quinta-feira, 26 de novembro de 2015

Aniversário do Blog 5 ANOS

Hoje o blog faz 5 anos, e eu to muito feliz de não ter desistido desse maravilhoso blog, espeo continuar com ele por muito muito anos. Queria agradecer a todo que seguem, todos que só passam para dar uma espiadinha muito obrigada mesmo.

Esse ano eu não fiz o mês do blog como faço todos anos, bom o motivo é que não tive muito tempo pois esse ano o trabalho novo não deu folga kkkkk...Peso desculpas.

 
E parabéns para o blog

Por que Marte vai ter anéis como os de Saturno

Dentro de algumas dezenas de milhões de anos, a lua Phobos deve se aproximar do planeta e se desintegrar, concluíram pesquisadores americanos.

Phobos é um acumulado de de escombros que ficam unidos devido a uma capa externa de material mais sólido (Foto: Nasa via BBC)
Phobos é um acumulado de de escombros que ficam unidos devido a uma capa externa de material mais sólido (Foto: Nasa via BBC)

Cientistas americanos previram que a maior lua de Marte, Phobos, se despedaçará e que os fragmentos resultantes formarão um anel em torno do planeta nos moldes dos que circulam Saturno.
Em um estudo divulgado na revista especializada "Nature Geoscience", os pesquisadores, da Universidade de Berkeley, relatam que Phobos se aproxima de Marte e estimam que a lua será destruída em 20 a 40 milhões de anos.
Phobos orbita a apenas 6 mil quilômetros acima da superfície de Marte, é a lua mais próxima de um planeta em todo o Sistema Solar. A Lua fica a 400 mil quilômetros da Terra, por exemplo.
A gravidade do planeta está atraindo a lua, que avança cerca de dois metros a cada cem anos, segundo a Nasa, a agência espacial americana.
Em seu estudo, os pesquisadores Benjamin Black e Tushar Mittal, calculam que Phobos, de 22 quilômetros de diâmetro, se desintegrará devido à presença de fraturas e poros em sua massa.
Black e Mittal fizeram uma estimativa da coesão de Phobos e concluíram que ela é insuficiente para resistir às forças gravitacionais do planeta.
Barra de cereais
Os cientistas afirmam que Phobos é uma lua com muitas fraturas e despedaçá-la pode ser comparado ao que acontece quando uma pessoa tenta partir uma barra de cereais: pedaços e migalhas se espalham para todos os lados.
E os destroços resultantes da desintegração de Phobos - rochas de vários tamanhos e muita poeira - continuariam orbitando Marte e se distribuiriam rapidamente em volta do planeta formando um anel.

Saturno tem anéis mas, ao contrário de Marte que é rochoso, Saturno é um planeta gasoso (Foto: Nasa via BBC)
Saturno tem anéis mas, ao contrário de Marte que é rochoso, Saturno é um planeta gasoso (Foto: Nasa via BBC)

Os pesquisadores preveem que os pedaços maiores cairão no planeta em algum momento, mas a maioria dos destroços circulará Marte durante milhões de anos até que estes pedaços também caiam.
Já a outra lua de Marte, Deimos (que tem cerca da metade do tamanho de Phobos), permanecerá em uma órbita mais distante.
O modelo criado por Black e Mittal mostra também que, uma vez iniciado o processo, ele será rápido: o anel deve ser formar em um prazo de seis semanas.
"Se você estivesse parado na superfície de Marte, poderia se sentar em uma cadeira e ver como Phobos se desintegra para formar um grande anel", disse Black.
Os cientistas afirmam no entanto que serão necessárias mais missões espaciais a Phobos para confirmar se o modelo de previsões que eles criaram para a lua de Marte está correto.
Black e Mittal, do Departamento de Ciências da Terra e Planetária da Universidade de Berkeley, ficaram intrigados com o comportamento atípico de Phobos, de uma lua que se move na direção do planeta em volta do qual orbita. A Lua, por exemplo, se distancia da Terra a cada ano.
O que se sabe é que apenas um outra lua no Sistema Solar, a maior lua de Netuno, Tritão, está se movendo para perto do planeta.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/por-que-marte-vai-ter-aneis-como-os-de-saturno.html

quinta-feira, 19 de novembro de 2015

O planeta com ventos mais rápidos que o som (e temperatura de 1.200ºC)

HD 189733b, a 63 anos-luz da Terra, tem ventos 20 vezes mais velozes do que os já registrados em nosso planeta.

 Uma ilustração do HD 189733b, um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos (Foto: Universidade de Warwick/Divulgação)
Uma ilustração do HD 189733b, um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos (Foto: Universidade de Warwick/Divulgação)

Pesquisadores britânicos descobriram um exoplaneta no qual os ventos sopram a uma velocidade de 8.690 quilômetros por hora, sete vezes acima da velocidade do som, e com temperatura ambiente de 1.200 graus.
O HD 189733b fica a 63 anos-luz da Terra, fora do Sistema Solar, na constelação Vulpecula. Ele foi descoberto em 2005, mas apenas agora os cientistas da Universidade de Warwick conseguiram observar o clima no planeta.

