segunda-feira, 31 de dezembro de 2012

Observador amador fotografa cinco luas de uma só vez

Um observador amador conseguiu fazer um registro da Lua ao mesmo tempo que clicou Júpiter rodeado por quatro de seus vários satélites naturais (à direita). Antonio Peña, que mora em Madri, na Espanha, precisou fazer uma fotografia de longa exposição para capturar o brilho da nossa Lua sem deixar de ofuscar as que estão na órbita do maior planeta do Sistema Solar


Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2012/12/03/imagens-do-mes-dezembro2012.htm#fotoNav=57

Especiais / Retrospectiva 2012

Em 2012 avançamos no conhecimento sobre Marte, Mercúrio, a Lua, o Sol e planetas fora do sistema solar. Na astronomia brasileira, persistiu o impasse sobre a adesão do país ao Observatório Europeu do Sul.
Ao infinito e aquém
Imagem panorâmica de uma área de Marte chamada de Rocknest feita a partir de um mosaico de fotos tiradas por uma câmera do robô Curiosity entre outubro e novembro. (foto: Nasa/ JPL-Caltech/ MSSS)

Ainda não foi neste ano que descobrimos vida fora da Terra, mas pode-se dizer que alguns passos importantes nesse sentido foram dados em 2012. Avançamos também no conhecimento sobre nossas origens e sobre os limites do universo.
Um dos feitos de maior destaque no campo da astronomia foi o pouso, em agosto, do robô Curiosity na superfície de Marte, onde já teria identificado compostos orgânicos que podem indicar vida primitiva no planeta vermelho.
Um dos feitos de maior destaque no campo da astronomia foi o pouso, em agosto, do robô Curiosity na superfície de Marte
O fato de Marte ter estado, há bilhões de anos, na chamada zona habitável do sistema solar – faixa do espaço com maiores condições de abrigar vida – e a série de indícios de que o planeta contém água em seu subsolo reforçam a expectativa de se encontrar vestígio de vida, ainda que já extinta, em sua superfície.
Com cautela, a Nasa (agência espacial norte-
Com cautela, a Nasa (agência espacial norte-americana) anunciou no começo de dezembro que o solo da cratera onde o Curiosity se encontra contém compostos de cloro que podem ter também carbono – elemento fundamental para a existência de vida.
Para não gerar muita expectativa, Paul Mahaffy, pesquisador responsável pelos instrumentos de análise do Curiosity, alertou que é possível que a pequena quantidade de carbono presente na amostra analisada tenha sido levada até Marte pelo próprio robô. A confirmar.

Mercúrio

Não foi só de nosso vizinho que recebemos novidades interessantes. A sonda Messenger, também da Nasa, encontrou novas evidências, no fim de novembro, de que Mercúrio, o planeta mais próximo do Sol, tem depósitos de água congelada em crateras localizadas em seus polos. Embora a temperatura da superfície do astro chegue a 400°C, seu eixo de rotação faz com que os polos nunca sejam atingidos pela luz solar.
Segundo artigo publicado na revista Science, há ainda suspeita de que o gelo encontrado nas crateras polares esteja coberto por uma camada de materiais orgânicos semelhantes aos que deram origem à vida na Terra. Essas substâncias poderiam ter chegado à superfície de Mercúrio com a colisão de cometas e asteroides.

Região polar de mercúrio
Imagem da região polar norte de Mercúrio. Em amarelo são mostradas áreas onde é possível haver depósitos de água. (foto: Nasa/ Johns Hopkins University Applied Physics Laboratory/ Carnegie Institution of Washington/ National Astronomy and Ionosphere Center, Arecibo Observatory)
Fora do sistema solar
Entre os quase 900 exoplanetas (planetas que orbitam estrelas que não o Sol) já descobertos, alguns chamaram a atenção neste ano. Um deles é Alfa Centauri Bb, que recebeu esse nome por orbitar a estrela Alfa Centauri B. O planeta foi identificado por astrônomos do Observatório Europeu do Sul (ESO) e anunciado em outubro.
O exoplaneta identificado no sistema Alfa Centauri muito provavelmente não abriga vida
O que o diferencia dos demais exoplanetas conhecidos é o fato de ser o planeta mais próximo do sistema solar já descoberto (‘apenas’ 4,3 anos-luz de nós), de se assemelhar à Terra e de orbitar uma estrela semelhante ao Sol. O exoplaneta identificado no sistema Alfa Centauri muito provavelmente não abriga vida, mas a semelhança com nosso planeta e sua proximidade são vistas como marcos importantes no estudo de exoplanetas.
Já no sistema denominado HD 40307, um grupo internacional de pesquisadores descobriu uma ‘super-Terra’, com cerca de sete vezes a massa do nosso planeta. O astro, localizado a 42 anos-luz daqui, chama a atenção por estar na chamada zona habitável de seu sistema, onde a água, se existir, pode ser encontrada em estado líquido – uma das condições para a ocorrência de vida.

Formação da Lua

Avançamos também no conhecimento sobre a formação da Lua, ocorrida há cerca de 4,5 bilhões de anos. Dois artigos publicados em outubro na revista Science reforçaram a teoria de que nosso satélite natural se originou de um grande impacto da Terra com um protoplaneta.

Mapa de alta resolução da gravidade da Lua
Mapa de alta resolução da gravidade da Lua, produzido a partir de informações de duas sondas da missão Grail, da Nasa. Resultado das análises, publicado na 'Science' no início de dezembro, revela que asteroides e cometas que colidiram com o satélite não apenas tornaram sua superfície esburacada, mas também provocaram profundas fraturas em sua crosta. (foto: Nasa/ JPL-Caltech/MIT/GSFC)

Uma hipótese diz que a Terra primitiva, com tamanho semelhante ao atual, teria sido atingida por um protoplaneta com massa equivalente a 0,05 da massa terrestre, ejetando fragmentos do planeta. No segundo cenário, dois protoplanetas de massa semelhante à metade da massa atual da Terra teriam se chocado. O impacto teria transformado os dois corpos em um ‘terceiro’ planeta e formado uma nuvem de destroços.
Nos dois casos, a gravidade da Terra teria sido a responsável por aglomerar a poeira para formar a Lua, e a interação gravitacional entre os dois corpos teria desacelerado a rotação do planeta para a velocidade atual. Qualquer das hipóteses explica por que rochas presentes na Terra e na Lua apresentam composição similar de oxigênio e de isótopos de elementos como tungstênio, cromo e titânio.

Neil Armstrong
Por falar em nosso satélite natural, em agosto deste ano morreu o astronauta norte-americano Neil Armstrong (1930-2012), primeiro homem a pisar na Lua.
Pouco depois de tocar o solo lunar, Armstrong disse a frase que ficaria famosa: “Um pequeno passo para um homem, um grande salto para a humanidade”. O feito foi acompanhado por um bilhão de pessoas, em todo o mundo, que assistiram ao pouso da Apollo 11 ao vivo pela televisão no dia 20 de julho de 1969.
Neil Armstrong
Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na Lua, morreu em 25 de agosto de 2012. (foto: Nasa)


Turismo espacial

Mais de 40 anos depois da missão, a empresa norte-americana Golden Spike, fundada por ex-funcionários da Nasa, anunciou planos de operar viagens de turismo à Lua. No anúncio, feito no início de dezembro, foi apresentada estimativa de preço: cerca de 1,5 bilhão de dólares.
"O objetivo é otimizar a tecnologia empregada nos ônibus espaciais para vender o sistema a países, empresas ou pessoas cujos objetivos e ambições sejam explorar a Lua", anunciou a companhia em comunicado divulgado no último dia 7. A previsão é que a primeira expedição ocorra até 2020.

