quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Cientistas descobrem buraco negro 12 bilhões de vezes maior que o Sol

Buraco negro formou-se quando universo tinha apenas 6% da idade atual.
Descobrir buracos negros dos primórdios do universo é algo raro.


 Concepção artísitca de um quasar com um buraco negro supermaciço no  universo distante  (Foto: Zhaoyu Li/Shanghai Astronomical Observatory)
Concepção artísitca de um quasar com um buraco negro supermaciço no universo distante (Foto: Zhaoyu Li/Shanghai Astronomical Observatory)

Um grupo de cientistas descobriu um buraco negro com uma massa aproximadamente 12 bilhões de vezes maior que a do Sol, segundo publicou nesta quarta-feira (25) a revista britânica "Nature".
A equipe detectou um quasar que contém um buraco negro supermaciço em seu interior e que pertence a uma época na qual o universo tinha cerca de 900 milhões de anos, apenas 6% da idade atual do universo, de 13,6 bilhões de anos.
Esta descoberta poderia questionar determinadas teorias sobre a formação e o crescimento dos buracos negros e das galáxias.
O buraco negro de grande massa está localizado no coração de um quasar ultraluminoso, um corpo celeste de pequeno diâmetro e grande luminosidade que emite grandes quantidades de radiação.
Após analisar a descoberta, o grupo de astrônomos considera que o buraco negro se originou a cerca de 900 milhões de anos depois do Big Bang, algo que consideraram "particularmente surpreendente".
A descoberta e o estudo posterior foram realizados por uma equipe de astrônomos da universidade de Pequim e coordenado por Xue-Bing Wu, professor do departamento de astronomia dessa universidade.
Descoberta rara
Gráfico mostra representação de quasares distantes conhecidos; quanto mais à direita, maior a massa de seu buraco negro e quanto mais ao alto, maior a luminosidade. Círculo vermelho representa o quasar recém-descoberto J0100+2802 (Foto: Zhaoyu Li/Shanghai Astronomical Observatory)
Gráfico mostra representação de quasares distantes conhecidos; quanto mais à direita, maior a massa de seu buraco negro e quanto mais ao alto, maior a luminosidade. Círculo vermelho representa o quasar recém-descoberto J0100+2802 (Foto: Zhaoyu Li/Shanghai Astronomical Observatory)

Xue-Bing Wu e sua equipe realizaram um acompanhamento do quasar utilizando dados de projetos de inspeção e estudos como o SDSS (exploração Digital do Espaço Sloan) e o 2MASS (Reconhecimento em dois micrometros do céu completo).
Além disso, os astrônomos também utilizaram dados do estudo da Nasa Wide-Field Infrared Survey Explorer (WISE), um projeto que lançou um telescópio espacial em 2009 para estudar a radiação infravermelha.
O astrônomo do Max Planck Institute for Astronomy Bram Venemans reagiu em artigo da "Nature" à descoberta e afirmou que "descobrir buracos negros pertencentes ao início dos tempos cósmicos é algo estranho".
Apesar da raridade desta descoberta, Venemans especificou que "a tecnologia atual e futura dará a possibilidade da ciência conhecer as características do universo durante as primeiras centenas de milhões de anos depois do Big Bang".
Segundo a cosmologia atual, a origem do universo se remonta à grande explosão de um ponto de densidade infinita que gerou a matéria, o espaço e o tempo.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/02/cientistas-descobrem-buraco-negro-12-bilhoes-de-vezes-maior-que-o-sol.html

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Nasa resume 5 anos de observação do Sol em vídeo impressionante

Observatório de Dinâmica Solar tem registrado imagens do Sol desde 2010.
Imagens ajudam a compreender as erupções solares.

