segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Telescópio descobre dois planetas que compartilham órbita

Enterrado na imensidão de dados coletados pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa, está um sistema solar diferente de qualquer outro já visto antes. Dois de seus aparentes planetas compartilham a mesma órbita ao redor de sua estrela. Se a descoberta for confirmada, ela pode dar força à teoria de que a Terra já compartilhou sua órbita com um corpo celeste aproximadamente do tamanho de Marte, que mais tarde teria colidido com o planeta e formado a Lua.
Os dois planetas recém-descobertos são parte de um sistema solar com quatro planetas, denominado KOI-730. Eles completam a órbita ao redor de sua estrela a cada 9,8 dias e mantêm exatamente a mesma distância orbital, estando o primeiro cerca de 60º à frente do segundo. Durante a noite de um deles, o outro provavelmente deve aparecer no céu como uma luz constante, que nunca fica mais nem menos brilhante.
Um fenômeno gravitacional torna isso possível. Quando um corpo (como um planeta) orbita outro muito maior (como uma estrela), há dois pontos ao longo de sua órbita que permitem que um terceiro corpo orbite de forma estável. Esses pontos são localizados a 60º à frente ou atrás do corpo de menor tamanho. Grupos de asteroides chamados Trojans, por exemplo, permanecem nesses pontos da órbita de Júpiter.
Teoricamente, matéria em forma de um disco que circula uma nova estrela pode gerar planetas que "coorbitam", mas não há registros de que isso já tenha ocorrido antes. "Sistemas como esse não são comuns, e este é o único que já identificamos", afirma Jack Lissauer, pesquisador do Centro de Pesquisa de Mountain View, na Califórnia. Lissauer e seus colegas descrevem o sistema KOI-730 em um artigo submetido ao periódico "Astrophysical Journal".
Richard Gott e Edward Belbruno, da Universidade Princeton, afirmam que pode haver provas do fenômeno até mesmo no nosso "quintal cósmico". Estima-se que a Lua foi formada cerca de 50 milhões de anos após o nascimento do Sistema Solar, originária de uma colisão entre um corpo do tamanho de Marte e a Terra. Simulações sugerem que esse corpo, denominado Theia, estaria a uma baixa velocidade. De acordo com os dois pesquisadores, isso só poderia ter acontecido se Theia tivesse sido originada em um dos pontos estáveis da órbita da Terra. As novas descobertas "mostram que o tipo de coisa que imaginávamos pode acontecer", afirma Gott.
Quanto à possibilidade de que os dois planetas do sistema KOI-730 colidam e formem uma lua um dia, Gott afirma que seria "espetacular". Simulações da universidade sugerem, porém, que ambos continuarão orbitando à mesma distância entre si por pelo menos mais 2,22 milhões de anos.

Astronauta do último voo do Discovery realiza missão espacial

A Nasa divulgou, nesta segunda-feira (28), uma fotografia do astronauta Steve Bowen, que embarcou no último voo do ônibus espacial Discovery, em missão fora da Estação Espacial Internacional.
A ideia é realizar trabalhos de manutenção e equipar o exterior da estação com o máximo de aparelhagem possível. Uma das missões de Bowen, por exemplo, é completar a instalação de uma plataforma externa que acomodará partes reservas de equipamentos espaciais.
O último voo da nave decolou na última quinta-feira (24), às 18h50 (horário de Brasília). Bowen passou a integrar a equipe em janeiro, após o astronauta Tim Kopra se machucar em um acidente de bicicleta.
O Discovery não é a única nave a ser aposentada. O plano é que outros dois ônibus espaciais americanos, o Endeavour e o Atlantis, também decolem pela última vez nos próximos meses.
Crédito: Reuters Legenda: Astronauta Steve Bowen, que embarcou no último voo do ônibus espacial Discovery, trabalha em missão fora da estação espacial
Steve Bowen, que embarcou no último voo do Discovery, trabalha em missão fora da estação espacial

Explosão solar é mistério para ciência

Apesar das explosões solares registradas pela Nasa (agência espacial norte-americana) neste mês, tudo indica que o Sol anda mais preguiçoso do que o "normal".
As chamadas "tempestades solares", erupções na superfície do Sol que liberam alta carga de energia no espaço, costumam atingir seu pico a cada 11 anos.
Como o último ponto mais alto foi registrado em 2001, era esperado que o próximo ocorresse no ano que vem.
"Mas isso está longe de acontecer", explica o físico solar Pierre Kaufmann, especialista em astrofísica solar.
De acordo com ele, a atividade do Sol está bastante retardada. E ainda: as explosões recentes tiveram baixa intensidade, depois de quatro anos de "repouso" solar.
"Pelo andar da carruagem, pode ser que o auge do ciclo atual do Sol aconteça só em 2016", diz o cientista.
Outra possibilidade é que o ciclo solar se feche em 2012, mas com um pico menos intenso do que se imaginava.
Durante um ciclo solar, surgem manchas na superfície do Sol. "Em volta dessas manchas há gás quentíssimo e ionizado [gás em que os átomos estão dissociados]. Então, ocorrem as explosões súbitas", explica Kaufmann.
Esses fenômenos explosivos são na atmosfera da estrela, ou seja, saem da superfície para fora do Sol.
As explosões solares alteram principalmente sistemas de transmissão de energia e telecomunicações na Terra.
Isso começou a ser percebido no começo do século 20, quando cientistas notaram queda no sistema de comunicação de submarinos.
AQUI NA TERRA
São dois efeitos. O primeiro ocorre cerca de oito minutos após as explosões (tempo para a radiação viajar 150 milhões de km até a Terra).
O segundo é uma ejeção lenta de massa coronal solar (parte externa da estrela), que pode levar de dois a quatro dias para chegar aqui.
"Algumas explosões solares enormes não têm impactos em correntes elétricas; outras, menores, têm. Estamos longe de entender esses impactos", diz Kaufmann.
Sabe-se também que a quantidade de raios cósmicos que atingem a Terra diminui com a atividade solar. Isso porque o aumento de plasma (gases "ionizados" expulsos pelo Sol) desvia esses raios da atmosfera terrestre.
Assim como os efeitos das explosões na Terra ainda não estão claros para os cientistas, o ciclo de 11 anos do Sol também é um mistério.
Kaufmann está acostumado a acompanhar a atividade do Sol. Ele coordena o Craam (Centro de Rádio Astronomia e Astrofísica, da Universidade Presbiteriana Mackenzie) e é um dos principais nomes de um observatório instalado pela universidade nos andes argentinos.
O Complexo Astronômico El Leoncito ("o leãozinho", em referência aos pumas da região andina) tem um acervo instrumental financiado por agências brasileiras em parceria com o governo argentino. A atividade solar é um dos temas de estudos.
Telescópio solar instalado no Complexo Astronômico El Leoncito, en San Juan, Argentina
Telescópio solar instalado no Complexo Astronômico El Leoncito, en San Juan, Argentina

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Telescópio Kepler pode ter encontrado 54 planetas na zona habitável

NASA: Kepler pode ter encontrado 54 planetas na zona habitável
Zona habitável
O anúncio da descoberta de um incrível sistema planetário com seis planetas pode ter eclipsado os achados mais significativos feitos pelo Telescópio Espacial Kepler.
O fato é que a equipe científica do Kepler anunciou também a descoberta de mais de 1.200 "candidatos a planetas", sendo que 68 do tamanho aproximado da Terra e nada menos do 54 dentro da zona habitável.
Como já havia sido previsto pelos cientistas, o telescópio pode ter encontrado também exoplanetas que possuem luas com condições de abrigar a vida.
Outras Terras
"Nós passamos de zero para 68 candidatos a planeta do tamanho da Terra e de zero para 54 candidatos na zona habitável, uma região onde pode existir água líquida na superfície de um planeta. Alguns candidatos até podem ter luas com água líquida," resumiu William Borucki, do Centro de Pesquisas Ames, da NASA e pesquisador da missão Kepler.
"Cinco dos candidatos planetários são simultaneamente de dimensões comparáveis à da Terra e com órbita na zona habitável de suas estrelas-mãe," revelou o cientista.
Candidatos a planeta são achados que requerem observações subsequentes para confirmar se são planetas reais.
"Nós encontramos mais de mil e duzentos candidatos a planetas - isso é mais do que todos os exoplanetas encontrados até hoje," disse Borucki. "Neste momento eles são apenas candidatos, mas a maioria deles, estou convencido, será confirmada como planetas nos próximos meses e anos."
O primeiro planeta fora do Sistema Solar - exoplaneta ou planeta extrassolar - foi descoberto em 1995.
Descobertas do Kepler
Veja um resumo das descobertas anunciadas ontem pela equipe do telescópio Kepler:
  • 1.235 candidatos a planeta
  • 662 com dimensões semelhantes à de Netuno
  • 288 "super-Terras", entre 1,25 e 2 vezes o tamanho da Terra
  • 184 gigantes gasosos, 165 do tamanho aproximado de Júpiter e 19 maiores do que Júpiter
  • 170 possíveis sistemas multiplanetários, com dois ou mais candidatos orbitando a mesma estrela
  • 68 "exo-Terras", com dimensões até 1,25 vez o tamanho da Terra
  • 54 "exo-Terras" circulando na zona habitável ao redor de suas estrelas, podendo ter água em estado líquido em suas superfícies
  • 5 ao mesmo tempo do tamanho da Terra e orbitando na zona habitável

