os primeiros homens à Lua, em 20 de julho de 1969. A bordo estavam os astronautas Neil Armstrong, Buzz Aldrin – os primeiros a pisar na Lua – e Michael Collins, que não pôde descer porque ficou no módulo de comando.
Apollo 11
No ano passado, Bezos e sua equipe usaram sonares e anunciaram ter localizado as peças a cerca de 4 km no fundo do Oceano Atlântico. Eles disseram se tratar dos motores que levaram ao espaço a famosa nave Apollo 11.

Técnicos inspecionam peça de motor da missão Apollo, resgatada a 4 km no fundo do mar (Foto: Bezos Expeditions/AP)
Técnicos inspecionam peça de motor resgatada a 4 km no fundo do mar (Foto: Bezos Expeditions/AP)


Estrutura do foguete Saturn V encontrada no fundo do mar (Foto: Bezos Expeditions/AP)
Estrutura do foguete Saturn V encontrada no fundo do mar (Foto: Bezos Expeditions/AP)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/expedicao-afirma-que-motor-encontrado-no-mar-e-da-apollo-11.html

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Marte sofreu perda precoce da maior parte da atmosfera

Quando era um jovem com menos de 500 milhões de anos, Marte sofreu uma catástrofe que desligou seu campo magnético, deixou-o exposto a fortes ventos solares e o fez perder quase toda a sua atmosfera.
Essa é a história mais plausível para a infância do planeta, de acordo com as descobertas mais recentes do jipe-robô Curiosity.
A conclusão está em dois estudos publicados hoje na revista "Science", que revelam com precisão inédita a composição do ar em Marte.
Já se desconfiava que o planeta tinha perdido ar no passado, mas ao analisar detalhes na composição de diferentes gases, cientistas se deram conta de que a erosão atmosférica inicial foi muito mais brusca do que se pensava, e só depois se amainou.
Após nascer com uma atmosfera espessa, com pressão centenas de vezes maior que a da Terra, Marte rapidamente perdeu quase todo seu ar e se tornou, talvez, parecido com nosso planeta. A erosão continuou, porém, e hoje o ar marciano é tão rarefeito que sua pressão é de menos de um centésimo daquela na superfície terrestre.
Os cientistas conseguiram deduzir esse histórico de perda de atmosfera porque os átomos mais leves de um gás se concentram no alto da atmosfera, e o vento solar os empurra para fora do planeta com mais facilidade. A proporção de gás argônio com peso atômico 36 para o argônio com peso atômico 40, por exemplo, era maior antes de a atmosfera sofrer erosão.
Cientistas ainda debatem o que pode ter causado essa perda de atmosfera tão brusca, e isso deve ter a ver com o campo magnético do planeta, que dependia de um fluxo de magma em seu interior. Caso esse magma tenha se solidificado, o magnetismo se esvaiu e deixou o planeta exposto ao vento solar, que era mais forte naquela época. Outra hipótese é a de uma grande colisão ter desestabilizado o fluxo de magma.
Para Paul Mahaffy, líder de um dos estudos, impactos com asteroides e cometas podem ter dado conta de afinar a antiga atmosfera marciana.


CONDIÇÕES AMENAS
A missão do Curiosity é investigar a possibilidade de Marte ter tido condições favoráveis à vida no passado, mas ainda não está claro se a história da perda precoce da atmosfera do planeta é notícia boa ou ruim para isso.
Certamente, não é um impeditivo, pois ao menos durante algum tempo a pressão atmosférica do planeta foi adequada para manter água líquida, cujo fluxo deixou sinais em rochas. "A questão é quanto tempo essa água durou", disse Mahaffy à Folha. "É plausível que ela tenha persistido bastante tempo sob uma atmosfera não tão pesada quanto a inicial."
Chris Webster, líder do outro estudo da Nasa que sai hoje, se diz otimista. Mesmo que a atmosfera de Marte tenha sido reduzida a um décimo do tamanho original logo no início, diz, ela ainda teria um valor razoável, e só ao longo do tempo teria sido encolhida para o valor atual.
"Houve um período em que a atmosfera de Marte era similar à nossa, e havia água líquida", diz. "É preciso levar em conta, claro, que a superfície de Marte é muito cruel, com muita radiação ultravioleta, mas abaixo da superfície há a possibilidade de ter havido um monte de ingredientes necessários à vida."
Essas condições amenas, porém, estariam com os dias contados, pois o fim do campo magnético de Marte o levaria a continuar a perder atmosfera e pressão.
Em novembro, a Nasa enviará a Marte a sonda Maven, que vai investigar a atual taxa de perda atmosférica.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/07/1313327-marte-sofreu-perda-precoce-da-maior-parte-da-atmosfera.shtml

Cientistas obtêm imagem de neve em sistema planetário jovem

Linha de neve foi descoberta em torno de estrela a 175 anos-luz da Terra.
Fenômeno pode aparecer em regiões frias e distantes de discos de poeira.


Concepção artística das linhas de neve em um sistema planetário situado próximo à estrela TW Hydrae (Foto: Divulgação/ESO)
Concepção artística mostra linha de neve em sistema planetário jovem (Foto: Divulgação/ESO)

