domingo, 29 de abril de 2012

Nave privada deve chegar a estação espacial em maio

Naves chegam e partem da ISS (Estação Espacial Internacional) com relativa frequência --geralmente ninguém dá muita bola para isso. Mas o lançamento de uma pequena cápsula, programado para 7 de maio, está mobilizando o ramo espacial. Será a primeira vez que uma empresa privada chega lá.
Se tudo der certo, a cápsula Dragon, desenvolvida pela californiana SpaceX, levará cerca de 520 kg de material de baixa complexidade --como comida e equipamentos para uso em experiências científicas-- até o laboratório flutuante de US$ 100 bilhões.
O veículo também tem capacidade para trazer mais ou menos a mesma quantidade de material de volta à Terra, algo que as naves "estatais" em uso não fazem.
Segundo a Nasa, isso deve ajudar a reciclar e reutilizar material e peças antigos e economizar dinheiro com o reaproveitamento.
NOVA CORRIDA
A viagem da Dragon inaugura uma nova etapa da exploração espacial, em que são as empresas privadas que competem pelo desenvolvimento de novas tecnologias.
A Nasa fez a decisão estratégica --criticada por vários setores, e até pelo ex-astronauta John Glenn-- de terceirizar o transporte na órbita baixa da Terra, passando a priorizar projetos de exploração do espaço profundo, como uma possível viagem tripulada a Marte.
Desde a aposentadoria dos ônibus espaciais, em meados do ano passado, a agência americana depende inteiramente de "caronas" pagas na nave russa Soyuz. Embora a cápsula seja a única opção regular de transporte de pessoas ao espaço, ainda é um projeto essencialmente do fim dos anos 1960.
Para o transporte de suprimento, há outras opções, mas problemas recentes com o cargueiro russo Progress (uma Soyuz de carga) levaram ao temor de um possível desabastecimento na ISS.
Para incentivar novas tecnologias espaciais, a Nasa lançou um programa bilionário de financiamento de projetos em empresas privadas.
A SpaceX tem um contrato de US$ 1,6 bilhão para fazer 12 voos de transporte de material à estação espacial.
A missão de agora não está incluída entre eles e será uma espécie de teste para a capacidade de seus sistemas e equipamentos. E também testa a aptidão do foguete Falcon, que colocará a cápsula Dragon em órbita.
Os incentivos da Nasa para a criação de naves espaciais privadas estão atraindo cada vez mais empresas e aquecendo o setor.
A Orbital Science Corp tem um contrato de US$ 1,9 bilhão para começar o envio de suprimentos à ISS no ano que vem. Outros acordos também já foram fechados.
Apesar do dinheiro e da expectativa, até agora as empresas privadas sofreram alguns reveses. Só o lançamento da Dragon já foi adiado duas vezes. Ele estava previsto para fevereiro e depois, abril.
Apesar disso, o administrador da Nasa, Charles Bolden disse que está "confiante" nos resultados.

sábado, 28 de abril de 2012

Ônibus espacial Enterprise pousa em NY e será exposto em museu

O ônibus espacial Enterprise voou de Washington para Nova York na última sexta-feira (27) acoplado a um Boeing 747 e fez um voo ao longo do rio Hudson, passando pela Estátua da Liberdade, para o deleite dos observadores.
Em direção ao aeroporto internacional John F. Kennedy, o ônibus espacial aposentado voou a baixa altitude ao longo do rio, dando aos moradores de Nova York e Nova Jersey uma visão extraordinária da aeronave, que será posta em exibição em um museu de Nova York.
Depois de três décadas, os Estados Unidos aposentaram o programa de ônibus espacial no ano passado após construírem por US$ 100 bilhões a Estação Espacial Internacional, um projeto que envolveu 15 países. Vão começar a trabalhar em uma nova geração de espaçonaves que levarão astronautas para além da órbita da estação, que fica a 384 quilômetros de altura.
A Enterprise decolou do aeroporto internacional Dulles de Washington por volta das 9h30 (horário local). O voo fora reprogramado porque na quarta-feira o tempo não estava favorável.
Ônibus espacial Enterprise é levado por avião da Nasa para museu na cidade de Nova York
Ônibus espacial Enterprise é levado por avião da Nasa para museu na cidade de Nova York

A espaçonave passou pela Estátua da Liberdade, pelo rio Hudson e pela ponte George Washington antes de aterrissar em meio aos aplausos de estudantes vestidos em trajes de astronautas. Ela também foi recebida por membros da tripulação de seu voo original.
"Sinto orgulho porque a Enterprise vai encontrar um bom abrigo aqui", disse o major-general na reserva da Força Aérea, Joe Engle, que comandou a primeira tripulação que conduziu os voos-teste com a Enterprise no final dos anos 1970.
"Vocês têm uma tremenda peça de maquinário aqui", ele disse.
O ator Leonard Nimoy, que interpretou Spock na série televisiva "Star Treck" e nos filmes, estava presente na chegada. Ele se lembrou de quando a Enterprise, que traz o mesmo nome da nave de "Star Treck", foi exibida na Califórnia.
"Eu estava lá em setembro de 1976 quando eles a tiraram do hangar", ele disse. "A banda da Força Aérea estava tocando o tema de Star Trek - da-da-da-da-daaaaa. Eu adoro".
Uma nave protótipo que foi usada para voos-teste atmosféricos nos anos 1970, mas que nunca saiu em missão no espaço, a Enterprise deve ser levada por uma balsa pelo Hudson para ser exibida no Intrepid Sea, Air and Space Museum em Manhattan.
Ela será içada por guindaste até o Intrepid, um porta-aviões que é usado como museu desde 1982.
Nave Enterprise passa próximo à Estátua da Liberdade, em Nova York; ônibus espacial será exposto em museu
Nave Enterprise passa próximo à Estátua da Liberdade, em Nova York; ônibus espacial será exposto em museu

