Astrônomos detectaram pela primeira vez 'neve' caindo em torno de um jovem
sistema planetário, registro que promete ajudar no estudo sobre a formação de
corpos celestes. As observações inéditas do ALMA, o radiotelescópio mais potente
do mundo, mostram linhas de neve entre os diferentes grãos congelados ao redor
da TW Hydrae (ponto brilhante, ao centro), uma estrela como o nosso Sol ainda
jovem, que fica a 175 anos-luz de distância da Terra. A água é a primeira
substância a congelar em uma área que corresponde à distância entre as órbitas
de Marte e Júpiter (mancha azul) e, à medida que as temperaturas caem, as
moléculas mais exóticas do sistema transformam-se também em neve, como o dióxido
de carbono, o metano e o monóxido de carbono (faixa verde), que corresponderia à
órbita de Netuno, segundo o Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em
inglês), que opera o ALMA no Chile. A neve ajuda os grãos de pó a ficarem
colados uns aos outros e cria um revestimento pegajoso que é essencial para a
formação de planetas e cometas, explica artigo publicado nesta quinta-feira (18)
na revista "Science". Além disso, o monóxido de carbono congelado é necessário
para a formação de metanol, um dos blocos constituintes das moléculas orgânicas
mais complexas essenciais à vida B. Saxton & A.
Angelich/NRAO/AUI/NSF/ALMA (ESO/NAOJ/NRAO)
Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2013/01/10/imagens-e-noticias-sobre-o-espaco-2013.htm#fotoNav=196
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