"Esta é o primeiro mapa meteorológico de fora do nosso Sistema Solar. Já sabíamos que havia vento em exoplanetas, mas nunca conseguimos medir e mapear diretamente um sistema meteorológico", afirmou Tom Louden, do Grupo de Astrofísica da universidade britânica.
Esta é o primeiro mapa meteorológico de fora do nosso Sistema Solar. Já sabíamos que havia vento em exoplanetas, mas nunca conseguimos medir e mapear diretamente um sistema meteorológico"
Tom Louden, da Universidade de Warwick
 
Os ventos no HD 189733b são 20 vezes mais velozes dos que os mais rápidos já registrados em nosso planeta.
A medição da velocidade foi feita graças a observações do telescópio Harps, no observatório La Silla, no Chile.
"A velocidade (do vento) no HD 189733b foi medida usando uma espectroscopia de alta resolução de absorção do sódio presente na atmosfera. Como parte da atmosfera do HD 189733b se aproxima e afasta da Terra (por causa da órbita e outros movimentos), o efeito Doppler muda o comprimento de onda deste elemento, o qual permite medir a velocidade", acrescentou Louden.
O efeito Doppler é a mudança da frequência de uma onda produzida pelo movimento relativo da fonte em relação ao seu observador. Neste caso, o objeto em movimento é o exoplaneta.
"A superfície da estrela (em torno da qual o exoplaneta gira) é mais brilhante no centro do que na borda", disse Louden.
"E como o planeta se move em frente à estrela, a quantidade relativa de luz que ficava bloqueada em diferentes partes da atmosfera muda."
"Pela primeira vez usamos esta informação para medir as velocidades em lados opostos do planeta de forma independente, o que nos deu nosso mapa de velocidades", acrescentou o cientista.
O clima em outros planetas
Os pesquisadores afirmam que este trabalho pode ajudar a estudar com mais detalhes as correntes de vento em outros planetas parecidos com a Terra e que estão fora do Sistema Solar.
"Estamos muito animados por termos descoberto uma forma de mapear sistemas meteorológicos em planetas distantes. Quando desenvolvermos mais a técnica, conseguiremos estudar o fluxo do vento com mais detalhe e fazer mapas meteorológicos de planetas menores. Esta técnica vai permitir que façamos imagens de sistemas meteorológicos de planetas parecidos com a Terra", afirmou Peter Wheatley, que também faz parte do Grupo De Astrofísica da Universidade de Warwick.
O HD 189733b pertence a uma categoria de planetas conhecidos como "júpiteres quentes".
Eles são chamados assim porque têm uma massa parecida com a de Júpiter e podem percorrer sua órbita em menos de três dias.
No caso do HD 189733b, ele é 10% maior que Júpiter e tem uma temperatura de 1.200 graus.
Devido ao seu tamanho e ao fato de estar relativamente perto de nosso Sistema Solar, ele é um dos exoplanetas mais estudados pelos astrônomos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/o-planeta-com-ventos-mais-rapidos-que-o-som-e-temperatura-de-1200oc.html

Imagem psicodélica de Plutão ressalta detalhes da superfície do planeta anão

Nasa divulgou imagem com cores artificiais nesta quinta-feira (12).
Cores foram adicionadas para ressaltar diferenças sutis na superfície.


 Imagem de Plutão com cores artificiais foi criada por cientistas para ressaltar detalhes da superfície do planeta anão (Foto:  Nasa/JHUAPL/SwRI)
Imagem de Plutão com cores artificiais foi criada por cientistas para ressaltar detalhes da superfície do planeta anão (Foto: Nasa/JHUAPL/SwRI)


A Nasa divulgou nesta quinta-feira (12) uma nova imagem de Plutão. Desta vez, cientistas do projeto New Horizons, acrescentaram cores artificiais usando uma técnica específica para ressaltar as diferenças sutis de cores na superfície do planeta anão.
A imagem foi feita no dia 14 de julho, quando a sonda New Horizons passou pelo ponto mais próximo de Plutão. A imagem com cores "psicodélicas" foi apresentada pelo cientista Will Grundy, da equipe do New Horizons, na Reunião da Sociedade Astronômica Americana.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/imagem-psicodelica-de-plutao-ressalta-detalhes-da-superficie-do-planeta-anao.html

Exoplaneta rochoso, muito perto da Terra, pode ter atmosfera

O GJ1132b é o exoplaneta do tamanho da Terra mais próximo já observado.
Ele é muito quente para ter água líquida, mas parece ter atmosfera.


 O conjunto de telescópios MEarth-South, que fica no Chile, foi responsável pela observação que resultou na descoberta do planeta GJ 1132b (Foto: Jonathan Irwin/Divulgação)
O conjunto de telescópios MEarth-South, que fica no Chile, foi responsável pela observação que resultou na descoberta do planeta GJ 1132b (Foto: Jonathan Irwin/Divulgação)

Um novo exoplaneta rochoso que pode ter uma atmosfera foi descoberto a "apenas" 127 anos-luz da Terra, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (11) na revista científica britânica "Nature".
Batizado de GJ 1132b, trata-se do exoplaneta do tamanho da Terra mais próximo jamais observado. Ele está a 127 anos-luz - no canto da rua, na escala do Universo.
"Nossa galáxia cobre cerca de 100.000 anos-luz", ressalta em comunicado Zachory Berta-Thompson, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) nos Estados Unidos e co-autor do estudo. "É um vizinho realmente próximo do sol".
Rochoso como a Terra
O exoplaneta, 1,2 vezes maior que nossa Terra, orbita uma pequena estrela. Após ter medido a oscilação da última, os pesquisadores puderam estimar a massa do exoplaneta em 1,6 vezes a da Terra. Tomando como base o tamanho e a massa, acredita-se que o GJ 1132b é rochoso, como a Terra.

