quinta-feira, 31 de janeiro de 2013

Hoje é dia de:Explorer I

O Explorer I, oficialmente denominado Satellite 1958 Alpha (também referenciado como Explorer 1), foi o primeiro satélite artificial terrestre lançado ao espaço pelos Estados Unidos da América. Seu lançamento ocorreu no dia 31 de janeiro de 1958 (GMT-03:48, 1 de fevereiro de 1958) como parte do programa norte-americano para o Ano Geofísico Internacional e foi uma resposta ao lançamento pela URSS do Sputnik 1, quatro meses antes
Missão
Como conseqüência do lançamento do satélite da União Soviética Sputnik 1 em 4 de outubro de 1957 houve um frenético esforço dos Estados Unidos para lançar um satélite próprio, iniciando assim a corrida espacial. O satélite Explorer I foi desenhado e construído pelo Jet Propulsion Laboratory (JPL) e o foguete Júpiter-C foi modificado pela Army Ballistic Missile Agency (ABMA) para acomodar o satélite. O resultado do projeto foi a criação do foguete conhecido como Juno I. Trabalhando juntas, ABMA e JPL completaram o trabalho de modificação do foguete Júpiter-C e a construção do satélite Explorer I em 84 dias. Antes do término desse trabalho, entretanto, a União Soviética já havia lançado um segundo satélite, o Sputnik 2, em 3 de novembro de 1957.
Ficheiro:Explorer1.jpg

Quer saber mais?> http://pt.wikipedia.org/wiki/Explorer_I

Novo método permite medir massa de buracos negros com exatidão

Corpo na galáxia NGC 4526 tem massa 450 milhões de vezes a do Sol.
Cálculo é feito a partir de mudanças de posição em nuvens de gás.


Um grupo de cientistas europeus desenvolveu um novo método para determinar com exatidão a massa dos buracos negros localizados no centro das galáxias, segundo estudo publicado na edição desta semana da revista britânica "Nature".
O modelo permitiu aos pesquisadores calcularem que o buraco negro situado no núcleo da galáxia NGC 4526, a cerca de 55 milhões de anos luz da Terra, tem uma massa 450 milhões de vezes maior que a do Sol.
buraco negro (Foto: Nasa/ESA)
Imagem obtida pelo telescópio Hubble mostra galáxia NGC 4526 e sua supernova 1994D (Foto: Nasa/ESA)

Para determinar a massa desse buraco negro, o grupo liderado por Timothy Davis, do Observatório Austral Europeu em Garching, na Alemanha, estudou os efeitos desse corpo celeste nas nuvens de gás molecular que o rodeiam.
Segundo os pesquisadores, é possível usar esse mesmo método para precisar a massa dos buracos negros no centro de muitas das galáxias próximas. Davis e sua equipe desenvolveram modelos que predizem o movimento das nuvens de gás diante da presença ou da ausência de um buraco negro. A partir da mudança de posição dos gases causada pelo buraco negro, é possível calcular sua massa.
Os buracos negros são regiões do espaço com uma concentração de massa tão elevada que seu campo gravitacional não permite que nada escape, nem mesmo a luz, o que dificulta qualquer medição direta de suas propriedades.
"O número de buracos negros que foram medidos com exatidão até agora é pequeno, e os métodos para fazer isso são limitados", argumentaram os cientistas. Eles explicaram que a estimativa exata da massa dos buracos negros facilitará a compreensão sobre como algumas galáxias se formaram.
"As massas dos buracos negros no centro de galáxias guardam uma relação direta com uma série de propriedades das galáxias, o que sugere que ambos poderiam ter evoluído de forma conjunta", ressaltou o estudo.
Para fazer o cálculo, foi usada uma nova geração de interferômetros, que medem com maior precisão a luz de galáxias distantes que chega à Terra.
Graças a essa tecnologia, os pesquisadores – que usaram, entre outros, o telescópio Alma, localizado no deserto chileno do Atacama – dizem que as medições podem se repetir com um tempo de observação de cerca de 5 horas.
"O uso de gás molecular como referência deve permitir estimar a massa de buracos negros em centenas de galáxias, muitos mais do que é possível com as técnicas atuais", afirmaram os cientistas.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/novo-metodo-permite-medir-massa-de-buracos-negros-com-exatidao.html

Nasa lança foguete com mais recente sistema de comunicação por satélite

Lançamento foi feito de estação de Cabo Canaveral, na Flórida.
TDRS fornece canal de comunicação entre a Terra e a estação espacial.


A agência espacial americana (Nasa) lançou na quarta-feira (30), de Cabo Canaveral, na Flórida, o foguete Atlas V, que irá colocar em órbita o mais recente sistema de retransmissão e rastreamento de dados por satélite (TDRS, na sigla em inglês). O lançamento aconteceu às 20h48 no horário local (23h48, no horário de Brasília).
Foguete Atlas V da Nasa (Foto: Divulgação/Nasa)
Foguete Atlas V da Nasa é lançado de Cabo Canaveral, na Flórida (Foto: Divulgação/Nasa)

Este é 11º satéliteTDRS lançado pela NASA. O sistema fornece um canal de comunicação entre a Terra e os astronautas vivendo na Estação Espacial Internacional. Além disso, a Nasa utiliza sua rede de satélites para transmitir todas as imagens obtidas pelo Telescópio Espacial Hubble.
Foguete Atlas V da Nasa é lançado de Cape Canaveral (Foto: AP/Florida Today/Craig Bailey)
Objetivo é colocar em órbita sistema de rastreamento e retransmissão de dados (Foto: AP/Florida Today/Craig Bailey)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/nasa-lanca-foguete-atlas-v-com-novo-sistema-de-comunicacao-por-satelite.html

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Coreia do Sul lança foguete para tentar colocar satélite em órbita

KSLV-I foi lançado da costa sul do país.
É a terceira tentativa sul-coreana de colocar um satélite em órbita.


A Coreia do Sul lançou nesta quarta-feira (30) um foguete em sua terceira tentativa de colocar em órbita um satélite e integrar o exclusivo clube de potências asiáticas que tiveram sucesso nesta área, como China, Índia e Japão.
A transmissão do evento ao vivo pela televisão sul-coreana mostrou o lançamento do foguete de 140 toneladas Korea Space Launch Vehicle (KSLV-I) às 7h GMT (5h de Brasília) a partir do centro espacial Naro, na costa sul do país.
O lançamento havia sido adiado em outubro e novembro por problemas técnicos.
Seul espera colocar em órbita o satélite STSAT-2C, destinado a recolher dados sobre as radiações cósmicas durante um ano.
Imagem da agência Yonhap mostra o lançamento do Naro em Goheung nesta quarta-feira (30) (Foto: AFP)
Imagem da agência Yonhap mostra o lançamento do Naro em Goheung nesta quarta-feira (30) (Foto: AFP)

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/01/coreia-do-sul-lanca-foguete-para-tentar-colocar-satelite-em-orbita-dois.html

terça-feira, 29 de janeiro de 2013

'Nunca saberei por que Armstrong foi o 1º a pisar na Lua', diz Buzz Aldrin

Buzz Aldrin, de 83 anos, participou da missão Apollo 11, em 1969.
Ele palestrou na Campus Party, evento que acontece em São Paulo.



Astronauta Buzz Aldrin falou no evento 'nerd' (Foto: Cristiano Sant'Anna/indicefoto/Divulgação)
Astronauta Buzz Aldrin falou no evento 'nerd' (Foto: Cristiano Sant'Anna/indicefoto/Divulgação)


“Nunca vou saber por que Neil Armstrong foi o primeiro a pisar na Lua”, disse Buzz Aldrin, de 83 anos, companheiro de Armstrong e Michael Collins na missão Apollo 11, de 1969, e o segundo homem a pisar no satélite natural da Terra. Ele participou nesta terça-feira (29) da Campus Party, em São Paulo.

“Houve muita discussão nos 40 anos depois da missão sobre as razões de Armstrong ter sido o primeiro a pisar na Lua”, disse Buzz. “Pode ser porque ele era o comandante da missão ou porque ele estava mais perto da porta de saída. Eu nunca vou saber”, brincou. Buzz ainda contou que no momento de sair da nave, um dos itens que eles precisavam prestar atenção era não fechar a porta para não ficarem trancados do lado de fora, porque não havia maçaneta para abri-la depois.