Estes dados são baseados nos resultados das observações realizadas de 12 Maio até 17 de Setembro de 2009, de mais de 156.000 estrelas no campo de visão do Kepler, que abrange cerca de 1/400 do céu.
NASA: Kepler pode ter encontrado 54 planetas na zona habitável
O telescópio espacial Kepler está explorando uma fatia ínfima da Via Láctea, medindo cerca de 3.000 anos-luz.
Milhões de planetas
"O fato de que encontramos tantos candidatos a planeta em uma fração tão pequena do céu sugere que há incontáveis planetas orbitando estrelas como o nosso Sol em nossa galáxia," disse Borucki.
"O Kepler poderá encontrar apenas uma pequena fração dos planetas em torno das estrelas que ele observa porque as órbitas não estão alinhadas adequadamente. Se você levar em conta esses dois fatores, nossos resultados indicam que deve haver milhões de planetas que orbitam estrelas vizinhas do nosso Sol," calcula ele.
E isto levando em conta que os cientistas até agora só tiveram tempo de analisar os dados coletados até Setembro de 2009. O telescópio Kepler deverá continuar fazendo novas observações pelo menos até Novembro de 2012.
A equipe da Missão Kepler já tem dados confirmados de um total de 15 planetas extrassolares, inclusive o menor exoplaneta conhecido, o Kepler-10b

Radiotelescópio com 13.000 antenas vai buscar outras Terras

Radiotelescópio
Seu nome é insosso e diz pouco: Long Wavelength Array, algo como estrutura de comprimentos de onda longos, em tradução livre.
Então é melhor chamá-lo pela sigla, LWA, e lembrar que esse radiotelescópio inusitado vai captar ondas de rádio provenientes de planetas fora do nosso Sistema Solar - os chamados exoplanetas, ou planetas extrassolares.
O LWA será uma nova ferramenta em busca de outras Terras, planetas eventualmente com possibilidades de abrigar vida.
E que ferramenta... quando pronto, o LWA terá 13.000 antenas, agrupadas em 53 estações, colocadas estrategicamente ao longo de uma área de 400 quilômetros de diâmetro, no estado do Novo México, nos Estados Unidos.
A primeira estação, com 256 antenas, começará a operar no próximo mês, rastreando o céu de horizonte a horizonte em uma ampla faixa de frequências.
Descobertas além da imaginação
Com tantas antenas, o radiotelescópio LWA produzirá imagens de alta resolução de uma região do céu centenas de vezes maior do que a Lua cheia. Além de exoplanetas, o telescópio deverá captar também uma série de outros fenômenos cósmicos.
"Nós estaremos olhando para 'relâmpagos celestes' ocasionais," conta Joseph Lazio, um radioastrônomo do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA. "Estes flashes podem ser qualquer coisa, de explosões na superfície de estrelas próximas, a morte de estrelas distantes, buracos negros explodindo, ou até mesmo as transmissões de outras civilizações."
O LWA vai operar na faixa de frequências de rádio de 20 a 80 megahertz, correspondendo a comprimentos de onda de 3,8 a 15 metros. Estas frequências representam uma das últimas e mais mal exploradas regiões do espectro eletromagnético.
"Como a natureza é mais esperta do que nós, é bem possível que venhamos a descobrir algo sobre o que nem imaginamos," disse Lazio.
Radiotelescópio com 13.000 antenas vai buscar outras Terras
Múltiplas antenas da estação LWA-1, fotografadas ao pôr do sol. Cada antena tem cerca de 1,5 metro de altura e cerca de 2,7 metros na base. Os cientistas do grupo chamam o local de "campo dos sonhos dos astrônomos".


Satélite da ESA fotografa península antártica; veja imagem

A ESA (Agência Espacial Europeia) divulgou nesta sexta-feira uma imagem da Antártida feita por seu satélite.
A imagem está focada especificamente da península antártica, localizada na região noroeste e cercada pelos mares de Bellingshausen e de Weddell.
Com aproximadamente mil quilômetros de extensão, o "braço" se estende além do círculo polar, em direção à ponta da América do Sul.
A foto foi tirada em 5 de fevereiro pelo satélite Envisat e só liberada agora para o público em geral.
Península antártica tem aproximadamente mil quilômetros de extensão; foto foi tirada pelo satélite europeu da ESA
Península antártica tem aproximadamente mil quilômetros de extensão; foto foi tirada pelo satélite europeu da ESA

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Discovery em órbita

Ônibus espacial Discovery finalmente decola

Após oito adiamentos e quatro meses de espera, o ônibus espacial Discovery, da Nasa, decolou nesta quinta-feira nos Estados Unidos.
Este será o 39º e último voo da nave, que entrou em operação em 1984 e é a campeã da agência espacial americana em permanência no espaço. Ela se dirige agora à ISS (Estação Espacial Internacional), com seis astronautas a bordo. Será a 35ª quinta missão de um ônibus espacial na estação.
O lançamento ocorreu às 18h50 (horário de Brasília). A missão está programada para durar 11 dias.
NOVELA
O lançamento do Discovery foi marcado por sucessivos problemas. Previsto inicialmente para 1º de novembro do ano passado, o lançamento precisou ser adiado por causa de um vazamento de hidrogênio.
Em seguida, mais problemas: houve uma falha elétrica e, depois, rachaduras no tanque de combustível externo.
Nem os astronautas escaparam da "maré de azar" da missão. Timothy Kopra, que deveria embarcar na nave, foi cortado da equipe após sofrer um acidente de bicicleta em janeiro.
O futuro do programa espacial americano ainda é incerto. A Nasa começou a aposentar seus ônibus espaciais, cuja segurança foi posta à prova após dois acidentes fatais. Em 2003, o Columbia explodiu matando sete astronautas. Mesmo número de mortos da explosão do Challenger, em 1986.



 

 

Novo planeta pode estar se formando, dizem astrônomos

Um dos telescópios do ESO (Observatório Europeu do Sul) identificou uma massa de poeira estelar em forma de disco no espaço e um objeto em seu interior que pode dar origem a um novo planeta ou a uma anã-marrom --menor que uma estrela comum e com pouco luminosidade e energia.
Os planetas se formam a partir desses discos que circundam as estrelas, porém, a transição até as fases iniciais de formação de sistemas planetários são, em certa medida, rápidas e muito poucas estrelas são identificadas durante essa fase.
Esse novo planeta pode estar se formando ao redor de uma estrela jovem de baixa luminosidade, a T Chamaeleontis (ou T Cha), situada na pequena constelação de Camaleão --fica a cerca de 330 anos-luz de distância e tem apenas sete milhões de anos de idade.
Até hoje, nenhum planeta em formação foi observado nessa fase de disco.
Poeira e objeto que circulam a T Cha podem ser evidências de formação de um novo planeta ou uma anã-marrom
Poeira e objeto que circulam a T Cha podem ser evidências de formação de um novo planeta ou uma anã-marrom

Nasa vai transmitir voo do Discovery marcado para hoje

Os técnicos da Nasa (agência espacial americana) asseguraram que o ônibus espacial Discovery está pronto para partir nesta quinta-feira em direção à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). Esta será sua 39ª e última missão antes de a Nasa retirá-lo de funcionamento.
O Discovery vai levar equipamento logístico à ISS, alem da tripulação formada por seis astronautas --o comandante Steve Lindsey, o piloto Eric Boe e os especialistas Alvin Drew, Michael Barratt, Nicole Stott e Steve Bowen. Uma novidade é o envio ao espaço do primeiro humanoide, o Robonaut 2.
Ônibus espacial Discovery na base de lançamento da Nasa na Flórida; lançamento poderá ser visto pela internet
Ônibus espacial Discovery na base de lançamento da Nasa na Flórida; lançamento poderá ser visto pela internet

A partida será do Centro Espacial Kennedy, em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), e está marcada para às 16h50 do horário local (18h50 de Brasília).
A previsão do tempo é positiva com 90% de chances de se ter condições aceitáveis para o lançamento, que poderá ser acompanhado pelo site da Nasa na internet.
O adiamento do lançamento da Discovery obrigou a atrasar também o último voo do Endeavour, previsto agora para 19 de abril.
Além disso, a Nasa decidiu realizar uma viagem extra do Atlantis, que já tinha sido retirado da programação, para 28 de junho.

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Voluntários da simulação de voo a Marte 'deixam planeta vermelho'

Eles deverão passar uma quarentena de três dias antes de poder abrir a escotilha e entrar no laboratório que simula a nave

Os voluntários da simulação de voo a Marte abandonaram nesta quarta-feira, 23, a "superfície" do planeta vermelho, primeira etapa da viagem simulada de volta à Terra, informou o Instituto de Problemas Biomédicos (IPBM) da Academia de Ciências da Rússia em Moscou, onde está sendo realizado o experimento.
O russo Aleksandr Smoléyevski, o ítalo-colombiano Diego Urbina e o chinês Wang Yue, após permanecer vários dias na simulação da superfície marciana, onde efetuaram três caminhadas, entraram no "módulo" rumo à nave interplanetária, à qual se acoplará na quinta-feira, 24.
No entanto, eles deverão passar uma quarentena de três dias antes de poder abrir a escotilha e entrar no laboratório que simula a nave.
Ali serão recebidos pelos outros três participantes do experimento Mars 500, os russos Alexei Sitev e Sujrob Kamólov e o francês Romain Charles, que permaneceram na "órbita marciana", à qual ingressaram no dia 1 de fevereiro.
O experimento, que começou no dia 3 de junho de 2010, serve para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo no espaço.
Seus participantes compartilharão durante um total de um ano e cinco meses os 550 metros cúbicos que somam os quatro módulos cilíndricos que conformam o simulador, situado no recinto do IPBM.
Permanecerão isolados do mundo exatamente o tempo que leva o voo de ida e volta a Marte, 490 dias, mais outros 30 de estadia simulada no planeta vermelho. O retorno dos cosmonautas à Terra está previsto para o dia 5 de novembro deste ano.
A Agência Espacial Europeia (ESA) e a russa Roscosmos lançaram em 2004 o projeto, ao que uniu-se posteriormente China e no qual também colaboram países como os Estados Unidos e Espanha.
Em novembro de 2007 se realizou o primeiro experimento preparatório no qual seis voluntários russos permaneceram isolados no exterior durante duas semanas, enquanto em julho do ano passado aconteceu uma simulação de voo ao planeta vermelho de 105 dias.

