sexta-feira, 31 de julho de 2015

Lua azul ocorre nesta sexta-feira

Expressão 'lua azul' designa a segunda lua cheia do mês.
Uso do termo teve origem em um erro ocorrido em 1946.


Lua cheia, conhecida como Lua azul por ser a segunda lua cheia do mês, é vista em Nova York nesta sexta-feira (31) (Foto: REUTERS/Eduardo Munoz)
Lua cheia, conhecida como Lua azul por ser a segunda lua cheia do mês, é vista em Nova York nesta sexta-feira (31) (Foto: REUTERS/Eduardo Munoz)

A noite desta sexta-feira (31) terá a segunda lua cheia de julho. Essa ocorrência é chamada, desde a década de 1940, de lua azul. Mas isso não significa que a lua realmente terá a coloração azulada.
Como explica o astrônomo Cassio Barbosa, autor do Blog Observatório, trata-se apenas de uma lua cheia comum. O uso do termo com esse sentido teve origem em 1946, quando um astrônomo amador publicou um texto em uma revista popular de astronomia dos Estados Unidos afirmando que à segunda lua cheia do mês dava-se o nome de lua azul.
A última vez que o fenômeno ocorreu foi em agosto de 2012 e a próxima vez será em janeiro de 2018.
Lua azul, a segunda lua cheia do mês, é vista na noite desta sexta-feira (31) na cidade de Taguig, nas Filipinas (Foto: AP Photo/Bullit Marquez)
Lua azul, a segunda lua cheia do mês, é vista na noite desta sexta-feira (31) na cidade de Taguig, nas Filipinas (Foto: AP Photo/Bullit Marquez)
 
 

Philae revela presença de quatro moléculas orgânicas em cometa

Robô coletou dados do núcleo do cometa 67P/Churymov-Guerasimenko.
Observação dessas moléculas é inédita em cometas.


Imagem fiet aem novembro de 2014 mostra a superfície do cometa fotografada a uma altitude de 67,4 metros, quando o robô Philae estava descendo para a superfície do cometa  (Foto: ESA/Rosetta/Philae/ROLIS/DLR via AP)
Imagem fiet aem novembro de 2014 mostra a superfície do cometa fotografada a uma altitude de 67,4 metros, quando o robô Philae estava descendo para a superfície do cometa (Foto: ESA/Rosetta/Philae/ROLIS/DLR via AP)

Os novos resultados científicos da exploração inédita do cometa 67P/Churymov-Guerasimenko revelam estruturas e características inesperadas, entre elas a presença de quatro moléculas orgânicas, fundamentais para a vida, nunca antes observadas nestes pequenos corpos celestes.
Estas são as principais conclusões tiradas dos dados e análises efetuados pelos instrumentos do robô Philae, que pela primeira vez na história conseguiu coletar dados diretamente do núcleo de um cometa.
"Descobrimos quase tudo o que ignorávamos antes sobre o núcleo de um cometa", explicou Jean-Pierre Bibring, professor da Universidade Paris-Sud, responsável científico do Philae.
"E nada do que vemos corresponde realmente ao que podíamos imaginar sobre um cometa, da estrutura global e em pequena escala, às propriedades físicas e sua composição", esclareceu o professor, em entrevista à AFP.
Segundo ele, este "caldo" de informações vai ajudar a aumentar a compreensão dos cometas, testemunhas da gênese do sistema solar há 4,6 bilhões de anos.
Os estudos foram publicados nesta quinta-feira (30) na revista norte-americana "Science".
"Estamos convencidos de que Philae nos fará avançar consideravelmente sobre a origem da vida" em nosso planeta e também sobre o fato de saber se ela é frequente ou não no Universo, avaliou o professor Bibring.
As quatro moléculas detectadas sobre o cometa entram numa cadeia de evolução química que pode levar à formação de elementos fundamentais para a vida, explicou o cientista.
A descoberta foi feita pouco depois da movimentada chegada de Philae em 12 de novembro de 2014 - após sua separação da sonda Rosetta - por um de seus dez instrumentos.
Ao todo, puderam ser identificados 16 compostos que puderam se repartir em seis classes de moléculas orgânicas - dentre eles álcoois e aminas. Entre estas moléculas, quatro nunca antes encontradas até hoje num cometa, são, por exemplo, o metil e a acetona - precursores das moléculas fundamentais para a vida, como os açúcares e os aminoácidos.
Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia em 12 de junho mostra o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko pelas lentes da Sonda Rosetta (Foto: ESA/Rosetta/NavCam )
Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia em 12 de junho mostra o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko pelas lentes da Sonda Rosetta (Foto: ESA/Rosetta/NavCam )

Mas a presença destes últimos compostos mais complexos não pode ser identificada com esta primeira análise, informaram os pesquisadores.
Estas observações dão um panorama dos processos químicos que se produzem no núcleo de um cometa e mesmo na nuvem de poeira que, ao afundar, deu origem ao sistema solar há 4,6 bilhões de anos, segundo os astrônomos.
Origem da vida
Na medida em que os cometas não sofreram mudanças desde a emergência do sistema solar, é possível deduzir destas observações que estes compostos orgânicos cometários já estavam aglomerados na forma de grãos de diversos milímetros, como no cometa "Churi".
Acreditava-se até então que apenas pequenas moléculas orgânicas pairavam no gelo dos núcleos cometários.
São estes grãos que, ao chegarem aos oceanos da Terra e talvez de outros planetas e luas do sistema solar, teriam favorecido o surgimento da vida, estimam os autores destes trabalhos.

Combinação de fotos divulgada pela Agência Espacial Europeia mostra o robô Philae na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: Esa/Rosetta/Philae/AP)
Combinação de fotos divulgada pela Agência Espacial Europeia mostra o robô Philae na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: Esa/Rosetta/Philae/AP)

A trajetória de Philae e os dados registrados por seus instrumentos no momento do contato com o cometa 67P/Churymov-Guerasimenko, ou simplesmente Churi, mostram uma superfície granulada ou dura, de acordo com os locais.
O interior parece mais homogêneo do que o previsto, segundo um radar à bordo do robô que conseguiu penetrar o núcleo de cinco quilômetros de diâmetro. Estas observações confirmam também uma forte porosidade estimada em 75 a 85%.
As fotos e medidas puderam determinar a posição de Philae, que repousa num vale, deitado de lado com apenas dois de seus três pés em contato com o solo.
O módulo está cercado de paredes que complicam sua alimentação de energia solar e suas comunicações com Rosetta.
Robô pousa em cometa (Rede Globo) (Foto: Reprodução Rede Globo)
Concepção artística ilustra robô pousando em cometa (Foto: Reprodução Rede Globo)

Após sua chegada em 12 de novembro, ela conseguiu funcionar durante 60 horas antes de adormecer, culpa de uma exposição ao sol insuficiente para recarregar suas baterias solares. Ela acordou apenas em 13 de junho, após sete meses de hibernação, enquanto o cometa se aproximava do sol.
Desde então, o robô tem dificuldades em estabelecer uma comunicação suficiente com Rosetta, que está distante 200 quilômetros para evitar os jatos de gás e de poeira.
Durante seu oitavo e último contato em 9 de julho, Philae se comunicou por mais tempo e conseguiu transmitir dados. Mas a qualidade da comunicação não permitiu aos cientistas transmitir os comandos ao robô para fazer com que os instrumentos funcionassem.
"Philae não morreu, mas continua em sobrevida de maneira muito eficiente", insistiu nesta quinta-feira o professor Bibring.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/philae-revela-presenca-de-quatro-moleculas-organicas-em-cometa.html

Câmera da Nasa fotografa montanha com 'neve' de CO2 em Marte

Neve de Marte, composta de CO2, destaca acidentes geográficos da região.
Imagem é da câmera de Veículo Orbital de Reconhecimento de Marte.