Uma equipe de astrônomos obteve pela primeira vez a imagem de uma linha de neve em um sistema planetário jovem, afirma o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês). A descoberta ocorreu utilizando equipamentos do projeto Alma (sigla para Grande Conjunto Milimétrico/Submilimétrico do Atacama), "supertelescópio" situado na América do Sul.
A linha de neve identificada situa-se no disco que rodeia a estrela TW Hydrae, de acordo com os pesquisadores.
Fenômenos desse tipo, ao surgir em torno de estrelas jovens, costumam formar-se em regiões frias e distantes dos discos de poeira dos astros - a partir dos discos, podem surgir sistemas planetários.
Na Terra, linhas de neve formam-se a altitudes elevadas, quando baixas temperaturas fazem com que a umidade do ar se transforme em neve. "A linha é claramente visível em uma montanha, no local onde o pico coberto de neve termina e a face rochosa descoberta começa", afirmaram os cientistas do ESO, em nota.
A descoberta dos astrônomos mostra o primeiro indício da existência de uma linha de neve de monóxido de carbono em torno da TW Hydrae, uma estrela jovem, situada a cerca de 175 anos-luz da Terra. O sistema planetário em formação pode vir a ter características parecidas com as da "juventude" do Sistema Solar terreno, quando ele possuía apenas alguns milhões de anos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/cientistas-obtem-imagem-de-neve-em-sistema-planetario-jovem.html

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Nasa pode cancelar missão de caça a asteroides por falta de 'candidatos'Comente

A iniciativa de colocar um asteroide em órbita estável ao redor da Lua para criar postos permanentes no espaço é considerado um dos grandes desafios da Nasa na próxima década. Só que os executivos da Agência Espacial Norte-Americana estão começando a desconfiar que tirar esse plano do papel vai ser bem mais difícil do que eles suspeitavam.
A começar pelo asteroide que pode, simplesmente, não ser encontrado, apontam os primeiros cálculos dos pesquisadores da área, bastantes pessimistas.
Paul Chodas, que trabalha no JPL, o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, na Califórnia, disse que dos dez mil objetos do Sistema Solar com trajetórias próximas à Terra, os chamados NEOs, apenas 370 têm cerca de 10 metros de diâmetro, o tamanho ideal para serem capturados por uma nave-robô que ainda será construída.
Mas especialistas da área reunidos no último simpósio da Academia de Ciências dos Estados Unidos, em Washington, mostraram que o número de 'candidatos' no espaço é ainda menor.
Desse montante que pode ser rebocado, 14 asteroides têm órbita estável e poderiam ficar próximos da Lua. E, não bastassem as poucas opções, os acadêmicos lembram que somente quatro corpos foram estudados pelos cientistas - para saber mais a respeito da textura da superfície e da taxa de rotação, por exemplo.
"Há um grande ceticismo sobre a Iniciativa do Asteroide, tanto da parte acadêmica quanto do público, que ele pode até ser retirado [do orçamento]", afirmou Jim Bell, especialista em planetas da Universidade do Arizona em Tempe.
A busca pelo asteroide é apenas o primeiro passo de um programa mais ambicioso que pode ajudar na atividade de mineração espacial, nas pesquisas para desviar objetos em rota de colisão com a Terra e, mais importante, enviar uma tripulação para Marte em 2030.
É que ter um objeto fixo perto do nosso satélite pode ajudar nas longas missões no espaço, pois ele serviria como uma base de apoio para os astronautas, por exemplo.
Parte do US$ 3,77 trilhões do Orçamento de 2014 dos Estados Unidos já foi destinada para a Iniciativa do Asteroide; falta, no entanto, a aprovação do Congresso para que os US$ 17,7 bilhões sejam liberados para a Nasa.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/07/17/nasa-pode-cancelar-missao-do-asteroide-por-falta-de-candidatos-no-espaco.htm

Hubble vê criação de ouro e elementos pesados após colisão de estrelas mortas

A análise de uma explosão de raios gama --fenômeno do tipo mais energético que se conhece no Universo-- confirmou indício de que esse evento pode ser provocado pela colisão de dois núcleos de estrelas mortas. A descoberta, feita a partir de imagens do Telescópio Espacial Hubble, dá apoio a uma teoria sobre com surgem os elementos naturais mais pesados da tabela periódica.
Os astrônomos dizem ter observado no mês passado a fusão de duas estrelas de nêutrons --essencialmente, astros que pararam de brilhar após esgotarem seu combustível de fusão nuclear. Estrelas como o Sol, quando explodem em eventos chamados supernovas, produzem apenas elementos com peso até a região do ferro (com número atômico 26). Cientistas ainda debatiam como elementos tais quais o ouro (número atômico 79) surgiriam no Universo.
Concepção artística mostra colisão de duas estrelas de nêutrons analisada pelo telescópio Hubble
Concepção artística mostra colisão de duas estrelas de nêutrons, fenômeno por trás de explosões de raios gama

Ao analisar a explosão de raios gama catalogada com a sigla GRB 130603B, Edo Berger e dois de seus colegas do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, de Boston, viram algo atípico. Nos momentos que se seguiram à explosão, ocorrida 3,9 bilhões de anos-luz de distância da Terra, a região onde o evento ocorreu passou a emitir um tipo de luz infravermelha associada ao decaimento de átomos radiativos. O espectro daquela luminosidade era o de núcleos dos elementos pesados emitindo nêutrons e revelando sua presença.
"Estimamos que a quantidade ouro produzida e espalhada pelo encontro das estrelas seja dez vezes maior que a massa da Lua", disse Berger em comunicado à imprensa.
A descoberta foi feita graças à precisão do Hubble, que foi apontado para a região da explosão nove dias após o evento. A emissão de raios gama, em si, durou apenas 0,2 segundo, e não pode ser detectada por telescópios ópticos --havia sido captada por satélites de pesquisa. Com a observação do Hubble, porém, ficou claro para os cientistas que devia se tratar de um evento como a colisão de estrelas de nêutrons, pois o padrão de emissão de luz visível e infravermelha estava de acordo com simulações feitas em computador.
O estudo de Berger e seus colegas foi submetido à revista "The Astrophysical Journal Letters", onde ainda será revisado por cientistas independentes. O trabalho foi tornado público após ter sido depositado no acervo online arXiv (http://arxiv.org ).

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/07/1312429-hubble-ve-criacao-de-ouro-e-elementos-pesados-apos-colisao-de-estrelas-mortas.shtml

Astronautas se fotografam durante caminhada espacial

Água no capacete do astronauta Luca Parmitano atrapalhou a missão.
Caminhada foi interrompida depois de uma hora e meia.