Imagem de vídeo divulgado pela Nasa mostra explosão solar (Foto: NASA's Goddard Space Flight Center/SDO)
Imagem de vídeo divulgado pela Nasa mostra explosão solar (Foto: NASA's Goddard Space Flight Center/SDO)

Em comemoração a seu aniversário de 5 anos, o Observatório de Dinâmica Solar da Nasa divulgou um vídeo que resume 1.826 dias de observação solar em 4 minutos e meio. VEJA O VÍDEO ABAIXO.
A missão registra imagens detalhadas da superfície solar 24 horas por dia, o que tem permitido observar de maneira inédita como ocorrem exatamente as explosões solares.
O vídeo, que selecionou os "melhores momentos" dos últimos cinco anos de observação solar, exibe nuvens gigantes de material solar explodindo para o espaço e manchas solares crescendo e encolhendo ao longo do tempo.
Segundo a Nasa, ao observar o sol em diferentes comprimentos de onda, os cientistas conseguem observar como o material se movimenta na atmosfera solar, chamada corona. Isso permite investigar o que causam as erupções solares.



Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/02/nasa-resume-5-anos-de-observacao-do-sol-em-video-impressionante.html

Névoa misteriosa em Marte intriga cientistas

Equipe de pesquisadores tenta entender origem dessa espécie de 'neblina' que foi descoberta por astrônomos amadores.

 Damian Peach foi um dos primeiros astrônomos amadores a capturar imagens do fenômeno (Foto: Grupo Ciencias Planetarias (GCP) - UPV/EHU)
Damian Peach foi um dos primeiros astrônomos amadores a capturar imagens do fenômeno: névoa é vista no detalhe (Foto: Grupo Ciencias Planetarias (GCP) - UPV/EHU/Nature)

Uma descoberta feita por astrônomos amadores que passam horas estudando Marte deixou cientistas com a pulga atrás da orelha.
Descoberta pela primeira vez em 2012, uma espécie de névoa apareceu orbitando ao redor do planeta apenas uma outra vez e depois desapareceu.
Ao analisar imagens da misteriosa neblina, os cientistas da Agência Espacial Europeia (ESA) descobriram que ela é a maior já vista e se estende por mais de 1.000 quilômetros.
Em artigo publicado na revista "Nature", eles dizem que a pluma poderia ser uma grande nuvem ou uma aurora excepcionalmente brilhante. Mas deixam claro que ambas as hipóteses são difíceis de serem comprovadas.
"Essa descoberta traz mais perguntas do que respostas", disse Antonio Garcia Munoz, cientista da Agência Espacial Europeia.
Telescópios
Em todo o mundo, uma rede de astrônomos amadores mantém seus telescópios calibrados para analisar o “planeta vermelho”.
Eles viram essa misteriosa formação pela primeira vez em março de 2012, logo acima do hemisfério sul de Marte.
Damian Peach foi um dos primeiros astrônomos amadores a capturar imagens do fenômeno.
"Eu notei essa formação saindo ao lado do planeta, mas eu primeiro achei que havia um problema com o telescópio ou câmera”, disse.
"Mas, à medida que eu ia verificando as imagens de perto, percebi que era algo real - e foi uma grande surpresa."
A neblina brilhante durou cerca de 10 dias. Um mês mais tarde, ela reapareceu e perdurou o mesmo período de tempo. Mas nenhuma formação do tipo foi vista desde então.
Nuvens
Os cientistas que comprovaram o fenômeno buscam agora uma explicação para ele, mas, por enquanto, só têm hipóteses.
Uma teoria é a de que a névoa é uma nuvem de dióxido de carbono ou partículas de água.
"Sabemos que há nuvens em Marte, mas até hoje elas foram observadas apenas até uma altitude de 100 km", disse Garcia Munoz.
Segundo ele, a misteriosa névoa está bem acima dessa altitude, o que coloca em xeque essa possibilidade.
Outra explicação é a de que esta ela é uma versão local das auroras polares.
"Nós sabemos que nesta região em Marte nunca foram relatados auroras antes”, disse Muñoz. “Além disso, a intensidade registrada nessa névoa é muito, mas muito maior do que qualquer aurora já vista em Marte ou na Terra.”
Para o cientista, se qualquer uma dessas teorias estiver certa, isso significaria que a nossa compreensão da atmosfera superior de Marte está errada.
Ele espera que, ao publicar o estudo, outros cientistas também colaborem com explicações para o fenômeno. Mas, se isso não ocorrer, os astrônomos terão de esperar para as névoas retornarem à Marte.
Fotos de telescópios ou naves que estão atualmente em órbita ao redor do planeta também podem ajudar a desvendar esse mistério.

