sábado, 25 de julho de 2015

Silêncio de 10 dias do robô Philae, que está em cometa, é preocupante

Módulo pode ter se movido e comunicação estaria obstruída.
Equipamento lançado pela sonda Rosetta estuda o cometa 67P.


12/11 - Imagem feita pela sonda Rosetta mostra o módulo espacial Philae seguindo em direção ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: ESA/Rosetta/Philae/CIVA/Reuters)
Imagem feita pela sonda Rosetta mostra o módulo espacial Philae seguindo em direção ao cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: ESA/Rosetta/Philae/CIVA/Reuters)

O robô espacial europeu Philae, pousado na superfície de um cometa, completa dez dias de silêncio, afirmou nesta segunda-feira o Centro Aeroespacial Alemão (DLR).
"O módulo de exploração pode ter se movido", indicou o DLR em um comunicado, acrescentando que uma mudança mínima de sua posição pode significar que suas antenas se encontram obstruídas.
Há dez dias, Philae, pousado no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, conseguiu comunicar-se de novo, após 15 dias de silêncio, com a sonda Rosetta durante 20 minutos.
Philae não dava sinais de vida desde 24 de junho, o que causava preocupação à Agência Espacial Europeia (ESA).
O equipamento, que acordou em 13 de junho após sete meses sem se comunicar, conseguiu no mesmo dia enviar sinais por dois minutos para a Terra através da sonda e transmitir dados. Um dia depois, ele conseguiu fazer contato novamente, mas a comunicação era de má qualidade. Desde então, ficou em silêncio.
Para melhorar a comunicação com o robô, a equipe responsável pela Rosetta, que escolta o cometa durante sua rota para o sol, decidiu mudar o plano de voo da sonda.
Energia solar Nos últimos tempos, Philae só trabalhava durante o dia graças aos seus painéis solares, mas as baixas temperaturas impediam que a bateria fosse recarregada.
Philae permaneceu em uma área sombreada por vários meses, o que impediu seu funcionamento.
O robô realiza tarefas para encontrar partículas orgânicas com um potencial papel no surgimento da vida na Terra.
Dotado de 10 instrumentos, este robô-laboratório, que entrou para a história no dia 12 de novembro ao aterrissar no núcleo de um cometa, trabalhou durante 60 horas antes de dormir pela insuficiência de luz, necessária para recarregar as baterias solares que lhe permitem funcionar.
Qual o objetivo da missão?
Compostos químicos, gases e muita poeira presentes no cometa podem conter respostas sobre a formação dos planetas do Sistema Solar. Além disso, apontariam aos cientistas uma direção para descobrir como a vida surgiu, no estágio em que a conhecemos.

Uma das teorias sobre o início da vida na Terra sugere que os primeiros ingredientes da chamada "sopa orgânica" vieram de um cometa, considerados alguns dos corpos celestes mais antigos do Sistema Solar.
 
Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia em 12 de junho mostra o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko pelas lentes da Sonda Rosetta (Foto: ESA/Rosetta/NavCam )
Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia em 12 de junho mostra o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko pelas lentes da Sonda Rosetta (Foto: ESA/Rosetta/NavCam )
 

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