Chris Cassidy e Luca Parmitano se fotografando durante caminhada espacial (Foto: NASA)
Chris Cassidy e Luca Parmitano se fotografando durante caminhada espacial (Foto: NASA)

Fotos divulgadas nesta quarta-feira (17) pela Nasa mostram retratos feitos por astronautas durante caminhada espacial, com o objetivo de preparar a estação para a chegada de um módulo de ciência russo ainda este ano.
Chris Cassidy, astronauta americano, fotografou o italiano Luca Parmitano. Os dois trabalhariam por 6 horas, mas, depois de uma hora e meia, a caminhada foi cancelada porque uma quantidade de água se acumulou no capacete de Parmitano.
O líquido, que atrapalhou a missão e estragou o sistema de comunicação do astronauta, pode ter vindo da bolsa de água potável ou do sistema de refrigeração do traje espacial.

O astronauta norte-americano Chris Cassidy e o italiano Luca Parmitano em retrato feito durante caminhada na terça (16) (Foto: NASA)
O astronauta norte-americano Chris Cassidy e o italiano Luca Parmitano em retrato feito durante caminhada na terça (16) (Foto: NASA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/astronautas-se-fotografam-durante-caminhada-espacial.html

Nuvem de gás é despedaçada ao passar perto de buraco negro

Observação do fenômeno foi feita pelo Very Large Telescope, no Chile.
Estudo vai revelar informações importantes sobre áreas próximas a buraco.

Imagem é uma simulação que mostra nuvem de gás descoberta em 2011 passando perto do buraco negro no centro da galáxia. (Foto: ESO/S. Gillessen/MPE/Marc Schartmann/Divulgação)
Simulação mostra nuvem de gás passando perto do buraco negro no centro da galáxia. Enquanto a parte da frente da nuvem já passou pelo buraco, e disatancia-se dele a uma velocidade de 10 milhões de km/h, a parte de trás ainda está sendo atraída por ele (Foto: ESO/S. Gillessen/MPE/Marc Schartmann/Divulgação)

O buraco negro mais próximo da Terra, chamado Sagitário A, está despedaçando uma enorme nuvem de gás: enquanto o buraco continua a atrair uma das extremidades da nuvem, repele a extremidade oposta, que se afasta dele a uma velocidade de 10 milhões de quilômetros por hora, de acordo com a EFE.
Este fenômeno, que ocorre no centro da Via Láctea, foi observado pela primeira vez com o Very Large Telescope (VLT), do Observatório Austral Europeu (ESO), localizado no Chile.
“O gás que se encontra numa das extremidades da nuvem está esticado ao longo de mais de 160 bilhões de quilômetros em torno do ponto da órbita mais próximo do buraco negro”, explica o cientista Stefan Gillessen, do Instituto Max Planck, na Alemanha, líder da equipe de obervação.
De acordo com especialistas do ESO, a observação do fenômeno vai revelar informações importantes não apenas sobre a nuvem de gás, mas também sobre as regiões próximas ao buraco negro.
“Tal como um desafortunado astronauta num filme de ficção científica, vemos que a nuvem está ficando tão esticada que parece um espaguete, o que quer dizer que provavelmente não terá uma estrela no seu interior”, conclui Gillessen. “Neste momento pensamos que o gás veio muito provavelmente das estrelas que orbitam o buraco negro”.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/nuvem-de-gas-e-despedacada-ao-passar-perto-de-buraco-negro.html

terça-feira, 16 de julho de 2013

Capacete vaza água e astronauta cancela trabalho fora da ISS

Italiano Luca Parmitano avisou que sentia líquido dentro do traje espacial.
Operação que duraria seis horas foi abortada após pouco mais de uma hora.

Os astronautas Chris Cassidy e Luca Parmitano cancelaram abruptamente uma série de atividades fora da Estação Espacial Internacional depois que o último percebeu um vazamento de água dentro de seu capacete, na manhã desta segunda-feira (16). “Minha cabeça está realmente molhada e tenho a sensação de que está piorando”, informou Parmitano, que é italiano.
Ele voltou para dentro da câmara de pressurização da ISS. Enquanto isso, o americano Cassidy guardava o equipamento que eles usavam no espaço.  A situação de Parmitano parecia piorar. “É muita água”, disse Cassidy. Em dado momento, o italiano já não conseguia usar o equipamento de comunicação do traje espacial.
Depois que Cassidy também entrou na câmara, eles fizeram a pressurização para poder voltar ao interior da ISS. A causa do vazamento de água não está clara, informa a agência Reuters.
Cassidy e Parmitano abortaram a missão fora da ISS pouco mais de uma hora após iniciada. A previsão era de que durasse seis horas. Eles iriam preparar a ISS para a chegada de um módulo russo e substituir uma câmera num experimento japonês, além de fazer alterações em outros equipamentos de vídeo, consertar uma cobertura de porta e reconfigurar um dispositivo de isolamento térmico sobre uma caixa de componentes eletrônicos.

Após o incidente, astronautas da ISS debatem o problema ocorrido com o traje espacial de Luca Parmitano (Foto: Nasa/AP Photo)
Após o incidente, astronautas da ISS debatem o problema ocorrido com o traje espacial de Luca Parmitano, que aparece ao centro da foto, vestido de branco e virado para a câmera (Foto: Nasa/AP Photo)
Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/capacete-vaza-agua-e-astronauta-cancela-trabalho-fora-da-iss.html

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Pesquisador descobre mais uma lua orbitando ao redor de Netuno

Descoberta foi feita por acaso, enquanto cientista observava arcos e anéis.
Satélite, que tem órbita de 23 horas, é menor que os outros 13.

