terça-feira, 28 de outubro de 2014

Big Bang e Teoria da Evolução não contradizem cristianismo, diz Papa

Francisco ainda criticou interpretação errada do Gênesis: 'Deus não é mago'.
Declarações foram feitas à Pontifícia Academia de Ciências, no Vaticano.


O Papa Francisco afirmou nesta segunda-feira (27), durante discurso na Pontifícia Academia de Ciências, que a Teoria da Evolução e o Big Bang são reais e criticou a interpretação das pessoas que leem o Gênesis, livro da Bíblia, achando que Deus "tenha agido como um mago, com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas".
Segundo ele, a criação do mundo "não é obra do caos, mas deriva de um princípio supremo que cria por amor". "O Big Bang não contradiz a intervenção criadora, mas a exige", disse o pontífice na inauguração de um busto de bronze em homenagem ao Papa Emérito Bento XVI.
O Big Bang é, segundo aceita a maior parte da comunidade científica, a explosão ocorrida há cerca de 13,8 bilhões de anos que deu origem à expansão do Universo. Já a Teoria da Evolução, iniciada pelo britânico Charles Darwin (1809-1882), que prega que os seres vivos não são imutáveis e se transformam de acordo com sua melhor adaptação ao meio ambiente, pela seleção natural.
O Papa acrescentou dizendo que a "evolução da natureza não é incompatível com a noção de criação, pois exige a criação de seres que evoluem".
Ele criticou que quando as pessoas leem o livro do Gênesis, sobre como foi a origem do mundo, pensam que Deus tenha agido como um mago. "Mas não é assim", explica.
Segundo Francisco, o homem foi criado com uma característica especial – a liberdade – e recebe a incumbência de proteger a criação, mas quando a liberdade se torna autonomia, destrói a criação e homem assume o lugar do criador.
"Ao cientista, portanto, sobretudo ao cientista cristão, corresponde a atitude de interrogar-se sobre o futuro da humanidade e da Terra; de construir um mundo humano para todas as pessoas e não para um grupo ou uma classe de privilegiados", concluiu o pontífice.

Papa Francisco fez declarações sobre a ciência durante inauguração de busto em homenagem ao Papa Emérito Bento XVI (Foto: Osservatore Romano/Reuters)
Papa Francisco fez declarações sobre a ciência durante inauguração de busto em homenagem ao Papa Emérito Bento XVI (Foto: Osservatore Romano/Reuters)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/papa-diz-que-big-bang-e-teoria-da-evolucao-nao-contradizem-lei-crista.html

Sonda chinesa 'chega' à Lua e já prepara viagem de volta à Terra

Veículo experimental atingiu campo gravitacional da Lua nesta segunda.
Missão tem objetivo de testar tecnologia espacial desenvolvida pela China.


A sonda chinesa lançada no dia 24 de outubro chegou nesta segunda-feira (27) ao campo gravitacional da Lua e já prepara o retorno à Terra, informou a imprensa estatal. Sem nome oficial, o veículo experimental deve demorar cerca de 32 horas para iniciar a viagem de retorno.
A sonda, que realizará meia volta ao redor da Lua e retornará à Terra no sábado, é a primeira desenvolvida pela China projetada para voltar ao planeta.
O objetivo da missão é testar as tecnologias de retorno, como o controle da navegação ou o escudo de proteção contra o calor gerado pela reentrada na atmosfera. Os resultados obtidos serão empregados no desenvolvimento da sonda Chang'e 5, prevista para 2017, que deve aterrissar na Lua, pegar amostras e retornar à Terra.
As sondas Chang'e 1 e 2, lançadas respectivamente em 2007 e 2010, realizaram voltas ao redor da Lua, enquanto a Chang'e 3 aterrissou na superfície lunar em dezembro de 2013. A sonda Chang'e 4 foi desenvolvida como veículo de reserva da Chang'e 3 e é utilizada para experimentação.
O desenvolvimento de tecnologias de retorno pode visar uma missão tripulada à Lua. Entre 2003 e 2013, e astronautas chineses fizeram cinco missões ao espaço a bordo de naves "Shenzhou".
A China lançou nesta segunda-feira um satélite para a realização de experimentos científicos. O satélite Shijian-11-08 foi enviado ao espaço por um foguete Longa Marcha 2C.

