terça-feira, 9 de agosto de 2016

Projeto da Nasa decifra 'mensagem em código morse' na superfície de Marte

Cientista decifrou 'texto' formado por pontos e linhas em dunas; saiba como a Nasa explica formação da 'missiva' marciana.

Não é a primeira vez que região é observada, mas imagens mostram mais detalhes em alta resolução. (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)
Não é a primeira vez que região é observada, mas imagens mostram mais detalhes em alta resolução. (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)

"NEE NED... DEIBEDH SIEFI EBEEE"
Não entendeu nada? É que a frase está em marciano, ou algo parecido: é uma parte do código morse formado por pontos e linhas de dunas perto do Polo Norte marciano.
Não é a primeira vez que os cientistas detectam esse padrão nas areias de Marte, mas novas imagens feitas em 6 de fevereiro, mostram com mais clareza e detalhe a topografia única da região.
Com isso, a cientista da Universidade do Arizona Veronica Brayn conseguiu "traduzir" a "mensagem" - mas muitos se decepcionaram porque, se estão tentando falar conosco, os marcianos precisam se esforçar mais: eles não estão usando nenhuma língua falada na Terra.
Na verdade, ainda que tenham causado alvoroço entre algumas pessoas que acreditam em OVNIs e teóricos da conspiração, os pontos e a linhas se formaram de maneira natural, a exemplo do que ocorre com as dunas de desertos aqui na Terra. Eles foram moldados pela direção do vento.
Complexidade eólica
Em um comunicado para a imprensa, a Nasa explicou que o acentuado padrão das dunas se devem ao fato da topografia particular o local: uma depressão circular, provavelmente formada pelo impacto de um asteroide, e que tem uma quantidade limitada de areia para ser arrastada pelo vento.
O resultado são as distintas linhas e pontos captados pela câmera do Experimento Científico de Imagens de Alta Resolução (HiRISE, na sigla em inglês), que está a bordo da nave Mars Reconnaissance Orbiter, que fotografa o Planeta Vermelho desde a última década.

Imagem detalhada dos pontos e linhas perto do polo norte marciano (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)
Imagem detalhada dos pontos e linhas perto do polo norte marciano (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)

As linhas largas são formadas por ventos bidirecionais, ventos que sopram em ângulos diretos contra a duna.
Com o tempo, o vento que sopra de uma ou outra direção espalha o material como um funil em forma de largas e escuras linhas que podem ser vistas nas imagens detalhadas.
Já os pontos, conhecidos como dunas "barcanoides", são um poucos mais misteriosos.
Os geofísicos acreditam que eles se formam quando a produção de dunas lineares é subitamente interrompida.
Mas os cientistas da Nasa não estão muito seguros do que se trata, e é precisamente por isso que estão fotografando a região.
Mais análises
Com mais observação, os geofísicos esperam poder saber mais sobre como se formam as dunas da superfície de Marte e o que isso pode nos revelar sobre a possibilidade de, um dia, habitarmos o planeta.

A nave Mars Reconnaissance Orbiter fotografa a superfície do planeta durante uma década.  (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)
A nave Mars Reconnaissance Orbiter fotografa a superfície do planeta durante uma década. (Foto: NASA/JPL-Caltech/University of Arizona)

Enquanto isso, a cientista Veronica Bray, que integra o projeto HiRISE, traduziu a mensagem em código Morse e isso é o que dizem as misteriosas areias de Marte:
NEE NED ZB 6TNN DEIBEDH SIEFI EBEEE SSIEI ESEE SEEE !!
Antes de pegar o dicionário interestelar, saiba que a mensagem não é nada mais que um momento de diversão entre geofísicos que levam seus estudos muito a sério.
Mas a séria interpretação científica das areias de Marte poderá ajudar a entender melhor o que poderia ser viver em uma futura base neste planeta.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/projeto-da-nasa-decifra-mensagem-em-codigo-morse-na-superficie-de-marte.html

Cientistas recriam crescimento dos primeiros buracos negros do espaço

Eles contaram com a ajuda de simulações de computador.
Processo de análise durou cerca de cinco meses.


