terça-feira, 9 de agosto de 2016

Projeto da Nasa decifra 'mensagem em código morse' na superfície de Marte

Cientista decifrou 'texto' formado por pontos e linhas em dunas; saiba como a Nasa explica formação da 'missiva' marciana.

Não é a primeira vez que região é observada, mas imagens mostram mais detalhes em alta resolução. (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)
Não é a primeira vez que região é observada, mas imagens mostram mais detalhes em alta resolução. (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)

"NEE NED... DEIBEDH SIEFI EBEEE"
Não entendeu nada? É que a frase está em marciano, ou algo parecido: é uma parte do código morse formado por pontos e linhas de dunas perto do Polo Norte marciano.
Não é a primeira vez que os cientistas detectam esse padrão nas areias de Marte, mas novas imagens feitas em 6 de fevereiro, mostram com mais clareza e detalhe a topografia única da região.
Com isso, a cientista da Universidade do Arizona Veronica Brayn conseguiu "traduzir" a "mensagem" - mas muitos se decepcionaram porque, se estão tentando falar conosco, os marcianos precisam se esforçar mais: eles não estão usando nenhuma língua falada na Terra.
Na verdade, ainda que tenham causado alvoroço entre algumas pessoas que acreditam em OVNIs e teóricos da conspiração, os pontos e a linhas se formaram de maneira natural, a exemplo do que ocorre com as dunas de desertos aqui na Terra. Eles foram moldados pela direção do vento.
Complexidade eólica
Em um comunicado para a imprensa, a Nasa explicou que o acentuado padrão das dunas se devem ao fato da topografia particular o local: uma depressão circular, provavelmente formada pelo impacto de um asteroide, e que tem uma quantidade limitada de areia para ser arrastada pelo vento.
O resultado são as distintas linhas e pontos captados pela câmera do Experimento Científico de Imagens de Alta Resolução (HiRISE, na sigla em inglês), que está a bordo da nave Mars Reconnaissance Orbiter, que fotografa o Planeta Vermelho desde a última década.

Imagem detalhada dos pontos e linhas perto do polo norte marciano (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)
Imagem detalhada dos pontos e linhas perto do polo norte marciano (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)

As linhas largas são formadas por ventos bidirecionais, ventos que sopram em ângulos diretos contra a duna.
Com o tempo, o vento que sopra de uma ou outra direção espalha o material como um funil em forma de largas e escuras linhas que podem ser vistas nas imagens detalhadas.
Já os pontos, conhecidos como dunas "barcanoides", são um poucos mais misteriosos.
Os geofísicos acreditam que eles se formam quando a produção de dunas lineares é subitamente interrompida.
Mas os cientistas da Nasa não estão muito seguros do que se trata, e é precisamente por isso que estão fotografando a região.
Mais análises
Com mais observação, os geofísicos esperam poder saber mais sobre como se formam as dunas da superfície de Marte e o que isso pode nos revelar sobre a possibilidade de, um dia, habitarmos o planeta.

A nave Mars Reconnaissance Orbiter fotografa a superfície do planeta durante uma década.  (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)
A nave Mars Reconnaissance Orbiter fotografa a superfície do planeta durante uma década. (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)

Enquanto isso, a cientista Veronica Bray, que integra o projeto HiRISE, traduziu a mensagem em código Morse e isso é o que dizem as misteriosas areias de Marte:
NEE NED ZB 6TNN DEIBEDH SIEFI EBEEE SSIEI ESEE SEEE !!
Antes de pegar o dicionário interestelar, saiba que a mensagem não é nada mais que um momento de diversão entre geofísicos que levam seus estudos muito a sério.
Mas a séria interpretação científica das areias de Marte poderá ajudar a entender melhor o que poderia ser viver em uma futura base neste planeta.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/projeto-da-nasa-decifra-mensagem-em-codigo-morse-na-superficie-de-marte.html

Cientistas recriam crescimento dos primeiros buracos negros do espaço

Eles contaram com a ajuda de simulações de computador.
Processo de análise durou cerca de cinco meses.


Ilustração mostra o buraco negro supermaciço dentro de galáxia anã  (Foto: Nasa/ESA/AFP)
Ilustração mostra o buraco negro supermaciço dentro de galáxia (Foto: Nasa/ESA/AFP)

Dois cientistas chilenos recriaram, com a ajuda de simulações de computador, o crescimento de alguns dos primeiros buracos negros do universo, desde bilhões de anos atrás até hoje.
Com isso, conseguiram esclarecer como os primeiros buracos negros supermaciços - "aqueles que se desenvolveram durante o primeiro bilhão de anos do cosmo" - puderam crescer tão rápido, afirmou Joaquín Prieto, pesquisador do departamento de Astronomia da Universidade do Chile, em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (3).
"O transporte de massa no centro das galáxias permitia o crescimento dos buracos negros, que se convertiam em buracos negros supermaciços que hoje são observados como quasares" (objetos astronômicos muito luminosos e distantes), acrescentou.
Prieto e seu colega Andrés Escala, professor na mesma universidade, concluíram que o gás que existe no espaço pode se mover a partir da borda das galáxias até o seu centro devido aos efeitos da gravidade, e principalmente às turbulências que o dominam, tudo isso produzido pelo crescimento dos buracos negros.
Os pesquisadores chegaram a estes resultados depois de realizar três simulações de computador durante dois meses utilizando 240 processadores do supercomputador Leftraru, o mais poderoso no Chile atualmente.
"O processo de análise durou cerca de cinco meses, somando um total de aproximadamente sete meses de trabalho", detalhou Prieto.
Os especialistas planejam continuar realizando simulações a fim de incluir outros processos astrofísicos para tratar de entender o que pode ter ocorrido durante a formação das primeiras galáxias para dar origem aos buracos negros supermaciços que são observados hoje.
O trabalho foi publicado na "Monthly Notice of Royal Astronomical Society", uma das revistas de referência mundial de astronomia e astrofísica.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/cientistas-recriam-crescimento-dos-primeiros-buracos-negros-do-espaco.html

Startup é primeira empresa privada a ser autorizada a mandar sonda à lua

Governo dos Estados Unidos liberou envio em 2017.
É primeira vez que companhia privada fará missão deste tipo.


O astronauta Edwin "Buzz" Aldrin na Lua, com Neil Armstrong refletido em seu visor. Os dois, além de Michael Collins, foram os primeiros homens a pousar na Lua, em 1969 (Foto: Divulgação/Nasa)
O astronauta Edwin "Buzz" Aldrin na Lua, com Neil Armstrong refletido em seu visor. Os dois, além de Michael Collins, foram os primeiros homens a pousar na Lua, em 1969 (Foto: Divulgação/Nasa)

A startup americana Moon Express anunciou nesta quarta-feira (3) que foi autorizada pelo governo dos Estados Unidos a enviar uma sonda espacial para a lua em 2017.
Trata-se da primeira vez que uma empresa privada poderá realizar este tipo de missão. Até hoje, apenas os governos dos Estados Unidos, da China e o da ex-União Soviética enviaram naves espaciais para a lua.
"Agora nós estamos livres para partir como exploradores para o oitavo continente da Terra, a lua, buscando novos conhecimentos e recursos para expandir a esfera econômica da Terra, para o benefício de toda a humanidade", disse Bob Richards, cofundador e presidente-executivo da Moon Express, empresa fundada em 2010 e sediada em Cabo Cañaveral, na Flórida.
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos anunciou a aprovação na quarta-feira, após realizar consultas com a Casa Branca, o Departamento de Estado e a Nasa, a agência espacial americana.
A Moon Express ainda está trabalhando na fabricação da sua sonda lunar, batizada MX-1, que deverá decolar no final de de 2017, impulsada por um foguete produzido pela Rocket Lab, outra startup, que ainda não lançou nenhuma missão comercial.
"O céu não é o limite para a Moon Express, é a plataforma de lançamento", acrescentou Naveen Jain, cofundador da empresa. Ele também disse que considera a aprovação do governo americano como outro "grande passo para a humanidade", usando as palavras pronunciadas pelo astronauta Neil Armstrong ao dar seus primeiros passos na lua.
O objetivo da empresa é desenvolver uma nave espacial de baixo custo e explorar os recursos do único satélite natural da Terra, disse Jain.
"Em um futuro próximo, nos vemos trazendo valiosos recursos, metais e rochas lunares para a Terra", completou.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/startup-e-primeira-empresa-privada-ser-autorizada-mandar-sonda-lua.html

Bennu, o 'asteroide da morte' que a Nasa quer estudar

Equipe de cientistas vai lançar sonda para estudar o solo de Bennu, que pode causar impactos no planeta Terra.