Mas as semelhanças com o nosso mundo, infelizmente, terminam aí, pois lá faz muito calor, 226ºC, segundo estimativas dos pesquisadores. "O planeta é tão quente quanto um cookie que acabou de sair do forno", explica Berta-Thompson.
Devido às temperaturas escaldantes, o GJ 1132b provavelmente não pode ter água em forma líquida, o que o torna incompatível com a vida como a conhecemos.
Mas os cientistas acreditam que estas temperaturas permitem a presença de uma atmosfera.
Calor demais para ser habitável
"Faz muito calor para ser habitável, mas as temperaturas ainda são muito mais amenas do que em outros planetas rochosos que conhecemos", afirmou Zachory Berta-Thompson.
"A maioria dos exoplanetas rochosos são bolas de fogo, quentes demais para terem uma atmosfera", acrescentou.
Os investigadores esperam que a nova geração de telescópios possa descobrir a composição química da atmosfera.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/exoplaneta-rochoso-muito-perto-da-terra-pode-ter-atmosfera.html

Astrônomos identificam objeto mais remoto do Sistema Solar

V774104 provavelmente é gelado e fica a 15,5 bilhões de quilômetros do Sol.

Esta representação artística mostra o planeta anão Sedna, que antes era considerado um dos objetos mais distantes  (Foto: Nasa/JPL - Caltech/R.Hurt)
Esta representação artística mostra o planeta anão Sedna, que antes era considerado um dos objetos mais distantes (Foto: Nasa/JPL - Caltech/R.Hurt)

Astrônomos identificaram o objeto mais distante no Sistema Solar: observações do telescópio japonês Subaru revelaram o corpo, que deve ser gelado, a 15,5 bilhões de quilômetros do Sol, cerca de três vezes mais longe do que Plutão.
O objeto foi catalogado com o nome de V774104 e, segundo estudos iniciais, teria entre 500 e mil quilômetros de extensão.
Agora os cientistas terão que rastrear o planeta anão durante um ano para descobrir qual é a forma e o tamanho de sua órbita em torno do Sol.
A descoberta do objeto mais distante do Sistema Solar foi anunciada no 47º Encontro Anual da Sociedade Americana de Astronomia - Divisão para Ciências Planetárias, que está ocorrendo perto de Washington.
A equipe responsável pela descoberta é liderada por Scott Sheppard, da Instituição Carnegie para Ciência, e Chad Trujillo, do Observatório Gemini no Havaí.
"Não conseguimos explicar as órbitas desses objetos a partir do que sabemos sobre o Sistema Solar", disse Sheppard à revista especializada Science.
Órbitas esquisitas
O objeto até então considerado mais distante era o planeta anão Eris.
Esse corpo celeste, que tem uma lua chamada Dysnomia, se move em uma órbita que fica entre 5,7 bilhões e 14,6 bilhões de quilômetros do Sol.
Para compreender um pouco melhor esses números: a Terra está a 149 milhões de quilômetros do Sol e até mesmo o mais distante planeta maior, Netuno, a 4,5 bilhões de quilômetros de distância, parece mais próximo quando comparado a essas descobertas.
Mas a grande questão é se o V774104 caminha em sua órbita para dentro do local onde está atualmente, como Eris, ou para fora, como os objetos conhecidos como 2012 VP113 e Sedna.
Esses dois corpos estão ligeiramente mais próximos da parte mais interna do Sistema Solar do que Eris, mas as análises de suas órbitas mostram que eles vão alcançar grandes distâncias no espaço, chegando a 66 bilhões e 140 bilhões de quilômetros respectivamente.
Modelos que explicam a formação do Sistema Solar sugerem que objetos assim provavelmente não foram criados com essas órbitas esquisitas.
Uma explicação para isso é que esses objetos sofreram perturbações gravitacionais devido à passagem de um planeta (provavelmente um que foi expulso de nosso Sistema Solar logo no começo de sua história) e foram puxados para suas trajetórias atuais.
Alguns cientistas até especulam que estes objetos podem ter sido "roubados" de uma estrela que se formou a partir do mesmo "berçário" de onde saiu o Sol, há 4,6 bilhões de anos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/astronomos-identificam-objeto-mais-remoto-do-sistema-solar.html

Estrela zumbi cria disco ao seu redor com restos de asteroide triturado

Objeto rochoso foi destruído por torção de força da gravidade perto do astro.
Astrônomos observaram evento por 12 anos em supertelescópio no Chile.


Uma estrela do tipo anã-branca -- que esgotou seu combustível nuclear e se encolheu para ficar do tamanho da Terra -- triturou um asteroide que se aproximou dela e formou um disco ao seu redor com os restos do objeto rochoso.
Esse evento cósmico observado pela primeira vez foi descoberto por cientistas usando o VLT (Very Large Telescope), o maior observatório do mundo, no Chile.
Como a estrela possui um brilho muito tênue e o material formando o halo a seu redor não é muito denso, os pesquisadores só conseguiram entender o que estava acontecendo naquele sistema após 12 anos de observações, entre 2003 e 2015.