Ilustração mostra o buraco negro supermaciço dentro de galáxia anã  (Foto: Nasa/ESA/AFP)
Ilustração mostra o buraco negro supermaciço dentro de galáxia (Foto: Nasa/ESA/AFP)

Dois cientistas chilenos recriaram, com a ajuda de simulações de computador, o crescimento de alguns dos primeiros buracos negros do universo, desde bilhões de anos atrás até hoje.
Com isso, conseguiram esclarecer como os primeiros buracos negros supermaciços - "aqueles que se desenvolveram durante o primeiro bilhão de anos do cosmo" - puderam crescer tão rápido, afirmou Joaquín Prieto, pesquisador do departamento de Astronomia da Universidade do Chile, em um comunicado divulgado nesta quarta-feira (3).
"O transporte de massa no centro das galáxias permitia o crescimento dos buracos negros, que se convertiam em buracos negros supermaciços que hoje são observados como quasares" (objetos astronômicos muito luminosos e distantes), acrescentou.
Prieto e seu colega Andrés Escala, professor na mesma universidade, concluíram que o gás que existe no espaço pode se mover a partir da borda das galáxias até o seu centro devido aos efeitos da gravidade, e principalmente às turbulências que o dominam, tudo isso produzido pelo crescimento dos buracos negros.
Os pesquisadores chegaram a estes resultados depois de realizar três simulações de computador durante dois meses utilizando 240 processadores do supercomputador Leftraru, o mais poderoso no Chile atualmente.
"O processo de análise durou cerca de cinco meses, somando um total de aproximadamente sete meses de trabalho", detalhou Prieto.
Os especialistas planejam continuar realizando simulações a fim de incluir outros processos astrofísicos para tratar de entender o que pode ter ocorrido durante a formação das primeiras galáxias para dar origem aos buracos negros supermaciços que são observados hoje.
O trabalho foi publicado na "Monthly Notice of Royal Astronomical Society", uma das revistas de referência mundial de astronomia e astrofísica.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/cientistas-recriam-crescimento-dos-primeiros-buracos-negros-do-espaco.html

Startup é primeira empresa privada a ser autorizada a mandar sonda à lua

Governo dos Estados Unidos liberou envio em 2017.
É primeira vez que companhia privada fará missão deste tipo.


O astronauta Edwin "Buzz" Aldrin na Lua, com Neil Armstrong refletido em seu visor. Os dois, além de Michael Collins, foram os primeiros homens a pousar na Lua, em 1969 (Foto: Divulgação/Nasa)
O astronauta Edwin "Buzz" Aldrin na Lua, com Neil Armstrong refletido em seu visor. Os dois, além de Michael Collins, foram os primeiros homens a pousar na Lua, em 1969 (Foto: Divulgação/Nasa)

A startup americana Moon Express anunciou nesta quarta-feira (3) que foi autorizada pelo governo dos Estados Unidos a enviar uma sonda espacial para a lua em 2017.
Trata-se da primeira vez que uma empresa privada poderá realizar este tipo de missão. Até hoje, apenas os governos dos Estados Unidos, da China e o da ex-União Soviética enviaram naves espaciais para a lua.
"Agora nós estamos livres para partir como exploradores para o oitavo continente da Terra, a lua, buscando novos conhecimentos e recursos para expandir a esfera econômica da Terra, para o benefício de toda a humanidade", disse Bob Richards, cofundador e presidente-executivo da Moon Express, empresa fundada em 2010 e sediada em Cabo Cañaveral, na Flórida.
A Administração Federal de Aviação dos Estados Unidos anunciou a aprovação na quarta-feira, após realizar consultas com a Casa Branca, o Departamento de Estado e a Nasa, a agência espacial americana.
A Moon Express ainda está trabalhando na fabricação da sua sonda lunar, batizada MX-1, que deverá decolar no final de de 2017, impulsada por um foguete produzido pela Rocket Lab, outra startup, que ainda não lançou nenhuma missão comercial.
"O céu não é o limite para a Moon Express, é a plataforma de lançamento", acrescentou Naveen Jain, cofundador da empresa. Ele também disse que considera a aprovação do governo americano como outro "grande passo para a humanidade", usando as palavras pronunciadas pelo astronauta Neil Armstrong ao dar seus primeiros passos na lua.
O objetivo da empresa é desenvolver uma nave espacial de baixo custo e explorar os recursos do único satélite natural da Terra, disse Jain.
"Em um futuro próximo, nos vemos trazendo valiosos recursos, metais e rochas lunares para a Terra", completou.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/startup-e-primeira-empresa-privada-ser-autorizada-mandar-sonda-lua.html

Bennu, o 'asteroide da morte' que a Nasa quer estudar

Equipe de cientistas vai lançar sonda para estudar o solo de Bennu, que pode causar impactos no planeta Terra.