Na Campus Party, Buzz contou sua história e falou sobre a depressão que enfrentou depois da missão Apollo 11. “O mais difícil depois de chegar à Lua era voltar para a Terra. Eu tinha alcançado o pico da minha carreira”, disse Buzz. Ele conta que depois que voltou para a
Nasa, eles não sabiam o que fazer com um homem que já tinha ido para a Lua.
“Comecei a beber e entrei em depressão. Eu me tornei uma pessoa problemática. Foi um momento muito difícil na minha vida”, conta Buzz, que se divorciou naquela época pós-Lua. Ele foi aplaudido pela plateia que lotou o espaço do palco principal da Campus Party quando disse que já estava 34 anos sem beber.

Experiência na Lua
Buzz falou sobre sua experiência com um dos únicos homens a ter pisado na Lua. “Era uma desolação magnífica como seria para qualquer ser humano, pisar em outro mundo pela primeira vez. Tinha um sentimento de desolação, de ver aquela paisagem escura, sem vida”. Buzz ainda brincou sobre as pegadas que eles deixaram na Lua. “São evidências comprometedoras. Tenho que voltar lá para apagar”.

O momento mais crítico da missão era pousar na Lua, conforme Buzz. “Quando fomos descendo a nave em direção à Lua, vimos o Mar da Tranquilidade [região lunar onde os astronautas pousaram]. Era o momento mais crítico. Sem nosso pouso lá, não íamos conseguir concluir a missão.” Buzz ainda disse que, naquele momento, apesar de eles estarem tão longe e serem os homens mais distantes da Terra, sempre se sentiram conectados ao seu planeta. “Estávamos sempre conversando com Houston (no Texas).”

Na época da missão Apollo 11, o mundo estava vivendo a Guerra Fria. Depois do lançamento do satélite Sputnik 1, pela União Soviética, em 1957, começou a corrida espacial. Conforme Buzz, naquela época, os EUA começaram a estudar formas de levar o homem para a Lua e se chegou à conclusão que demoraria 15 anos para isso.

Buzz Aldrin em palestra na Campus Party (Foto: Cristiano Sant'Anna/indicefoto/Divulgação)
Buzz Aldrin em palestra na Campus Party (Foto: Cristiano Sant'Anna/indicefoto/Divulgação)
“Em vez de aceitar o que era possível, em 1961, o presidente John F. Kennedy desafiou a América a se comprometer com a ideia de colocar um homem na Lua até o fim da década e trazê-lo de volta”, contou Buzz. “Muitos achavam que esse desafio seria impossível de ser conseguido. Mas tínhamos um líder com determinação e coragem, que colocou um prazo específico para ser atingido. Ele nos não deu nenhuma alternativa. Era fazer ou fazer”.

Buzz gostaria que o mundo se empolgasse novamente com as explorações espaciais. “Os homens precisam explorar o espaço como fizemos há quase 44 anos”. Ele acredita que os jovens precisam gostar de estudar áreas como ciência, engenharia, matemática, para que a nova geração busque inovações.

“Por que precisamos de um programa espacial?”, questionou. “Chegando ao espaço, melhoramos a vida na Terra, com a criação de novas tecnologias, que melhoram nova vida diária”, disse. “Sem os investimentos espaciais, não existiram celulares e outros aparelhos”.

Agora, seu foco é Marte, que parece ser o próximo destino de um homem que já foi à Lua, conforme Buzz. Ele irá lançar um livro sobre missões à Marte em maio deste ano. “Estamos falando de múltiplas missões para chegar lá”, disse.

Serviço
O que é? Campus Party Brasil 2013
Onde? Anhembi Parque – Av. Olavo Fontoura, 1.209, Santana - São Paulo (SP)
Quando? De 28 de janeiro a 3 de fevereiro de 2013
Quanto? R$ 300 para todos os dias do evento. Para acampar é necessário pagar R$ 75 pela barraca individual ou R$ 37,50 pela barraca dupla - valor que vale para todo o evento. A entrada para o pavilhão de exposições é gratuita.


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/nunca-saberei-se-armstrong-foi-o-1-pisar-na-lua-diz-buzz-aldrin.html

ESA detecta variação de temperatura em nuvens de poeira de Andrômeda

Azul retrata temperaturas mais elevadas e vermelho as mais frias.
Imagem foi feita pelo Observatório Espacial Herschel.
Nuvens de poeira ao redor da galáxia Andromeda (Foto:  ESA/NASA/JPL-Caltech/NHSC)
Nuvens de poeira que preenchem a galáxia Andrômeda (Foto: ESA/NASA/JPL-Caltech/NHSC)

O Observatório Espacial Herschel, da Agência Espacial Europeia (ESA), detectou a variação de temperatura entre os aneis de poeira espacial que preenchem a galáxia Andrômeda. A diferença foi captada por diferentes cores.
As nuvens mais frias são muito mais brilhantes e estão em comprimentos de onda maiores. Elas aparecem em vermelho na imagem, enquanto as mais quentes adquiriram uma cor azulada. De acordo com os astrônomos da Nasa, parceira da ESA na missão, o brilho visto na imagem retrata o comprimento de onda mais longo, que tem entre 250 a 500 micrometros – milionésimo do metro.
A capacidade de Herschel para detectar luz permite aos astrônomos enxergar nuvens de poeira a temperaturas de apenas algumas dezenas de graus acima do zero absoluto. Estas nuvens são escuras e opacas, com comprimentos de onda mais curtos. A imagem de Herschel também realçam raios de poeira entre os aneis.

De acordo com a agencia espacial, as cores foram melhoradas para tornar mais fácil a visualização, procedimento que não afetou a análise das informações e a variação das cores.

Os dados revelam que outras propriedades da poeira espacial, e não só a temperatura, também estão afetando a cor infravermelha da imagem. Segundo os astrônomos, a aglomeração de grãos de poeira ou crescimento de mantos de gelo sobre os grãos em direção à periferia da galáxia parecem contribuir para essas variações sutis de cores.

O comprimento de onda de 250 micrometros é processado como azul, o de 350 é verde, e o de 500 micrometros vermelho. A saturação de cor foi aprimorada para revelar as pequenas diferenças nestes comprimentos de onda.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/esa-detecta-variacao-de-temperatura-nas-nuvens-de-poeira-em-andromeda.html

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

Explosão de ônibus espacial da Nasa que matou sete pessoas faz 27 anos

Tragédia do Challenger ocorreu por falha em motor 73 s após decolagem.
No domingo, incêndio que matou três astronautas da Apollo I fez 45 anos.


Morte de 7 astronautas da Nasa completou 27 anos nesta segunda-feira (28). (Foto: Divulgação/Nasa)
Da esquerda para a direita, Sharon Christa McAuliffe, Gregory Jarvis, Judith Resnik, Francis Scobee, Ronald MacNair, Mike Smith e Ellison Onizuka (Foto: Divulgação/Nasa)

A morte de sete astronautas da agência espacial americana (Nasa) completa 27 anos nesta segunda-feira (28). O acidente ocorreu em 1986, quando o motor impulsionador do ônibus espacial Challenger falhou, provocando a explosão da nave.
A tragédia ocorreu 73 segundos após a decolagem e matou toda a tripulação. De acordo com a Nasa, a perícia indicou que o acidente foi causado por uma falha no anel de vedação do foguete propulsor direito, e o tempo frio também contribuiu.
A nave estava em sua décima missão, e o fato provocou a interrupção do programa espacial americano por alguns meses.