A Nasa vai lançar em setembro uma sonda para estudar o asteroide Bennu (Foto: BBC/Nasa)
A Nasa vai lançar em setembro uma sonda para estudar o asteroide Bennu (Foto: BBC/Nasa)

Os cientistas o conhecem desde 1999 e temem que um dia ele possa se chocar contra a Terra.
Trata-se do asteroide Bennu, que a agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) está disposta a estudar.
A agência vai lançar em setembro a sonda Osiris-Rex para coletar amostras da superfície do asteroide, explicou Dante Lauretta, professor da Universidade de Tucson, no Arizona e principal investigador da missão.
A Osiris-Rex irá procurar elementos orgânicos que podem ser de grande valor para a comunidade científica e para entendermos a composição e o comportamento de Bennu.
O asteroide causa expectativa porque existe uma pequena chance - 1 em 2,5 mil, segundo a Nasa - de que ele colida com o nosso planeta no século 22, por volta do ano 2135, quando sua aproximação com a Terra e a Lua pode alterar sua órbita. Ele foi, inclusive, batizado com o nome de uma ave mitológica egípcia que tem associações com a morte.
Alguns cientistas dizem que o corpo celeste poderia trazer "sofrimento e morte" para a Terra; mas há quem diga também que, mesmo que ele chegue de fato por aqui, não vai destruir o planeta.
A sonda Osiris-Rex talvez nos dê mais pistas sobre a rota do astroide, diz Lauretta.

Sonda enviada para asteroide chegará de volta à Terra em 2023 (Foto: BBC/Nasa)
Sonda enviada para asteroide chegará de volta à Terra em 2023 (Foto: BBC/Nasa)

processo A sonda Osiris-Rex terá de sobreviver dois anos antes de chegar ao asteroide.
Os cientistas envolvidos na sua criação alegam que o aparelho não terá dificuldades em resistir à viagem espacial, por ser o primeiro dispositivo desse tipo construído sem partes móveis - o que reduz o risco de alguma peça ser deteriorada durante a viagem da missão.

 Sonda enviada a asteroide vai estudar superfície de 'asteroide morte' (Foto: BBC/Nasa)
Sonda enviada a asteroide vai estudar superfície de 'asteroide morte' (Foto: BBC/Nasa)

"Nós a projetamos para ser robusta e capaz de durar um longo tempo no espaço", explicou a Nasa.
Com a análise do espectro infravermelho, poderemos detectar aspectos únicos dos minerais e outros materiais encontrados no asteroide. Isso permitirá que os cientistas identifiquem a origem de materiais orgânicos, carbonatos e silicatos, e níveis de água absorvida na superfície de Bennu.
Um monstro em movimento
Bennu viaja em torno do Sol a uma velocidade de 101.389 km/h e pode ser visto a cada seis anos a partir da Terra.
Uma das finalidades mais importantes da missão da Nasa é determinar como a órbita de Bennu pode ser afetada pelo aquecimento ou esfriamento de sua superfície pela luz solar durante o dia.
O asteroide é aquecido pela luz solar, aumenta a sua temperatura e emite radiação térmica em diferentes sentidos durante seu movimento de rotação. Esse fenômeno é conhecido como Efeito de Yarkovsky, que com o tempo altera sua órbita.
Essa emissão térmica dá a Bennu um impulso pequeno porém constante, explica a Nasa - e isso muda a sua órbita ao longo do tempo. Segundo a agência espacial, estudar o asteroide ajudará os cientistas a compreender melhor não apenas o Efeito de Yarkovsky, mas também a melhorar as previsões relacionadas às órbitas de outros asteroides.

Cientistas da Nasa desenvolvem sonda que será enviada para asteroide (Foto: BBC/Nasa)
Cientistas da Nasa desenvolvem sonda que será enviada para asteroide (Foto: BBC/Nasa)

Outros objetivos
O outro grande objetivo da missão é conseguir estudar, através de amostras coletadas, a origem do nosso Sistema Solar e da vida. Isso porque acredita-se que essas amostras sejam ricas em material carbônico e orgânico.
"Queremos ver o que Bennu testemunhou ao longo de sua evolução", disse um cientista da Nasa em 2014, quando o estudo do asteroide já estava em curso na agência.
A sonda da Nasa vai chegar ao asteroide em 2018 e voltará com uma amostra da superfície de Bennu em 2023.
"Sempre vamos encontrar desafios que desconhecemos, mas depois desta missão podemos começar a planejar com antecedência para futuros riscos", disse Amy Simon, diretora-assistente técnica da Ovirs.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/bennu-o-asteroide-da-morte-que-a-nasa-quer-estudar.html

Nasa anuncia descoberta de 104 exoplanetas por telescópio espacial

Novos exoplanetas incluem quatro que podem ter superfícies rochosas.
'Diversidade de planetas é assombrosa', diz astrônomo.


 Concepção artística do telescópio espacial Kepler e dos quatro planetas com tamanhos parecidos com a Terra descobertos em missão  (Foto: K2 Nasa/JPL)
Concepção artística do telescópio espacial Kepler e dos quatro planetas com tamanhos parecidos com a Terra descobertos em missão (Foto: K2 Nasa/JPL)

Uma equipe internacional de pesquisadores anunciou a descoberta de 104 novos planetas fora de nosso Sistema Solar, incluindo quatro que podem ter superfícies rochosas como a Terra.
Os cientistas descobrriam os exoplanetas usando o telescópio espacial Kepler, assim como observações feitas a partir de telescópios terrestres.
A missão Kepler, de US$ 600 milhões, permitiu que os cientistas descobrissem mais de 4,6 mil planetas - 2.326 confirmados - desde que foi lançada em 2009.
"A diversidade de planetas é assombrosa", disse nesta segunda-feira Evan Sinukoff, astrônomo da Universidade do Havaí, que contribuiu para a pesquisa.
O último achado inclui 21 exoplanetas situados na zona habitável ao redor de suas estrelas: uma distância que permite a existência de água líquida, o que permitiria o desenvolvimento de vida.
Planetas rochosos
Os quatro planetas potencialmente rochosos - que são entre 20% e 50% maiores do que a Terra - orbitam próximos da mesma estrela em um sistema planetário a cerca de 400 anos-luz da Terra. Um ano-luz equivale a cerca de 10 trilhões de quilômetros.
Apesar de os planetas orbitarem sua estrela a uma distância ainda menor do que a que mercúrio orbita nosso Sol, a superfície dos planetas podem ter temperaturas parecidas com a da Terra porque sua estrela é mais fria do que o Sol, segundo os astrônomos.
A missão Kepler têm observado 150 mil estrelas na constelação Cygnus em busca de sinais de planetas orbitando ao redor desses astros, em especial aqueles que podem ter condições de desenvolvimento de vida.
A identificação desses planetas ocorre pela observação da diminuição da luz de uma estrela a cada vez que um planeta passa em frente do astro durante sua órbita.
O telescópio espacial Kepler está atualmente em uma missão chamada K2, para estudar supernovas, aglomerados estelares e galáxias distantes.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/nasa-anuncia-descoberta-de-104-exoplanetas-por-telescopio-espacial.html

Nasa divulga primeira imagem após Juno entrar na órbita de Júpiter

Isso significa que equipamento está funcionando bem.
Imagens em alta resolução ainda devem demorar algumas semanas.