Imagem divulgada pela Nasa nesta quinta-feira (30) mostra montanhas de marte com 'neve' (Foto:  Reuters/NASA/JPL/University of Arizona)
Imagem divulgada pela Nasa nesta quinta-feira (30) mostra montanhas de marte com 'neve' (Foto: Reuters/NASA/JPL/University of Arizona)

Uma câmera de alta resolução da Nasa fotografou uma paisagem em Marte que lembra as montanhas nevadas da Terra. Em vez de água congelada, porém, a "neve" de Marte é composta por dióxido de carbono (CO2). A imagem foi divulgada pela agência espacial americana nesta quinta-feira (30).
Na imagem, é possível ver o gelo destacando os barrancos nas laterais do morro. Segundo a Nasa, a formação sazonal desse tipo de neve é comum em altas latitudes no planeta vermelho.
A paisagem foi registrada em 11 de abril pela câmera do Experimento Científico de Imagem de Alta Resolução (HiRISE, na sigla em inglês), do Veículo Orbital de Reconhecimento de Marte. O experimento HiRISE é cordenado pela Universidade do Arizona.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/camera-da-nasa-fotografa-montanha-com-neve-em-marte.html

Pesquisadores identificam 'aurora polar' fora do Sistema Solar pela 1ª vez

Cientistas avistaram show de luzes semelhante à aurora boreal na constelação de Lira.

Brilho luminoso se parece com o das auroras polares, mas é quase um milhão de vezes mais brilhante e tem a cor vermelha (e não verde) como predominante. (Foto: BBC)
Brilho luminoso se parece com o das auroras polares, mas é quase um milhão de vezes mais brilhante e tem a cor vermelha (e não verde) como predominante. (Foto: BBC)

Uma equipe internacional de cientistas identificou pela primeira vez um fenômeno semelhante às auroras polares da Terra fora do Sistema Solar.
Os cientistas conseguiram detectar uma exposição de luz ao redor de uma anã marrom na constelação de Lira.
Eles dizem que o brilho luminoso se parece com o das auroras polares, mas é quase um milhão de vezes mais brilhante e tem a cor vermelha (e não verde) como predominante.
As descobertas foram divulgadas na publicação científica Nature.
Stuart Littlefair, astrônomo da Universidade de Sheffield, diz que a descoberta é inédita. "Essa é a primeira vez que conseguimos confirmar que estamos vendo auroras em anãs marrons".
Interação de partículas
Auroras brilhantes são alguns dos fenômenos mais deslumbrantes da Terra. Este brilho luminoso também pode aparecer em torno de todos os planetas do nosso Sistema Solar.
Elas ocorrem quando partículas carregadas do Sol interagem com a atmosfera.
Mas a anã marrom iluminada, um objeto que é muito pequeno para ter se tornado uma estrela, mas com massa muito grande para ser um planeta, fica bem longe na galáxia.
Chamada LSRJ1835, ela foi vista no observatório de radioastronomia Very Large Array usando os telescópios óticos Hale e Keck.
Os cientistas avistaram o objeto conforme ele rodava rapidamente e observaram como as luzes mudavam.
"As mudanças no brilho eram consistentes, o que é algo que você esperaria ver em auroras", explicou Littlefair.
A aurora na anã marrom é majoritariamente vermelha porque as partículas carregadas estão interagindo principalmente com o hidrogênio na sua atmosfera. Na Terra, o brilho esverdeado é causado conforme os elétrons do Sol atingem os átomos de oxigênio.

As luzes verdes que aparecem na aurora da Terra são causadas pela interação de partículas com o oxigênio da atmosfera (Foto: Reprodução/Nasa)
As luzes verdes que aparecem na aurora da Terra são causadas pela interação de partículas com o oxigênio da atmosfera (Foto: Reprodução/Nasa)

No entanto, os cientistas ainda estão confusos sobre como aquele show de luzes foi gerado.
A anã marrom é como uma estrela que 'falhou' e não há outra estrela como o Sol nas proximidades para explodir as partículas carregadas.
"É possível que o material esteja saindo da superfície da anã marrom para produzir seus próprios elétrons", disse Littlefair.
Outra opção é um planeta ou lua ainda não identificados ao redor da anã marrom esteja expelindo material para gerar as luzes.
Algumas auroras de Júpiter são produzidas dessa forma, quando partículas carregadas são emitidas por vulcões em suas luas.
Planeta ou estrela?
A descoberta também está ajudando os cientistas a entender melhor as anãs marrons.
Existe algum debate sobre a definição delas como 'estrelas' ou como 'planetas'.
"Se você está trabalhando com anãs marrons, faz diferença se você os considera estrelas pequenas ou planetas grandes", afirma Littlefair.
"Nós já sabemos por observações em anãs marrons que eles têm nuvens na atmosfera. Agora, sabemos que elas também têm auroras, então temos uma razão ainda maior para considerar uma anã marrom como uma versão de maior escala dos planetas do que uma versão de menor escala de estrelas."

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/pesquisadores-identificam-aurora-polar-fora-do-sistema-solar-pela-1-vez.html

sábado, 25 de julho de 2015

Nasa divulga imagem inédita da atmosfera de Plutão

Foto mostra atmosfera iluminada pela luz do Sol, atrás do planeta anão.
Sonda New Horizons enviou material para a Terra nesta quinta-feira (23).


Imagem divulgada pela Nasa nesta sexta-feira (24) mostra a atmosfera de Plutão iluminada pela luz do Sol, que está atrás do planeta-anão. A imagem foi feita quando a sonda New Horizons estava a cerca de 2 milhões de km de Plutão  (Foto: Nasa/JHUAPL/SwRI via AP)
Imagem divulgada pela Nasa nesta sexta (24) mostra a atmosfera de Plutão iluminada pelo Sol, que está atrás do planeta anão. Foto foi feita quando a sonda New Horizons estava a cerca de 2 milhões de km de Plutão
(Foto: Nasa/JHUAPL/SwRI via AP)

A Nasa divulgou, nesta sexta-feira (24), fotos inéditas de Plutão. Uma das imagens, feita pela sonda New Horizons e enviada para a Terra nesta quinta-feira (23), revela um anel que representa a atmosfera de Plutão iluminada pelo Sol, que está atrás do planeta anão.
A imagem foi captada apenas 7 horas depois de a sonda passar pelo ponto de aproximação máxima de Plutão e revela um nevoeiro que se estende até 130 km acima da superfície.
"Meu queixo caiu no chão quando vi essa primeira imagem de uma atmosfera alienígena no Cinturão de Kuiper", disse o principal pesquisador do projeto New Horizons, Anan Stern.
"Isso nos faz lembrar que a exploração nos traz mais do que apenas descobertas incríveis – ela nos traz belezas incríveis." Observar a atmosfera de Plutão vai ajudar a entender melhor o que está acontecendo na superfície do planeta anão, afirmam os membros do projeto.

 Imagem divulgada nesta sexta-feira mostra uma combinação de imagens captadas pela New Horizons com cores artificiais para mostrar diferenças na composição e na textura na superfície de Plutão  (Foto: NASA/JHUAPL/SwRI via AP)
Imagem divulgada nesta sexta (24) mostra uma combinação de fotos da New Horizons com cores artificiais para mostrar diferenças na composição e na textura na superfície de Plutão (Foto: NASA/JHUAPL/SwRI via AP)

As novas imagens também revelaram a movimentação de nitrogênio congelado na planície Sputnik, que fica no canto esquerdo da área em formato de coração, como explica o astrônomo Cassio Barbosa (leia o post no Blog Observatório para saber mais detalhes). Segundo cientistas, há sinais de atividade geológica recente na região.

Longa jornada Em 14 de julho, a New Horizons, que viaja pelo espaço há mais de nove anos, atingiu a distância mais próxima de Plutão, 12,5 mil quilômetros. O feito deve ajudar cientistas a descobrir mais detalhes sobre o corpo celeste e o chamado Cinturão de Kuiper.
A sonda espacial viajou durante nove anos por quase 5 bilhões de quilômetros (que é a distância entre Plutão e a Terra) até chegar perto de Plutão.
Ela foi lançada em 2006, dos Estados Unidos, a bordo do foguete Atlas. A sonda viajou até Júpiter e usou a gravidade desse planeta como um estilingue para acelerar sua velocidade. Desde então, ficou adormecida e viajou pelo espaço até ser reativada, em dezembro de 2014.
Sete instrumentos que estão a bordo da sonda captam essas imagens, que estão sendo transmitidas para a Terra. O tempo de transmissão dos dados de Plutão até a Nasa, nos Estados Unidos, é de quatro horas e meia.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/nasa-divulga-imagem-inedita-da-atmosfera-de-plutao.html

Nasa encontra planeta similar à Terra em potencial zona habitável

Planeta Kepler-452b é 60% maior que a Terra e orbita a estrela Kepler 452.
Informação foi divulgada nesta quinta-feira pela agência espacial americana.