O disco formado por restos de um asteroide destruído perto de uma estrela anã-branca (ilustração) (Foto: Mark Garlick/Universidade de Warwick/ESO)
O disco formado por restos de um asteroide destruído perto de uma estrela anã-branca (ilustração) (Foto: Mark Garlick/Universidade de Warwick/ESO)

Para entender o padrão de brilho emitido pela estrela e, indiretamente, pelo disco ao seu redor, os cientistas também precisaram investigá-la em diferentes comprimentos de onda eletromagnética que ela emite --desde o infravermelho, passando pela luz visível, em várias cores, até raios ultravioletas.
Só assim os cientistas conseguiram fazer uma espécie de tomografia daquele sistema estelar, identificado pela sigla J1228+1040, revelando sua estrutura tridimensional

Mapa construido com telescópio mostra matéria em movimento em torno de estrela anã branca (Foto: Univesidade de Warwick/C. Manser/ESO)
Mapa mostra matéria em movimento em torno da anã-branca (Imagem: U. Warwick/C. Manser/ESO)

"A imagem que obtivemos a partir dos dados processados nos mostra que esses sistemas têm realmente forma de disco, e revelam muitas estruturas que não seríamos capazes de detectar com uma única foto", disse em comunicado à imprensa o líder do estudo, Christopher Manser, da Universidade de Warwick (Reino Unido).
Ele diz acreditar que esse objeto tenha sido destruído pela estrela após se aproximar demais dela em sua órbita. As "forças de maré" -- distorções gravitacionais -- às quais foi submetido dobraram e romperam sua forma, triturando-o como um quebra-nozes.
O disco que se formou em torno da estrela teria evoluído de forma semelhante à dos anéis de Saturno, exceto pela diferença de tamanho. Apesar de o diâmetro de J1228+1040 ser sete vezes menor que o de Saturno, a massa da anã-branca é 2.500 vezes maior, e seu disco tem diâmetro bastante maior também.
O sistema está descrito em um estudo na revista científica " Monthly Notices of the Royal Astronomical Society". Segundo os autores, como o Sol em torno da qual a Terra orbita provavelmente se tornará uma anã-branca dentro de alguns bilhões de anos, o estudo de sistemas como aquele descoberto agora pode ajudar a entender como será o Sistema Solar após a morte do astro que o rege.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/estrela-zumbi-cria-disco-ao-seu-redor-com-restos-de-asteroide-triturado.html

quarta-feira, 11 de novembro de 2015

Lua de Marte pode estar a caminho da destruição, dizem cientistas

Gravidade aproxima Fobos de Marte em 2 metros a cada 100 anos.
Descoberta foi apresentada por cientistas da Nasa nesta terça-feira.


 Novo estudo indica que os sulcos na superfície de Fobos, lua da Marte, indicam que o satélite está caminhando para sua destruição  (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)
Novo estudo indica que os sulcos na superfície de Fobos, lua da Marte, indicam que o satélite está caminhando para sua destruição (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)

A maior lua de Marte, Fobos, está a caminho de sua destruição. Segundo cientistas da Nasa, isso pode acontecer em um período de 30 a 50 milhões de anos. A chave para se chegar a essa conclusão foram os sulcos que se estendem pela superfície do satélite.
Há muito tempo os cientistas tentam decifrar a origem desses sulcos. Um novo estudo, apresentado nesta terça-feira (10) na Reunião Anual da Divisão de Ciências Planetárias da Sociedade Astronômica Americana em National Harbor, em Maryland, propõe que os sulcos são como "estrias" que surgem conforme a lua é deformada pelas forças gravitacionais entre Marte e Fobos.
2 metros a cada 100 anos
Fobos orbita a uma distância de 6 mil km de Marte: é a lua mais próxima de seu planeta em todo o Sistema Solar. A gravidade de Marte está arrastando Fobos em sua direção em 2 metros a cada 100 anos.
Os pesquisadores, liderados por Terry Hurford, do Centro Goddard de Voo Espacial, da Nasa, consideram que o interior de Fobos seja composto por um aglomerado de rochas que se mantêm juntas por um manto de cerca de 100 metros de largura.
Esse interior pode se distorcer facilmente e a camada externa da lua tem um comportamento elástico. A hipótese é que essas forças podem fazer com que a superfície entre em colapso. "Achamos que Fobos já começou a se destruir, e o primeiro sinal disso é a produção desses sulcos", disse Hurford. Segundo a Nasa, Triton, a lua de Netuno, pode ter um destino parecido.
Marte ainda tem duas luas: além de Fobos, há ainda Deimos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/lua-de-marte-pode-estar-caminho-da-destruicao-dizem-cientistas.html

Nasa identifica possíveis 'vulcões de gelo' em Plutão

Imagens enviadas pela sonda New Horizons sugerem existência de formações similares a encontradas na Terra e em Marte.

