sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Quasar mais próximo da Terra tem 2 buracos negros, detectam cientistas

Quasares são núcleos de galáxias brilhantes com massa de milhões de sóis.
Pesquisa foi feita a partir de imagens do telescópio espacial Hubble, da Nasa.


Ilustração mostra o duplo buraco negro observado no centro do quasar mais próximo da Terra, o Markarian 231. (Foto: NASA, ESA, and G. Bacon (STScI))
Ilustração mostra o duplo buraco negro observado no centro do quasar mais próximo da Terra, o Markarian 231. (Foto: NASA, ESA, and G. Bacon (STScI))

Um astrofísico da Universidade de Oklahoma juntamente com um colega chinês constatou, a partir de imagens do telescópio espacial Hubble, da Nasa, que o quasar mais próximo da Terra tem dois buracos negros. Trata-se do quasar Markarian 231, a 600 milhões de anos-luz.
Quasares são núcleos de galáxias muito brilhantes e distantes da Terra. Possuem massa de milhões de sóis, porém confinada em espaços tão "pequenos" quanto o Sistema Solar. Os especialistas acreditam que cada uma delas possa conter um buraco negro de grandes dimensões em seu centro. Segundo os astrônomos, quasares são os objetos mais luminosos do Universo.
No caso do quasar observado, ele tem dois buracos negros, o que os cientistas descreveram como “propriedades extremas e surpreendentes”. A descoberta sugere que pode ser comum nos quasares a presença de dois buracos negros, que se dividem em órbita como resultado da fusão entre duas galáxias.
Os cientistas analisaram arquivos do Hubble de radiação ultravioleta emitida a partir do centro do Mrk 231. Se o quasar tivesse apenas um buraco negro em seu centro, a camada de gás quente ao seu redor brilharia com os raios ultravioletas. Em vez disso, o brilho ultravioleta da camada de poeira cai abruptamente para o centro.
Os cientistas estimam que o buraco negro central tenha 150 milhões de vezes a massa do nosso Sol, e que o outro tenha 4 milhões de vezes da massa solar. A dupla completa uma órbita em torno do outro a cada 1,2 anos. Eles devem colidir e se fundir dentro de algumas centenas de milhares de anos e formar um quasar com um único buraco negro supermassivo.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/quasar-mais-proximo-da-terra-tem-2-buracos-negros-detectam-cientistas.html

Stephen Hawking diz que buracos negros podem levar a outro universo

Em nova reviravolta na sua visão do universo, físico britânico sugere que humanos não desapareceriam ao entrar em buraco negro, mas poderiam 'cair em outro lugar'.

Supõe-se que seria uma viagem só de ida, mas em uma nova reviravolta nas explicações sobre o que ocorreria quando se "cai" em um buraco negro, o físico britânico Stephen Hawking afirmou que viajantes espaciais poderiam terminar em outro universo.
"Se cair em um buraco negro, não se renda", disse Hawking em uma entrevista coletiva em Estocolmo, na Suécia. "Há uma saída."
Hawking afirmou ainda que se o buraco fosse suficiente grande e estivesse girando, poderia ter uma passagem a um universo alternativo.
O famoso cientista considera que os objetos podem acabar armazenados sobre os limites de um buraco negro, região conhecida como horizonte de eventos. São as fronteiras do espaço a partir das quais supostamente nenhuma partícula pode sair, incluindo a luz.
Assegurando que essas estruturas não seriam um poço tão escuro como se pensa, Hawkins indicou que os humanos não desapareceriam ao cair em um buraco negro, mas permaneceriam como um "holograma" na margem ou "cairiam em outro lugar".
Mistério prolongado
Os buracos negros são fenômenos cósmicos que se originam quando uma estrela colapsa. O restante de sua matéria fica limitado a uma pequena região, que logo dá lugar a um imenso campo gravitacional.
Por muito tempo se pensou que nada poderia escapar de sua gravidade, nem sequer a luz.
Em 1974, Hawking descreveu como os buracos negros emitiriam radiação, algo que com o tempo passou a ser conhecido como "radiação de Hawking", ideia com a qual muitos físicos concordam hoje em dia.
Ele, contudo, também apontou inicialmente que a radiação emitida por um buraco negro acabaria evaporando e todas as informações sobre cada partícula despareceriam para sempre.
Em 2004, Hawking surpreendeu o mundo com um novo estudo, denominado O Paradoxo da Informação em Buracos Negros, em que mudava sua própria versão: em vez de absorver tudo, os buracos negros permitem que certas radiações escapem.
Deste modo, um buraco negro deixaria de ser o poço infinito que destrói tudo o que cai nele, e sua fronteira não estaria tão definida como se pensava.
Viagem 'sem volta'
En 2012, enquanto buscavam esclarecer se a informação desaparece para sempre dentro de um buraco negro, John Polchinski e outros físicos já haviam descoberto que outro destino é possível.
Mas acrescentaram que o horizonte de eventos se converte em uma barreira antifogo gigante que incinera o que passar por ele.
À medida que fosse se aproximando do buraco, a diferença de gravidade entre seus pés e a cabeça aumentaria cada vez mais, e em algum momento você se partiria em dois. E logo essa força de maré, como se denomina essa atração, desgarraria cada célula, molécula e átomo de seu corpo.
Muitos físicos não gostaram dessa ideia. Segundo um dos princípios da relatividade de Einstein, uma pessoa que cruzasse o horizonte de eventos não deveria sentir nada diferente, apenas flutuaria no espaço.
A barreira antifogo, portanto, deixaria vulnerável o "princípio de equivalência", uma regra muito respeitada, daí a resistência dos físicos a descartá-la.
De toda maneira, para verificar o que ocorre em um buraco negro você provavelmente teria que viajar ao interior de um deles.
E o próprio Hawking não é candidato a essa jornada.
"(Após entrar em um buraco negro) Não poderia voltar ao nosso universo, de modo que, ainda que esteja interessado em viajar ao espaço, não vou tentar".