Fonte http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/02/nevoa-misteriosa-em-marte-intriga-cientistas.html

sábado, 14 de fevereiro de 2015

Objetos da lua são encontrados em armário do astronauta Neil Armstrong

Mulher de astronauta encontrou itens enquanto limpava armário.
Objetos deveriam ter sido abandonados na lua, mas foram trazidos de volta.


 Câmera que filmou primeiros passos de Neil Armstrong na lua está entre objetos encontrados por sua mulher em um armário; objetos estão sendo expostos no Museu Nacional Aeroespacial do Instituto Smithsonian (Foto: AP Photo/National Air and Space Museum, Smithsonian Institution)
Câmera que filmou primeiros passos de Neil Armstrong na lua está entre objetos encontrados por sua mulher em um armário; objetos estão sendo expostos no Museu Nacional Aeroespacial do Instituto Smithsonian (Foto: AP Photo/National Air and Space Museum, Smithsonian Institution)

Uma arca do tesouro de objetos que deveriam ter sido deixados para trás após o primeiro pouso na lua surgiu no armário de Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na superfície lunar, informou a instituição Smithsonian.
Armstrong morreu em agosto de 2012, e sua esposa, Carol, encontrou os itens do pouso de 1969 quando limpava um dos armários de sua casa em Cincinnati, escreveu recentemente Allan Needell, curador de história espacial no National Air and Space Museum, em um blog.
Entre os objetos está uma câmera que foi montada na janela do módulo lunar Eagle para registrar o pouso e duas amarras de cintura. Armstrong usou uma delas para apoiar os pés durante seu período de descanso na lua, afirmou Needell.

Sacola branca

Bolsa de tecido está entre objetos vindos da lua descobertos por mulher de Neil Armstrong (Foto: AP Photo/National Air and Space Museum, Smithsonian Institution, Dane Penland)
Bolsa de tecido está entre objetos vindos da lua descobertos por mulher de Neil Armstrong (Foto: AP Photo/National Air and Space Museum, Smithsonian Institution, Dane Penland)

Os itens estavam guardados em uma sacola branca conhecida informalmente como Bolsa McDivitt, usada na Eagle para armazenar objetos.
“É desnecessário dizer que, para o curador de uma coleção de artefatos espaciais, é difícil imaginar algo mais empolgante”, escreveu Needell.

Trazidos em segredo

 Os itens deveriam ter sido abandonados na lua, mas foram trazidos de volta. Needell disse que, até onde sabe, Armstrong jamais os mencionou e ninguém os tinha visto nos 45 anos desde seu retorno à Terra.
De acordo com transcrições da missão, Armstrong descreveu os objetos para o astronauta Michael Collins, que ficou em órbita ao redor da lua a bordo da nave de comando, como “só um monte de lixo que queremos levar de volta – peças, restos...”
A câmera e a amarra que Armstrong usou durante seu repouso são parte de uma exposição temporária no National Air and Space Museum.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/02/objetos-da-lua-sao-encontrados-em-armario-do-astronauta-neil-armstrong.html

Cientistas apontam que núcleo da Terra se divide em 2 regiões distintas

Cristais de ferro no centro do planeta se formaram em sentidos diferentes.
Pesquisadores analisaram ecos de terremotos para determinar estruturas.


O núcleo interno da Terra possui um núcleo próprio com cristais alinhados em direções diferentes (Foto: Divulgação/Universidade de Illinois)
O núcleo interno da Terra possui um núcleo próprio com cristais de ferro alinhados em direções diferentes (Foto: Adaptação sobre imagem de divulgação/Universidade de Illinois/Nature)