 Imagem feita pela JunoCam mostra Júpiter e três das quatro luas do planeta  (Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS)
Imagem feita pela JunoCam no dia 10 de julho mostra Júpiter e três das quatro luas do planeta (Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS)

Ainda deve levar algumas semanas para podermos observar as primeiras imagens em alta resolução do planeta Júpiter feitas pela JunoCam, a câmera a bordo da sonda Juno. Mas a Nasa já divulgou uma imagem enviada pela câmera depois que a sonda entrou na órbita de Júpiter no dia 5 de julho. Isso prova que o equipamento está funcionando e foi bem-sucedido em enviar dados àTerra.
"Esta cena da JunoCam indica que ela sobreviveu sua primeira passagem pelo ambiente de radiação extrema sem nenhum dano e está pronta para fotografar Júpiter", disse Scott Bolton, principal pesquisador do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, em San Antonio (EUA). "Não podemos esperar para ver as primeiras imagens dos polos de Júpiter."
A imagem divulgada pela Nasa foi tirada no dia 10 de julho, quando a sonda Juno estava a 4,3 milhões de  km de Júpiter. Na imagem, é possível ver Júpiter e três das quatro luas do planeta.
Sobre a missão
Após 5 anos de viagem, a sonda Juno entrou na órbita de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Com transmissão ao vivo pela internet, a equipe na Nasa comemorou a inserção na magnetosfera à 0h54 do dia 5 de julho.
A sonda se aproximou sobre o pólo-norte do planeta, mostrando uma perspectiva inédita do sistema de Júpiter - incluindo as suas quatro grandes luas. Um laboratório da Nasa localizado em Pasadena, na Califórnia, administrou a missão Juno, chefiado pelo pesquisador Scott Bolton, que também ajudou a levar uma sonda a Saturno.
Esta é a primeira vez que Júpiter será visto abaixo da cobertura densa de nuvens. Por isso o nome Juno, uma homenagem à deusa romana que era esposa de Júpiter.
Lançada em 5 de agosto de 2011, a sonda percorreu 716 milhões de quilômetros - quase 18 mil voltas na Terra - até o planeta.  Se nada der errado, a missão deve ser encerrada em fevereiro de 2018.
Juno tem 3,5 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro e é movida a energia solar.
Todo o programa custou US$ 1,13 bilhão. A Juno foi a primeira missão que levou uma nave movida a energia solar comandada a partir da Terra, além de orbitar de pólo a pólo de um planeta. Nenhuma outra sonda chegou, até agora, tão perto da superfície de Júpiter.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/nasa-divulga-primeira-imagem-apos-juno-entrar-na-orbita-de-jupiter.html

Astrônomos descobrem novo planeta anão feito de gelo

Objeto identificado no Cinturão de Kuiper leva cerca de 700 anos para viajar em torno do Sol, e pode revelar detalhes sobre a formação do Sistema Solar.


Imagens do telescópio Canadá-França-Havaí captadas em setembro de 2015 e vistas em fevereiro de 2016 revelaram a existência de um novo planeta anão, na órbita em destaque à direita  (Foto: Divulgação)
Imagens do telescópio Canadá-França-Havaí captadas em setembro de 2015 e vistas em fevereiro de 2016 revelaram a existência de um novo planeta anão, na órbita em destaque à direita (Foto: Divulgação)

Um novo planeta anão foi descoberto nas profundezas geladas do espaço além da órbita de Netuno, afirmaram pesquisadores.
O novo objeto tem cerca de 700 km de diâmetro - apenas 5% da largura da Terra - e uma das órbitas mais longas para um planeta anão: estima-se que leve 700 anos para viajar em torno do Sol.
Batizado com o nome provisório de 2015 RR245, o pequeno mundo foi identificado pelo telescópio Canadá-França-Havaí, dentro do projeto de pesquisa Outer Solar System Origins Survey (Ossos).
"Os mundos gelados além de Netuno podem mostrar como os planetas gigantes se formaram e depois se moveram para longe do Sol. Eles permitem construir a história do nosso Sistema Solar", disse Michele Bannister, da Universidade de Vitória, no Canadá.
"Mas quase todos esses mundos gelados são pequenos e pouco nítidos; é realmente empolgante encontrar um grande e brilhante o suficiente para que possamos estudá-lo em detalhe."
Acredita-se que haja cerca de 200 planetas anões no Cinturão de Kuiper, a enorme massa de pedaços de rocha e gelo que orbitam além de Netuno.
Mas apenas cinco objetos - Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Eris - foram observados o suficiente para serem classificados como planetas anões, e não luas, planetoides ou outros objetos.
Representação da órbita do RR245 (linha amarela), que seria um dos maiores do Cinturão de Kuiper. Objetos tão brilhantes ou mais brilhantes aparecem com seus nomes (Foto: Projeto OSSOS/Divulgação)
Representação da órbita do RR245 (linha amarela), que seria um dos maiores do Cinturão de Kuiper. Objetos tão brilhantes ou mais brilhantes aparecem com seus nomes (Foto: Projeto OSSOS/Divulgação)

Geologia
Mundos que orbitam longe do Sol possuem geologia exótica, com paisagens feitas de diferentes materiais congelados, como a passagem da sonda New Horizons por Plutão revelou recentemente.
Após centenas de anos viajando a mais de 12 bilhões de quilômetros do Sol, o RR 245 está rumando para sua maior aproximação, a 5 milhões de quilômetros, ponto que deverá atingir em 2096. A Terra, por exemplo, está a 150 milhões de quilômetros do Sol.
O RR 245 vem mantendo sua órbita altamente elíptica por ao menos 100 milhões de anos. Como o objeto só foi observado em um dos sete anos que leva para viajar em torno do Sol, sua órbita precisa será refinada ao longo dos próximos anos, quando o planeta anão também receberá um nome definitivo.
Como descobridores do objeto, a equipe internacional de astrônomos do projeto Ossos poderá apresentar o nome de preferência para avaliação da União Astronômica Internacional.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/astronomos-descobrem-novo-planeta-anao-feito-de-gelo.html

sábado, 28 de maio de 2016

Cientistas detectam em cometa dois ingredientes-chave para a vida

Glicina e fósforo foram detectados no cometa 'Chury'.
Elementos são essenciais para desenvolvimento de DNA.


Imagem do cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko foi capturada pela câmera da Rosetta d euma distância de cerca de 170 km em julho de 2015 (Foto: ESA/Rosetta/MPS)
Imagem do cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko foi capturada pela câmera da sonda Rosetta de uma distância de cerca de 170 km em julho de 2015 (Foto: ESA/Rosetta/MPS)

Cientistas conseguiram detectar em um cometa a presença de dois ingredientes fundamentais para a vida: a glicina - um aminoácido - e o fósforo, segundo estudo de pesquisadores europeus, divulgado nesta sexta-feira (27).
O achado foi realizado no 67P/Churyumov-Gerasimenko (ou simplesmente 'Chury'), um cometa descoberto no fim dos anos 1960 por cientistas ucranianos, e que é investigado pela sonda europeia Rosetta.
Ainda que tenha sido detectada a presença de mais de 140 moléculas orgânicas diferentes no espaço, é a primeira vez que são encontrados "com total certeza" estes elementos, essenciais para o desenvolvimento do DNA e das membranas celulares.
Traços de glicina, necessários para formar proteínas, já haviam sido encontrados nos restos da cauda do cometa Wild 2, que a Nasa conseguiu obter em 2004.
Mas naquele momento, os cientistas não puderam descartar por completo a possibilidade de as amostras terem se contaminado de alguma maneira durante a análise feita na Terra.
O achado agora permite confirmar a existência de glicina e fósforo nos cometas. Os resultados desta investigação, obtidos graças a Rosina, espectrômetro da sonda Rosetta, foram publicados na revista americana Science Advances.
"Trata-se da primeira detecção com total certeza de glicina na atmosfera de um cometa", assinalou Kathrin Altwegg, da Universidade de Berna (Suíça), chefe do projeto Rosina e autora do trabalho.
Reservatórios
É muito difícil detectar a glicina, pois ela passa do estado sólido ao gasoso abaixo dos 150 graus Celsius, o que significa que este aminoácido se decompõe na forma gasosa na fria superfície do cometa.
Diferentemente de outros aminoácidos, a glicina é a única que pode se formar sem a necessidade da presença de água em estado líquido, assinalaram os cientistas.
A origem do fósforo detectado na fina atmosfera do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko não foi determinada, acrescentou a investigação.
"Demonstrar que os cometas são reservatórios de materiais primitivos do sistema solar e que eles podem transportar esses ingredientes-chave para a vida na Terra é um dos principais objetivos da Rosetta", assinalou o cientista encarregado desta missão da Agência Espacial Europeia, Matt Taylor.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/05/cientistas-detectam-em-cometa-dois-ingredientes-chave-para-vida.html

Estudo mostra que Marte está saindo de uma era glacial

Revista "Science" aponta que planeta começou transição há 370 mil anos.
Clima marciano pode ajudar em estudos sobre mudança climática.


