segunda-feira, 21 de dezembro de 2015

Cientistas descobrem planeta potencialmente habitável 'perto' da Terra

Wolf 1061c foi identificado por pesquisadores australianos e pode até ter água em estado líquido.

O planeta com a órbita do meio, Wolf 1061c é potencialmente habitável e pode até ter água em estado líquido  (Foto: UNSW/Imagem simulada com Universe Sandbox 2/universesandbox.com)
O planeta com a órbita do meio, Wolf 1061c é potencialmente habitável e pode até ter água em estado líquido (Foto: UNSW/Imagem simulada com Universe Sandbox 2/universesandbox.com)

Cientistas australianos identificaram um exoplaneta potencialmente habitável a 14 anos-luz da Terra - distância relativamente curta no espaço.
Pesquisadores da Universidade de Nova Gales do Sul descobriram que o planeta, que tem mais de quatro vezes a massa da Terra, é um dos três que orbitam a estrela-anã Wolf 1061.
"É uma descoberta particularmente animadora pois todos os três planetas têm uma massa baixa o bastante para serem potencialmente rochosos e de superfície sólida. E o planeta do meio, Wolf 1061c, está na zona (chamada de) 'Cachinhos Dourados', onde pode ser viável a existência de água em estado líquido - e talvez até vida", afirmou um dos autores do estudo, Duncan Wright.
A estrela-anã Wolf 1061, que os três planetas descobertos orbitam, é relativamente fria e estável. Os planetas têm orbitas de cinco, 18 e 67 dias.
As massas são pelo menos 1,4, 4,3 e 5,2 vezes a da Terra, respectivamente.
O planeta maior fica de fora do limite da área habitável e provavelmente também é rochoso, enquanto que o planeta menor está perto demais da estrela para ser habitável.
Gliese
Robert Wittenmyer, que também participou da pesquisa, disse à BBC Brasil que a descoberta da super-Terra é tão importante quanto à de outro planeta potencialmente habitável fora de nosso Sistema Solar, Gliese 667Cc.
Anunciado em fevereiro de 2012, o Gliese 667Cc é outro planeta da classe super-Terra, uma classe de planetas com o tamanho entre os de planetas rochosos como Terra e Marte e os gigantes gasosos Júpiter e Saturno.
O Gliese 667Cc tem cerca de 4,5 vezes a massa da Terra, demora 28 dias para completar a órbita em volta de sua estrela e está a 22 anos-luz.
Pequenos planetas rochosos são abundantes em nossa galáxia, e sistemas com muitos planetas também parecem ser comuns. No entanto, a maioria dos exoplanetas rochosos descobertos até agora estão a centenas - ou até milhares - de anos-luz.

A localização da estrela Wolf 1061  (Foto: BBC/Universidade de Nova Gales do Sul)
A localização da estrela Wolf 1061 (Foto: BBC/Universidade de Nova Gales do Sul)

Atmosfera
Wittenmyer afirmou à BBC Brasil que a equipe de cientistas só poderá analisar a atmosfera do planeta quando ele passar em frente à estrela.
"Vamos usar nosso telescópio Minerva para procurar por trânsitos em fevereiro, quando a estrela poderá ser observada de novo. Se (o planeta) transitar (em frente à estrela) será a melhor chance, pois (o sistema) está tão perto (da Terra)."
O cientista afirma que, caso eles consigam observar o planeta em trânsito em frente à estrela Wolf 1061, eles poderão medir seu raio, densidade e atmosfera.
A equipe da Universidade de Nova Gales do Sul conseguiu fazer a descoberta observando a estrela-anã com instrumentos específicos do Observatório Europeu do Sul em La Silla, no Chile.
"Nossa equipe desenvolveu uma nova técnica que melhora a análise de dados deste instrumento preciso, construído para a caça de planetas, e nós estudamos mais de uma década de observações da Wolf 1061", disse o professor Chris Tinney, chefe do setor de Ciência Exoplanetária da universidade australiana.
"Estes três planetas bem do nosso lado se juntam ao pequeno porém crescente grupo de mundos rochosos potencialmente habitáveis orbitando estrelas próximas mais frias que nosso Sol", acrescentou.
"É fascinante observar a vastidão do espaço e pensar que uma estrela tão próxima de nós - um vizinho próximo - pode ter um planeta habitável", afirmou Duncan Wright.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/12/cientistas-descobrem-planeta-potencialmente-habitavel-perto-da-terra.html

Natal terá Lua Cheia pela primeira vez desde 1977

Próximo Natal com Lua Cheia será apenas em 2034.
Pico será às 9h11 pelo horário de Brasília.


Lua cheia é vista da Cidade do México na noite de terça-feira (7) (Foto: Marco Ugarte/AP)
Lua cheia (Foto: Marco Ugarte/AP)

Neste ano o Natal será de Lua Cheia. Isso não acontece desde 1977 e voltará a ocorrer apenas daqui a 19 anos, em 2034, segundo a Nasa, a agência espacial americana.

A Lua Cheia de dezembro, que é a última do ano, é chamada no hemisfério norte de Lua Cheia Fria. Isso porque ela ocorre no começo do inverno naquela região.

Segundo a Nasa, o pico da Lua Cheia no dia de Natal será às 6h11 no horário de Nova York, 9h11 pelo horário de Brasília.

“Quando nós olhamos para a Lua numa ocasião dessas, vale lembrar que a Lua é mais do que um corpo celeste vizinho”, diz John Keller, cientista da Nasa em comunicado. “A história geológica da Lua e da Terra são intimamente ligadas, de modo que a Terra seria um planeta totalmente diferente sem a Lua”.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/12/natal-tera-lua-cheia-pela-primeira-vez-desde-1977.html

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Satélite a quase 2 milhões de km da Terra captura imagem inédita de eclipse lunar

Espaçonave tem câmera sempre focada na face iluminada da Terra, e registrou imagem ao mirar na Lua para calibragem do equipamento.

Um satélite americano estacionado a um milhão de milhas (1,6 milhão de km) da Terra conseguiu um registro único de um eclipse lunar (Foto: BBC)
Um satélite americano estacionado a um milhão de milhas (1,6 milhão de km) da Terra conseguiu um registro único de um eclipse lunar (Foto: BBC)

Um satélite americano estacionado a um milhão de milhas (1,6 milhão de km) da Terra conseguiu um registro único de um eclipse lunar. Veja o vídeo.
Lançada em fevereiro, a espaçonave DSCOVR tem uma câmera focada constantemente na face iluminada da Terra.
As imagens são usadas para rastrear elementos móveis, como nuvens e tempestades de areia, e para monitorar o clima.
Mas, em 27 de setembro, o satélite estava na exata posição para ver a Lua passar atrás da Terra e por sua sombra.
Em solo, observadores do céu viram o corpo lunar se transformar em uma sombra vermelha. Isso ocorre porque alguma luz solar ainda atinge a superfície da Lua após ser filtrada pela atmosfera terrestre.
"Nossa câmera é normalmente focada na Terra, mas usamos a Lua para calibragem", disse Jay Herman, o principal investigador da Nasa (agência espacial americana) no sistema de câmeras do DSCOVR, chamado Epic.
"Isso é o que estávamos fazendo naquele momento. Estávamos focando na Lua e a Terra entrou na frente cerca de quatro horas antes de o eclipse ser visto em nosso planeta. Isso é porque estávamos em uma posição angular, bem ao lado da linha Sol-Terra."