 Wright Mons, um dos dois possíveis "vulcões de gelo", foi localizado ao sul da planície de Sputnik  (Foto: NASA/JPL-JHU/SWRI)
Wright Mons, um dos dois possíveis "vulcões de gelo", foi localizado ao sul da planície de Sputnik (Foto: NASA/JPL-JHU/SWRI)

Dois possíveis "vulcões de gelo" foram identificados na superfície de Plutão.
Eles foram localizados em imagens enviadas pela sonda New Horizons, que passou pelo planeta-anão em julho.
As montanhas têm alguns quilômetros de altura e dezenas de quilômetros de diâmetro.
Enquanto os vulcões da Terra expelem rocha derretida, os de Plutão – se é isso mesmo que eles são – liberariam um mistura gelada, parcialmente derretida, de substâncias como água, nitrogênio e metano.
O time responsável pela missão ainda precisa fazer mais análises para confirmar a descoberta.
Informações sobre a composição dos materiais que compõem o terreno local podem ajudar na tarefa.
Descoberta convincente
A New Horizons ainda não enviou todas as informações registradas durante o sobrevoo a Plutão. Até agora, apenas cerca de 20% de suas observações chegaram até a Terra.
Se o crio-vulcanismo for comprovado, será uma incrível descoberta. A ocorrência do fenômeno já havia sido sugerida em vários outros corpos do Sistema Solar exterior, mas sem nada convincente ser detectado.
Os dois candidatos a vulcões de Plutão foram encontrados a sul de Sputnik Planum, planície lisa no equador do planeta.
Eles têm sido informalmente chamados de Wright Mons e Piccard Mons. Sua forma lembra, na Terra ou em Marte, a dos vulcões-escudo – extensos vulcões formados por repetidas erupções de fluídos de baixa viscosidade.
Comparação com Marte
Assim como suas supostas caldeiras, essas formações apresentam textura irregular em seus flancos, o que pode representar antigos “rios de lava gelada”.
O quão recente estiveram em atividade, ninguém sabe dizer.

Piccard Mons (à esq.) and Wright Mons (à dir.); as cores da imagem divulgada pela Nasa indicam a altura: azul é baixo, verde é intermediário e marrom é alto (Foto: NASA/JPL-JHU/SWRI)
Piccard Mons (à esq.) and Wright Mons (à dir.); as cores da imagem divulgada pela Nasa indicam a altura: azul é baixo, verde é intermediário e marrom é alto (Foto: NASA/JPL-JHU/SWRI)

“É espantoso que, em toda a exploração que fizemos, as construções mais próximas disso na vizinhança estejam em Marte”, afirmou o professor Alan Stern, o investigador principal da missão New Horizons.
“Não vimos nada como isso em todos os mundos do Sistema Solar médio. É realmente incrível.”
Já se passaram 120 dias desde que a New Horizons fez seu histórico sobrevoo sobre o planeta-anão e suas luas.
Desde então, a sonda já ultrapassou 140 milhões de km no Sistema Solar externo, a cerca de 5 bilhões de quilômetros da Terra.
Os responsáveis pela missão supervisionaram, na semana passada, o disparo do último dos quatro motores que colocaram a aeronave em seu curso em direção ao novo alvo, a ser alcançado em 2019.
O objetivo é chegar até um corpo gelado muito menor, chamado de 2014 MU69.
A estimativa é que ele não tenha mais de 45 km de diâmetro, mas espera-se que a New Horizons se aproxime mais desse objeto do que ocorreu com Plutão – foram 12,5 mil km de distância.
No entanto, a equipe ainda não obteve, formalmente, os recursos da agência espacial norte-americana para operar a sonda até o 2014 MU69.
O projeto científico para pleitear esse suporte financeiro deve ser submetido à Nasa no ano que vem.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/nasa-identifica-possiveis-vulcoes-de-gelo-em-plutao.html

O misterioso pedaço de lixo espacial que se dirige à Terra

Fragmento, que mede entre 1 e 2 m e pode ser 'peça perdida da história espacial', entrará na atmosfera terrestre nesta semana e promete ser belo fenômeno para observação.

Ele se chama WT1190F, tem entre um e dois metros e está viajando neste momento em direção à Terra.
Se a trajetória continuar como está previsto, esse misterioso fragmento de lixo espacial entrará na atmosfera terrestre em 13 de novembro (sexta-feira) às 4h19 (horário de Brasília).
Mas não se assuste - o mais provável é que o objeto se desintegre ao entrar em contato com a atmosfera - e se ainda sobrar algum remanescente, cairá no Oceano Índico a cerca de 65 km da costa do Sri Lanka.
Mas o que é e de onde saiu esse objeto?
Dadas suas características - seu tamanho e densidade, que indica ser oco -, é muito possível que se trate de um objeto artificial, "uma peça perdida da história espacial que volta para nos perseguir", disse Jonathan McDowell, pesquisador do centro de astrofísica Harvard-Smithsonian, nos Estados Unidos.
Poderia ser, por exemplo, uma parte de um foguete ou de um painel solar desprendido de missão recente à Lua.
Há ainda a possibilidade de que seja algo bem mais antigo, inclusive da era dos programas Apolo da Nasa (agência espacial americana).
Fora de perigo
O WT1190F foi detectado pelo Catalina Sky Survey, um programa da Universidade do Arizona (EUA) cujo objetivo é descobrir asteroides e cometas que passam perto da Terra.
Intrigados por esse objeto que possui uma órbita fortemente elíptica, os cientistas reconstruíram sua trajetória a partir de observações feitas em 2012 e 2013.