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/stephen-hawking-diz-que-buracos-negros-podem-levar-outro-universo.html

Astrônoma chilena de 25 anos descobre novo planeta

Maritza Soto encontrou objeto a 293 anos-luz da Terra e calcula que ele tenha 'no mínimo' três vezes a massa de Júpiter.

A chilena Maritza Soto diz que não esperava fazer uma descoberta notável tão cedo (Foto: Maritza Soto)
A chilena Maritza Soto diz que não esperava fazer uma descoberta notável tão cedo (Foto: Maritza Soto)


Aos 25 anos de idade, a doutoranda chilena Maritza Soto realizou o sonho de todo astrônomo: descobrir um novo planeta.
O HD 110014c, que orbita a estrela HD 110014, está a 293 anos-luz da Terra e tem uma massa pelo menos três vezes maior que a de Júpiter.
A descoberta foi publicada na revista científica da Royal Astronomical Society (Real Sociedade Astronômica) em Londres, após uma pesquisa de oito meses.
"Normalmente, para descobrir um planeta temos que usar métodos indiretos, porque não é como olhar para o céu e, de repente, reparar numa pequena mudança e, pronto, lá está um planeta", disse Soto à BBC Mundo.
Ela diz que, em geral, esses planetas são difíceis de se enxergar, dada a proximidade com a estrela que orbitam.
"Para poder realmente enxergá-los, têm que ser planetas que sejam muito grandes e que estejam muito longe da estrela, ou seja, é muito difícil", disse. "O que fazemos é medir a estrela e ver as mudanças que acontecem quando há um planeta. "
Velocidade radial
Soto empregou o método da velocidade radial, que consiste em medir o movimento da estrela para poder concluir se há algum objeto ao redor dela.
Foi assim que Soto e a sua equipe, integrada por James Jenkins e Matías Jones, da Universidade do Chile, descobriram o novo planeta, o segundo daquele Sistema Solar.
O objeto tem pelo menos três vezes a massa de Júpiter, mas Soto diz que este é "um valor mínimo", já que não é possível calcular a massa real.
A jovem estudante destacou que o planeta está muito próximo da estrela que orbita – bem mais que a Terra do Sol.
"É um planeta gasoso gigante que está muito quente, porque está muito perto de sua estrela", afirmou.
'Sucesso'
O planeta, segundo a astrônoma, corre grande risco de ser engolido pelo seu sol, por causa da proximidade e da enormidade daquela estrela vermelha.
Soto, que desde os 11 anos sabia que queria seguir carreira na astronomia, diz que não esperava alcançar um sucesso tão grande tão cedo.
"Sempre estudei astronomia com a ideia de que 'talvez... alguma vez... pode ser... encontre algo novo'. Mas nunca pensei que fosse conseguir tão cedo", disse.
O grupo de Soto vai continuar a investigar o novo planeta para tentar entender a dinâmica entre ele e os outros planetas que orbitam aquele sol.
A equipe também tenta detectar novos planetas ao redor de outros tipos de estrelas que não são muito estudadas.
"Tomara que isso leve a descobertas ainda maiores", afirmou Soto, que comemora o fato de cientistas da América Latina hoje dividirem descobertas com astrônomos de países desenvolvidos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/astronoma-chilena-de-25-anos-descobre-novo-planeta.html