Brasil no ESO

Para a astronomia brasileira, o ano foi marcado por um impasse que, ao que tudo indica, se prorrogará ao menos até 2013. A adesão do Brasil ao Observatório Europeu do Sul (ESO), acordada em 2010 pelo governo federal e os 14 países europeus que integram a instituição, continuou indefinida.
A formalização do acordo depende apenas de ratificação pelo Congresso Nacional para entrar em vigor, mas o documento ainda não foi enviado ao Legislativo. Embora se arraste há mais de dois anos, em 2012 a questão teve seu clímax. Em janeiro, o diretor do ESO, Tim Zeeuw, fez severa crítica à indecisão do governo brasileiro. Segundo ele, essa atitude poderia inviabilizar a construção do maior telescópio do mundo, o Extremely Large Telescope (ELT), previsto para entrar em operação em 2020.
No pré-acordo, assinado em 2010 pelo então ministro da Ciência e Tecnologia Sergio Rezende, o Brasil se comprometeu a contribuir com 126 milhões de euros em troca de acesso ao supertelescópio e de outros benefícios, como poder de decisão sobre investimentos tecnológicos.
Já em 2012, o encaminhamento do acordo dependia do então ministro Aloizio Mercadante, que deixou a tarefa para o sucessor e atual responsável pela pasta, Marco Antonio Raupp. No fim de maio, o documento foi assinado por Raupp e enviado ao Ministério das Relações Exteriores, que, por sua vez, o encaminhou à Casa Civil em junho. Desde então, não há data para envio do acordo ao Congresso para ratificação.
Válio: “Achamos que a entrada no ESO vai alavancar a astronomia brasileira”
Apesar da indefinição do ingresso brasileiro no projeto, o ESO anunciou o plano de construção do ELT, e seu diretor declarou que continua aguardando a ratificação do acordo com o Brasil.
Astrônomos brasileiros tentam influenciar na aceleração do processo. “Achamos que a entrada no ESO vai alavancar a astronomia brasileira”, diz a astrônoma Adriana Válio, presidente da Sociedade Astronômica Brasileira (SAB). Segundo ela, cerca de 85% da comunidade científica é favorável à adesão, embora haja físicos e “alguns poucos membros” da própria SAB que se opõem. O principal argumento contrário ao acordo seria seu alto custo financeiro.

Contribuições brasileiras

Paralelamente a essa discussão, importantes resultados de pesquisa foram obtidos em 2012 com a participação de astrônomos brasileiros. Entre os destaques está o trabalho, de que é coautor o astrônomo Marcelo Emílio, da Universidade Estadual de Ponta Grossa (PR), que constatou que o Sol é o objeto natural mais redondo já medido pela ciência, embora tenha forma achatada.
O grupo é o mesmo que obteve, também neste ano, a medida do Sol com o maior índice de precisão possível até agora. O cálculo do raio de 696.342 km (com margem de erro de 65 km) consta de artigo publicado na revista Astrophysical Journal em junho.
Outras pesquisas importantes publicadas neste ano com participação brasileira incluem estudos sobre o planeta-anão do sistema solar Makemake e sobre os lagos de Titã, uma lua de Saturno, destaca a presidente da SAB.

E o mundo não acabou...

2012 foi ainda o ano em que a primeira cápsula comercial (Dragon) se acoplou à Estação Espacial Internacional, a primeira mulher chinesa (Liu Yang) foi para o espaço e os ônibus espaciais norte-americanos, aposentados em 2011, ganharam seus lares definitivos em museus.

Ônibus espacial Endeavour
Ônibus espacial Endeavour é carregado por um Boeing 747 sobre a cidade de Houston, no estado norte-americano do Texas. A aeronave, que deixou de ser usada em 2011, foi levada para o Centro de Ciências da Califórnia, em Los Angeles, também nos Estados Unidos, onde ficará exposta. (foto: Nasa/ Sheri Locke)
Passou o dia 21 de dezembro, data em que o mundo acabaria segundo uma suposta previsão dos maias, e ainda estamos aqui. É claro que o fim do mundo em 2012 nunca deveria ter sido levado a sério, mas, diante da proporção que o boato tomou, a Nasa teve de vir a público desmentir as especulações.
Em março, um site foi criado e um vídeo publicado na internet em resposta à grande quantidade de cartas que a agência espacial vinha recebendo de pessoas com medo do fim do mundo.
No dia 11 de dezembro, a agência lançou outro vídeo, no qual cita John Carlson, diretor do Centro para Arqueoastronomia da Universidade de Maryland, que explica que nenhum texto maia realmente previa o fim do mundo para 2012. O filme diz ainda que nunca houve qualquer possibilidade de um planeta, meteoro ou asteroide estar a caminho de colidir com nosso planeta.
Se ainda não foi neste ano que descobrimos vida fora da Terra, aqueles que temiam o fim do mundo podem, pelo menos, comemorar a continuidade da vida por aqui.

Célio Yano

Fonte: http://cienciahoje.uol.com.br/especiais/retrospectiva-2012/ao-infinito-e-aquem

domingo, 30 de dezembro de 2012

Novas missões devem ser lançadas até 2020 para buscar vida em Marte

Em dez anos, se há alguma forma de vida facilmente acessível nos primeiros centímetros do solo marciano, é bem provável que já tenhamos ouvido falar dela.
Essa é a tônica da próxima fase da exploração não tripulada do planeta vermelho, promovida conjuntamente pela Nasa, agência espacial americana, e a ESA, sua contraparte europeia.
Até 2020, haverá três missões que confrontarão a pergunta em torno da qual todos têm dançado nos últimos anos: há vida em Marte?
Além dessas, duas outras -as primeiras a serem lançadas- tratarão de questões diferentes, mas também intrigantes: a estrutura interna do planeta vermelho e a dinâmica de sua alta atmosfera (veja quadro).
A NASA E O VÁCUO
Até recentemente, havia um grande vazio na agenda da agência americana no que diz respeito a Marte. Duas possíveis sondas estavam em estudo para lançamento até 2016. Dali em diante, era uma folha em branco. Em meio à difícil situação econômica mundial, parecia até que os americanos estavam tirando o pé do acelerador.
Diante disso, os ianques se sentiram na obrigação de mostrar que ainda tinham gana de explorar o planeta vermelho e acabam de anunciar sua intenção de enviar, em 2020, um novo jipe, nos moldes do modelo mais recente levado a Marte.
Desta vez, a missão será procurar vida para valer e não os simples pré-requisitos para sua existência, como o Curiosity está fazendo agora.
Contudo, antes que o novo veículo americano faça isso, uma missão europeia pode roubar a descoberta.
COMPETIÇÃO
O ambicioso projeto ExoMars está separado em duas etapas. Na primeira, em 2016, os europeus lançarão um satélite para mapear a presença de metano na atmosfera de Marte --o que pode ser um indicador de vida-- e um veículo de pouso controlado.
Na segunda etapa, em 2018, um jipe de seis rodas buscará vida diretamente na superfície. Os russos prometeram ajudar, com grana e conhecimento, e os americanos aceitaram colaborar.
Procurar vida marciana não é exatamente uma novidade. Em 1976, as sondas americanas Viking 1 e 2 pousaram no planeta vermelho com um experimento projetado para detectar bactérias.
O dispositivo recolhia uma amostra de solo e colocava-a numa câmara, onde era banhada por uma solução de nutrientes. Se houvesse reação, estaria comprovada a presença de organismos vivos metabolizando alimento.
Ou não, pois o experimento foi conduzido e houve reação. Mas a análise das curvas de consumo dos nutrientes mostrava que eles eram rapidamente devorados e o processo parava de uma vez.
O padrão sugeria mais uma reação não biológica do que a atividade de bactérias.
O teste mostrou como é complicado buscar criaturas alienígenas sem saber o que procurar e, desde então, a Nasa adotou uma nova estratégia: cobrir de forma sistemática os enigmas do planeta vermelho, respondendo a questões como "Há água em Marte?" e "O planeta já reuniu condições para a vida?"
Foi nesses temas que as últimas missões avançaram.
Os jipes Spirit e Opportunity, lançados em 2003, demonstraram que Marte já teve água em abundância no passado; a sonda Phoenix, enviada em 2007, provou que ainda há gelo no subsolo e o Curiosity está fazendo análises sem precedentes em busca de compostos orgânicos.
Tudo parece apontar -na pior das hipóteses- para um passado favorável à vida. Se ela de fato floresceu e ainda resiste em algum lugar, ninguém sabe.
É onde entrará o novo jipe da Nasa, em 2020. "Ele será uma base científica móvel num local selecionado por sua habilidade de preservar evidências de vida", afirma James Green, diretor da divisão de ciência planetária da agência americana.
A agência ianque trata o esforço como a última etapa para a realização de uma futura missão de retorno de amostras, na década de 2020, a ser seguida pelo envio de astronautas, nos anos 2030.



Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/1207779-novas-missoes-devem-ser-lancadas-ate-2020-para-buscar-vida-em-marte.shtml

sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Pesquisa revela planetas estranhos além do Sistema Solar da Terra

Busca encontrou planetas de diamante ou iluminados por quatro estrelas.