Chegada do objeto WT1190F,
na sexta-feira, promete ser belo fenômeno para observação
 
Sua chegada, por sorte, não representa perigo devido a sua massa e ao local previsto para a queda.
Mas promete ser um belo fenômeno para observação, já que por alguns momentos o fragmento se tornará brilhante no céu. Será, sobretudo, uma grande oportunidade para coleta de informações e ampliação do conhecimento sobre a reação dos objetos ao atravessar a atmosfera.
Isso permitirá melhorar os modelos orbitais e as ferramentas para prever o reingresso de objetos na Terra.
Por outro lado, servirá para colocar à prova os planos que os astrônomos preparam para uma eventual aproximação à Terra de um objeto perigoso.
Atualmente há 20 objetos artificiais identificados nessa categoria, que se movem em órbita distante.
Porém estima-se que o número seja muito maior, embora seja impossível precisar a quantidade.
De acordo com dados mais recente da Nasa e da Agência Espacial Europeia, há cerca de 500 mil fragmentos de lixo espacial entre 1 e 10 cm orbitando nosso planeta.

 Objeto WT1190F, observado em 9 de outubro com telescópio da Universidade do Havaí (Foto:  B. Bolin, R. Jedicke, M. Micheli/ESA)
Objeto WT1190F, observado em 9/10 em
telescópio da Universidade do Havaí
(Foto: B. Bolin, R. Jedicke, M. Micheli/ESA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/o-misterioso-pedaco-de-lixo-espacial-que-se-dirige-terra.html

Tempestades solares 'arrancaram' gás da atmosfera de Marte, diz Nasa

Agência apresentou dados da missão Maven.
Perda de gás da atmosfera tornou planeta árido e frio.


A Nasa divulgou nesta quinta-feira (5) evidências de que tempestades solares podem ter 'arrancado' a atmosfera de Marte. Os cientistas acreditam que o Planeta Vermelho já teve uma atmosfera tão densa quanto a Terra-- ou até mais densa --, o que criava condições para um abiente mais quente que o atual, com água líquida em abundância, o que permitiu a criação de vales escavados por rios, por exemplo. Atualmente, no entanto, sua atmosfera é mais rarefeita que a nossa e os pesquisadores querem entender como ocorreu essa mudança.
Dados da missão Maven mostram que quando tempestades solares bombardeiam a atmosfera marciana de partículas, ela perde volumes de 10 a 20 vezes mais rápido do que normalmente ocorre.
Quando há uma erupção solar, a Terra também recebe os ventos do Sol, mas eles são canalizados para os polos graças ao campo magnético do nosso planeta, ocasionando as auroras austrais e boreais. Marte não tem um campo equivalente, e a Maven observou que auroras ocorrem de forma difusa em várias áreas no céu do planeta vizinho.
Ao verificar que os ventos solares aumentam muito a velocidade de perda de atmosfera e Marte, os cientistas levantaram a possibilidade de que, no passado, quando o Sol era mais jovem e mais ativo, esse ritmo de 'dilapidação' pode ter sido muito mais acelerado.

Tempestades solares 'arrancaram' a atomosfera de Marte, segundo pesquisa da Nasa (Foto: Nasa)
Tempestades solares 'arrancaram' a atomosfera de Marte, segundo pesquisa da Nasa (Foto: Nasa)

Maven A sonda americana Maven chegou em setembro de 2014 à órbita de Marte, após uma longa viagem de dez meses e ao custo de US$ 671 milhões. A sonda entrou em uma órbita elíptica definitiva de quatro horas e meia, que permitindo realizar observações de todas as latitudes e camadas da atmosfera superior, com altitude variável de 150 km a 6.000 km.
A Maven conta com oito instrumentos, entre eles um espectrômetro de massas para determinar as estruturas moleculares dos gases atmosféricos, e um sensor SWEA (Solar Wind Electron Analyzer), que analisa o vento solar.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/nasa-mostra-evidencias-de-que-tempestades-solares-podem-ter-arrancado-atmosfera-de-marte.html

Nasa faz imagens inéditas do Sol em alta definição

Agência monitora estrela 24 horas por dia desde 2010.

Imagens do Sol foram feitas pelo Observatório da Dinâmica Solar da Nasa (Foto: Nasa/Divulgação)
Imagens do Sol foram feitas pelo Observatório da Dinâmica Solar da Nasa (Foto: Nasa/Divulgação)

A Nasa divulgou imagens em alta definição do Sol. Elas foram captadas pelo Observatório da Dinâmica Solar da Nasa, que monitora a estrela 24 horas por dia desde 2010. VEJA O VÍDEO.
Ele captura imagens da estrela em 10 comprimentos de onda para pesquisar as temperaturas dos diferentes materiais que compõe o Sol.
Cada temperatura mostra estruturas específicas, como explosões de luz e de raios-x e movimentos na coroa solar.
Estudar a estrela mais próxima da Terra é também uma forma de entender outras regiões da galáxia. As imagens podem ser vistas em formato 4k pelo site da Nasa.