Nasa adia voo com satélite de observação da Terra

O lançamento do foguete Taurus XL, que levaria ao espaço um satélite de observação da Terra, foi postergado nesta quarta-feira na Califórnia (EUA).
O cancelamento do voo, por problemas técnicos, ocorreu a quinze minutos antes do horário previsto para a partida.
O satélite Glory ("glória", em inglês) vai cumprir uma missão com duração de três anos. Ele vai analisar o modo como as partículas da atmosfera afetam o clima da Terra e também monitorar se a atividade solar influencia o clima terrestre.
A próxima tentativa de lançamento será não antes de quinta-feira, às 8h09 (horário de Brasília).
Foto do foguete que levará ao espaço o satélite Glória; missão vai estudar interferências no clima da Terra
Foto do foguete que levará ao espaço o satélite Glória; missão vai estudar interferências no clima da Terra

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Nasa divulga imagem que mostra galáxias e nebulosas no céu da Suíça

Embora as luzes das cidades grandes atrapalhem a visualização em muitas partes do planeta, a Nasa divulgou nesta terça-feira, 22, uma imagem que ilustra de tudo que é possível ver no céu do hemisfério norte nessa época do ano.
Na foto, tirada na Suíça à meia-noite, eram visíveis galáxias - parte da Via-Láctea, a Galáxia de Andrômeda (M31) e a Galáxia Triangulum (M33). Também podiam ser observados aglomerados de estrelas incluindo NGC 752, M34, M35, M41, o aglomerado duplo e o aglomerado em colmeia (M44). Além disso tudo, também é possível ver nebulosas na imagem: nebulosa de Órion (M42), Nebulosa Rosette, nebulosa Pacman e outras.

No espaço desde 2004, sonda se aproxima da órbita de Mercúrio

Nas próximas semanas, a sonda Messenger, enviada ao espaço pela Nasa em 2004, deve entrar na órbita de Mercúrio, o menor planeta do Sistema Solar e também o mais próximo do Sol.
Como as temperaturas em Mercúrio chegam a 400ºC, um dos maiores desafios para a Nasa foi construir um isolamento térmico capaz de evitar que a sonda derreta ao chegar a seu destino.
"Fizemos uma espécie de sombrinha extremamente fina, como um biscoito. Ela mantém a temperatura exterior a mais de 315ºC, enquanto atrás da barreira, onde estão os equipamentos, ela fica por volta de 20ºC", afirmou à BBC o engenheiro Eric Finnegan, da Universidade Johns Hopkins (EUA).
Um dos maiores entraves para a Nasa na viagem a Mercúrio (foto) são as temperaturas que chegam a 400ºC
Um dos maiores entraves para a Nasa na viagem a Mercúrio (foto) são as temperaturas que chegam a 400ºC

O centro de controle, em Washington, está enviando os últimos comandos para reduzir a velocidade da nave. Qualquer erro nesta fase pode levar a sonda a se despedaçar na superfície de Mercúrio ou a se perder no espaço.
O próximo passo vai ser a ignição dos retrofoguetes para a entrada em órbita. Só então a sonda começará a observar Mercúrio de perto --embora já tenha enviado à Terra fotos nítidas da superfície do planeta.
Cientistas acreditam que, ao conhecer Mercúrio mais a fundo, será possível compreender melhor como a Terra e os outros planetas do sistema solar se formaram.

Voluntário sofre "queda em Marte" durante voo simulado

Dois voluntários da simulação de voo a Marte realizaram, nesta terça-feira, a terceira e última caminhada sobre a "superfície" do planeta vermelho, apesar de um deles ter sofrido uma lesão.
Às 6h59 do horário de Brasília, o cosmonauta russo Alexandr Smoléyevski e o ítalo-colombiano Diego Urbina abriram as escotilhas da cápsula e saíram ao módulo que simula a superfície do quarto planeta do sistema solar, informou a agência de notícias russa Itar-Tass.
Logo após pisar no "solo marciano", recriado nas instalações do IPBM (Instituto de Problemas Biomédicos) da Academia de Ciências da Rússia, em Moscou, a dupla cumprimentou em russo e inglês os habitantes da Terra e começaram com as tarefas previstas.
Smoléyevski e Urbina, que já realizaram juntos a primeira caminhada no último dia 14, tiveram que desprender dois pedaços de rocha com a ajuda de uma picadeira e uma broca, entre outras tarefas.
De volta ao módulo que simula a cápsula, o ítalo-colombiano fingiu tropeçar em uma pedra, caiu de costas e sofreu uma lesão.
Seu companheiro acudiu o colega imediatamente, ajudou-o a se levantar e a recolher a bolsa com as mostras de rocha e lhe acompanhou ao simulador da cápsula.
Ali esperaram pelo terceiro voluntário que pisou na "superfície" marciana, o chinês Wang Yue, que participou junto de Smoléyevski da caminhada anterior, realizada na última sexta-feira.
Da mesma forma que nas duas saídas anteriores, nesta caminhada, que durou cerca de 45 minutos, os voluntários vestiram escafandros russos Orlan-M, especialmente modificados para o experimento.
QUARENTENA
O trio retornará na quarta-feira à "órbita marciana" a bordo do módulo, que 24 horas mais tarde vai se acoplar de novo à "nave espacial".
No entanto, eles devem passar por uma quarentena de três dias antes de abrirem as escotilhas e terem acesso ao interior do laboratório que simula a nave.
No laboratório serão recebidos pelos outros três participantes do experimento Marte-500, os russos Alexéi Sitev e Sujrob Kamólov e o francês Romain Charles, que permaneceram na "órbita marciana", na qual ingressaram no último dia 1º.
O experimento, que começou em junho de 2010, serve para estudar a compatibilidade psicológica e a tolerância dos membros de uma tripulação durante um voo no espaço.
Seus participantes compartilharão, durante um total de quase um ano e meio, os 550 metros cúbicos que somam os quatro módulos cilíndricos que compõem o simulador, situado em IPBM.
Os cosmonautas permanecerão isolados do mundo exatamente pelo tempo que leva o voo de ida e volta a Marte, 490 dias, mais outros 30 de estadia simulada no planeta vermelho.
A ESA (Agência Espacial Europeia) e a russa Roscosmos lançaram em 2004 o ambicioso projeto, ao qual se uniu posteriormente China, e que conta com a colaboração de países como os Estados Unidos e Espanha.
Em novembro de 2007 foi realizado um primeiro experimento preparatório no qual seis voluntários russos permaneceram isolados do exterior durante duas semanas. Em julho de 2010, organizou-se uma simulação de voo ao planeta vermelho de 105 dias.

Aurora boreal ilumina céu da Noruega; veja imagem

Fotos divulgadas nesta segunda-feira mostram a aurora boreal iluminando o céu de várias localidades da Noruega, como a vila Grotfjord e, mais recentemente, a cidade de Ersfjordbotn.
O fenômeno é criado a partir da colisão de partículas elétricas que são liberadas em explosões que acontecessem na superfície do Sol.
Quando chegam aos campos magnéticos da Terra, algumas dessas partículas ficam retidas e se chocam com moléculas e átomos presentes na atmosfera, o que gera a luminosidade.
Aurora é gerada por colisão de partículas do Sol e moléculas e átomos da atmosferra terrestre
Aurora é gerada por colisão de partículas do Sol e moléculas e átomos da atmosferra terrestre

Tripulantes do Discovery já estão no Centro Espacial Kennedy

Os seis astronautas que integram a missão do Discovery chegaram no domingo ao Centro Espacial Kennedy da Nasa em Cabo Canaveral, na Flórida (EUA), para dar início aos preparativos de lançamento da nave na próxima quinta-feira.
O comandante Steve Lindsey, o piloto Eric Boe e os especialistas Alvin Drew, Michael Barratt, Nicole Stott e Steve Bowen ficarão no centro espacial de onde vão partir em direção à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em uma missão de 11 dias. "Estamos prontos para viajar", garantiu Stott
Os seis astronautas que integram a missão do Discovery chegaram ao Centro Espacial Kennedy, na Flórida
Os seis astronautas que integram a missão do Discovery chegaram ao Centro Espacial Kennedy, na Flórida

Os astronautas chegaram à Flórida em aviões supersônicos da Nasa, que decolaram das instalações de treinamento do Centro Espacial Johnson Space, em Houston.
Nos próximos dias, os seis astronautas serão submetidos a reconhecimentos e revisarão os últimos detalhes da missão enquanto fazem exercícios de última hora.
A contagem regressiva para o lançamento começa na tarde desta segunda-feira, às 15h no horário local da costa leste (18h de Brasília), e o lançamento, se não houver nenhum contratempo e as condições climatológicas permitirem, está previsto para o dia 24, às 16h50 no horário local (19h50 de Brasília).
O ônibus espacial Discovery já se encontra na plataforma de lançamento 39A. Os técnicos revisaram toda a nave após nove atrasos no calendário, primeiro por um vazamento de hidrogênio, depois por uma falha elétrica e, posteriormente, pelo descobrimento de fendas no tanque de combustível externo.