A Nasa vai lançar em setembro uma sonda para estudar o asteroide Bennu (Foto: BBC/Nasa)
A Nasa vai lançar em setembro uma sonda para estudar o asteroide Bennu (Foto: BBC/Nasa)

Os cientistas o conhecem desde 1999 e temem que um dia ele possa se chocar contra a Terra.
Trata-se do asteroide Bennu, que a agência espacial dos Estados Unidos (Nasa) está disposta a estudar.
A agência vai lançar em setembro a sonda Osiris-Rex para coletar amostras da superfície do asteroide, explicou Dante Lauretta, professor da Universidade de Tucson, no Arizona e principal investigador da missão.
A Osiris-Rex irá procurar elementos orgânicos que podem ser de grande valor para a comunidade científica e para entendermos a composição e o comportamento de Bennu.
O asteroide causa expectativa porque existe uma pequena chance - 1 em 2,5 mil, segundo a Nasa - de que ele colida com o nosso planeta no século 22, por volta do ano 2135, quando sua aproximação com a Terra e a Lua pode alterar sua órbita. Ele foi, inclusive, batizado com o nome de uma ave mitológica egípcia que tem associações com a morte.
Alguns cientistas dizem que o corpo celeste poderia trazer "sofrimento e morte" para a Terra; mas há quem diga também que, mesmo que ele chegue de fato por aqui, não vai destruir o planeta.
A sonda Osiris-Rex talvez nos dê mais pistas sobre a rota do astroide, diz Lauretta.

Sonda enviada para asteroide chegará de volta à Terra em 2023 (Foto: BBC/Nasa)
Sonda enviada para asteroide chegará de volta à Terra em 2023 (Foto: BBC/Nasa)

processo A sonda Osiris-Rex terá de sobreviver dois anos antes de chegar ao asteroide.
Os cientistas envolvidos na sua criação alegam que o aparelho não terá dificuldades em resistir à viagem espacial, por ser o primeiro dispositivo desse tipo construído sem partes móveis - o que reduz o risco de alguma peça ser deteriorada durante a viagem da missão.

 Sonda enviada a asteroide vai estudar superfície de 'asteroide morte' (Foto: BBC/Nasa)
Sonda enviada a asteroide vai estudar superfície de 'asteroide morte' (Foto: BBC/Nasa)

"Nós a projetamos para ser robusta e capaz de durar um longo tempo no espaço", explicou a Nasa.
Com a análise do espectro infravermelho, poderemos detectar aspectos únicos dos minerais e outros materiais encontrados no asteroide. Isso permitirá que os cientistas identifiquem a origem de materiais orgânicos, carbonatos e silicatos, e níveis de água absorvida na superfície de Bennu.
Um monstro em movimento
Bennu viaja em torno do Sol a uma velocidade de 101.389 km/h e pode ser visto a cada seis anos a partir da Terra.
Uma das finalidades mais importantes da missão da Nasa é determinar como a órbita de Bennu pode ser afetada pelo aquecimento ou esfriamento de sua superfície pela luz solar durante o dia.
O asteroide é aquecido pela luz solar, aumenta a sua temperatura e emite radiação térmica em diferentes sentidos durante seu movimento de rotação. Esse fenômeno é conhecido como Efeito de Yarkovsky, que com o tempo altera sua órbita.
Essa emissão térmica dá a Bennu um impulso pequeno porém constante, explica a Nasa - e isso muda a sua órbita ao longo do tempo. Segundo a agência espacial, estudar o asteroide ajudará os cientistas a compreender melhor não apenas o Efeito de Yarkovsky, mas também a melhorar as previsões relacionadas às órbitas de outros asteroides.

Cientistas da Nasa desenvolvem sonda que será enviada para asteroide (Foto: BBC/Nasa)
Cientistas da Nasa desenvolvem sonda que será enviada para asteroide (Foto: BBC/Nasa)

Outros objetivos
O outro grande objetivo da missão é conseguir estudar, através de amostras coletadas, a origem do nosso Sistema Solar e da vida. Isso porque acredita-se que essas amostras sejam ricas em material carbônico e orgânico.
"Queremos ver o que Bennu testemunhou ao longo de sua evolução", disse um cientista da Nasa em 2014, quando o estudo do asteroide já estava em curso na agência.
A sonda da Nasa vai chegar ao asteroide em 2018 e voltará com uma amostra da superfície de Bennu em 2023.
"Sempre vamos encontrar desafios que desconhecemos, mas depois desta missão podemos começar a planejar com antecedência para futuros riscos", disse Amy Simon, diretora-assistente técnica da Ovirs.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/08/bennu-o-asteroide-da-morte-que-a-nasa-quer-estudar.html

Nasa anuncia descoberta de 104 exoplanetas por telescópio espacial

Novos exoplanetas incluem quatro que podem ter superfícies rochosas.
'Diversidade de planetas é assombrosa', diz astrônomo.