Sonda espacial chinesa é lançada nesta sexta-feira (24) em Sichuan. Equipamento fará missão à Lua  (Foto: AP)
Sonda espacial chinesa no momento em que foi lançada, na sexta-feira (24), em Sichuan (Foto: AP)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/sonda-chinesa-chega-lua-e-ja-prepara-viagem-de-volta-terra.html

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

América do Norte verá eclipse parcial do Sol nesta quinta-feira

Especialistas recomendam uso de equipamento para proteção dos olhos.
Fenômeno será mais visível em locais como Los Angeles e Seattle.


Um eclipse parcial do Sol estará visível em grande parte da América do Norte nesta quinta-feira (23), mas especialistas recomendaram aos observadores que utilizem equipamento adequado para evitar danos aos olhos.
O eclipse ficará visível quando a Lua passar em frente ao Sol, encobrindo apenas metade de sua luz brilhante, ao final da tarde de 23 de outubro.
Os moradores de Nova York e do resto da região nordeste dos Estados Unidos provavelmente não poderão acompanhar o fenômeno porque o Sol estará se pondo ao mesmo tempo em que a Lua se posicionar. Eles poderão ter uma visão muito sutil do eclipse no pôr-do-sol.
Mas os residentes de Los Angeles poderão ver 45% do diâmetro do Sol encobertos às 15h38 locais (20h38 de Brasília).
Em Seattle, quase dois terços do Sol deverão ficar encobertos às 20h de Brasília e o eclipse esconderá apenas a metade do Sol para os observadores de Denver e de Chicago.
As pessoas que quiserem observar o fenômeno são aconselhadas a usar filtros solares especiais feitos de polímero negro ao invés de óculos de sol.
"O Sol é tão brilhante que mesmo usando óculos escuros comuns é possível sofrer danos oculares se você olhar diretamente para ele", disse Jay Pasachoff, professor do Williams College, em Massachusetts, e diretor do Grupo de Trabalho sobre Eclipses da União Astronômica Internacional.
Outra opção para aqueles que queiram olhar diretamente para o Sol é fazê-lo usando óculos de soldador de números 12, 13 ou 14.
Aqueles que não tiverem acesso a estes dispositivos, poderão observar o eclipse com segurança fazendo um buraco de meio centímetro em um pedaço de cartolina. De costas para o Sol, poderão usar buraco para projetar sua imagem em uma parede ou muro.
Em agosto do ano que vem os residentes dos Estados Unidos poderão contemplar um eclipse total do Sol.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/america-do-norte-vera-eclipse-parcial-do-sol-nesta-quinta-feira.html

Meteoros oriundos do Cometa Halley podem ser vistos até 7 de novembro

Fenômeno 'Orionídeas' ocorre quando Terra passa por detritos do cometa.
Pico ocorre até esta quarta, quando serão visíveis até 20 meteoros por hora.


Imagem composta de várias fotos tiradas durante a chuva de meteoros Orionídeas mostra alguns dos meteoros que cruzaram o céu no dia 21 de outubro em South Park, no estado de Colorado (Foto: Reprodução/Facebook/Joe Randall)
Imagem composta de várias fotos tiradas durante a chuva de meteoros Orionídeas mostra alguns dos meteoros que cruzaram o céu no dia 21 de outubro em South Park, no estado de Colorado, nos Estados Unidos (Foto: Reprodução/Facebook/Joe Randall)

Quem olhar para o céu na madrugada desta quarta-feira (22) poderá presenciar o pico da chuva de meteoros Orionídeas. O fenômeno acontece todo ano nesta época, quando a órbita da Terra coincide com uma área do espaço cheia de detritos do cometa Halley.
O período em que os meteoros ficam mais visíveis no céu começou na madrugada desta terça-feira e deve se estender até a madrugada de quarta-feira. O fenômeno teve início em 2 de outubro e continua em curso até 7 de novembro.