Núcleo da Terra gira mais devagar do que se pensava até agora

Um grupo de geofísicos descobriu que o núcleo da Terra gira mais devagar do que se acreditava previamente, afetando o campo magnético, indica um artigo publicado na revista "Nature Geoscience".
O estudo desenvolvido pelo Departamento de Ciências da Terra da Universidade de Cambridge (Reino Unido) detalha que o núcleo do planeta se move mais lentamente do que o grau anual anteriormente considerado, e a velocidade de rotação é inferior a um grau a cada um milhão de anos.
O núcleo interno da Terra cresce mais devagar na medida em que o fluido externo vai se solidificando sobre a superfície do núcleo externo, afirma a pesquisa de Lauren Waszek, e a diferença na velocidade hemisférica leste-oeste deste processo fica congelada na estrutura do núcleo interno.
"Descobrimos que a velocidade de rotação provém da evolução da estrutura hemisférica, e assim demonstramos que os hemisférios e a rotação são compatíveis", explica Waszek.
Até agora, assinalou a cientista, este era um importante problema para a geofísica. "As rápidas velocidades de rotação eram incompatíveis com os hemisférios observados no núcleo interno, não permitiam tempo suficiente para que as diferenças congelassem a estrutura."
Para obter estes resultados, os cientistas utilizaram ondas sísmicas que cruzaram o núcleo interno, 5.200 quilômetros abaixo da superfície da Terra, e as compararam com o tempo de viagem das ondas refletidas na superfície do núcleo.
Posteriormente, observaram as diferenças na rotação dos hemisférios leste e oeste, e comprovaram que giram de maneira consistente em direção a leste e para dentro, por isso que a estrutura mais profunda é a mais velha.
A descoberta é importante porque o calor produzido durante a solidificação e o crescimento do núcleo interno dirige a convecção do fluido nas camadas externas do núcleo.
Os fluxos de calor são os que encontram os campos magnéticos, que protegem a superfície terrestre da radiação solar e sem os quais não haveria vida na Terra.
Waszek disse sobre os resultados: "Eles presentam uma perspectiva adicional para compreender a evolução do nosso campo magnético."
Geofísicos do Reino Unido descobriram que núcleo da Terra gira mais devagar, afetando o campo magnético
Geofísicos do Reino Unido descobriram que núcleo da Terra gira mais devagar, afetando o campo magnético

domingo, 20 de fevereiro de 2011

Iluminação de Brasília reduz visualização de estrelas no céu

O brasiliense Marcelo Domingues, 39, sabe bem qual é a dor de perder o céu. Astrônomo amador, ele se mudou há dez anos para um condomínio em Sobradinho, cidade-satélite da capital, onde passava as noites observando as estrelas. Até que a companhia elétrica local mexeu na iluminação pública. "Destruiu tudo", resume.
A luz dos postes passou a ofuscar os astros e Domingues ficou sem seu local privilegiado de observação.
O outrora famoso céu noturno de Brasília é uma vítima do crescimento urbano das duas últimas décadas. Ele veio acompanhado da expansão da iluminação pública: 3,4 milhões de postes novos só entre 2000 e 2008.
O problema é que essa iluminação é ineficiente. Os postes jogam a luz em todas as direções, inclusive para cima. Isso privou as cidades da visão das estrelas.
Em Brasília, por exemplo, era possível observar a olho nu a Via Láctea e quase 2.000 estrelas por ano no começo da década de 1990. Hoje, o número caiu para 150.
As primeiras vítimas dessa poluição luminosa, claro, são os astrônomos.
A Universidade de Brasília tem um observatório didático na cidade que ficou parcialmente inutilizado. "Em dez anos qualquer observação ficará inviável", diz o físico José Leonardo Ferreira.




A USP passou por esse problema já nos anos 1990, quando foi obrigada a mover seu observatório de Valinhos, região de Campinas, para Brazópolis (MG).
A cidade abriga o maior telescópio do país, do Pico dos Dias, no LNA (Laboratório Nacional de Astrofísica).
O pico, porém, também foi alcançado pelas luzes. Segundo um cálculo do engenheiro do LNA Saulo Gargaglioni, a poluição luminosa das cidades vizinhas faz com que o espelho de 1,6 metro de diâmetro do telescópio tenha a potência real de 1,3 metro.
DESPERDÍCIO
Mas não são apenas astrônomos e casais apaixonados que perdem com a poluição luminosa. Ela também causa danos reais ao bolso do consumidor de energia.
"As luminárias comuns desperdiçam de 30% a 35% da luz", diz o astrônomo amador mineiro Tasso Napoleão. "Com um anteparo nas luminárias, poderiam usar lâmpadas de menor potência e economizar dinheiro".Foi o que se fez na República Tcheca, primeiro país do mundo a aprovar uma lei contra a poluição luminosa, e na região italiana da Lombardia. Em ambos os lugares, a substituição da iluminação pública devolveu várias estrelas à população.
No Brasil, segundo Marcel da Costa Siqueira, gerente de Eficiência Energética em Iluminação Pública da Eletrobras, existe uma norma técnica que aborda o assunto, mas "sem caráter restritivo".
Saulo Gargaglioni, do LNA, propôs na sua dissertação de mestrado, na Universidade Federal de Itajubá, um rascunho de lei nacional sobre o tema. "Não deu em nada", conforma-se.
Sem poder salvar o céu do país, o LNA tenta um acordo para mudar a iluminação urbana dos vizinhos. Nos bairros novos, tem dado certo.

Astrônomo amador Marcelo Domingues não vê tantas estrelas desde que a companhia elétrica mexeu na iluminação pública
Astrônomo amador Marcelo Domingues não vê tantas estrelas desde que a companhia elétrica mexeu na iluminação pública

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Imagens da missão Stardust-NExT ao cometa Tempel-1.

A sonda Stardust-NExT da Nasa se encontrou com o cometa Tempel 1 na segunda-feira, 14. O objetivo desse encontro foi estudar pela primeira vez as mudanças na superfície do corpo celeste que circula entre as órbitas de Marte e Júpiter. A mídia norte-americana fez diversas alusões ao "romântico encontro de dia dos namorados", pois segunda foi comemorado o Dia de São Valentim.
As 72 fotos tiradas pela sonda, segundo a Nasa, permitem aos cientistas compreender melhor a estrutura do cometa, que tem um núcleo frágil. Durante a aproximação, também foi possível acumular 468 kilobytes de informações sobre a poeira da cauda, que é a atmosfera do cometa.


Os dados desse novo empreendimento vão fornecer informações importantes sobre como se formam e evoluem a família de cometas de Júpiter, disse a Nasa em comunicado.
A sonda continuará o trabalho de pesquisa sobre o cometa que começou em julho de 2005, quando a nave espacial Deep Impact lançou um projétil na superfície dele para estudar sua composição por meio do material desprendido na colisão.
A Stardust-NExT conta com sistemas capazes de capturar imagens da cratera criada pelo projétil, o que, segundo esperam os cientistas, deve fornecer uma grande quantidade de informações que lance luz sobre a formação dos cometas.
O encontro ocorreu a 336 milhões de quilômetros da Terra, quando a sonda esteve quase do lado oposto do Sistema Solar. Durante o sobrevoo, a Stardust-NExT capturou 72 imagens, que serão armazenadas em um computador de bordo e, em seguida, enviadas à Terra para processamento.

Foguete Ariane é lançado para a Estação Espacial Internacional



Nave não-tripulada irá fornecer combustível, alimentação, vestuário e oxigênio para a tripulação da ISS
Um foguete europeu Ariane foi lançado na Guiana Francesa na quarta-feira, 16, carregando suprimentos à Estação Espacial Internacional, disseram autoridades.  
Construída por um consórcio industrial liderado pela EADS Astrium, uma divisão da gigante europeia EADS, a nave não-tripulada foi projetada para fornecer combustível, alimentação, vestuário e oxigênio para a tripulação da estação internacional, bem como repor peças.
Uma primeira tentativa de lançamento foi abortada na terça-feira por problemas técnicos. A nave de carga deve acoplar com a estação internacional em oito dias. 
Essa foto foi tirada pelo astronauta Paolo Nespoli da ISS minutos após o lançamento do foguete europeu, que deve chegar à estação espacial dentro de sete dias

Agência espacial mostra a bota da Itália vista do espaço

Conhecida por seu formato de bota, a Itália foi fotografada pelo satélite Envisat que pertence às pesquisas no espaço realizadas pela ESA (Agência Espacial Europeia).
A imagem --tirada em 25 de janeiro e divulgada nesta sexta-feira-- mostra a cordilheira dos Apeninos, que está coberta de neve e aparece em branco na imagem. Na ponta da Itália, vê-se a ilha da Sicília.
A península italiana é cercada pelo mar Tirreno (em azul, à esquerda na foto), pelo mar Jônico (à direita, embaixo) e pelo mar Adriático (à direita, em cima).
No litoral direito da bota, a área verde-clara indica sedimentos que são carregados até o mar pelos rios, e que acabam se espalhando pela costa com a ação das correntes oceânicas.
Imagem da Itália tirada por satélite da Agência Espacial Europeia em 25 de janeiro e divulgada nesta sexta-feira
Imagem da Itália tirada por satélite da Agência Espacial Europeia em 25 de janeiro e divulgada nesta sexta-feira