Cientistas da Nasa divulgaram nesta quinta-feira (23) que descobriram um exoplaneta com características muito similares à Terra e que orbita uma estrela semelhante ao Sol.
O planeta Kepler-452b foi chamado pelos cientistas de "primo distante" da Terra. Ele é 60% maior e tem boa chance de ser rochoso, embora sua massa e composição ainda não tenham sido determinados.
Ele demora 385 dias para dar uma volta completa ao redor de sua estrela, chamada de Kepler-452, astro do sistema que está a 1.400 anos-luz de distância da Terra.

Concepção artística mostra o exoplaneta Kepler-452b, o primeiro com tamanho aproximado da Terra a ser encontrado em uma zona habitável (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)
Concepção artística mostra o exoplaneta Kepler-452b, o primeiro com tamanho aproximado da Terra a ser encontrado em uma zona habitável (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)

Essa estrela é um pouco mais velha que o Sol (tem "só" 1,5 bilhão de anos a mais), tem a mesma temperatura, é 20% mais brilhante e possui um diâmetro 10% maior.
Os achados desta quinta foram publicados no periódico "The Astronomical Journal". Com a descoberta, aumentou para 521 o total de exoplanetas descobertos pelo satélite Kepler.
'Condições necessárias para a vida'
Em comunicado divulgado pela Nasa, Jon Jenkins, chefe do projeto do satélite Kepler, disse que a descoberta fornece uma oportunidade de entender e refletir sobre o ambiente em evolução da Terra.
[...] Devem existir todos os ingredientes e as condições necessárias para a vida existir
neste planeta"
Jon Jenkins, chefe do projeto do satélite Kepler
"É inspirador considerar que esse planeta já vive há 6 bilhões de anos na área habitável dessa estrela, mais do que a Terra. Isso é uma oportunidade substancial para a vida surgir, devem existir todos os ingredientes e as condições necessárias para a vida existir neste planeta", afirmou o pesquisador.
Além desse achado, foram descritos ainda outros 11 candidatos à planeta que também estão em zona habitável.
A busca de planetas similares à Terra é uma das maiores aventuras na pesquisa espacial, e embora já tenham sido detectadas centenas de planetas do tamanho do nosso e outros menores, eles circulam em órbitas próximas demais de suas estrelas para que haja água líquida em sua superfície.

Comparação feita pela Nasa mostra o Sol e a Terra (à esquerda) e a estrela Kepler-452 com o planeta Kepler-452b (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)
Comparação feita pela Nasa mostra o Sol e a Terra (à esquerda) e a estrela Kepler-452 com o planeta Kepler-452b (Foto: NASA/JPL-Caltech/T. Pyle)

Comparação entre o Sistema Kepler-452 e o Sistema Solar feita pela agência espacial americana, a Nasa (Foto: NASA/JPL-CalTech/R. Hurt)
Comparação entre o Sistema Kepler-452 e o Sistema Solar feita pela agência espacial americana, a Nasa (Foto: NASA/JPL-CalTech/R. Hurt)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/nasa-encontra-planeta-similar-terra-em-potencial-zona-habitavel.html

Nasa divulga foto inédita da Terra feita por satélite lançado em fevereiro

Satélite DSCOVR está em órbita a 1,6 milhão de km da Terra.
Câmera do satélite, chamada 'Epic', obtém imagens com diferentes filtros.


Foto da Terra foi feita por câmera 'Epic' (Earth Polychromatic Imaging Camera), do satélite DSCOVR (Deep Space Climate Observatory (Foto: Nasa/Divulgação)
Foto da Terra foi feita por câmera 'Epic' (Earth Polychromatic Imaging Camera), do satélite DSCOVR (Deep Space Climate Observatory (Foto: Nasa/Divulgação)

A Nasa divulgou, nesta segunda-feira (20), uma imagem inédita da Terra feita pela câmera do satélite DSCOVR (Deep Space Climate Observatory, ou Observatório Climático do Espaço Profundo).
O satélite foi lançado em fevereiro e recentemente atingiu sua órbita planejada, a cerca de 1,6 milhão de km da Terra. Veja a imagem ampliada no site da Nasa.
A câmera do satélite, chamada 'Epic' (Earth Polychromatic Imaging Camera, ou Câmera de Imagem Policromática da Terra), permite a obtenção de imagens com diferentes filtros para chegar a uma variedade maior de informações científicas. A coloração da imagem divulgada esta semana é resultado da combinação de três diferentes imagens.
"Esta primeira imagem feita pelo DSCOVR de nosso planeta demonstra os benefícios únicos e importantes da observação da Terra a partir do espaço", disse Chalie Bolden, administrador da Nasa. "Como um ex-astronauta que teve o privilégio de ver a Terra do espaço, quero que todos consigam ver e apreciar nosso planeta como um sistema integrado e interativo."
Para ele, as observações da Terra feita pelo satélite ajudarão as pessoas a monitorarem as mudanças do planeta e entender como ele interage com o Sistema Solar.
A imagem motivou até uma manifestação do presidente americano Barack Obama. "Um bonito lembrete de que precisamos proteger o único planeta que temos", publicou Obama em seu perfil do Twitter.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/nasa-divulga-foto-inedita-da-terra-feita-por-satelite-lancado-em-fevereiro.html

Nasa divulga fotos feitas por sonda das luas Nix e Hydra, ambas de Plutão

Luas têm praticamente o mesmo tamanho, segundo a agência.
Sonda New Horizons chegou próximo do planeta anão na última semana.


Imagens das luas Nix, à esquerda, e Hydra, à direita, feitas pela sonda New Horizons (Foto: NASA/JHUAPL/SWRI)
Imagens das luas Nix, à esquerda, e Hydra, à direita, feitas pela sonda New Horizons (Foto: NASA/JHUAPL/SWRI)

A agência espacial americana, a Nasa, divulgou nesta terça-feira (21) a foto de duas das cinco luas de Plutão feita pela sonda New Horizons. Na imagem é possível ver Nix, que recebeu um tratamento de cores, e Hydra, de cor acinzentada.
Enquanto Nix tem cerca de 42 km de comprimento e 36 km de largura, Hydra tem 55 km de comprimento e 40 km de largura. As duas foram descobertas em 2006 com a ajuda do telescópio Hubble.
No dia 14, o equipamento, que viajou pelo espaço por mais de nove anos, atingiu a distância mais próxima de Plutão, 12,5 mil quilômetros. O feito ajudará cientistas a descobrir mais detalhes sobre o corpo celeste e o chamado Cinturão de Kuiper.
A New Horizons captou mais de 1.200 fotos de Plutão durante sua passagem. Pelas imagens, foi possível concluir que Caronte, a maior lua de Plutão, tem uma superfície cheia de penhascos, vales e uma marca apelidada pelos cientistas de "Mordor", no norte da região polar da lua.
O momento mais emocionante já passou, mas a missão está longe de sua conclusão. Nos próximos 16 meses a nave, agora a caminho de outros objetos que estão no cinturão, vai continuar enviando tudo o que registrar durante a expedição. A interpretação destes dados pode demorar anos.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/nasa-divulga-fotos-feitas-por-sonda-das-luas-nix-e-hydra-ambas-de-plutao.html

Traje lunar de Neil Armstrong será restaurado por financiamento coletivo

Instituto Smithsonian lançou campanha para arrecadar US$ 500 mil.
Restauração deve ser feita até 2019, ano do 50º aniversário da ida à Lua.


