quinta-feira, 29 de março de 2012

Sonda acha condições favoráveis para a vida em lua de Saturno

A sonda espacial Cassini registrou jatos de água gelada em vários voos próximos à superfície de uma lua de Saturno, Encélado, que poderiam indicar um habitat propício para a existência de vida, informou a Nasa em seu site.
"Mais de 90 gêiser de todos os tamanhos estão emitindo vapor de água, partículas de gelo, e componentes orgânicos na superfície do Polo Sul de Encélado", disse Carolyn Porco, chefe da equipe de Imagens Científicas da sonda espacial Cassini.
Estes gêiser, que surgem através de fendas na superfície gelada da sexta lua de Saturno, poderiam revelar a existência de um vasto mar subterrâneo.
"Cassini voou várias vezes através destas partículas e as analisou. Além de água e material orgânico, encontramos sal nas partículas de gelo. A salinidade é a mesma que a existente nos oceanos da Terra", explicou Carolyn.
A cientista afirmou que parece "coisa de louco", mas é como "se nevasse sobre a superfície deste pequeno mundo", em referência às condições favoráveis à vida microbiana neste satélite.
"No fim, esse é o lugar mais promissor que conhecemos para a pesquisa em astrobiologia. Não precisamos sequer mexer na superfície. Basta voar entre estas colunas de partículas. Ou podemos pousar sobre a superfície e tirar mostras", disse.
A sonda Cassini, lançada em 1997, é uma missão na qual participam a Nasa, a ESA (Agência Espacial Europeia) e a Agência Espacial Italiana, cujo objetivo é estudar as mudanças climáticas em Saturno e em suas luas.
No ano passado a Nasa decidiu prolongar a missão, que transmitiu informações do sistema de Saturno durante quase seis anos, até 2017.
"O tipo de ecossistemas que Encélado pode abrigar poderiam ser como os existentes nas profundezas de nosso planeta. Embora tudo aconteça inteiramente à revelia de luz solar", acrescentou.
Cassini foi lançada ao espaço em outubro de 1997 junto com a sonda Huygens da ESA, e chegou às imediações de Saturno em 2004 para iniciar o estudo de Titã, a maior lua do planeta.

Nasa produz imagem de correntes oceânicas no litoral da África


Uma foto divulgada nesta quarta-feira pela Nasa (agência espacial americana) mostra as correntes oceânicas no litoral leste do continente africano.
Para compor a imagem, informações coletadas no período 2005-2007 foram combinadas e usadas posteriormente por um equipamento de estudo da circulação e clima dos oceanos, o Ecco02.
Veja o vídeo das correntes em todo o planeta
Esse sistema faz simulações do movimento das águas oceânicas em seus níveis mais profundos, mas aqui, na visualização intitulada "Oceano Perpétuo", é exibida somente a superfície.





terça-feira, 27 de março de 2012

Gás e poeira estelares formam emaranhado de filamentos no espaço

A Nasa (agência espacial americana) divulgou nesta terça-feira a imagem de uma série de filamentos no espaço que se encontram na nebulosa Cygnus Loop, a cerca de 1.500 anos-luz de distância da Terra.
A nebulosa é o que restou de uma supernova. A onda de choque e de calor emitida durante a explosão do objeto --estimada entre 5.000 a 8.000 anos atrás-- aqueceu os filamentos, que ainda estão em um processo de expansão.
Segundo a Nasa, o brilho era de uma intensidade tão grande, que poderia ser visto a olho nu a partir da Terra.
Imagem divulgada pela Nasa mostra filamentos aquecidos de poeira e gás que são resquícios de uma supernova
Imagem divulgada pela Nasa mostra filamentos aquecidos de poeira e gás que são resquícios de uma supernova

segunda-feira, 26 de março de 2012

Lixo espacial deixa astronautas de estação em alerta

tripulação da ISS (Estação Espacial Internacional) teve de se refugiar em cápsulas de fuga de emergência temendo uma colisão com um pedaço de lixo espacial.
O pedaço descartado de um foguete russo foi detectado na sexta-feira, quando já era tarde demais para mover a ISS.
A Nasa (agência espacial americana) afirmou que o objeto não chegou a se aproximar tanto da estação a ponto de constituir uma ameaça, mas acrescentou que era preciso tomar medidas de precaução.
Com frequência, a ISS enfrenta o risco de ser atingida por lixo especial. Em junho, um detrito chegou a 335 metros da plataforma espacial.
Segundo a agência espacial russa, o pedaço de foguete deste sábado passou a uma distância bem menor, a 23 quilômetros.
'EXERCÍCIO DE ABRIGO'
A tripulação hoje é composta pelos russos Oleg Kononenko, Antonb Shkaplerov e Anatoli Ivanishin; os americanos Donald Pettit e Daniel Burbank, e o holandês André Kuipers, da Esa (Agência Espacial Europeia).
A equipe recebeu ordens de se refugiar em duas cápsulas Soyuz na eventualidade de a estação ser atingida, mas um porta-voz da Nasa informou que eles receberam o sinal verde para regressar à estação na madrugada do sábado.
O ''exercício de abrigo'', segundo o porta-voz, foi realizado ''com extremo zelo e de forma muito cuidadosa''. Ele acrescentou que tudo ocorreu ''como manda o figurino e o pequeno detrito passou pela ISS sem que houvesse incidentes''.
A Nasa está atualmente rastreando cerca de 22 mil objetos que estão percorrendo a órbita terrestre, mas a agência espacial acredita que possam exitir milhões de objetos rondando o espaço, como consequência de décadas de programas espaciais.
Os detritos variam de tamanho, podendo ser desde pequenos objetos com menos de um centímetro de comprimento ou até grandes pedaços de foguetes, satélites que não operam mais ou tanques de combustível descartados.