Nos últimos 20 anos, astrônomos de todo mundo catalogaram cerca de 850 planetas fora do nosso Sistema Solar.
A busca por mundos que orbitem outras estrelas tem levado à descoberta de alguns planetas estranhos, desde um gigante de gás quente, mais escuro que carvão, até um planeta com quatro sóis.
Abaixo, alguns dos exemplos mais estranhos.
Quatro sóis
Em uma cena do filme da saga Star Wars, quando o personagem Luke Skywalker olha para o horizonte, vê dois sóis se pondo no planeta Tatooine.
Planeta PH1 (Foto: Haven Giguere/Yale)
Planeta PH1 (Foto: Haven Giguere/Yale)

Os astrônomos já descobriram vários sistemas parecidos com o da ficção, nos quais os planetas orbitam estrelas duplas. Mas, em 2012, uma equipe de voluntários e astrônomos profissionais encontrou um planeta iluminado por quatro astros, o primeiro desse tipo.
O mundo distante fica na constelação de Cygnus, orbita um par de astros e um segundo par gira em volta deles. Ele fica a 5 mil anos-luz da Terra e seu raio é do tamanho de Netuno -- seis vezes maior do que o do nosso planeta.
E, apesar de ser puxado por quatro forças gravitacionais diferentes, o planeta PH1 consegue manter uma órbita estável.
A descoberta foi feita por voluntários que usavam o site Planet Hunters, junto com uma equipe de institutos científicos da Grã-Bretanha e dos Estados Unidos. O nome PH1 veio do site.
Na época da descoberta, Chris Lintott, da Universidade de Oxford, disse à BBC que a descoberta "não era, em absoluto, algo que estávamos esperando".
Escuridão
Em 2011, um grupo de astrônomos americanos anunciou que um exoplaneta -- mundo localizado fora do nosso Sistema Solar -- do tamanho de Júpiter e conhecido como TrES-2b era o mais escuro já descoberto, refletindo apenas 1% da luz que o atingia.

O planeta TrEs-2b (Foto: David Aguilar/Harvard-Smithsonian CfA)
O planeta TrEs-2b (Foto: David Aguilar/Harvard-Smithsonian CfA)

O TrES-2b é ainda mais escuro do que tinta acrílica preta e mais preto do que qualquer planeta ou lua do nosso Sistema Solar. Ele fica a 718 anos-luz da Terra e sua massa e raio são quase os mesmos que os do planeta Júpiter.
A distância entre o TrES-2b e sua estrela pode ser um dos fatores responsáveis por essa escuridão.
Em nosso Sistema Solar, Júpiter é coberto por nuvens brilhantes de amônia que refletem mais de um terço da luz do Sol que o alcança.
Mas o TrES-2b orbita a uma distância de apenas 4,83 milhões de quilômetros de seu astro. A energia intensa do Sol esquenta o planeta a mais de 1.000º C, o que o torna muito quente para a formação de nuvens de amônia. A atmosfera do TrES-2b também tem elementos químicos que absorvem ao invés de refletir a luz.
Mas esses fatores não conseguem explicar totalmente a extrema falta de luz no planeta.
Um dos autores do estudo sobre o TrES-2b, David Spiegel, da Universidade de Princeton, nos Estados Unidos, afirma que o planeta é tão quente que "emite um brilho vermelho fraco, muito parecido a uma brasa ou à espiral de um forno elétrico".
Diamante
Um planeta próximo na constelação de Câncer pode ter uma composição peculiar. O corpo celeste, conhecido como 55 Cancri E, "provavelmente é coberto de grafite e diamante em vez de água e granito", segundo o astrônomo Nikky Madhusudhan, da Universidade de Yale.
O planeta 55 Cancri e (Foto: Haven Giguere/Yale)
O planeta 55 Cancri e (Foto: Haven Giguere/Yale)

O 55 Cancri e pertence à classe de mundos conhecida como planetas-diamante e acredita-se que seja rico no elemento carbono, que pode existir em várias formas estruturais, como grafite ou o diamante. Planetas ricos em carbono contrastam muito com a Terra, cujo interior tem, relativamente, pouco deste elemento, mas é rico em oxigênio.
Ele fica a 40 anos-luz da Terra e o raio do planeta é duas vezes o tamanho do raio da Terra.
Em 2012, Madhusudhan e seus colegas publicaram as primeiras medidas do raio do exoplaneta. Estes novos dados, combinados com as estimativas mais recentes da massa 55 Cancri E, permitiram que os cientistas deduzissem a composição química.
Para fazer isto, eles usaram modelos em computadores do interior do planeta e calcularam as possíveis combinações de elementos e compostos que poderiam ter as características observadas.
Os resultados sugerem que o 55 Cancri E é, em sua maior parte, composto de carbono (na forma de grafite e diamante), ferro, carboneto de silício e, potencialmente, silicato.
Os cientistas estimam que pelo menos um terço da massa do planeta seja de diamante, o equivalente a três vezes a massa da Terra.
Engolido
Localizado na constelação de Auriga (também conhecida como Cocheiro), a 600 anos-luz da Terra, o planeta Wasp-12b está sendo devorado lentamente pela sua estrela, a Wasp-12.

O planeta Wasp-12b (Foto: Greg Bacon/STScl)
O planeta Wasp-12b (Foto: Greg Bacon/STScl)

O planeta gigante orbita tão próximo à estrela semelhante ao Sol que sua temperatura chega a 1.500º C. Ele está sendo distorcido, chegando à forma de uma bola de rúgbi, devido à gravidade da estrela.
A grande proximidade entre o Wasp-12b e a estrela levou a atmosfera do planeta a se expandir a um raio três vezes maior que a de Júpiter. Material proveniente dela está 'vazando' para a estrela.
"Vemos uma grande nuvem de materiais em volta do planeta, que está escapando e será capturado pela estrela", disse a astrônoma Carole Haswell, da Open University britânica.
Haswell e sua equipe usaram o telescópio Hubble para confirmar estimativas anteriores a respeito do planeta e divulgaram a descoberta na publicação científica "The Astrophysical Journal Letters".
Os pesquisadores dizem que o planeta pode ainda existir por mais 10 milhões de anos antes de se apagar.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/pesquisa-revela-planetas-estranhos-alem-do-sistema-solar-da-terra.html

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Ocultação de Júpiter pela Lua é registrada em São Vicente, SP

Ocultação também foi vista em várias partes do país nesta terça-feira (25).
Fenômeno foi fotografado por vários moradores do litoral paulista.


Lua vista em Santos, SP (Foto: Marcos Vinicius dos Santos/Arquivo Pessoal)
O morador de São Vicente, no litoral de São Paulo, Marcos Vinicius dos Santos fotografou na noite desta terça-feira (25), o planeta Júpiter e a Lua em um processo bastante especial. A ocultação do planeta pela Lua foi um fenômeno que pôde ser visto em várias partes do país, como no Rio de Janeiro e São Paulo, além do sul da África. O ponto menor, ao lado da lua, é o maior planeta do Sistema Solar. (Foto: Marcos Vinicius dos Santos/Arquivo Pessoal)

Lua vista em Santos, SP (Foto: Marcos Vinicius dos Santos/Arquivo Pessoal)
 internauta passou várias horas observando o fenômeno, que aconteceu durante toda a madrugada desta quarta-feira (26). As imagens foram capturadas no bairro Vila Voturuá, em São Vicente. Júpiter pode ser visto do lado onde nasce o Sol desde meados de novembro. Como é um dos astros mais brilhantes do céu noturno, o gigante gasoso pode ser visto facilmente a olho nu.  (Foto: Marcos Vinicius dos Santos/Arquivo Pessoal)

Fonte: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/12/ocultacao-de-jupiter-pela-lua-e-registrada-em-sao-vicente-sp.html

Astronauta na Estação Espacial grava canção especial para o Natal

Música foi composta e executada pelo canadense Chris Hadfield.
Segundo ele, foi a primeira gravação musical feita a bordo da ISS.


O astronauta Chris Hadfield, do Canadá, foi o responsável por gravar a primeira música direto da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês). A canção foi divulgada no Twitter do astronauta (@Cmdr_Hadfield) e leva o título de “Joia na Noite".
O astronauta canadense Chris Hadfield posa com um violão a bordo da Estação Espacial Internacional (Foto: Reprodução/Twitter)
O astronauta canadense Chris Hadfield posa para foto com um violão a bordo da Estação Espacial Internacional (Foto: Reprodução/Twitter)
Segundo ele, foi a primeira música escrita e gravada diretamente da ISS. Hadfield desembarcou na estação no último dia 19, após decolar do cosmódromo de Baikonur, no Cazaquistão, a bordo de um foguete Soyuz. Você pode conferir a música aqui.


Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/astronauta-na-estacao-espacial-grava-cancao-especial-para-o-natal.html

terça-feira, 25 de dezembro de 2012

Feliz Natal

A astronomia é uma das poucas ciências onde observadores independentes possuem um papel ativo. 
 
 
A Melhor mensagem de Natal é aquela que sai em silêncio de nossos corações e aquece com ternura os corações daqueles que nos acompanham em nossa caminhada pela vida.
 
 
 
FELIZ NATAL A TODOS VOCÊS MEUS CAROS LEITORES

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Galáxia superfina e plana é registrada pelo telescópio Hubble da Nasa

IC 2233 fica na constelação do Lince, a 40 milhões de anos-luz da Terra.
Sistema de estrelas tem perfil diferente das galáxias espirais normais.


O telescópio Hubble, da Nasa, encontrou uma espécie de "agulha no palheiro" do espaço: a galáxia espiral IC 2233, uma das mais planas já conhecidas pelos astrônomos.
Esse sistema de estrelas, localizado na constelação do Lince, a 40 milhões de anos-luz da Terra, está longe de ser normal. Isso porque ele é superfino, com um diâmetro pelo menos dez vezes maior que sua espessura.
Além disso, a IC 2233 – descoberta em 1894 pelo astrônomo inglês Isaac Roberts – tem um brilho fraco e quase não apresenta nenhuma saliência.
Hubble galáxia (Foto: ESA/Hubble & NASA)
Galáxia espiral IC 2233 é uma das mais finas e planas que a astronomia conhece (Foto: ESA/Hubble/Nasa)

A cor azulada dela evidencia a presença de astros jovens, quentes e luminosos, nascidos de nuvens de gás interestelar. E, ao contrário das galáxias espirais típicas, essa não traz nenhum rastro bem definido de poeira, apenas regiões irregulares.
A imagem acima foi feita com a combinação de exposições em luz visível e infravermelha do Hubble.
Em geral, as galáxias espirais, como a nossa Via Láctea, são formadas por três principais estruturas: um disco onde se concentram os braços e a maior parte de gás e poeira, um halo – esfera áspera e dispersa em volta do disco, onde há pouco gás, poeira ou formação estelar – e uma protuberância no centro do disco, composta por estrelas antigas.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/galaxia-superfina-e-plana-e-registrada-pelo-telescopio-hubble-da-nasa.html

domingo, 23 de dezembro de 2012

Teorias astronômicas tentam explicar estrela de Belém

Uma das teorias mais famosas é a de um cometa, mas astrônomos também apostam em outros fenômenos no céu.

Pode parecer blasfemo questionar uma imagem tão forte do Natal como a estrela de Belém, mas sua possível existência vem sendo objeto de um acalorado debate astronômico por décadas.
Seria possível que algum evento cósmico real pudesse ter direcionado os três reis magos, como relata a tradição cristã, ao local onde Jesus nasceu?
Esse debate requer uma grande premissa – de que a história da estrela e da viagem seja verdadeira.
Estrela de Belém (Foto: BBC)
Astrônomos vêm discutindo há décadas uma explicação para a estrela de Belém (Foto: BBC)
O astrônomo David Hughes, da Universidade de Sheffield, no Reino Unido, publicou nos anos 1970 seu primeiro trabalho com a revisão de teorias sobre a famosa estrela.
Após passar muitos anos estudando as explicações astronômicas e revisando histórias bíblicas associadas, Hughes é hoje um especialista no assunto.
Os três reis seriam sábios religiosos de um grupo de astrônomos e astrólogos reverenciado na Babilônia antiga. Eles estudavam as estrelas e os planetas e interpretavam o significado por trás de eventos cósmicos.
Qualquer coisa muito rara era considerada um presságio, então a estrela deveria ter sido rara e visualmente espetacular. Além disso, diz Hughes, ela teria uma mensagem muito clara para os magos.
Isso leva o astrônomo a concluir que a estrela de Belém provavelmente não era um astro, e que o fenômeno estaria relacionado a mais do que um único evento.
Representações mais comuns dos três reis magos mostram estrela de Belém como cometa (Foto: BBC)
Representações mais comuns dos três reis magos
mostram estrela de Belém como cometa (Foto: BBC)
Conjunção tripla
"Se você ler a Bíblia com cuidado", diz Hughes, "os magos viram algo quando estavam em seu próprio país – provavelmente a Babilônia –, então viajaram até Jerusalém e foram falar com o rei Herodes".
Segundo a história, os magos contaram a Herodes sobre o sinal que tinham visto e, segundo Hughes, "quando saíram de Jerusalém para Belém, eles viram algo de novo".
A melhor explicação de Hughes para essa série de eventos é algo conhecido como conjunção tripla entre Júpiter e Saturno – com os dois planetas aparecendo próximos no céu por três vezes em um curto período.
"Isso acontece quando você tem um alinhamento entre o Sol, a Terra, Júpiter e Saturno", explica.
Tim O'Brien, diretor-associado do Observatório Jodrell Bank, em Cheshire, sugere que isso teria parecido fora do comum. "É incrível o quanto nossa atenção é atraída quando vemos dois objetos muito brilhantes se juntando no céu", diz.
E, uma vez que os planetas se alinhem em suas órbitas, a Terra "ultrapassa" os outros, o que significa que Júpiter e Saturno pareceriam então mudar de direção no céu da noite.
"Naquela época, as pessoas se guiavam muito pelos movimentos dos planetas", afirma O'Brien.
O que é ainda mais significativo é que o evento teria ocorrido na constelação de Peixes, que representa um dos signos do zodíaco.
"Você somente teria uma conjunção tripla como essa a cada 900 anos", diz ele. Então, para os astrônomos da Babilônia há 2.000 anos, isso teria sido o sinal de algo muito significativo.
Posição do cometa pode fazer com que ele 'aponte' para a Terra como uma seta (Foto: Nasa)
Posição do cometa pode fazer com
que ele 'aponte' para a Terra como
se fosse uma seta (Foto: Nasa)

Seta sobre a Terra
A segunda explicação mais comum para a estrela de Belém é a de um cometa muito brilhante.
Apesar de serem certamente espetaculares e etéreos em suas aparições, eles são essencialmente "grandes e sujas bolas de neve" viajando pelo espaço.
"Quando chega próximo ao Sol, o gelo deles derrete e os ventos solares sopram esse material para o espaço, então você tem a cauda de matéria saindo do cometa", explica O'Brien.
Essa cauda, que aponta para o lado oposto do Sol, é uma das coisas que tornaram a ideia de um cometa como a estrela de Belém popular, destaca Hughes.
"Muitas pessoas já disseram que os cometas parecem observar a Terra de cima, porque parecem às vezes como uma seta", diz o astrônomo.
O registro mais antigo de uma aparição foi a de um cometa brilhante que surgiu na constelação de Capricórnio no ano 5 a.C., registrado por astrônomos na China.
Outro candidato menos provável, mas mais famoso, é o cometa Halley, que esteve visível por volta do ano 12 a.C.
Aqueles que apostam nessa teoria argumentam que o cometa de 5 a.C estaria no Hemisfério Sul do céu visto de Jerusalém, com a cabeça do cometa próximo ao horizonte e a cauda apontando verticalmente para cima.
"Muitas pessoas gostaram da ideia do cometa, então ele aparece bastante nos cartões de Natal", observa Hughes.
"O problema é que eles não são tão raros. Eles também eram algo comumente associado a eventos como morte, doenças e desastres", sugere. "Então, se contivessem uma mensagem, seria um mau presságio."
Estrela nova aparecida em 4 a.C. estaria posicionada diretamente sobre Jerusalém (Foto: Nasa)
Estrela nova que apareceu em 4 a.C. estaria
diretamente sobre Jerusalém (Foto: Nasa)

'Boa candidata'
Outra teoria é de que a estrela de Belém era a luz do nascimento de um astro, chamado nova. Há registros – novamente de astrônomos do Extremo Oriente – de uma estrela nova na pequena constelação de Áquila em 4 a.C.
"As pessoas que gostam dessa teoria dizem que a nova estrela estaria posicionada diretamente sobre Jerusalém", diz Hughes.
Robert Cockcroft, gerente do planetário McCallion, da Universidade McMaster, em Ontário, no Canadá, afirma que uma estrela nova é "uma boa candidata" para a estrela de Belém.
"Ela pode 'aparecer' como uma nova estrela em uma constelação e se apagar novamente nos meses seguintes", ressalta.
"Ela também não é muito brilhante, explicando por que não temos nenhum registro dela no Ocidente", diz.
Cockcroft sugere que isso também teria dado aos três reis magos algo para seguir.
Enquanto outros "presságios" poderiam ser necessários para levar os Magos a viajar na direção oeste a Jerusalém, ele diz, eles levariam meses para chegar lá, 'quando Áquila e a nova estrela teriam subido no céu para aparecer ao sul'.
"Belém fica ao sul de Jerusalém, então os magos poderiam ter 'seguido' a estrela até lá", afirma.
Teorias improváveis
Outras teorias mais improváveis, mas divertidas, também foram propostas ao longo dos anos, comenta Hughes.
Uma que ele descreve como particularmente pouco provável foi sugerida em 1979 em um trabalho acadêmico do astrônomo grego George Banos. Ele propôs que a estrela de Belém era na verdade o planeta Urano.
Banos disse que os magos teriam descoberto o planeta quase 1.800 anos antes de o astrônomo William Hersche ter registrado formalmente o achado, em 1781.
"Sua ideia era de que os magos descobriram Urano, que o planeta era a estrela de Belém e que eles então tentaram acobertar isso", explica Hughes.