Cientistas chineses e americanos publicaram um estudo que indica que o núcleo interior da Terra é uma região sólida composta por duas partes distintas -- uma interna e outra externa --, o que pode trazer novas informação sobre a origem de nosso planeta, segundo o artigo publicado nesta terça-feira (10) pela revista "Nature Geoscience".
A pesquisa, feita por especialistas da Universidade de Illinois (EUA) e de Nanquim (China), sugere que o núcleo interior é subdividido, diferentemente do que se pensava até então. A equipe de geofísicos acredita que as estruturas dos cristais de ferro existentes nessas duas regiões sejam diferentes entre si. No núcleo interior externo, os cristais ficam no sentido dos polos (norte-sul), enquanto no núcleo interior interno, estão no sentido leste-oeste (veja ilustração acima).
Para chegarem a essa conclusão sem perfurar o centro da Terra, a equipe liderada por Xiaodong Song, professor da Universidade de Illinois, escutou as vibrações causadas por terremotos e analisou as alterações que elas sofriam na medida em que viajavam através de nosso planeta.
A descoberta pode apresentar uma nova informação sobre a origem de nosso planeta, segundo cientistas
"O fato de estarmos descobrindo diferentes estruturas de distintas regiões do núcleo interno pode acrescentar algo para nós sobre a longa história da Terra. Poderia ser a chave para a evolução do planeta", disse Song.
A descoberta aponta que o núcleo interno contém cristais de diferente escala, que se formaram em condições distintas. Isso indica que nosso planeta pode ter sofrido uma mudança dramática durante esse tempo.
A esfera central da Terra, que se está a mais de 5.000 quilômetros abaixo do solo, começou a se solidificar há cerca de um bilhão de anos, e continua crescendo aproximadamente 0,5 milímetro por ano.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/02/cientistas-revelam-nova-visao-do-nucleo-da-terra.html

Imagens da Nasa revelam lado oculto da Lua

Vídeo divulgado pela agência espacial mostram uma das maiores crateras conhecidas do Sistema Solar.

Imagens da Nasa revelam lado oculto da Lua (Foto: Reprodução/BBC)
Imagens da Nasa revelam lado oculto da Lua (Foto: Reprodução/BBC)

Um mapeamento de cinco anos de duração da Nasa revela mais detalhes da face oculta da Lua. Assista ao vídeo.
Imagens feitas pela espaçonave-robô Orbitador de Reconhecimento Lunar deram origem a um vídeo divulgado nesta semana pela agência espacial americana.
O lado da Lua que não pode ser visto a partir da Terra abriga uma região acidentada chamada de bacia do Polo Sul-Aitken, resultado de um dos maiores e mais antigos impactos conhecidos no Sistema Solar.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/02/imagens-da-nasa-revelam-lado-oculto-da-lua.html

Missão da Nasa envia imagens inéditas de Plutão com uma de suas luas

Capturadas a 200 milhões de km de distância, fotos marcam contagem regressiva para aproximação que culminará em julho.

Plutão e a lua são apenas as manchas brancas registradas pela sonda a 200 milhões de km do planeta anão  (Foto: Nasa JHU APL SWRI)
Plutão e a lua são apenas as manchas brancas registradas pela sonda a 200 milhões de km do planeta anão (Foto: Nasa JHU APL SWRI)

A sonda robótica New Horizons, da Nasa, enviou as primeiras imagens de Plutão e sua lua gigante, Charon.
São as primeiras fotos enviadas desde que a missão da Nasa começou sua contagem regressiva para chegar perto do planeta anão em julho.
Plutão e seu satélite aparecem como manchas brancas nas fotos, que foram tiradas de uma distância de 200 milhões de quilômetros.
Mas em maio, a missão New Horizons deverá enviar fotos melhores do planeta anão – que está a 5 bilhões de quilômetros da Terra.
Por enquanto, não há muitas descobertas ou conclusões científicas que possam ser feitas com essas fotos iniciais.
A principal utilidade das imagens é garantir que a sonda esteja alinhada corretamente para o encontro histórico marcado para pouco mais de cinco meses, quando a sonda chegará perto de Plutão.
Os controladores da missão agora conduzirão uma série de pesquisas óticas de navegação. Eles querem garantir que a New Horizons não esteja indo, por engano, na direção de algum detrito próximo ao sistema de Plutão – especialmente, quando a sonda viaja a 13 km/s.
Plutão e a lua são apenas as manchas brancas registradas pela sonda a 200 milhões de km do planeta anão
Fotos