Imagem da Estação Espacial Internacional
Imagem da Estação Espacial Internacional

Todos estes detritos que constituem o lixo espacial viajam a velocidades de vários quilômetros por segundo e, numa eventual colisão, podem provocar sérios danos à plataforma espacial ou a satélites.
Um dos eventos que provocou a maior criação de detritos se deu em 2007, quando a China usou um míssil para destruir um de seus próprios satélites. A explosão criou mais de 3.000 detritos, que puderam ser rastreados, e outras 150 mil partículas.

Ilustração mostra circulação de detritos espaciais na órbita da Terra
Ilustração mostra circulação de detritos espaciais na órbita da Terra

sexta-feira, 23 de março de 2012

Cargueiro espacial europeu é lançado com êxito

O terceiro veículo automático de transferência ATV-3, batizado de Edoardo Amaldi, foi lançado com êxito em Kourou, na Guiana Francesa, segundo informou a ESA (Agência Espacial Europeia) nesta sexta-feira.
O foguete, do tipo Ariane 5, decolou à 1h34 de Brasília. Minutos depois, a ESA confirmou que a nave já se dirigia à ISS (Estação Espacial Internacional).
O Edoardo Amaldi é a carga mais pesada já transportada por um foguete Ariane e deverá chegar ao seu destino dentro de cinco dias.
O veículo, cujo lançamento estava previsto inicialmente para o último dia 9, transportará combustível e provisões essenciais para os astronautas.
A nave levará quase 600 kg a mais de carga sólida que seu antecessor. Além de alimentos e água, leva uma peça primordial do sistema que transforma a urina dos astronautas em água potável.
O Edoardo Amaldi tem ainda outra missão, uma vez que a estação orbita a uma altura de 400 km e a cada dia sofre um desnivelamento entre 50 e cem metros.
Por esta razão, será necessário elevá-la. Essa missão caberá ao ATV. Assim que estiver acoplado, acionará seus motores e acertará a altura do complexo.
A nave permanecerá na estação especial em torno de seis meses, convertendo-se em um novo módulo habitável.

O foguete que partiu para estação espacial transportará combustível e provisões essenciais para os astronautas
O foguete que partiu para estação espacial transportará combustível e provisões essenciais para os astronautas

quinta-feira, 22 de março de 2012

Dia Mundial da Água


O "Dia Mundial da Água" foi criado pela Assembléia Geral da Organização das Nações Unidas através da resolução A/RES/47/193 de 21 de Fevereiro de 1993, declarando todo o dia 22 de Março de cada ano como sendo o Dia Mundial das Águas (DMA), para ser observado a partir de 1993, de acordo com as recomendações da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento contidas no capítulo 18 (Recursos hídricos) da Agenda 21.
Nesse período vários Estados foram convidados, como fosse mais apropriado no contexto nacional, a realizar no Dia, atividades concretas que promovam a conscientização pública através de publicações e difusão de documentários e a organização de conferências, mesas redondas, seminários e exposições relacionadas à conservação e desenvolvimento dos recursos hídricos e/ou a implementação das recomendações proposta pela Agenda 21. A cada ano, uma agência diferente das Nações Unidas produz um kit para imprensa sobre o DMA que é distribuído nas redes de agências contatadas. Este kit tem como objetivos, além de focar a atenção nas necessidades, entre outras, de:
  • Tocar assuntos relacionados a problemas de abastecimento de água potável;
  • Aumentar a consciência pública sobre a importância de conservação, preservação e proteção da água, fontes e suprimentos de água potável;
  • Aumentar a consciência dos governos, de agências internacionais, organizações não-governamentais e setor privado;
  • Participação e cooperação na organização nas celebrações do DMA.
Os temas dos DMA anteriores foram:
  • 2012: Água e segurança alimentar
  • 2011: Água para cidades: respondendo ao desafio urbano
  • 2010: Água limpa para um mundo saudável
  • 2009: Águas Transfronteiriças: a água da partilha, partilha de oportunidades.
  • 2008: Saneamento
  • 2007: Lidando com a escassez de água
  • 2006: Água e cultura
  • 2005: Água para a vida
  • 2004: Água e desastres
  • 2003: Água para o futuro
  • 2002: Água para o desenvolvimento
  • 2001: Água e saúde
  • 2000: Água para o século XXI
  • 1999: Todos vivem rio abaixo
  • 1998: Água subterrânea: o recurso invisível
  • 1997: Águas do Mundo: há suficiente?
  • 1996: Água para cidades sedentas
  • 1995: Mulheres e Água
  • 1994: Cuidar de nossos recursos hídricos é função de cada um.
A partir de 2001 ficou restrito a cada país a adoção da Agenda 21