 Concepção artística do telescópio espacial Kepler e dos quatro planetas com tamanhos parecidos com a Terra descobertos em missão  (Foto: K2 Nasa/JPL)
Concepção artística do telescópio espacial Kepler e dos quatro planetas com tamanhos parecidos com a Terra descobertos em missão (Foto: K2 Nasa/JPL)

Uma equipe internacional de pesquisadores anunciou a descoberta de 104 novos planetas fora de nosso Sistema Solar, incluindo quatro que podem ter superfícies rochosas como a Terra.
Os cientistas descobrriam os exoplanetas usando o telescópio espacial Kepler, assim como observações feitas a partir de telescópios terrestres.
A missão Kepler, de US$ 600 milhões, permitiu que os cientistas descobrissem mais de 4,6 mil planetas - 2.326 confirmados - desde que foi lançada em 2009.
"A diversidade de planetas é assombrosa", disse nesta segunda-feira Evan Sinukoff, astrônomo da Universidade do Havaí, que contribuiu para a pesquisa.
O último achado inclui 21 exoplanetas situados na zona habitável ao redor de suas estrelas: uma distância que permite a existência de água líquida, o que permitiria o desenvolvimento de vida.
Planetas rochosos
Os quatro planetas potencialmente rochosos - que são entre 20% e 50% maiores do que a Terra - orbitam próximos da mesma estrela em um sistema planetário a cerca de 400 anos-luz da Terra. Um ano-luz equivale a cerca de 10 trilhões de quilômetros.
Apesar de os planetas orbitarem sua estrela a uma distância ainda menor do que a que mercúrio orbita nosso Sol, a superfície dos planetas podem ter temperaturas parecidas com a da Terra porque sua estrela é mais fria do que o Sol, segundo os astrônomos.
A missão Kepler têm observado 150 mil estrelas na constelação Cygnus em busca de sinais de planetas orbitando ao redor desses astros, em especial aqueles que podem ter condições de desenvolvimento de vida.
A identificação desses planetas ocorre pela observação da diminuição da luz de uma estrela a cada vez que um planeta passa em frente do astro durante sua órbita.
O telescópio espacial Kepler está atualmente em uma missão chamada K2, para estudar supernovas, aglomerados estelares e galáxias distantes.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/nasa-anuncia-descoberta-de-104-exoplanetas-por-telescopio-espacial.html

Nasa divulga primeira imagem após Juno entrar na órbita de Júpiter

Isso significa que equipamento está funcionando bem.
Imagens em alta resolução ainda devem demorar algumas semanas.


 Imagem feita pela JunoCam mostra Júpiter e três das quatro luas do planeta  (Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS)
Imagem feita pela JunoCam no dia 10 de julho mostra Júpiter e três das quatro luas do planeta (Foto: NASA/JPL-Caltech/SwRI/MSSS)

Ainda deve levar algumas semanas para podermos observar as primeiras imagens em alta resolução do planeta Júpiter feitas pela JunoCam, a câmera a bordo da sonda Juno. Mas a Nasa já divulgou uma imagem enviada pela câmera depois que a sonda entrou na órbita de Júpiter no dia 5 de julho. Isso prova que o equipamento está funcionando e foi bem-sucedido em enviar dados àTerra.
"Esta cena da JunoCam indica que ela sobreviveu sua primeira passagem pelo ambiente de radiação extrema sem nenhum dano e está pronta para fotografar Júpiter", disse Scott Bolton, principal pesquisador do Instituto de Pesquisa do Sudoeste, em San Antonio (EUA). "Não podemos esperar para ver as primeiras imagens dos polos de Júpiter."
A imagem divulgada pela Nasa foi tirada no dia 10 de julho, quando a sonda Juno estava a 4,3 milhões de  km de Júpiter. Na imagem, é possível ver Júpiter e três das quatro luas do planeta.
Sobre a missão
Após 5 anos de viagem, a sonda Juno entrou na órbita de Júpiter, o maior planeta do sistema solar. Com transmissão ao vivo pela internet, a equipe na Nasa comemorou a inserção na magnetosfera à 0h54 do dia 5 de julho.
A sonda se aproximou sobre o pólo-norte do planeta, mostrando uma perspectiva inédita do sistema de Júpiter - incluindo as suas quatro grandes luas. Um laboratório da Nasa localizado em Pasadena, na Califórnia, administrou a missão Juno, chefiado pelo pesquisador Scott Bolton, que também ajudou a levar uma sonda a Saturno.
Esta é a primeira vez que Júpiter será visto abaixo da cobertura densa de nuvens. Por isso o nome Juno, uma homenagem à deusa romana que era esposa de Júpiter.
Lançada em 5 de agosto de 2011, a sonda percorreu 716 milhões de quilômetros - quase 18 mil voltas na Terra - até o planeta.  Se nada der errado, a missão deve ser encerrada em fevereiro de 2018.
Juno tem 3,5 metros de altura e 3,5 metros de diâmetro e é movida a energia solar.
Todo o programa custou US$ 1,13 bilhão. A Juno foi a primeira missão que levou uma nave movida a energia solar comandada a partir da Terra, além de orbitar de pólo a pólo de um planeta. Nenhuma outra sonda chegou, até agora, tão perto da superfície de Júpiter.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/nasa-divulga-primeira-imagem-apos-juno-entrar-na-orbita-de-jupiter.html