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Sonda Cassini captura 'guerra de bolas de neve' em anel de Saturno

A sonda Cassini conseguiu captar uma espécie de "guerra de bolas de neve" em um dos anéis de Saturno.
Os cientistas que monitoram a atividade da sonda espacial testemunharam quando pequenos aglomerados de gelo avançaram através de um dos principais anéis de Saturno, o anel F.
Este anel é o mais externo de Saturno e está localizado a 3.000 quilômetros além do anel A, o mais próximo do anel F. A circunferência deste anel mais externo é de cerca de 900 mil quilômetros.
Enquanto estes aglomerados de gelo passavam, eles deixavam rastros brilhantes, em formato de jatos de partículas. Estes aglomerados são bolas de gelo cujo tamanho pode alcançar até um quilômetro.
Imagens da sonda espacial Cassini mostram rastros brilhantes no anel F de Saturno
Imagens da sonda espacial Cassini mostram rastros brilhantes no anel F de Saturno

Algumas das colisões destas bolas de gelo deixam de rastro formas estranhas no anel F, como farpas em um arpão.
A pesquisa foi apresentada na reunião da União Europeia de Geociências (EGU, na sigla em inglês), em Viena, na Áustria, por Carl Murray, um dos membros da equipe de imagens da Cassini, baseado na Universidade Queen Mary, da Grã-Bretanha.
O projeto Cassini é uma colaboração entre a agência espacial americana (NASA), a agência espacial européia (ESA) e a agência espacial italiana (ASI).
LUA PROMETEU
A equipe que monitora as imagens enviadas pela Cassini tem observado a lua Prometeu, de 40 quilômetros de largura, se movimentando na borda do anel F há algum tempo.
A perturbação gravitacional gerada regularmente pela Prometeu gera canais e ondas no anel F. Se sabia que parte das partículas de gelo que se movimentavam devido a esta perturbação gravitacional poderiam se unir, formando aglomerados.
Mas, acreditava-se que as colisões ou outras forças na órbita de Saturno poderiam desfazer rapidamente estes aglomerados.
"Sabemos que Prometeu, além de produzir padrões regulares, é capaz de produzir concentrações de materiais no anel", afirmou Carl Murray à BBC.
"Chamamos eles de grandes bolas de neve, e se estas coisas conseguirem sobreviver - porque Prometeu vai voltar ao mesmo lugar no anel F e interagir com elas de novo - elas podem crescer, e talvez são elas que formam os pequenos corpos celestes que colidem com o centro do anel F", acrescentou.
SORTE
A descoberta foi, de certa forma, um golpe de sorte. Quando os cientistas observavam a Prometeu mais uma vez, Murray e os colegas notaram um espécie de jato no anel que não poderia ter sido formado pela lua ou por outro corpo celeste chamado S6, que em algumas ocasiões também cruza o anel.
Quando a equipe examinou as 20 mil imagens do período de sete anos que a Cassini está em Saturno, encontraram 500 exemplos semelhantes destes rastros em forma de jatos.
E, algo que os cientistas já sabem, é que as bolas de gelo colidem com o anel F a uma velocidade considerada baixa, cerca de dois metros por segundo. Os jatos que produzem tem entre 40 e 180 quilômetros de comprimento.
Em alguns casos, os jatos são produzidos apenas por uma bola de gelo, em outros, há provas de que grupos de bolas passaram pelo anel F para produzir estes rastros.
Os anéis de Saturno são compostos, primariamente, de gelo. Apesar de os anéis se estenderem por cerca de 140 mil quilômetros a partir do centro do planeta, a grossura média deles é de bem menos de cem metros.
Além da grande beleza, os anéis fascinam os cientistas pois podem ser usados como um modelo para estudar a formação do Sistema Solar.
Alguns dos comportamentos vistos nos anéis provavelmente são muito parecidos com os que ocorreram no disco de materiais em volta do Sol há mais de 4,5 bilhões de anos e que deu origem aos planetas, incluindo Saturno.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Nebulosa da Tarântula

Em comemoração ao aniversário de 22 anos do lançamento do telescópio espacial Hubble, a Nasa divulgou hoje uma imagem da nebulosa da Tarântula, localizada em uma de nossas galáxias vizinhas, a Grande Nuvem de Magalhães, a 165 mil anos-luz de distância