O Instituto Smithsonian, que administra o Museu Nacional do Ar e Espaço, em Washington, lançou nesta segunda-feira (20) uma campanha no site Kickstarter para levantar os 500 mil dólares necessários para restaurar o traje que o astronauta Neil Armstrong usou em sua viagem para a Lua.
É a primeira vez que o Smithsonian lança uma campanha para preservar uma de suas mais preciosas relíquias.
Em poucas horas, a campanha denominada "Reboot the suit" arrecadou cerca de 120 mil dólares.
A campanha foi lançada nesta segunda-feira, aniversário da bem-sucedida missão Apollo 11, que em 1969 fez com que Neil Armstrong se tornasse o primeiro homem a pisar na Lua.
O Smithsonian espera restaurar o traje branco e o capacete do astronauta antes de 2019, quando o 50º aniversário deste momento histórico será celebrado.
O governo dos Estados Unidos financia o Instituto Smithsonian, que administra 19 museus e galerias e é responsável pela preservação de acervos. No entanto, exposições temporárias e restaurações dependem em grande parte de doações privadas.
Neil Armstrong morreu aos 82 anos em 2012. A cápsula do Apollo 11 na qual Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins viajaram para a Lua está em exposição no Museu Nacional do Ar e Espaço, em Washington.
A campanha mais importante financiada pelo site Kickstarter tornou possível arrecadar mais de 20 milhões de dólares para a criação do Pebble SmartWatch - um relógio inteligente fabricados em Taiwan, que foi colocado à venda este mês.

Traje de Neil Armstrong deve ser restaurado com financiamento colaborativo  (Foto: Eric Long/National Air and Space Museum, Smithsonian Institution via AP)
Traje de Neil Armstrong deve ser restaurado
(Foto: Eric Long/National Air and Space Museum,
Smithsonian Institution via AP)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/traje-lunar-de-neil-armstrong-sera-restaurado-por-financiamento-coletivo.html

Depois de Plutão, 6 projetos que devem revolucionar a forma como vemos o espaço

Agência Europeia e Nasa têm planos de enviar sondas para o Sol, as luas de Júpiter e até para redirecionar asteroides.

Esta ilustração mostra como será a Solar Orbiter, que será lançada na direção do sol em 2018  (Foto: ESA/BBC)
Esta ilustração mostra como será a Solar Orbiter, que será lançada na direção do sol em 2018 (Foto: ESA/BBC)

Na semana passada, a comunidade científica mundial presenciou uma das missões espaciais mais fascinantes dos últimos tempos: depois de viajar por mais de nove anos, a sonda New Horizons, da Nasa, se aproximou de Plutão e capturou imagens que mostram o planeta anão como nunca antes.
O momento mais emocionante já passou, mas a missão está longe de sua conclusão. Nos próximos 16 meses a nave, agora a caminho de outros objetos que estão no cinturão de asteroides de Kuiper, vai continuar enviando tudo o que registrar durante a expedição. A interpretação destes dados pode demorar anos.
Mas, além deste projeto, há outros que prometem surpreender os cientistas nos próximos anos. Veja abaixo quais são.

ExoMars

O veículo robótico viajará para Marte em 2018  (Foto: ESA/BBC)
O veículo robótico viajará para Marte em 2018 (Foto: ESA/BBC)

A missão ExoMars visa descobrir, basicamente, se há ou já existiu vida em Marte. Trata-se se um programa conjunto entre a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) e a Roscosmos, a agência russa.
Se já existiu vida em Marte, o mais provável é que isto ocorreu nos primeiros bilhões de anos depois da formação do planeta, quando sua superfície era mais quente e úmida do que no presente.
Em 2016, a ESA vai enviar uma nave para pegar amostras da atmosfera marciana e, em 2018, enviará um veículo de seis rodas que pode perfurar o solo chegando até dois metros de profundidade, para buscar eventual matéria orgânica preservada da intensa radiação que o planeta recebe em sua superfície.
Ainda não foi definido o local exato do pouso do veículo, mas será em uma área que mostre evidências de erosão por água no passado.

Missão de redirecionamento de asteroides

A missão contribuiria para o desenvolvimento de tecnologia que pode ser útil para desviar asteroides perigosos que venham na direção da Terra  (Foto: Nasa)
A missão contribuiria para o desenvolvimento de tecnologia que pode ser útil para desviar asteroides perigosos que venham na direção da Terra (Foto: Nasa)

Se a missão Rosetta - bem-sucedida em seu objetivo de pousar em um asteroide - já parecia ambiciosa, esta será ainda mais.
O plano da Missão de Redirecionamento de Asteroides (ARM, na sigla em inglês), da Nasa, consiste em identificar, capturar e fazer o traslado de um asteroide para uma órbita ao redor da Lua para que astronautas, no futuro, possam se aproximar e obter amostras.
A missão ainda está na fase de planejamento, mas se conseguir o financiamento, começará em 2020.
A análise destas rochas espaciais pode fornecer dados importantes sobre a origem do Sistema Solar, segundo os defensores do projeto.
Por outro lado, a missão contribuiria para o desenvolvimento da tecnologia que poderia ser útil para desviar qualquer asteroide perigoso que chegue perto demais da Terra, de acordo com os cientistas.
A Nasa tem em vista seis possíveis asteroides, apesar de a agência ainda não ter decidido como o escolhido será capturado. Uma das possibilidades inclui até envolver a rocha em uma bolsa inflável.

Júpiter

Os cientistas suspeitam que embaixo da capa de gelo das luas geladas de Júpiter existem oceanos de água em estado líquido (Foto: BBC)
Os cientistas suspeitam que embaixo da capa de gelo das luas geladas de Júpiter existem oceanos de água em estado líquido (Foto: BBC)

A ESA também tem previsão de enviar em 2022 uma nave para estudar as luas geladas de Júpiter.
A nave, que demorará cerca de oito anos para chegar, sobrevoará Calisto e Europa antes de pousar em Ganimedes, a maior lua do Sistema Solar.
Ganimedes é a única lua do Sistema Solar que gera seu próprio campo magnético.
A sonda fará observações durante três anos. Os cientistas acreditam que abaixo da capa gelada destes satélites de Júpiter existam oceanos de água líquida.

Solar Orbiter


 A sonda Solar Orbiter será submetida a temperaturas de 520 graus  (Foto: ESA/BBC)
A sonda Solar Orbiter será submetida a temperaturas de 520 graus (Foto: ESA/BBC)

Com a data de lançamento prevista para 2018, a sonda Solar Orbiter (também da ESA) será a primeira a chegar mais perto do Sol, orbitando a apenas 42 milhões de quilômetros da estrela.
Naquela região a intensidade da radiação solar é 13 vezes superior à registrada na Terra e as temperaturas podem chegar aos 520 graus.
Ela fará fotografias e medições desde a órbita interna do planeta Mercúrio para obter dados que permitam conhecer melhor a dinâmica do Sol.
A missão visa aprofundar os conhecimentos sobre o funcionamento do Sol e sua influência sobre a vizinhança, especialmente o modo como gera e acelera o fluxo de partículas carregadas que envolvem o resto dos planetas.

Orion

Em 2014 a nave Orion fez um voo não tripulado de cerca de quatro horas para testar sua tecnologia (Foto: Reuters/BBC)
Em 2014 a nave Orion fez um voo não tripulado de cerca de quatro horas para testar sua tecnologia (Foto: Reuters/BBC)

A nave Orion, da Nasa, está projetada para levar até seis astronautas até as profundezas do espaço.
O objetivo final é levar o homem a Marte até o meio da década de 2030.
A nave já foi colocada à prova em 2014, com sucesso, em um voo não tripulado. A primeira missão tripulada deve ocorrer em 2021.
Telescópio James Webb
Este telescópio espacial tentará substituir o Hubble.
Os cientistas afirmam que ele tem uma potência cem vezes superior ao antecessor e poderá obter imagens sem precedentes das primeiras galáxias que formaram no início do Universo.
O espelho principal deste telescópio tem um diâmetro de 6,5 metros (em comparação aos 2,4 m do Hubble) e está formado por 18 espelhos hexagonais que, juntos, formam um.
É tão grande que não cabe dentro do lançador. Os espelhos irão dobrados e vão se desdobrar uma vez que o aparato todo já esteja no espaço.
Ao invés de orbitar ao redor da Terra como o Hubble (uma vez a cada aproximadamente 97 minutos a uma altura entre 550 e 600 quilômetros), o James Webb ficará em um ponto conhecido como Lagrange 2, a 1,5 milhão de quilômetros de nosso planeta.
O telescópio orbitará ao redor do Sol, conservando esta distância da Terra.
Sua data de lançamento é outubro de 2018.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/depois-de-plutao-6-projetos-que-devem-revolucionar-forma-como-vemos-o-espaco.html

Stephen Hawking lança programa que vai buscar vida extraterrestre

Projeto pretende escanear o espaço à procura de sinais alienígenas.
Grandes telescópios vão buscar sinais de laser e espectros eletromagnéticos.