As Orionídeas são visíveis tanto no hemisfério sul quanto no hemisfério norte, de acordo com a Agência Especial Americana (Nasa). Ainda segundo a agência, são esperados cerca de 20 meteoros por hora neste período de maior intensidade do fenômeno.
Para ver a chuva de meteoros, não é preciso usar nenhum equipamento especial. Regiões afastadas das luzes das cidades terão visibilidade melhor. Os brasileiros devem olhar para o céu em direção ao nordeste e aguardar o surgimento dos meteoros. Eles poderão ser vistos a partir da meia-noite, mas o melhor horário de observação é antes do amanhecer.
"A Terra está passando por uma corrente de detritos do cometa Halley, a origem das Orionídeas", diz o pesquisador Bill Cooke, da Nasa. "Pedaços da poeira do cometa batendo na atmosfera devem nos dar cerca de duas dúzias de meteoros por hora".

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/chuva-de-meteoros-orionideas-pode-ser-vista-ate-o-dia-7-de-novembro.html

segunda-feira, 20 de outubro de 2014

Cometa passa raspando por Marte

Nova passagem do Siding Spring deve acontecer em um milhão de anos.
Cientistas citam oportunidade única de estudo sobre atmosfera marciana.


Um cometa do tamanho de uma pequena montanha passou raspando por Marte neste domingo, um encontro que acontece uma vez a cada milhão de anos.
O cometa, conhecido como Siding Spring (C/2013 A1), chegou ao ponto mais próximo de marte às 18h27 deste domingo, passando pelo Planeta Vermelho a uma velocidade de 203.000 km/h.
Ele ficou a uma distância de 139.500 km de Marte, menos da metade da distância entre a Terra e a Lua.
Segundo cientistas, a passagem do cometa ofereceu uma oportunidade única de estudo do seu impacto sobre a atmosfera marciana. "É uma ótima oportunidade de aprendizado", comemorou Nick Schneider, da missão da sonda Maven em Marte.
O cometa foi descoberto por Robert McNaught no observatório australiano Siding Spring, em janeiro de 2013. Acredita-se que ele tenha se originado bilhões de anos atrás, na Nuvem de Oort, uma região distante do espaço de onde partem cometas que "permanecem inalterados desde os primeiros dias do Sistema Solar", segundo a Nasa.
O cometa viajou mais de 1 milhão de anos para fazer esta primeira parada em Marte, e só irá retornar dentro de outro milhão de anos, assim que completar uma volta ao redor do Sol.
Antes de o cometa entrar na órbita do Planeta Vermelho, a Nasa reposicionou as naves Mars Reconnaissance Orbiter, Mars Odyssey e Maven, para evitar danos às mesmas causados pelos resíduos do Siding Spring.

Ilustração mostra o cometa Siding Spring e o planeta Marte, em imagem divulgada pela Nasa. Após viajar bilhões de quilômetros, o cometa proveniente da Nuvem de Oort passará a 140 mil km de Marte, apenas um terço da distância entre a Terra e a Lua (Foto: AFP/Nasa)
Ilustração mostra o cometa Siding Spring e o
planeta Marte, em imagem divulgada pela Nasa
(Foto: AFP/Nasa)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/cometa-passa-raspando-por-marte.html

domingo, 19 de outubro de 2014

A Terra sob a lente de um astronauta

Alemão Alexander Gerst alimenta conta no Flickr com imagens tiradas da Estação Espacial Internacional.

'O olho deste furacão tem 80 km de largura. Parece bastante escuro lá dentro', escreveu Gerst (Foto: Alexander Gerst/ESA/Nasa)
'O olho deste furacão tem 80 km de largura. Parece bastante escuro lá dentro', escreveu Gerst (Foto: Alexander Gerst/ESA/Nasa)

Um astronauta da Nasa vem criando uma bela coleção online de imagens da Terra tiradas a partir do espaço.
O geofísico alemão Alexander Gerst está em meio a uma missão de seis meses na Estação Espacial Internacional e dedica parte de suas horas de folga a registrar nosso mundo desde uma perspectiva única.
E nem mesmo ele conseguiu resistir a tirar uma 'selfie' durante uma caminhada espacial!

