quinta-feira, 31 de maio de 2012

Mix de imagens mostra como é a galáxia Catavento na Ursa Maior

A foto divulgada pela Nasa (agência espacial americana) nesta quinta-feira é uma combinação de imagens tiradas por telescópios espaciais que operam com infravermelho, raio visível, ultravioleta e raio X.
Ela mostra a galáxia do Catavento, também conhecida como M101, "casa" de estrelas antigas e jovens em formação.
A Catavento está na constelação da Ursa Maior, que é aproximadamente 70% maior que a Via Láctea e está a 21 milhões de anos-luz da Terra.
Isso significa que a luz que tornou possível essa fotografia se expandiu da galáxia do Catavento cerca de 21 milhões de anos atrás, muito antes dos humanos estarem andando pelo nosso planeta.
Foto da galáxia Catavento, que se encontra em constelação a 21 milhões de anos-luz da Terra
Foto da galáxia Catavento, que se encontra em constelação a 21 milhões de anos-luz da Terra

Telescópio vê além de camadas de poeira na galáxia Centaurus A

Galáxia emite radiação em grandes comprimentos de onda.
Novo telescópio em construção no Chile fez a imagem.

Galáxia Centaurus A, vista pelo telescópio Alma com grandes comprimentos de onda (Foto: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO); ESO/Y. Beletsky)
Galáxia Centaurus A, vista pelo telescópio Alma com grandes comprimentos de onda (Foto: ALMA (ESO/NAOJ/NRAO); ESO/Y. Beletsky)

O Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês), projeto internacional que conta com participação brasileira, publicou nesta quinta-feira (31) uma foto com qualidade inédita da galáxia Centaurus A, que enxerga além de suas camadas de poeira.
A poeira cósmica presente na região obscurece o centro da galáxia nas imagens que estavam disponíveis até então. Contudo, essa galáxia emite grande quantidade de radiação. Em seu centro, que é bastante luminoso, fica um buraco negro que tem 100 milhões de vezes a massa do Sol.
O Alma, que ainda está em construção no norte do Chile, conseguiu captar comprimentos de onda de cerca de 1,3 milímetros, bem maiores que os do espectro visível, para observar a região.
Os tons de verde, amarelo e laranja revelam a posição e o movimento das nuvens de gás na galáxia. As regiões mais verdes correspondem ao gás que vem em direção à Terra, enquanto as mais alaranjadas mostram o gás que se afasta.

Primeira nave privada a visitar estação espacial está de volta à Terra

Cápsula Dragon, da empresa SpaceX, pousou no Oceano Pacífico.
Missão era um teste e foi concluída com sucesso.

A cápsula Dragon, da companhia americana SpaceX, retornou nesta quinta-feira (31) à Terra após se tornar o primeiro veículo privado a chegar à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A espaçonave, não tripulada, caiu de paraquedas no Oceano Pacífico às 12h42 (horário de Brasília) a centenas de quilômetros a oeste da península da Baixa Califórnia, informou o centro de controle de Missão da Nasa em Houston.
A Dragon pousou com segurança no mar. De lá, botes farão o resgate da cápsula e a levarão de volta para os Estados Unidos, onde fica a sede da empresa.
O voo da Dragon era considerado um teste, e foi executado com sucesso. A nave levou pouco mais de 500 kg de suprimentos, como alimentos e água. Apesar de útil, a carga não era indispensável para os astronautas que estão na ISS, justamente pelo risco envolvido na operação.
Dragon pousou em alto mar, no Pacífico (Foto: SpaceX/Divulgação)
Dragon pousou em alto mar, no Pacífico (Foto: SpaceX/Divulgação)

O lançamento aconteceu na última terça-feira, e foi feito por um foguete projetado pela própria SpaceX, o Falcon 9. A acoplagem aconteceu na sexta, e durante a semana os astronautas levaram os suprimentos para dentro da estação.
Foi a primeira vez na história que uma nave espacial construída pela iniciativa privada se conectou ao complexo que orbita a Terra. Até agora, apenas as agências espaciais da Rússia, do Japão, da Europa e dos Estados Unidos já tinham completado essa operação. Por isso, o feito é considerado o início de uma nova era na exploração espacial.
Com o desenvolvimento dos voos da iniciativa privada, a SpaceX -- assim como outras empresas -- poderá até transportar astronautas no futuro.

Cientistas determinam data de colisão da nossa galáxia com a vizinha

Impacto deve ocorrer em 4 bilhões de anos, segundo cientistas.
Nosso planeta deve mudar de lugar, mas sairá ileso.