A foto acima, tirada no dia 9 de janeiro de 1986, 20 dias antes da explosão do Challenger, mostra toda a tripulação, formada por Sharon Christa McAuliffe, Gregory Jarvis, Judith Resnik, Francis Scobee, Ronald E. McNair, Mike J. Smith e Ellison S. Onizuka.
Apollo I
No domingo (27), a morte de três astronautas americanos que se preparavam para o que seria o primeiro voo tripulado do programa Apollo completou 46 anos.
Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee estavam sentados em cima da plataforma de lançamento durante um teste preparatório, quando começou um incêndio na cápsula, em 1967.
Astronautas da missão Apollo 1 durante, mortos durante acidente em plataforma (Foto: Divulgação/Nasa)
Da esquerda para a direita, Gus Grissom, Ed White e Roger Chaffee (Foto: Divulgação/Nasa)

A investigação sobre o acidente indicou que houve falha no mecanismo de abertura da Apollo I, o que impediu a saída dos astronautas e provocou a morte dos três.
De acordo com a Nasa, o incidente fez com que a agência fizesse alterações de engenharia e mudanças no projeto principal da cápsula, que a tornaram mais segura para a futura viagem à Lua, em 1969.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/explosao-de-onibus-espacial-da-nasa-que-matou-sete-pessoas-faz-27-anos.html

Coreia do Sul finaliza preparativos para 3ª tentativa de lançar foguete

Lançamento depende de condições meteorológicas, dizem autoridades.
Objetivo da missão é colocar em órbita um satélite sul-coreano


Coreia do Sul faz terceira tentativa de lançar foguete (Foto: Reuters/Korea Aerospace Research Institute)
País realiza terceira tentativa de lançar foguete na quarta-feira (30), se condições climáticas forem favoráveis (Foto: Reuters/Korea Aerospace Research Institute)

A Coreia do Sul iniciou nesta segunda-feira (28) a transferência de seu foguete Naro-1, o primeiro desenvolvido parcialmente com tecnologia local, para sua plataforma em Goheung, a 480 quilômetros ao sul de Seul.  Na quarta-feira (30), o país fará sua terceira tentativa de lançar o foguete ao espaço.
A colocação do Naro, também conhecido como KSLV-1, na plataforma deverá ser concluída nas próximas horas, informou o Instituto de Pesquisa Aeroespacial de Coreia (KARI), enquanto na madrugada de terça-feira (29) vai acontecer o teste final da operação.

Após o teste, os técnicos sul-coreanos se reunirão para decidir se o lançamento acontece na quarta-feira segundo o programado, o que também dependerá das condições meteorológicas.

A Coreia do Sul tinha planejado realizar em outubro passado sua terceira tentativa de lançar o Naro, cujo objetivo é pôr em órbita um satélite, mas o adiou em várias ocasiões por problemas técnicos.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/coreia-do-sul-finaliza-preparativos-para-3-tentativa-de-lancar-foguete.html

domingo, 27 de janeiro de 2013

Japão lança foguete com satélites de vigilância de alta tecnologia


Instrumentos detectam objetos em Terra, mesmo entre nuvens ou de noite.
Detalhamento permite observar objetos de até 40 cm na Terra

O Japão lançou com sucesso neste domingo (27) um foguete H-2A com dois satélites de vigilância, um óptico e outro com radar, a partir de sua base de Tanegashima, no sudoeste do país, informou a agência japonesa "Kyodo".
O lançamento aconteceu como tinham programado a Agência Aeroespacial japonesa (JAXA) e o fabricante aeroespacial Mitsubishi Heavy Industries, que participa deste tipo de operações desde que estas foram privatizadas em 2007.
O satélite com radar é capaz de detectar objetos em terra inclusive durante a noite ou através de uma camada de nuvens, enquanto que o óptico é projetado para mostrar uma maior resolução e é supostamente capaz de distinguir objetos de até 40 centímetros em terra, segundo 'Kyodo'.
O H-2A é o principal modelo de foguete de lançamento do Japão, construído em sua totalidade com tecnologia nacional, e já fez 20 lançamentos desde sua estreia em 2001.
O Japão começou a pôr em órbita satélites-espiões em 2003, cinco anos depois que a Coreia do Norte realizou seus primeiros lançamentos de mísseis.

Foguete japonês é lançado com dois satélites (Foto: JIJI PRESS / AFP)
Foguete japonês é lançado com dois satélites de alta tecnologia. Objetos de até 40 cm na Terra poderão ser observados do espaço (Foto: JIJI PRESS / AFP)

sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Sondas europeias voltarão à Terra com dados de Big Bang, Marte e clima

2013 deve render 'frutos extraordinários' sobre o espaço, diz diretor da ESA.
No 2º semestre, serão lançados mais 4 satélites para concorrer com GPS.


Sondas europeias devem voltar à Terra este ano com um "tesouro" de dados sobre o Big Bang, água em Marte e mudanças climáticas, afirmou na quinta-feira (24) o diretor da Agência Espacial Europeia (ESA), Jean-Jacques Dordain.
"O ano de 2013 renderá frutos extraordinários (de conhecimento sobre o espaço)", antecipou Dordain em entrevista coletiva.
No dia 22 de fevereiro, os cientistas devem trazer de volta a missão Umidade dos Solos e Salinidade dos Oceanos (SMOS), por meio da qual um satélite lançado em 2009 tem mapeado a superfície e os oceanos da Terra em busca de alterações vinculadas às mudanças climáticas.
Satélites europeus do programa Galileo devem ser lançados no 2º semestre para concorrer com sistema GPS (Foto: ESA/P. Carril/Divulgação)
Mais 4 satélites Galileo serão lançados para concorrer com sistema GPS (Foto: ESA/P. Carril/Divulgação)

Em 21 de março, astrofísicos devem divulgar o primeiro mapa completo do céu do Fundo Cósmico de Micro-ondas (CMB), corrente antiga de radiação que data da criação do Universo, há 13,7 bilhões de anos. O mapa foi gerado pela sonda Planck, lançada em maio de 2009.
Em junho, segundo Dordain, especialistas da ESA pretendem liberar um "mapa mineralógico" completo de Marte, montado a partir de dados de sensoreamento remoto, fornecido pela sonda Mars Express, que este ano marca seu 10º aniversário de operações.
Com indícios de existência de água no passado, o mapa ajudará a selecionar os locais para uma ambiciosa missão científica russo-europeia, a ExoMars, que envolve um orbitador que será lançado em 2016 e um veículo-robô, em 2018.
Em 29 de dezembro, a Mars Express fará seu sobrevoo mais próximo da lua marciana Fobos, passando a menos de 50 km de sua superfície.
Além disso, ainda este ano o observatório europeu Herschel, lançado em 2009, deve fornecer um mapa completo da superfície da Via Láctea, possibilitando que os astrônomos saibam onde as estrelas estão surgindo na nossa galáxia.
Para o segundo semestre de 2013, também está previsto o lançamento do telescópio de astrometria espacial Gaia, que vai examinar 1 bilhão de estrelas para produzir o maior mapa tridimensional da Via Láctea já feito até agora.
A ESA anunciou, ainda, que prosseguirá com o lançamento previsto dos primeiros satélites operacionais do programa Galileu, concorrente europeu do americano Sistema de Posicionamento Global (GPS) de navegação por satélite.
No segundo semestre, quatro satélites serão lançados em pares por dois foguetes Soyuz, da base da ESA em Kourou, na Guiana Francesa. Outros quatro satélites de teste já estão em órbita. Ao todo, o sistema Galileu deverá ter 27 satélites e três reservas.
O orçamento da ESA para 2013 é de US$ 5,6 bilhões (R$ 11,3 bilhões), uma alta de 6% em relação ao ano passado, disse Dordain.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/sondas-europeias-voltarao-terra-com-dados-de-big-bang-marte-e-clima.html

Erupção solar pode provocar tempestade geomagnética na Terra

Partículas viajam a 600 km/s rumo ao nosso planeta, informou a Nasa.
Fenômeno, porém, não deve afetar sistemas elétricos, GPS nem satélites.


O Observatório de Relações Terrestres (Stereo), da agência espacial americana (Nasa), detectou uma erupção solar que viaja rumo à Terra a 600 km/s e pode causar uma tempestade geomagnética, informou a Nasa na quinta-feira (24).
O Stereo, enviado ao espaço em 2006 para estudar como o fluxo de energia e a matéria do Sol interferem na Terra, detectou a explosão na quarta, junto com o Observatório Heliosférico e Solar (Soho).
Erupção solar pode provocar tempestade geomagnética na Terra, segundo a Nasa (Foto: ESA/Nasa/Soho)
Sol é bloqueado por 'disco' na imagem acima para dar uma melhor noção da atmosfera da estrela, chamada coroa, e das erupções nela. Ejeções de massa foram vistas nesta quarta-feira (23) (Foto: ESA/Nasa/Soho)

Esse fenômeno pode enviar partículas solares e alcançar a Terra até três dias depois, provocando uma "tempestade geomagnética" que pode afetar as redes elétricas e os sistemas de telecomunicações.
A Nasa explicou que, no passado, outras ejeções solares com essa velocidade não causaram tempestades geomagnéticas "substanciais", mas deixaram sua marca com auroras visíveis nos polos.
Desta vez, segundo a agência, parece "pouco provável" que a tempestade atinja os sistemas elétricos na Terra ou cause interferências nos aparelhos de GPS ou nos satélites de comunicações. No entanto, a Nasa aguarda informações do Centro de Meteorologia Espacial da Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA) dos EUA.
O telescópio da Nasa High Resolution Coronal Imager (Hi-C), lançado no ano passado para estudar a coroa do Sol, sua parte mais externa, acaba de descobrir como a principal estrela d nosso sistema acumula e libera energia.
O Hi-C foi capaz de captar fios de plasma magnéticos nas camadas exteriores do Sol, o que representa a primeira evidência clara da transferência de energia do campo magnético solar par sua coroa, algo que até agora era apenas teoria.
Essas observações ajudarão os cientistas a elaborar melhores prognósticos sobre clima espacial, já que a evolução do campo magnético na atmosfera solar impulsiona todas as erupções solares, que podem causar essas tempestades.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/erupcao-do-sol-pode-causar-tempestade-geomagnetica-na-terra.html

Robô Curiosity faz imagem noturna em solo de Marte

Rocha foi clicada à noite em cratera marciana, diz Nasa.
Curiosity pousou no planeta vermelho no início de agosto de 2012.