Fonte:  http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/12/teorias-astronomicas-tentam-explicar-estrela-de-belem.html

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Internauta flagra raros fenômenos meteorológicos em Itanhaém, SP

Imagens foram feitas nesta quinta-feira (20) no litoral de São Paulo.
Astrônoma amadora flagrou um arco-íris de fogo e uma nuvem rara.


Dois curiosos fenômenos meteorológicos foram flagrados nesta quinta-feira (20) pela astrônoma amadora Meire Ruiz de Itanhaém, no litoral de São Paulo. O primeiro, um arco-íris de fogo, aconteceu por volta de 19h. De acordo com a meteorologista da Estação Meteorológica do IAG-USP Samantha Martins, o fenômeno acontece quando a luz é refratada por cristais de gelo presentes nas nuvens altas. (Foto: Meire Ruiz Santos/Arquivo Pessoal)
Dois curiosos fenômenos meteorológicos foram flagrados nesta quinta-feira (20) pela astrônoma amadora Meire Ruiz, de Itanhaém, no litoral de São Paulo. O primeiro, um arco-íris de fogo, aconteceu por volta de 19h. De acordo com a meteorologista da Estação Meteorológica do IAG-USP Samantha Martins, o fenômeno acontece quando a luz é refratada por cristais de gelo presentes nas nuvens altas. (Foto: Meire Ruiz Santos/Arquivo Pessoal)
O segundo foi visto cerca de 20 minutos depois e se chama nuvem paredão ou Glória da Manhã. Ele ocorre normalmente em áreas costeiras ou próximas de grandes lagos. De acordo com Samantha, esse tipo de nuvem pertence a uma classe chamada 'Nuvens Arco' e normalmente estão relacionadas com a frente de uma brisa marítima, tempestade ou com frentes frias. (Foto: Meire Ruiz Santos/Arquivo Pessoal)
O segundo foi visto cerca de 20 minutos depois e se chama nuvem paredão ou Glória da Manhã. Ele ocorre normalmente em áreas costeiras ou próximas de grandes lagos. De acordo com Samantha, esse tipo de nuvem pertence a uma classe chamada 'Nuvens Arco' e normalmente estão relacionadas com a frente de uma brisa marítima, tempestade ou com frentes frias. (Foto: Meire Ruiz Santos/Arquivo Pessoal)

Fonte: http://g1.globo.com/sp/santos-regiao/noticia/2012/12/internauta-flagra-raros-fenomenos-meteorologicos-em-itanhaem-sp.html

Meteorito raro possui materiais mais antigos do Sistema Solar, diz estudo

Objeto foi formado há cerca de 4,5 bilhões de anos, segundo cientistas.
Pesquisa foi publicada na revista 'Science', nesta sexta-feira (21).


Cientistas da Universidade da Califórnia em Davis, nos EUA, em colaboração com a agência espacial americana (Nasa) e com outras instituições, estudaram fragmentos de um meteorito caído em território americano em abril deste ano, que passou como uma bola de fogo pelo céu sobre a Califórnia e Nevada.
Por meio de análises geoquímicas, os pesquisadores descobriram que o objeto possui alguns dos materiais mais antigos do Sistema Solar, os mesmos que ajudaram a formar os planetas vizinhos da Terra e nosso próprio mundo.
Cientistas apelidadam de 'Darth Vader' o pedaço de meteorito coletado (Foto: Divulgação/University of California, Davis)
Cientistas apelidadam de 'Darth Vader' o pedaço de meteorito coletado (Foto: Divulgação/Universidade da Califórnia em Davis)

Pertencente à classe dos condritos carbonáceos, o meteorito primitivo foi formado há cerca de 4,5 bilhões de anos e soltou-se de um corpo celeste maior, provavelmente um asteróide ou um cometa na órbita de Júpiter, há cerca de 50 mil anos, segundo os cientistas. Além dos materiais pré-Sistema Solar, o meteorito é formado de poeira cósmica.
O estudo sobre o meteorito e seus fragmentos foi publicado na revista "Science", nesta sexta-feira (21). Segundo os cientistas, o objeto se fragmentou ao cair na Terra e é um dos mais raros já encontrados.
Complexo
Chamado de meteorito de Sutter Mill, em referência ao local onde foram encontrados seus pedaços, o objeto possui uma estrutura química complexa e diversificada, que indica que a superfície dos asteróides e cometas que dão origem aos condritos é mais complicada do que se imaginava.
O meteorito de Sutter Mill entrou na atmosfera do planeta a uma velocidade de 28,6 km por segundo - segundo a pesquisa, trata-se do "mais rápido e mais energético" objeto a cair na Terra desde 2008, quando um asteróide atingiu o Sudão, na África.
Para localizar os fragmentos, os cientistas consultaram imagens de radar, fotos e vídeos da passagem do meteorito, além do relato de testemunhas. Vários pedaços foram encontrados instantes antes de tempestades, que poderiam fazer os objetos se perderem para sempre.
O objeto perdeu a maior parte dos 45,3 mil kg que possuía ao entrar na atmosfera do planeta e explor, segundo o estudo. Os cientistas conseguiram coletar apenas cerca de um kg, com os fragmentos.
Fragmento de meteorito de Sutter Mill, do tipo condrito carbonáceo (Foto: Divulgação/Universidade da Califórnia em Davis)
Fragmento de meteorito de Sutter Mill, do tipo condrito carbonáceo (Foto: Divulgação/Universidade da Califórnia em Davis)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/meteorito-raro-possui-materiais-mais-antigos-do-sistema-solar-diz-estudo.html

Cientista da Nasa explica por que o mundo não vai acabar em 2012

Nasa divulgou um vídeo de resposta às várias teorias que se popularizaram sobre o fim do mundo em dezembro de 2012. Nele, o cientista do Laboratório de Propulsão de Jatos Don Yeomans discorre sobre cada uma das hipóteses mais conhecidas e explica por que elas não se concretizarão.
Primeiro, Yeomans explica que toda essa comoção em volta do dia 21 de dezembro de 2012 começou com o calendário Maia, que terminaria neste dia. Mas, segundo o cientista, o que está indicado no calendário é o fim de um ciclo e o início de outro, não o apocalipse. Ele o compara com a forma em que nós contamos os anos – todos os dias 31 de dezembro um ciclo termina, para outro começar no dia 1 de janeiro.
Depois o especialista da Nasa fala sobre Nibiru, um planeta que seria quatro vezes maior do que a Terra, também conhecido como “Planeta X”. Segundo outra teoria do apocalipse, esse astro estaria em uma rota de colisão com a Terra. Para Yeomans, é impossível que ninguém tenha detectado Nibiru se aproximando, se isso realmente estiver acontecendo.
“Tem gente que acredita que a Nasa está escondendo essas informações. Mas existem milhares de astrônomos fora da organização que olham para os céus todas as noites. Com certeza, eles teriam notado essa movimentação”, argumenta o cientista.
Outra hipótese é a de uma grande tempestade solar que aconteceria no dia 21 de dezembro seria a razão do fim do mundo. Este tipo de evento, como já explicamos em outro artigo, realmente está se tornando mais frequente – isso porque o Sol passa por ciclos e seu período de maior atividade está previsto para o fim deste ano e o começo de 2013.
O argumento de Yeomans é que, na verdade, a máxima solar irá acontecer apenas em maio do ano que vem e que, mesmo assim, a atividade não deverá ser tão intensa. Basicamente, não há evidências de que tempestades solares, como as que aconteceram durante o início de março, possam ocorrer novamente.
Para quem acredita que o apocalipse será causado pelo alinhamento dos planetas, que geraria uma mudança catastrófica nas marés, a resposta do cientista da Nasa é direta: não há nenhum alinhamento previsto para o fim de 2012. Mesmo que houvesse uma movimentação do gênero, outros planetas não poderiam afetar as marés. Os únicos corpos celestes capazes de fazer isso são a Lua, como aprendemos nas aulas de geografia, e o Sol.
Também existe o boato de que, de alguma forma, os pólos magnéticos da Terra irão se inverter. Isso simplesmente não pode ocorrer por causa da Lua – nosso satélite estabiliza a rotação do planeta e não permite que a rotação dele mude de uma hora para a outra. Os pólos podem, sim, mudar, mas fazem isso aos poucos, demorando milhares de anos até que eles se invertam.
Yeomans conclui seu vídeo lembrando-se das inúmeras previsões para o fim do mundo que já foram feitas, causaram pânico e não se cumpriram. “Ainda estamos aqui”, declara.