Astrônomos descobrem novo planeta anão feito de gelo

Objeto identificado no Cinturão de Kuiper leva cerca de 700 anos para viajar em torno do Sol, e pode revelar detalhes sobre a formação do Sistema Solar.


Imagens do telescópio Canadá-França-Havaí captadas em setembro de 2015 e vistas em fevereiro de 2016 revelaram a existência de um novo planeta anão, na órbita em destaque à direita  (Foto: Divulgação)
Imagens do telescópio Canadá-França-Havaí captadas em setembro de 2015 e vistas em fevereiro de 2016 revelaram a existência de um novo planeta anão, na órbita em destaque à direita (Foto: Divulgação)

Um novo planeta anão foi descoberto nas profundezas geladas do espaço além da órbita de Netuno, afirmaram pesquisadores.
O novo objeto tem cerca de 700 km de diâmetro - apenas 5% da largura da Terra - e uma das órbitas mais longas para um planeta anão: estima-se que leve 700 anos para viajar em torno do Sol.
Batizado com o nome provisório de 2015 RR245, o pequeno mundo foi identificado pelo telescópio Canadá-França-Havaí, dentro do projeto de pesquisa Outer Solar System Origins Survey (Ossos).
"Os mundos gelados além de Netuno podem mostrar como os planetas gigantes se formaram e depois se moveram para longe do Sol. Eles permitem construir a história do nosso Sistema Solar", disse Michele Bannister, da Universidade de Vitória, no Canadá.
"Mas quase todos esses mundos gelados são pequenos e pouco nítidos; é realmente empolgante encontrar um grande e brilhante o suficiente para que possamos estudá-lo em detalhe."
Acredita-se que haja cerca de 200 planetas anões no Cinturão de Kuiper, a enorme massa de pedaços de rocha e gelo que orbitam além de Netuno.
Mas apenas cinco objetos - Ceres, Plutão, Haumea, Makemake e Eris - foram observados o suficiente para serem classificados como planetas anões, e não luas, planetoides ou outros objetos.
Representação da órbita do RR245 (linha amarela), que seria um dos maiores do Cinturão de Kuiper. Objetos tão brilhantes ou mais brilhantes aparecem com seus nomes (Foto: Projeto OSSOS/Divulgação)
Representação da órbita do RR245 (linha amarela), que seria um dos maiores do Cinturão de Kuiper. Objetos tão brilhantes ou mais brilhantes aparecem com seus nomes (Foto: Projeto OSSOS/Divulgação)

Geologia
Mundos que orbitam longe do Sol possuem geologia exótica, com paisagens feitas de diferentes materiais congelados, como a passagem da sonda New Horizons por Plutão revelou recentemente.
Após centenas de anos viajando a mais de 12 bilhões de quilômetros do Sol, o RR 245 está rumando para sua maior aproximação, a 5 milhões de quilômetros, ponto que deverá atingir em 2096. A Terra, por exemplo, está a 150 milhões de quilômetros do Sol.
O RR 245 vem mantendo sua órbita altamente elíptica por ao menos 100 milhões de anos. Como o objeto só foi observado em um dos sete anos que leva para viajar em torno do Sol, sua órbita precisa será refinada ao longo dos próximos anos, quando o planeta anão também receberá um nome definitivo.
Como descobridores do objeto, a equipe internacional de astrônomos do projeto Ossos poderá apresentar o nome de preferência para avaliação da União Astronômica Internacional.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2016/07/astronomos-descobrem-novo-planeta-anao-feito-de-gelo.html