Nasa disponibilizou imagens em altíssima resolução em seu site  (Foto: Nasa/Divulgação)
Nasa disponibilizou imagens em altíssima resolução em seu site (Foto: Nasa/Divulgação)
Imagens do Sol mostram detalhes de explosões solares (Foto: Nasa/Divulgação)
Imagens do Sol mostram detalhes de explosões solares (Foto: Nasa/Divulgação)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/11/nasa-faz-imagens-ineditas-do-sol-em-alta-definicao.html

Sonda faz 'rasante' sobre lua de Saturno para analisar água que pode conter vida

Cassini voará a 'apenas' 5 mil metros da superfície de Enceladus, que surpreende cientistas com jatos 'escondendo' um oceano sob camada de gelo.

Jatos gelados emitidos a partir do Polo Sul têm intrigado os cientistas  (Foto: Nasa)
Jatos gelados emitidos a partir do Polo Sul têm intrigado os cientistas (Foto: Nasa)

A sonda americana Cassini iniciou os procedimentos para seu aguardado "rasante" da superfície de Enceladus, uma lua de Saturno que vem intrigando os cientistas.
A partir de 15h de Brasília nesta quarta-feira, a nave iniciou um voo de reconhecimento, a apenas 5 mil metros de altura, para tentar "provar" a atmosfera de Enceladus. Mais especificamente a química dos jatos d'água que a lua emite a partir de seu polo sul.
Nos últimos anos, Enceladus revelou uma série de segredos que, para cientistas, fazem do satélite natural de Saturno um dos mais promissores locais para se encontrar algum tipo de vida extraterrestre.
'Condições Benignas'
Cientistas dizem que a lua tem um imenso oceano escondido debaixo de uma camada de gelo, cujas condições seriam "benignas" o suficiente para a sobrevivência de micróbios.
"Enceladus não é apenas um mundo d'água. É um mundo que pode proporcionar um meio ambiente habitável para a vida como conhecemos", afirma Curt Niebur, um dos cientistas.
"Vamos ter a chance de mergulhar mais profundamente nos jatos vindos do polo sul. E poderemos coletar a melhor amostra já obtida de um oceano extraterrestre".
Cientistas esperam encontrar hidrogênio como prova da existência de vida (Foto: Nasa)
Cientistas esperam encontrar hidrogênio como prova da existência de vida (Foto: Nasa)

Uma das principais missões da Cassini será tentar detectar moléculas de hidrogênio. Isso seria um sinal da existência de respiradouros quentes no fundo do oceano gelado. Isso seria outro fator que poderia contribuir para a existência de vida.
Tais respiradouros existem na Terra e fornecem energia e nutrientes para ecossistemas marinhos de alta profundidade. Nesses sistemas, a água é puxada para o leito rochoso, aquecida e saturada com minerais antes de ser expelida.
Bactérias prosperam nesse ambiente, criando uma cadeia alimentar que suporta organismos mais complexos.
Mas se isso está acontecendo em Enceladus, no momento, é apenas especulação.
"A quantidade de hidrogênio emitido vai revelar quanta atividade hidrotérmica está realmente acontecendo no leito do oceano e quanta energia está sendo gerada", explica Linda Spilker, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, a agência espacial americana.
O resultado das análises, porém, só deverá ser conhecido em dias ou semanas.
"Teremos uma primeira chance de analisar os dados sobre gases e partículas em até uma semana após o 'rasante'. Nas semanas seguintes, faremos uma análise mais detalhada para nos ajudar a entender o que está acontecendo em Enceladus", completa Spilker.
A Cassini está entrando nos estágios finais de sua missão a Saturno e suas luas, que teve início com um voo orbital ao redor do planeta dos anéis, em julho de 2004. Desde então, a sonda fez visitas repetidas aos principais dos 62 satélites do planeta para estudar sua composição e seus ambientes.

A Cassini fará um voo suicida em direção a superfície de Saturno em 2017 (Foto: Nasa)
A Cassini fará um voo suicida em direção a superfície de Saturno em 2017 (Foto: Nasa)

O 'rasante' sobre Enceladus será o mais próximo que a Cassini chegará da superfície da lua. Todas as aproximações seguintes serão a distâncias bem maiores. Sendo assim, o encontro dessa quarta-feira oferece a última oportunidade real de mapear com mais detalhes os jatos gelados do polo sul.
Análises anteriores já identificaram a presença de sais e compostos orgânicos. Indicadores da existência de respiradouros seriam as partículas de sílica e metano.
No ano que vem, a Cassini iniciará uma série de manobras que a colocarão em órbitas que atravessarão e sobrevoarão os anéis de Saturno. E, em 2017, quando o combustível da sonda se esgotar, seus controladores darão um comando para que ela mergulhe na atmosfera do planeta, onde será destruída".

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/10/sonda-faz-rasante-sobre-lua-de-saturno-para-analisar-agua-que-pode-conter-vida.html

Rosetta faz descoberta surpreendente de oxigênio no cometa 67P

Descoberta é importante para compreensão da origem do Sistema Solar.
Esta é a primeira vez que oxigênio foi detectado em um cometa.