Telescópio mira em nebulosa América do Norte; veja imagem

Durante o trabalho de vasculhar o espaço, o telescópio Spitzer e o sistema Digitized Sky Survey (Pesquisa Digitalizada do Céu) fotografaram a nebulosa América do Norte na última quarta-feira. A imagem foi divulgada pela agência espacial americana, a Nasa.
A nebulosa América do Norte ganhou esse nome pela sua semelhança com o continente norte-americano, que na foto é representada em tonalidades azuis, à esquerda.
A luz infravermelha, em vermelho e verde, pode penetrar na poeira cósmica e localizar conglomerados de estrelas escondidas.
Na área que seria equivalente ao "golfo do México" da nebulosa, as nuvens de poeiras são mais densas e, na imagem, aparecem mais escuras.
Há estrelas jovens com cerca de um milhão de anos e também mais velhas, com idade entre três a cinco milhões de anos.
Nebulosa ganhou nome pela semelhança com o continente da América do Norte; na foto, aparece em azul
Nebulosa ganhou nome pela semelhança com o continente da América do Norte; na foto, aparece em azul

Hibernação humana pode ser solução para viagens espaciais

Hibernar pode ser uma solução para que o corpo humano resista a uma viagem espacial de longa distância, uma opção sugerida por um grupo de cientistas que analisou o processo de hibernação dos ursos negros do Alasca.
Cientistas da Universidade do Alasca descobriram que os ursos negros reduzem levemente sua temperatura corporal durante esse período, mas sua atividade metabólica fica muito abaixo dos níveis de outros animais que também hibernam.
Segundo seus autores, esta descoberta, apresentada na reunião anual da AAAS (Associação Americana para o Avanço da Ciência), foi inesperada. Os processos químicos e biológicos de um organismo se desaceleram normalmente em 50% por cada dez graus de redução da temperatura corporal.
No entanto, segundo o estudo publicado nesta semana na revista "Science", a temperatura corporal destes ursos diminuiu só cinco ou seis graus e seu metabolismo se desacelerou em 75% em comparação com sua atividade normal.
Durante o período de hibernação, os ursos passam de cinco a sete meses sem comer, beber, urinar ou defecar.
Neste período, esses animais respiram apenas uma ou duas vezes por minuto e seu coração se desacelera entre as respirações.
Além disso, os cientistas descobriram que a atividade metabólica dos ursos continuou em níveis mais baixos várias semanas após o fim da hibernação.
Esta descoberta levou os pesquisadores a pensar que isso poderia ser útil para os humanos no futuro, e constataram que a aplicação dos mecanismos de supressão metabólica em situações de emergência poderia salvar vidas.
"Uma rápida redução da atividade metabólica das vítimas de um derrame cerebral ou de um ataque cardíaco poderia deixar o paciente em um estado estável e protegido, o que daria aos médicos mais tempo para tratá-lo", revelou um dos pesquisadores.
A descoberta também poderia ser útil para uma longa viagem espacial, pois, se o corpo humano pudesse alcançar este tipo de hibernação, a viagem a um planeta distante ou a um asteroide poderia ser mais suportável para os astronautas.

Brasil prepara lançamento inédito de foguete já em 2012


O Brasil prepara, para 2012, um feito inédito em seu programa espacial. Pela primeira vez, vai colocar no espaço, a partir do seu próprio solo, um foguete com um satélite a bordo.
Trata-se do Cyclone-4, foguete de fabricação ucraniana que deve ser lançado no ano que vem da base de Alcântara (MA), em uma parceria que começou a ser orquestrada em 2003. Pelo acordo, o Brasil entra com a base, e a Ucrânia, com a tecnologia do foguete.
Um lançamento bem-sucedido pode elevar o status dos dois países no cenário espacial global. No entanto, um dos dilemas do programa é quanto ao uso que o Brasil poderá dar ao Cyclone-4. Alguns especialistas ouvidos pela BBC Brasil consideram "altamente questionável" sua viabilidade comercial.
Uma questão-chave é a capacidade limitada de carga do Cyclone-4: para a chamada órbita geoestacionária, em que o satélite fica a 36 mil quilômetros de altitude e parado em relação a um ponto na superfície da Terra, o foguete só consegue levar carga de 1.600 quilos, o que é considerado insuficiente para muitos satélites de comunicação.
"O programa foi inicialmente proposto como uma empreitada de cunho comercial, e que deveria se sustentar com a venda dos serviços de lançamentos de satélites. Mas sua evolução não corrobora essa hipótese", diz José Nivaldo Hinckel, coordenador do departamento de mecânica espacial do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).

Centro espacial em Dnipropetrovski, na Ucrânia, onde está sendo construído o Cyclone-4; veja galeria de fotos

MERCADO
Fontes ligadas à ACS, empresa binacional criada pela parceria Brasil-Ucrânia, admitem que será necessário encontrar um "nicho de mercado" para o Cyclone-4, já que muitos satélites públicos e privados não cabem no foguete. Mas a empresa diz que já está participando de concorrências internacionais e que negocia qual satélite participará do lançamento inicial do foguete.
Para Carlos Ganem, presidente da AEB (Agência Espacial Brasileira), o programa com a Ucrânia "inaugura um tempo novo" para o Brasil e permitirá que o país usufrua de sua vantagem geográfica.
Como Alcântara fica próxima à linha do Equador, lançamentos feitos ali permitem o uso eficiente do movimento de rotação da Terra, gastando 30% a menos de combustível no envio de foguetes ao espaço.
Além de serem considerados importantes pelo uso em telecomunicações, os satélites são muito usados para coletar informações sobre clima, navegação, ocupação de solo e monitoramento da região amazônica.
"São essenciais para que o Brasil exerça sua autonomia", opinou Ganem, dizendo que o país ambiciona ter satélites feitos em parceria com Argentina e África do Sul que possam ser lançados em Alcântara.
Para Hinckel, do Inpe, porém, "é difícil justificar um programa espacial autônomo (como o do Cyclone) sem que o segmento de comunicações geoestacionárias seja contemplado".
Fernando Catalano, professor de engenharia aeronáutica da USP de São Carlos, disse achar importante o desenvolvimento proporcionado à base de Alcântara, mas considera improvável que o lançador traga lucros de curto prazo para o Brasil ou que elimine a dependência do país para lançamentos de satélites.
PREPARATIVOS
Do lado brasileiro, a ACS diz que está preparando a parte estrutural de Alcântara para o lançamento do Cyclone-4.
Já do lado da Ucrânia, 16 empresas estão contribuindo para a construção do foguete, na cidade de Dnipropetrovsk (centro-leste do país). Segundo os projetistas, essa versão do Cyclone terá alta precisão e um aumento de 30% na capacidade de carregar combustível. O artefato terá vida útil estimada de entre 15 e 20 anos. Para Ganem, trata-se de "um lançador confiável, da escola soviética".
Para Catalano, é um foguete não muito grande nem muito caro, e a família Cyclone, existente desde 1969, tem um histórico bem-sucedido (em 226 testes de lançamento, houve apenas seis falhas).
Segundo a ACS, outro ponto importante é que não haverá contato humano com o foguete na base. Isso impediria a repetição do ocorrido em 2003, quando uma explosão no VLS (Veículo Lançador de Satélites) resultou na morte de 21 técnicos em Alcântara.
No entanto, Hinckel cita preocupações com o combustível propelente "altamente tóxico" que será usado no lançamento. A ACS alega que não haverá manuseio do combustível -viria da China, via navio--, apenas de seu recipiente.
Em aparente mostra da preocupação com a viabilidade comercial do projeto, telegramas diplomáticos divulgados pelo site WikiLeaks apontaram recentemente que a Ucrânia sugeriu aos Estados Unidos que lançassem seus satélites a partir de Alcântara.
Os documentos indicam que os americanos condicionaram seu interesse pela base à não transferência de tecnologia ucraniana de foguetes ao Brasil.
O embaixador ucraniano em Brasília, Ihor Hrushko, disse à BBC Brasil (em entrevista prévia ao vazamento do WikiLeaks) que formalmente não há acordo para a transferência de tecnologia no Cyclone-4, mas sim expectativa de que a parceria bilateral continue "para que trabalhemos em conjunto em outros processos".
"É um processo duradouro, de anos", disse o embaixador a respeito de transferência de tecnologia.
Ele afirma, porém, que o Brasil é o "sócio mais importante" da Ucrânia no continente --tanto que, em 10 de janeiro, o presidente do país, Viktor Yanukovich, telefonou
à presidente Dilma Rousseff para falar sobre a expectativa de criar uma "parceria estratégica" com o Brasil a partir do foguete --os dois presidentes esperam estar presentes no lançamento do artefato.
A ACS, por sua vez, afirmou que a expectativa de transferência de tecnologia existe, mas ressaltou que não é esse o objetivo do tratado binacional.
Ainda que o intercâmbio tecnológico seja considerado importante para os especialistas consultados pela BBC Brasil, alguns destacam que a não transferência acabou estimulando o desenvolvimento de tecnologias brasileiras.
É o caso do satélite CBERS-3, que será lançado na China em outubro, com o objetivo de monitoramento ambiental e controle da Amazônia: suas câmeras foram produzidas em São Carlos (SP), com tecnologia nacional da empresa Opto.