Confira o vídeo (em inglês):



Fonte: http://revistagalileu.globo.com/Revista/Common/0,,EMI299017-17770,00-CIENTISTA+DA+NASA+EXPLICA+POR+QUE+O+MUNDO+NAO+VAI+ACABAR+EM.html

Calendário maia

O calendário maia é um sistema de calendários e almanaques distintos, usados pela civilização maia da Mesoamérica pré-colombiana, e por algumas comunidades maias modernas dos planaltos da Guatemala.
Estes calendários podem ser sincronizados e interligados, suas combinações dando origem a ciclos adicionais mais extensos. Os fundamentos dos calendários maias baseiam-se em um sistema que era de uso comum na região, datando pelo menos do século VI a.C.. Tem muitos aspectos em comum com calendários empregados por outras civilizações mesoamericanas anteriores, como os zapotecas e olmecas, e algumas civilizações suas contemporâneas ou posteriores, como o dos mixtecas e o dos astecas. Apesar de o calendário mesoamericano não ter sido criado pelos maias, as extensões e refinamentos por eles efetuados foram os mais sofisticados. Junto com os dos astecas, os calendários maias são os melhores documentados e compreendidos.
Pela tradição da mitologia maia, como está documentado nos registros colonais iucatecas e reconstruído de inscrições do Clássico Tardio e Pós-clássico, a deidade Itzamna é frequentemente creditada como tendo levado o conhecimento do sistema de calendários aos maias ancestrais, junto com a escrita em geral e outros aspectos fundacionais da cultura maia.

Ciclo de Calendário

Nem o sistema Tzolk'in nem o Haab' numeram os anos. A combinação de uma data Tzolk'in e uma data Haab' era suficiente para identificar uma data para a satisfação da maior parte das pessoas, já que uma combinação destas não se repete antes de 52 anos, muito acima da expectativa de vida geral da época.
Estes dois calendários eram baseados em 260 e 365 dias respectivamente, o ciclo completo se repete exatamente a cada 52 anos Haab'. Este período era conhecido como um Ciclo de Calendário. O fim do Ciclo de Calendário era um período de tensão e má sorte entre os maias, eles esperavam para ver se os deuses concederiam outro ciclo de 52 anos.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Calend%C3%A1rio_maia

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Cenários do fim do mundo

Se os maias tivessem o dom de prever o futuro, poderiam ter antevisto que uma semana já congestionada por tarefas inconclusas, frenéticas compras de presentes e terríveis festas da firma não seria exatamente a melhor época para perturbar as pessoas com a fastidiosa obrigação de se preparar para o apocalipse.
Não que os maias sejam os culpados pelo burburinho em torno do 21 de dezembro de 2012. Alguns acreditam que a antiga civilização esperava o fim do mundo nessa data, por meio de todas as variedades de cataclismos que os servidores da internet sejam capazes de armazenar. Que o Sol vai liberar uma tempestade letal. Que terremotos vão rasgar o planeta em pedaços. Que um planeta desgarrado irá cair sobre a Terra, numa recriação cósmica de um jogo de bilhar. Não, não e não.
Não há dúvida de que os maias eram bons nesse troço de tempo. Basta fuçar os monumentos antigos corretos para você encontrar referências a datas que remontam a bilhões e bilhões de anos atrás. Mas é o calendário deles, o chamado ciclo de contagem longa, que interessa aqui. Em termos simplificados, o calendário abrange cerca de 5.125 anos. Alinhe-o a um calendário gregoriano, e o último dia cai mais ou menos na sexta-feira.
O que acontece quando o calendário termina? Quase nada. Os cientistas, confiantes, preveem que o maior transtorno que nós, humanos, enfrentamos ao final desse calendário (ou, aliás, de qualquer outro) é a necessidade de arrumarmos outro calendário. E talvez de curtirmos uma ressaca pela celebração.
Para crédito deles --porque não dizer nada poderia ser pior--, os cientistas têm vindo a público explicar a falácia, ou às vezes aquele mal interpretado pingo de verdade, que está por trás de cada cenário apocalíptico. Numa decisão que pouco teve de precavida, a agência espacial dos EUA antecipou em dez dias a divulgação de um vídeo previsto para 22 de dezembro. A Nasa o batizou de "Por Que o Mundo Não Acabou Ontem". Os acadêmicos fizeram sua parte também. Vagaram de estúdio em estúdio para apresentar a verdade mundana a telespectadores e ouvintes de rádio. Alguns conversaram com jornalistas respeitáveis, para artigos jornalísticos.
Apenas uma dúzia de pesquisadores, aproximadamente, estuda ativamente o calendário maia. Entre eles está John Carlson, diretor do Centro de Arqueoastronomia da Universidade de Maryland. "Sempre me perguntam o que vai acontecer nesse dia. Digo que muitas coisas vão acontecer. Algumas pessoas vão nascer. Algumas pessoas vão morrer. O farol de um carro vai queimar. Haverá terremotos, como há todo dia. E nada disso terá a ver com o antigo calendário maia", diz ele.
Para que não restem dúvidas, ele fala as seguintes frases em tom alto e pausado: "Não há nenhuma antiga profecia maia sobre nada que vá acontecer nessa data. Não. Há. Nenhuma."
E mesmo assim, ao que parece, algumas pessoas se preparam. Da Itália chegam notícias de um advogado que planeja encarar o Armagedom num bunker construído sob sua mansão. Em partes da Rússia, há falta de combustíveis, fósforos, açúcar e velas no comércio, num suposto prenúncio de algo pior do que o inverno russo. Na França, o órgão governamental encarregado de observar seitas, o Miviludes, está de olho na idílica aldeia montanhosa de Bugarach para a eventualidade de cultos apocalípticos aparecerem por lá depois de se espalhar a notícia de que esse seria o único lugar que resistiria.
Para cada pessoa que leva a sério a fantasia --chamá-la de profecia é um exagero--, muitas outras a consideram uma diversão inofensiva. Para outros, o fim do mundo é uma oportunidade de negócios. Sites especializados vendem alimentos secos, máscaras antigás e outros itens soturnos. As cervejarias fizeram sua parte lançando uma gama de cervejas alusivas ao apocalipse. E na semana passada um chinês fabricante de móveis apresentou um lote limitado de cápsulas de sobrevivência a 300 mil yuans [R$ 86 mil] cada. O ex-agricultor garantiu que as bolas de fibra de vidro resistem a ondas de até 1 km de altura. O "Guardian" não viu seus produtos.
Como isso virou um fenômeno global? Carlson atribuiu suas origens ao romantismo por cidades perdidas, aos glifos belos e enigmáticos, e àquilo que alguns consideram ser o destino misterioso do povo maia. Esses ingredientes eram perfeitos para picaretagens como "Heart of the World" [o coração do mundo, 1896], fantasia maia de Henry Rider Haggard. Mas outro livro pode ter sido mais significativo.
Em 1966, o arqueólogo americano Michael Coe escreveu "Os Maias", e, num capítulo sobre o calendário, mencionou a palavra "Armagedom". Carlson diz que esse foi um momento crucial. "Foi Michael Coe quem plantou esse meme na cultura moderna", diz ele. Desde então, a ideia foi abraçada por adeptos da New Age, e se espalhou ainda mais graças à internet. Hoje, o número de livros sobre o calendário maia se aproxima de 3.000. Provavelmente só uns seis deles valem alguma coisa, segundo Carlson.
Por que ficamos fascinados com cenários para o fim do mundo? "Em parte isso é um reflexo de que estamos todos obcecados com a nossa própria mortalidade, mas há um contexto mais amplo. De uma forma estranha, é meio que reconfortante pensar que quando formos embora a coisa toda vai junto, que estamos em um ponto especial da história", diz Chris French, professor de psicologia do Goldsmiths College, da Universidade de Londres.
Para os que creem no apocalipse, o momento mais difícil é o do anticlímax, quando o mundo continua girando e o relógio segue pulsando. A história já nos mostrou as saídas: alegar que o mundo foi poupado na última hora, recalcular a data do apocalipse, ou se desiludir e se torturar por ter acreditado. Será que nesta semana ouviremos falar pela última vez do fim do mundo? Melhor não acreditar nisso. "Depois que isso passar, haverá mais alguém prevendo o fim do mundo", diz Carlson. "Acreditem em mim."
Tradução de RODRIGO LEITE.
Ruínas em sítio maia de Chichén Itzá, no México
Ruínas em sítio maia de Chichén Itzá, no México

Poeira diminui brilho de estrela que fica a 370 anos-luz da Terra

Estrela Zeta Ophiuchi supera o Sol em muitos aspectos.
Imagem infravermelha foi feita pelo telescópio Spitzer.