O cientista britânico Stephen Hawking durante a apresentação do projeto que vai buscar vida alienígena (Foto: Matt Dunham/AP)
O cientista britânico Stephen Hawking durante a apresentação do projeto que vai buscar vida alienígena (Foto: Matt Dunham/AP)

O cientista britânico Stephen Hawking lançou nesta segunda-feira (20) a maior busca de vida extraterrestre já realizada, com um projeto de 10 anos que pretende escanear o espaço à procura de sinais de vida inteligente.
O projeto Breakthrough Listen, apoiado pelo empreendedor russo Yuri Milner, custará US$ 100 milhões e será a tentativa mais poderosa, completa e intensiva de encontrar sinais de vida extraterrestre no universo.
"Em um universo infinito, devem existir outros casos de vida. Pode ser que, em algum lugar do cosmos, talvez exista vida inteligente", declarou Hawking no lançamento deste projeto na Royal Society, a academia britânica de Ciências, em Londres.
"Seja como for, não há maior pergunta. É hora de se comprometer a encontrar uma resposta, de buscar vida além da Terra. Devemos saber", acrescentou.
Telescópios apontados
O projeto utilizará alguns dos maiores telescópios já criados para buscar sinais de laser e espectros eletromagnéticos.
Em paralelo a esta iniciativa, foi lançado o projeto Breakthrough Message, uma competição internacional para criar mensagens digitais que representem a humanidade.
Até o momento, não foi decidido enviar mensagens ao espaço, e o projeto deve gerar debate sobre se os seres humanos devem fazer isso ou não.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/stephen-hawking-lanca-programa-que-vai-buscar-vida-extraterrestre.html

Silêncio de 10 dias do robô Philae, que está em cometa, é preocupante

Módulo pode ter se movido e comunicação estaria obstruída.
Equipamento lançado pela sonda Rosetta estuda o cometa 67P.


12/11 - Imagem feita pela sonda Rosetta mostra o módulo espacial Philae seguindo em direção ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: ESA/Rosetta/Philae/CIVA/Reuters)
Imagem feita pela sonda Rosetta mostra o módulo espacial Philae seguindo em direção ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: ESA/Rosetta/Philae/CIVA/Reuters)

O robô espacial europeu Philae, pousado na superfície de um cometa, completa dez dias de silêncio, afirmou nesta segunda-feira o Centro Aeroespacial Alemão (DLR).
"O módulo de exploração pode ter se movido", indicou o DLR em um comunicado, acrescentando que uma mudança mínima de sua posição pode significar que suas antenas se encontram obstruídas.
Há dez dias, Philae, pousado no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, conseguiu comunicar-se de novo, após 15 dias de silêncio, com a sonda Rosetta durante 20 minutos.
Philae não dava sinais de vida desde 24 de junho, o que causava preocupação à Agência Espacial Europeia (ESA).
O equipamento, que acordou em 13 de junho após sete meses sem se comunicar, conseguiu no mesmo dia enviar sinais por dois minutos para a Terra através da sonda e transmitir dados. Um dia depois, ele conseguiu fazer contato novamente, mas a comunicação era de má qualidade. Desde então, ficou em silêncio.
Para melhorar a comunicação com o robô, a equipe responsável pela Rosetta, que escolta o cometa durante sua rota para o sol, decidiu mudar o plano de voo da sonda.
Energia solar Nos últimos tempos, Philae só trabalhava durante o dia graças aos seus painéis solares, mas as baixas temperaturas impediam que a bateria fosse recarregada.
Philae permaneceu em uma área sombreada por vários meses, o que impediu seu funcionamento.
O robô realiza tarefas para encontrar partículas orgânicas com um potencial papel no surgimento da vida na Terra.
Dotado de 10 instrumentos, este robô-laboratório, que entrou para a história no dia 12 de novembro ao aterrissar no núcleo de um cometa, trabalhou durante 60 horas antes de dormir pela insuficiência de luz, necessária para recarregar as baterias solares que lhe permitem funcionar.
Qual o objetivo da missão?
Compostos químicos, gases e muita poeira presentes no cometa podem conter respostas sobre a formação dos planetas do Sistema Solar. Além disso, apontariam aos cientistas uma direção para descobrir como a vida surgiu, no estágio em que a conhecemos.

Uma das teorias sobre o início da vida na Terra sugere que os primeiros ingredientes da chamada "sopa orgânica" vieram de um cometa, considerados alguns dos corpos celestes mais antigos do Sistema Solar.
 
Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia em 12 de junho mostra o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko pelas lentes da Sonda Rosetta (Foto: ESA/Rosetta/NavCam )
Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia em 12 de junho mostra o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko pelas lentes da Sonda Rosetta (Foto: ESA/Rosetta/NavCam )
 

Cruz formada por lua, planetas e estrela é vista no céu no Rio

Evento astronômico foi registrado no fim da tarde e na noite deste sábado.
Conjunção de Júpiter e Vênus possibilitou o 'falso Cruzeiro do Oeste'.


Fenômeno foi registrado no fim de tarde no Rio (Foto: Marcos Estrella / Globo)
Fenômeno foi registrado no fim de tarde no Rio (Foto: Marcos Estrella / Globo)

Uma cruz formada no céu pela lua, pelos planetas Júpiter e Vênus e pela estrela Régulus foi vista no fim de tarde deste sábado (18) no Rio. O evento astronômico, anunciado na coluna de Ancelmo Gois, no "Globo", foi registrado pelo fotógrafo Marcos Estrella e enviado ao G1.
O evento acontece porque Júpiter e Vênus, os dois planetas mais brilhantes do firmamento, estão em conjunção desde 29 de junho. O fenômeno faz com que dois corpos celestes, que estão distantes, pareçam estar próximos quando observados da Terra.
Alinhados também com a lua, formaram um "falso Cruzeiro do Oeste", segundo astrônomos. A cruz pôde ser vista logo no pôr do sol, olhando para o oeste.

Lua, Júpiter, Vênus e a estrela Régulo formaram uma cruz no céu do Rio (Foto: Marcos Estrella / Globo)
Lua, Júpiter, Vênus e a estrela Régulo formaram uma cruz no céu do Rio (Foto: Marcos Estrella / Globo)

Simulação da conjunção de Júpiter e Vênus (Foto: Julio Lobo)
Simulação da conjunção de Júpiter e Vênus (Foto: Julio Lobo)

Fonte: http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2015/07/cruz-formada-por-lua-planetas-e-estrela-aparece-no-ceu-no-rio.html

Cientistas britânicos descobrem sistema de estrelas canibais

Estrela-anã branca rouba gás de outra, canibalizando-a.
Sistema binário foi batizado de Gaia14aae.


Impressão artística mostra  (Foto: Marisa Grove/Institute of Astronomy/Universidade de Cambridge)
Impressão artística mostra sistema com estrela canibal batizado de Gaia14aae  (Foto: Marisa Grove/Institute of Astronomy/Universidade de Cambridge)

Uma equipe de astrônomos descobriu um sistema único de duas estrelas onde uma "come" a outra, uma observação cheia de promessas para a compreensão da morte das estrelas - anunciou nesta sexta-feira (17) a Universidade de Cambridge.
"É a primeira vez que nós observamos uma estrela-anã branca super densa roubando o gás de seu binômio ao canibalizá-la", explicou a universidade, que dirige o estudo.
O sistema binário, batizado Gaia14aae, está situado a cerca de 730 anos-luz na constelação de Draco. Observadas pelo satélite Gaia, da Agência Espacial Europeia, em agosto de 2014, as duas estrelas se tornaram uma só cinco vezes mais brilhante num espaço de 24 horas.
Para os astrônomos, a luminosidade repentina ocorreu devido ao fato de que a anã branca - tão densa que uma colherada de café de sua matéria teria a massa de um elefante - estaria devorando sua companheira, maior do que ela.
Gravidade muito forte
Os efeitos gravitacionais da anã branca muito densa são tão fortes que forçam sua companheira a se aproximarem dela.
Além do lado curioso, o Gaia14aae é um sistema binário de eclipses. O plano de revolução dos dois astros está sensivelmente alinhado com a Terra e as duas estrelas se eclipsam mutuamente quase a cada 50 minutos.
"É muito raro vermos um sistema binário tão bem alinhado", declarou a pesquisadora Heather Campbell, do Instituto de Astronomia de Cambridge. "Assim, podemos pedir este sistema com grande precisão e compreender melhor como ele é feito e como ele evoluiu", garantiu ela.
Os astrônomos ainda não sabem se a estrela-anã vai devorar completamente sua companheira ou se elas vão provocar uma supernova, uma gigantesca explosão marcando a morte de uma estrela.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/cientistas-britanicos-descobrem-sistema-de-estrelas-canibais.html

Por que a ida da sonda a Plutão deixou cientistas de queixo caído

Quem pensava que a missão da New Horizons seria tediosa (e muitos pensavam assim) se enganou.