Concepção artísitca da espaçonave New Horizons, atualmente em rota rumo a Plutão, é mostrada nesta imagem divulgada pela Nasa (Foto: Reuters/Science@NASA)
Concepção artísitca da espaçonave New Horizons, atualmente em rota rumo a Plutão, é mostrada nesta imagem divulgada pela Nasa (Foto: Reuters/Science@NASA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/02/missao-da-nasa-envia-imagens-ineditas-de-plutao-com-uma-de-suas-luas.html

terça-feira, 3 de fevereiro de 2015

Astrônomos encontram planeta com anéis maiores que Saturno

Após analisar dados colhidos por observatório que lê eclipses em outros sistemas, cientistas acreditam ter descoberto gigante gasoso com sistema de anéis.

Representação artística do que pode ser a aparência do sistema de anéis descoberto  (Foto: Ron Miller/BBC)
Representação artística do que pode ser a aparência do sistema de anéis descoberto (Foto: Ron Miller/BBC)

Astrônomos holandeses e americanos afirmam ter descoberto um planeta com um sistema de anéis gigantesco, 200 vezes maior do que os anéis de Saturno.
Segundo os pesquisadores, esta é a primeira estrutura deste tipo detectada em volta de um planeta fora do Sistema Solar.
Os cientistas afirmam que o sistema provavelmente tem mais de 30 anéis, cada um medindo dezenas de milhões de quilômetros de diâmetro.
Espaços detectados no sistema de anéis também sugerem que parte do material em volta do planeta pode estar se unindo para formar luas - um fenômeno que pode ser observado nos anéis de Saturno.
"Você pode pensar nisto (neste sistema) como um tipo de super-Saturno", disse o professor Eric Mamajek, da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos.

Exoplanetas

Esta imagem mostra como o sistema seria visível na Terra caso estivesse no lugar de Saturno (Foto: N. Kenworthy/Leiden/BBC)
Esta imagem mostra como o sistema seria visível na Terra caso estivesse no lugar de Saturno (Foto: N. Kenworthy/Leiden/BBC)

Os anéis foram encontrados graças a dados levantados pelo observatório SuperWASP, que pode detectar exoplanetas quando estes cruzam em frente às estrelas em volta das quais orbitam - provocando um enfraquecimento da luz emanada por estas.
Neste caso, os astrônomos observaram uma série complexa de eclipses profundos que durou 56 dias. Eles acreditam que este fenômeno foi causado por um planeta com um sistema de anéis gigante que bloqueou a luz enquanto passava em frente da estrela J1407.
"A curvatura da luz, de ponta a ponta, levou cerca de dois meses, mas podíamos ver mudanças rápidas no espaço de uma noite", disse à BBC o líder da pesquisa Matthew Kenworthy, da Universidade de Leiden, na Holanda.
"Durante o período entre meia e uma hora, a (luz da) estrela podia diminuir entre 30 ou 40%", acrescentou.
Se os anéis de Saturno fossem do mesmo tamanho dos observados neste planeta, eles seriam visíveis da Terra durante a noite e muito maiores do que a Lua cheia.
No ano passado os astrônomos tentaram encontrar o planeta, olhar diretamente para o corpo celeste e não apenas para os eclipses, mas não conseguiram.
Mesmo assim, Kenworthy acredita que a única coisa que poderia manter estes anéis unidos "é um planeta".
A equipe de pesquisadores acredita que o planeta provavelmente é um gigante de gás, como Júpiter, mas entre dez e 40 vezes maior.
Amadores
O planeta distante, batizado de J1407b, também poderá dar pistas sobre o processo que levou à formação de luas em volta de gigantes gasosos em nosso Sistema Solar.
"A comunidade de ciência planetária cria teorias há décadas, (especulando) se Júpiter e Saturno teriam, em um estágio inicial, discos em volta deles que levaram à formação de satélites, disse Eric Mamajek.
Os astrônomos encontraram pelo menos uma falha na estrutura dos anéis.
"Uma explicação óbvia (para esta falha) é que um satélite se formou e abriu esta falha. A massa do satélite poderia ser algo entre a Terra e Marte", disse Kenworthy.
Os pesquisadores estão incentivando astronônomos amadores a co-monitorar o sistema da estrela J1407, para ajudar a detectar o próximo eclipse dos anéis.
As observações da J1407 podem ser relatadas à Associação Americana de Observadores de Variações de Estrelas (AAVSO, na sigla em inglês).