Executivos do Google e James Cameron bancam exploração mineral de asteroides

Eric Schmidt e Larry Page, executivos do Google, e o cineasta James Cameron estão entre os investidores de uma companhia que pretende pesquisar e no futuro extrair metais preciosos e minérios raros de asteroides em órbita próxima à da Terra.
A Planetary Resources, sediada em Bellevue, Washington (EUA), vai se concentrar inicialmente em desenvolver e vender espaçonaves robotizadas de baixo custo para missões de exploração.
Uma missão de demonstração deve ser lançada para orbitar em torno da Terra dentro de dois anos, afirmaram os co-fundadores da empresa, Peter Diamandis e Eric Anderson.
O objetivo da Planetary Resources é abrir a exploração do espaço ao setor privado, mais ou menos como fez o concurso Ansari X Prize, com prêmio de US$ 10 milhões, criado por Diamandis.
O prêmio, que estimulou o desenvolvimento do setor emergente de voos espaciais privados para passageiros, foi conquistado em 2004 pela Scaled Composites, com o projeto SpaceShipOne, que realizou o primeiro voo privado fora da atmosfera. Voos comerciais que transportarão passageiros ao espaço suborbital devem ser iniciados no ano que vem.
É provável que os primeiros clientes da Planetary Resources sejam agências científicas como a Administração Nacional da Aeronáutica e Espaço (Nasa), dos Estados Unidos, e institutos de pesquisa privados.
Dentro de cinco a dez anos, porém, a companhia espera avançar da venda de plataformas de observação para órbitas em torno da Terra ao fornecimento de serviços de prospecção. A ideia é explorar alguns dos milhares de asteroides que passam relativamente perto do planeta e extrair sua matéria-prima.
Nem todas as missões obteriam metais e minerais preciosos para transporte à Terra. Além de minerar platina e outros metais preciosos, a companhia planeja procurar água em asteroides a fim de abastecer depósitos de combustível orbitais que poderiam ser usados pela Nasa e outras organizações para missões espaciais robotizadas e tripuladas.
"Nossos planos são de longo prazo. Não antecipamos que a empresa seja um sucesso financeiro imediato. Precisaremos de tempo", disse Anderson em entrevista à Reuters.
Os retornos reais podem demorar décadas, e viriam de minerar asteroides para extrair metais do grupo da platina e minerais raros.

Os fundadores da Planetary, Peter H. Diamandis (esq.) e Eric Anderson (dir.), com o presidente, Chris Lewicki
Os fundadores da Planetary, Peter H. Diamandis (esq.) e Eric Anderson (dir.), com o presidente, Chris Lewicki

domingo, 22 de abril de 2012

Dia da Terra

O Dia da Terra foi criado pelo senador americano Gaylord Nelson, no dia 22 de Abril de 1970.
Tem por finalidade criar uma consciência comum aos problemas da contaminação, conservação da biodiversidade e outras preocupações ambientais para proteger a Terra.

História

A primeira manifestação teve lugar em 22 de abril de 1970. Foi iniciada pelo senador Gaylord Nelson, ativista ambiental, para a criação de uma agenda ambiental. Para esta manifestação participaram duas mil universidades, dez mil escolas primárias e secundárias e centenas de comunidades. A pressão social teve seus sucessos e o governos dos Estados Unidos criaram a Agencia de Proteção Ambiental (Environmental Protection Agency) e uma série de leis destinadas à proteção do meio ambiente.
  • Em 1972 se celebrou a primeira conferência internacional sobre o meio ambiente: a Conferência de Estocolmo, cujo objetivo foi sensibilizar aos líderes mundiais sobre a magnitude dos problemas ambientais e que se instituíssem as políticas necessárias para erradicar-los.
  • O Dia da Terra é uma festa que pertence ao povo e não está regulara por somente uma entidade ou organismo, tampouco está relacionado com reivindicações políticas, nacionais, religiosas ou ideológicas.
  • O Dia da Terra refere-se à tomada de consciência dos recursos na naturais da Terra e seu manejo, à educação ambiental e à participação como cidadãos ambientalmente conscientes e responsáveis.
  • No Dia da Terra todos estamos convidados a participar em atividades que promovam a saúde do nosso planeta, tanto a nível global como regional e local.
  • "A Terra é nossa casa e a casa de todos os seres vivos. A Terra mesma está viva. Somos partes de um universo em evolução. Somos membros de uma comunidade de vida independente com uma magnífica diversidade de formas de vida e culturas. Nos sentimos humildes ante a beleza da Terra e compartilhamos uma reverência pela vida e as fontes do nosso ser..."
Surgiu como um movimento universitário, o Dia da Terra se converteu em um importante acontecimento educativo e informativo. Os grupos ecologistas o utilizam como ocasião para avaliar os problemas do meio ambiente do planeta: a contaminação do ar, água e solos, a destruição de ecossistemas, centenas de milhares de plantas e espécies animais dizimadas, e o esgotamento de recursos não renováveis. Utiliza-se este dia também para insistir em soluções que permitam eliminar os efeitos negativos das atividades humanas. Estas soluções incluem a reciclagem de materiais manufaturados, preservação de recursos naturais como o petróleo e a energia, a proibição de utilizar produtos químicos danosos, o fim da destruição de habitats fundamentais como as florestas tropicais e a proteção de espécies ameaçadas. Por esta razão é o Dia da Terra.
Este dia não é reconhecido pela ONU.

