O pedaço descartado de um foguete russo foi detectado na sexta-feira, quando já era tarde demais para mover a ISS.
A Nasa (agência espacial americana) afirmou que o objeto não chegou a se aproximar tanto da estação a ponto de constituir uma ameaça, mas acrescentou que era preciso tomar medidas de precaução.
Com frequência, a ISS enfrenta o risco de ser atingida por lixo especial. Em junho, um detrito chegou a 335 metros da plataforma espacial.
Segundo a agência espacial russa, o pedaço de foguete deste sábado passou a uma distância bem menor, a 23 quilômetros.
'EXERCÍCIO DE ABRIGO'
A tripulação hoje é composta pelos russos Oleg Kononenko, Antonb Shkaplerov e Anatoli Ivanishin; os americanos Donald Pettit e Daniel Burbank, e o holandês André Kuipers, da Esa (Agência Espacial Europeia).
A equipe recebeu ordens de se refugiar em duas cápsulas Soyuz na eventualidade de a estação ser atingida, mas um porta-voz da Nasa informou que eles receberam o sinal verde para regressar à estação na madrugada do sábado.
O ''exercício de abrigo'', segundo o porta-voz, foi realizado ''com extremo zelo e de forma muito cuidadosa''. Ele acrescentou que tudo ocorreu ''como manda o figurino e o pequeno detrito passou pela ISS sem que houvesse incidentes''.
A Nasa está atualmente rastreando cerca de 22 mil objetos que estão percorrendo a órbita terrestre, mas a agência espacial acredita que possam exitir milhões de objetos rondando o espaço, como consequência de décadas de programas espaciais.
Os detritos variam de tamanho, podendo ser desde pequenos objetos com menos de um centímetro de comprimento ou até grandes pedaços de foguetes, satélites que não operam mais ou tanques de combustível descartados.
Imagem da Estação Espacial Internacional |
Todos estes detritos que constituem o lixo espacial viajam a velocidades de vários quilômetros por segundo e, numa eventual colisão, podem provocar sérios danos à plataforma espacial ou a satélites.
Um dos eventos que provocou a maior criação de detritos se deu em 2007, quando a China usou um míssil para destruir um de seus próprios satélites. A explosão criou mais de 3.000 detritos, que puderam ser rastreados, e outras 150 mil partículas.
Ilustração mostra circulação de detritos espaciais na órbita da Terra |
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