terça-feira, 25 de agosto de 2015

Antes de iniciar missão 'suicida', sonda faz imagens de despedida de lua de Saturno

Cassini, que é parte de missão conjunta das agências espaciais europeia, americana e italiana, passou a 500 quilômetros da superfície da lua de Dione.

A lua Dione fotografada pela sonda Cassini com os anéis de Saturno ao fundo (Foto: Nasa)
A lua Dione fotografada pela sonda Cassini com os anéis de Saturno ao fundo (Foto: Nasa)

A sonda Cassini, que conseguiu chegar até Saturno, enviou nesta semana suas últimas fotos de uma das luas do planeta gigantesco e gasoso, Dione.
A Cassini passou a 500 quilômetros da superfície de Dione na segunda-feira e esse foi o quinto encontro do tipo que a sonda realizou em sua missão de 11 anos ao planeta dos anéis.
Agora, a sonda está envolvida em uma série de últimas observações. Em 2017, a Cassini vai realizar um mergulho na atmosfera de Saturno, o que resultará em sua destruição.
"Fico emocionada, e sei que todo mundo fica, ao olhar para essas imagens extraordinárias da superfície e do crescente de Dione, sabendo que elas serão as últimas que veremos deste mundo distante durante muito tempo", disse Carolyn Porco, que lidera a equipe de especialistas em imagens da missão.
"Até o fim, a Cassini entregou fidedignamente outra série de riquezas. Como tivemos sorte", acrescentou.
A Cassini chegou mais perto de Dione em 2011, quando a missão passou a apenas 100 quilômetros acima da superfície do corpo celeste.
Dione tem um diâmetro de 1.122 quilômetros, um exterior coberto de gelo e interior rochoso.
A sonda, que é uma missão conjunta das agências espaciais europeia, americana e italiana, detectou uma fina atmosfera de oxigênio e também observou sinais de que esta ainda pode estar ativa.

Anéis e na atmosfera

No ano que vem, a Cassini deve ir em direção aos anéis de Saturno (Foto: Nasa)
No ano que vem, a Cassini deve ir em direção aos anéis de Saturno (Foto: Nasa)

No próximo ano, a Cassini vai iniciar uma série de manobras para colocar-se em órbitas acima e através dos anéis de Saturno.
E então, em 2017, uma vez que o combustível da Cassini tenha se esgotado, os controladores de solo da missão vão enviar comandos para que a sonda mergulhe na atmosfera do planeta, onde será destruída.
Quanto mais perto a Cassini chegar de Saturno, mais a sonda vai esquentar, a ponto até de derreter e, no final, ser destruída pela alta pressão.
Esse plano de destruição da sonda visa não afetar com destroços as luas de Enceladus e Titã. Ambas foram apontadas como possíveis focos de vida extraterrestre, e cientistas não querem que essas formas de vida, caso existam, sejam contaminadas por micróbios da Terra que ainda estejam na sonda - mesmo que isso seja muito improvável.
Nos próximos meses, a Cassini vai passar pela última vez por várias luas.
"Considere isso como o começo do Longo Adeus", disse Carolyn Porco, referindo-se à passagem da sonda pela Dione, na segunda-feira.
E, no momento, não há preparativos para nenhuma outra missão para o sistema de Saturno.
A única missão para outro planeta que está prevista é para Júpiter. Os Estados Unidos vão enviar a sonda Juno no ano que vem e o satélite Juice, da Europa, deve ser enviado em 2030.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/antes-de-iniciar-missao-suicida-sonda-faz-imagens-de-despedida-de-lua-de-saturno.html

Asteroide não atingirá a Terra em setembro, diz Nasa

Boatos na internet diziam que asteroide destruiria parte das Américas.
Teoria não tem embasamento científico, afirmou a Nasa em comunicado.