sábado, 21 de abril de 2012

Madrugada terá chuva de meteoros visível a olho nu

Se as condições meteorológicas permitirem, a madrugada de sábado para domingo deve ter um bonito espetáculo no céu. Será o ápice da chamada chuva de meteoros Lirídeas, que deve ter até 20 desses corpos aparecendo por hora.
Conhecido também como estrela cadente, esse fenômeno acontece quando fragmentos de poeira entram em contato com a atmosfera terrestre. O encontro acaba produzindo uma faixa de luz, cuja intensidade pode variar.
A distribuição dessas partículas não é uniforme e, vez por outra, nosso planeta passa por regiões onde há maiores concentrações, oriundas de asteroides e cometas.
Como o próprio nome sugere, o fenômeno desta madrugada acontece na constelação de Lira. Para localizá-la no céu, o ideal é encontrar a estrela Vega, que é a mais brilhante.
Embora o espetáculo seja visível durante boa parte da noite, deve ficar mais fácil de identificá-lo já no fim da madrugada, quando a constelação estará alta no céu.
"Vale lembrar que, para ver bem a chuva de meteoros, é preciso estar num lugar escuro. As luzes da cidade atrapalham a visualização", explica o astrofísico Gustavo Rojas, da UFSCar. Nessas condições, será possível vê-los a olho nu.

quarta-feira, 18 de abril de 2012

Explosões solares são capturadas por câmeras da Nasa

A agência espacial americana, a Nasa, divulgou imagens de uma poderosa explosão solar que liberou plasma super aquecido da superfície do sol no espaço.
A explosão foi registrada pela espaçonave do Observatório de Dinâmica Solar, parte de uma missão de cinco anos focada no sol.
Embora a tempestade não tenha sido a mais forte do ano, fotos e vídeo da erupção solar chamam a atenção pela propagação de plasma no espaço.
CMEs (ondas de radiação eletromagnética e matéria carregada conhecida como ejeções de massas coronais) extremamente fortes podem colocar em risco astronautas e satélites no espaço, assim como redes de energia, navegação e sistemas de comunicação na Terra.

Explosões solares são capturadas por câmeras da Nasa
Explosões solares são capturadas por câmeras da Nasa

Nave Discovery decola pela última vez, rumo ao museu

O ônibus espacial Discovery decolou nesta terça-feira para sua última viagem, pegando carona num avião até o anexo do Museu Nacional Aeroespacial Smithsonian, na Virgínia.
Veja galeria de imagens do ônibus espacial Discovery
Os EUA aposentaram no ano passado a sua frota de ônibus espaciais, após concluírem a construção da Estação Espacial Internacional, um projeto de 100 bilhões de dólares que envolve 15 países. Agora, a Nasa (agência espacial norte-americana) começou a desenvolver uma nova geração de naves capazes de levar astronautas a destinos mais distantes do que a estação, que está a 384 quilômetros de altitude.
O Discovery, o principal dos três ônibus espaciais sobreviventes, voltou do espaço pela última vez em março de 2011. Ele foi prometido ao museu do Instituto Smithsonian, repositório oficial de artefatos espaciais do país.
"É triste ver isso acontecendo", disse Nicole Stott, astronauta que participou da última tripulação do Discovery. "Mas, olhando para isso, não dá para não se impressionar. Minha esperança agora é que sempre que alguém olhar para esse veículo irá se impressionar, irá sentir que é isso que podemos fazer quando nos desafiamos."
Em vez de decolar de uma plataforma de lançamento à beira-mar, como era habitual, o Discovery desta vez subiu aos céus em cima de um Boeing 747 modificado, que taxiou ao alvorecer na pista do Centro Espacial Kennedy. A cauda da nave estava coberta por um cone aerodinâmico, e suas janelas estavam cobertas.
Após dar uma volta sobre Washington, o avião deveria pousar entre 10h e 11h (hora local) no Aeroporto Internacional Dulles, de Washington. O Discovery então será transferido ao Centro Steven F. Udvar-Hazy, ligado ao Smithsonian, em Chantilly (Virgínia).
O Discovery, que entrou em atividade em 1984, substituirá a Enterprise, protótipo de nave orbital que está exposto no museu depois de ser usado em testes de voos atmosféricos na década de 1970.
A Enterprise, por sua vez, será levada neste mês para o Museu Marítimo e Aeroespacial Intrepid, em Nova York.
Os outros ônibus espaciais, Endeavour e Atlantis, serão expostos ainda neste ano no Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles, e no Complexo de Visitantes do Centro Espacial Kennedy, na Flórida, respectivamente.
Ônibus espacial Discovery é 'rebocado' por avião da Nasa para museu em Chantilly, nos EUA
Ônibus espacial Discovery é 'rebocado' por avião da Nasa para museu em Chantilly, nos EUA