O robô Curiosity, da agência espacial americana (Nasa), realizou imagens noturnas do solo marciano nesta semana, informam agências internacionais. O registro de uma rocha é a primeira de uma série de fotografias realizadas pela sonda para estudos, e foi r (Foto: Nasa/Reuters)
O robô Curiosity realizou imagens noturnas do solo de Marte nesta semana, informa agência espacial americana (Nasa). A fotografia da rocha é a primeira de uma série de imagens realizadas pelo robô para estudos, e foi realizada em uma cratera do planeta. O Curiosity pousou em solo marciano no início de agosto de 2012 (Foto: Nasa/Reuters)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/robo-curiosity-faz-imagem-noturna-em-solo-de-marte.html

Hubble detecta nuvens de gás que formam estrelas em galáxia vizinha

Astros nascem na Grande Nuvem de Magalhães, a 200 mil anos-luz.
Dados foram identificados por professor de astronomia em competição.


O telescópio Hubble, da agência espacial americana Nasa, registrou enormes nuvens de gás que entram em colapso e formam novas estrelas na Grande Nuvem de Magalhães, galáxia anã vizinha da Via Láctea, a cerca de 200 mil anos-luz da Terra.
Os astros recém-nascidos, por sua vez, iluminam as nuvens em diferentes cores. A região mostrada na imagem abaixo é chamada LHA 120-N 11. As partes mais brilhantes da foto são denominadas NGC 1769 (no centro) e NGC 1763.
Hubble observou nuvens de poeira que se chocam e formam estrelas na Grande Nuvem de Magalhães (Foto: ESA/NASA/Hubble)
Hubble viu nuvens de poeira que formam estrelas na Grande Nuvem de Magalhães (Foto: ESA/NASA/Hubble)
Ainda no meio da imagem, aparece uma mancha escura que encobre grande parte da luz. Essas nuvens de poeira contêm elementos químicos mais pesados e complexos, capazes de formar planetas rochosos como a Terra. Elas se parecem com fumaça e são formadas pelo material expulso por gerações anteriores de estrelas, ao morrerem.
Os dados da foto acima foram identificados pelo professor de astronomia americano Josh Lake, de Connecticut, na competição "Hubble's Hidden Treasures" (Tesouros Escondidos do Hubble, em inglês). O concurso convidou os inscritos a descobrir dados científicos inéditos ao analisar o imenso arquivo do Hubble, e a transformá-los em imagens impressionantes.
Lake ganhou o primeiro prêmio com essa imagem, que contrasta a luz incandescente de hidrogênio e nitrogênio na LHA 120-N 11. O registro combina dados identificados em exposições feitas em luz azul, verde e próximo ao infravermelho.
Segundo os astrônomos, a Grande Nuvem de Magalhães está localizada em uma posição ideal para estudar fenômenos que envolvem a formação de estrelas. Isso porque ela fica suficientemente longe da Via Láctea para não ser ofuscada pelo brilho de corpos celestes próximos ou pela poeira do centro da nossa galáxia. Além disso, está quase de frente para nós, o que facilita a observação.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/hubble-detecta-nuvens-de-gas-que-formam-estrelas-em-galaxia-vizinha.html

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Telescópio faz imagens que revelam como o Sol armazena e libera energia

Equipamento capta 1ª evidência clara de transferência energética no astro.
Missão de R$ 10 milhões foi lançada em julho do ano passado pela Nasa.


Um telescópio da agência espacial americana (Nasa) registrou a primeira evidência clara de transferência energética entre o campo magnético do Sol e sua atmosfera, chamada coroa. Até então, esse processo era tema de vários estudos científicos, mas ainda não havia sido observado na prática.
Os pesquisadores visualizaram esse fenômeno em imagens de alta resolução feitas pelo telescópio Hi-C, que desde julho do ano passado tem analisado como a principal estrela do nosso sistema armazena e libera energia. Ao todo, a missão custou cerca de R$ 10 milhões.
Telescópio da Nasa estuda como o Sol libera energia (Foto: Nasa)
Região solar ativa é vista em detalhes por telescópio que estuda como o astro libera energia (Foto: Nasa)

Segundo o principal autor do projeto, Jonathan Cirtain, os cientistas têm tentado há décadas entender como a atmosfera dinâmica do Sol se aquece a milhões de graus – as temperaturas registradas desta vez variaram entre 2 e 4 milhões de graus Celsius.
O telescópio de 210 kg e três metros de comprimento voou por cerca de 10 minutos e capturou 165 imagens de uma grande região em atividade na coroa solar. O Hi-C conseguiu captar uma mancha ativa e alguns detalhes que podem ajudar a compreender como o astro gera continuamente uma grande quantidade de energia para aquecer sua camada mais externa.
Muitas das estrelas no Universo têm campos magnéticos. E a evolução desses campos é usada para explicar as emissões e eventuais erupções do Sol. Além disso, entender esse processo ajuda a desvendar como todas as estrelas magnetizadas evoluem.
De acordo com os astrônomos, essas observações também podem melhorar as previsões do clima espacial, já que o campo magnético do Sol impulsiona as explosões dele, e essas erupções, por sua vez, atingem a atmosfera da Terra e afetam as operações de satélites de comunicação e navegação na órbita do nosso planeta.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/telescopio-faz-imagens-que-revelam-como-o-sol-armazena-e-libera-energia.html

Sonda espacial da Nasa vê luas de Saturno entre os anéis do planeta

Satélites Prometeu e Pan são flagrados pela Cassini nos anéis F e A.
Imagem foi obtida por luz ultravioleta em 18 de setembro e divulgada agora.


Uma imagem de Saturno feita pela sonda Cassini, da agência espacial americana (Nasa), e divulgada esta semana revela duas luas do planeta, chamadas Prometeu e Pan, no meio dos anéis.
Prometeu tem 86 quilômetros de diâmetro e aparece perto do anel F, um dos mais externos. Já Pan, o satélite mais próximo de Saturno, tem 28 quilômetros de diâmetro e está em um "intervalo" do anel A, bem no meio. O ponto mais abaixo dele, à direita, é uma estrela.
Luas de Saturno são vistas entre os anéis do planeta (Foto:  Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute)
Duas luas de Saturno são vistas entre os anéis do planeta (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute)

Os anéis de Saturno são nomeados de A a G, pela ordem em que foram descobertos. São eles: D, C, B, A, F, G e E. Até agora, o planeta tem pelo menos 60 luas conhecidas.
A imagem da Cassini foi obtida por luz ultravioleta em 18 de setembro do ano passado, a uma distância de 2,3 milhões de quilômetros de Pan. A escala da foto é de 14 quilômetros por pixel.
A missão Cassini-Huygens é um projeto cooperativo entre a Nasa, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e a Agência Espacial Italiana (ISA).

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/sonda-espacial-da-nasa-ve-luas-de-saturno-entre-os-aneis-do-planeta.html

Satélite soviético de 30 anos deve cair na Terra na próxima semana

Kosmos-1484 deve se desintegrar quase totalmente ao entrar na atmosfera.
Satélite sofreu explosão há 10 anos e nunca chegou a cumprir sua função.