 Selfie de Gerst durante caminhada no espaço (Foto: Alexander Gerst/ESA/Nasa)
Selfie de Gerst durante caminhada no espaço (Foto: Alexander Gerst/ESA/Nasa)

'Nunca esquecerei do reflexo do amanhecer em nossa espaçonave', postou o alemão (Foto: Alexander Gerst/ESA/Nasa)
'Nunca esquecerei do reflexo do amanhecer em nossa espaçonave', postou o alemão (Foto: Alexander Gerst/ESA/Nasa)

Gerst também fotografou o Deserto do Saara pouco antes do pôr do sol (Foto: Alexander Gerst/ESA/Nasa)
Gerst também fotografou o Deserto do Saara pouco antes do pôr do sol (Foto: Alexander Gerst/ESA/Nasa)

O astronauta ainda capturou com suas lentes a estrada entre as cidades russas de Moscou e São Petersburgo (Foto: Alexander Gerst/ESA/Nasa)
O astronauta ainda capturou com suas lentes a estrada entre as cidades russas de Moscou e São Petersburgo (Foto: Alexander Gerst/ESA/Nasa)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/terra-sob-lente-de-um-astronauta.html


Mistério de lua que 'balança' intriga cientistas

Pesquisadores acreditam que Mimas, satélite de Saturno que parece com a 'estrela da morte' de 'Guerra nas Estrelas', tem água em seu interior.

Antes conhecida por parecer com a "Estrela da Morte" de "Guerra nas Estrelas", Mimas agora chama a atenção por poder conter um oceano subterrâneo (Foto: NASA/JPL)
Antes conhecida por parecer com a "Estrela da Morte" de "Guerra nas Estrelas", Mimas agora chama a atenção por poder conter um oceano subterrâneo (Foto: NASA/JPL)

O interior de Mimas, uma das 62 luas conhecidas de Saturno, pode conter água, de acordo com um novo estudo.
Famosa por causa do formato parecido com a "Estrela da Morte" do filme Guerra nas Estrelas, o satélite apresenta uma espécie de tremor, um movimento oscilante que, segundo astrônomos, é duas vezes maior que o esperado para uma lua com estrutura regular e sólida.
Para os especialistas há duas explicações para o fenômeno de oscilação de Mimas: ou a lua tem um imenso oceano subterrâneo ou tem um núcleo rochoso em formato de bola de rúgbi.
O estudo sobre Mimas foi publicado por um grupo de astrônomos dos Estados Unidos, França e Bélgica na revista Science Magazine.
A existência de água é tida por astrônomos como um dos principais requisitos para a existência de vida em outros planetas.
Interior exótico
A lua de Saturno tem cerca de 400km de diâmetro e é quatro vezes menor que a terrestre.
Os astrônomos basearam seus cálculos em fotos de alta resolução de Mimas enviadas pela sonda espacial Cassini.
A sonda foi enviada ao planeta dos anéis em 1997 e uma de suas principais descobertas foi justamente que Saturno tinha muito mais luas que se supunha - no ano de seu lançamento, astrônomos acreditavam que apenas 18 satélites orbitavam o segundo maior planeta do sistema solar.
Além de construir um modelo em 3-D de Mimas com o auxílio de centenas de imagens de diversos ângulos, os astrônomos mapearam diversos pontos da superfície da lua.
"Depois de examinar a superfície de Mimas, encontramos diversos tremores nos polos", explicou um dos autores do estudo, Radwan Tajeddine, da Universidade de Cornell (EUA).
Tremores não são incomuns em luas: a Lua terrestre, por exemplo, também passa por pequeno balanços que a fazem mostrar diferentes ângulos de sua superfície com o passar do tempo.
Mas Tajeddine e seus colegas descobriram que o vaivém pendular de Mimas é de 6 km, o dobro do que se pode esperar de uma lua com o tamanho e a órbita de Mimas.
A descoberta surpreendeu os astrônomos, para quem Mimas era apenas uma rocha congelada.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/misterio-de-lua-que-balanca-intriga-cientistas.html

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Sol vira 'abóbora de Haloween' em foto divulgada pela Nasa

Regiões ativas, com mais luz e energia, formam espécie de ‘rosto’.
Ondas dourada e amarela de campos magnéticos contribuem para o efeito.