segunda-feira, 16 de abril de 2012

Crateras de asteroides podem esconder vida em Marte, indica pesquisa

Crateras formadas pela queda de asteroides podem ser os locais mais propícios para se encontrar vida em planetas como Marte, de acordo com um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Edimburgo.
Os cientistas acreditam que tais locais podem abrigar micróbios, sugerindo que crateras em outros planetas também podem "esconder vida".
Eles afirmam que foram descobertos organismos vivos sob o local onde um asteroide caiu na Terra há cerca de 35 milhões de anos.
Os pesquisadores escavaram por quase 2 km de profundidade sob a cratera de um grande asteroide que caiu em Chesapeake, Califórnia, EUA.
Amostras subterrâneas mostram que os micróbios estavam espalhados, de forma desigual, sob a pedra, sugerindo que o meio-ambiente estaria ainda se adaptando ao evento, mesmo 35 milhões de anos após o impacto.
Os pesquisadores dizem que o calor do impacto de uma colisão de asteroide mataria qualquer vida na superfície, mas falhas em rochas subterrâneas permitiriam que água e nutrientes chegassem até as profundezas, possibilitando a vida.
Segundo a tese dos cientistas, as crateras proporcionariam um refúgio aos micróbios, protegendo-os dos efeitos de mudanças climáticas, como aquecimentos globais e eras glaciais.
"As áreas profundamente fraturadas ao redor do local onde ocorreram os impactos poderiam proporcionar um refúgio seguro no qual os micróbios prosperariam por longos períodos de tempo" disse Charles Cockell, da equipe de pesquisadores.
"Nossas descobertas sugerem que a o subterrâneo das crateras de Marte podem ser um local promissor para se procurar por evidência de vida", completa

Astrônomo 'caçador' de planetas agora vai procurar ETs

Cansado de apenas descobrir planetas, o astrônomo americano Geoffrey Marcy decidiu ir atrás dos ETs.
Depois de descobrir centenas de planetas fora do Sistema Solar -incluindo o primeiro sistema multiplanetário-, o pesquisador aparentemente ficou entediado.
"Estou nessa feliz posição em que minha carreira foi mais bem-sucedida do que eu jamais poderia ter imaginado", disse Marcy em entrevista à revista "New Scientist".
"É hora de jogar os dados, tentar algo bem improvável. Cientistas mais jovens não podem colocar seus ovos nessa cesta, porque as chances de sucesso são baixas. Mas eu posso me dar ao luxo."
Sem dúvida é um reforço de peso para as pesquisas conhecidas pela sigla Seti (busca por inteligência extraterrestre, em inglês).
No fim do ano passado, Marcy foi escolhido para a cátedra Alberts, na Universidade da Califórnia em Berkeley -a primeira do tipo destinada especificamente a fomentar pesquisas de busca por civilizações alienígenas.





Em sua nova função, o astrônomo americano está desenvolvendo duas grandes linhas de pesquisa -ambas fugindo ao lugar-comum do que se convencionou ver em pesquisas de Seti.
Desde 1960, quando o americano Frank Drake apontou o primeiro radiotelescópio para o céu em busca de transmissões alienígenas, a imensa maioria dos esforços tem sido buscar sinais de rádio.
Marcy, contudo, acha que os ETs provavelmente usariam lasers para se comunicar. E é isso que ele pretende buscar, junto com Andrew Howard, de Berkeley.
"Se Gene Roddenberry [criador da série "Jornada nas Estrelas"] está certo e os klingons e romulanos estão mesmo lá fora, eles precisam se comunicar uns com os outros. E eles não vão fazer isso esticando cabos de fibra óptica entre as estrelas. Vão fazer isso por laser."
Uma das vantagens do laser, em vez do rádio, é que é mais econômico, do ponto de vista energético, além de mais "privativo". Um sinal de rádio vaza muito mais fácil do que um laser, apontado apenas sobre um alvo pequeno, como um planeta a cinco anos-luz de distância.
Entretanto, muitos astrônomos são céticos a essa abordagem. Justamente por ser mais privativo, é um sinal bem mais difícil de achar.
SUPERCIVILIZAÇÕES
Outra linha de pesquisa a que Marcy pretende se dedicar é a busca de sinais de supercivilizações, na forma das chamadas esferas Dyson.
Concebidas pelo famoso físico Freeman Dyson, elas seriam estruturas construídas ao redor de estrelas para absorver o máximo de energia.
Presume-se que só civilizações muito mais sofisticadas que a nossa possam construí-las, mas, segundo Marcy, talvez seja possível notar variações no brilho das estrelas que denotem sua existência.