 Imagem tirada por câmera na sonda Rosetta mostra cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko: água encontrada no cometa é diferente de água da Terra (Foto: AP Photo/ESA)
Imagem tirada por câmera na sonda Rosetta mostra cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: AP Photo/ESA)

A sonda espacial Rosetta encontrou oxigênio molecular (O2) entre os gases que cercam o cometa 67P, uma descoberta importante para compreender a origem do Sistema Solar, segundo estudo publicado nesta quarta-feira na revista "Nature".
Trata-se da primeira observação de oxigênio na cauda (cabeleira) de um cometa, composta principalmente de vapor d'água, monóxido e dióxido de carbono.
"Foi muito surpreendente", disse André Bieler, pesquisador da Universidade de Michigan e autor do estudo. "Não esperávamos mesmo encontrar oxigênio".
Apesar de já ter sido detectado em outros corpos celestes que contêm gelo - como, por exemplo, as luas de Júpiter e Saturno - até o momento era desconhecida a presença de oxigênio num cometa, embora agora acredite-se que possa ser algo comum.
Foi detectado pelo espectrômetro de massa da sonda Rosetta, que está acompanhando o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko em sua viagem ao redor do Sol.
Oxigênio e água têm mesma origem As medições levadas a cabo mostram uma quantidade de O2 de 3,8% em relação à quantidade de água (H2O) presente. A análise desta razão indica que o oxigênio e a água presente no cometa têm a mesma origem.
Isto sugere que o O2, presente na nuvem molecular que originou o sistema solar, fi incorporado ao núcleo do cometa durante a formação do corpo celeste.
Oxigênio primordial
"Pensamos que trata-se de oxigênio primordial", quer dizer, proveniente da nuvem molecular original, informou Bieler.
De acordo com o astrônomo, parece que a maior parte do material a partir da nuvem molecular sobreviveu inalterada para a formação subsequente do sistema solar 5 bilhões de anos atrás.
GIF do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: ESA/Rosetta/MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)
Cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: ESA/Rosetta/MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)

A Rosetta vai continuar a monitorar a presença de oxigênio para tentar entender o que isso significa, bem como as transformações no cometa 67P depois de passar em 13 de agosto pelo periélio, o ponto mais próximo em sua órbita elíptica ao Sol.
Com seus 11 instrumentos, Rosetta faz órbitas irregulares ao redor do cometa, atualmente a 270 milhões de quilômetros da Terra, com o qual se comunica através de ondas de rádio.
Robô adormecido
Já o robô-laboratório Philae, empoleirado há quase um ano sobre o cometa, não mostrou nenhum sinal de vida desde 9 de julho.
Suas baterias são carregadas com dificuldade porque está em uma área montanhosa com pouca exposição à luz solar.
As aventuras da sonda não acabaram. A Europa continuará a missão até setembro de 2016 e considera a possibilidade de "pousá-la" o mais suavemente possível sobre o corpo celeste para encerrar sua aventura científica com esse encontro no espaço.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/10/rosetta-faz-descoberta-surpreendente-de-oxigenio-no-cometa-67p.html

Rússia quer enviar astronautas à Lua em 2029

Anúncio foi feito na Conferência sobre Tecnologias Espaciais em Moscou.
Europa já tinha anunciado colaboração com Rússia em missão na Lua.


 Uma imagem mais próxima da superfície da Lua  (Foto: Nasa/Project Apollo Archive)
Imagem da Nasa mostra superfície da Lua (Foto: Nasa/Project Apollo Archive)

A Rússia planeja realizar seu primeiro voo tripulado para a Lua em 2029, anunciou nesta terça-feira (27) Vladimir Solntsev, diretor da estatal russa Energia, que concebe e desenvolve veículos espaciais.
Em 2029, faremos um voo tripulado rumo à Lua e irão desembarcar no satélite", declarou Solntsev, citado pela agência de notícias russa Ria Novosti durante uma Conferência sobre Tecnologias Espaciais em Moscou.
Segundo Vladimir Solntsev, a Rússia vai iniciar em 2021 os testes de uma nave espacial especialmente concebida para ir à Lua. A aeronave deve realizar, a partir de 2023, voos rumo a Estadão Espacial Internacional (ISS), antes de ser enviada vazia para a Lua em 2025.
A Agência Espacial Europeia (ESA) anunciou há uma semana a ideia de criar uma "cidade lunar" internacional, que poderia ser construída pouco a pouco graças a robôs, e anunciou colaborar com a missão russa Luna 27, prevista para 2020.
Luna 27
A missão russa Luna 27 prevê o envio de um módulo de exploração lunar com o objetivo de ir até as regiões onde foram encontrados depósitos de gelo.

"Em 2029, faremos um voo tripulado rumo à Lua e irão desembarcar no satélite"
Vladimir Solntsev, diretor da
estatal russa Energia"
 
Cinquenta e quatro anos após o voo de Yuri Gagarin, primeiro homem no espaço, enviar um homem à Lua continua uma grande ambição da Rússia que encarou como uma afronta o fato de ser ultrapassada pelos norte-americanos nesta conquista em 1969.
Moscou tenta avançar há algum tempo com este projeto, mas deve lidar com um setor espacial minado pela corrupção e rombos orçamentários.
Após a perda de diversas espaçonaves por causa de lançamentos fracassados, Moscou apresentou um projeto de reforma de sua indústria espacial, transformando a agência espacial Roscosmos em empresa pública, prevendo aumentar os salários e combater a corrupção.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/10/russia-quer-enviar-astronautas-a-lua-em-2029.html