Água: um bem natural que deve ser preservado

quarta-feira, 21 de março de 2012

Novo telescópio verá fatia misteriosa do Cosmos com maior nitidez

O lançamento de um novo telescópio espacial de raios X da Nasa, previsto para os próximos meses, será como colocar óculos corretivos na visão que os astrônomos tinham de parte dessa faixa do espectro luminoso.
Com isso, observações sem precedentes dos arredores de misteriosos objetos, como os buracos negros, serão possíveis, abrindo uma nova janela para o estudo do Universo.
Batizado de Nustar (acrônimo para "conjunto telescópio espectroscópico nuclear", em inglês), o satélite dará aos cientistas a primeira chance de enxergar adequadamente os raios X mais energéticos que existem.
O chamado espectro eletromagnético é o termo técnico usado para designar as variações que podem existir na luz. Dependendo da frequência, ela pode ser classificada como micro-onda, rádio, infravermelho, visível (a que vemos a olho nu), ultravioleta, raios X e raios gama.
Cada uma dessas faixas revela coisas diferentes sobre os objetos observados --daí a importância de cobrir o máximo do espectro possível com vários telescópios e instrumentos diferentes quando se quer estudar o Cosmos.
Já há outros satélites disponíveis capazes de estudar raios X, como o XMM-Newton e o Chandra (certamente o mais famoso deles). Contudo, eles trabalham apenas com os ditos "raios X moles", com níveis de energia mais modestos. Quanto aos chamados "raios X duros", que têm nível energético até dez vezes maior, as observações hoje são muito escassas.
SEM MÁSCARA
"Até agora, nessa faixa de energia, o imageamento era feito por uma técnica chamada de máscara codificada, que gera imagens de baixa resolução espacial, muito borradas, por assim dizer", disse à Folha Gastão Bierrenbach Lima Neto, astrônomo do IAG (Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas) da USP e especialista em observações de raios X.
"O Nustar é um grande passo à frente porque ele é capaz de fazer imagens nítidas."
"É como se uma pessoa supermíope passasse a enxergar direito", resume Cassio Leandro Barbosa, astrônomo da Univap (Universidade do Vale do Paraíba).
Com isso, o Nustar enxergará alguns dos fenômenos mais energéticos do Cosmos com uma clareza sem igual.
Entre os principais alvos de observação estão os núcleos ativos de galáxias (que possuem imensos buracos negros em seu centro) e os arredores de estrelas de nêutrons e buracos negros estelares.
Esses corpos celestes são os objetos astrofísicos mais densos que os cientistas conhecem, nascidos do colapso de estrelas de alta massa que esgotaram seu combustível. "Muita coisa nova será descoberta", diz Lima Neto.
Em termos de design, ele é bem diferente do Chandra e do XMM. "A área coletora [de luz] é significativamente menor do que a desses dois telescópios, mas a faixa de energia é muito mais ampla", diz João Braga, pesquisador do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) que trabalha num satélite brasileiro de raios X. "Isso vai propiciar um enorme potencial de descobertas."
Espera-se que o Nustar faça um censo detalhado dos buracos negros que enxergar, mapeando todos os tipos existentes. Desde os pequenos --resultantes da detonação de uma única estrela-- até os supermaciços, moradores dos centros galácticos e com massa equivalente a até bilhões do nosso Sol.

                                                 O universo visto em raio x





terça-feira, 20 de março de 2012

Explosão solar de média intensidade é fotografada

O SDO (sigla em inglês de Observatório de Dinâmica Solar, um telescópio espacial) fotografou o momento em que eclode uma explosão solar considerada de média intensidade, ou o mesmo que da classe M7.9.
Divulgada nesta terça-feira pela Nasa (agência espacial americana) em seu site, o registro foi feito uma semana antes na região de nº 1429. É aqui que os cientistas registraram intensa atividade solar na última semana.
As explosões solares, que podem variar de minutos ou se prolongar por horas, ocorrem com a liberação de uma intensa radiação.
Elas são divididas em três categorias: classe X (grande intensidade), M (média), que pode interferir nas transmissões de rádio, e C (pequena), com poucas consequências na Terra.
Foto de uma explosão solar de média intensidade, que pode afetar ou não as transmissões de rádio
Foto de uma explosão solar de média intensidade, que pode afetar ou não as transmissões de rádio