Foto da Terra foi feita por câmera 'Epic' (Earth Polychromatic Imaging Camera), do satélite DSCOVR (Deep Space Climate Observatory (Foto: Nasa/Divulgação)
Foto da Terra foi feita por câmera 'Epic', da Nasa, divulgada em julho de 2015: Terra não deve ser atingida por asteroide em setembro (Deep Space Climate Observatory (Foto: Nasa/Divulgação)


O mundo pode respirar aliviado. Um asteroide gigante não irá se chocar com a Terra e destruir grande parte das Américas, explicou a Nasa após a divulgação de uma série de boatos pela internet.
Blogs e sites de notícia informaram que um grande asteroide atingiria a Terra entre o meio e o fim de setembro perto de Porto Rico, provocando uma grande destruição em toda a região.

Asteroides perigosos conhecidos têm menos de 0,01% de chance de impactar a Terra nos próximos 100 anos, dizem cientistas
 
Mas esta teoria não tem nenhum embasamento, informou o Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa em um comunicado nesta semana, tentando acabar com estas previsões catastróficas.
"Não há nenhuma base científica - nenhuma evidência - de que um asteroide ou outro objeto celeste irá atingir a Terra nestas datas", declarou o gerente do projeto de Objetos Próximos da Terra do Laboratório de Propulsão a Jato, Paul Chodas.
O laboratório explicou que todos os asteroides perigosos conhecidos têm menos de 0,01% de chance de impactar a Terra nos próximos 100 anos.
"Se existisse algum objeto grande o suficiente para fazer esse tipo de destruição em setembro, teríamos visto alguma coisa agora", disse.
A Nasa informou que "teóricos do juízo final" fizeram previsões semelhantes no passado, incluindo a alegação de calendário maia em 2012, que não eram apoiadas pela ciência e se mostraram falsas.
"Mais uma vez, não existe nenhuma evidência de que um asteroide ou qualquer outro objeto celeste está em uma trajetória que impactará a Terra", disse Chodas.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/asteroide-nao-atingira-a-terra-em-setembro-diz-nasa.html

Curiosity tem nova 'selfie' em Marte divulgada pela Nasa

Robô fez autorretrato em cima de rocha da qual recolherá amostras.
Há três anos em Marte, Curiosity imita humanos para fazer 'selfies'.


Nasa divulgou nova 'selfie' do robô Curiosity, que está em missão em Marte desde 2012 (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)
Nasa divulgou nova 'selfie' do robô Curiosity, que está em missão em Marte desde 2012 (Foto: NASA/JPL-Caltech/MSSS)

O robô Curiosity, que está em missão em Marte desde 2012, teve uma nova "selfie" divulgada pela Nasa nesta quinta-feira (20).
O autorretrado foi feito em cima da rocha marciana "Bucksin", a sétima que o explorador recolhe amostras para análises. A imagem é de 5 de agosto, mas foi divulgada somente hoje.
A fotografia feita pelo Curiosity é uma combinação de dezenas de imagens fotografadas pelo robô e montadas em um mosaico e se diferencia das selfies anteriores por ser feita em baixo ângulo.
Para tirar uma "selfie", a Nasa explica que o robô imita a ação humana: a câmera, que estava no fim do seu braço robótico (que não aparece na foto acima por se tratar de uma combinação), foi posicionada para baixo, em relação ao corpo do Curiosity.
O robô está há três anos em Marte - ele pousou no dia 5 de agosto de 2012. Desde então, cumpriu seu principal objetivo científico, de acordo com a agência espacial: identificar evidências de que Marte teve condições de abrigar vida no passado.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/curiosity-tem-nova-selfie-em-marte-divulgada-pela-nasa.html

Campanha arrecada US$ 720 mil para restauração de traje de Neil Armstrong

Doações de mais de 9 mil pessoas ajudaram a ultrapassar meta inicial.
Traje deve ficar pronto para 50º aniversário de chegada à Lua, em 2019.