terça-feira, 10 de abril de 2012

"Mudança climática é questão moral", diz cientista da Nasa

Evitar as piores consequências da mudança climática provocada pelo ser humano é uma "grande questão moral" equivalente à escravidão, segundo o importante cientista climático da Nasa professor Jim Hansen.
Ele afirma que o acúmulo de consequências dispendiosas e destrutivas para a sociedade do futuro é uma "injustiça de uma geração para com as demais".
Hansen, que amanhã (10/4) receberá a prestigiosa Medalha de Edimburgo por sua contribuição à ciência, pedirá um imposto mundial sobre todas as emissões de carbono em seu discurso de aceitação.
Em sua palestra, Hansen vai argumentar que o desafio diante das futuras gerações por causa da mudança climática é tão urgente que há necessidade de um imposto fixo global para forçar cortes imediatos no uso de combustível fóssil.
Antes de receber o prêmio --que já foi dado a sir David Attenborough, ao ecologista James Lovelock e ao economista Amartya Sen--, Hansen disse ao "Guardian" que os últimos modelos climáticos mostraram que o planeta está à beira de uma emergência. Ele disse que a humanidade enfrenta repetidos desastres naturais causados por acontecimentos climáticos extremos que afetarão grandes áreas do planeta.
"A situação que estamos criando para os jovens e as futuras gerações é que lhes entregamos um sistema climático potencialmente fora de seu controle", ele disse. "Estamos em uma emergência: você pode ver o que está no horizonte para as próximas décadas, com os efeitos que terá sobre os ecossistemas, o nível do mar e a extinção de espécies."
INFLUÊNCIA
Aos 70 anos, Hansen é considerado uma das figuras mais influentes na ciência climática; o criador de um dos primeiros modelos climáticos globais, seu papel pioneiro ao advertir sobre o aquecimento global foi frequentemente citado por ativistas do clima, como o ex-vice-presidente americano Al Gore, e em prêmios científicos anteriores, incluindo o prêmio Dan David, de US$ 1 milhão. Ele foi preso mais de uma vez por participar de protestos contra a energia carbonífera.
Hansen vai afirmar em sua palestra que as atuais gerações têm o enorme dever moral para com seus filhos e netos de agir imediatamente. Descrevendo-o como uma questão de justiça intergeracional, equivalente à abolição da escravidão, Hansen disse: "Nossos pais não sabiam que estavam causando um problema para as futuras gerações, mas nós só podemos fingir que não sabemos, porque a ciência hoje é cristalina.
"Nós compreendemos o ciclo do carbono: o CO2 que colocamos no ar ficará em reservatórios na superfície e não voltará para a terra sólida durante milênios. O que a história da Terra nos diz é que há um limite de quanto podemos colocar no ar sem causar consequências desastrosas para as futuras gerações. Não podemos fingir que não sabíamos."
Hansen afirmou que sua proposta de um imposto global ao carbono se baseia nas últimas análises dos níveis de CO2 na atmosfera e seu impacto sobre as temperaturas globais e os padrões climáticos. Ele é coautor de um trabalho científico com outros 17 especialistas, entre eles cientistas climáticos, biólogos e economistas, que pedem um corte anual imediato de 6% nas emissões de CO2 e um crescimento substancial na cobertura florestal global, para evitar uma mudança climática catastrófica no final deste século.
O trabalho, que foi aprovado por colegas cientistas e está nas etapas finais de publicação pelo Proceedings of the National Academy of Sciences, afirma que uma taxa global sobre os combustíveis fósseis é a ferramenta mais forte para obrigar as companhias energéticas e os consumidores a mudarem rapidamente para fontes de energia verdes e sem emissão de carbono. Em países maiores, isso incluiria a energia nuclear.
INVESTIMENTOS
De acordo com essa proposta, a tarifa do carbono aumentaria ano a ano, e sua receita seria devolvida diretamente ao público como um dividendo igualmente compartilhado, e não colocada nos cofres do governo. Como o imposto aumentaria muito o custo da energia de combustíveis fósseis, os consumidores que contam com fontes de energia verdes ou de baixa emissão de carbono se beneficiariam mais, pois esse dividendo se acrescentaria às contas de combustível mais baratas.
Isto promoveria um drástico aumento do investimento em desenvolvimento de fontes energéticas e tecnologias de baixo teor de carbono.
Os muito ricos e os maiores usuários de energia, pessoas que têm várias casas, jatos particulares ou carros de alto consumo, também seriam obrigados a modificar drasticamente sua utilização da energia.
No novo trabalho, Hansen, que é diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais da Nasa, e seus colegas advertem que, se não cortarmos as emissões de CO2 em 6% agora, em 2022 os cortes anuais precisarão atingir um nível mais drástico, de 15% ao ano.
Se uma ação semelhante tivesse sido tomada em 2005, quando entrou em vigor o Protocolo de Kyoto sobre mudança climática, a redução da emissão de CO2 teria sido mais administrável, de 3% ao ano. A meta era retornar aos níveis de CO2 na atmosfera de 350 partes por milhão, em comparação com seu nível atual de 392 ppm.
O trabalho, intitulado "Tese Científica para Evitar a Perigosa Mudança Climática e Proteger os Jovens e a Natureza", também afirma que o desafio está crescendo por causa da corrida acelerada para encontrar novas fontes de petróleo, gás e carvão mais difíceis de alcançar --nas profundezas oceânicas, no Ártico e nas reservas de xisto.
Hansen disse que as atuais tentativas de limitar as emissões de carbono foram "completamente ineficazes", especialmente o mecanismo de negociação de emissões da União Europeia adotado sob o Protocolo de Kyoto, que restringe quanto CO2 uma indústria pode emitir antes que tenha de pagar uma taxa por excesso de emissão.
Sob a proposta de imposto global do carbono, o mecanismo de controle do uso de combustível fóssil seria tirado das mãos de países individuais influenciados pelas empresas de energia e de políticos ansiosos para ganhar eleições.
"Não pode ser definido por mudanças individuais específicas; tem de ser uma taxa crescente e para todos sobre as emissões de carbono", disse Hansen. "Não podemos simplesmente dizer que existe um problema climático e deixá-lo a cargo dos políticos. Eles estão tão claramente sob a influência da indústria de combustíveis fósseis que apresentam soluções absurdas, que não são soluções. Essa é a conclusão final."
Tradução de LUIZ ROBERTO MENDES GONÇALVES.