O satélite soviético Kosmos-1484, lançado em 1983 para monitorar os recursos naturais do planeta, deve cair na Terra no dia 29 de janeiro, na próxima semana, afirmaram agências russas de notícias nesta quinta-feira (24).
O mais provável é que o equipamento seja quase totalmente desintegrado ao entrar em contato com a atmosfera terrestre, disseram agências citando fontes espaciais americanas. O satélite de 30 anos, com cerca de seis metros de comprimento, mantém neste momento uma órbita com altura de 356 quilômetros de apogeu.
O equipamento, que nunca chegou a cumprir sua função devido a um problema no sistema de orientação, sofreu uma explosão há dez anos. Após isso, ele perdeu parte de sua estrutura original.
A agência espacial americana (Nasa), junto com a russa (Roscosmos) e a europeia (ESA), avaliam que o lixo espacial pode ameaçar o funcionamento da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), e dizem estar dispostar a cooperar para combatê-lo.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/satelite-sovietico-de-30-anos-deve-cair-na-terra-na-proxima-semana.html

Astrônoma flagra cometa 'Lemmon' passando pelo céu de Itanhaém, SP

Com tonalidade esverdeada, cometa pode ser visto com binóculos.
Imagem foi registrada durante a madrugada com uma câmera amadora.

Cometa Lemmon é fotografado nos céus de Itanhaém (Foto: Meire Ruiz/Arquivo Pessoal)
Uma astrônoma amadora de Itanhaém, no litoral de São Paulo, registrou o momento exato em que um cometa cruzava o céu. Identificado como Lemmon (C/2012 F6), o cometa, fotografado por Meire Ruiz, estava na constelação Cruzeiro do Sul na hora do registro. Na imagem ele é representado por uma pequena mancha verde quase no centro da foto. Os cometas são corpos celestes compostos por gelo, poeira e pequenos fragmentos rochosos que vagam pelo Sistema Solar.  (Foto: Meire Ruiz/Arquivo Pessoal)
Cometa Lemmon é fotografado nos céus de Itanhaém (Foto: Meire Ruiz/Arquivo Pessoal)
A foto foi registrada pela astrônoma amadora às 3h55 do último dia 18. A imagem foi registrada sem o auxílio de telescópio, com uma câmera semi-profissional que capturou a luz durante 10 segundos. Por causa do tempo de exposição as estrelas ficam com uma 'sensação' de movimento nas imagens. (Foto: Meire Ruiz/Arquivo Pessoal)

Fonte: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/01/internauta-flagra-cometa-lemmon-passando-pelo-ceu-de-itanhaem-sp.html

Estudo retrata 'um dia na vida' de bilhões de micro-organismos no mar

Pesquisa do MIT aponta comportamento e interação de seres marinhos.
Robô foi utilizado para coletar exemplares no litoral dos EUA.

Imagem capta 'rastros' de bacterioplâncton que ocorre no mar (Foto: Divulgação/MIT)
Imagem capta 'rastros' de microorganismos
marinhos (Foto: Divulgação/MIT)
Para estudar o comportamento de micro-organismos dos oceanos e suas interações, cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) usaram um robô para coletar bilhões deles no litoral da Califórnia, nos Estados Unidos.
O resultado foi um levantamento que retrata "um dia na vida" dos diminutos seres, segundo a instituição. A pesquisa foi publicada nesta semana no periódico "Proceedings of the National Academy of Sciences".
O robô, com capacidade para coletar cerca de um bilhão de bactérias, plânctons e demais micro-organismos a cada quatro horas, "fixou" cada amostra para que os seres capturados ficassem preservados, de maneira que seus genes pudessem ser posteriormente estudados em laboratório.
Como os microorganismos são sensíveis às mudanças no ambiente que os cercam, variando a maneira como seus genes se expressam em resposta a modificações de temperatura, luz e outros fatores, sua genética mostra muito sobre o habitat em que estão inseridos, dizem os cientistas.
Pesquisadores preparam o robô para participar da coleta de micróbios (Foto: Divulgação/MIT)
Pesquisadores preparam o robô para participar da coleta de micróbios (Foto: Divulgação/MIT)
"De certa forma, cada micróbio na natureza é um sensor vivo", disse o pesquisador Edward DeLong, um dos principais autores do estudo. "Há três anos atrás, não seria sequer possível obter um retrato tão exato da dinâmica das populações de microorganismos e sua atividade no mundo."
Uma surpresa, dizem os pesquisadores, foi encontrar espécies diferentes de seres microscópicos variando a maneira como seus genes se expressam de forma "sincronizada", respondendo às mudanças do ambiente praticamente em conjunto.
É como se os microorganismos estivessem respondendo "coletivamente" diante de alterações ambientais, como a presença de matéria orgânica na água, apontam os cientistas. Isso ocorreu principalmente entre os seres que não fazem fotossíntese.
As amostras de microorganismos foram coletadas ao longo de dois dias, de acordo com os pesquisadores.

Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/01/estudo-retrata-um-dia-na-vida-de-bilhoes-de-micro-organismos-no-mar.html

EUA investem US$ 180 milhões em reciclagem de satélites

Projeto prevê envio de robô para extrair peças de satélites inoperantes.
Reciclagem pode gerar economia ao reaproveitar materiais em órbita.


Pentágono investe em reciclagem espacial (Foto: DARPA/AP)
Ilustração da DARPA retrata satélite do projeto Fênix de reciclagem espacial (Foto: DARPA/AP)


A Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa (Darpa, na sigla em inglês) está investindo US$ 180 milhões, o equivalente a R$ 366 milhões, em novas tecnologias que viabilizem a reciclagem espacial e a reutilização de satélites inoperantes. O órgão, que financia projetos espaciais pioneiros, é ligado ao Pentágono – Departamento de Defesa dos Estados Unidos.

Quando os satélites são “aposentados”, algumas peças - tais como antenas e painéis solares - muitas vezes ainda funcionam. No entanto, não há atualmente nenhum esforço para salvar e reutilizar peças de satélites, uma vez que esses objetos são lançados no espaço.
No entanto, a Darpa acredita que pode economizar dinheiro reaproveitando o material colocado em órbita. "Estamos tentando essencialmente aumentar o retorno sobre o investimento e encontrar uma maneira mudar a economia para que possamos reduzir o custo de missões espaciais militares”, disse o coordenador do programa da Darpa, David Barnhart.
Para isso, a agência criou o projeto Fênix (Phoenix) - nome da ave mitológica que renascia das próprias cinzas. O programa prevê o envio de um mecanismo robótico, equipado com um conjunto de ferramentas, para extrair peças de satélites inutilizados. Além disso, seriam lançados minissatélites que poderiam ser encadeados aos antigos pelo robô, criando um novo satélite de comunicação.

O programa traria dois benefícios: limparia a órbita da Terra, dando nova função aos satélites de comunicação que já não funcionam, e permitiria que valiosas peças desses equipamentos fossem reutilizadas na construção de novos satélites mais baratos.

Um teste importante para o projeto ocorrerá em 2016, quando será realizada uma missão de demonstração que pretende dar vida nova a um satélite desativado ainda a ser escolhido. A Darpa identificou cerca de 140 satélites que podem ser escolhidos para o primeiro teste.

De acordo com representantes da Darpa, uma maneira de manter os custos baixos é fazer com que os minissatélites peguem uma “carona” até o espaço, a bordo dos foguetes comerciais disponíveis.

Para Jonathan McDowell, astrofísico da Universidade de Harvard que acompanha lançamentos espaciais ao redor do mundo, a ideia é “bastante interessante", pois pode reduzir os custos no longo prazo. "As primeiras vezes serão definitivamente mais caras do que apenas construir uma nova antena em seu satélite a partir do zero. Mas, no longo prazo, pode funcionar”, acredita.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/eua-investem-us-180-milhoes-em-reciclagem-de-satelites.html

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Astronautas usam 'cápsula espacial' em treinamento na Rússia

Grupo será enviado em missão na Estação Espacial Internacional em 2014.
Treino foi realizado em campo nos arredores de Moscou.


