segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Novas imagens da Nasa mostram lado oculto da Lua

Uma sonda da agência espacial americana, Nasa, está permitindo aos pesquisadores criar o mais completo e preciso mapa da Lua.
A Sonda de Reconhecimento Lunar da Nasa usa um dispositivo, o Altímetro a Laser da Sonda Lunar (Lola, na sigla em inglês), para fazer mapas dos terrenos e crateras da Lua, incluindo o lado mais distante.
"O conjunto de dados está sendo usado para a criação de mapas de terreno e mapas digitais de relevo que se servirão como referência fundamental para futuras missões científicas e de exploração à Lua", disse Gregory Neumann, do Centro de Voos Espaciais Godard da Nasa.

NASA/GSFC/MIT/SVS
Mapa do hemisfério sul da Lua feito com imagens de sonda; tom em vermelho indica áreas elevadas e em azul, as baixas
Mapa do hemisfério sul da Lua feito com imagens de sonda; tom em vermelho indica áreas elevadas e em azul, as baixas

"Depois de um ano recolhendo dados, já temos quase cerca de 3 bilhões de pontos de informações do Altímetro a Laser da Sonda Lunar a bordo da Sonda de Reconhecimento Lunar."
Neumann afirmou que a equipe de pesquisadores espera continuar coletando as medidas do terreno da Lua e, perto dos polos, os cientistas esperam "fornecer capacidade de navegação próxima a do GPS".
RAIO DIVIDIDO EM CINCO
O Altímetro a Laser da Sonda Lunar funciona pela propagação de apenas um raio por meio de um elemento ótico de difração, que divide o raio em cinco. Estes raios, por sua vez, atingem a superfície lunar e retornam, sendo medidos pelo Lola para, junto com o rastreamento da sonda, criar padrões bidimensionais para revelar a superfície lunar.
Os mapas feitos pelo Lola são os mais acurados e mostram mais lugares na superfície da Lua do que qualquer outro mapa anterior.
"Os erros posicionais dos mosaicos de imagens do lado mais distante da Lua, onde o rastreamento da espaçonave (que é mais preciso) não estão disponíveis, eram de um a dez quilômetros", disse Neumann.
"Estamos diminuindo isto para o nível de 30 metros, e um metro verticalmente. Nos polos, onde a iluminação raramente dá mais do que um lampejo da topografia abaixo dos picos das crateras, descobrimos erros sistemáticos horizontais de centenas de metros", acrescentou.
O dispositivo também permite estudar o histórico de iluminação no ambiente lunar, segundo o cientista. A história da iluminação na Lua é importante para a descoberta de áreas que ficaram muito tempo nas sombras.
Estes lugares, geralmente em crateras profundas perto dos polos lunares funcionam como locais de armazenamento, capazes de acumular e preservar materiais voláteis como gelo.
MISTÉRIO
A paisagem nas crateras dos polos da Lua é tão misteriosa devido a sua profundidade, que geralmente permanece nas sombras.
O novo conjunto de dados fornecido pelo Lola está revelando detalhes da topografia destas crateras pela primeira vez.
"Até a Sonda de Reconhecimento Lunar e a recente missão japonesa Kaguya, não tínhamos ideia dos extremos que eram as inclinações das crateras polares", disse o cientista. "Agora descobrimos inclinações de 36 graus (que se estendem) por vários quilômetros na cratera Shackleton, por exemplo, o que faria a travessia muito difícil e, aparentemente, causa deslizamentos."
Neumann afirmou ainda que as medidas tomadas pelo Lola estão ajudando a equipe a criar modelos para avaliar a temperatura destas crateras e no desenvolvimento dos mapas térmicos destes locais.

Um comentário:

  1. Olá, Tainá!
    Agora, sim! Lembrando, que em plena corrida espacial na década de 60, a URSS conseguiu pela 1ª vez, fotografar o lado oculto da lua e pagou o maior mico, pois na fotografia eles denominaram de Montes Soviéticos, a uma série de marcas que deveriam ser de montanhas lunares, mas, acontece que, eram de fato, manchas causadas pelos produtos usados na revelação das fotos antes da sua transmissão. Pouco tempo depois, os EUA enviaram uma sonda com a mesma missão e cujas fotos de melhor qualidade e resolução, permitiram descobrir o erro dos russos.
    [1]!!!!!

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