Imagem divulgada pela Nasa mostra as regiões ativas do Sol em destaque (Foto: AFP Photo/NASA/GSFC/SDO/Handout)
Imagem divulgada pela Nasa mostra as regiões ativas do Sol em destaque (Foto: AFP Photo/NASA/GSFC/SDO/Handout)

Com tom alaranjado e um “rosto”, o Sol surge com a aparência de um “jack-o’-lantern”, a típica abóbora decorada para o Dia das Bruxas nos EUA, em uma imagem capturada pelo Observatório de Dinâmica Solar na quarta-feira (8) e divulgada pela Nasa nesta sexta (10).

Os olhos e o sorriso são formados pelas regiões ativas do Sol, que emitem mais luz e energia, e que são indicadoras de um conjunto intenso e complexo de campos magnéticos que pairam na atmosfera do Sol, a corona.

Na imagem divulgada pela Nasa, aparecem combinadas duas extensões de onda, em 171 e 193 Angstroms. As colorações tipicamente dourada e amarela de ambas contribui para a semelhança com o símbolo do Haloween.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/sol-vira-abobora-de-haloween-em-foto-divulgada-pela-nasa.html

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Nasa anuncia que águas profundas dos oceanos pararam de esquentar

Cientistas tentam entender queda, mesmo com maiores emissões de gases.
Temperatura em águas superficiais continua aumentando lentamente.

A temperatura média das águas frias dos oceanos parou de aumentar desde 2005, o que traz novos questionamentos aos cientistas sobre por que o aquecimento global parece ter diminuído nos últimos anos, apesar do aumento das emissões de gases causadores de efeito estufa.
Uma das principais hipóteses apresentadas até agora para explicar este paradoxo é que o calor acumulado pelos oceanos desceu a grandes profundidades.
Os cientistas da Nasa, do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) em Pasadena (Califórnia, oeste), analisaram a temperatura dos oceanos entre 2005 e 2013, com base em medições realizadas com satélites e diretamente em águas oceânicas, com 3 mil boias distribuídas por todo o mundo.
"Descobriram que sob os 1.995 metros praticamente não houve mudanças de temperatura durante este período", destacaram no trabalho publicado na revista britânica Nature.
Apesar disso, "o nível dos oceanos continuou subindo", principalmente devido ao degelo no Polo Norte e na Groenlândia, destacou Josh Willis, da missão JPL e co-autor da pesquisa.
No entanto, o especialista considera que o fenômeno inexplicável não põe em dúvida a realidade do aquecimento global. "Estamos apenas tentando entender este mecanismo", acrescentou.
No século 21, os gases de efeito estufa, entre eles o dióxido de carbono (CO2) produzido pela queima de combustíveis fósseis, continuaram se acumulando na atmosfera, como aconteceu no século anterior.
A temperatura das águas superficiais nos oceanos (até 700 metros de profundidade) continua aumentando, mas não muito rapidamente.
Um estudo publicado em 21 de agosto na revista Science já tinha mencionado essa tese, destacando que uma corrente cíclica que se desloca lentamente no Atlântico e transporta o calor entre os polos, ganhou intensidade no começo do século 21, fazendo com que o calor seja absorvido pelas águas a 1.500 metros de profundidade.

Calor que irradia do Oceano Pacífico é visto em imagem de satélite divulgada pela NASA em 6 de outubro. As regiões azuis indicam camadas espessas de nuvens (Foto: AFP Photo/NASA/Handout)
Calor que irradia do Oceano Pacífico é visto em
imagem de satélite divulgada pela NASA em 6 de
outubro. As regiões azuis indicam camadas
espessas de nuvens (Foto: AFP Photo/NASA/
Handout)

Fonte: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2014/10/nasa-anuncia-que-aguas-profundas-dos-oceanos-pararam-de-esquentar.html

FOTOS: 'Lua de sangue' é vista durante eclipse lunar total

Fenômeno em que a Terra projeta sombra sobre a Lua ocorreu pela 2ª vez no ano e foi visto de diferentes países.