Imagem mostra superfície de Plutão feita pela New Horizons (Foto: Nasa TV/Divulgação)
Imagem mostra superfície de Plutão feita pela New Horizons (Foto: Nasa TV/Divulgação)

Eu pensava que esta missão poderia terminar como uma das mais chatas do mundo, e que Plutão acabaria sendo como nossa Lua ou Mercúrio, um planeta cheio de crateras em que nada acontece", afirmou à BBC Nigel Henbest, astrônomo britânico da Universidade de Leicester e conhecido divulgador científico.
"Ficamos todos de queixo caído com o que vimos, toda a atividade nesses mundos (Plutão e suas luas), mas ainda não temos ideia do que está realmente ocorrendo ali."
A região em forma de coração é chamada de Região de Tombaugh, em homenagem ao descobridor do planeta anão
Henbest fala com paixão sobre a paisagem de montanhas geladas, sem crateras e com evidências de processos geológicos encontrada no planeta anão nos confins do Sistema Solar.
Sua surpresa é compartilhada pelo restante da comunidade científica que, graças à sonda New Horizons da Nasa (agência espacial americana) que sobrevoou Plutão em 14 de julho, pode, pela primeira vez, conferir imagens em alta resolução do planeta.
A geografia dinâmica e variada revelada pelas imagens muda a perspectiva que tínhamos sobre esse corpo celeste desde seu descobrimento, há 85 anos.
E essas informações também podem trazer respostas sobre como se formam os planetas e, inclusive, sobre as origens de alguns elementos fundamentais da vida.
Altas como os Alpes
Um dos traços que mais surpreendeu os pesquisadores é a topografia acidentada de Plutão.

Imagem feita pela New Horizons mostra Caronte, uma das luas de Plutão (Foto: Nasa TV/Divulgação)
Imagem feita pela New Horizons mostra Caronte, uma das luas de Plutão (Foto: Nasa TV/Divulgação)

As imagens mostram montanhas nos extremos da região que tem forma de coração – batizada informalmente como Região de Tombaugh, em homenagem ao descobridor de Plutão, Clyde Tombaugh – com cerca de 3.300 metros, altitude superior à dos Alpes na Europa ou à das Montanhas Rochosas no oeste dos Estados Unidos.
"E pode ser que existam montanhas mais altas em outra parte", explica John Spencer, um dos pesquisadores da missão.
Segundo Spencer, a capa relativamente fina de metano, monóxido de carbono e nitrogênio congelado que cobre a superfície do planeta anão é forte o suficiente para formar montanhas.
Por isso os cientistas acreditam que elas se formaram com a água congelada do subsolo, já que o gelo se comporta como rocha sob as temperaturas gélidas de Plutão.
Curiosamente, as observações feitas do planeta desde a Terra não haviam detectado sinais de água gelada.
Essa teoria poderá ser corroborada pelas medições feitas por sete equipamentos a bordo da New Horizons, cujos resultados irão chegar ao centro de controle de Maryland (EUA) nos próximos 16 meses. "Podemos estar certos de que existe água em abundância", avalia de antemão Alan Stern, chefe da missão.
Ausência de crateras
Nada de crateras. Essa foi a segunda grande surpresa que a missão trouxe aos cientistas. A sonda New Horizons demorou 9 anos e meio para chegar a Plutão, passando por todo o Sistema Solar
As crateras permitem aos astrônomos determinar a idade de uma superfície: se é muito antiga terá marcas deixadas por impactos de colisões e se for mais nova será mais lisa, já que a formação recente apaga as impressões anteriores.
As novas imagens, apontou Stern, mostram um terreno que parece ter passado por processos vulcânicos ocorridos nos últimos 100 milhões de anos.
Isso implicaria numa idade extremamente jovem para a superfície, se considerarmos que o Sistema Solar tem 4,5 bilhões de anos.
Tal atividade geológica demanda alguma fonte de calor. Isso foi visto antes apenas em luas congeladas, onde tais processos se explicam pelas "marés de calor" causadas por interações gravitacionais com o planeta mais próximo.
"Marés de calor não são imprescindíveis para gerar calor geológico em corpos congelados. Essa foi uma descoberta importante que fizemos nesta semana", afirmou Spencer.
Mais gelo e menos rocha
Plutão se localiza no Cinturão de Kuiper, uma zona periférica do Sistema Solar onde o Sol deixa de influenciar os corpos celestes que o rodeiam. O tamanho de Plutão também não era o que se pensava: demonstrou ter alguns quilômetros a mais de diâmetro, agora definido em 2.370 km, o que equivale a aproximadamente dois terços do tamanho de nossa Lua.
Isso quer dizer que Plutão tem mais gelo e menos rochas abaixo de sua superfície do que se pensava.
A falta de precisão na medição de Plutão desde a Terra ocorre porque, em primeiro lugar, o corpo celeste está muito longe daqui (4,8 bilhões de km). E também porque sua atmosfera cria reflexos capazes de confundir o telescópio terrestre mais avançado.
E existe neve no planeta gelado? Os sensores da New Horizons detectaram que a fina atmosfera de nitrogênio se estende até o espaço, e pesquisadores acreditam que ela possa gerar flocos que atinjam a superfície antes de evaporar na atmosfera.
Caronte
As surpresas não acabam em Plutão. Caronte, sua maior lua, também deixou cientistas perplexos. As imagens mostram penhascos tão profundos como o do Grand Canyon, no oeste dos Estados Unidos.
"Pensava que Caronte poderia ter um terreno antigo coberto de crateras… mas ficamos boquiabertos quando vimos a nova imagem", explicou Cathy Olkin, cientista da missão, citando uma cadeia de desfiladeiros de 800 km.
Até agora os pesquisadores contam apenas com uma parte ínfima dos dados que a sonda já recolheu.
Certamente, ao longo desses 16 meses em que toda a informação será enviada, continuaremos a ser presenteados com surpresas e imagens maravilhosas.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/por-que-ida-da-sonda-plutao-deixou-cientistas-de-queixo-caido.html

Nasa completa 'álbum de fotos' do Sistema Solar com Plutão

Veja fotos dos planetas - e do planeta anão - produzidas por sondas espaciais ao longo das últimas décadas.

9. A imagem mais detalhada de Plutão foi produzida pela sonda New Horizons. As informações detalham de forma inédita o tamanho e as características do planeta anão. Plutão tem cerca de 80km de diâmetro a mais do que se acreditava, ou seja, equivalente a dois terços do tamanho da Lua (Foto: Nasa)
A imagem mais detalhada de Plutão foi produzida pela sonda New Horizons. As informações detalham de forma inédita o tamanho e as características do planeta anão. Plutão tem cerca de 80km de diâmetro a mais do que se acreditava, ou seja, equivalente a dois terços do tamanho da Lua (Foto: Nasa)

Com as recentes fotos que mostram detalhes de Plutão, a agência espacial americana, Nasa, completou um belo álbum de fotos dos planetas do Sistema Solar.
A BBC reuniu algumas das mais impressionantes imagens produzidas a partir das missões espaciais aos planetas vizinhos.
Nem todas as imagens são fotografias, algumas são fotomontagens, outras mosaicos produzidos a partir de diversas imagens.
Desde a icônica foto da Terra sacada em 1969 pela tripulação da Apollo 11 até as últimas imagens do planeta anão, confira o "álbum do Sistema Solar".