Nasa divulga imagens de aurora boreal vista do estação espacial

A Nasa, a agência espacial americana, divulgou nesta terça-feira fotos que mostram a aurora boreal.
Captadas pela equipe da ISS (Estação Espacial Internacional), as imagens foram feitas entre janeiro e fevereiro desse ano e focam principalmente o norte dos Estados Unidos e do Canadá.
A aurora boreal é um fenômeno ótico que ocorre no Hemisfério Norte e é gerado em decorrência do impacto de partículas de partículas provenientes do Sol --o chamado vento solar-- e a poeira espacial da Via Láctea em contato com a atmosfera terrestre.
Astronauta que está na estação espacial tiro foto da aurora boreal, fenômeno que acontece ao norte da Terra
Astronauta que está na estação espacial tiro foto da aurora boreal, fenômeno que acontece ao norte da Terra

Veja o vídeo

segunda-feira, 19 de março de 2012

Tempestade solar entra na lista de ameaça à segurança no Reino Unido

No Reino Unido, as tempestades solares se juntaram ao terrorismo, à gripe e às enchentes na lista do que é considerado ameaça à segurança nacional.
De acordo com a lista das ameaças para 2012, divulgada agora, "o clima espacial conturbado" oferece uma ameaça aos sistemas de comunicação, circuitos eletrônicos e sistemas de distribuição de energia elétrica.
As tempestades solares --erupção de energia magnética e partículas carregadas-- são normais. Sua frequência varia durante o ciclo de mais ou menos 11 anos de atividade solar.
O astro vêm "despertando" de um período de baixa atividade e entrando em um período em que as erupções acontecem com maior frequência. O pico dessa atividade de acontecer no ano que vem.
As tempestades solares não são motivo de alerta por conta do risco de machucar alguém. As vítimas da fúria solar são os equipamentos eletrônicos.
Elas conseguem provocar danos na rede elétrica, além de sistemas de GPS e de satélites.
Em 1989, uma forte erupção solar derrubou o sistema de transmissão de energia elétrica no Québec, no Canadá, deixando 6 milhões de pessoas sem luz.
Na semana passada, houve fortes tempestades solares, mas elas não provocaram nenhum dano grave.

Poeira estelar forma 'teia de aranha' em galáxia; veja imagem

A uma distância de cerca de 10 milhões de anos-luz, a IC 342 é difícil de ser observada na luz visível (captada pelo olho humano). A infravermelha, porém, consegue penetrar no emaranhado de poeira e gas e fotografar a galáxia.
A foto foi feita pelo telescópio espacial Spitzer, divulgada pela Nasa (agência espacial americana) em seu site nesta segunda-feira.
A IC 342 emite pouco brilho se comparada a outras galáxias espirais. A parte em vermelho equivale à poeira estelar e a azul representa as estrelas.
Outras estrelas estão sendo formadas em seu núcleo, a parte mais iluminada da imagem.
A galáxia IC 342 emite pouco brilho; a parte vermelha é a poeira estelar e a azul representa estrelas
A galáxia IC 342 emite pouco brilho; a parte vermelha é a poeira estelar e a azul representa estrelas

quinta-feira, 15 de março de 2012

Nasa mostra 4,5 bi de anos de história da Lua em três minutos

Vídeo disponibilizado pela Nasa mostra como o astro se tornou o satélite que conhecemos hoje. Neste material é possível ver que cada marca na superfície da Lua foi esculpida por impactos de asteroides e outras forças destrutivas. Vídeo com áudio original.


terça-feira, 13 de março de 2012

Rússia propõe ampliar estadia na ISS de 6 para 9 meses

A Roscomos (agência espacial russa) propôs nesta terça-feira que a estadia dos astronautas na ISS (Estação Espacial Internacional ) seja ampliada de seis para nove meses com o objetivo de aumentar sua contribuição ao desenvolvimento da ciência.
"Devemos garantir que na ISS seja praticada não só a ciência básica, mas também a aplicada. Para que em 2020 possamos dizer: sim, podemos voar mais e mais longe", afirmou o chefe do programa de voos tripulados da Roscosmos, Alexei Krasnov, citado pelas agências russas.
Krasnov está discutindo a ampliação das missões, mas a longo prazo quer sugerir um período ainda maior de um ano.
O chefe russo reconheceu, entretanto, que as missões ampliadas não ocorreriam antes de 2014 e 2015. Ele afirmou que a proposta já foi feita à Nasa (agência espacial americana) em uma recente reunião realizada no Canadá.
VIDA ÚTIL
A Rússia é a favor do prorrogação da vida útil da ISS até 2028. Uma conferência com chefes das agências espaciais em 2010 estabeleceram a data em 2020.
A previsão anterior era de que a ISS encerraria suas atividades em 2015, mas a Rússia e outros 15 países insistiram para que ela continuasse a operar.
Os primeiros astronautas chegaram à plataforma orbital em 2 de novembro de 2000. E, com isso, superou o recorde estabelecido pela russa MIR, com nove anos e 257 dias com presença humana.