Imagem infravermelha feita pelo telescópio Spitzer, da Agência espacial americana, a Nasa, mostra a estrela gigante Zeta Ophiuchi envolta de poeira, dando um efeito impressionante de ondulações.

O corpo celeste é uma estrela jovem e quente, localizada a 370 anos-luz de distância da Terra. Segundo a Nasa, ela supera o Sol em muitos aspectos: é seis vezes mais quente, oito vezes maior, tem 20 vezes mais massa e brilha 80 mil vezes mais.
Ainda de acordo com a agência, mesmo existindo a uma longa distância, a estrela seria uma das mais brilhantes do céu se não fosse uma camada de poeira que “escurece” seu brilho.
Imagem infravermelha feita pelo telescópio Spitzer, da Nasa, mostra estrela Zeta Ophiuchi envolta de poeira (Foto: NASA/JPL-Caltech)
Imagem infravermelha feita pelo telescópio Spitzer, da Nasa, mostra estrela Zeta Ophiuchi envolta de poeira (Foto: NASA/JPL-Caltech)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/poeira-diminui-brilho-de-estrela-que-fica-370-anos-luz-da-terra.html

Telescópios revelam 'segredo da juventude' de estrelas aglomeradas

Assim como as pessoas, alguns astros envelhecem mais devagar.
Estudo publicado na 'Nature' mostra como 'retardatária azul' se comporta.


Um estudo feito com o Telescópio Espacial Hubble, da Nasa, e com um telescópio do Observatório Europeu do Sul (ESO) instalado no deserto do Atacama, no norte do Chile, mostra que as estrelas, assim como as pessoas, nem sempre aparentam a idade que têm. Isso porque umas envelhecem mais devagar que outras.
É o que ocorre nos aglomerados globulares, coleções esféricas de astros ligados entre si pela ação da gravidade. Esses corpos são considerados "relíquias" do começo do Universo, com idade entre 12 e 13 bilhões de anos. Apesar de muito antigas, algumas estrelas ali são consideradas "jovens de espírito".
Eso aglomerado globular (Foto: ESO/Divulgação)
Aglomerado globular NGC 6388 é observado por telescópio do ESO no norte do Chile (Foto: ESO/Divulgação)

Segundo o líder da equipe, Francesco Ferraro, da Universidade de Bolonha, na Itália, os astrônomos encontraram uma forma de medir a "taxa de envelhecimento" das estrelas. Os resultados do estudo estão publicados na revista "Nature" desta quinta-feira (20).
Só na Via Láctea, existem cerca de 150 aglomerados globulares, que contêm muitos dos astros mais antigos da nossa galáxia. Esses aglomerados se formam em um curto espaço de tempo, o que levaria a crer que os corpos dentro deles tivessem a mesma idade.
No entanto, algumas estrelas – chamadas retardatárias azuis – ganham um novo "fôlego de vida", ao receber uma quantidade extra de matéria, que as faz crescer e ficar mais brilhantes. Isso acontece quando um astro suga massa de um companheiro ou dois corpos se colidem.

Eso aglomerado globular (Foto: ESO/Divulgação)
Imagem do mesmo aglomerado, desta vez visto pelo Telescópio Espacial Hubble (Foto: ESO/Divulgação)
Para entender melhor esse processo, o time de astrônomos mapeou a localização de retardatárias em 21 aglomerados globulares. Eles viram que, em alguns, essas estrelas azuis estão espalhadas por todo o aglomerado, em outros ficam no centro e, em outros ainda, deslocam-se aos poucos para o núcleo. Esse movimento causa um colapso e uma compactação do aglomerado, e está ligado ao número, à densidade e à velocidade com que os astros "andam".
Os aglomerados que evoluem depressa completam esse ciclo em algumas centenas de milhões de anos, enquanto os mais lentos precisam de várias vezes a atual idade do Universo – cerca de 13,7 bilhões de anos –, destacam os cientistas.
Eso aglomerado globular (Foto: ESO/Divulgação)
Alguns dos 21 aglomerados globulares registrados pelo Hubble e a partir do solo (Foto: ESO/Divulgação)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/telescopios-revelam-segredo-da-juventude-de-estrelas-aglomeradas.html

Foguete Ariane-5 decola da Guiana Francesa com dois satélites

Lançamento ocorreu nesta quarta-feira, no Centro Espacial de Kuru.
Equipamentos são voltados para serviços de telecomunicação.


Na noite desta quarta-feira (19), o foguete Ariane-5 decolou do Centro Espacial Europeu de Kuru, na Guiana Francesa, com dois satélites de telecomunicações.
O foguete Ariana-5, lançado nesta quarta-feira da Guiana Francesa (Foto: S Martin, ESA/AFP)
O foguete Ariane-5, lançado nesta quarta-feira da
Guiana Francesa (Foto: S Martin, ESA/AFP)
De acordo com a agência europeia, o Ariane foi lançado por volta das 19h (20h, no horário de Brasília).

O equipamento Skynet-5D, construído pela empresa Astrium, vai fornecer informações sobre segurança para o Ministério da Defesa do Reino Unido, para a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), além de outros países que já utilizam a tecnologia de versões mais antigas do Skynet.

Já o satélite Mexsat Bicentenario é o quinto satélite mexicano lançado pelo Ariane, que vai prover serviços de comunicação para o país latino-americano.


O foguete decolou transportando dois satélites de telecomunicação (Foto: S Martin, ESA/AP)
O foguete decolou transportando dois satélites de telecomunicação (Foto: S Martin, ESA/AP)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/foguete-ariane-5-decola-da-guiana-francesa-com-dois-satelites.html

Saiba como surgiu a profecia do fim do mundo

Segundo interpretações de símbolos em monumentos maias, o mundo acabaria na próxima sexta-feira, dia 21 de dezembro. Entenda.