Imagem de arquivo mostra imagem 3D da Nasa criada mostrando a superfície do planeta (Foto: NASA/JPL/Arizona State University, R. Luk/Handout)
Imagem de arquivo mostra imagem 3D da Nasa criada mostrando a superfície do planeta (Foto: NASA/JPL/Arizona State University, R. Luk/Handout)

Marte está saindo de uma era glacial, após atravessar múltiplas fases de mudança climática, segundo medições de radar feitas em suas camadas de gelo polar para um estudo publicado nesta quinta-feira (26) pela revista "Science".
A análise dos dados assinala que o planeta viveu uma era do gelo da qual começou a sair há cerca de 370.000 anos.
Entender o clima marciano ajudará a determinar quando o planeta foi habitável no passado e como mudou esse estado, além de servir para os estudos sobre a mudança climática na Terra.
Os modelos sugeriam que o seco e poeirento planeta vermelho passou por épocas glaciais no passado, mas os dados empíricos para confirmá-lo eram poucos.
No estudo, o pesquisador Isaac Smith, do Instituto de Pesquisa do Sudoeste em Boulder (Estados Unidos), e sua equipe usaram um radar para estudar as camadas de gelo dentro das calotas polares de Marte, para o que empregaram o equipamento da sonda espacial Mars Reconnaissance Orbiter, lançada em 2005 e destinada a aumentar o conhecimento desse planeta.

Novas imagens do Hubble mostram aproximação de Marte da Terra (Foto: Reprodução/BBC)
Novas imagens do Hubble mostram aproximação de Marte da Terra (Foto: Reprodução/BBC)

À medida que o gelo derrete, o vento pode criar canais em forma de espiral e outros traços identificáveis, razão pela qual rastrear essas marcas dentro da camada gelada pode revelar as mudanças no fluxo e no acúmulo do gelo em épocas passadas e, portanto, as mudanças no clima.
Enquanto a camada de gelo no sul é "relativamente pequena e está alterada pelo impacto de meteoritos", os pesquisadores puderam traçar as camadas dentro do gelo no norte.
Dessa forma, descobriram que as camadas e as trajetórias de migração do gelo aumentam, mudam de direção de forma brusca ou estão completamente enterradas.
Estes dados e outros analisados no estudo confirmam, segundo os pesquisadores, o final de um período glacial em Marte.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/05/estudo-mostra-que-marte-esta-saindo-de-uma-era-glacial.html

Meteorito pode ter sido causa de brilho e estrondo no céu do México

Fenômeno foi visto no país durante a madrugada deste sábado (23).
Astrônomo afirmou que passagem foi a mais de 1.000 km de altitude.


Imagem mostra passagem de meteorito no México durante a madrugada (Foto: Reprodução/webcamsdemexico.com)
Imagem mostra passagem de meteorito no México durante a madrugada (Foto: Reprodução/webcamsdemexico.com)

O astrônomo José Ramón Valdés, da Coordenação de Astrofísicos do Instituto Nacional de Astrofísica, Óptica e Eletrônica, declarou neste sábado (21) que o evento que se viu e escutou durante a madrugada foi a passagem pela atmosfera de um meteorito que cortou os céus da região central do México. Veja vídeo

Em entrevista coletiva, o cientista afirmou que a interação do objeto com a atmosfera gerou uma onda de choque que foi visível e perceptível para a população.
Apesar de sentido e visto como um fenômeno próximo, o astrônomo afirmou que o meteorito deve ter passado a mais de 1.000 quilômetros de altitude. "Os asteroides grandes podem ser monitorados, podemos ver sua trajetória no Sistema Solar. O problema são os pequenos, esses não os podemos ver", declarou Valdés.
Ele explicou que "estes objetos são remanescentes da formação do Sistema Solar, de nosso planeta", por isso que são de importância científica para reconstruir a história do sistema planetário ao que pertence a Terra.
Valdés também explicou que se trata de objetos que podem ser formados por rocha ou metais, e que o desta madrugada "tudo indica que foi de pedra pequena".
"Há muitos, mas poucos chegam à superfície. É preciso estarmos preparados para um grande; esses sim são mortais e acabariam com uma cidade inclusive, e são os que estamos monitorando", especificou o especialista.
Esta madrugada, a plataforma de alertas SkyAlert reportou que um brilho acompanhado de um estrondo foi registrado no centro do México, e atribuiu o fenômeno a um possível "bólido ou meteoro".
A SkyAklert, uma plataforma extraoficial que alerta sobre fenômenos sísmicos, vulcânicos e atmosféricos, detalhou através da rede Twitter que ao redor de 1h47 (horário local, 3h47 em Brasília) "se viu uma luz e escutou uma explosão", e acrescentou que os relatos do fato chegam de Puebla, Cidade do México, Estado do México e Tlaxcala.
"É muito provável que a explosão do possível 'bólido ou meteoro' tenha ocorrido durante sua entrada na atmosfera terrestre. Não foram reportados danos, por isso que também é provável que não impactou em terra", afirmou.
"O céu se iluminou, como quando cai um raio, e durante poucos segundos se viu um objeto laranja como um foguete que recém explode", disse à Agência Efe Eduardo Bravo, morador de Puebla que testemunhou o fenômeno quando estava em seu veículo.
Outros o sentiram em suas casas como um estrondo que fez vibrar portas, janelas e paredes. "Se escutou como se alguma coisa tivesse explodido", declarou Julián Peña, que estava em casa, em uma conversa por telefone com a Efe.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/05/meteorito-pode-ter-sido-causa-de-brilho-e-estrondo-no-ceu-do-mexico.html

Novas imagens do Hubble mostram aproximação de Marte da Terra

Planeta Vermelho vai atingir menor distância da Terra em dez anos; em 2018, ela será ainda menor.

Novas imagens do Hubble mostram aproximação de Marte da Terra (Foto: Reprodução/BBC)

Marte está prestes a atingir a menor distância da Terra em mais de uma década.
A aproximação dá a astrônomos - amadores e profissionais - uma chance ver o Planeta Vermelho mais de perto.
Em 2018, a distância entre os dois países será ainda menor.
Assista ao vídeo.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/05/novas-imagens-do-hubble-mostram-aproximacao-de-marte-da-terra.html

'Megatsunamis' esculpiram a superfície de Marte, diz estudo

Conclusões podem oferecer novas pistas para a busca por vida no planeta.
Alguns cientistas, no entanto, discordam dessa hipótese.


Fantástico mostra preparativos para primeira missão tripulada para Marte (Foto: Rede Globo)
Superfície de Marte pode ter sido esculpida por ondas gigantes (Foto: Rede Globo)

Imensos tsunamis provocados pelo impacto de meteoros cobriram as planícies do norte de Marte há mais de três bilhões de anos, redefinindo radicalmente as bordas dos antigos mares do Planeta Vermelho, de acordo com um estudo publicado na quinta-feira (19).
As conclusões, baseadas em mapeamentos geológicos, podem oferecer novas pistas para a busca por vida.
A descoberta também reforça a teoria de que grandes inundações transformaram as planícies do norte de Marte em um oceano há 3,4 bilhões de anos, segundo o estudo.
Alguns cientistas discordam dessa hipótese, apontando que o suposto litoral desse mar já desaparecido aparece hoje com um formato extremamente irregular, de modo que não parece indicar a presença anterior de um oceano.
"Nossas descobertas conciliam a hipótese do oceano com a ausência intrigante de costas distribuídas ao longo de uma elevação constante", disse à AFP o autor principal do estudo, Alexis Rodriguez, pesquisador do Instituto de Ciência Planetária em Tucson, Arizona.
Estes 'megatsunamis' provavelmente ocorreram dezenas de vezes ao longo de centenas de milhões de anos, mas o estudo, publicado na Nature's Scientific Reports, se centrou em dois deles, que aconteceram com alguns milhões de anos de diferença.
Os primeiro arrastou pedregulhos e detritos por centenas de quilômetros para o interior da superfície. O segundo se elevou durante um período muito mais frio, lançando enormes blocos de gelo na medida em que as ondas congelavam no ar.
Rodriguez e sua equipe traçaram os pontos de origem dos tsunamis, formados por duas crateras de cerca de 30 km de diâmetro cada.
Cápsulas do tempo congeladasAs ondas gigantes teriam em média cerca de 50 metros de altura, mas provavelmente se elevaram cerca de 120 metros - o equivalente a um prédio de 30 andares. Ambos os tsunamis submergiram áreas aproximadamente do tamanho da França e da Alemanha juntas.
Nenhuma outra explicação pode dar conta das formações descobertas, disse Rodriguez.
"Ao formatos dos depósitos que mapeamos indicam fluxos ascendentes" poderosos o suficiente para transportar pedregulhos por centenas de quilômetros, explicou o pesquisador por e-mail.
Marte é certamente o planeta mais estudado do nosso Sistema Solar (além do nosso próprio), e ainda assim ninguém parece ter notado as evidências de ondas gigantescas no passado do Planeta Vermelho.
"Meu palpite é que estávamos tentando encontrar linhas costeiras em Marte similares às que vemos na Terra" disse Rodriquez.
O segundo tsunami poderia fornecer um novo terreno de pesquisa para sinais de vida no início da história de Marte.
Os blocos de gelo lançados são provavelmente feitos de água do antigo oceano, o que faz deles cápsulas do tempo congeladas de bilhões de anos de idade.
Por ter estado originalmente na forma líquida apesar das temperaturas muito baixas, a água deve ter sido densa e, portanto, com uma alta concentração de sal.
"Ambientes aquosos salgados e congelados são conhecidos por serem habitáveis na Terra e, consequentemente, alguns dos depósitos dos tsunamis podem ser os principais alvos astrobiológicos", disse o coautor Alberto Fairen, pesquisador do Centro de Astrobiologia da Espanha.
Há amostras de gelo próximas ao local de pouso da missão espacial de exploração Mars Pathfinder, e os pesquisadores apontam que missões futuras poderiam recolhê-las e analisá-las.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/05/megatsunamis-esculpiram-superficie-de-marte-diz-estudo.html