Uma imagem retocada de Mercúrio mostra as diferenças químicas, minerais e físicas entre as pedras na superfície:
 
1. Uma imagem retocada de Mercúrio mostra as diferenças químicas, minerais e físicas entre as pedras na superfície (Foto: NASA/Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/Carnegie Institution of Washington)
 
A superfície de Vênus aparece nesta imagem computadorizada produzida a partir de fotos da sonda Magellan, que orbitou o planeta nos anos 1990, adicionando as cores captadas pelas sondas soviéticas Venera 13 e 14:
 
A superfície de Vênus aparece nesta imagem computadorizada produzida a partir de fotos da sonda Magellan, que orbitou o planeta nos anos 1990, adicionando as cores captadas pelas sondas soviéticas Venera 13 e 14 (Foto: Projeto Magellan/JPL/NASA)
 
A Terra, fotografada pela tripulação da missão Apollo 11, em julho de 1969:
 
A Terra, fotografada pela tripulação da missão Apollo 11, em julho de 1969 (Foto: Nasa/AP)
 
O Valles Marineris, apelidado de Grand Canyon de Marte, na imagem produzida a partir de um mosaico de fotos tiradas pela sonda Viking:
 
4. O Valles Marineris, apelidado de Grand Canyon de Marte, na imagem produzida a partir de um mosaico de fotos tiradas pela sonda Viking (Foto: Nasa)
 
Júpiter, o maior dos planetas do Sistema Solar, em foto tirada pela Câmera de Campo Amplo Três do telescópio Hubble:
 
5. Júpiter, o maior dos planetas do Sistema Solar, em foto tirada pela Câmera de Campo Amplo Três do telescópio Hubble (Foto: NASA, ESA, and A. Simon)
 
Esta fotomontagem recria uma panorâmica de Saturno e seus anéis a partir de fotos tiradas pela espaçonave Cassini em maio de 2004:
 
6. Esta fotomontagem recria uma panorâmica de Saturno e seus anéis a partir de fotos tiradas pela espaçonave Cassini em maio de 2004 (Foto: NASA/ESA/AP)
 
A espaçonave Voyager 2 passou ao largo de Urano, o sétimo planeta que orbita o Sol, em janeiro de 1986:
 
A espaçonave Voyager 2 passou ao largo de Urano, o sétimo planeta que orbita o Sol, em janeiro de 1986 (Foto: Nasa/JPL)
 
Netuno, visto pela câmera da Voyager 2. A foto foi tirada a uma distância de 7,1 milhões de quilômetros e mostra a Grande Mancha Escura e ao seu lado um ponto brilhante:
 
Netuno, visto pela câmera da Voyager 2. A foto foi tirada a uma distância de 7,1 milhões de quilômetros e mostra a Grande Mancha Escura e ao seu lado um ponto brilhante (Foto: Nasa/JPL)
 

Meme que mostra Plutão 'tristinho' faz sucesso na internet

Imagens ilustram solidão de Plutão diante da passagem rápida de sonda.
A New Horizons passou a 12,5 mil km de Plutão nesta terça-feira.


Uma animação que representa a decepção de Plutão diante da passagem rápida da sonda New Horizons está fazendo sucesso na internet. Postado nesta terça-feira (14) - dia em que ocorreu a aproximação máxima entre a sonda espacial e o planeta anão - o gif já teve mais de 3,3 milhões de vizualizações no site de compartilhamento de imagens Imgur.
O usuário BennuBird brincou com o fato de que, depois de uma viagem de 9 anos até chegar a Plutão, a passagem da sonda New Horizons pelo planeta anão foi rápida.
A postagem gerou mais de 300 comentários de usuários, que fizeram brincadeiras sobre o amor "plutônico" entre Plutão e a sonda. "Sinto muito, Plutão, mas você não tem gravidade suficiente para me segurar", escreveu um dos internautas. "Plutão é puro coração", escreveu outro usuário, referindo-se à área em formato de coração revelada em sua superfície em imagens feitas pela New Horizons.
Nesta quarta-feira (15), a Nasa revelou as primeiras imagens em alta resolução do planeta anão feita pela sonda. Elas revelaram montanhas na superfície de Plutão. Os cientistas revelaram ainda que o "coração" visto na superfície do planeta anão agora tem um nome.
A área foi batizada de Tombaugh Regio, em homenagem a Clyde Tombaugh, astrônomo que descobriu Plutão em 1930. A New Horizons viaja pelo espaço carregando as cinzas de Tombaugh, além de outros itens, como duas bandeiras americanas.
Meme que mostra Plutão 'triste' diante da passagem rápida da sonda New Horizons faz sucesso na internet (Foto: Reprodução/BennuBird/Imgur)
Meme que mostra Plutão 'triste' diante da passagem
rápida da sonda New Horizons faz sucesso na
internet (Foto: Reprodução/BennuBird/Imgur)

Trajetória
A sonda foi lançada em 2006, dos Estados Unidos, a bordo do foguete Atlas. Ela viajou até Júpiter e usou a gravidade desse planeta como um estilingue para acelerar sua velocidade.
Desde então, a sonda ficou adormecida e viajou pelo espaço até ser reativada, em dezembro do ano passado.
Sete instrumentos que estão a bordo da sonda estão captando imagens, que estão sendo transmitidas para a Terra. O tempo de transmissão dos dados de Plutão até a Nasa, nos Estados Unidos, é de quatro horas e meia.
Nesta segunda-feira (13), os cientistas divulgaram que o planeta anão é maior do que se previa. Plutão, antes considerado o nono e mais distante planeta do Sistema Solar, tem um diâmetro de cerca de 2.370 quilômetros, quase 80 quilômetros a mais do que previsões anteriores.
Agora ele é oficialmente maior do que Eris, um dos centenas de milhares de miniplanetas e objetos parecidos com cometas que circulam o Cinturão de Kuiper.
Segundo a agência Reuters, ser um pouco maior significa que Plutão consiste significativamente de mais gelo e um pouco menos de água do que o previsto, um detalhe importante para cientistas determinarem a história de como ele e o resto do Sistema Solar foram formados.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/meme-que-mostra-plutao-tristinho-faz-sucesso-na-internet.html

quinta-feira, 16 de julho de 2015

Cientista que 'matou' Plutão diz não se arrepender

Mike Brown diz não se incomodar em ser chamado de "assassino de Plutão" desde que isso contribua para a compreensão do Sistema Solar.

O professor Mike Brown diz não se incomodar em ser chamado de "assassino de Plutão" se isso contribui para a compreensão do Sistema Solar (Foto: SPL)
O professor Mike Brown diz não se incomodar em ser chamado de "assassino de Plutão" se isso contribui para a compreensão do Sistema Solar (Foto: SPL)


As imagens e descobertas da sonda da Nasa New Horizons vêm reforçando os apelos para que Plutão volte a integrar o clube de planetas – do qual foi expulso sem cerimônias em 2006.
No entanto, o professor Mike Brown, da universidade Caltech (Califórnia), conhecido como "o homem que matou Plutão", disse à BBC que os que pedem que o planeta volte ao clube parem de viver no passado.
Leia também: Imagens revelam montanhas de gelo em Plutão
"As pessoas que a gente mais ouve pedindo a reinstalação do planeta são aquelas envolvidas na missão (New Horizons). Entendo que seja emocionalmente difícil para eles", disse.
"Eles querem que Plutão seja um planeta porque querem voar para lá. Mas seria bem melhor se aceitassem a realidade de que ele não é um planeta e ficassem empolgados com o fato de que estão indo para um novo tipo de objeto no Sistema Solar."
Golpe de misericórdia
Os pedidos para que Plutão fosse rebaixado começaram após outro objeto no Cinturão de Kuiper ter sido descoberto em 1992. Alguns argumentavam que Plutão era simplesmente o primeiro corpo celeste encontrado nesta pouco explorada área do Sistema Solar.