Imagem tirada por telescópio mostra disco de estrelas e poeira

A Nasa, agência espacial americana, divulgou nesta quinta-feira uma imagem em formato de disco feita pelo telescópio espacial Hubble em 2010, com quatro diferentes filtros de luz ultravioleta.
A foto é, na verdade, o registro de várias estrelas e camadas de poeira estelar que estão na galáxia espiral NGC 2841.
Com uma formação de estrelas relativamente baixa se comparado a outras espirais, a NGC 2841 fica a 46 milhões de anos-luz da constelação Ursa Maior.
Foto de 2010, divulgada nesta quinta-feira, feita pelo telescópio espacial Hubble mostra galáxia espiral NGC 2841
Foto de 2010, divulgada nesta quinta-feira, feita pelo telescópio espacial Hubble mostra galáxia espiral NGC 2841

quinta-feira, 17 de fevereiro de 2011

Cosmonautas da ISS perdem ferramenta no espaço; veja vídeo

Os cosmonautas russos Dmitri Kondratiev e Oleg Skripochka fizeram uma caminhada espacial na quarta-feira para instalar novos sensores de terremotos e relâmpagos na Estação Espacial Internacional
Cercados de medidas de segurança, eles passaram praticamente seis horas trabalhando do lado de fora da estação
A operação foi bem-sucedida, embora uma ferramenta tenha sido perdida
Durante a caminhada espacial, também retiraram dois painéis com amostras de diversos metais, que tinham sido instalados no exterior da estação para testar quais os mais indicados para construções espaciais.
Com a visão privilegiada do oceano Pacífico ao fundo, a mais de 350 quilômetros da Terra, Kondratiev fotografou as instalações elétricas de outro experimento no exterior da estação.
As operações dos cosmonautas foram bem, mas nas imagens da TV Nasa, é possível ver um objeto flutuando lentamente para o espaço sideral.

Imagens da Nasa mostram grande explosão solar


A mais forte explosão na superfície do Sol dos últimos quatro anos foi registrada por observadores recentemente.
A erupção emitiu um intenso feixe luminoso em direção à Terra. O fenômeno, chamado de "X-flare" pelos cientistas, é do tipo mais forte e pode afetar as comunicações aqui na Terra.

O Observatório de Dinâmica Solar da Nasa (SDO, na sigla em inglês) gravou na última terça-feira imagens da chama intensa, com extrema radiação ultravioleta sendo emanada a partir de um ponto do Sol.


Explosão no Sol é a mais forte dos últimos anos; erupções devem chegar ao campo magnético da Terra
Explosão no Sol é a mais forte dos últimos anos; erupções devem chegar ao campo magnético da Terra

As erupções devem chegar ao campo magnético da Terra nos próximos dias, causando um aumento da atividade geomagnética.
O Serviço Geológico Britânico (BGS) emitiu um alerta, dizendo que luzes noturnas decorrentes da atividade solar podem ser observadas no norte do Reino Unido e que esse tipo de atividade radioativa pode afetar nossas comunicações e navegação via satélite, redes elétricas e operações de aeronaves que voam em altitudes elevadas.
Especialistas dizem que o Sol está "acordando", após um período de diversos anos de pouca atividade. As erupções e consequentes feixes luminosos são causados por uma repentina liberação de energia magnética guardada na atmosfera solar.
O BGS acredita que o estudo das atividades solares prévias pode ajudar a estabelecer previsões sobre feixes futuros e evitar eventuais danos a infraestruturas terrestres.
Em 1972, uma tempestade geomagnética provocada por um feixe solar derrubou a rede de comunicações do Estado americano de Illinois.
E, em 1989, a rede elétrica de Québec, no Canadá, foi prejudicada pela atividade solar.

Foguete com suprimentos segue em direção à estação espacial

Foguete com suprimentos segue em direção à estação espacial
O foguete europeu Ariane foi lançado na Guiana Francesa, na quarta-feira, carregando suprimentos à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), disseram autoridades.
Construída por um consórcio industrial liderado pela EADS Astrium, uma divisão da gigante europeia EADS, a nave não tripulada foi projetada para fornecer combustível, alimentação, vestuário e oxigênio para a tripulação da estação internacional, bem como repor peças.
Uma primeira tentativa de lançamento foi abortada um dia antes do lançamento por problemas técnicos.
A nave de carga deve acoplar com a ISS em oito dias.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Cratera de Marte tem contornos azulados em foto da Nasa

A Nasa (agência espacial americana) divulgou em seu site a imagem ampliada de uma cratera de Marte.
Divulgada pela primeira vez em 2007, mostra o interior da cratera que fica na região sul do planeta vermelho.
Dunas escuras (à esquerda na foto), que são areias carregadas pelo vento, estão acumuladas no fundo do local e constrastam com as camadas brilhantes da cratera.
Já as pequenas ondulações (à dir.) também são desenhadas pela ação do vento.
Foto de cratera mostra dunas de areia (à esq., no alto) e ondas (à dir.) que são formadas pela ação do vento
Foto de cratera mostra dunas de areia (à esq., no alto) e ondas (à dir.) que são formadas pela ação do vento

Cosmonautas começam caminhada espacial fora da ISS

Dois dos seis tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) --os russos Oleg Skripochka e Dmitri Kondratiev --começaram nesta quarta-feira uma caminhada espacial na plataforma orbital, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.
Os cosmonautas saíram ao espaço por meio da escotilha do módulo russo Pirs, que foi aberta com atraso de 15 minutos em relação ao horário previsto (11h15 de Brasília), disse um porta-voz do CCVE, citado pelas agências de notícias russas.
Durante a caminhada, que terá duração de cerca de seis horas, Skripochka e Kondratiev devem montar e conectar várias equipamentos científicas do módulo russo Zvezda.
Outra tarefa que será completada pelos dois cosmonautas, que realizam nesta quarta sua segunda caminhada espacial neste ano, é retirar da superfície do módulo Zaria um contêiner com amostras de materiais e desmontar uma pequena plataforma usada de apoio nas saídas anteriores.
O programa inicial da caminhada incluía o lançamento manual pelos cosmonautas do microsatélite Kedr, mas este ficou adiado para abril, mês quando se comemoram os 50 anos do voo de Yuri Gagarin, o primeiro homem que voou ao espaço.
O aparelho, de 30 quilos, transmitirá 25 frases de saudação em 15 idiomas, fotografias da Terra e mensagens de rádio no aniversário da façanha de Gagarin.
"Seu lançamento será mais oportuno uma vez que se cumpra o cinquentenário do voo de Yuri Gagarin", disse à agência Interfax Sergey Samburov, responsável pela experiência, que negou que o adiamento obedeça a outros motivos.
A caminhada espacial de Skripochka e Kondratiev é supervisionada a partir do interior da ISS pelos outros quatro tripulantes da plataforma: o russo Aleksandr Kaleri, os americanos Catherine Coleman e Scott Kelly e o italiano Paolo Nespoli.
Cosmonautas Dmitri Kondratiev e Oleg Skripochka fazem manutenção da Estação Espacial Internacional
Cosmonautas Dmitri Kondratiev e Oleg Skripochka fazem manutenção da Estação Espacial Internacional

Observatório fotografa nebulosa perto das "Três Marias"

O telescópio MPG/ESO do Observatório La Silla, no Chile, fotografou a nebulosa Messier 78.
A imagem, divulgada nesta quarta-feira, mostra uma nuvem de poeira e gás que reflete a radiação ultravioleta de estrelas que ficam ao redor.
A Messier 78 pode ser observada por um telescópio pequeno, segundo o ESO (Observatório Europeu do Sul), por ser uma das mais nebulosas que mais reflete luz no espaço. Para vê-la, mire para o grupo de estrelas "Três Marias".
A nebulosa fica a aproximadamente 1.350 anos-luz da Terra, na constelação de Órion.
A foto participou do concurso de astrofotografia Hiden Treasures 2010 ("Tesouros Escondidos"), promovido pelo ESO, e foi feita pelo russo Igor Chekalin.
Nebulosa Messier 78 pode ser observada por um telescópio pequeno; ela fica nas imediações das "Três Marias"
Nebulosa Messier 78 pode ser observada por um telescópio pequeno; ela fica nas imediações das "Três Marias"

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Obama propõe congelar orçamento da Nasa no próximo ano

 Congelamento das despesas não obrigatórias é parte dos esforços do governo para reduzir o déficit público
O Governo dos Estados Unidos propôs nesta segunda-feira, 14, congelar o orçamento da Nasa e dedicar à agência espacial US$ 18,7 bilhões para o ano fiscal de 2012, a mesma quantidade de 2010.
Como parte dos esforços do governo para reduzir o déficit público, o presidente Barack Obama anunciou o congelamento das despesas não obrigatórias por cinco anos, que afetará algumas agências como a Nasa.
O orçamento da agência espacial inclui US$ 4,3 bilhões para o programa de naves espaciais, que concluirá este ano após 30 anos, e atividades relacionadas com a Estação Espacial Internacional (ISS), um projeto partilhado por 16 nações, que estará em funcionamento até 2020.
Também inclui US$ 5 bilhões para financiar projetos científicos, US$ 3,9 bilhões para desenvolver sistemas para futuras explorações e US$ 569 milhões para pesquisa aeronáutica.
Este orçamento "mantém nosso compromisso com os voos tripulados e nos permitirá continuar com as pesquisas científicas pendentes, a pesquisa aeronáutica e fomentar educação", disse o diretor da Nasa, Charles Bolden.
A proposta para o ano fiscal de 2012, que começará no dia 1º de outubro de 2011, é preliminar, já que ainda tem que passar pelo Congresso onde pode ser submetida à mudanças.
Caso se confirmar, cada americano dedicará US$ 33 de seus impostos federais à Nasa, segundo cálculos do portal Space.com, frente aos US$ 1.192 que uma família com uma renda média (US$ 49.777, segundo o Escritório do Censo) dedica à despesa militar.
A diretora do escritório financeira da Nasa, Elizabeth Robinson, reconheceu em entrevista coletiva que tiveram que "tomar algumas decisões difíceis", mas estão buscando novas formas para associar-se com a empresa privada para facilitar o transporte de tripulação e carga à ISS e desenvolver novos projetos.
Durante o ano fiscal de 2012 a agência prevê iniciar o Laboratório Cientista de Marte e prosseguir as pesquisas abertas em uma ampla gama de campos da astrofísica, heliofísica e missões científicas na Terra.