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/astronomos-encontram-planeta-com-aneis-maiores-que-saturno.html

Revelada estrela mais antiga orbitada por planetas do tamanho da Terra

Sistema composto pela estrela e cinco planetas tem 11,2 bilhões de anos.
Planetas levam 10 dias para orbitar estrela, 2,5 vezes mais velha que Sol.


Sistema Kepler-444 é 2,5 vezes mais velho que nosso sistema solar: é formado por uma estrela e cinco planetas com tamanho similar ao da Terra (Foto: Tiago Campante/Peter Devine/Divulgação)
Sistema Kepler-444 é 2,5 vezes mais velho que nosso sistema solar: é formado por uma estrela e cinco planetas com tamanho similar ao da Terra (Foto: Tiago Campante/Peter Devine/Divulgação)

Astrônomos anunciaram, nesta terça-feira (27), a descoberta da estrela mais antiga conhecida pela ciência circundada por planetas com tamanhos similares ao da Terra. Ao todo, são cinco planetas que orbitam ao redor da estrela, que fica a uma distância de 117 anos-luz da Terra.
O sistema foi batizado Kepler-444 em função da sonda Kepler, projetada para procurar novos planetas fora do Sistema Solar. O que chamou a atenção dos astrônomos foi a idade do sistema: 11,2 bilhões de anos. Para se ter uma idéia, o nosso sistema tem 4,5 bilhões de anos. Quando a estrela se formou, o unviverso tinha apenas 20% de sua idade atual.
Seus cinco planetas são um pouco menores do que a Terra. Para orbitar seu sol, levam menos de dez dias, a uma distância menor que um décimo daquela que separa a Terra do Sol, tornando-os muito quentes para serem habitáveis. A descoberta foi publicada nesta teça-feira (27) na revista científica "The Astrophysical Journal".
Estrela velha e especial
"Nunca vimos algo assim. É uma estrela muito velha e seu grande número de pequenos planetas a torna muito especial", afirmou o coautor da descoberta, Daniel Huber, da Universidade de Sydney.
"É extraordinário que um sistema tão antigo e com planetas do tamanho da Terra tenha se formado quando o universo estava nascendo, com um quinto de sua atual idade", acrescentou.
Os astrônomos podem medir a idade de um planeta distante usando uma técnica chamada asterosismologia, que mede as oscilações da estrela causadas pelas ondas sonoras em seu interior.
Essas ondas causam pequenos pulsos no brilho da estrela, que podem ser analisados para medir seu diâmetro, massa e idade.
Steve Kawaler, professor de astronomia da Universidade do Iowa, explicou que Kepler-444 é muito brilhante e pode ser facilmente vista com telescópios.
"Sabemos que planetas do tamanho da Terra foram formados ao longo dos 13,8 bilhões de anos da história do Universo", afirmou Tiago Campante, da Universidade de Birmingham. "Isso cria condições para a existência de vida antiga na galáxia", concluiu.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/revelada-estrela-mais-antiga-orbitada-por-planetas-do-tamanho-da-terra.html

Nasa revela que asteroide que passou perto da Terra tem minilua

Primeiras imagens do asteroide 2004 BL86 revelaram pequena lua de 70 m.
Objeto passou a 1,2 milhões de km da Terra na madrugada desta terça.


Animação mostra asteroide 2004 BL86 e sua minilua, pequeno ponto em movimento na parte de cima da imagem (Foto: Jet Propulsion Laboratory/Nasa)
Animação mostra a órbita do asteróide 2004 BL86 em reçlação à órbita da Terra, representada em azul (Foto: NASA/JPL-Caltech)