O diagrama mostra a órbitas de várias luas de Netuno. Todas foram descobertas em 1989, pela nave Voyager 2, com a exceção da S/2004 N1, descoberta recentemente pelio Hubble. (Foto: NASA, ESA, e A. Feild-STScI)
A imagem mostra as órbitas de algumas das luas de Netuno. Todas foram descobertas em 1989 pela nave Voyager 2, exceto a S/2004 N1, identificada pelo Hubble. (Foto: Divulgação/ NASA, ESA, e A. Feild-STScI)
Mais uma lua foi descoberta orbitando ao redor de Netuno. Até então, já se conheciam 13 luas do planeta.  A observação da 14ª foi feita pelo Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, no dia 1º de julho.
Trata-se do menor satélite de Netuno, medindo o equivalente a pouco mais de 19 quilômetros de diâmetro. Cientistas observam que seu brilho é cerca de 100 milhões de vezes mais fraco do que o da menor estrela que pode ser vista a olho nu.  Ele havia passado despercebido até pela nave Voyager 2, que passou próxima a Netuno em 1989, quando pesquisou as luas e os anéis do planeta azul.
Quem constatou a presença da minúscula lua foi o pesquisador Mark Showalter, do Instituto Seti, na Califórnia, enquanto estudava os arcos tênues ao redor do planeta. Em 150 fotografias tiradas pelo Hubble de 2004 a 2009, Showalter percebeu que havia um pequeno ponto branco que aparecia em várias das imagens.
A sequência das fotos mostrou que o pontinho fazia uma órbita completa ao redor de Netuno, permanecendo a cerca de 65.400 milhas do planeta, entre as órbitas de outras duas luas: Larissa e Proteus.
“As luas e arcos orbitam muito rapidamente, então tivemos que encontrar um jeito de seguir seu movimento com o objetivo de revelar os detalhes do sistema. É a mesma razão pela qual um fotógrafo de esporte rastreia um atleta correndo – o atleta fica em foco, mas o fundo borra”,  disse Showalter. O cientista constatou também que o satélite completa cada volta ao redor do planeta a cada 23 horas.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/pesquisador-descobre-mais-uma-lua-orbitando-ao-redor-de-netuno.html












Nasa vai testar tecnologia laser para envio de dados do espaço

Sistema será montado ainda este ano para Estação Espacial Internacional.
Comunicação via laser deverá ser melhor que tecnologia atual, diz Nasa.







Concepção artística mostra como o sistema Opals vai funcionar a partir da Estação Espacial Internacional enviando dados à Terra (Foto: Divulgação/Nasa)
Concepção artística mostra o sistema Opals montado na Estação Espacial Internacional (ISS); o feixe vermelho representa o envio de dados por laser à Terra (Foto: Divulgação/Nasa)
A agência espacial americana (Nasa) vai testar uma tecnologia laser como forma de melhorar o envio de dados do espaço para a Terra e vice-versa.
Chamado de Opals (Carga Óptica para Comunicação Científica a Laser, em tradução livre para o português), o sistema chegou na semana passada ao Centro Espacial Kennedy, na Flórida, vindo do Laboratório de Propulsão a Jato da agência, na Califórnia, que pesquisa novas tecnologias espaciais.
A previsão da Nasa é enviar o equipamento à Estação Espacial Internacional (ISS) ainda este ano, a bordo de uma cápsula espacial Dragon, da empresa SpaceX, que tenha como missão levar suprimentos aos astronautas da ISS.
A Nasa afirma em nota que o uso do sistema Opals, uma vez pronto e testado, pode garantir uma transmissão de dados e comunicação com o espaço muitas vezes melhor do que o possível com as tecnologias atuais.
"O Opals significa um passo à frente na comunicação via laser, e a Estação Espacial Internacional é uma grande oportunidade para um experimento como esse", afirmou o cientista Michael Kokorowski, gerente do projeto no Laboratório de Propulsão a Jato, em entrevista ao site da Nasa.
O sistema a laser vai ser montado do lado de fora da ISS e vai se comunicar com uma base na Terra montada em uma região montanhosa próxima a Los Angeles, na Califórnia, diz uma nota da Nasa. A previsão é que o Opals passe a se comunicar com a base três meses depois de instalado

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/nasa-vai-testar-tecnologia-laser-para-envio-de-dados-do-espaco.html

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Astronauta mostra desafios de lavar cabelo em ambiente sem gravidade

Única mulher na ISS grava vídeo que mostra como mantém os fios limpos.
Maior dificuldade enfrentada é não poder utilizar água corrente no espaço.

Astronauta Karen Nyberg, de 43 anos, demonstra como manter os cabelos limpos no espaço. (Foto: Reprodução/YouTube/InsideISS)
Astronauta Karen Nyberg molha cabelo com bolsa de água morna (Foto: Reprodução/YouTube/InsideISS)

Para lavar o cabelo no espaço, é preciso levar em conta que a água pode simplesmente escapar e sair flutuando.
A astronauta americana Karen Nyberg, de 43 anos, atualmente a única mulher na Estação Espacial Internacional (ISS), resolveu gravar um vídeo para mostrar aos curiosos como ela faz para manter limpas as madeixas loiras em um ambiente de gravidade zero. Em sua conta do twitter, ela disse que a demonstração era uma resposta a muitas perguntas que recebeu sobre o assunto.
Para começar, ela coloca um pouco de água morna (que fica armazenada em um tipo de bolsa) no couro cabeludo. O mais difícil, segundo ela, é conseguir manter a água entre os fios. Parte dela escapa pelo ar em grandes “bolhas”, na falta da gravidade para puxá-la para baixo. Depois de molhar o cabelo até as pontas, espalha um pouco de shampoo sem enxágue.
Esfrega até as pontas com os dedos e, depois, com a toalha. “Sem a água corrente, é preciso usar a toalha para ajudar a tirar a sujeira”, explica. Depois, coloca um pouco mais de água no couro cabeludo e novamente espalha até as pontas, com a ajuda de um pente.  Por fim, ela usa a toalha novamente para tirar o excesso de umidade. Durante todo o processo, e sempre que Karen resolve deixar o cabelo solto, os fios ficam totalmente levantados.
Todos os acessórios de que precisa ficam grudados à parede com velcro. Ela explica que deixa os cabelos soltos enquanto ele seca. A água que evapora dos fios vai ser coletada pelo sistema de ar condicionado. Posteriormente, o sistema de processamento de água  da estação vai transformá-la em água potável.