Problemas oculares em astronautas podem prejudicar viagens a Marte

Os vôos de longa duração, como os planejados até Marte, estão ainda só no papel. Mas as conclusões de uma recente pesquisa bancada pela Nasa (agência espacial americana) indicam que os empecilhos para se chegar até o planeta vermelho podem ir além das dificuldades impostas pela tecnologia ou pelo tempo de viagem.
O estudo detectou que missões espaciais com no mínimo seis meses de duração provocam problemas oculares em astronautas. Alguns deles, como visão embaçada, parecem persistir mesmo depois do retorno da tripulação à Terra.
Essas mudanças provavelmente ocorrem como uma adaptação do organismo ao ambiente de microgravidade. A esperança dos cientista é poder detectar quais são as características que fazem um astronauta menos suscetível a esse feito colateral das missões espaciais.
Segundo os oftalmologistas Thomas Mader e Andrew Lee, que analisaram os casos, as mudanças não teriam relação com o lançamento e a reentrada no espaço, mas sim com a ação da microgravidade sobre o corpo enquanto estavam na ISS (Estação Espacial Internacional).
A dupla examinou sete astronautas, todos eles com idade em torno dos 50 anos que ficaram pelo menos seis meses contínuos no espaço, e avaliou relatórios de viagem de mais 300.
Do grupo menor, todos tiveram uma alteração no tecido, fluido, nervo ou outra estrutura ocular.
Esses ocorrências podem ter sido provocados pelo aumento da pressão no interior do crânio. Ou seja, dentro da cabeça do astronauta. Contudo, nenhum teve sintomas tradicionais como dor de cabeça crônica, visão dupla ou ouvido zunindo.
Os estudiosos acreditam que há outros fatores envolvidos --como o curso anormal do fluido espinhal em torno do nervo óptico ou do sangue na coroide --, mas não sabem ainda dizer quais são.

Veja foto de aurora austral entre a Antártida e a Austrália

É do astronauta holandês Andre Kuipers a foto tirada da aurora austral que, neste caso, é visível entre a Antártida e a Austrália (a aurora no Norte da Terra é chamada de boreal).
A imagem mostra ainda partes da ISS (Estação Espacial Internacional) em um clique feito no último sábado (10), que foi divulgado pela Nasa (agência espacial americana) nesta terça-feira (13).
O fenômeno de luzes de cores distintas é causado pela interação de ventos e poeira solar e o campo magnético terrestre.
Imagem da aurora austral, que ilumina o céu no sul do planeta, tirada pelo astronauta da estação espacial
Imagem da aurora austral, que ilumina o céu no sul do planeta, tirada pelo astronauta da estação espacial

sexta-feira, 9 de março de 2012

Tempestade solar causa poucos danos ao chegar à Terra

maior tempestade solar dos últimos cinco anos não provocou grandes contratempos na Terra.
Duas fortes explosões solares na última terça-feira (6) liberaram uma onda de radiação, plasma e partículas carregadas que se espalhou pelo Sistema Solar.
A radiação atingiu a Terra rapidamente, mas as partículas, que viajam mais devagar, chegaram ontem. Elas podem interferir em sistemas de comunicação e de orientação, como o GPS, e até em redes de energia.
Apesar da intensidade das explosões, as agências de monitoramento não haviam registrado grandes incidentes. Partículas ainda continuam chegando hoje.
Companhias aéreas que operam voos nos polos, no entanto, mudaram suas rotas para evitar possíveis problemas de comunicação.
Imagem feita pela Nasa revela uma das fortes erupções solares; partículas chegaram a Terra na quinta-feira (8)
Imagem feita pela Nasa revela uma das fortes erupções solares; partículas chegaram a Terra na quinta-feira (8)

Adolescente manda réplica de ônibus espacial à estratosfera

Em uma empreitada de deixar os engenheiros da Nasa (agência espacial americana) com inveja, um adolescente romeno de 18 anos, fascinado por viagens espaciais, conseguiu lançar uma réplica de um ônibus espacial à estratosfera com um orçamento equivalente a R$ 4.400.
A réplica foi montada por Raul Oaida em apenas três dias com 180 blocos de montar de brinquedo e supercola.
Assista ao vídeo
Com a ajuda de um balão de hélio gigante, uma câmera de alta definição e um localizador por GPS, Oaida registrou o voo de seu ônibus espacial a uma altitude de 35 mil metros.
Lançamento da réplica de ônibus espacial, fabricado com blocos de montar de brinquedo, custou R$ 4.400
Lançamento da réplica de ônibus espacial, fabricado com blocos de montar de brinquedo, custou R$ 4.400

O adolescente romeno Raul Oaida teve a colaboração de um empresário australiano que conheceu pela internet
O adolescente romeno Raul Oaida teve a colaboração de um empresário australiano que conheceu pela internet