Graças a um "crowdfunding", um financiamento colaborativo lançado pela instituição americana de ação e pesquisa Smithsonian, o traje espacial que Neil Armstrong usou para caminhar na Lua será restaurado, após uma arrecadação robusta de quase US$ 720 mil.
Um total de 9,5 mil pessoas contribuiu para a campanha "Reboot the Suit", que foi lançada no site Kickstarter e encerrou na quarta-feira (19), ultrapassando a meta de US$ 500 mil.
A inesperada quantia vai permitir que o Smithsonian tenha dinheiro de sobra para preservar e exibir um segundo traje espacial usado por Alan Shepard, o primeiro americano no espaço. "É surpreendente", declarou à AFP o diretor de serviços digitais do Smithsonian, Yoonhyung Lee, falando no Museu Aéreo e Espacial Nacional, em Washington. "Nós realmente não esperávamos que fôssemos atingir a meta tão rapidamente, quanto mais ultrapassá-la nesse nível. Foi um grande triunfo para nós".
A campanha começou no dia 20 de julho, no 46° aniversário da histórica aterrissagem lunar do Apollo 11. A instituição planeja que o traje branco e o capacete estejam prontos para visitação até o 50° aniversário, em 2019.
"O traje é muito sensível", explicou à AFP a curadora responsável pela restauração, Lisa Young.
"Está chegando ao seu 50° ano de vida. Boa parte de seus materiais foram feitos para uso temporário - para chegar à lua e voltar".
Amstrong morreu em Ohio, sua terra natal, há três anos, aos 82 anos.

Traje de Neil Armstrong será restaurado com financiamento colaborativo  (Foto: Eric Long/National Air and Space Museum, Smithsonian Institution via AP)
Traje de Neil Armstrong será restaurado com
financiamento colaborativo (Foto: Eric Long/National
Air and Space Museum, Smithsonian Institution via
AP)
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/campanha-arrecada-us-720-mil-para-restauracao-de-traje-de-neil-armstrong.html

terça-feira, 18 de agosto de 2015

Cometa Tchouri e sonda Rosetta alcançam ponto mais próximo do Sol

Sonda busca origens da vida na Terra.
É a 1ª vez que sonda acompanha cometa até ponto mais próximo do Sol.



Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia em 12 de junho mostra o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko pelas lentes da Sonda Rosetta (Foto: ESA/Rosetta/NavCam )
Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia em 12 de junho mostra o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko pelas lentes da Sonda Rosetta (Foto: ESA/Rosetta/NavCam )

 O cometa "Tchouri" - acompanhado pela sonda europeia Rosetta - alcançou nesta quarta-feira (12) o ponto mais próximo ao Sol em sua trajetória, uma nova etapa em sua missão de busca pelas origens da vida na Terra.
Às 23h03, pelo horário de Brasília, o cometa atingiu seu periélio, o ponto mais próximo ao Sol de sua órbita elíptica de seis anos e meio. O cometa 67P/Tchouriumov-Guerasimenko se encontra a 186 milhões de quilômetros do Sol e a 265 milhões de quilômetros da Terra.
É a primeira vez que uma sonda espacial acompanha um cometa até o ponto mais próximo do Sol.
Os cientistas esperam que os jatos de gás muito poderosos sob o efeito do calor permitam a captura de partículas orgânicas deixadas pela formação do sistema solar e presas há 4,6 milhões de anos no gelo do "Tchouri".
Os cometas são pequenos corpos do sistema solar constituídos de um núcleo feito de gelo, de materiais orgânicos e pedras, e cercado de poeira e gás.
Ao se aproximar do Sol, o gelo subterrâneo do cometa se transforma em vapor, provocando tempestades de gás e poeira e projetando partículas.
"Este é o momento de mais ação", declarou à agência France Presse Mark McCaughrean, assessor científico da Agência Espacial Europeia (ESA).
Forma de pato Devido à sua forma, o "Tchouri" é muitas vezes comparado a um pato. O cenário mais emocionante, segundo o cientista, seria se o "pescoço de pato" se quebrasse revelando o material enterrado.
"Este seria realmente o Santo Graal... ver o interior do cometa", afirmou entusiasmado McCaughrean, mesmo que a maioria dos cientistas acreditem que o cometa não é tão instável a ponto de se quebrar.
Após atingir o periélio, o 67P/Tchouriumov-Gerasimenko se afasta do Sol seguindo uma longa curva elíptica de sua órbita de seis anos e meio.
"Estamos à procura de matérias-primas virgens que podem escapar" da parte de baixo da camada de poeira deixada pelo último periélio, explica Mark McCaughrean.
Novas informações
O robô espacial europeu Philae permanece em silêncio há mais de um mês, e caberá à sonda Rosetta capturar essas partículas.
Rosetta está atualmente localizada a cerca de 300 km do cometa e não pode chegar mais perto sem o risco de ficar perdida na tempestade de gás.
Os instrumentos da Rosetta podem coletar partículas, mesmo em sua distância atual, mas em concentrações muito baixas, e "ela não poderia pegar os raros", segundo McCaughrean.
Os cientistas também podem, graças a fotos tiradas por Rosetta, comparar a aparência do cometa antes e depois do periélio.
Estas imagens, as amostras de gás e outras medições feitas pela sonda devem trazer novas informações sobre a composição do cometa e o seu ciclo.
O Philae está estacionado no cometa desde o seu pouso turbulento, em 12 de novembro de 2014. Após sete meses de hibernação, voltou a fazer contato com Rosetta em oito ocasiões.
Mas desde 9 de julho, data de seu último sinal, permanece em silêncio.
"Philae pode estar ativo... mas como não temos nenhum contato, não sabemos nada de sua condição", disse à AFP Patrick Martin, chefe da missão Rosetta.
Quando o cometa se afastar do sol e suas tempestades de gás se acalmarem, os cientistas esperam chegar perto e restabelecer contato com o pequeno robô precioso.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/cometa-tchouri-e-sonda-rosetta-alcancam-ponto-mais-proximo-do-sol.html