Passagem da luz do sol através da atmosfera terrestre faz com que a Lua ganhe tom avermelhado durante eclipse lunar visto de Milwaukee, nos EUA. O fenômeno é conhecido como 'Lua de sangue'
Passagem da luz do sol através da atmosfera terrestre faz com que a Lua ganhe tom avermelhado durante eclipse lunar visto de Milwaukee, nos EUA. O fenômeno é conhecido como 'Lua de sangue'Mike De Sisti/Milwaukee Journal-Sentinel/AP


Avião comercial passa abaixo da 'Lua de sangue' antes de pousar no aeroporto de Lindberg Field em San Diego, na Califórnia (EUA). Fenômeno do eclipse lunar dá tom avermelhado à Lua
Avião comercial passa abaixo da 'Lua de sangue' antes de pousar no aeroporto de Lindberg Field em San Diego, na Califórnia (EUA). Fenômeno do eclipse lunar dá tom avermelhado à LuaMike Blake/Reuters

'Lua de sangue' é vista por trás de uma estátua no topo do Wheeler Town Clock em Manitou Springs, Colorado (EUA)
'Lua de sangue' é vista por trás de uma estátua no topo do Wheeler Town Clock em Manitou Springs, Colorado (EUA)Michael Ciaglo/The Colorado Springs Gazette/AP


'Lua de sangue' é vista de Gosford, no norte de Sidney, na Austrália
'Lua de sangue' é vista de Gosford, no norte de Sidney, na AustráliaJason Reed/Reuters

Fotógrafo registra a 'Lua de sangue' durante eclipse lunar visto de Monterey Park, na Califórnia (EUA)
Fotógrafo registra a 'Lua de sangue' durante eclipse lunar visto de Monterey Park, na Califórnia (EUA)Nick Ut/AP


'Lua de sangue' é vista por trás de uma estátua no topo do antigo Tribunal do Condado de Dallas, nos EUA
'Lua de sangue' é vista por trás de uma estátua no topo do antigo Tribunal do Condado de Dallas, nos EUATom Fox/The Dallas Morning News/AP


Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/fotos/2014/10/fotos-lua-de-sangue-e-vista-durante-eclipse-lunar-total.html


sexta-feira, 3 de outubro de 2014

Cientistas afirmam que lava criou 'figura humana' na Lua

Motivo da erupção de lava ainda não foi definido.
Pesquisa foi publicada nesta quarta-feira na revista 'Nature'.


A Lua, observada em luz visível (esquerda), a topografia (centro) e os gradientes de gravidade (direita) (Foto: NASA/Colorado School of Mines/MIT/JPL/Goddard Space Flight Center)
A Lua, observada em luz visível (esquerda), a topografia (centro) e os gradientes de gravidade (direita) (Foto: NASA/Colorado School of Mines/MIT/JPL/Goddard Space Flight Center)

Uma bacia lunar escura que, vista da Terra, produz a imagem de uma figura humana, também conhecida como "homem na Lua", foi criada por um jato de lava e não pela colisão de um asteroide, afirmaram astrônomos nesta quarta-feira (1º). Chamada de Oceanus Procellarum - o oceano das tormentas, como é conhecida pelos observadores dos céus -, a vasta bacia tem quase 3.000 quilômetros de diâmetro.
Até agora, a principal teoria para explicar este traço extraordinário é que ele teria surgido quando uma rocha espacial maciça colidiu com a Lua nas origens do satélite natural da Terra.
Mas um estudo publicado na revista científica "Nature" oferece evidências de que uma erupção vulcânica teria criado a mancha que cobre um quinto da face visível da Lua.
Segundo o artigo, ao analisar dados de uma missão da Nasa, astrônomos descobriram remanescências de antigas fendas na crosta lunar, que no passado formaram um "sistema de bombeamento de magma".
Este sistema inundou a região com lava há entre 3 e 4 bilhões de anos. Com o tempo, a lava se solidificou para criar a rocha basáltica escura atualmente visível da Terra.
Erupção ainda precisa ser explicada
As fendas ficaram evidentes depois de uma missão de 2012, denominada GRAIL, que enviou duas sondas, uma seguindo a outra ao redor da Lua.
À medida que a nave principal sobrevoava uma região com crosta mais fina ou mais espessa, o empuxo gravitacional sobre ela mudava e esta alterava por um curto período sua distância em relação à sonda que a seguia. Ao medir o movimento sanfona entre as duas sondas, os cientistas conseguiram mapear diferenças na crosta lunar.
Esse mapa mostrou que a margem da região Procellarum tem a forma de um polígono, com extremidades que se unem em um ângulo de 120 graus. Esta é a assinatura da contração por material fundido e que se resfriou e cristalizou, enquanto o impacto de um asteroide teria criado uma cratera circular ou elíptica, acreditam os cientistas.
Ainda não está claro, no entanto, porque a erupção de lava aconteceu, afirmou Maria Zuber, professora de Geofísica do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT).

 Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/cientistas-afirmam-que-lava-criou-figura-humana-na-lua.html

'Rebaixado' de categoria, Plutão pode retomar condição de planeta

Em 2006, Plutão foi rebaixado à categoria de 'planeta anão'.
Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica retomou debate sobre questão.


Concepção artística mostra Plutão (disco maior) e suas possíveis luas (Foto:  NASA, ESA and G. Bacon (STScI))
Concepção artística mostra Plutão (disco maior) e suas possíveis luas (Foto: NASA, ESA and G. Bacon (STScI))

Plutão foi rebaixado em 2006 à categoria de "planeta anão", mas oito anos depois o debate sobre o status desse corpo celeste renasceu no Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (CfA), nos Estados Unidos.
"Queríamos que as pessoas voltassem a falar sobre isso", afirmou à Agência EFE a especialista em Relações Públicas da instituição, Christine Pulliam, ao ser perguntada por que um dos centros mais destacados em astrofísica voltava a discutir a descaracterização do planeta como tal.
Há oito anos, em 2006, mais de 2.500 especialistas de 75 países se reuniram em Praga, na União Astronômica Internacional (IAU, na sigla em inglês), e estabeleceram uma nova definição universal do que seria considerado um planeta.
Esta definição distinguiu oito planetas "clássicos" que giravam em órbitas ao redor do Sol e deixava de fora corpos "anões", como Plutão, que ficou no mesmo nível que os mais de 50 corpos que giram em torno do Sol no cinturão de Kuiper.
Porém, os defensores do "patinho feio" do Sistema Solar não se renderam e inclusive fizeram manifestações pedindo aos cientistas que voltassem a admitir a Plutão no clube dos grandes, clamando que "o tamanho não importa".
Por isso, oito anos depois e a menos de um ano para que aconteça, em Honolulu (Havaí, EUA), a Assembleia Geral da União Astronômica Internacional (IAU), o Centro Harvard-Smithsonian voltou a abrir o debate. Para isso, convidou três especialistas com opiniões diferentes.
O historiador cientista Owen Gingerich, que presidiu o comitê de definição de planetas da IAU, defendeu o status de Plutão como planeta de um ponto de vista histórico e argumentou que "um planeta é uma palavra culturalmente definida que muda com o tempo".
Como pôde a União Astronômica Internacional dizer que Plutão era um planeta anão e depois negar-lhe a posição de planeta? Que era, então, só um anão? Gingerich considera que a IAU fez um "abuso da linguagem" ao tentar definir a palavra planeta e que, por isso, não devia ter expulsado Plutão.
O ponto de vista contrário foi defendido pelo diretor associado do Centro de Planetas Menores, Gareth Williams, que apoiou a exclusão de Plutão e definiu os planetas como "corpos esféricos que orbitam ao redor do sol e que limparam seu caminho", ou seja, que tiraram sua órbita de outros astros.
Por sua vez, o diretor da Iniciativa Origens da Vida de Harvard, Dimitar Sasselov, argumentou que um planeta é "a massa menor esférica da matéria que se forma ao redor das estrelas ou restos estelares", o que, segundo sua opinião, devolve Plutão ao clube planetário.
No final das conferências, um público de todas as idades lembrou seus velhos livros e votou a favor do retorno do antigo nono planeta do Sistema Solar a essa condição.
Na realidade, desde seu descobrimento, em 1930, pelo americano Clyde Tombaugh, Plutão foi objeto de disputas, sobretudo devido a seu tamanho, muito menor que o da Terra, e inclusive que o da Lua.

 Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/10/rebaixado-de-categoria-plutao-pode-retomar-condicao-de-planeta.html