 As nuvens produzidas por navios no Pacífico podem ser vistas a um milhão de milhas de distância  (Foto: NASA)
As nuvens produzidas por navios no Pacífico podem ser vistas a um milhão de milhas de distância (Foto: NASA)

A Terra está em rotação quando passa. É algo único porque você pode observar o movimento das nuvens", disse Herman durante encontro da União Americana de Geofísica, em São Francisco (EUA).
Relatórios mostram que o satélite DSCOVR está em ótimo estado.
Um de seus objetivos é mapear o comportamento das nuvens. Os diferentes filtros de onda do sistema permitem estimar a altura das nuvens. Isso é importante para monitorar sistemas meteorológicos e entender o impacto das nuvens no clima. Algumas ajudam a resfriar o planeta ao refletir a luz solar de volta para o espaço, enquanto outras esquentam a Terra ao conservar calor.
Neste trabalho, o sistema Epic já detectou coisas inesperadas, como o rastro de navios. Não são as ondas produzidas por embarcações, mas as nuvens que seus sistemas de exaustão lançam na atmosfera.
"Foi surpreendente para nós poder observar isso a um milhão de milhas, e as imagens são melhores quando usamos um comprimento de onda maior, porque isso fornece um maior contraste com a escuridão do oceano", disse Alexander Marshak, cientista do projeto.
Um dos instrumentos do satélite, hoje em fase de testes, é um radiômetro que mede o total de energia solar refletida na Terra, bem como o calor emitido pelo planeta.
Principal investigador dos dados fornecidos por esse equipamento, Steven Lorentz, do Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia dos EUA, diz que a quantidade de energia solar refletida depende dos continentes e oceanos em foco. A Terra refletia mais calor, segundo ele, quando a África estava em foco (superfícies terrestres são mais brilhantes do que superfícies marítimas), e a Antártica também ficava visível durante o verão no hemisfério sul.
"Os dois polos do planeta aparecem de forma muito visível nos dados. Quando a Terra está inclinada nesta ou naquela direção, isso faz realmente diferença no albedo planetário (poder de reflexão da luz solar). Isso só reforça a importância do gelo para o clima, porque se os polos não estivessem ali, ou se diminuírem, a quantidade de energia (calor) no sistema irá aumentar."
Segundo outro membro do projeto, o cientista Adam Szabo, as medições do satélite não são novidade, pois também são feitas por equipamentos que orbitam a Terra. A vantagem está, diz, no posicionamento do DSCOVR.
"Posicionado entre o Sol e a Terra, o satélite enxerga toda a face iluminada da Terra todo o tempo, permitindo à Terra rotacionar em torno do equipamento em vez de o satélite girar ao redor do planeta."

 Esta é a face da Terra, com a África e a Antártica, que reflete a maior quantidade de energia solar  (Foto: NASA)
Esta é a face da Terra, com a África e a Antártica, que reflete a maior quantidade de energia solar (Foto: NASA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/12/satelite-a-quase-2-milhoes-de-km-da-terra-captura-imagem-inedita-de-eclipse-lunar.html

A lua com gêiseres de vapor que pode ter a melhor condição para vida depois da Terra

Sonda lançada em 1997 revelou dados surpreendentes em Enceladus, em órbita de Saturno, com 'sistema de encanamento' de jatos d'água que podem dar suporte à vida microbial.

O "encanamento" dos jatos de vapor de Enceladus leva a um oceano subterrâneo que pode atingir 40 km de profundidade  (Foto: Nasa)
O "encanamento" dos jatos de vapor de Enceladus leva a um oceano subterrâneo que pode atingir 40 km de profundidade (Foto: Nasa)

A sonda Cassini, um projeto conjunto da Agência Espacial Europeia (ESA na sigla inglesa) e da Agência Espacial americana (Nasa), fez descobertas incríveis em Saturno, mas nenhuma supera as revelações extraordinárias sobre Enceladus.
O que esse satélite movido a plutônio já viu nessa lua congelada de 500 km de diâmetro é surpreendente.
A Cassini detectou grandes jatos de vapor d'água e outros materiais jorrando de rachaduras no polo sul da lua de Saturno.
É um espetáculo único no Sistema Solar, afirma Carolyn Porco, que coordena o sistema de câmeras da espaçonave.
"Brincamos entre a nossa equipe que encontramos o 'parque interplanetário de gêiseres de Enceladus', e que gerações futuras poderão ir para lá em férias", afirmou.
Mas pesquisadores não estão brincando ao afirmar que esse pequeno mundo está entre os melhores locais para se buscar vida fora da Terra.
O "encanamento" dos jatos de vapor leva a um amplo reservatório de água que pode atingir até 40 km de profundidade.
Os instrumentos da Cassini puderam mostrar, sobrevoando e analisando as emissões de materiais, que as condições e a química desse oceano subterrâneo podem dar suporte à vida microbial.
Há fortes indícios de que a água esteja interagindo com rochas no leito do oceano, para produzir o tipo de coquetel de nutrientes que poderia alimentar pequenos organismos.
"Eu me interesso há décadas pela busca por vida no Sistema Solar e ainda estou espantado com o que estamos vendo em Enceladus. É um pequeno mundo tão distante da Terra, expelindo uma riqueza de material orgânico, água e indícios de habitabilidade. É surpreendente, e as amostras estão bem ali, livres para coleta", disse Chris McKay, astrobiólogo da Nasa.
Mas mesmo com toda sua capacidade, a Cassini, com sua tecnologia dos anos 1980 e 1990, não pode comprovar em definitivo a presença de micróbios sob a superfície gelada de Enceladus. A sonda foi lançada em outubro de 1997 e chegou a Saturno em julho de 2004.
Para isso, seria preciso um outro tipo de satélite, com sensores especiais.
A Cassini irá fazer uma última manobra de aproximação da lua na próxima semana para coletar uma leva final de imagens detalhadas da superfície.
Depois irá se deslocar pelo sistema de Saturno em preparação para observações finais do planeta dos anéis.
Então estamos quase dando adeus a Enceladus, e - claro - isso já motiva conversas sobre como podermos voltar um dia com equipamentos mais potentes.
O "encanamento" dos jatos de vapor de Enceladus leva a um oceano subterrâneo que pode atingir 40 km de profundidade
Jonathan Lunine é um cientista interdisciplinar na missão Cassini na Universidade Cornell, nos EUA. Ele desenvolveu um conceito para uma espaçonave que chamou de ELF (Enceladus Life Finder, ou localizador de vida de Enceladus, em tradução livre).
Seria uma sonda menor do que o satélite gigante que hoje orbita Saturno, mas a perda em tamanho (e custo) seria compensada pela sofisticação.
Seus instrumentos seriam voltados à análise do conteúdo dos jatos de vapor para verificar qualquer componente químico associado a processos biológicos.
"Com espectrômetros de massa potentes, poderíamos detectar e identificar aminoácidos (matéria prima das proteínas)", afirma.
"Teríamos capacidade de detectar ácidos graxos presentes em membranas de células de bactérias; e seus 'primos', os chamados isoprenóides, que estão na membrana das arqueobactérias, esses micróbios que habitam ambientes extremos da Terra.
"Também poderíamos contar o número de carbono dos jatos para verificar se seguem o padrão de vida. E finalmente mediríamos os isótopos (espécies do mesmo elemento químico, de mesmo número atômico e diferentes números de massa) de todo o carbono, nitrogênio e oxigênio, para ver se a química é parecida com a que ocorre na Terra, onde organismos preferem os isótopos mais leves ao processar esse material em seus sistemas."
Desafios futuros
O ELF foi submetido a uma competição recente da Nasa para selecionar missões planetárias futuras, mas não foi escolhido. Um dos problemas em empreitadas desse tipo é a disponibilidade de energia em um ponto tão longe do Sol (1,4 bilhão de km).
A sonda Cassini utiliza uma "bateria nuclear", movida a plutônio-238, para todas as suas demandas de energia. Essa fonte é cara e hoje praticamente não existe mais - o isótopo não existe naturalmente e parou de ser fabricado após o fim da corrida nuclear no mundo.
Painéis solares são uma opção, porém o desafio é grande: a intensidade da luz do Sol em Enceladus é um centésimo da que atinge a Terra.
Apesar disso, a possibilidade de voltar a essa lua branca e brilhante de Saturno é tão instigante que um caminho certamente será descoberto. Não só porque Enceladus é um dos melhores lugares para a busca de vida extraterrestre - é também o mais fácil.
A sonda Cassini, com tecnologia dos anos 1980 e 1990, não pode comprovar em definitivo a presença de vida em Enceladus
Diferentemente de Marte ou de Europa (lua de Júpiter), em Enceladus não há necessidade de pouso e perfuração do solo para coleta e análise de amostras. As amostras são permanentemente lançadas no espaço pelos jatos do polo sul.
Peter Tsou, do laboratório de propulsão de foguetes do Instituto de Tecnologia da Califórnia, tem um projeto para trazer essas amostras de volta à Terra para avaliação mais detalhada em laboratórios de ponta.
Sua missão se baseia no modelo da sonda Stardust da Nasa, que em 2006 coletou amostras de poeira de estrelas e cometas.
Naquela ocasião, Tsou usou um arranjo de espuma de dióxido de silício, chamado aerogel, para coletar as amostras enquanto a sonda Stardust voava por nuvens de gás e poeira dos objetos.
"Na Stardust, eu lancei aerogel em cubos de 2x4x3 cm. Tinha 132 deles. E descobri que um ou dois cubos já davam conta do recado", recorda.
"Então não precisamos de muitos (cubos de aerogel). Contudo, o desafio é a dimensão reduzida das amostras, e que estamos tratando de vida. Qualquer contaminação da Terra pode arruiná-las, porque poderíamos descobrir (após a análise) 'É a minha saliva!'", afirma.
Tsou calcula que uma missão de coleta de amostras de Enceladus poderia levar 14 anos, do lançamento à presença de material lunar em um laboratório na Terra.
Origem da vida
"Se descobrirmos vida em um lugar como Enceladus obviamente será algo simples, como vida microbiana", afirma Carolyn Porco.
"Claro que seria fascinante se descobríssemos lagostas; quem sabe? Talvez", afirma a pesquisadora. "Mas estamos mirando em algo simples, apenas provas de vida microbiana."
"Seria uma mudança de paradigma. Qual o tipo de vida que existe ali? É como a vida na Terra ou não? É baseada no DNA ou não? Seria uma descoberta enorme, provavelmente a maior descoberta científica que possamos fazer. Temos que voltar."
Para Jonathan Lunine, se Enceladus revelar sinais de vida, isso trará a certeza de que "a vida teve uma segunda origem".
"Mas isso também nos permitirá, acredito, mover nossa atenção para a galáxia, e perceber que se a vida pode começar duas, três ou quatro vezes em nosso próprio Sistema Solar, quantos planetas habitáveis na galáxia devem ter vida hoje?"