O astronauta alemão Alexander Gerst entra em uma 'cápsula espacial' como parte de um treinamento realizado nesta quarta-feira (23) para uma missão que será realizada em maio de 2014 na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) (Foto: Sergei Remezov/Reuters)
O astronauta alemão Alexander Gerst, ligado à Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), entrou em uma simulação de cápsula espacial como parte de um treinamento, realizado nesta quarta-feira (23), para uma missão na Estação Espacial Internacional (ISS) (Foto: Sergei Remezov/Reuters)

Astronautas fizeram treinamento nesta quarta-feira (23), em campo de preparação na Rússia, nos arredores de Moscou. Três deles - o alemão Alexander Gerst, o russo Maxim Suraev e o americano Gregory Wiseman - estão se preparando para uma missão na Estação  (Foto: Sergei Remezov/Reuters)
Astronautas fizeram treinamento nesta quarta-feira em um campo de preparação na Rússia, nos arredores de Moscou. Os três - o alemão Alexander Gerst, o americano Gregory Wiseman e o russo Maxim Suraev -  estão se preparando para uma missão na ISS, em maio de 2014 (Foto: Sergei Remezov/Reuters)

O astronauta americano Gregory Wiseman carrega roupas e equipamentos usados em treinamento em base russa, nesta quarta-feira (23) (Foto: Sergei Remezov/Reuters)
O astronauta americano Gregory Wiseman carrega roupas e equipamentos usados em treino em campo de preparação russo, nesta quarta-feira (23). A missão da qual ele vai participar vai ser realizada em maio do próximo ano (Foto: Sergei Remezov/Reuters)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/astronautas-usam-capsula-espacial-em-treinamento-na-russia.html

Empresa americana lançará sondas para explorar recursos de asteroides

Primeira missão deve ocorrer em 2015, segundo previsão da companhia.
Objetivo é explorar minerais no espaço com 'minissatélites' de baixo custo.


Empresa lançará sondas para explorar recursos de asteroides (Foto: Divulgação/ Deep Space Industries)
Segundo diretor da empresa, explorar recursos que estão no espaço é a única maneira de assegurar um desenvolvimento espacial sustentável (Foto: Divulgação/ Deep Space Industries)
A empresa americana Deep Space Industries anunciou na terça-feira (22) que vai lançar, a partir de 2015, uma frota de sondas para pesquisar e explorar os minerais e outros recursos presentes em asteroides que viajam próximos à Terra.
"Usar os recursos que estão no espaço é a única maneira de assegurar um desenvolvimento espacial sustentável", avaliou o diretor da empresa, David Gump.
"Descobrimos a cada ano mais de 900 novos asteroides que passam perto da Terra, e esses corpos celestes podem ser tão importantes para as atividades espaciais deste século quanto foram as jazidas mineradoras de Minnesota para a indústria automobilística de Detroit no século 20", explicou Gump em comunicado.
A Deep Space Industries vai começar a avaliar alvos potencialmente promissores para a exploração de minerais utilizando pequenos aparelhos espaciais de 25 quilos, chamados "FireFlies" (vaga-lumes). O primeiro deles tem previsão de ser lançado em 2015, em missões de duas a seis semanas.
A empresa está em fase de busca de clientes e investidores, e trabalha com a Nasa e outras organizações para identificar os asteroides mais promissores.
Empresa lançará sondas para explorar recursos de asteroides (Foto: Divulgação/ Deep Space Industries)
Sondas serão fabricadas a partir de elementos de
satélites (Foto: Divulgação/Deep Space Industries)

As sondas devem ser econômicas e fabricadas a partir de elementos em miniatura de satélites "cubo". Elas serão postas em órbita também a um preço acessível, a bordo de lançadores usados para transportar grandes satélites de comunicação.
"Podemos fazer sondas espaciais incríveis de pequeno porte e baixo custo mais rápido do que nunca", explicou o presidente da Deep Space Industries, Rick Tumlinson.
A partir de 2016, a empresa começará a lançar sondas mais pesadas, de 32 quilos, as "Dragonflies" (libélulas), capazes de alcançar um asteroide e trazer de volta à Terra amostras de 27 a 68 quilos durante uma viagem de dois a quatro anos.
Empresa lançará sondas para explorar recursos de asteroides (Foto: Divulgação/ Deep Space Industries)
A partir de 2016, empresa lançará sondas mais pesadas, com 32 quilos (Foto:Divulgação/Deep Space)
A Deep Space Industries é a segunda companhia a se lançar na prospecção e exploração de minerais procedentes de asteroides, depois da Planetary Resources, criada em abril de 2012 pelo presidente da gigante da internet Google, Larry Page, e pelo cineasta James Cameron.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/empresa-americana-lancara-sondas-para-explorar-recursos-de-asteroides.html

Nasa faz montagem de fotos do Sol em diferentes comprimentos de onda

Técnicas destacam vários aspectos da superfície e da atmosfera solares.
Luz do astro vista por telescópios vai muito além da faixa captada a olho nu.

Uma montagem divulgada pela agência espacial americana (Nasa) com diferentes imagens e cores do Sol mostra a estrela do nosso sistema sob a ótica de vários comprimentos de onda.
Cada uma dessas técnicas de captação busca destacar aspectos distintos da superfície e da atmosfera solares. Algumas revelam o astro mais amarelo, outras mais alaranjado, e até em tonalidades aparentemente estranhas, como cinza, cor-de-rosa, verde e azul.
Segundo explicam os astrônomos, o Sol emite luz em todas as cores, mas, como o amarelo é o seu comprimento de onda mais brilhante, essa é a cor que vemos a olho nu – lembrando que nunca devemos olhar diretamente para o Sol.
Sol é visto em diferentes comprimentos de onda (Foto:  Nasa/SDO/Goddard Space Flight Center)
Montagem revela o Sol visto por vários comprimentos de onda (Foto: Nasa/SDO/Goddard Space Flight Center)

Essas imagens que compõem a montagem acima foram feitas por telescópios terrestres e espaciais capazes de observar a luz muito além das faixas visíveis pelo olho humano. Com essas informações, os cientistas podem "pintar" um quadro completo dessa estrela em constante mutação e saber como as partículas e o calor se movem pela atmosfera.
Além da luz visível, o Sol emite luz ultravioleta e raios X, dependendo da temperatura e do comprimento de onda. Na superfície do astro, a temperatura é de cerca de 5.700 graus Celsius, contra 15 milhões de graus Celsius no núcleo.
Essas diferenças ocorrem porque o Sol contém diferentes átomos – como hélio, hidrogênio e ferro –, com cargas elétricas distintas, chamadas de íons. Cada um desses íons pode emanar luz em comprimentos de onda específicos a determinadas temperaturas.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/nasa-faz-montagem-de-fotos-do-sol-em-diferentes-comprimentos-de-onda.html

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Arcos de estrela podem bater contra 'muro' de poeira em até 5 mil anos

Gigante vermelha mais próxima da Terra se chocaria 12.500 anos depois.
Alpha Orionis tem mil vezes o diâmetro do Sol e brilho 100 mil vezes maior.


A estrela gigante vermelha mais próxima da Terra, chamada Alpha Orionis ou Betelgeuse, pode colidir seus múltiplos arcos de poeira em forma de escudo contra um "muro" também de poeira espacial nos próximos 5 mil anos, segundo a Agência Espacial Europeia (ESA). Já o astro bateria contra essa barra 12.500 anos depois.
A imagem abaixo, feita em infravermelho pelo Observatório Espacial Herschel, da ESA, mostra os vários arcos em torno da Alpha Orionis, que fica sobre o "ombro do caçador" na constelação de Órion.
Estrela Alpha Orionis pode se chocar contra muro de poeira (Foto: ESA/Divulgação)
Gigante vermelha Alpha Orionis pode se chocar contra 'muro' de poeira à esquerda (Foto: ESA/Divulgação)
O astro pode ser facilmente visto a olho nu no Hemisfério Norte durante as noites de inverno. Ele aparece na cor vermelho-alaranjada, à esquerda das famosas Três Marias, localizadas no cinturão de Órion.
A Alpha Orionis tem cerca de mil vezes o diâmetro do nosso Sol e um brilho 100 mil vezes maior. Como ela já se transformou em uma gigante vermelha – caminho natural pelo qual o Sol deve passar, dentro de 5 bilhões de anos – e perdeu uma parte significativa de suas camadas externas, essa estrela deve em breve explodir como uma supernova.
Os dados do Herschel revelam como os ventos da Alpha Orionis colidem contra o meio interestelar ao redor, criando uma onda de choque à medida que o astro se movimenta pelo espaço, a cerca de 30 km/s.
Longe da estrela, além dos arcos de poeira, é possível ver o "muro" de poeira, uma estrutura linear que, segundo teorias anteriores, seria resultado do material ejetado pela Alpha Orionis em uma fase anterior de sua evolução. A nova análise, porém, sugere que a barra seja um filamento ligado ao campo magnético da galáxia ou à borda de uma nuvem próxima.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/arcos-de-estrela-podem-bater-contra-muro-de-poeira-em-5-mil-anos.html

