Interesse em manter a parceria é mútuo e não há ameaça, segundo Nasa.
Nave russa Soyuz TMA-12M é lançado do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, nesta terça-feira: a bordo, estavam dois astronautas da Nasa e um cosmonauta russo (Foto: AFP Photo/NASA/Joel Kowsky) |
O administrador da Nasa, Charles Bolden, reiterou perante o Congresso dos Estados Unidos sua confiança na colaboração espacial com a Rússia, da qual dependem para transportar astronautas para a Estação Espacial Internacional (ISS), apesar das divergências sobre a situação na Ucrânia.
"Acredito que estão tão interessados quanto nós em manter esta colaboração", disse Bolden em uma audiência perante o Subcomitê para o Espaço e a Ciência da Câmara dos Deputados. "Não estou ciente de qualquer ameaça" a esta cooperação, disse Bolden, ressaltando que a Nasa mantém contato diário com a agência espacial russa Roscosmos.
Bolden, ex-astronauta que participou de missões espaciais com cosmonautas, afirmou que a Rússia também precisa dos Estados Unidos para manter o funcionamento da ISS, já que o controle de voo orbital é feito a partir de Houston, no Texas.
Nesta terça-feira (26), dois astronautas da Nasa partiram rumo à ISS ao lado de um cosmonauta russo na nave russa Soyuz TMA-12M, na Expedição 39, exemplo da cooperação entre os programas espaciais dos dois países.
A Roscosmos cobra da Nasa US$ 70,7 milhões cada lugar na nave espacial Soyuz, o que inclui treinamento. Washington financia com um valor entre US$ 3 e 4 milhões as operações da estação anualmente.
Os dois ex-protagonistas da Guerra Fria têm posições opostas sobre a atual crise na Ucrânia. Após a anexação da Crimeia à Rússia, Washington e a União Europeia têm implementado sanções contra Moscou.
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