Astronauta Karen Nyberg, de 43 anos, demonstra como manter os cabelos limpos no espaço. (Foto: Reprodução/YouTube/InsideISS)
Água do cabelo é captada por ar condicionado e se torna potável (Foto: Reprodução/YouTube/InsideISS)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/astronauta-mostra-desafios-de-lavar-cabelo-em-ambiente-sem-gravidade.html

'Tsunami' varre superfície solar a 400 km por segundo

Fenômeno é gerado após erupção solar e caracteriza-se por um campo magnético em suspensão e gás ionizado em alta temperatura.

Dois satélites registraram um 'tsunami' se espalhando pela superfície do Sol depois de uma descarga de matéria chamada Ejeção de Massa Coronal - erupções de gás em alta temperatura (veja vídeo no site da BBC).
Esse 'tsunami' é gerado após a erupção solar e caracteriza-se por um campo magnético em suspensão e gás ionizado em alta temperatura, que varre a superfície solar a uma velocidade de 400 km por segundo.
A análise deste fenômeno permitirá aos cientistas prever qual o impacto das ejeções de massa coronal para a Terra.
Se direcionadas a nosso planeta, as partículas geradas na erupção solar podem afetar sistemas de comunicação, redes de transmissão de energia e gerar intensas auroras no céu.
Estes lançamentos enormes de energia magnética - conhecidos como 'super flares' (super chamas, na tradução literal) - podem danificar a atmosfera de um planeta em órbita nas proximidades, colocando em risco as formas de vida que eventualmente residam ali.
Felizmente as 'super flares' são muito menos frequentes em estrelas de baixa rotação, como nosso Sol.


'Tsunami' registrado no sol (Foto: BBC)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/tsunami-varre-superficie-solar-a-400-km-por-segundo.html

Nasa conclui testes de componente de foguetes feito com impressora 3D

Tempo de fabricação da peça caiu de mais de um ano para quatro meses.
Segundo a agência espacial, o custo foi reduzido em 70%.





Construído por impressora 3D, injetor de foguete movido a oxigênio líquido passa pelo teste de calor no centro de pesquisa da Nasa, em Cleveland (Foto: Divulgação/Nasa)
Construído por impressora 3D, injetor de foguete movido a oxigênio líquido passa pelo teste de calor no centro de pesquisa da Nasa, em Cleveland (Foto: Divulgação/Nasa)

 A Agência Espacial americana (Nasa) concluiu os testes do injetor de um motor de foguete feito com o auxílio de uma impressora 3D, segundo informou nesta quinta-feira (11). O projeto foi conduzido em conjunto com a fabricante de foguetes e propulsores Aerojet Rocketdyne.
Os testes foram conduzidos em um centro da Nasa, em Cleveland. Segundo a agência, a tecnologia irá levar à construção de motores de foguete que poupem às companhias tempo e dinheiro
Fabricado pelos tradicionais processos, esse tipo de injetor levaria mais de um ano para ser feito. Mas com processo de impressão 3D, é possível produzi-lo em menos de quatro meses, com uma redução de 70% do custo, afirma a Nasa
“A Nasa reconhece que na Terra e potencialmente no espaço, a fabricação aditiva [impressão em 3D] pode ser a mudança no jogo para o surgimento de novas missões, redução significantiva do tempo de produção e os custos ao ‘imprimir’ ferramentas, componentes do motor e mesmo uma inteira espaçonave”, disse Michael Gazarik, administrador associado da Nasa para tecnologias espaciais.
O diretor do projeto Tyler Hickman, de vermelho, e técnicos da Nasa inspecionam o injetor de foguete fabricado por uma impressora 3D (Foto: Divulgação/Nasa)
O diretor do projeto Tyler Hickman, de vermelho, e técnicos da Nasa inspecionam o injetor de foguete fabricado por uma impressora 3D (Foto: Divulgação/Nasa)

 Fonte:http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2013/07/nasa-conclui-testes-de-componente-de-foguetes-feito-com-impressora-3d.html

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Astrônomos detectam pela primeira vez a cor de um planeta fora do Sistema Solar