O adolescente teve a ajuda de um empresário australiano, que conheceu pela internet e que se dispôs a financiar sua empreitada.
Com a dificuldade em conseguir autorização das autoridades de controle aéreo na Romênia, Oaida teve que ir à Alemanha para fazer seu lançamento, aproveitando o fato de que seu pai estava no país a trabalho.
Após seis horas de voo e um pouso tranquilo, o ônibus espacial foi recuperado intacto a 250 quilômetros de distância do local de lançamento, em um bosque no sudeste da Alemanha.
"DIFÍCIL DE ACREDITAR"
As imagens captadas pelo equipamento são impressionantes. "Após ver o vídeo, ficamos totalmente assombrados. Ainda é difícil de acreditar que ele estava realmente lá em cima", afirma Oaida.
"O que eu faço pode parecer um pouco aleatório, mas há uma direção geral, um plano para esse caos, que é a realização de meu sonho de longa data: as viagens espaciais", comentou ele à BBC Brasil.
Com o sucesso da empreitada, Oaida e seu financiador australiano, Steve Sammartino, já planejam a próxima viagem espacial.
Na quinta-feira, Oaida abriu uma conta para crowdfunding (financiamento por meio de grande quantidade de pequenas doações pela internet) e espera o resultado de uma enquete em seu blog para decidir que objeto lançará da próxima vez.
Seu objetivo é arrecadar US$ 5.000 até o fim de abril. Mas até a manhã desta sexta-feira, ele havia conseguido apenas três doadores, que se comprometeram com um total de US$ 18.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Nebulosa abriga volume surpreendente de estrelas em formação

A nebulosa Tarântula é uma fábrica de estrelas jovens. Em sua foto mais recente, divulgada no site da Nasa (agência espacial americana) desta quinta-feira, ela aparece com uma quantidade surpreendente de estrelas.
Os pontos azuis são todas estrelas de grande massa que estão se formando. As cores verdes vêm do oxigênio e o vermelho, do hidrogênio.
Algumas estrelas possuem massa que são cem vezes superior ao do Sol.
Elas puderam ser fotografadas com essa exatidão pela câmera do telescópio espacial Hubble. A proximidade da nebulosa com a Terra colaborou para o registro de 2009.
Nebulosa Tarântula em foto da Nasa; os pontos azuis são estrelas jovens que estão em estágio de formação
Nebulosa Tarântula em foto da Nasa; os pontos azuis são estrelas jovens que estão em estágio de formação

Forte tempestade solar chega à Terra

Uma forte tempestade solar deve atingir a Terra nesta quinta-feira, com potencial para afetar redes elétricas, satélites de navegação GPS e rotas de aviões.
A tempestade - a mais forte dos últimos cinco anos - vai liberar uma grande carga de partículas entre as 3h e 7h da manhã, no horário de Brasília, segundo especialistas em meteorologia dos Estados Unidos.
Imagem mostra série de manchas que indicam acúmulo gigante de energia magnética
Imagem mostra série de manchas que indicam acúmulo gigante de energia magnética

De acordo com eles, a tempestade foi provocada por grandes explosões que ocorreram no começo da semana. O efeito maior será sentido nos polos do planeta. Aviões que passam por essas regiões precisarão desviar suas rotas.
As partículas solares chegarão à Terra a 6,4 milhões de quilômetros por hora, segundo o centro meteorológico americano US National Oceanic and Atmospheric Administration (Noaa, na sigla em inglês).

Imagem da região do Sol onde as explosões ocorreram
Imagem da região do Sol onde as explosões ocorreram

Imagens das regiões do Sol onde as explosões ocorreram revelam uma complexa rede de manchas, indicando que há quantidades enormes de energia magnética.
Outras tempestades magnéticas foram observadas nas últimas décadas. Uma explosão solar enorme, em 1972, paralisou as linhas telefônicas do Estado americano de Illinois.

Galáxia esconde berçário de estrelas sob camada de poeira

O telescópio espacial Hubble fotografou a galáxia elíptica Centaurus A sem a poeira estelar que geralmente a encobre.
A imagem, divulgada nesta quarta-feira pela Nasa (agência espacial americana), revela grupos de estrelas jovens em formação que normalmente são difíceis de visualizar. Elas aparecem como pontos vermelhos no close feito pelo Hubble.
O formato ovalado da Centaurus A, que está a cerca de 12 milhões de anos-luz, decorre de uma colisão no passado com outra galáxia.
O impacto resultou em nuvens e gás hidrogênio que, prensados, levaram a uma série de nascimento de estrelas.
A Centaurus é uma das galáxias mais próximas da Terra que contém um núcleo galáctico bem ativo. No centro, há um buraco negro que não está visível na foto.
Os pontos vermelhos que aparecem na imagem são locais onde estrelas são formadas na galáxia Centaurus A
Os pontos vermelhos que aparecem na imagem são locais onde estrelas são formadas na galáxia Centaurus A

terça-feira, 6 de março de 2012

Nasa divulga foto de missão espacial de 43 anos atrás

O site da Nasa (agência espacial americana) divulga nesta terça-feira a foto do astronauta Dave Scott tirada em 6 de março de 1969.
Scott era então parte da tripulação da Apollo 9, formada também por Jim McDivitt e Rusty Schweickart. Este último foi o autor da imagem.
A missão dos três era testar equipamentos e o módulo lunar Spider na órbita terrestre baixa, que seriam usados posteriormente em um dos pousos na Lua.
O astronauta Dave Scott; tripulação da Apollo 9 testou o módulo Spider que seria usado para pouso na Lua
O astronauta Dave Scott; tripulação da Apollo 9 testou o módulo Spider que seria usado para pouso na Lua

segunda-feira, 5 de março de 2012

Sonda Cassini detecta oxigênio em lua de Saturno

A sonda espacial Cassini detectou oxigênio em baixa concentração na lua Dione, o que indica que o planeta teria uma tênue atmosfera, embora muito menos densa que a da Terra.
"A sonda Cassini encontrou pela primeira vez oxigênio na gelada lua de Saturno, Dione", anunciou a equipe encarregada da missão.