''Brincamos entre a nossa equipe que encontramos o 'parque interplanetário de gêiseres de Enceladus', e que gerações futuras poderão ir para lá em férias"

          Carolyn Porco, coordenador do sistema de câmeras da sonda Cassini
 

Cientistas desvendam 'maior mistério do Sistema Solar' em 2015: as manchas de Ceres

Intrigantes pontos brilhantes em planeta anão, o maior do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, foram esclarecidos após observações de sonda da Nasa.

Cratera Occator tem o grupo mais impressionante de pontos brilhantes de Ceres  (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)
Cratera Occator tem o grupo mais impressionante de pontos brilhantes de Ceres (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)

Foi o grande mistério do Sistema Solar em 2015: o que são as manchas luminosas de Ceres, o maior objeto do cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter? Os cientistas acreditam ter encontrado algumas respostas.
São locais em que os impactos de corpos celestes perfuraram uma camada congelada de água salgada sob a superfície do pequeno planeta anão (cerca de 950 km de diâmetro), disseram pesquisadores à revista Nature.
As partes mais brilhantes correspondem aos impactos mais recentes.
A câmera da sonda Dawn, da Nasa (agência espacial americana), identificou cerca de 130 focos brilhantes no planeta. De longe, o grupo mais chamativo fica em uma cratera denominada Occator, no hemisfério norte de Ceres.
Quando a sonda entrou na órbita de Ceres, a câmera estava programada para registrar o que costuma ser uma superfície escura, negra como asfalto.
Por isso, as depressões superbrilhantes dentro de Occator saturaram o sensor do equipamento.
"Nós dissemos: 'Uau, o que é isso?' Não esperávamos algo assim", lembra o pesquisador Andreas Nathues.
"A reflexividade estava em nível 0.25, ou seja, cerca de 25% da luz se refletia. E no centro no núcleo interno (das manchas de Occator) chegava a 50%, 60%", disse o cientista do Instituto Max Planck, na Alemanha. "Enquanto a superfície restante era bem mais escura, com média de 9% de reflexividade."
Gelo e sal em todo o planeta
Uma investigação posterior indica agora que há uma camada de gelo e sal em todo o planeta, abaixo dos escombros rochosos que o cobrem.
Quando um objeto do espaço impacta e penetra nessa camada, o gelo começa a se sublimar (passa diretamente do estado sólido ao gasoso).
Esse vapor liberado escapa da superfície, levantando partículas de gelo e pó, o que produz uma espécie de névoa.
A sonda Dawn observou essa névoa durante o "dia", e a conclusão é que as manchas desaparecerão à medida que o gelo se derreta e sobre apenas sal.
A Dawn identificou indícios da presença de sulfato de magnésio hidratado, conhecido como sais de Epsom, mas a substância não é tão reflexiva como o gelo.
A emissão de água, que corrobora observações de Ceres feitas em 2013 pelo telescópio espacial Herschel, é uma reminiscência de cometas, que entram em sublimação quando se aproximam do Sol.
"É um pouco como um cometa, mas é preciso entender que Ceres é um objeto diferenciado. Tem uma estrutura de concha", afirmou Nathues à BBC.
"É muito provável que haja uma concha de gelo debaixo da casca. Essa estrutura é completamente diferente da dos cometas. Os cometas são objetos primitivos cheios de materiais originais que se alteram muito sutilmente."

Câmera da sonda Dawn identificou cerca de 130 focos brilhantes em Ceres  (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)
Câmera da sonda Dawn identificou cerca de 130 focos brilhantes em Ceres (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)

Origem distante
Em artigo na revista Nature, María Cristina De Sanctis levanta a possibilidade de que Ceres não tenha sido formado no lugar em que está hoje (a 417 milhões de quilômetros do Sol), porém muito mais distante no Sistema Solar.
A pesquisadora observou resultados do espectrômetro de sinais visíveis e infravermelhos da sonda Dawn. O aparelho detectou possíveis filosilicatos amoniacais em grandes extensões do planeta anão.
Os filosilicatos são minerais de argila, produzidos quando materiais rochosos sofrem ação da água por muito tempo.
Contudo, a presença de amoníaco é o ponto interessante neste caso.
"Esses são filosilicatos que possuem algum amoníaco em sua estrutura, o que significa que o amoníaco deve ter estado disponível em algum momento. A única maneira de que isso tenha sido possível é que o material tenha tido uma origem mais fria", afirmou De Sanctis, do Instituto Nacional de Astrofísica, em Roma.
A hipótese vem do reconhecimento de que cristais de amoníaco não seriam estáveis na órbita atual de Ceres ao redor do Sol. Esse material desaparece rapidamente quando a temperatura supera -173ºC.
Deste modo, para que Ceres tenha retido tanto amoníaco ou gelo rico em nitrogênio por tempo suficiente para que se incorporasse ao solo, é provável que o planeta tenha ocupado um ponto muito mais frio no passado, afirmou a pesquisadora.
"É uma possibilidade fantástica, e coincide com modelos dinâmicos da evolução do Sistema Solar que preveem que os objetos migrem até o interior do sistema", disse.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/12/cientistas-desvendam-maior-misterio-do-sistema-solar-em-2015-as-manchas-de-ceres.html

Estudo desvenda origem de luzes misteriosas de planeta-anão Ceres

Pontos de luz captados por câmera de sonda da Nasa intrigavam cientistas. Sonda Dawn orbita planeta-anão desde março deste ano. 