Queda de meteoro surpreende moradores na Argentina

Moradores viram brilho no céu e ouviram forte estrondo.
fenômeno pôde ser visto na zona de Pinamar, Cariló e Villa Gesell.


A queda de um meteoro surpreendeu na noite de quarta-feira (18) os moradores de várias localidades da província de Buenos Aires, que viram um brilho no céu e ouviram um forte estrondo, segundo confirmaram nesta quinta-feira autoridades municipais.

Moradores viram brilho no céu e ouviram forte estrondo (Foto: Reprodução/Twitter/Martín Yeza)
Moradores viram brilho no céu e ouviram forte estrondo (Foto: Reprodução/Twitter/Martín Yeza)

O fenômeno pôde ser apreciado principalmente na zona de Pinamar, Cariló e Villa Gesell, situadas no litoral atlântico, em torno das 21h15 local (mesmo horário em Brasília).
"Parece que caiu na água", detalhou hoje ao canal "TN" Martín Yeza, prefeito de Pinamar, que confirmou que não houve problemas.
O funcionário precisou que, de acordo com os especialistas, não foi um "meteorito", mas um "meteoro".
"Com o tremor, com o barulho, soaram vários alarmes e um monte de gente saiu às ruas. Depois, foi detectado que o som foi ouvido em vários bairros e nas redes sociais surgiram perguntas. Começamos a rastrear e vimos que foi detectado um brilho no céu", acrescentou.
Além disso, o prefeito garantiu que já entrou em contato com vários especialistas para consultar se podem rastrear a zona para tentar recuperar os restos do objeto.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/05/queda-de-meteoro-surpreende-moradores-na-argentina.html

domingo, 22 de maio de 2016

Câmera registra bola de fogo no céu nos EUA

Clarão teve origem, provavelmente, em passagem de meteoro; ele pôde ser visto nos EUA e no Canadá.

Bola de fogo foi vista nos céus do nordeste dos Estados Unidosx e do Canadá (Foto: Mike McCormack/portsmouthwebcam.com/AP)
Bola de fogo foi vista nos céus do nordeste dos Estados Unidosx e do Canadá (Foto: Mike McCormack/portsmouthwebcam.com/AP)

Uma bola de fogo foi vista nos céus do nordeste dos Estados Unidos e do Canadá.
O clarão, aparentemente, foi causado por um meteoro que pegou fogo ao entrar em contato com a atmosfera da Terra.
O fenômeno foi capturado por diversas câmeras, entre elas a de um policial do Departamento de Polícia de Plattsburgh - que registrou este vídeo.

Clarão teve origem, provavelmente, em passagem de meteoro (Foto: Portland Police Department/AP)
Clarão teve origem, provavelmente, em passagem de meteoro (Foto: Portland Police Department/AP)


Nasa descobriu 1.284 novos planetas fora do nosso sistema solar

Anúncio mais do que duplica nº de exoplanetas descobertos pelo Kepler.
Do total, cerca de 550 poderiam ser planetas rochosos como a Terra.


A Nasa anunciou nesta terça-feira (10) a descoberta, pelo telescópio espacial Kepler, de 1.284 novos planetas fora do nosso sistema solar.
"Este anúncio mais do que duplica o número de exoplanetas descobertos pelo telescópio Kepler", indicou Ellen Stofan, cientista-chefe da agência espacial americana.
"Isso nos dá esperança de que em algum lugar lá fora, em torno de uma estrela muito parecida com a nossa, poderemos, eventualmente, descobrir um planeta parecido com a Terra", acrescentou.
O observatório espacial Kepler, que foi lançado em 2009, monitorou 150.000 estrelas em busca de sinais de corpos em órbita, particularmente aqueles que poderiam ser capazes de sustentar a vida.

Reprodução artística da descoberta feita pelo telescópio espacial Kepler da NASA. (Foto: NASA/W. Stenzel)
Reprodução artística da descoberta feita pelo telescópio espacial Kepler da NASA. (Foto: NASA/W. Stenzel)

Este trabalho se faz através da observação de um escurecimento da luz da estrela, conhecido como trânsito, cada vez que um planeta passa orbitando diante dela.
"Dos cerca de 5.000 candidatos a planetas encontrados até agora, mais de 3.200 já foram verificados, e 2.325 deles foram descobertos pelo Kepler", indicou a Nasa em um comunicado.
A nova descoberta inclui cerca de 550 corpos que poderiam ser planetas rochosos como a Terra, com base em seu tamanho, segundo a agência espacial americana.
"Nove destes novos planetas descobertos orbitam zonas habitáveis do seu sol, que é a distância de uma estrela onde podem registrar temperaturas que permitam a existência de água em forma líquida", prosseguiu.
Esses nove exoplanetas potencialmente habitáveis se somam aos 21 outros exoplanetas já conhecidos por orbitarem a zona habitável de suas estrelas.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/05/nasa-descobriu-1284-novos-planetas-fora-do-nosso-sistema-solar.html

Astrônomos descobrem planetas 'potencialmente habitáveis' em órbita de estrela anã fria

Os três planetas foram descobertos em constelação de Aquário, a 'apenas' 40 anos-luz de distância; para cientistas, trata-se de melhor aposta para buscar vida fora do Sistema Solar.

Ilustração da estrela anã TRAPPIST-1 vista perto de um dos seus planetas (Foto: ESOM. Kornmesser )
Ilustração da estrela anã TRAPPIST-1 vista perto de um dos seus planetas (Foto: ESOM. Kornmesser )

Astrônomos do ESO (Observatório Europeu do Sul) localizaram três planetas potencialmente habitáveis a apenas 40 anos-luz da Terra.
Os planetas têm tamanhos e temperaturas semelhantes aos de Vênus e da Terra e, de acordo com os astrônomos, são a melhor aposta na busca por vida fora do Sistema Solar. Os planetas orbitam uma estrela anã muito fria - são os primeiros planetas descobertos em torno de uma estrela tão pequena e de brilho tão fraco.
A pesquisa, liderada por Michaël Gillon, do Instituto de Astrofísica e Geofísica da Universidade de Liège, na Bélgica, foi publicada na edição desta segunda-feira da revista científica Nature.
Os astrônomos suspeitaram da existência de planetas no entorno da estrela, quando, usando o telescópio robótico TRAPPIST, de La Silla, no Chile - operado de uma sala de controle na Universidade de Liège, na Bélgica -, perceberam que a luz da estrela diminuía um pouco em intervalos regulares, indicando que havia objetos passando entre a estrela e a Terra.
Após outras observações feitas com o supertelescópio VLT, também no Chile, os astrônomos descobriram que a estrela anã, rebatizada de Trappist-1, é muito mais gelada e vermelha que o Sol, porém pequena, um pouco maior do que Júpiter.
Eles descobriram também que os planetas que orbitam a Trappist-1 são de tamanhos parecidos aos da Terra. A órbita de dois deles é de 1,5 dia e 2,4 dias, respectivamente. Já o terceiro planeta tem um órbita menos constante, que varia de 4,5 a 7,3 dias.
"Com tempos de órbitas tão curtos, eles estão enter 20 e 100 vezes mais perto da estrela do que a Terra do Sol. A estrutura deste sistema planetário está muito mais próxima em escala do sistema das luas de Júpiter do que do Sistema Solar", diz Michaël Gillon.