Astrônomos conseguem pela primeira vez determinar a cor de um planeta fora do Sistema Solar. E, adivinhe só, é azul.
Visto de longe, esse mundo, batizado HD 189733b, não seria muito diferente da Terra _um "pálido ponto azul", como dizia o astrônomo americano Carl Sagan.
As similaridades, contudo, acabam por aí. Orbitando uma estrela a 63 anos-luz de distância, HD 189733b completa uma volta em torno dela a cada 2,2 dias terrestres e é um gigante gasoso.
Com esses parâmetros, ele entra na categoria dos Hot Jupiters, mundos sem equivalente no Sistema Solar. Seria mais ou menos como pegar o nosso Júpiter e arrastá-lo para perto do Sol.
O resultado é um mundo tão quente que jamais poderia abrigar vida _ao menos como a conhecemos.
ADMIRÁVEL VELHO MUNDO
O planeta já é bem conhecido dos astrônomos. Descoberto em 2005, ele foi inicialmente detectado pela técnica que mede o bamboleio gravitacional causado por ele em sua estrela, conforme executa suas voltas em torno do astro.
Entretanto, uma coincidência adicional permitiu o novo avanço: ele está numa órbita tal que passa exatamente à frente de sua estrela-mãe, do ponto de vista da Terra. Esses minieclipses, chamados de trânsitos, são a chave para determinar a cor do objeto.
Tão próximo de sua estrela, e tão menos brilhante que ela, o HD 189733b é efetivamente invisível aos telescópios terrestres. O que os astrônomos podem fazer é medir a luz vinda da estrela quando o planeta está ao lado dela e comparar com a mesma luz vinda quando ele está atrás _indetectável para nós.
Foi o que fizeram Frédéric Pont, da Universidade de Exeter (Reino Unido), e seus colegas. Usando o Telescópio Espacial Hubble, eles compararam o padrão de luz observado nesses dois momentos e notaram que, quando o planeta está bloqueado, somem parte das frequências azuis do espectro.
A luz faltante é justamente aquela que o planeta exibe quando a parte iluminada dele aparece para os observadores na Terra _um surpreendente azul anil.
"Contrariamente às minhas expectativas, esse é um planeta azul", comenta Cassio Leandro Barbosa, astrônomo da Univap (Universidade do Vale do Paraíba) que não participou da pesquisa. "Por ser um Júpiter Quente, eu esperava cores semelhantes, mas a química da atmosfera desse mundo exótico deve ser bem diferente", conclui.
De acordo com Pont e seus colegas, o azul pode ser resultado da presença de partículas de silicatos pequenas bolinhas de vidro, eles imaginam em meio à turbulenta atmosfera do planeta. Mas eles não põem a mão no fogo pela conclusão.
Concepção artística do planeta HD 189733b, um gigante gasosos gigante cuja órbita é muito próxima de sua estrela
Concepção artística do planeta HD 189733b, um gigante gasoso cuja órbita é muito próxima de sua estrela
"É difícil saber exatamente o que causa a cor da atmosfera de um planeta, mesmo para os mundos do Sistema Solar", diz Pont. "Mas essas novas observações adicionam outra peça ao quebra-cabeça que é a natureza e a atmosfera do HD 189733b. Estamos vagarosamente pintando um quadro mais completo desse exótico planeta."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/07/1309605-astronomos-detectam-pela-primeira-vez-a-cor-de-um-planeta-fora-do-sistema-solar.shtml

Novo estudo coloca em xeque descoberta de planetas

Nem tudo que reluz é planeta. Um novo estudo acaba de colocar em xeque a descoberta de mundos ao redor de outras estrelas recém-nascidas. Tudo pode não passar de uma ilusão.
Antes que alguém se apavore e jogue no lixo sua coleção de planetas favoritos, é preciso enfatizar que isso afeta apenas uma ínfima parcela dos mundos extrassolares anunciados pelos cientistas.
A imensa maioria deles (cerca de 900), detectada por outros métodos, segue firme e forte. Os que foram afetados são aqueles inferidos pelo padrão de dispersão de gás e poeira num disco ao redor de estrelas jovens.
Sabe-se que planetas se formam em discos como esses, pela aglutinação crescente de grãos de poeira, até que se formem objetos suficientemente massivos para crescer por gravidade.
Em alguns dos discos já observados, os cientistas detectavam vãos --que até o momento eram explicados pela suposta presença de um planeta nas imediações.
Contudo, uma série de simulações feitas pelo brasileiro Wladimir Lyra (ganhador da bolsa Carl Sagan, da Nasa) e pelo americano Marc Kuchner mostra que as trilhas vazias podem surgir naturalmente, sem planeta nenhum.
Ambos trabalham em centros da Nasa (Lyra é do Laboratório de Propulsão a Jato, e Kuchner é do Centro Goddard de Voo Espacial) e seu estudo acaba de ser publicado na revista científica britânica "Nature".
GÁS E POEIRA
A dupla mostrou que, ao realizar simulações mais complexas, incluindo não só a poeira do sistema, mas também as pequenas quantidades de gás presentes, as trilhas vazias aparecem naturalmente.
"Encontramos uma instabilidade de aglutinação que organiza a poeira em anéis estreitos e excêntricos", escreveram os dois em seu artigo.
É um achado importante, porque, embora os planetas inferidos a partir dos discos sejam poucos, eles eram tidos como a melhor pista da observação de formação planetária "ao vivo", ajudando assim a esclarecer como se dá esse processo.
"Costuma-se usar a detecção desses anéis para sugerir a presença de planetas, e inferir sua massa e órbita", disse Lyra à Folha. "Eu me ponho do lado cético e acreditarei no planeta apenas quando me mostrarem o dito cujo."
AINDA PODE SER
O trabalho coloca em xeque, por exemplo, a sugestão de que há dois mundos de massa terrestre ao redor da estrela Formalhaut, a mais brilhante da constelação de Peixes.
A dupla, entretanto, é cautelosa em jogar no lixo a ideia dos planetas. "Nosso modelo, apesar de ter a vantagem de não precisar de planetas, precisa de gás. No caso de Formalhaut, não há gás detectado", conta Lyra. "Mas isso pode ser porque gás é difícil de medir."
O pesquisador ressalta que outros discos ao redor de estrelas como HD 61005 se encaixam melhor com o modelo novo, que dispensa planetas.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/07/1309282-novo-estudo-coloca-em-xeque-descoberta-de-planetas.shtml

quarta-feira, 10 de julho de 2013

Deputadas dos EUA apresentam plano para parque nacional na Lua



Proposta tem o objetivo de preservar desembarques americanos no satélite.
Parlamentares temem depredação com exploração econômica da Lua.