Imagem mostra superfície de Plutão feita pela New Horizons (Foto: Nasa TV/Divulgação)
Imagem mostra superfície de Plutão feita pela New Horizons (Foto: Nasa TV/Divulgação)

No entanto, o golpe de misericórdia foi dado pelo professor Brown, com sua descoberta do planeta anão Eris, em janeiro de 2005. Era como Plutão, mas como uma massa maior.
Essa foi uma das descobertas que fez com que a União Astronômica Internacional (UAI) criasse uma comissão para reavaliar a definição de planetas.
Assim, em 2006, a UAI teve que decidir se admitia Eris, e outros pequenos mundos como Ceres, ou se expulsava Plutão. Era preciso escolher um ou outro – manter o status quo não era possível.
Brown argumenta que a se a UAI tivesse decidido manter Plutão como um planeta e admitisse Eris, a organização eventualmente teria de considerar a candidatura de centenas, talvez milhares, de outros aspirantes a planetas.
"Não há outra maneira de categorizar os Sistema Solar além de descrevê-lo como tendo oito objetos dominantes, que são os planetas que conhecemos. Não há nenhuma vantagem em se manter Plutão e em classificá-lo como um dos planetas maiores, porque ele simplesmente não é."
Então como o professor Brown reagiu quando soube que Plutão havia sido rebaixado? Foi um momento de alegria ou ele foi tomado pela culpa?
Ele compara o episódio a um assassinato a sangue frio, um ato de misericórdia que era necessário para o bem da ciência.
"Para mim, estava claro já fazia alguns anos que Plutão estava classificado de maneira errada. Então, fiquei bem feliz com a ideia (da demoção de Plutão) de que agora poderíamos voltar e corrigir esses erros", disse.
Sem arrependimentos
Mas o rebaixamento de Plutão continua polêmico. Muitos cientistas afirmam que ele deve permanecer como planeta, argumentando que ele parece um planeta, se comporta como tal e vem sendo considerado um há três quartos de século.
Isso, no entanto, não muda a opinião do professor Brown.
"Não, nenhum arrependimento. Mas fico triste com os acontecimentos desta década desde a demoção de Plutão. Gostaria que as pessoas tivessem aceitado o novo status de Plutão como uma parte interessante do Cinturão de Kuiper, em vez de ficar discutindo se é um planeta ou não", disse.
Se há alguns anos Mike Brown reagia com certa ironia ao ser cumprimentado como "o homem que matou Plutão", hoje em dia ele parece gostar do apelido. Chegou até a usá-lo seu site e em seu livro "How I killed Pluto and why it had it coming" (Como eu matei Plutão e por que ele mereceu, em tradução livre).
Ele me disse que o título era pra ser uma brincadeira inteligente, mas que ninguém entendeu na época.
"Eu pensei que achariam engraçado falar em matar Plutão, porque ele era o deus do mundo inferior (dos mortos, na mitologia grega), mas ninguém entendeu", disse Brown.
"Era algo forte, para chamar atenção. E isso é importante em termos de educação. Quero que as pessoas entendam o que o Sistema Solar é exatamente. E, se ficar me chamando de "assassino de Plutão" ajudar nisso, aceito o apelido de bom grado."
Mensagens raivosas
O professor conta que ainda recebe mensagens raivosas no Twitter sobre Plutão – na grande maioria, de pessoas que aprenderam na escola que ele era um planeta.
Para o cientista, seria mais interessante estudar um novo tipo de objeto do que um planeta excêntrico nos confins do Sistema Solar
Mas ele conta que as crianças que cresceram sabendo que Plutão não é um planeta aceitam a ideia sem problemas. Por isso, ele acredita que a polêmica vai morrer.
"Acreditava-se que o Sol e a Lua eram planetas também, mas isso foi superado há muito tempo. Acho bem mais interessante termos um novo tipo de objeto para estudar do que um planeta excêntrico no fim do Sistema Solar."
"Espero que depois da New Horizons essa discussão chegue ao fim e que a gente possa começar a falar sobre Plutão e sobre o que aprendemos sobre o restante do Cinturão de Kuiper."

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/cientista-que-matou-plutao-diz-nao-ser-arrepender.html

Nasa divulga foto de Plutão feita durante passagem de sonda

New Horizons teve aproximação máxima do planeta anão nesta terça (14).
Fotos de alta resolução foram transmitidas para a Terra nesta quarta-feira.


A Nasa divulgou, nesta quarta-feira (15), as primeiras imagens feitas pela sonda New Horizons durante sua aproximação de Plutão, quando a nave passou a 12,5 mil km da superfície do planeta anão.
As primeiras imagens divulgadas em uma coletiva de imprensa na tarde desta quarta mostram as luas Hidra e Caronte.
Em seguida, a equipe da New Horizons mostrou uma imagem em alta resolução da superfície de Plutão, que revelou a existência de montanhas.
Os cientistas revelaram ainda que o "coração" visto na superfície do planeta anão agora tem um nome. A área foi batizada de Tombaugh Regio, em homenagem a Clyde Tombaugh, astrônomo que descobriu Plutão em 1930. A New Horizons viaja pelo espaço carregando as cinzas de Tombaugh, além de outros itens, como duas bandeiras americanas.
Luas
Pelas imagens, foi possível concluir que Caronte, a maior lua de Plutão, tem uma superfície cheia de penhascos, vales e uma marca apelidada pelos cientistas de "Mordor", no norte da região polar da lua.

Imagem feita pela New Horizons mostra Caronte, uma das luas de Plutão (Foto: Nasa TV/Divulgação)
Imagem feita pela New Horizons mostra Caronte, uma das luas de Plutão (Foto: Nasa TV/Divulgação)

A breve passagem da sonda New Horizons por Plutão ocorreu nesta terça-feira às 8h50 (horário de Brasília). À noite, a sonda se comunicou com a Terra, indicando que o encontro com Plutão tinha sido bem sucedido.
Na manhã desta quarta, durante uma transmissão de dados mais longa, a New Horizons enviou as prinicpais informações obtidadas no encontro, incluindo fotos de altíssima resolução. 

Hidra, uma das luas de Plutão (Foto: Nasa TV/Divulgação)
Hidra, uma das luas de Plutão, em imagem feita pela sonda New Horizons (Foto: Nasa TV/Divulgação)
As melhores imagens que tinham sido divulgadas até o momento mostravam Plutão a 800 mil km de distância. As divulgadas nesta quarta-feira têm uma resolução 10 vezes maior do que isso.

A sonda espacial viajou durante nove anos por quase bilhões de quilômetros (que é a distância entre Plutão e a Terra) até chegar perto do planeta anão.
O feito vai colaborar com a ciência para analisar mais detalhes sobre a superfície e a temperatura de Plutão e de sua região, chamada de Cinturão de Kuiper.
Trajetória A sonda foi lançada em 2006, dos Estados Unidos, a bordo do foguete Atlas. Ela viajou até Júpiter e usou a gravidade desse planeta como um estilingue para acelerar sua velocidade.
Desde então, a sonda ficou adormecida e viajou pelo espaço até ser reativada, em dezembro do ano passado.
Sete instrumentos que estão a bordo da sonda vão captar essas imagens, que serão transmitidas para a Terra. O tempo de transmissão dos dados de Plutão até a Nasa, nos Estados Unidos, é de quatro horas e meia.

Imagem de cima mostra Plutão, em imagem feita pela sonda New Horizons esta semana; imagem de baixo mostra detalhes na superfície do planeta anão feitos durante passagem da New Horizons (Foto: Nasa TV/Divulgação)
A imagem de cima, feita esta semana antes da aproximação máxima entre a New Horizons e Plutão, mostra o planeta anão com uma área em destaque; a imagem de baixo, de alta resolução, mostra a área destacada em detalhes (Foto: Nasa TV/Divulgação)

Maior do que esperado Nesta segunda-feira (13), os cientistas divulgaram que o planeta anão é maior do que se previa. Plutão, antes considerado o nono e mais distante planeta do Sistema Solar, tem um diâmetro de cerca de 2.370 quilômetros, quase 80 quilômetros a mais do que previsões anteriores.
Agora ele é oficialmente maior do que Eris, um dos centenas de milhares de miniplanetas e objetos parecidos com cometas que circulam o Cinturão de Kuiper.
Segundo a agência Reuters, ser um pouco maior significa que Plutão consiste significativamente de mais gelo e um pouco menos de água do que o previsto, um detalhe importante para cientistas determinarem a história de como ele e o resto do Sistema Solar foram formados.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/07/nasa-divulga-primeiras-imagens-da-passagem-da-new-horizons-por-plutao.html