Segundo interpretações da 'profecia maia', o fim do mundo está previsto para a próxima sexta-feira, dia 21 de dezembro.
A ideia de que uma hecatombe mundial de grandes proporções se abateria sobre a raça humana na entrada do equinócio de inverno, que ocorre na mesma data, vem sendo alimentada pelo menos há quatro décadas.
Mas foi nos últimos três anos que a previsão ganhou força, polarizando aqueles que acreditam piamente no fim dos tempos e os mais céticos.
A BBC Mundo, o serviço em espanhol da BBC, decidiu investigar a polêmica. Confira.
De onde vêm as profecias?
As interpretações de que o fim do mundo ocorreria no dia 21 de dezembro de 2012 partiram de dois monumentos maias: a Estela 6 (uma espécie de totem), do antigo assentamento de Tortuguero (no Estado de Tabasco, no sul do México) e a Estela 1 de Cobá, em Quintana Roo.
Além disso, a próxima sexta-feira é o último dia do calendário criado pelos maias. Ou seja, não há registro do que viria depois disso.
Na antiga civilização maia, as chamadas 'Estelas' são colunas nas quais se marcavam as datas de eventos importantes.
Os monumentos também serviam como método de propaganda da elite política e religiosa.
No caso da Estela 6 e da Estela 1, o objetivo era associar datas 'míticas' aos sucessos e governos da época para criar coesão e controle social.
Monumento 6 de Tortuguero
O monumento Estela 6 foi descoberto em 1957 e 58. Também é conhecido popularmente como 'a Estela do fim de uma era', e registra o nascimento e entronização de Apho Bahlam, governador da cidade maia no século VII.
Há também referência à data 'baktún 13 4 Ahau 3 Kankin' que, traduzida para o calendário gregoriano, seria equivalente ao dia 21 de Dezembro de 2012 e corresponde ao fim de um ciclo de 5.126 anos registrados na 'longa contagem' do calendário maia.
'Isso não significa que o mundo vai acabar nesta data, a única coisa é que esta data vai significar o fim do ciclo baktún 13 do calendário maia', disse à BBC Mundo o arqueólogo Daniel Juárez Cossío, responsável pela ala dedicada à civilização maia no Museu Nacional de Antropologia do México.
'Ou seja, simplesmente, estamos falando do final do baktún 13 para que se comece uma nova etapa. Trata-se, no fim das contas, de um caminho novo'.
O sítio arqueológico de Tortuguero foi roubado ao longo do tempo, o que dificultou seu estudo e a interpretação completa e contextualizada da Estela 6.
O Calendário Maia
Trata-se de uma combinação de datas e fatos de batalhas míticas e desastres naturais que marcaram o desenvolvimento da cultura, com base em ciclos agrícolas e movimentos de estrelas como o Sol e Vênus.
O calendário não determina apenas a ordem dos dias. Em torno dele foram organizados feriados religiosos, períodos de cultivo e colheita, a escolha de nomes para recém-nascidos, sacrifícios humanos e outros aspectos importantes da cultura maia.
Cossío diz que o fim da 'contagem de tempo' é simplesmente 'o fim de um ciclo de pouco mais de 5 mil anos'.
'Mas os maias não têm uma visão linear da história, onde há um fim irrefutável. Sua visão é cíclica, ou seja, algo termina para o início de outra coisa.'
Estela 1 Cobá
Estela 1 é localizada em Cobá, uma cidade no norte de Quintana Roo, no México, que já foi uma próspera cidade maia.
Este monumento, com inscrições em todos os quatro cantos, conta a história de seus governantes.
Nesta pedra, há quatro referências ao Calendário de Contagem. Uma delas é uma inscrição mencionando o dia de 21 de dezembro de 2012. No entanto, o monumento está bastante danificado, o que impede a observação de quaisquer fatos que teriam ocorrido depois dessa data.
Quando começou a profecia?
Interpretações das 'profecias maias' começaram a se tornar populares nos anos 1970 entre pequenos grupos europeus e americanos, que, no calor do movimento nascente da Nova Era, se aproveitaram das recentes descobertas na zona maia da península de Yucatán para criar uma filosofia de vida e, em muitos casos, um negócio lucrativo.
De um lado da moeda, vários grupos dizem que o dia 21 de dezembro vai registrar um movimento especial de planetas, mudanças na forma em que o homem se relaciona com o seu ambiente e uma transformação mental e espiritual da raça humana, que vai alcançar seu auge nesse dia.
No outro extremo, estão aqueles que dizem que, na data, desastres naturais, crises políticas e econômicas e as guerras travadas ao redor do globo causarão a derrocada da civilização moderna. Para eles, os maias teriam deixado suas marcas para nos alertar sobre tais eventos.
Grupos como o Ascensión Nueva Terra e Cambio Nueva Consciencia asseguraram que os maias previram que um raio de luz do centro da galáxia irá impactar o sol no dia 20 de dezembro de 2012, mudando sua polaridade, o que terá efeitos devastadores sobre a Terra.
Os entusiastas do fim do mundo sugerem, ainda, uma série de medidas para se preparar para 'enfrentar o caminho final para a nova luz'.
Essa série de previsões levou muitas pessoas ao redor do mundo a estocar alimentos, construir refúgios e dirigir-se a terras que pertenceram à civilização mesoamericana.
O que dizem os especialistas?
Segundo arqueólogos e cientistas que trabalham no estudo de civilizações antigas, os maias não faziam profecias e muito menos queriam deixar previsões para gerações futuras.
Os maias apenas determinavam o destino de uma pessoa ou de uma cidade com base no seu calendário e em suas crenças religiosas.
Nesse sentido, Cossío acredita que o dia 21 de dezembro de 2012 'não é uma profecia'. 'É completamente e totalmente falsa essa tese de que o mundo vai acabar com base em algo que estaria disponível. Não há nenhuma base científica e epigráfica que diz que o mundo vai acabar nesta data.'
O que aconteceu com os maias?
Outra parte importante desta lenda é que, quando os exploradores europeus e conquistadores chegaram no territórios dos maias, encontraram muitos assentamentos e cidades antigas abandonados.
Isso criou uma falsa visão de que o povo maia desapareceu sem deixar vestígio, aumentando o mistério e especulação sobre essa civilização.
A verdade é que os herdeiros diretos da cultura maia ainda existem, vivendo na mesma terra que os seus antepassados.
Calendário maia (Foto: BBC)
Calendário maia (Foto: BBC)

Fonte:  http://g1.globo.com/mundo/noticia/2012/12/saiba-como-surgiu-a-profecia-do-fim-do-mundo.html

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

Estrela veloz cria onda de choque com gás e poeira do espaço.


O deslocamento da estrela Zeta Ophiuchi gera um efeito surpreendente no espaço, mostra nova imagem em infravermelho do telescópio espacial Spitzer, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana). O vento produzido pela estrela, que corre a uma velocidade de 24 quilômetros por segundo, é poderoso a ponto de empurrar o gás e a poeira que está no seu trajeto, criando uma onda de choque - a radiação ultravioleta emitida pela estrela faz com que o material a sua volta esquente e fique mais brilhante. Segundo a agência, a Zeta Ophiuchi está cerca de 370 anos-luz de distância e é seis vezes mais quente, oito vezes mais larga e tem massa 20 vezes maior do que o nosso Sol
 Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/album/2012/12/03/imagens-do-mes-dezembro2012.htm

Estrela vista a olho nu tem em órbita planeta potencialmente habitável

Tau Ceti se parece com o Sol e reúne 5 planetas na constelação da Baleia.
Corpos celestes do sistema têm massa entre duas e seis vezes a da Terra.

Astrônomos e notívagos acreditavam há muito tempo que a estrela Tau Ceti, visível a olho nu a partir da Terra, brilhasse solitária na noite, mas cientistas acabam de descobrir cinco planetas em sua órbita, um deles situado na chamada zona habitável, segundo um estudo publicado nesta quarta-feira (19) na revista "Astronomy & Astrophysics".
Tau Ceti faz parte da constelação da Baleia e não fica apenas próxima do Sol, a 12 anos-luz, mas também é muito semelhante a ele, em massa e irradiação. No passado, muitos olhares se voltaram para essa estrela em busca de vida extraterrestre – em vão.
Estrela Tau Ceti (Foto: Universidade de  Hertfordshire/Divulgação)
Estrela Tau Ceti é o corpo mais brilhante da imagem, à direita, e o planeta localizado na chamada zona habitável do sistema aparece em azul, no canto esquerdo (Foto: Universidade de Hertfordshire/Divulgação)

Nenhum planeta foi detectado no entorno de Tau Ceti até que uma equipe internacional teve a ideia de testar uma nova técnica de coleta de dados astronômicos, capaz de detectar sinais duas vezes mais potentes.
"Escolhemos Tau Ceti porque achamos que ela não comportaria nenhum sinal. E é tão brilhante e similar ao nosso Sol que constitui uma cobaia ideal para testar nosso método de detecção de planetas de pequena proporção", explicou em comunicado Hugh Jones, da Universidade de Hertfordshire, no Reino Unido, responsável pelo estudo.
Os cinco planetas descobertos têm massa entre duas e seis vezes a da Terra. O que está na zona habitável fica em uma região nem muito quente, nem muito fria, o que permite a existência de uma atmosfera, de água em estado líquido na superfície, e portanto, talvez uma forma de vida.
"Tau Ceti é uma de nossas vizinhas cósmicas mais próximas, tão brilhante que poderíamos chegar a estudar as atmosferas de seus planetas em um futuro não muito distante", afirmou James Jenkins, da Universidade do Chile, que participou da pesquisa.
A descoberta confirma a nova ideia de "que quase todas as estrelas têm planetas e que a galáxia deve, portanto, conter um grande número de planetas potencialmente habitáveis de tamanho próximo ao nosso", acrescentou Steve Vogt, da Universidade da Califórnia em Santa Cruz, nos EUA.
O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) estimou recentemente que bilhões de planetas como esse existiriam na Via Láctea, dos quais uma centena está na vizinhança do nosso Sol.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/12/estrela-vista-olho-nu-tem-em-orbita-planeta-potencialmente-habitavel.html