Imagens de sobrevoo destacam a cratéria Occator, ponto brilhante na superfície de Ceres (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)
Imagens de sobrevoo destacam a cratéria Occator, ponto brilhante na superfície de Ceres (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)

A presença de pontos luminosos no planeta-anão Ceres vinha intrigando cientistas desde que a sonda Dawn, da Nasa, começou a se aproximar do corpo celeste e a fazer imagens de sua superfície em março. Nesta quarta-feira (9), um estudo publicado na revista "Nature" revelou o que está por trás das luzes misteriosas.
Segundo a Nasa, Ceres tem mais de 130 pontos luminosos. Análises das imagens revelaram que essas regiões são compostas muito provavelmente por um tipo de sal: sulfato de magnésio. Os pesquisadores acreditam que essas áreas ricas em sal foram formadas quando, no passado, impactos de asteroides revelaram uma mistura de gelo e sal que estava em uma camada inferior do solo. A sublimação desse gelo deixou apenas o sulfato de magnésio no local.
Os resultados da análise indicam que Ceres é o primeiro corpo celeste grande no cinturão de asteroides a apresentar atividade de sublimação como a de cometas.
A sonda Dawn, uma missão de US$ 473 milhões da Nasa, está orbitando ao redor de Ceres desde março. O planeta-anão, que tem 940 km de diâmetro, orbita ao redor do Sol entre Marte e Júpiter.
 

quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Aniversário do Blog 5 ANOS

Hoje o blog faz 5 anos, e eu to muito feliz de não ter desistido desse maravilhoso blog, espeo continuar com ele por muito muito anos. Queria agradecer a todo que seguem, todos que só passam para dar uma espiadinha muito obrigada mesmo.

Esse ano eu não fiz o mês do blog como faço todos anos, bom o motivo é que não tive muito tempo pois esse ano o trabalho novo não deu folga kkkkk...Peso desculpas.

 
E parabéns para o blog

Por que Marte vai ter anéis como os de Saturno

Dentro de algumas dezenas de milhões de anos, a lua Phobos deve se aproximar do planeta e se desintegrar, concluíram pesquisadores americanos.

Phobos é um acumulado de de escombros que ficam unidos devido a uma capa externa de material mais sólido (Foto: Nasa via BBC)
Phobos é um acumulado de de escombros que ficam unidos devido a uma capa externa de material mais sólido (Foto: Nasa via BBC)

Cientistas americanos previram que a maior lua de Marte, Phobos, se despedaçará e que os fragmentos resultantes formarão um anel em torno do planeta nos moldes dos que circulam Saturno.
Em um estudo divulgado na revista especializada "Nature Geoscience", os pesquisadores, da Universidade de Berkeley, relatam que Phobos se aproxima de Marte e estimam que a lua será destruída em 20 a 40 milhões de anos.
Phobos orbita a apenas 6 mil quilômetros acima da superfície de Marte, é a lua mais próxima de um planeta em todo o Sistema Solar. A Lua fica a 400 mil quilômetros da Terra, por exemplo.
A gravidade do planeta está atraindo a lua, que avança cerca de dois metros a cada cem anos, segundo a Nasa, a agência espacial americana.
Em seu estudo, os pesquisadores Benjamin Black e Tushar Mittal, calculam que Phobos, de 22 quilômetros de diâmetro, se desintegrará devido à presença de fraturas e poros em sua massa.
Black e Mittal fizeram uma estimativa da coesão de Phobos e concluíram que ela é insuficiente para resistir às forças gravitacionais do planeta.
Barra de cereais
Os cientistas afirmam que Phobos é uma lua com muitas fraturas e despedaçá-la pode ser comparado ao que acontece quando uma pessoa tenta partir uma barra de cereais: pedaços e migalhas se espalham para todos os lados.
E os destroços resultantes da desintegração de Phobos - rochas de vários tamanhos e muita poeira - continuariam orbitando Marte e se distribuiriam rapidamente em volta do planeta formando um anel.

Saturno tem anéis mas, ao contrário de Marte que é rochoso, Saturno é um planeta gasoso (Foto: Nasa via BBC)
Saturno tem anéis mas, ao contrário de Marte que é rochoso, Saturno é um planeta gasoso (Foto: Nasa via BBC)

Os pesquisadores preveem que os pedaços maiores cairão no planeta em algum momento, mas a maioria dos destroços circulará Marte durante milhões de anos até que estes pedaços também caiam.
Já a outra lua de Marte, Deimos (que tem cerca da metade do tamanho de Phobos), permanecerá em uma órbita mais distante.
O modelo criado por Black e Mittal mostra também que, uma vez iniciado o processo, ele será rápido: o anel deve ser formar em um prazo de seis semanas.
"Se você estivesse parado na superfície de Marte, poderia se sentar em uma cadeira e ver como Phobos se desintegra para formar um grande anel", disse Black.
Os cientistas afirmam no entanto que serão necessárias mais missões espaciais a Phobos para confirmar se o modelo de previsões que eles criaram para a lua de Marte está correto.
Black e Mittal, do Departamento de Ciências da Terra e Planetária da Universidade de Berkeley, ficaram intrigados com o comportamento atípico de Phobos, de uma lua que se move na direção do planeta em volta do qual orbita. A Lua, por exemplo, se distancia da Terra a cada ano.
O que se sabe é que apenas um outra lua no Sistema Solar, a maior lua de Netuno, Tritão, está se movendo para perto do planeta.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/por-que-marte-vai-ter-aneis-como-os-de-saturno.html

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O planeta com ventos mais rápidos que o som (e temperatura de 1.200ºC)

HD 189733b, a 63 anos-luz da Terra, tem ventos 20 vezes mais velozes do que os já registrados em nosso planeta.

 Uma ilustração do HD 189733b, um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos (Foto: Universidade de Warwick/Divulgação)
Uma ilustração do HD 189733b, um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos (Foto: Universidade de Warwick/Divulgação)

Pesquisadores britânicos descobriram um exoplaneta no qual os ventos sopram a uma velocidade de 8.690 quilômetros por hora, sete vezes acima da velocidade do som, e com temperatura ambiente de 1.200 graus.
O HD 189733b fica a 63 anos-luz da Terra, fora do Sistema Solar, na constelação Vulpecula. Ele foi descoberto em 2005, mas apenas agora os cientistas da Universidade de Warwick conseguiram observar o clima no planeta.

"Esta é o primeiro mapa meteorológico de fora do nosso Sistema Solar. Já sabíamos que havia vento em exoplanetas, mas nunca conseguimos medir e mapear diretamente um sistema meteorológico", afirmou Tom Louden, do Grupo de Astrofísica da universidade britânica.
Esta é o primeiro mapa meteorológico de fora do nosso Sistema Solar. Já sabíamos que havia vento em exoplanetas, mas nunca conseguimos medir e mapear diretamente um sistema meteorológico"
Tom Louden, da Universidade de Warwick
 
Os ventos no HD 189733b são 20 vezes mais velozes dos que os mais rápidos já registrados em nosso planeta.
A medição da velocidade foi feita graças a observações do telescópio Harps, no observatório La Silla, no Chile.
"A velocidade (do vento) no HD 189733b foi medida usando uma espectroscopia de alta resolução de absorção do sódio presente na atmosfera. Como parte da atmosfera do HD 189733b se aproxima e afasta da Terra (por causa da órbita e outros movimentos), o efeito Doppler muda o comprimento de onda deste elemento, o qual permite medir a velocidade", acrescentou Louden.
O efeito Doppler é a mudança da frequência de uma onda produzida pelo movimento relativo da fonte em relação ao seu observador. Neste caso, o objeto em movimento é o exoplaneta.
"A superfície da estrela (em torno da qual o exoplaneta gira) é mais brilhante no centro do que na borda", disse Louden.
"E como o planeta se move em frente à estrela, a quantidade relativa de luz que ficava bloqueada em diferentes partes da atmosfera muda."
"Pela primeira vez usamos esta informação para medir as velocidades em lados opostos do planeta de forma independente, o que nos deu nosso mapa de velocidades", acrescentou o cientista.
O clima em outros planetas
Os pesquisadores afirmam que este trabalho pode ajudar a estudar com mais detalhes as correntes de vento em outros planetas parecidos com a Terra e que estão fora do Sistema Solar.
"Estamos muito animados por termos descoberto uma forma de mapear sistemas meteorológicos em planetas distantes. Quando desenvolvermos mais a técnica, conseguiremos estudar o fluxo do vento com mais detalhe e fazer mapas meteorológicos de planetas menores. Esta técnica vai permitir que façamos imagens de sistemas meteorológicos de planetas parecidos com a Terra", afirmou Peter Wheatley, que também faz parte do Grupo De Astrofísica da Universidade de Warwick.
O HD 189733b pertence a uma categoria de planetas conhecidos como "júpiteres quentes".
Eles são chamados assim porque têm uma massa parecida com a de Júpiter e podem percorrer sua órbita em menos de três dias.
No caso do HD 189733b, ele é 10% maior que Júpiter e tem uma temperatura de 1.200 graus.
Devido ao seu tamanho e ao fato de estar relativamente perto de nosso Sistema Solar, ele é um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/o-planeta-com-ventos-mais-rapidos-que-o-som-e-temperatura-de-1200oc.html