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Brasileiros poderão ver a Lua ocultar Júpiter na madrugadaComente

Grande parte da América do Sul poderá ver a Lua passando na frente de Júpiter na madrugada desta terça-feira (22).  O satélite irá esconder completamente o planeta perto das 4 horas da manhã, no fuso horário de Brasília.
Aqui no Brasil, os moradores dos Estados do Sul, do Sudeste e de algumas cidades do Centro-Oeste poderão acompanhar a ocultação de Júpiter pela Lua. No entanto, segundo os astrônomos, os brasileiros não conseguirão perceber o aparecimento do planeta novamente no céu, pois, no extremo leste do continente, a visão do fenômeno será parcial.
Como é um dos astros mais brilhantes do céu noturno, Júpiter é visto facilmente a olho nu ao lado da Lua hoje. Mas quem estiver com um telescópio, terá a oportunidade de encontrar, ainda, a Grande Mancha Vermelha, uma tempestade duas vezes maior que o diâmetro da Terra e que persiste há mais de 400 anos no hemisfério Sul do planeta.
Se o tempo estiver limpo, Aldebaran, uma gigante vermelha da constelação de Touro, e os aglomerados Plêiades e Hyades, dois dos mais conhecidos grupos de estrelas do céu da Terra, vão brilhar intensamente nesta madrugada, de acordo com o site Sky & Telescope.
Quem não puder ficar acordado para ver o fenômeno, poderá ter uma segunda chance no dia 17 de março, quando Júpiter e Lua ficarão, novamente, mais próximos. Na noite de Natal do ano passado, a Lua escondeu Júpiter por quase uma hora, depois das 20h30 (fuso horário de Brasília).

Ocultação de Júpiter


Fonte:  http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/01/21/brasileiros-poderao-ver-a-lua-ocultar-jupiter-na-madrugada.htm

Terra 'foi atingida por explosão de raios gama na Idade Média'

Cientistas afirmam ter encontrado provas em árvores e no gelo de que planeta recebeu radiações de evento ocorrido na Via Láctea.

Explosão teria sido resultado da fusão de dois buracos negros ou estrelas de nêutrons em nossa galáxia (Foto: Nasa/BBC)
Explosão teria sido resultado da fusão de dois
buracos negros ou estrelas de nêutrons em nossa
galáxia (Foto: Nasa/BBC)
Uma explosão de raios gama, a mais poderosa explosão conhecida no Universo, pode ter atingido a Terra no século 8. Em 2012, pesquisadores encontraram evidências de que o nosso planeta foi atingido por uma súbita onda de radiação durante a Idade Média, mas ainda não havia clareza sobre que tipo de evento cósmico pudesse ter sido sua causa.
Agora, um estudo sugere que a explosão teria sido resultado da fusão de dois buracos negros ou estrelas de nêutrons em nossa galáxia. Esta colisão teria gerado e arremessado para fora uma grande quantidade de energia. A pesquisa foi publicada no "Monthly Notices of the Royal Astronomical Society".
'Totalmente consistente'
No ano passado, uma equipe de pesquisadores constatou a presença em nível incomum de um tipo de carbono radioativo - conhecido como carbono-14 - em algumas antigas árvores de cedro-do-japão.
Na Antártica, também, houve um aumento nos níveis de uma forma de berílio - berílio-10 - no gelo. Estes isótopos são criados quando uma radiação intensa atinge os átomos na atmosfera superior, o que sugere que uma explosão de energia havia atingido o nosso planeta.
Usando dados recolhidos nas árvores e no gelo, os pesquisadores foram capazes de identificar que este evento teria ocorrido entre os anos 774 e 775 d.C., mas que sua causa era desconhecida.
A possibilidade de uma supernova - explosão de uma estrela - foi considerada, mas descartada em seguida porque os rastros de um evento como esse ainda seriam visíveis hoje por telescópio.
Outra equipe de físicos americanos recentemente publicou um artigo sugerindo que uma explosão solar extraordinariamente grande poderia ter causado a emissão de energia. No entanto, outros membros da comunidade científica acharam pouco provável que explosões solares fossem capazes de gerar os níveis de carbono 14 e berílio-10 encontrados nas árvores e no gelo.
Agora, pesquisadores alemães ofereceram outra explicação: uma enorme explosão que teria ocorrido dentro da Via Láctea. Um dos autores do estudo, o professor Ralph Neuhauser, do Instituto de Astrofísica da Universidade de Jena, disse: "Nós observamos os espectros de curtas explosões de raios gama para estimar se seriam consistentes com a taxa de produção de carbono-14 e berílio-10 - e [achamos] que é totalmente consistente".
Cientistas divergem sobre origem de raios gama que atingiram a terra na Idade Média (Foto: Nasa/BBC)
Cientistas divergem sobre origem de raios gama que
atingiram a terra na Idade Média (Foto: Nasa/BBC)

Alguns segundos
Estas emissões enormes de energia ocorrem quando os buracos negros, estrelas de nêutrons ou anãs brancas (estrelas na fase final de suas vidas, prestes a explodir) colidem - as fusões galácticas levam apenas alguns segundos, mas enviam uma vasta onda de radiação.
Neuhauser disse: "Explosões de raios gama são eventos muito, muito explosivos e enérgicos. Então usamos a quantidade de energia encontrada (na Terra) para estimar a distância do evento". "Nossa conclusão foi de que era de 3.000 a 12.000 anos-luz de distância - e isso está dentro de nossa galáxia". Embora o evento soe dramático, nossos antepassados medievais podem mal tê-lo notado.
Uma explosão de raios gama ocorrida nesta distância teria sido absorvida pela nossa atmosfera, deixando apenas um traço nos isótopos que eventualmente passaram pelo filtro da atmosfera e chegaram às árvores e ao gelo. Os pesquisadores não acham que foi emitida qualquer luz visível.
Eventos raros
Observações do espaço sugerem que explosões de raios gama são raras. Elas ocorrem no máximo a cada 10 mil anos e pelo menos uma vez em um milhão de anos em uma galáxia. O professor Neuhauser disse ser improvável que o planeta Terra fosse atingido por outro fenômeno do tipo, mas, caso isso ocorra, deverá ter mais impacto.
Se uma explosão cósmica ocorrer na mesma distância que o evento do século 8, poderia derrubar nossos satélites. Mas se ocorrer ainda mais perto - a apenas algumas centenas de anos-luz de distância - poderia destruir a camada de ozônio, com efeitos devastadores para a vida na Terra. No entanto, esta hipótese, disse o professor Neuhauser, é "extremamente improvável".
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/terra-foi-atingida-por-explosao-de-raios-gama-na-idade-media.html

Sonda da Nasa encontra evidências de antigo lago subterrâneo em Marte

Características geológicas em cratera foram captadas pela sonda MRO.
Observações sugerem formação de carbonatos e argila, informou a Nasa.


Uma sonda da Agência espacial americana (Nasa) que orbita Marte encontrou evidências da existência de um antigo lago de cratera alimentado por águas subterrâneas, o que respalda as teorias de que o planeta vermelho pode ter abrigado vida, de acordo com informações publicadas neste domingo (20) na revista "Nature Geoscience".
Informações da sonda espacial Mars Reconnaissance Orbiter (MRO) mostram vestígios de carbonato e minerais de argila, geralmente formados na presença de água, na parte inferior da cratera McLaughlin, a 2,2 quilômetros de profundidade.
"Estas novas observações sugerem a formação de carbonatos e argila em um lago alimentado por águas subterrâneas na bacia fechada da cratera", informou a Nasa.
Segundo o comunicado da Nasa, "algumas pesquisas propõem que o interior da cratera captura água" e que "na zona subterrânea podem ter existido ambientes úmidos e potenciais habitats". "A cratera carece de canais de grande afluência, por isso, o lago era provavelmente alimentado por águas subterrâneas", disseram os cientistas.

As setas apontam para camadas de argila e carbonato em área que pode ter sido lago em Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona)
As setas apontam para camadas de minerais de argila e carbonato em áreas que podem ter abrigado lago em Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/sonda-da-nasa-encontra-evidencias-de-antigo-lago-subterraneo-em-marte.html

sexta-feira, 18 de janeiro de 2013

Astrônoma amadora de Itanhaém, SP, faz foto impressionante da Via Láctea

Meire Ruiz não precisou da ajuda de telescópio para captar a imagem.
A Via Láctea é a galáxia 'responsável' por abrigar o Sistema Solar.