quarta-feira, 12 de agosto de 2015

Universo está morrendo lentamente, diz estudo científico

Energia produzida por galáxias é menor que há 2 bilhões de anos, diz.
'Universo está fadado ao declínio', diz pesquisador da Austrália.


Composição de imagens mostra como uma galáxia típica aparece a diferentes comprimentos de onda no rastreio GAMA (Foto: ICRAR/GAMA and ESO)
Composição de imagens mostra como uma galáxia típica aparece a diferentes comprimentos de onda no rastreio GAMA (Foto: ICRAR/GAMA and ESO)

O Universo está morrendo pouco a pouco, segundo uma equipe internacional de cientistas, que concluiu que a energia produzida atualmente por 200 mil galáxias é duas vezes menor que há dois bilhões de anos.
Os pesquisadores realizaram as medições mais precisas de energia já realizadas até agora em uma ampla zona do espaço.A energia produzida se dividiu em dois nos últimos dois bilhões de anos e não para de cair, concluíram.
"A partir de agora, o Universo está fadado ao declínio", explicou Simon Driver, membro do Centro Internacional de Pesquisas Radioastronômicas (ICRAR) da Austrália, que participou do projeto.
"O Universo se estirou no sofá, se cobriu com uma manta e se prepara para um sono eterno", acrescentou.
Os pesquisadores utilizaram sete dos telescópios mais potentes do mundo para observar durante oito anos galáxias em 21 longitudes de onda diferentes - como as infravermelhas ou as ultravioletas -, no âmbito do estudo Gama.
O estudo é fruto da colaboração de uma centena de cientistas de mais de 30 universidades australianas, europeias e americanas.
Boa parte da energia que circula no universo foi gerada depois do Big Bang, mas também há uma liberação constante de energia nova graças à fusão termonuclear das estrelas.
"Esta energia nova ou é absorvida pela poeira (...) ou viaja (pelo espaço) até que se choca em algo como uma estrela, um planeta (...)", afirmou Driver.
Os pesquisadores sabem há tempos que o ritmo de criação de estrelas no Universo está em declínio. Mas este estudo demonstra que a produção de energia diminui de forma similar nas diferentes longitudes de onda, ressalta Andrew Hopkins, do Observatório Astronômico Australiano.
Os pesquisadores esperam que os dados recolhidos também permitam melhorar a compreensão do processo de formação de galáxias.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/universo-esta-morrendo-lentamente-diz-estudo-cientifico.html

domingo, 9 de agosto de 2015

Observatório no Chile fotografa bolha 'fantasma' no espaço

Corpo celeste que lembra uma bolha é a nebulosa Coruja do Sul.
Nebulosas planetárias são fases da evolução de estrelas.


O conjunto de telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO) registrou uma nebulosa planetária que parece uma grande bolha “fantasma” brilhando na escuridão no universo. Apesar de parecer sobrenatural e misterioso, este objeto astronômico é conhecido dos cientistas.