Imagem psicodélica de Plutão ressalta detalhes da superfície do planeta anão

Nasa divulgou imagem com cores artificiais nesta quinta-feira (12).
Cores foram adicionadas para ressaltar diferenças sutis na superfície.


 Imagem de Plutão com cores artificiais foi criada por cientistas para ressaltar detalhes da superfície do planeta anão (Foto:  Nasa/JHUAPL/SwRI)
Imagem de Plutão com cores artificiais foi criada por cientistas para ressaltar detalhes da superfície do planeta anão (Foto: Nasa/JHUAPL/SwRI)


A Nasa divulgou nesta quinta-feira (12) uma nova imagem de Plutão. Desta vez, cientistas do projeto New Horizons, acrescentaram cores artificiais usando uma técnica específica para ressaltar as diferenças sutis de cores na superfície do planeta anão.
A imagem foi feita no dia 14 de julho, quando a sonda New Horizons passou pelo ponto mais próximo de Plutão. A imagem com cores "psicodélicas" foi apresentada pelo cientista Will Grundy, da equipe do New Horizons, na Reunião da Sociedade Astronômica Americana.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/imagem-psicodelica-de-plutao-ressalta-detalhes-da-superficie-do-planeta-anao.html

Exoplaneta rochoso, muito perto da Terra, pode ter atmosfera

O GJ1132b é o exoplaneta do tamanho da Terra mais próximo já observado.
Ele é muito quente para ter água líquida, mas parece ter atmosfera.


 O conjunto de telescópios MEarth-South, que fica no Chile, foi responsável pela observação que resultou na descoberta do planeta GJ 1132b (Foto: Jonathan Irwin/Divulgação)
O conjunto de telescópios MEarth-South, que fica no Chile, foi responsável pela observação que resultou na descoberta do planeta GJ 1132b (Foto: Jonathan Irwin/Divulgação)

Um novo exoplaneta rochoso que pode ter uma atmosfera foi descoberto a "apenas" 127 anos-luz da Terra, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (11) na revista científica britânica "Nature".
Batizado de GJ 1132b, trata-se do exoplaneta do tamanho da Terra mais próximo jamais observado. Ele está a 127 anos-luz - no canto da rua, na escala do Universo.
"Nossa galáxia cobre cerca de 100.000 anos-luz", ressalta em comunicado Zachory Berta-Thompson, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) nos Estados Unidos e co-autor do estudo. "É um vizinho realmente próximo do sol".
Rochoso como a Terra
O exoplaneta, 1,2 vezes maior que nossa Terra, orbita uma pequena estrela. Após ter medido a oscilação da última, os pesquisadores puderam estimar a massa do exoplaneta em 1,6 vezes a da Terra. Tomando como base o tamanho e a massa, acredita-se que o GJ 1132b é rochoso, como a Terra.

Mas as semelhanças com o nosso mundo, infelizmente, terminam aí, pois lá faz muito calor, 226ºC, segundo estimativas dos pesquisadores. "O planeta é tão quente quanto um cookie que acabou de sair do forno", explica Berta-Thompson.
Devido às temperaturas escaldantes, o GJ 1132b provavelmente não pode ter água em forma líquida, o que o torna incompatível com a vida como a conhecemos.
Mas os cientistas acreditam que estas temperaturas permitem a presença de uma atmosfera.
Calor demais para ser habitável
"Faz muito calor para ser habitável, mas as temperaturas ainda são muito mais amenas do que em outros planetas rochosos que conhecemos", afirmou Zachory Berta-Thompson.
"A maioria dos exoplanetas rochosos são bolas de fogo, quentes demais para terem uma atmosfera", acrescentou.
Os investigadores esperam que a nova geração de telescópios possa descobrir a composição química da atmosfera.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/exoplaneta-rochoso-muito-perto-da-terra-pode-ter-atmosfera.html

Astrônomos identificam objeto mais remoto do Sistema Solar

V774104 provavelmente é gelado e fica a 15,5 bilhões de quilômetros do Sol.

Esta representação artística mostra o planeta anão Sedna, que antes era considerado um dos objetos mais distantes  (Foto: Nasa/JPL - Caltech/R.Hurt)
Esta representação artística mostra o planeta anão Sedna, que antes era considerado um dos objetos mais distantes (Foto: Nasa/JPL - Caltech/R.Hurt)

Astrônomos identificaram o objeto mais distante no Sistema Solar: observações do telescópio japonês Subaru revelaram o corpo, que deve ser gelado, a 15,5 bilhões de quilômetros do Sol, cerca de três vezes mais longe do que Plutão.
O objeto foi catalogado com o nome de V774104 e, segundo estudos iniciais, teria entre 500 e mil quilômetros de extensão.
Agora os cientistas terão que rastrear o planeta anão durante um ano para descobrir qual é a forma e o tamanho de sua órbita em torno do Sol.
A descoberta do objeto mais distante do Sistema Solar foi anunciada no 47º Encontro Anual da Sociedade Americana de Astronomia - Divisão para Ciências Planetárias, que está ocorrendo perto de Washington.
A equipe responsável pela descoberta é liderada por Scott Sheppard, da Instituição Carnegie para Ciência, e Chad Trujillo, do Observatório Gemini no Havaí.
"Não conseguimos explicar as órbitas desses objetos a partir do que sabemos sobre o Sistema Solar", disse Sheppard à revista especializada Science.
Órbitas esquisitas
O objeto até então considerado mais distante era o planeta anão Eris.
Esse corpo celeste, que tem uma lua chamada Dysnomia, se move em uma órbita que fica entre 5,7 bilhões e 14,6 bilhões de quilômetros do Sol.
Para compreender um pouco melhor esses números: a Terra está a 149 milhões de quilômetros do Sol e até mesmo o mais distante planeta maior, Netuno, a 4,5 bilhões de quilômetros de distância, parece mais próximo quando comparado a essas descobertas.
Mas a grande questão é se o V774104 caminha em sua órbita para dentro do local onde está atualmente, como Eris, ou para fora, como os objetos conhecidos como 2012 VP113 e Sedna.
Esses dois corpos estão ligeiramente mais próximos da parte mais interna do Sistema Solar do que Eris, mas as análises de suas órbitas mostram que eles vão alcançar grandes distâncias no espaço, chegando a 66 bilhões e 140 bilhões de quilômetros respectivamente.
Modelos que explicam a formação do Sistema Solar sugerem que objetos assim provavelmente não foram criados com essas órbitas esquisitas.
Uma explicação para isso é que esses objetos sofreram perturbações gravitacionais devido à passagem de um planeta (provavelmente um que foi expulso de nosso Sistema Solar logo no começo de sua história) e foram puxados para suas trajetórias atuais.
Alguns cientistas até especulam que estes objetos podem ter sido "roubados" de uma estrela que se formou a partir do mesmo "berçário" de onde saiu o Sol, há 4,6 bilhões de anos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/astronomos-identificam-objeto-mais-remoto-do-sistema-solar.html

Estrela zumbi cria disco ao seu redor com restos de asteroide triturado

Objeto rochoso foi destruído por torção de força da gravidade perto do astro.
Astrônomos observaram evento por 12 anos em supertelescópio no Chile.