Imagem mostra o Sol e estrela anã muito fria TRAPPIST-1 em escala relativa. A fraca estrela tem um diâmetro de apenas 11% do diâmetro do Sol e é muito mais vermelha em termos de cor (Foto: ESO)
Imagem mostra o Sol e estrela anã TRAPPIST-1 em escala relativa. A fraca estrela tem um diâmetro de apenas 11% do diâmetro do Sol e é muito mais vermelha em termos de cor (Foto: ESO)

Aquário
Este tipo de estrela é muito comum na Via Láctea e vive por muito tempo, mas os cientistas nunca tinham descoberto planetas ao redor delas. Apesar de estar muito perto da Terra, a Trappist-1 não pode ser vista a olho nu ou com um telescópio simples, porque é muito escura e vermelha. Ela fica na constelação de Aquário.
O estudo traz novas perspectivas na busca por planetas habitáveis, já que cerca de 15% das estrelas próximas ao Sol são deste tipo.
"Por que estamos tentando detectar planetas como a Terra ao redor das menores e mais geladas estrelas nas vizinhanças do Sistema Solar? O motivo é simples: sistemas em torno destas pequenas estrela são os únicos locais onde podemos detectar vida em um exoplaneta do tamanho da Terra com a tecnologia disponível atualmente", diz Michaël Gillon, principal autor do estudo.
"Se quisermos encontrar vida em outro lugar no Universo, é aí que podemos começar a procurar", conclui.
O coautor Emmanuël Jehin explica que, até então, a existência de "mundos vermelhos" orbitando essas estrelas supergeladas era puramente teórica.
"Isso realmente é uma mudança de paradigma em relação à população do planeta e os caminhos para acharmos vida no Universo", afirma. "Temos não só um adorável planeta em torno de uma estrela vermelha mas um sistema completo, com três planetas!"
Buscando pista sobre habitabilidade (na luz)
Os astrônomos tentarão buscar sinais de vida ao estudar o efeito que a atmosfera do planeta (quando este fica entre a estrela anã e a Terra) tem sobre a luz que chega à Terra. Esse efeito costuma ser imperceptível em planetas do tamanho da Terra que orbitam estrelas maiores, por causa do brilho destas. Mas, como esta estrela é fraca e fria, o efeito pode ser detectado.
Mas apesar de orbitarem muito próximo à estrela, os dois planetas mais internos do sistema recebem bem menos radiação do que a Terra recebe do Sol - já que a estrela emite menos luz que o Sol. Com isso, ele ficam fora da chamada "zona de habitabilidade" do sistema. Os astrônomos acreditam, porém, na possibilidade de algumas partes deles serem habitáveis.
Já o terceiro planeta, mais externo, pode se encontrar na zona de habitabilidade - sua órbita ainda não é suficientemente conhecida para garantir isso. Mesmo assim, é provável que receba menos luz que a Terra.
"Graças a vários supertelescópios atualmente em construção, logo poderemos estudar a composição atmosférica desses planetas e ver primeiro se possuem água e depois se apresentam traços de atividade biológica", diz Julien de Wit, do Massachusetts Institute of Technology (MIT) nos EUA, um dos coautores do trabalho. "Trata-se de um enorme passo na procura de vida no Universo."

Ilustração da vista imaginada próximo à superfície de um dos três planetas que orbitam uma estrela anã. (Foto: ESO/M. Kornmesser)
Ilustração da vista imaginada próximo à superfície de um dos três planetas que orbitam uma estrela anã. (Foto: ESO/M. Kornmesser)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/05/astronomos-descobrem-planetas-potencialmente-habitaveis-em-orbita-de-estrela-ana-fria.html

quarta-feira, 27 de abril de 2016

SpaceX diz que pretende mandar missão a Marte já em 2018

Empresa de Elon Musk planeja enviar nave não-tripulada ao planeta vizinho.

Ilustração de cápsula da SpaceX em Marte (Foto: Reprodução/Twitter/SpaceX)
Ilustração de cápsula da SpaceX em Marte (Foto: Reprodução/Twitter/SpaceX)

A empresa americana SpaceX, do bilionário Elon Musk, anunciou nesta quarta-fera (27) em sua conta no Twitter que planeja mandar uma versão atualizada de sua cápsula Dragon para Marte já em 2018. A agência espacial Nasa vai oferecer apoio técnico para a missão não-tripulada. Musk há muito defende a colonização de Marte e já falava de mandar uma nave para o vizinho da Terra. Esta é a primeira vez, no entanto, que se fala em data para que isso aconteça.
A cápsula Dragon provavelmente será enviada a Marte com um foguete Falcon 9 da SpaceX, numa missão batizada de Red Dragon. "A Dragon 2 é desenhada para pousar em qualquer lugar do Sistema Solar", twittou Elon Musk. "Não recomendaria transportar astronautas para além a região da Terra e da Lua. Não seria legal para jornadas mais longas. Volume interno é aproximadamente o de um SUV".
Maiores detalhes sobre a missão a Marte não foram divulgados.
 

Nasa divulga nova imagem de cratera luminosa do planeta-anão Ceres

Pontos luminosos descobertos no ano passado intrigaram cientistas.
Pesquisa revelou que pontos de luz eram formados por um tipo de sal.


 Cratera Haulani, do planeta-anão Ceres, compõe um dos pontos luminosos que intrigaram cientistas no ano passado; imagem detalhada de cratera foi civulgada nesta terça-feira (19)  (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)
Cratera Haulani, do planeta-anão Ceres, compõe um dos pontos luminosos que intrigaram cientistas no ano passado; imagem detalhada de cratera foi civulgada nesta terça-feira (19) (Foto: NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)

A Nasa divulgou, nesta terça-feira (19), uma imagem inédita de uma das crateras que compõe os misteriosos pontos brilhantes vistos na superfície do planeta-anão Ceres. As imagens, feitas pela câmera da sonda Dawn, da agência espacial americana, revelaram detalhes da cratéria Haulani, que tem 34 km de diâmetro.
"A cratera Haulani apresenta perfeitamente as propriedades que esperaríamos de um impacto recente na superfície de Ceres. O chão da cratera é livre de impactos, e contrasta nas cores com as outras partes da superfície", disse o pesquisador Martin Hoffmann, do Instituto Max Planck para Pesquisa do Sistema Solar em Göttingen, na Alemanha, que faz parte da equipe da sonda Dawn.
Pontos de luz misteriosos
A presença dos pontos luminosos no planeta-anão Ceres intrigou cientistas desde que a sonda Dawn começou a se aproximar do corpo celeste e a fazer imagens de sua superfície em março de 2015. Em dezembro, um estudo publicado na revista "Nature" finalmente revelou o que estava por trás das luzes misteriosas.

 Imagem de 19 de fevereiro mostra o planeta anão Ceres feita pela sonda Dawn a uma distância de 46 mil km; pontos brilhantes intrigaram pesquisadores (Foto: AP Photo/NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)
Imagem de 19 de fevereiro de 2015 mostra o planeta-anão Ceres; pontos brilhantes intrigaram pesquisadores (Foto: AP Photo/NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)

Segundo a Nasa, Ceres tem mais de 130 pontos luminosos. Análises das imagens revelaram que essas regiões são compostas muito provavelmente por um tipo de sal: sulfato de magnésio. Os pesquisadores acreditam que essas áreas ricas em sal foram formadas quando, no passado, impactos de asteroides revelaram uma mistura de gelo e sal que estava em uma camada inferior do solo. A sublimação desse gelo deixou apenas o sulfato de magnésio no local.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/04/nasa-divulga-nova-imagem-de-cratera-luminosa-do-planeta-anao-ceres.html

sábado, 9 de abril de 2016

Telescópio espacial capta imagem detalhada de 'Retângulo Vermelho'

Hubble fez a foto de mais alta resolução já tirada de nebulosa. Trata-se de um sistema binário a 2.300 anos-luz.

Uma imagem bastante detalhada da nebulosa HD 44179 foi divulgada nesta sexta-feira (8) pela Nasa da formação conhecida como Retângulo Vermelho. Trata-se de um sistema binário, com duas estrelas no centro, que está numa fase em que expulsa grandes quantidades de gás e outros materiais. Vista da Terra, a nebulosa ficou conhecida como Retângulo Vermelho porque observada da Terra, ela tinha esse formato geométrico. No entanto, observado pelo Hubble, que está no espaço, é possível ver que ela mais se assemelha a um "X" luminoso. Trata-se da imagem de mais alta resolução já produzida desta formação. O Retângulo Vermelho fica a 2.300 anos-luz, na Constelação de Unicórnio.