A nebulosa fotografada, com nome oficial de ESO 378-1, tem apelido de Coruja do Sul, por ser parecida com sua “prima” no hemisfério norte, batizada de nebulosa Coruja. A nebulosa Coruja do Sul, localizada na constelação de Hydra, é um fenômeno relativamente recente, comparada com a vida útil típica de diversos bilhões de anos de uma estrela. Ela tem “apenas” algumas dezenas de milhares de anos.

Segundo o ESO, a imagem divulgada nesta quarta-feira (5) é a melhor já obtida da nebulosa Coruja do Sul.

A nebulosa Coruja do Sul foi registrada pelo conjunto de telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO) (EMBARGADO ATÉ 5/8) (Foto: ESO)
A nebulosa Coruja do Sul foi registrada pelo conjunto de telescópios do Observatório Europeu do Sul (ESO) (Foto: ESO)

As nebulosas planetárias foram descobertas no século 18 e receberam o nome de forma equivocada, por sua semelhança com planetas gasosos gigantes. Os fenômenos são, na verdade, fases da evolução de estrelas.

Conforme o astro vai "morrendo", uma intensa radiação vinda do núcleo é registrada e camadas da estrela vão sendo expelidas. Depois de que a maioria das camadas saem, o núcleo estelar que sobrou começa a emitir radiação ultravioleta, que então ioniza o gás que a circunda. Essa ionização faz com que a concha de gás comece a brilhar.
Depois que as nebulosas planetárias “morrem”, o núcleo estelar remanescente queima por mais bilhões de anos. As nebulosas planetárias têm um papel crucial no enriquecimento químico e na evolução do Universo.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/observatorio-no-chile-fotografa-bolha-fantasma-no-espaco.html

terça-feira, 4 de agosto de 2015

Foto da Nasa mostra estação espacial passando em frente à Lua

Imagem foi feita por fotógrafos da Nasa depois de algumas tentativas.
Atualmente, seis astronautas estão a bordo da estação espacial.



Foto mostra Estação Espacial Internacional (pequena mancha escura no centro) passando em frente à Lua (Foto: Nasa/Bill Ingalls)
Foto mostra Estação Espacial Internacional (pequena mancha escura no centro) passando em frente à Lua (Foto: Nasa/Bill Ingalls)

Uma imagem impressionante feita por fotógrafos da Nasa mostra a Estação Espacial Internacional (ISS) passando em frente à Lua neste domingo (2).
Na imagem, a ISS aparece como um pontinho escuro perto do centro da Lua. Em entrevista ao site "Spaceflight Insider", o fotógrafo responsável pela imagem, Bill Ingalls, conta que esta não foi a primeira tentativa de captar o momento em que a ISS passa em frente à Lua.
Círculo vermelho destaca onde está estação (Foto: Nasa/Bill Ingalls)
Círculo vermelho destaca onde está estação
(Foto: Nasa/Bill Ingalls)

O flagra foi feito dois dias depois da ocorrência da lua azul, fenômeno definido como a segunda lua cheia do mês.
Atualmente, a ISS é "habitada" por seis pessoas: os astronatuas da Nasa Scott Kelly e Kjell Lindgren, os cosmonautas russos Gennady Padalka, Mikhail Kornienko e Oleg Kononenko e o astronauta japonês Kimiya Yui.
"Esta não é uma foto extremamente difícil de fazer. A maior parte é preparo, fazer a lição de casa
coletando informações sobre quando  e onde a passagem ocorrerá e, então, conhecer as capacidades e limitações do equipamento. Finalmente, trata-se de chegar à locação e torcer por um tempo bom", disse Ingalls ao site americano.
Embora possa parecer que a estação espacial esteja passando pertinho da Lua, ela está, na verdade, muito mais perto da Terra. Para se ter uma ideia, a ISS orbita a uma distância de cerca de 320 km da Terra. Já a Lua orbita a 384,4 mil km de nosso planeta.

Montagem feita com 9 frames mostra movimento de Estação Espacial Internacional em frente à Lua  (Foto: NASA/Bill Ingalls)
Montagem feita com 9 frames mostra movimento de Estação Espacial Internacional em frente à Lua (Foto: NASA/Bill Ingalls)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/08/foto-da-nasa-mostra-estacao-espacial-passando-em-frente-lua.html