Uma estrela do tipo anã-branca -- que esgotou seu combustível nuclear e se encolheu para ficar do tamanho da Terra -- triturou um asteroide que se aproximou dela e formou um disco ao seu redor com os restos do objeto rochoso.
Esse evento cósmico observado pela primeira vez foi descoberto por cientistas usando o VLT (Very Large Telescope), o maior observatório do mundo, no Chile.
Como a estrela possui um brilho muito tênue e o material formando o halo a seu redor não é muito denso, os pesquisadores só conseguiram entender o que estava acontecendo naquele sistema após 12 anos de observações, entre 2003 e 2015.

O disco formado por restos de um asteroide destruído perto de uma estrela anã-branca (ilustração) (Foto: Mark Garlick/Universidade de Warwick/ESO)
O disco formado por restos de um asteroide destruído perto de uma estrela anã-branca (ilustração) (Foto: Mark Garlick/Universidade de Warwick/ESO)

Para entender o padrão de brilho emitido pela estrela e, indiretamente, pelo disco ao seu redor, os cientistas também precisaram investigá-la em diferentes comprimentos de onda eletromagnética que ela emite --desde o infravermelho, passando pela luz visível, em várias cores, até raios ultravioletas.
Só assim os cientistas conseguiram fazer uma espécie de tomografia daquele sistema estelar, identificado pela sigla J1228+1040, revelando sua estrutura tridimensional

Mapa construido com telescópio mostra matéria em movimento em torno de estrela anã branca (Foto: Univesidade de Warwick/C. Manser/ESO)
Mapa mostra matéria em movimento em torno da anã-branca (Imagem: U. Warwick/C. Manser/ESO)

"A imagem que obtivemos a partir dos dados processados nos mostra que esses sistemas têm realmente forma de disco, e revelam muitas estruturas que não seríamos capazes de detectar com uma única foto", disse em comunicado à imprensa o líder do estudo, Christopher Manser, da Universidade de Warwick (Reino Unido).
Ele diz acreditar que esse objeto tenha sido destruído pela estrela após se aproximar demais dela em sua órbita. As "forças de maré" -- distorções gravitacionais -- às quais foi submetido dobraram e romperam sua forma, triturando-o como um quebra-nozes.
O disco que se formou em torno da estrela teria evoluído de forma semelhante à dos anéis de Saturno, exceto pela diferença de tamanho. Apesar de o diâmetro de J1228+1040 ser sete vezes menor que o de Saturno, a massa da anã-branca é 2.500 vezes maior, e seu disco tem diâmetro bastante maior também.
O sistema está descrito em um estudo na revista científica " Monthly Notices of the Royal Astronomical Society". Segundo os autores, como o Sol em torno da qual a Terra orbita provavelmente se tornará uma anã-branca dentro de alguns bilhões de anos, o estudo de sistemas como aquele descoberto agora pode ajudar a entender como será o Sistema Solar após a morte do astro que o rege.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/estrela-zumbi-cria-disco-ao-seu-redor-com-restos-de-asteroide-triturado.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Lua de Marte pode estar a caminho da destruição, dizem cientistas

Gravidade aproxima Fobos de Marte em 2 metros a cada 100 anos.
Descoberta foi apresentada por cientistas da Nasa nesta terça-feira.


 Novo estudo indica que os sulcos na superfície de Fobos, lua da Marte, indicam que o satélite está caminhando para sua destruição  (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)
Novo estudo indica que os sulcos na superfície de Fobos, lua da Marte, indicam que o satélite está caminhando para sua destruição (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)

A maior lua de Marte, Fobos, está a caminho de sua destruição. Segundo cientistas da Nasa, isso pode acontecer em um período de 30 a 50 milhões de anos. A chave para se chegar a essa conclusão foram os sulcos que se estendem pela superfície do satélite.
Há muito tempo os cientistas tentam decifrar a origem desses sulcos. Um novo estudo, apresentado nesta terça-feira (10) na Reunião Anual da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana em National Harbor, em Maryland, propõe que os sulcos são como "estrias" que surgem conforme a lua é deformada pelas forças gravitacionais entre Marte e Fobos.
2 metros a cada 100 anos
Fobos orbita a uma distância de 6 mil km de Marte: é a lua mais próxima de seu planeta em todo o Sistema Solar. A gravidade de Marte está arrastando Fobos em sua direção em 2 metros a cada 100 anos.
Os pesquisadores, liderados por Terry Hurford, do Centro Goddard de Voo Espacial, da Nasa, consideram que o interior de Fobos seja composto por um aglomerado de rochas que se mantêm juntas por um manto de cerca de 100 metros de largura.
Esse interior pode se distorcer facilmente e a camada externa da lua tem um comportamento elástico. A hipótese é que essas forças podem fazer com que a superfície entre em colapso. "Achamos que Fobos já começou a se destruir, e o primeiro sinal disso é a produção desses sulcos", disse Hurford. Segundo a Nasa, Triton, a lua de Netuno, pode ter um destino parecido.
Marte ainda tem duas luas: além de Fobos, há ainda Deimos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/lua-de-marte-pode-estar-caminho-da-destruicao-dizem-cientistas.html

Nasa identifica possíveis 'vulcões de gelo' em Plutão

Imagens enviadas pela sonda New Horizons sugerem existência de formações similares a encontradas na Terra e em Marte.

 Wright Mons, um dos dois possíveis "vulcões de gelo", foi localizado ao sul da planície de Sputnik  (Foto: NASA/JPL-JHU/SWRI)
Wright Mons, um dos dois possíveis "vulcões de gelo", foi localizado ao sul da planície de Sputnik (Foto: NASA/JPL-JHU/SWRI)

Dois possíveis "vulcões de gelo" foram identificados na superfície de Plutão.
Eles foram localizados em imagens enviadas pela sonda New Horizons, que passou pelo planeta-anão em julho.
As montanhas têm alguns quilômetros de altura e dezenas de quilômetros de diâmetro.
Enquanto os vulcões da Terra expelem rocha derretida, os de Plutão – se é isso mesmo que eles são – liberariam um mistura gelada, parcialmente derretida, de substâncias como água, nitrogênio e metano.
O time responsável pela missão ainda precisa fazer mais análises para confirmar a descoberta.
Informações sobre a composição dos materiais que compõem o terreno local podem ajudar na tarefa.
Descoberta convincente
A New Horizons ainda não enviou todas as informações registradas durante o sobrevoo a Plutão. Até agora, apenas cerca de 20% de suas observações chegaram até a Terra.
Se o crio-vulcanismo for comprovado, será uma incrível descoberta. A ocorrência do fenômeno já havia sido sugerida em vários outros corpos do Sistema Solar exterior, mas sem nada convincente ser detectado.
Os dois candidatos a vulcões de Plutão foram encontrados a sul de Sputnik Planum, planície lisa no equador do planeta.
Eles têm sido informalmente chamados de Wright Mons e Piccard Mons. Sua forma lembra, na Terra ou em Marte, a dos vulcões-escudo – extensos vulcões formados por repetidas erupções de fluídos de baixa viscosidade.
Comparação com Marte
Assim como suas supostas caldeiras, essas formações apresentam textura irregular em seus flancos, o que pode representar antigos “rios de lava gelada”.
O quão recente estiveram em atividade, ninguém sabe dizer.