Moradora do litoral sul de São Paulo, registrou imagens da Via Láctea do céu de Itanhaém. (Foto: Meire Ruiz/Arquivo pessoal)
Uma astrônoma amadora de Itanhaém, no litoral de São Paulo, registrou, sem a ajuda de um telescópio, uma foto impressionante. Meire Ruiz, que tem como passatempo fotografar os céus do litoral, capturou uma imagem da Via Láctea. A astrônoma utilizou uma câmera normal, mas com uma exposição do filme aumentada para 15 segundos. As cores da foto precisaram ser ressaltadas para mostrar os detalhes. A Via Láctea é uma galáxia espiral onde se encontra o Sistema Solar, da qual faz parte o Planeta Terra e mais de 200 bilhões de estrelas.  (Foto: Meire Ruiz/Arquivo pessoal)

Fonte:  http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2013/01/astronoma-amadora-de-itanhaem-sp-faz-foto-impressionante-da-lactea.html

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Nasa vai testar módulo inflável para expandir estação espacial

Equipamento será enviado para testes na ISS em 2015, diz agência.
Astronautas vão medir resistência e desempenho do módulo por dois anos.


A agência espacial americana (Nasa) apresentou um plano para usar módulos infláveis como uma maneira de expandir a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
O primeiro deles deve ser enviado como teste em 2015, informou a agência na quarta-feira (16), após divulgar a assinatura do contrato com a empresa responsável pelo equipamento, a Bigelow Aerospace.

Concepção artística mostra como seria o módulo no espaço, em comparação com a Terra (Foto: Nasa/Bigelow Aerospace/Reuters)
Concepção artística mostra como seria o módulo inflável no espaço (Foto: Nasa/Bigelow Aerospace/Reuters)

O contrato, de US$ 17,8 milhões (R$ 36,3 milhões, em valores atuais), prevê que o módulo fique no espaço para testes até 2017. Chamado de Beam (sigla em inglês para Módulo de Expansão de Atividades Bigelow), o equipamento será enviado daqui a dois anos em uma missão de reabastecimento da ISS, afirmou a Nasa.
Imagem mostra interior do módulo espacial inflável (Foto: Nasa/Bigelow Aerospace/Reuters)
Nasa apresentou interior do módulo espacial
inflável durante entrevista coletiva (Foto: Nasa/
Bigelow Aerospace/Reuters)

A ideia é que o módulo seja testado como apoio para a vida dos astronautas, disse a agência espacial. "Estamos tendo progresso com uma tecnologia que permitirá avanços para viagens de longa duração de seres humanos no futuro", afirmou uma das diretoras da Nasa, Lori Garver.
Durante o período de testes, os astronautas e uma equipe de engenheiros na Terra vão reunir informações sobre o desempenho do módulo, sua resistência e estrutura, além de medições sobre mudanças de temperatura e incidência de radiação, na comparação com os módulos de alumínio tradicionais.
Os astronautas periodicamente vão entrar no módulo para reunir informações e fazer inspeções, mas não vão ficar permanentemente no equipamento, disse a Nasa. Após o período de testes, o módulo vai ser ejetado da ISS.

Concepção artística retrata o módulo acoplado à estação espacial (Foto: Nasa/Bigelow Aerospace/Reuters)
Concepção artística retrata o módulo acoplado à estação espacial (Foto: Nasa/Bigelow Aerospace/Reuters)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/nasa-vai-testar-modulo-inflavel-para-expandir-estacao-espacial.html

Imagens mostram que Marte pode ter tido rio de água corrente no passado

Canal Reull Vallis, no polo sul do planeta, tem quase 1.500 km de extensão.
Fluxo de detritos e gelo ajudou a dar as atuais características da região.


A sonda Mars Express, da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), registrou imagens de uma região de Marte chamada Reull Vallis, que em um passado distante pode ter sido formada pela passagem de água corrente.
Essa estrutura sinuosa de rochas, que lembra um rio, estende-se por quase 1.500 km de distância e tem vários "afluentes" no polo sul do planeta vermelho.
Marte pode ter tido rios de água corrente no passado (Foto:  ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum))
Estrutura de Marte lembra rio e pode ter tido água líquida no passado (Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum))

A foto acima, em alta resolução, mostra um ponto em que esse canal tem quase 7 km de largura e 300 metros de profundidade.
Os astrônomos acreditam que um fluxo de detritos e gelo ajudou a dar as atuais características dessa área durante o período geológico Amazoniano – o mais recente de Marte, que permanece até hoje. Mas a formação do canal pela água líquida é bem anterior, do período Hesperiano, entre 3,5 bilhões e 1,8 bilhão de anos atrás.
Marte pode ter tido rios de água corrente no passado (Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum))
Vista de cima do polo sul do planeta mostra canal que teria tido água (Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum))

Estruturas parecidas, que se acredita terem sido ricas em gelo no passado, também são encontradas em muitas crateras vizinhas do Reull Vallis. E a morfologia desses locais se parece muito com partes da Terra atingidas pela glaciação, segundo geólogos planetários.
A imagem abaixo mostra montanhas próximas com crateras cheias de sedimentos.

Marte pode ter tido rios de água corrente no passado (Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum))
Montanhas cheias de sedimentos ficam perto de antigo 'rio' de Marte (Foto: ESA/DLR/FU Berlin (G. Neukum))


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/imagens-mostram-que-marte-pode-ter-tido-rio-de-agua-corrente-no-passado.html

quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

Robô Curiosity deve começar em breve a perfurar rochas marcianas

Desde agosto de 2012, jipe havia apenas recolhido amostras do solo.
Nasa espera ter pistas sobre existência de água no passado do planeta.


O robô Curiosity, da agência espacial americana (Nasa), deve começar em breve a fazer perfurações pela primeira vez em Marte, informaram autoridades que participam da missão de R$ 5 bilhões.
Os cientistas também explicaram a natureza de uma pequena rocha apelidada de "flor marciana", que provocou comoção na internet por ser muito diferente da superfície do planeta vermelho. Aileen Yingst, do Instituto de Ciência Planetária, disse que o que foi visto como uma flor, na verdade, era um grão ou uma pedra relativamente grande.
Robô Curiosity vai perfurar primeira amostra de rocha de Marte (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS)
Imagem feita no dia 10 mostra local onde Curiosity vai perfurar solo de Marte (Foto: Nasa/JPL-Caltech/MSSS)

"Todas essas são rochas sedimentares que nos dizem que Marte teve ambientes com depósito ativo de material', afirmou Aileen na terça-feira (15). "Os diferentes tamanhos dos grãos também nos falam de condições de transporte diferentes", emendou.
O Curiosity se dirige agora para uma rocha plana, com faixas opacas, que os cientistas esperam fornecer pistas sobre a existência de água no passado do planeta.
"Perfurar uma rocha para coletar uma amostra será a atividade mais desafiadora dessa missão desde o pouso (em 6 de agosto de 2012). Isso nunca foi feito em Marte", disse Richard Cook, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, na Califórnia.

Robô Curiosity vai perfurar primeira amostra de rocha de Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)
Grãos no solo são grossos o suficiente para impedir que vento os transporte (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)

"O equipamento de perfuração interage energeticamente com um material sobre o qual não temos controle. Não ficaremos surpresos se alguns passos no processo não saírem exatamente como o planejado", disse.
O robô vai recolher amostras de dentro da rocha "John Klein" – que recebeu esse nome em homenagem a um ex-vice-gerente de projeto do Laboratório de Ciências de Marte, que morreu em 2012 – e as analisará para determinar sua composição química e mineral.
As câmeras do jipe já revelaram algumas características inesperadas na rocha, incluindo veios, nódulos, estratificações oblíquas, um seixo brilhante incrustado em arenito e possivelmente alguns buracos no chão.

Robô Curiosity vai perfurar primeira amostra de rocha de Marte (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)
Local 'Sheepbed' tem partes esbranquiçadas que seriam sulfato de cálcio (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)

A missão, com duração prevista de pelo menos dois anos, busca estudar o ambiente marciano para preparar uma futura missão tripulada. O presidente americano, Barack Obama, prometeu mandar humanos ao planeta vermelho em 2030.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/01/robo-curiosity-deve-comecar-em-breve-perfurar-rochas-marcianas.html