Novo planetário é inaugurado em centro cultural de Santo André

Batizado com nome de astrônomo alemão, o planetário Johannes Kepler (1571-1630) está aberto ao público desde o dia 4 de abril, em Santo André, e é o primeiro na região do ABC paulista.
Localizado no Sabina - Escola Parque do Conhecimento, um espaço cultural da prefeitura, o observatório passa a ser considerado um dos melhores do país juntamente com o do Rio de Janeiro e o de São Paulo.
De acordo com a assessoria de imprensa da administração municipal, a cidade passa a ter um dos mais modernos sistemas óticos e digitais disponíveis para o público, que poderá se acomodar em 247 poltronas no local.
De terça a sexta, as apresentações no planetário são exclusivas para as escolas agendadas. Já aos finais de semana e feriados do mês de abril, adultos e crianças poderão assistir às sessões em dois horários, às 13h30 e às 16h.
VALE A PENA CONFERIR
Planetário Johannes Kepler, em Santo André (SP)
QUANDO: de terça a sexta-feira, das 9h às 17h para escolas agendadas; aos sábados e domingos, das 12h às 18h
ONDE: Sabina - Escola Parque do Conhecimento, em Santo André (r. Juquiá, s/nº; tel: 0/xx/11/4422-2001)
QUANTO: ingresso custa R$ 10, mas estudantes, professores, servidores públicos de Santo André, aposentados e idosos acima de 65 anos pagam meia; alunos e professores da rede municipal de Santo André, crianças menores de 5 anos e pessoas com deficiência têm entrada gratuita

Planetário de Santo André, que abriu na semana passada
Planetário de Santo André, que abriu na semana passada

Via Láctea tem bilhões de planetas potencialmente 'habitáveis'

Bilhões de planetas potencialmente "habitáveis" existem na Via Láctea, onde está a Terra.
O anúncio foi feito nesta semana por um grupo de cientistas do Observatório de Ciências do Universo de Grenoble, na França.
Em apenas um conjunto de 102 estrelas do tipo "anãs vermelhas" foram descobertas nove 'super Terras'. Essa é a maneira como são chamados os planetas rochosos com massa um pouco maior que a da Terra.
Já "anãs vermelhas" é o apelido das estrelas que são relativamente frágeis e frias se comparadas com o Sol. Elas são muito comuns nas galáxias e representam 80% de todas as estrelas na Via Láctea.
"Nossas novas observações significam que mais ou menos 40% de todas as anãs vermelhas têm uma 'super Terra' em sua zona habitável, onde a água líquida pode existir na superfície do planeta", explicou Xavier Bonfils, coordenador da equipe de pesquisadores.
Existindo água, é possível que existam formas de vida.
"Mas as anãs vermelhas são conhecidas por estarem sujeitas a erupções estelares que podem submergir o planeta em uma onda de raios X ou de radiações ultravioletas, tornando a vida menos provável na região", disse Stéphane Udry, do Observatório de Genebra.
Portanto resta muito caminho a percorrer para detectar uma hipotética forma de vida extraterrestre.
Espetacular vista da Via Láctea no Observatório Europeu do Sul, no Chile. Crédito: Yuri Beletsky/ESO.
Vista da Via Láctea capturada a partir do Observatório Europeu do Sul, no Chile