Piccard Mons (à esq.) and Wright Mons (à dir.); as cores da imagem divulgada pela Nasa indicam a altura: azul é baixo, verde é intermediário e marrom é alto (Foto: NASA/JPL-JHU/SWRI)
Piccard Mons (à esq.) and Wright Mons (à dir.); as cores da imagem divulgada pela Nasa indicam a altura: azul é baixo, verde é intermediário e marrom é alto (Foto: NASA/JPL-JHU/SWRI)

“É espantoso que, em toda a exploração que fizemos, as construções mais próximas disso na vizinhança estejam em Marte”, afirmou o professor Alan Stern, o investigador principal da missão New Horizons.
“Não vimos nada como isso em todos os mundos do Sistema Solar médio. É realmente incrível.”
Já se passaram 120 dias desde que a New Horizons fez seu histórico sobrevoo sobre o planeta-anão e suas luas.
Desde então, a sonda já ultrapassou 140 milhões de km no Sistema Solar externo, a cerca de 5 bilhões de quilômetros da Terra.
Os responsáveis pela missão supervisionaram, na semana passada, o disparo do último dos quatro motores que colocaram a aeronave em seu curso em direção ao novo alvo, a ser alcançado em 2019.
O objetivo é chegar até um corpo gelado muito menor, chamado de 2014 MU69.
A estimativa é que ele não tenha mais de 45 km de diâmetro, mas espera-se que a New Horizons se aproxime mais desse objeto do que ocorreu com Plutão – foram 12,5 mil km de distância.
No entanto, a equipe ainda não obteve, formalmente, os recursos da agência espacial norte-americana para operar a sonda até o 2014 MU69.
O projeto científico para pleitear esse suporte financeiro deve ser submetido à Nasa no ano que vem.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/nasa-identifica-possiveis-vulcoes-de-gelo-em-plutao.html

O misterioso pedaço de lixo espacial que se dirige à Terra

Fragmento, que mede entre 1 e 2 m e pode ser 'peça perdida da história espacial', entrará na atmosfera terrestre nesta semana e promete ser belo fenômeno para observação.

Ele se chama WT1190F, tem entre um e dois metros e está viajando neste momento em direção à Terra.
Se a trajetória continuar como está previsto, esse misterioso fragmento de lixo espacial entrará na atmosfera terrestre em 13 de novembro (sexta-feira) às 4h19 (horário de Brasília).
Mas não se assuste - o mais provável é que o objeto se desintegre ao entrar em contato com a atmosfera - e se ainda sobrar algum remanescente, cairá no Oceano Índico a cerca de 65 km da costa do Sri Lanka.
Mas o que é e de onde saiu esse objeto?
Dadas suas características - seu tamanho e densidade, que indica ser oco -, é muito possível que se trate de um objeto artificial, "uma peça perdida da história espacial que volta para nos perseguir", disse Jonathan McDowell, pesquisador do centro de astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos.
Poderia ser, por exemplo, uma parte de um foguete ou de um painel solar desprendido de missão recente à Lua.
Há ainda a possibilidade de que seja algo bem mais antigo, inclusive da era dos programas Apolo da Nasa (agência espacial americana).
Fora de perigo
O WT1190F foi detectado pelo Catalina Sky Survey, um programa da Universidade do Arizona (EUA) cujo objetivo é descobrir asteroides e cometas que passam perto da Terra.
Intrigados por esse objeto que possui uma órbita fortemente elíptica, os cientistas reconstruíram sua trajetória a partir de observações feitas em 2012 e 2013.

Chegada do objeto WT1190F,
na sexta-feira, promete ser belo fenômeno para observação
 
Sua chegada, por sorte, não representa perigo devido a sua massa e ao local previsto para a queda.
Mas promete ser um belo fenômeno para observação, já que por alguns momentos o fragmento se tornará brilhante no céu. Será, sobretudo, uma grande oportunidade para coleta de informações e ampliação do conhecimento sobre a reação dos objetos ao atravessar a atmosfera.
Isso permitirá melhorar os modelos orbitais e as ferramentas para prever o reingresso de objetos na Terra.
Por outro lado, servirá para colocar à prova os planos que os astrônomos preparam para uma eventual aproximação à Terra de um objeto perigoso.
Atualmente há 20 objetos artificiais identificados nessa categoria, que se movem em órbita distante.
Porém estima-se que o número seja muito maior, embora seja impossível precisar a quantidade.
De acordo com dados mais recente da Nasa e da Agência Espacial Europeia, há cerca de 500 mil fragmentos de lixo espacial entre 1 e 10 cm orbitando nosso planeta.

 Objeto WT1190F, observado em 9 de outubro com telescópio da Universidade do Havaí (Foto:  B. Bolin, R. Jedicke, M. Micheli/ESA)
Objeto WT1190F, observado em 9/10 em
telescópio da Universidade do Havaí
(Foto: B. Bolin, R. Jedicke, M. Micheli/ESA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/o-misterioso-pedaco-de-lixo-espacial-que-se-dirige-terra.html

Tempestades solares 'arrancaram' gás da atmosfera de Marte, diz Nasa

Agência apresentou dados da missão Maven.
Perda de gás da atmosfera tornou planeta árido e frio.


A Nasa divulgou nesta quinta-feira (5) evidências de que tempestades solares podem ter 'arrancado' a atmosfera de Marte. Os cientistas acreditam que o Planeta Vermelho já teve uma atmosfera tão densa quanto a Terra-- ou até mais densa --, o que criava condições para um abiente mais quente que o atual, com água líquida em abundância, o que permitiu a criação de vales escavados por rios, por exemplo. Atualmente, no entanto, sua atmosfera é mais rarefeita que a nossa e os pesquisadores querem entender como ocorreu essa mudança.
Dados da missão Maven mostram que quando tempestades solares bombardeiam a atmosfera marciana de partículas, ela perde volumes de 10 a 20 vezes mais rápido do que normalmente ocorre.
Quando há uma erupção solar, a Terra também recebe os ventos do Sol, mas eles são canalizados para os polos graças ao campo magnético do nosso planeta, ocasionando as auroras austrais e boreais. Marte não tem um campo equivalente, e a Maven observou que auroras ocorrem de forma difusa em várias áreas no céu do planeta vizinho.
Ao verificar que os ventos solares aumentam muito a velocidade de perda de atmosfera e Marte, os cientistas levantaram a possibilidade de que, no passado, quando o Sol era mais jovem e mais ativo, esse ritmo de 'dilapidação' pode ter sido muito mais acelerado.

Tempestades solares 'arrancaram' a atomosfera de Marte, segundo pesquisa da Nasa (Foto: Nasa)
Tempestades solares 'arrancaram' a atomosfera de Marte, segundo pesquisa da Nasa (Foto: Nasa)

Maven A sonda americana Maven chegou em setembro de 2014 à órbita de Marte, após uma longa viagem de dez meses e ao custo de US$ 671 milhões. A sonda entrou em uma órbita elíptica definitiva de quatro horas e meia, que permitindo realizar observações de todas as latitudes e camadas da atmosfera superior, com altitude variável de 150 km a 6.000 km.
A Maven conta com oito instrumentos, entre eles um espectrômetro de massas para determinar as estruturas moleculares dos gases atmosféricos, e um sensor SWEA (Solar Wind Electron Analyzer), que analisa o vento solar.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/nasa-mostra-evidencias-de-que-tempestades-solares-podem-ter-arrancado-atmosfera-de-marte.html

Nasa faz imagens inéditas do Sol em alta definição

Agência monitora estrela 24 horas por dia desde 2010.

Imagens do Sol foram feitas pelo Observatório da Dinâmica Solar da Nasa (Foto: Nasa/Divulgação)
Imagens do Sol foram feitas pelo Observatório da Dinâmica Solar da Nasa (Foto: Nasa/Divulgação)

A Nasa divulgou imagens em alta definição do Sol. Elas foram captadas pelo Observatório da Dinâmica Solar da Nasa, que monitora a estrela 24 horas por dia desde 2010. VEJA O VÍDEO.
Ele captura imagens da estrela em 10 comprimentos de onda para pesquisar as temperaturas dos diferentes materiais que compõe o Sol.
Cada temperatura mostra estruturas específicas, como explosões de luz e de raios-x e movimentos na coroa solar.
Estudar a estrela mais próxima da Terra é também uma forma de entender outras regiões da galáxia. As imagens podem ser vistas em formato 4k pelo site da Nasa.