A descoberta feita pela Cassini indica que oxigênio é comum no sistema de luas de Saturno
A descoberta feita pela Cassini indica que oxigênio é comum no sistema de luas de Saturno

No entanto, o oxigênio está muito disperso (um por cada 11 centímetros cúbicos), o que faz esta concentração equivalente à da atmosfera da Terra a uma altura de 480 quilômetros.
"Agora sabemos que Dione, da mesma forma que os anéis de Saturno e sua lua Rhea, é uma fonte de moléculas de oxigênio", indicou Robert Tokar, um membro da missão Cassini no Laboratório Nacional de Los Álamos, nos EUA.
A descoberta feita pela sonda espacial Cassini indica que o oxigênio é comum no sistema de luas de Saturno e que pode surgir em processos que não implicam formas de vida.
O oxigênio, elemento básico para a vida na Terra, onde sua concentração na atmosfera chega a cerca de 21%, poderia se originar nas luas de Saturno devido a fótons solares ou partículas de energia que impactam contra a superfície de água gelada do satélite.
Os cientistas não pensavam que Dione, devido a seu pequeno tamanho, pudesse abrigar uma atmosfera.
A sonda Cassini, lançada em 1997, é um investimento que conta com a participação da Nasa, da ESA (Agência Espacial Europeia) e da Agência Espacial Italiana, cujo objetivo é estudar as mudanças climáticas em Saturno e em suas luas.

Astrônomo amador tira foto de Júpiter e duas de suas luas; veja

A foto tirada de Júpiter por um astrônomo amador, Damian Peach, está na homepage da Nasa (agência espacial americana) desta segunda-feira (5).
A imagem mostra o planeta em detalhes, em clique produzido em 12 de setembro de 2010, na companhia de duas de suas luas --Io (embaixo, à esquerda na foto) e Ganímedes (em cima).
O trabalho de amadores como Peach será usado na missão da sona Juno, que partiu da Terra em agosto de 2011 e cuja previsão de chegada é em julho de 2016.
As observações feitas por amadores ajudarão a equipe da Nasa a estimar quais serão os primeiros enquadramentos do planeta cujo diâmetro é 11 vezes maior do que o planeta no qual vivemos.
A Juno também coletará informações sobre o campo magnético e a composição de Júpiter, além de medir a quantidade de água e amônia na atmosfera.
Imagem de Júpiter e suas luas Io (esq.) e Ganímedes (dir.) tirada por um telescópio de um astrônomo amador
Imagem de Júpiter e suas luas Io (esq.) e Ganímedes (dir.) tirada por um telescópio de um astrônomo amador