Duas deputadas do Partido Democrata, dos Estados Unidos, apresentaram nesta terça-feira (9) a proposta de criação de um parque nacional na Lua, com o objetivo de preservar o legado histórico deixado pelo homem no satélite natural da Terra.
De acordo com a emissora norte-americana “Fox News”, Donna Edwards e Eddie Bernice Johnson querem que os locais onde as aeronaves americanas pousaram entre as décadas de 1960 e 1970 sejam preservadas para as gerações futuras.
Elas afirmam que a legislação é necessária já que há grandes chances de iniciar uma exploração comercial na Lua, atraindo outras nações ao espaço.
O projeto permitiria que o governo federal aceitasse doações para ajudar a preservar os locais de desembarque e criaria um serviço aos visitantes, mas com limitações que evitassem a aproximação com os locais do parque histórico

O astronauta Edwin "Buzz" Aldrin na Lua, com Neil Armstrong refletido em seu visor. Os dois, além de Michael Collins, foram os primeiros homens a pousar na Lua, em 1969 (Foto: Divulgação/Nasa)
O astronauta Edwin "Buzz" Aldrin na Lua, com Neil Armstrong refletido em seu visor. Os dois, além de Michael Collins, foram os primeiros homens a pousar na Lua, em 1969 (Foto: Divulgação/Nasa)
Lua e Terra (Foto: Nasa/Reuters)
A superfície da Lua e, ao fundo, parte da Terra (Foto: Nasa/Reuters)


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/deputadas-dos-eua-apresentam-plano-para-parque-nacional-na-lua.html

Perspectiva artística mostra como será o foguete Ariane 6 (Foto: AFP Photo/ESA)

Relatório sobre nova missão foi apresentado nesta terça-feira por técnicos.
Um dos focos será a possibilidade de enviar amostras de Marte à Terra.

Concepção artística do futuro equipamento que será enviado a Marte em 2020 (Foto: Divulgação/Nasa)
Concepção artística do futuro equipamento que será enviado a Marte em 2020 (Foto: Divulgação/Nasa)

 

O próximo veículo robótico que vai explorar Marte em 2020 deverá investigar de forma intensa a superfície do planeta em busca de sinais de vidas passadas, de acordo com técnicos da Agência espacial americana (Nasa). Eles falaram nesta terça-feira (9) após apresentarem um relatório, preparado durante cinco meses, que contém propostas para o próximo veículo marciano.
A missão poderá utilizar pela primeira vez equipamentos de análise microscópica, recolher as primeiras amostras de rochas para um possível regresso à Terra e fazer testes com os recursos naturais do planeta para uma possível utilização deles no futuro.
A missão Marte 2020 vai se basear no trabalho realizado pelo jipe Curiosity, que explora o planeta desde 2012 e já encontrou sinais de ambientes com potencial para serem habitados.
Segundo Jim Green, diretor da Divisão de Ciências Planetárias da Nasa, a missão será “um grande passo para buscar sinais de vida”.
O veículo poderá recolher cerca de 31 amostras que poderão ser enviadas à Terra, o que representa, na opinião de Jack Mustard, professor da Universidade Brown, “um legado para a compreensão do desenvolvimento da habitabilidade do planeta”, explicou.
A Nasa ainda não desenvolveu uma tecnologia própria para trazer amostras à Terra, sem alterar o seu conteúdo.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/nasa-quer-achar-sinais-de-vidas-passadas-em-marte-partir-de-2020.html

Agência espacial apresenta projeto final de novo foguete, Ariane 6

Agência espacial apresenta projeto final de novo foguete, Ariane 6

Perspectiva artística mostra como será o foguete Ariane 6 (Foto: AFP Photo/ESA)
Perspectiva artística mostra como será o foguete Ariane 6 (Foto: AFP Photo/ESA)


 A ESA (a agência espacial europeia) divulgou nesta terça-feira (9) uma imagem que mostra como vai ser seu foguete de nova geração, o Ariane 6.
Os diretores da agência esperam que o Ariane 6 comece a atuar na base espacial de Kourou, na Guiana Francesa, no início da próxima década.
A construção foguete foi aprovada em novembro de 2012, em uma reunião de ministros europeus na Itália. Após mais de sete meses de estudos, chegou-se ao projeto final, que focou em minimizar os custos de desenvolvimento e exploração.
Em junho deste ano, o foguete da atual geração, o Ariane 5, decolou com uma carga recorde destinada à Estação Espacial Internacional (ISS).

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/agencia-espacial-apresenta-projeto-final-de-novo-foguete-ariane-6.html

Curiosity fotografa rastros deixados em solo de Marte durante trajeto

Nasa divulgou imagem de solo de marte marcado pelas rodas do jipe-robô.
Curiosity partiu rumo ao monte Sharp, onde continuará exploração.

 

O jipe Curiosity fotografou, nesta terça-feira (9), seus rastros deixados em Marte ao sair do último alvo examinado pelo robô (Foto: HO / NASA / AFP)
Rastros deixados pelo Curiosity ao sair de Glenalg em direção ao monte Sharp (Foto: HO / NASA / AFP)

 

 O jipe Curiosity, enviado a Marte em 2012 para explorar o planeta, fotografou, nesta terça-feira (9), seus rastros deixados ao sair do último alvo examinado pelo robô, na área de Glenalg. O jipe iniciou uma longa trajetória rumo ao monte Sharp, destino de longo prazo da missão. Os rastros que podem ser observados no primeiro plano, à direita da imagem, foram deixados pelo Curiosity em passagem anterior pela área, quando se dirigia a Glenalg há sete meses.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/07/curiosity-fotografa-rastros-deixados-em-solo-de-marte-durante-trajeto.html

segunda-feira, 8 de julho de 2013

Nasa vai tentar ressuscitar telescópio caçador de planetas

A Nasa começará a testar nas próximas semanas alternativas para tentar ressuscitar o telescópio espacial Kepler, que pifou em 11 de maio, após uma pane em um de seus giroscópios. De acordo com representantes da agência espacial americana, desde que o incidente aconteceu, diversos especialistas têm pensado em maneiras de fazer o dispositivo voltar a funcionar. Os testes para ver a viabilidade de desses projetos deve começar em breve ma Califórnia. Lançado em março de 2009 com o objetivo de localizar novos planetas, sobretudo uma possível "gêmea" da Terra, o Kepler foi equipado com quatro giroscópios. Ele poderia operar só com três deles. Mas, como um já havia pifado no ano passado, a nova falha foi crítica. Apesar das várias alternativas, a Nasa destaca de que não há garantia de que o satélite, que já encontrou mais de 3.200 candidatos a planeta, volte mesmo à ativa. Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/07/1307801-nasa-vai-tentar-ressuscitar-telescopio-cacador-de-planetas.shtml

sábado, 6 de julho de 2013

Lixo espacial pode colocar em risco as comunicações na Terra, alerta ONU

Os mais perigosos são fragmentos de foguetes e mísseis maires de 10cm.
Satélites de telecomunicações podem ser atingidos e prejudicar o serviço.