Japão planeja enviar humanoide à estação espacial

O Japão planeja enviar um robô humanoide à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) capaz de comunicar-se com os astronautas, receber informação do centro de controle e enviar mensagens para o Twitter.
Um porta-voz da Agência de Prospecção Aeroespacial do Japão (Jaxa) indicou nesta terça-feira à agência de notícias Efe que o projeto levará cerca de um ano, durante o qual serão examinados detalhes técnicos como o tamanho do androide, que poderia ter altura inferior a meio metro.
O objetivo é criar um robô que se comunique com os astronautas e combata os problemas de isolamento, uma função que no futuro poderia ser aplicada com robôs utilizados no cuidado de idosos, disse o porta-voz.
Embora a Jaxa não tenha detalhado a possível data de envio à ISS, a edição digital do jornal "Nikkei" indica que poderia ser a partir de 2013.
O jornal assinala que o robô poderá medir o nível de estresse dos habitantes da ISS com base em suas expressões faciais e tom de pele, além de receber instruções do centro de controle enquanto os astronautas dormem, e comunicá-las quando acordam.
O projeto está sendo desenvolvido pela Jaxa em colaboração com a Universidade de Tóquio e a empresa japonesa Dentsu.
O envio à ISS do robô espacial japonês seguirá um projeto similar da Nasa, que em fevereiro deve enviar o androide Robonauta (R2) à estação, para ajudar nos trabalhos de manutenção.
Desenvolvido pela Nasa e a empresa General Motors, o Robonauta se transformará no primeiro androide a viajar ao espaço e, como o que prepara o Japão, terá sua própria conta no Twitter para narrar sua aventura espacial.

Engenheiro da Nasa exibe o androide Robonauta, que parte para a ISS neste mês no ônibus espacial Discovery
Engenheiro da Nasa exibe o androide Robonauta, que parte para a ISS neste mês no ônibus espacial Discovery

Nasa tira fotos de cometa do tamanho de meia Manhattan

A Nasa (agência espacial americana) cumpriu sua missão de fotografar o Tempel 1 na última segunda-feira --data do Dia dos Namorados nos EUA (o Valentine's Day).
O cometa, de tamanho equivalente a meia Manhattan, centro de Nova York, estava a uma velocidade de 3.8624 km/h e, em determinado momento, ficou a apenas 180 km de distância da sonda Stardust-NExt --mais perto do que os cientistas calcularam.
A previsão inicial era de que 72 fotos seriam feitas, mas os controladores da missão em terra ficaram mesmo intrigados com a ordem das imagens, que deu errado. As primeiras seriam cinco closes do núcleo do Tempel 1. No lugar, surgiram fotos do cometa como se fosse somente um minúsculo ponto no espaço.
"Nós ainda não entendemos completamente por que isso não funcionou da maneira que planejamos", disse Chris Jones, diretor associado do Jet Propulsion Laboratory, que acompanhou a missão.
Todas as imagens foram armazenadas a bordo do voo rasante feita pela Stardust-NExt. "Elas não estão perdidas", informou Jones.
Os cometas são como arquivos vivos do espaço, porque podem conter material que daria indícios de como se processou o nascimento do Sistema Solar.
Ilustração mostra como foi a aproximação da sonda Stardust-NExt e o cometa Tempel 1
Ilustração mostra como foi a aproximação da sonda Stardust-NExt e o cometa Tempel 1

Cosmonautas simulam caminhada em Marte

A ida do homem a Marte ainda é um sonho distante, mas seis cosmonautas concluíram uma jornada simulada ao planeta vermelho, com direito a uma caminhada pela sua superfície.
O objetivo da simulação inédita foi prever os efeitos físicos e psicológicos que a expedição teria sobre seus tripulantes.
Depois de passarem oito meses em isolamento, os cosmonautas --de nacionalidades russa, francesa, chinesa e italiana-- simularam a chegada a Marte, vestiram trajes especiais e "fingiram" coletar amostras do planeta.
A viagem real a Marte também duraria estimados oito meses, só de ida.
Dada a complexidade e os altos custos da missão, acredita-se que uma expedição de verdade ao planeta ainda levará décadas para ser concretizada.
Cosmonautas simulam caminhada em Marte; viagem real duraria oito meses
Cosmonautas simulam caminhada em Marte; viagem real duraria oito meses

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Missão simulada está pronta para andar no solo de Marte

Os seis voluntários que participam da viagem simulada a Marte estão há 257dias "voando no espaço". E, finalmente nesta segunda-feira, três deles poderão sair do confinamento e colocar os pés na superfície do planeta vermelho --pelo menos de mentirinha, já que a tripulação se encontra, na verdade, em Moscou.
Como parte do experimento, eles vão fincar bandeiras no solo, coletar amostras de rochas e testar equipamentos científicos.
A equipe --formada por três russos, um francês, um colombiano naturalizado italiano e um chinês-- entrou no módulo construído na Rússia em junho de 2010. O objetivo é reproduzir as condições de um voo espacial de 520 dias.
Psicólogos dizem que confinamentos longos colocam os integrantes do voo em situações de extremo estresse à medida que ficam cansados uns dos outros.
Segundo eles, as condições mentais podem ser bem desafiadoras, já que a tripulação não vivencia nenhuma euforia ou perigo de um voo real.
A viagem a Marte ainda não ocorreu até agora devido aos altos custos e problemas tecnológicos de grande porte. O presidente dos EUA, Barack Obama, entretanto, disse em janeiro que espera o envio de astronautas à órbita de Marte até a metade de 2030.
A simulação é realizada pelo Instituto de Problemas Biomédicos de Moscou, em cooperação com a Agência Espacial Europeia (ESA) e o centro de treinamento espacial da China.
Veja fotos do voluntário andando em Marte

sábado, 12 de fevereiro de 2011

Cientistas sugerem "merchandising" na colonização de Marte

epois de a Nasa passar os voos espaciais para a mão da iniciativa privada, é a vez de cientistas da agência espacial dos EUA e colegas considerarem a possibilidade de enviar homens a Marte com recursos fornecidos por grandes empresas.
De acordo com um artigo do site space.com, seriam necessários cerca de US$ 160 bilhões (aproximadamente R$ 266 bilhões) na colonização do planeta vermelho, que substituiriam os fundos governamentais.
Os impedimentos para se estabelecer uma base com humanos em Marte, aponta o pesquisador sênior da Nasa Joe Levine, do Centro de Pesquisa de Langley (EUA), são extensos. Eles incluem a arquitetura da nave espacial, o atendimento médico e psicológico dos astronautas, a construção da base, a colonização propriamente dita e um novo modelo de negócios.
O pesquisador da Nasa considera até comercializar licenciamentos de direitos de transmissão, além de roupas, brinquedos, filmes, livros e jogos, entre outras probabilidades até nunca antes imaginadas, ou colocadas em prática, pela própria Nasa.
Essa proposta está detalhada no livro "The Human Mission on Mars: Colonizing the Red Planet" ("A Missão Humana em Marte: Colonizando o Planeta Vermelho"), lançado em dezembro no mercado editorial de língua inglesa.
Os autores, o próprio Levine e Rudy Schild, do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica, estimam que um projeto desse porte poderia abrir 500 mil postos de trabalho no período de dez anos, reaquecendo a indústria aeroespacial.
"É uma questão financeira, de dinheiro", diz Levine sobre os entraves de uma viagem a Marte. "Uma vez que o dinheiro estiver disponível, nós poderemos [enviar um homem para o planeta]. Para mim, não é uma questão de se vamos ou não, mas quando vamos."

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Agência espacial fotografa ilha com formato de coração

Agência espacial fotografa ilha com formato de coração
O coração que dá forma e nome à ilha do Amor, localizada na Croácia, foi fotografada no ano passado pela ESA (Agência Espacial Europeia) e a imagem, divulgada somente nesta semana.
O satélite de observação Alos, de fabricação e propriedade japonesa, faz parte de uma parceria entre o Japão e a ESA.
Com cerca de 500 metros de comprimento, a ilha do Amor fica no litoral croata, no mar Adriático.
Ilha do Amor está localizada na costa croata; a fotografia foi tirada pelo Alos, satélite de observação do Japão
Ilha do Amor está localizada na costa croata; a fotografia foi tirada pelo Alos, satélite de observação do Japão

quinta-feira, 10 de fevereiro de 2011

Um terço dos russos acha que o Sol gira em torno da Terra

O Sol gira em torno da Terra? Aparentemente, um terço da população russa acredita que sim, de acordo com uma pesquisa publicada nesta quinta-feira.
Ao todo, 32% dos russos rejeitam a ideia de um sistema de planetas que revolve em torno do Sol, 4% a mais que em 2007, quando um estudo semelhante foi feito pelo Centro Russo de Opinião Pública e Pesquisa.
A sondagem dá destaque às superstições "científicas" do povo russo, alguns dias após o presidente Dmitri Medvedev ter defendido investimentos em programas espaciais para explorar a Lua e pontos distantes do Universo.
A pesquisa revela ainda que 55% dos russos acreditam que a radioatividade é uma invenção humana, enquanto 29% afirmam que os seres humanos conviveram com os dinossauros.
Os números também indicam que as mulheres são mais propícias a acreditar em superstições do que os homens.
A pesquisa ocorreu em janeiro com 1.600 pessoas em diferentes regiões da Rússia e tem margem de erro de 3,4%.