Nebulosa do Retângulo Vermelho (Foto: ESA/Nasa/Hubble)
Nebulosa do Retângulo Vermelho (Foto: ESA/Nasa/Hubble)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/telescopio-espacial-capta-imagem-detalhada-de-retangulo-vermelho.ghtml

Nasa testará habitat inflável que poderia ser usado em Marte

Habitat humano inflável será testado na Estação Espacial Internacional. Beam é feito com camadas de tecido e coberto com um material flexível.

Um habitat humano inflável deve seguir para a Estação Espacial Internacional nesta sexta-feira (8) para um teste de dois anos que irá verificar como os módulos leves de tecido se comparam às habitações orbitais tradicionais feitas de metal, informou a Agência Espacial dos Estados Unidos (Nasa).

Habitat humano inflável será testado na Estação Espacial Internacional (Foto: Bill Ingalls/NASA/AP)
Habitat humano inflável será testado na Estação Espacial Internacional (Foto: Bill Ingalls/NASA/AP)

O protótipo do habitat, fabricado pela empresa Bigelow Aerospace, sediada no Estado norte-americano de Nevada, foi colocado dentro de uma cápsula que deve decolar a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9 da Estação da Força Aérea em Cabo Canaveral, na Flórida.
O voo marca a quarta missão da empresa privada Space Exploration Technologies, do empreendedor de tecnologia Elon Musk, desde que a falha de um foguete em julho do ano passado causou a destruição de um módulo de carga a bordo de uma missão de reabastecimento que rumava para a Estação Espacial.
A nova missão também representará uma nova tentativa da empresa sediada na Califórnia de fazer com que o foguete auxiliar do estágio principal do veículo de lançamento retorne intacto para uma plataforma de pouso no oceano, onde pode ser recuperado para voos futuros.
Quatro tentativas anteriores fracassaram, embora um Falcon 9 tenha feito um pouso bem-sucedido no solo em dezembro, um marco fundamental nos esforços da SpaceX para desenvolver um foguete barato e reutilizável.
Cerca de uma semana depois de o veículo de entrega, ou Dragon, chegar à Estação Espacial, controladores de terra usarão um braço robótico para retirar o Módulo Expansível de Atividade Bigelow, de 1.400 quilos, do compartimento de carga da cápsula e atá-lo a um porto de atracação.
Aproximadamente um mês depois, astronautas a bordo do laboratório orbital localizado 400 quilômetros acima da terra irão inflar o Beam com ar pressurizado, aumentando seu volume até que ele atinja o tamanho aproximado de um pequeno quarto de dormir.
O período de teste do Beam, feito com camadas de tecido e coberto com um material flexível que lembra o Kevlar, tem como objetivo determinar quão bem ele suporta as variações de temperatura e o ambiente de alta radiação do espaço.
A Nasa tem interesse em habitats infláveis que sirvam como módulos habitáveis para tripulações durante as viagens de três anos de ida e volta para Marte.
 

Cientistas encontram buraco negro gigante em galáxia inesperada

Formação foi encontrada num grupo médio de galáxias.
Para pesquisadores, pode haver muito mais buracos desse tipo.


Simulação de computador mostra o buraco negro no centro da galáxia NGC 1600 (Foto: NASA,/ESA/ D. Coe, J. Anderson e R. van der Mare/Divulgação)
Simulação de computador mostra o buraco negro no centro da galáxia NGC 1600 (Foto: NASA,/ESA/ D. Coe, J. Anderson e R. van der Mare/Divulgação)

Astrônomos descobriram um buraco negro supermassivo -- com massa equivalente a 17 bilhões de vezes a do nosso Sol -- em um lugar improvável: o centro de uma galáxia que se encontra em um "bairro tranquilo" do Universo. Como informa, em nota, a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), a descoberta pode indicar que "monstros" como este podem ser mais comuns no Universo do que se pensava.
Até agora, os maiores buracos negros supermassivos - aqueles com mais de 10 bilhões de vezes a massa do nosso Sol - só tinham sido encontrados nos núcleos de galáxias muito grandes nos centros de aglomerados de galáxias maciças. Agora, usando o telescópio espacial Hubble, a esuipe internacional de astrônomos descobriu um buraco negro no centro da galáxia NGC 1600, considerada bastante isolada.
Os buracos negros são regiões do espaço com uma concentração de massa tão elevada que seu campo gravitacional não permite que nada escape, nem mesmo a luz, o que dificulta medições diretas de suas propriedades.
A NGC 1600 é uma galáxia elíptica que não se localiza em um aglomerado de galáxias, mas em um grupo menor de cerca de vinte galáxias. O grupo está localizado a 200 milhões de anos-luz de distância, na constelação Erídano. Encontrar um buraco negro supermassivo gigantesco numa galáxia maciça dentro de um aglomerado de galáxias é de se esperar, mas encontrá-lo num grupo médio de galáxias como a NGC 1600 é muito mais surpreendente.
Surpreendidos
"Ainda que já tivéssemos indicações de que a galáxia poderia hospedar um objeto extremo em seu centro, fomos surpreendidos pelo fato de que o buraco negro na NGC 1600 é dez vezes mais massivo do que o previsto pela massa da galáxia," explica o autor principal do estudo, Jens Thomas, do Instituto Max Planck de Física Extraterrestre, na Alemanha.
Encontrar esse buraco negro extremamente maciço em NGC 1600 leva os astrônomos a se perguntarem se esses objetos são mais comuns do que se pensava. "Há um tanto de galáxias do tamanho da NGC 1600 que residem em grupos de galáxias de tamanho médio", explica o co-autor Chung-Pei Ma, Universidade da Califórnia em Berkeley. "Estimamos que esses grupos menores são cerca de cinquenta vezes mais abundante do que os aglomerados de galáxias grandes e densas. Portanto, a questão agora é: temos a ponta de um iceberg? Talvez existam muito mais buracos negros monstros lá fora".

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/04/cientistas-encontram-buraco-negro-gigante-em-galaxia-inesperada.html

Cientistas escavam cratera formada por asteroide que ‘dizimou dinossauros’

Perfuração busca pistas sobre fenômeno que extingiu maior parte da vida no planeta, mas pode ter propiciado o surgimento de novas espécies.

Simulação mostra impacto de meteoro responsável pela extinção da vida na Terra há 66 milhões de anos (Foto: Divulgação)
Simulação mostra impacto de meteoro responsável pela extinção da vida na Terra há 66 milhões de anos (Foto: Divulgação)

Uma expedição deu a largada para explorar uma cratera no Golfo do México que traz pistas sobre o fenômeno que dizimou os dinossauros.
Com 100 km de comprimento e 30 km de largura, a cratera de Chicxulub se formou há 66 milhões de anos, pela ação de um asteroide.
Hoje, as principais partes dessa enorme cicatriz na superfície da Terra estão enterradas no fundo do mar, sob uma camada de 600 metros de sedimentos oceânicos.
Os cientistas acreditam que acessar as rochas por meio de perfurações pode revelar mais informações sobre a escala do impacto e a catástrofe ambiental que se seguiu.
O alvo preferencial do estudo são os chamados "anéis de pico", formações típicas de grandes crateras de impacto, criadas pela elevação do solo após as colisões.