As conexões telefônicas internacionais, os sinais de televisão e alguns serviços de internet dependem necessariamente do uso de satélites que, devido à enorme quantidade de lixo espacial que orbita ao redor da Terra, se encontraram ameaçados.
Especialistas das Nações Unidas (ONU) e da a agência espacial americana, Nasa, já fizeram diversos alertas sobre o crescente perigo do lixo espacial, inclusive para a vida dos astronautas da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
"O lixo espacial é um perigo para todos nossos sistemas de funcionamento por satélite", explicou a diretora do Escritório das Nações Unidas para o Espaço Exterior, a astrofísica Mazlan Othman.
De acordo com Mazlan, "tudo que sobe ao espaço no final se transforma em lixo, o que gera um grande problema, ainda mais com as colisões de satélites que costumam deixar muito lixo no espaço".
Carcaça de foguetes, satélites abandonados e, inclusive, lixo procedente de mísseis orbitam ao redor da Terra em grande velocidade de cerca de sete quilômetros por segundo, o que também ameaça o futuro da exploração espacial.
No total, há 500 mil resíduos espaciais de diversos tamanhos no espaço, embora somente 20 mil sejam considerados os mais perigosos, ou seja, com pelo menos dez centímetros.
"Se a humanidade deixasse de enviar artefatos ao espaço, o problema continuaria aumentando, já que as peças continuam se chocando e se multiplicando", lamentou Mazlan.
Uma só colisão entre dois satélites ou grandes pedaços de carcaças podem gerar milhares de pequenas peças, cada uma delas capaz de destruir outros artefatos espaciais.
Até o momento não existe nenhuma tecnologia capaz de limpar o espaço desta ameaça, enquanto a única coisa que pode ser feita neste aspecto é fazer com que os lançamentos espaciais sejam mais limpos.
"O que podemos fazer é encorajar todos os países a tomarem medidas para minimizar a emissão de lixo espacial, já que, às vezes, não é possível evitá-la, mas sim minimizá-la", disse a especialista.
Segundo a astrofísica, "a tecnologia citada ainda não foi desenvolvida e poderia ser muito cara". E completa: "Não sabemos ainda como vamos eliminar este lixo e nem onde poderíamos armazená-los caso eles descessem à Terra".
Previsão do tempo em risco
Os satélites que fornecem os sistemas de localização global - como o americano GPS, o europeu Galileu e o russo Glonass - e os de previsões meteorológicas, entre outros, também correm o mesmo perigo.
Neste aspecto, os fragmentos menores são tão perigosos quanto os grandes, tendo em vista que os mesmos se deslocam com mais velocidade e porque são mais difíceis de serem localizados antes do impacto.
"Esse lixo é muito difícil de ser detectado e pode ser muito prejudicial, mesmo sendo fragmentos muito pequenos, porque se movimentam a uma velocidade de aproximadamente sete quilômetros por segundo", explicou à Efe Lindley Johnson, diretor do Programa de Objetos Próximos à Terra da Nasa.
Nos últimos anos, os astronautas da ISS tiveram que buscar várias vezes refúgio nas naves Soyuz, que são acopladas a ela, pelo perigo da proximidade de um fragmento de lixo espacial de grande porte.
O lixo espacial também representa um risco para o trabalho dos astronautas no exterior de suas naves, já que qualquer impacto de lixo espacial, inclusive de fragmentos pequenos, poderia afetar os seus trajes pressurizados, um fato que teria trágicos resultados.
Johnson acredita que, por enquanto, a única coisa que pode ser feita é 'tratar que os lançamentos espaciais sejam mais limpos', com uma tecnologia capaz de reter os componentes físicos que costumam se desprender durante a subida das naves espaciais.
O especialista da Nasa assegura que existem vários projetos privados em andamento que buscam capturar esses resíduos.
"Primeiro é preciso eliminar as peças maiores, como os corpos de projéteis e os satélites que deixaram de funcionar", ressaltou Johnson, embora ainda não exista uma data fixa sobre quando esta tecnologia poderá ser utilizada de forma prática.
Em 2007, a China destruiu com um míssil seu satélite climatológico Fengyun 1C, o que gerou uma nuvem de milhares de fragmentos perigosos, sendo que um deles colidiu com um satélite russo no início deste ano.
Em maio, o nanossatélite Pegaso, o primeiro fabricado no Equador e que foi lançado em abril, se chocou com um fragmento de um foguete soviético de 1985 e, desde então, não teve seu sinal recuperado.
Fontes ligadas à ONU, que pediram para se manterem em anonimato, dizem que uma solução para este crescente problema deve ser alcançada com urgência, dado que potências emergentes, como China e Índia, têm ambiciosos projetos espaciais, um fato que poderia multiplicar a quantidade de lixo em órbita e suas consequências.
Segundo as previsões da Agência Espacial Europeia, o lixo espacial triplicará nos próximos 20 anos.

Fonte:  http://g1.globo.com/tecnologia/noticia/2013/07/onu-alerta-que-lixo-espacial-pode-colocar-as-comunicacoes-terrestres-em-risco.html