Astronauta toca flauta na Estação Espacial Internacional

Um vídeo feito no interior da Estação Espacial Internacional, disponibilizado pela Nasa (agência espacial americana), mostra uma das astronautas tocando flauta.
A flautista é Catherine Coleman, que diz que prefere criar melodias com outros parceiros musicais, mas somente ela, entre a tripulação formada por seis pessoas que está no espaço, sabe tocar a flauta.
Na foto, quem segura o microfone é Scott Kelly, irmão do também astronauta Mark Kelly, que viajará ao espaço em abril pelo ônibus espacial Endeavour e é marido da deputada americana Gabrielle Giffords, que sobreviveu a um tiroteiro no Arizona (EUA).
Astronauta Scott Kelly (centro) segura microfone para a colega Catherine Coleman (dir.), que toca flauta
Astronauta Scott Kelly (centro) segura microfone para a colega Catherine Coleman (dir.), que toca flauta

Robô Dexter é o novo tripulante da estação espacial

A Nasa, agência espacial americana, divulgou a foto do novo tripulante da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), tirada por um de seus astronautas.
O robô Dextre, como é chamado, foi projetado pela agência espacial canadense.
Em dezembro de 2010, ele passou pela prova final ao abrir equipamentos que foram enviados pela nave japonesa não pilotada Kounotori 2, que descarregou mais de quatro toneladas de comida e suplimentos na ISS.
Foto tirada por astronauta que se encontra na estação espacial mostra o robô Dexter em operação
Foto tirada por astronauta que se encontra na estação espacial mostra o robô Dexter em operação

Sonda se prepara para aproximação do cometa do Valentine's Day

Na data de 14 de fevereiro, que também marca o Valentine's Day (dia dos namorados nos EUA), a sonda Stardust-NExT tem uma missão agendada. Ela vai coletar imagens do cometa Tempel 1 à procura de mudanças em sua superfície, após orbitar o Sol. Essa é a primeira tarefa do gênero.
As imagens de alta resolução devem fornecer dados sobre a composição, distribuição e fluxo de poeira emitido pelo cometa, além de material estelar que está próximo ao núcleo.
Ilustração da sonda norte-americana Stardust-NExt, que vai tirar fotos do cometa Tempel 1 na segunda-feira
Ilustração da sonda norte-americana Stardust-NExt, que vai tirar fotos do cometa Tempel 1 na segunda-feira
A missão é uma extensão do impacto espacial planejado pela Nasa, a agência espacial americana, em 2005, quando uma outra nave colidiu com a superfície do Tempel 1 para estudar a sua composição.
"A cada dia, ficamos mais perto e mais excitados sobre poder responder os questionamentos fundamentais a respeito dos cometas", comenta Joe Veverka, um dos principais cientistas envolvidos no Stardust-NExt e que pertence à Universidade de Cornell (EUA). "Uma outra olhada no Tempel 1 vai fornecer novos dados sobre como os cometas trabalham."
Aproximadamente a 336 milhões de quilômetros da Terra, o Stardust-NExt estará exatamente na posição oposta ao Sistema Solar no momento do encontro com o cometa. Estão previstas 72 fotos, que serão armazenadas em computadores da Nasa para análise futura

Nasa faz foto de galáxias que formaram buracos negros

A Nasa, agência espacial americana, divulgou uma foto da Arp 147, um par de galáxias localizadas a cerca de 430 milhões de anos-luz da Terra.
A imagem foi possível pelos raios X emitidos pelo observatório Chandra e pelos dados ópticos do telescópio Hubble.
Arp 147 contém os restos de uma galáxia espiral (à direita), que colidiu com uma elíptica (à esquerda)
Arp 147 contém os restos de uma galáxia espiral (à direita), que colidiu com uma elíptica (à esquerda)
A Arp 147 contém os restos de uma galáxia espiral (à direita na imagem), que colidiu com uma elíptica (à esquerda).
Dessa colisão, surgiu um aglomerado de estrelas novas, que na foto aparece como o anel azul.
À medida que vão evoluindo, esses corpos celestes explodem como supernovas, deixando para trás buracos negros ou estrelas de nêutrons --uma das possíveis fases finais da vida de uma estrela.
Tanto os buracos negros quanto as estrelas de nêutrons podem se tornar fontes de raios X brilhantes. No caso da Arp 147, eles são tão vistosos, que devem ser buracos negros com massa equivalente de dez a vinte vezes superior à do Sol.
A foto também captou a "vizinhança" da Arp 147. Uma estrela (à esquerda, abaixo) e um quasar (ponto rosa, na parte de cima).

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Planetas fora do Sistema Solar viram coisa banal

Encontrar planetas fora do nosso Sistema Solar, o que não passava de especulação há pouco mais de 20 anos, agora virou rotina para a Nasa. Este mês, a agência espacial anunciou indícios de outros 1.235, que podem se juntar aos mais de 500 já confirmados. Os dados são do telescópio espacial Kepler, lançado em 2009 para encontrar planetas longínquos.
Dos planetas candidatos, 54 ficam na chamada zona habitável, distância da estrela que permite haver água líquida e, portanto, condições favoráveis ao desenvolvimento da vida como a conhecemos. Cinco deles animaram muito os cientistas. Eles têm possivelmente tamanho parecido com o da Terra.
"Já se esperava que o Kepler fosse descobrir muitos exoplanetas [fora do nosso Sistema Solar]. Mas esses da zona habitável são realmente muito interessantes", diz Duilia de Mello, brasileira que é pesquisadora da Nasa e professora da Universidade Católica de Washington.

A "banalização" da descoberta de planetas longínquos é explicada pela melhora e refinamento de instrumentos e técnicas de avaliação da última década. "É uma nova fase para a Nasa", diz Duilia. "É como quando a gente compra uma câmera fotográfica nova. Mesmo que a antiga funcionasse bem, os resultados da nova mostram como se pode ganhar em qualidade", diz ela.
Antes, apenas planetas gigantes, tão grandes ou maiores do que Júpiter (o maior do nosso Sistema Solar), eram detectados, por causa da atração gravitacional que exerciam. E, mesmo assim, quando tinham órbitas muito próximas a suas estrelas. Gigantes gasosos e quentes como esses têm baixíssima probabilidade de vida, dizem os cientistas.
No ano 2000, astrônomos descobriram que era possível detectar a presença de planetas a partir de variações no brilho das estrelas que eles orbitam. Ao passar na frente de sua estrela, eles alteram momentaneamente parte de seu brilho. Uma espécie de minieclipse.
Com dados sobre duração, intensidade e outros traços desse fenômeno, detectam-se várias características do planeta. O Kepler usa a técnica. Embora ela seja muito eficiente, não está livre de erros. Outros corpos celestes podem provocar as alterações no brilho detectadas.
Como a maior parte do "tira-teima" é feita à mão pelos astrônomos, a confirmação definitiva deve levar anos.
VIDA
"Não custa sonhar, mas, por enquanto, não passa de especulação", avalia Duilia. Segundo ela, o ponto mais interessante das descobertas é de entender melhor a formação dos planetas.
De fato, algumas das descobertas do telescópio deram um nó até nas teorias planetárias mais respeitadas.
A mais recente foi divulgada na semana passada na revista "Nature". Batizado de Kepler-11, é um sistema solar a 2.000 anos-luz da Terra incrivelmente compacto.
Ao contrário do nosso, seus seis planetas têm órbitas extremamente próximas à estrela. Todos eles com a órbita menor que a de Vênus.

Sonda fotografa nebulosa colorida remanescente de supernova

A sonda norte-americana Wise fotografou uma nebulosa colorida (chamada em inglês de nebulosa Jellyfish) que é remanescente da supernova IC 443, esta particularmente interessante por fornecer dados sobre como as explosões estelares interagem com o ambiente.
Assim como outros seres vivos, as estrelas têm um ciclo de vida que passa pelo nascimento, amadurecimento e eventualmente chega à morte, recebendo o nome de supernova.
A IC 443 são os restos de uma estrela que virou uma supernova entre 5.000 a 10 mil anos atrás, estimam os cientistas.
No canto esquerdo superior da imagem, vê-se um composto de filamentos formado por ferro, neônio e silício que emitem luz, além de partículas de poeira, todas aquecidas devido à explosão da supernova.
A área de cor turquesa brilhante, na metade inferior da imagem, é constituída por aglomerados densos com poeira aquecida e hidrogênio que também emitem luz.
Já a parte verde é uma nuvem que corta a IC 443 do noroeste para o sudeste.
Todas as nuances da IC 443 foram captadas por infravermelhos e a foto divulgada no último fim de semana pela Nasa, a agência espacial americana.
Imagem feita pela sonda norte-americana Wise de uma nebulosa colorida, ou nebulosa Jellyfish, em inglês
Imagem feita pela sonda norte-americana Wise de uma nebulosa colorida, ou nebulosa Jellyfish, em inglês

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Vídeo registra aurora boreal no céu da Noruega; assista

O cinegrafista Eirik Evjen registrou uma aurora boreal no céu da Noruega.
Ele deixou sua câmera fixa no topo de uma montanha e registrou o céu da cidade de Lofoten, no norte do país, ao longo de oito horas.
O fotógrafo diz ter ficado impressionado com as imagens que conseguiu capturar.
A aurora boreal é causada pelos ventos solares que carregam um fluxo contínuo de partículas elétricas liberadas pelas explosões que ocorrem na superfície do Sol.
Quando estas partículas atingem os campos magnéticos da Terra, algumas ficam retidas provocando a luminosidade intensa pela liberação de energia ocorrida com a colisão destas partículas com as moléculas e átomos presentes na atmosfera.