No modelo que exacerba as anomalias da gravidade no Goilfo do México, a seta branca indica a área da cratera de Chicxulub (Foto: D Sandwell Scripps)
No modelo que exacerba as anomalias da gravidade no Goilfo do México, a seta branca indica a área da cratera de Chicxulub (Foto: D Sandwell Scripps)

No modelo que exacerba as anomalias da gravidade no Goilfo do México, a seta branca indica a área da cratera de Chicxulub
A Chicxulub é a única estrutura com anéis de pico intactos no planeta. As outras estão localizadas em outros planetas ou se erodiram.
Sondagens da área abaixo do leito do oceano mostram que o anel lembra uma cadeia de montanhas em forma de arco.
Em busca de pistas
"Queremos saber a origem das rochas que formaram esse anel de pico", diz Joanna Morgan, do Imperial College de Londres, uma das coordenadoras do estudo.
"Saber isso ajudará a entender como grandes crateras são formadas, e como é importante poder estimar o total de energia no impacto, e o volume total de rochas que foi escavado e lançado na estratosfera para causar o dano ambiental."
O cataclisma registrado ao final do período Cretáceo dizimou muitas espécies, não apenas os dinossauros. Todo o material lançado na atmosferta teria escurecido o ceú e congelado o planeta por meses.
O círculo externo (linha em branco na imagem) da cratera fica sob a península de Yucatán, mas o anel de pico interno (ponto vermelho) pode ser acessado pelo mar
Mas mesmo tendo acabado com boa parte da vida no planeta, o episódio abriu oportunidades para as espécies que sobreviveram. Os pesquisadores querem saber se a região do impacto se tornou uma espécie de berço de vida.
Como o asteroide atingiu uma área que era um mar raso, é provável que a cratera criada tenha rapidamente se enchido de água.
Essa água pode ter se inflitrado pelas rochas quentes e fraturadas, liberando compostos químicos que poderiam ter sustentado microorganismos. Condições semelhantes são observadas hoje ao longo da fossa que atravessa o centro do oceano Atlântico.
"Então é possível que encontremos alguma forma exótica de vida nas rochas que iremos perfurar", afirma Morgan. "É algo muito interessante para o estudo da Chicxulub, mas também dos primórdios da terra e até de Marte. Em tempos remotos, a Terra pode ter tido muitos mais impactos dessa escala. E pensamos que a vida pode muito bem ter se originado nessas crateras de impacto."
Perfurações
A equipe está usando um "bote salva-vidas" chamado Myrtle como plataforma de perfuração.
Embora o equipamento comporte laboratórios para realizar análises iniciais, o estudo principal deverá ser feito após envio de amostras para um centro de pesquisa na Alemanha.
O equipamento irá se posicionar perto da costa na península de Yucatán, apoiando-se em seus três eixos para formar um ponto estável.
Para atingir as rochas do anel de pico, a sonda precisará atravessar espessas camadas de sedimentos de calcário no leito do Golfo do México.
"Há menos interesse nos primeiros 650 metros antes da fronteira K-Pg (sigla em inglês para Cretáceo-Paleoceno), que são carbonatos", afirma Dave Smith, do órgão britânico de pesquisa geológica.
"Abriremos o buraco até 500 metros, para depois preparar um tubo e iniciar a retirada. E vamos perfurar até a meta de profundidade, que é 1.500 metros."
Algumas das primeiras amostras retiradas na região sugerem que a vida voltou rapidamente à região do impacto. Organismos marinhos teriam se restabelecido nesse área estéril ao longo de milhares de anos.
Tubulações profundas poderão fazer contato com os depósitos de sedimentos gerados pelo tsunami que veio com o impacto do asteroide.
As rochas do anel de pico estão a uma profundidade mínima de 800 metros.
Metas
O time de pesquisadores fixou um prazo de dois meses para concluir os trabalhos.
"Desenvolvemos uma estratégia de perfuração que nos dá múltiplas chances de chegar a 1.500 metros, mas podemos fixar presos em qualquer fase, por diferentes motivos", afirma Smith, que coordena as operações na empreitada.
"Estamos a 30 km da costa, que nos permite reabastecer com facilidade. Também agendamos o projeto para ocorrer antes da temporada de furacões na região. Então estamos começando agora e esperamos terminar antes de junho."
A equipe conta com pesquisadores dos Estados Unidos, México, Japão, Austrália, Canadá e China, além do Reino Unido e outros cinco países europeus.
O projeto é conduzido pelo Consórcio Europeu para Pesquisa em Perfuração Oceânica (Ecord, na sigla em inglês).

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/04/cientistas-escavam-cratera-formada-por-asteroide-que-dizimou-dinossauros.html

segunda-feira, 4 de abril de 2016

Em fotos, uma cachoeira iluminada por aurora boreal e outras maravilhas da astronomia

Concurso vai premiar as melhores imagens; rastros de estrelas e superlua com eclipse estão entre concorrentes.

O fotógrafo Javier Martinez Moran enviou este registro dos arcos da Via Láctea sobre o parque Caldera de Taburiente em La Palma, Espanha (Foto: Javier Martinez Moran/Observatório Real de Greewich)
O fotógrafo Javier Martinez Moran enviou este registro dos arcos da Via Láctea sobre o parque Caldera de Taburiente em La Palma, Espanha (Foto: Javier Martinez Moran/Observatório Real de Greewich)

O impressionante registro de uma cachoeira brilhando com a luz da aurora boreal na Islândia está entre as inscritas em um concurso que vai escolher as melhores fotos de astronomia.
Fotos da superlua, eclipses e do rastro das estrelas também estão inscritas no prêmio Insight Astronomy Photographer de 2016, feito pelo Observatório Real de Greenwich, na Grã-Bretanha, e parceiros.
Fotógrafos podem se inscrever nas próximas duas semanas pela internet em www.rmg.co.uk/astrophoto.

A Estrela do Norte, Polaris, aparece alinhada com o Mount Hood, no Oregon (EUA), e o lago Trillium. O fotógrafo usou exposição de 20 minutos para criar rastros de estrelas mapeando a rotação da Terra (Foto: Garrett Suhrie/Observatório Real de Greewich)
A Estrela do Norte, Polaris, aparece alinhada com o Mount Hood, no Oregon (EUA), e o lago Trillium. O fotógrafo usou exposição de 20 minutos para criar rastros de estrelas mapeando a rotação da Terra (Foto: Garrett Suhrie/Observatório Real de Greewich)

 Apesar de ter sido tirada durante um eclipse lunar de 2015, a foto de Albert Dros não registra a Lua, mas sim o céu escuro sob o Monument Valley, nos EUA (Foto: Albert Dros/Observatório Real de Greewich)
Apesar de ter sido tirada durante um eclipse lunar de 2015, a foto de Albert Dros não registra a Lua, mas sim o céu escuro sob o Monument Valley, nos EUA (Foto: Albert Dros/Observatório Real de Greewich)

Uma noite clara criou o ambiente para esta foto da aurora boreal sobre a gigantesca cachoeira de Seljalandsfoss, na Islândia (Foto: Paul Andrew/Observatório Real de Greewich)
Uma noite clara criou o ambiente para esta foto da aurora boreal sobre a gigantesca cachoeira de Seljalandsfoss, na Islândia (Foto: Paul Andrew/Observatório Real de Greewich)

A aurora também aparece sobre o Lago Äkäslompolo, na Finlândia, neste registro de Marcus Kiili (Foto: Marcus Kiili/Observatório Real de Greewich)
A aurora também aparece sobre o Lago Äkäslompolo, na Finlândia, neste registro de Marcus Kiili (Foto: Marcus Kiili/Observatório Real de Greewich)

A imagem da Nebulosa Cabeça de Cavalo foi enviada por José Jiménez Priego de La Jonquera, Espanha (Foto: José Jiménez Priego/Observatório Real de Greewich)
A imagem da Nebulosa Cabeça de Cavalo foi enviada por José Jiménez Priego de La Jonquera, Espanha (Foto: José Jiménez Priego/Observatório Real de Greewich)

A fotografia da Via Láctea foi feita da montanha mais alta do Havaí, Mauna Kea (4.208 m), mostrando campos de lava da Ilha Grande. (Foto: Gianni Krattli/Observatório Real de Greewich)
A fotografia da Via Láctea foi feita da montanha mais alta do Havaí, Mauna Kea (4.208 m), mostrando campos de lava da Ilha Grande. (Foto: Gianni Krattli/Observatório Real de Greewich)

Supermoon Eclipse 2015 de Peter Folkesson Em 28 de setembro de 2015, uma superlua coincidiu com um eclipse lunar, fenômeno registrado nesta fotografia da lua avermelhada em Boras, na Suécia (Foto: Peter Folkesson/Observatório Real de Greewich)
Em 28 de setembro de 2015, uma superlua coincidiu com um eclipse lunar, fenômeno registrado nesta fotografia da lua avermelhada em Boras, na Suécia (Foto: Peter Folkesson/Observatório Real de Greewich)

Aurora over Laksvatn Fjord de Matt Walford A aurora boreal sobre a Laksvatn Fjord, Noruega, em foto de de Matt Walford (Foto: BBC/Observatório Real de Greewich)
A aurora boreal sobre a Laksvatn Fjord, Noruega, em foto de de Matt Walford (Foto: BBC/Observatório Real de Greewich)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/04/em-fotos-uma-cachoeira-iluminada-por-aurora-boreal-e-outras-maravilhas-da-astronomia.html