Satélite brasileiro estudará buracos negros

O primeiro satélite astronômico brasileiro já teve sua configuração definida. A informação é do cientista responsável pela missão, que está sendo planejada para voar em janeiro de 2017.
"Os instrumentos já estão completamente definidos", diz João Braga, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Ciências Espaciais), em São José dos Campos.
Batizada em homenagem ao físico brasileiro Cesar Lattes (1924-2005), a espaçonave é o ponto culminante do primeiro esforço de desenvolvimento de satélites científicos conduzido pelo Brasil.
Originalmente, o que veio a se tornar a configuração original do Lattes consistia em dois satélites diferentes, um voltado para astrofísica (Mirax) e outro para observação da Terra (Equars).
O planejamento das duas missões, separadas, havia começado em 2000. Contudo, uma mudança estratégica do programa sugeriu a combinação das duas numa só, o que gera uma configuração curiosa: a parte de cima do satélite passará o tempo todo olhando para o céu, enquanto a de baixo estará sempre mirando a Terra.
Os dispositivos das duas missões estarão embarcados na chamada Plataforma Multimissão (PMM), uma espécie de "carcaça de satélite genérica" que pode ser usada para propósitos diferentes.
Não será a primeira missão da PMM (que deve ser usada inicialmente pelo satélite de monitoramento Amazônia-1), mas a ideia é que se torne a primeira a ter o sistema de controle de atitude (que determina a orientação da nave no espaço) desenvolvido totalmente no Brasil.
O Lattes fará uma varredura do céu em busca de sinais de fontes de raios X. Essa radiação altamente energética costuma vir de objetos astrofísicos interessantes e misteriosos, como os buracos negros, e seu estudo pode ajudar a identificar a natureza de diversos fenômenos ainda pouco compreendidos.
Um dos aspectos interessantes da missão é que ela fará um monitoramento constante de grande parte do céu em busca dessas fontes. "O fato é que o céu em raios X é supervariável e até hoje nenhuma missão fez um acompanhamento sistemático", diz Braga. "Vamos monitorar o comportamento transiente, em todas as escalas de tempo, de segundos a meses."
Com isso, espera-se fazer descobertas na dinâmica de objetos como buracos negros, identificando, por exemplo, o processo de acreção.
Buracos negros são objetos tão densos que nada consegue escapar de sua gravidade, nem mesmo a luz. Os raios X são emanados de suas imediações, onde costumam se formar discos de acreção --material prestes a ser engolido pelo objeto. Com o Lattes, será possível investigar a fundo esse processo.
VERSATILIDADE
Enquanto os detectores de raios X --desenvolvidos pelo Centro Harvard-Smithsonian para Astrofísica, nos Estados Unidos-- ficam apontados para o céu, outros instrumentos, destinados a monitorar a atmosfera terrestre, ficam apontados para baixo.
A disputa entre duas missões concorrentes num mesmo satélite poderia se tornar um problema, mas nesse caso tudo confluiu bem, segundo João Braga.
"Tivemos de mudar um pouco nossa estratégia de observação. Antes, quando o Mirax era uma missão solo, a ideia era observar a região do centro da galáxia de forma fixa. Mas agora, para conciliar com as necessidades do Equars, que precisa estar apontado para a Terra, vamos fazer um monitoramento móvel de mais da metade do céu."
Segundo o pesquisador, a mudança não ocasionou perda científica. "Embora, para um alvo específico, você tenha menos tempo ininterrupto de observação, você passa a ter uma região do céu muito maior."
O Lattes deve ficar a cerca de 650 km de altitude, numa órbita com 15 graus de inclinação, com relação ao equador terrestre. O satélite, com seus 500 kg, deve ser lançado por um foguete estrangeiro, contratado comercialmente.
Nenhum dos lançadores que poderiam partir do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, tem a configuração certa para fazer o serviço. Para o brasileiro VLS, o Lattes é pesado demais. Para o ucraniano Cyclone-4, é leve demais.

domingo, 1 de abril de 2012

Nasa divulga foto da galáxia do Disco Voador, feita pelo Hubble

A Nasa divulgou nesta sexta-feira uma imagem da galáxia do Disco Voador, feita pelo telescópio Hubble. O apelido que chama a atenção foi dado por astrônomos de um observatório em Cocoa, na Flórida.
A visão lateralizada da NGC 2683, localizada a 16 milhões de anos luz da Terra, na constelação de Lynx, permite a observação das particularidades dessa galáxia em espiral, como as camadas de poeira cósmica e a imensa quantidade de estrelas nas extremidades.

Cientistas captam tornados na superfície solar

Cientistas do País de Gales filmaram tornados gigantes na superfície do Sol, cujo tamanho é diversas vezes ao do planeta Terra.
Pesquisadores da Universidade de Aberystwyth encontraram as tempestades com ajuda do telescópio atmosférico que fica a bordo do Observador Dinâmico Solar (SDO, na sigla em inglês), que pertence à Nasa (agência espacial americana).

Imagem de tornado na superfície do Sol; gases podem atingir até 300 mil quilômetros por hora
Imagem de tornado na superfície do Sol; gases podem atingir até 300 mil quilômetros por hora

O vídeo foi exibido em um encontro nacional de astronomia em Manchester.
"Está é provavelmente a primeira vez que um tornado solar tão grande é filmado", afirma o astrônomo Xing Li, do Instituto de Matemática e Física da universidade. "Outros tornados menores já haviam sido detectados por satélites [Soho], mas eles não haviam sido filmados."
Os tornados solares foram observados em 25 de setembro de 2011. Eles foram descobertos com um equipamento que havia sido lançado no espaço em fevereiro de 2010.
O objetivo do satélite é coletar dados que ajudem os cientistas a entender como variações nos padrões do Sol podem afetar o resto do espaço.
O telescópio registrou gases superaquecidos --com temperaturas entre 47.250 e 2 milhões de graus Celsius-- circulando a distâncias de cerca de 200 mil quilômetros por períodos de pelo menos três horas.
A velocidade dos gases pode atingir até 300 mil quilômetros por hora. Na Terra, os tornados de ar chegam a 150 quilômetros por hora, no máximo.
As tempestades solares têm efeitos na Terra. Durante o fenômeno, eles podem provocar interrupções no serviço de alguns satélites e em redes de eletricidade.

Veja o vídeo