As primeiras imagens do asteroide 2004 BL86, que passou perto da Terra entre a noite desta segunda-feira e a madrugada desta terça (27), revelaram que o objeto tem uma pequena lua.
Cientistas trabalhando na antena da Rede de Espaço Profundo de Goldstone, da Nasa, observaram nas imagens de satélite a presença da minilua de cerca de 70 metros orbitando ao redor do asteroide, que tem cerca de 325 metros de diâmetro.
O astro passou a uma distância de 1,2 milhões de km da Terra, ou 3,1 vezes a distância da Terra à Lua. No Brasil, o asteroide ficou mais visível entre 23h de segunda e 4h da madrugada de terça. Mas era preciso ter um pequeno telescópio ou binóculo para ver o asteroide.
A Nasa já tinha divulgado que, apesar do tamanho do asteroide e de sua proximidade com a rota da Terra, não havia perigo de colisão. "Embora não represente uma ameaça à Terra num futuro próximo, é uma abordagem relativamente perto de um asteroide relativamente grande, o que nos proporciona uma oportunidade única para observar e aprender mais", disse em comunicado o astrônomo Don Yeomans, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena
O asteroide, que orbita o Sol a cada 1,84 ano, foi descoberto há 11 anos pelo telescópio Linear (Lincoln Near-Earth Asteroid Research), localizado no Estado do Novo México. De acordo com a Nasa, o 2004 BL86 deve ser o maior asteroide a passar tão perto da Terra até a chegada do 1999 AN10 em 2027. A Nasa atualmente rastreia mais de 11 mil asteroides em órbitas que passam relativamente perto da Terra. A agência espacial norte-americana diz ter localizado mais de 95% dos maiores asteroides, aqueles com diâmetro de 900 metros ou mais, com órbitas que os levam relativamente perto da Terra.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/nasa-revela-que-asteroide-que-passou-perto-da-terra-tem-minilua.html

Nasa divulga imagens impressionantes de observatório de raio-X

Chandra faz imagens do Universo ao medir raios-X emitidos por objetos de alta energia como buracos negros e restos de supernova.

Esta galáxia, a Cygnus A, a uma distânciad e 700 milhões de anos-luz, contém uma bolha gigante preenchida com raios-X quentes que emite gás detectado pelo Chandra (azul) (Foto: Nasa/CXC/SAO)
Esta galáxia, a Cygnus A, a uma distânciad e 700 milhões de anos-luz, contém uma bolha gigante preenchida com raios-X quentes que emite gás detectado pelo Chandra (azul) (Foto: Nasa/CXC/SAO)

A Nasa divulgou uma série de imagens impressionantes de estrelas e galáxias a milhões de anos-luz de distância da Terra.
As imagens foram feitas pelo Observatório de Raios-X Chandra, um telescópio espacial que custou 1,1 bilhão de libras (R$ 3,9 bilhões).
O Chandra faz imagens impressionantes do Universo ao medir raios-X emitidos por objetos de alta energia, como buracos negros e restos de supernova.
A divulgação das imagens é parte das celebrações do Ano Internacional da Luz.

Quando uma estrela maciça explodiu na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea, deixou para trás esse escudo de detritos chamado SNR 0519-69,0 (Foto: Nasa/CXC/Rutgers/J.Hughes)
Quando uma estrela maciça explodiu na Grande Nuvem de Magalhães, uma galáxia satélite da Via Láctea, deixou para trás esse escudo de detritos chamado SNR 0519-69,0 (Foto: Nasa/CXC/Rutgers/J.Hughes)

Esta galáxia - Messier 51 (M51), apelidada de Whirlpool (redemoinho), é uma galáxia espiral, como a nossa Via Láctea, localizada a cerca de 30 milhões de anos-luz da TerraNasa/CXC/SAO (Foto: Nasa/CXC/SAO)
Esta galáxia - Messier 51 (M51), apelidada de Whirlpool (redemoinho), é uma galáxia espiral, como a nossa Via Láctea, localizada a cerca de 30 milhões de anos-luz da TerraNasa/CXC/SAO (Foto: Nasa/CXC/SAO)


Objeto conhecido como MSH 11-62, contém uma nebulosa interior de partículas carregadas (Foto:  Nasa/CXC/SAO/P.Slane)
Objeto conhecido como MSH 11-62, contém uma nebulosa interior de partículas carregadas (Foto: Nasa/CXC/SAO/P.Slane)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/01/nasa-divulga-imagens-impressionantes-de-observatorio-de-raio-x.html