Saiba o que fazer se um objeto espacial cair no seu quintal

O que fazer se um pedaço de lixo espacial cair no seu quintal? Moradores de Anapurus, no interior do Maranhão, fizeram-se essa pergunta há pouco mais de uma semana, quando uma esfera metálica com cerca de 30 kg despencou do céu a poucos metros de uma residência.
Um acontecimento como esse, apesar de ser bastante improvável, está previsto em convenções internacionais de aeronáutica e espaço.
"O mais correto a fazer é chamar as autoridades e isolar a área. É importante evitar que as pessoas fiquem tocando o material antes que ele seja analisado para ver se há risco, por exemplo, de ser algo tóxico ou radioativo", afirma Petrônio Noronha de Souza, chefe do Laboratório de Integrações e Testes do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais).
Apesar de essa conduta ser internacionalmente divulgada e de a esfera ter caído no único Estado brasileiro que tem uma base de lançamentos de foguetes, não foi exatamente isso o que aconteceu no Maranhão.
Assustada, a população chegou a falar em invasão alienígena e até em possíveis indícios do fim do mundo.
Também não faltaram curiosos para tocar e movimentar o objeto, que virou ponto turístico para fotos e vídeo antes de ser removido pela polícia.
VAI PARA ONDE?
O destino do material recolhido foi motivo de impasse.
No fim, a esfera metálica foi recolhida pela Aeronáutica. Uma equipe do CLA (Centro de Lançamento de Alcântara) foi designada para recolher e fazer um diagnóstico preliminar do objeto.
De acordo com Noronha de Souza, pesquisador do Inpe, a confusão sobre o que fazer com o material não é exclusividade do país.
"Em nenhum lugar do mundo há uma equipe de emergência só para lixo espacial. É algo muito raro de acontecer", explica ele.
Para Thyrso Villela Neto, presidente interino da AEB (Agência Espacial Brasileira), as chances de alguém ser atingido por um pedaço de lixo espacial é tão pequena que não é necessária uma campanha de divulgação entre as autoridades responsáveis -como a polícia- sobre o que fazer nesses casos. "São eventos raros. A população pode ficar despreocupada."
Por mais improvável que seja, até reuniões da ONU já discutiram o assunto. Hoje, o consenso é que, se algo cair e danificar uma propriedade, o responsável é o país que colocou o objeto no espaço.
"É, grosso modo, o mesmo procedimento que haveria se uma casa fosse atingida por um avião. A companhia aérea teria de ser responsabilizada", afirma Villela Neto.
Ou seja, os moradores do Maranhão poderiam mandar a conta para a Europa. Centros de monitoramento indicam que um pedaço de foguete Ariane 4, usado para cargas pesadas, estava previsto para reentrar mais ou menos no mesmo horário e local do incidente no Estado.
A origem do objeto ainda não foi confirmada.
Em 2008, o Brasil devolveu aos Estados Unidos um pedaço de foguete americano que caiu em Goiás. Segundo os especialistas, será esse o provável destino da esfera.
A ÚNICA ATINGIDA
Embora a quantidade de lixo espacial não pare de crescer, até hoje os objetos não mataram ninguém. Acredita-se que a única pessoa atingida por lixo espacial tenha sido a americana Lottie Williams, em 1997. Ela não se feriu.
Em entrevista a uma emissora de televisão, ela contou que estava caminhando no Estado de Oklahoma quando viu um objeto incandescente no céu.
Algum tempo depois, ela sentiu uma espécie de tapa no ombro. Ao olhar para trás, Williams viu só um pedaço de metal retorcido no chão.
Ela levou o material à biblioteca da cidade. Foi então que entrou em cena um grupo de estudiosos de astronomia, que logo percebeu a conexão entre os incidentes. O pedaço de metal e o objeto que rasgou o céu eram parte de um foguete Delta da Nasa.
Episódios como esse são raros. A Terra tem um tipo de escudo protetor. Ao voltar ao planeta, os detritos enfrentam um atrito fortíssimo, além de temperaturas altas, o que faz com que boa parte do lixo seja destruída.
Além disso, mais de 70% da superfície da Terra é coberta de água, e a maior parte do que consegue resistir à reentrada acaba nos oceanos. Mesmo em terra firme, há largas extensões onde quase não há ninguém, como o deserto do Atacama.
A chance de alguém ser atingido é de 1 em 3.200. O risco de que um objeto caia em uma pessoa específica, como você, é de 1 em trilhões. É mais fácil ser atingido por um raio.

sexta-feira, 2 de março de 2012

Computador com códigos de controle da estação espacial é furtado

Um inspetor-geral da Nasa (agência espacial americana) contou na quarta-feira que um laptop furtado em 2011 tinha comandos e códigos de controle da ISS (Estação Espacial Internacional) não criptografados. O sistema é usado para impedir a leitura das informações pertinentes.
Durante um depoimento ao subcomitê de Ciência, Espaço e Tecnologia, Paul Martin disse que o laptop foi levado em março do ano passado.
Este computador, em especial, era um dos 48 que a Nasa perdeu entre abril de 2009 e abril de 2011. Ele continha identificações e números do Social Security (equivalente ao CPF brasileiro) de funcionários, mas também dados de dois programas espaciais.
Somente 1% dos dados de todos os equipamentos móveis usados pela Nasa estavam criptografados em fevereiro de 2012.

Técnica que confirmou vida na Terra pode valer para outros planetas

Cientistas usaram um avançado telescópio de 8,2 metros de diâmetro, construído no deserto do Atacama, no Chile, para descobrir que existe vida na Terra.
"Parece a mesma coisa que matar um mosquito com um canhão, mas na verdade se trata de um grande avanço", escreve Christoph Keller, do Observatório de Leiden (Holanda), em artigo na revista científica "Nature".
"É a primeira vez que a vida terrestre foi detectada usando um método que, em princípio, também poderia ser usado para achar vida em planetas fora do Sistema Solar", explica Keller, que comentou a pesquisa liderada por Michael Sterzik, do ESO (Observatório Europeu do Sul, no Chile) na mesma edição da "Nature".
O truque foi observar a luz que a Terra, ao recebê-la do Sol, rebate rumo à Lua. Essa luminosidade, por sua vez, pode ser vista da Terra.
E não apenas vista, mas analisada com precisão pelos astrônomos. O que ocorre é que a luz rebatida pela Terra traz a assinatura de suas características como planeta "vivo". Dá para estimar coisas como a cobertura de nuvens, a quantidade de vegetação na superfície e o tamanho dos oceanos graças aos padrões específicos de propagação da luz terrestre.
A esperança dos cientistas é usar uma nova geração de telescópios espaciais potentes, no futuro, para buscar assinaturas parecidas vindas de planetas distantes.