Nasa disponibilizou imagens em altíssima resolução em seu site  (Foto: Nasa/Divulgação)
Nasa disponibilizou imagens em altíssima resolução em seu site (Foto: Nasa/Divulgação)
Imagens do Sol mostram detalhes de explosões solares (Foto: Nasa/Divulgação)
Imagens do Sol mostram detalhes de explosões solares (Foto: Nasa/Divulgação)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/nasa-faz-imagens-ineditas-do-sol-em-alta-definicao.html

Sonda faz 'rasante' sobre lua de Saturno para analisar água que pode conter vida

Cassini voará a 'apenas' 5 mil metros da superfície de Enceladus, que surpreende cientistas com jatos 'escondendo' um oceano sob camada de gelo.

Jatos gelados emitidos a partir do Polo Sul têm intrigado os cientistas  (Foto: Nasa)
Jatos gelados emitidos a partir do Polo Sul têm intrigado os cientistas (Foto: Nasa)

A sonda americana Cassini iniciou os procedimentos para seu aguardado "rasante" da superfície de Enceladus, uma lua de Saturno que vem intrigando os cientistas.
A partir de 15h de Brasília nesta quarta-feira, a nave iniciou um voo de reconhecimento, a apenas 5 mil metros de altura, para tentar "provar" a atmosfera de Enceladus. Mais especificamente a química dos jatos d'água que a lua emite a partir de seu polo sul.
Nos últimos anos, Enceladus revelou uma série de segredos que, para cientistas, fazem do satélite natural de Saturno um dos mais promissores locais para se encontrar algum tipo de vida extraterrestre.
'Condições Benignas'
Cientistas dizem que a lua tem um imenso oceano escondido debaixo de uma camada de gelo, cujas condições seriam "benignas" o suficiente para a sobrevivência de micróbios.
"Enceladus não é apenas um mundo d'água. É um mundo que pode proporcionar um meio ambiente habitável para a vida como conhecemos", afirma Curt Niebur, um dos cientistas.
"Vamos ter a chance de mergulhar mais profundamente nos jatos vindos do polo sul. E poderemos coletar a melhor amostra já obtida de um oceano extraterrestre".
Cientistas esperam encontrar hidrogênio como prova da existência de vida (Foto: Nasa)
Cientistas esperam encontrar hidrogênio como prova da existência de vida (Foto: Nasa)

Uma das principais missões da Cassini será tentar detectar moléculas de hidrogênio. Isso seria um sinal da existência de respiradouros quentes no fundo do oceano gelado. Isso seria outro fator que poderia contribuir para a existência de vida.
Tais respiradouros existem na Terra e fornecem energia e nutrientes para ecossistemas marinhos de alta profundidade. Nesses sistemas, a água é puxada para o leito rochoso, aquecida e saturada com minerais antes de ser expelida.
Bactérias prosperam nesse ambiente, criando uma cadeia alimentar que suporta organismos mais complexos.
Mas se isso está acontecendo em Enceladus, no momento, é apenas especulação.
"A quantidade de hidrogênio emitido vai revelar quanta atividade hidrotérmica está realmente acontecendo no leito do oceano e quanta energia está sendo gerada", explica Linda Spilker, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a agência espacial americana.
O resultado das análises, porém, só deverá ser conhecido em dias ou semanas.
"Teremos uma primeira chance de analisar os dados sobre gases e partículas em até uma semana após o 'rasante'. Nas semanas seguintes, faremos uma análise mais detalhada para nos ajudar a entender o que está acontecendo em Enceladus", completa Spilker.
A Cassini está entrando nos estágios finais de sua missão a Saturno e suas luas, que teve início com um voo orbital ao redor do planeta dos anéis, em julho de 2004. Desde então, a sonda fez visitas repetidas aos principais dos 62 satélites do planeta para estudar sua composição e seus ambientes.

A Cassini fará um voo suicida em direção a superfície de Saturno em 2017 (Foto: Nasa)
A Cassini fará um voo suicida em direção a superfície de Saturno em 2017 (Foto: Nasa)

O 'rasante' sobre Enceladus será o mais próximo que a Cassini chegará da superfície da lua. Todas as aproximações seguintes serão a distâncias bem maiores. Sendo assim, o encontro dessa quarta-feira oferece a última oportunidade real de mapear com mais detalhes os jatos gelados do polo sul.
Análises anteriores já identificaram a presença de sais e compostos orgânicos. Indicadores da existência de respiradouros seriam as partículas de sílica e metano.
No ano que vem, a Cassini iniciará uma série de manobras que a colocarão em órbitas que atravessarão e sobrevoarão os anéis de Saturno. E, em 2017, quando o combustível da sonda se esgotar, seus controladores darão um comando para que ela mergulhe na atmosfera do planeta, onde será destruída".

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/10/sonda-faz-rasante-sobre-lua-de-saturno-para-analisar-agua-que-pode-conter-vida.html

Rosetta faz descoberta surpreendente de oxigênio no cometa 67P

Descoberta é importante para compreensão da origem do Sistema Solar.
Esta é a primeira vez que oxigênio foi detectado em um cometa.


 Imagem tirada por câmera na sonda Rosetta mostra cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko: água encontrada no cometa é diferente de água da Terra (Foto: AP Photo/ESA)
Imagem tirada por câmera na sonda Rosetta mostra cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: AP Photo/ESA)

A sonda espacial Rosetta encontrou oxigênio molecular (O2) entre os gases que cercam o cometa 67P, uma descoberta importante para compreender a origem do Sistema Solar, segundo estudo publicado nesta quarta-feira na revista "Nature".
Trata-se da primeira observação de oxigênio na cauda (cabeleira) de um cometa, composta principalmente de vapor d'água, monóxido e dióxido de carbono.
"Foi muito surpreendente", disse André Bieler, pesquisador da Universidade de Michigan e autor do estudo. "Não esperávamos mesmo encontrar oxigênio".
Apesar de já ter sido detectado em outros corpos celestes que contêm gelo - como, por exemplo, as luas de Júpiter e Saturno - até o momento era desconhecida a presença de oxigênio num cometa, embora agora acredite-se que possa ser algo comum.
Foi detectado pelo espectrômetro de massa da sonda Rosetta, que está acompanhando o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em sua viagem ao redor do Sol.
Oxigênio e água têm mesma origem As medições levadas a cabo mostram uma quantidade de O2 de 3,8% em relação à quantidade de água (H2O) presente. A análise desta razão indica que o oxigênio e a água presente no cometa têm a mesma origem.
Isto sugere que o O2, presente na nuvem molecular que originou o sistema solar, fi incorporado ao núcleo do cometa durante a formação do corpo celeste.
Oxigênio primordial
"Pensamos que trata-se de oxigênio primordial", quer dizer, proveniente da nuvem molecular original, informou Bieler.
De acordo com o astrônomo, parece que a maior parte do material a partir da nuvem molecular sobreviveu inalterada para a formação subsequente do sistema solar 5 bilhões de anos atrás.
GIF do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: ESA/Rosetta/MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)
Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: ESA/Rosetta/MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)

A Rosetta vai continuar a monitorar a presença de oxigênio para tentar entender o que isso significa, bem como as transformações no cometa 67P depois de passar em 13 de agosto pelo periélio, o ponto mais próximo em sua órbita elíptica ao Sol.
Com seus 11 instrumentos, Rosetta faz órbitas irregulares ao redor do cometa, atualmente a 270 milhões de quilômetros da Terra, com o qual se comunica através de ondas de rádio.
Robô adormecido
Já o robô-laboratório Philae, empoleirado há quase um ano sobre o cometa, não mostrou nenhum sinal de vida desde 9 de julho.
Suas baterias são carregadas com dificuldade porque está em uma área montanhosa com pouca exposição à luz solar.
As aventuras da sonda não acabaram. A Europa continuará a missão até setembro de 2016 e considera a possibilidade de "pousá-la" o mais suavemente possível sobre o corpo celeste para encerrar sua aventura científica com esse encontro no espaço.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/10/rosetta-faz-descoberta-surpreendente-de-oxigenio-no-cometa-67p.html