Nossa galáxia, a Via Láctea, está em rota de colisão frontal com a vizinha Andrômeda e a batida deve acontecer em 4 bilhões de anos, anunciaram astrônomos da Nasa nesta quinta-feira (31). E se mundo sobreviver a 2012, também deve sobreviver ao impacto: segundo os cientistas, a Terra não deve ser destruída, mas nosso Sistema Solar deve ser lançado para outras partes do espaço.
A aproximação entre a Via Láctea e Andrômeda já era conhecida há muitos anos. Nossa vizinha está se movendo em nossa direção a mais de 400 mil quilômetros por hora (nessa velocidade, dá para chegar na Lua em uma hora). No entanto, não se sabia se isso ia gerar uma colisão, uma “topada” de leve ou se Andromeda passaria pertinho, mas sem nos atingir.
Ilustração da Nasa mostra as duas galáxias logo antes da colisão. (Foto: NASA; ESA; Z. Levay and R. van der Marel, STScI; T. Hallas; and A. Mellinger)
Ilustração da Nasa mostra as duas galáxias logo antes da colisão. (Foto: NASA; ESA; Z. Levay and R. van der Marel, STScI; T. Hallas; and A. Mellinger)

Agora, os cientistas já sabem. As duas galáxias vão colidir sim e a batida tem data marcada: em 4 bilhões de anos. A partir daí, elas vão se unir em apenas uma – um processo que deve demorar outros 2 bilhões de anos.
Como as estrelas ficam muito longe umas das outras, elas não devem colidir entre si. No entanto, serão lançadas para órbitas diferentes. Segundo as simulações feitas pelos astrônomos, o nosso Sistema Solar deve ser jogado para uma área muito mais distante do centro da galáxia do que a que se encontra hoje.
Depois da batida entre Via Láctea e Andrômeda, outra colisão está prevista – com a galáxia do Triângulo. Existe ainda uma pequena chance de que Triângulo acerte a Via Láctea antes de Andrômeda. Quando tudo estiver terminado, as três serão uma galáxia só.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Vênus transitará pelo Sol no dia 5, provocando fenômeno raro

Em menos de uma semana, os admiradores do espaço sideral terão uma oportunidade única: observar a passagem do planeta Vênus pelo Sol, em um evento que tem importância histórica e de observação.
O fenômeno ocorrerá no próximo dia 5, segundo a Nasa (agência espacial dos Estados Unidos), e será visível em praticamente todos os continentes, com maior definição no Pacífico Sul.
Imagem de arquivo de Vênus fotografada durante passagem em frente ao Sol; fenômeno se repete em 5 de junho
Imagem de arquivo de Vênus fotografada durante passagem em frente ao Sol; fenômeno se repete em 5 de junho


De acordo com os especialistas, os trânsitos de Vênus são raros e ocorrem aproximadamente a cada século. A previsão é que o fenômeno não se repita até 2117.
O fenômeno começará por volta das 15h na região do Pacífico (16h em Brasília).
A Nasa informou que a passagem de Vênus pelo Sol poderá ser observada em alguns países a olho nu, como o Chile, por exemplo.
Os especialistas, porém, recomendam que o fenômeno não deve ser observado diretamente (sem proteção), pois a luz do Sol é intensa, o que pode provocar problemas oculares.
A orientação, segundo os técnicos, é usar um tipo de proteção. Os que tiverem oportunidade podem procurar os clubes de astronomia que dispõem de telescópios solares, específicos para a observação de fenômenos como o que ocorrerá no dia 5.
De acordo com especialistas, a imagem é do Sol e, em menor escala, os contornos de Vênus.
Pelos dados da Nasa, os primeiros trânsitos de Vênus foram identificados no século 18.
O astrônomo Edmund Halley observou os movimentos de Vênus ao analisar o Sol e a Terra.
Em 1760, o navegador e cartógrafo inglês James Cook foi enviado pelas autoridades da época para observar os trânsitos de Vênus do Tahiti.

Terremoto do Japão afetou camada mais fina da atmosfera, diz Nasa

Perturbações terrenas do terremoto ecoaram no movimento de elétrons.
Movimento foi monitorado por sinais de GPS trocados entre satélites.

O violento terremoto seguido por tsunami que atingiu o norte do Japão em março de 2011 afetou também os céus, perturbando os elétrons no topo da atmosfera, segundo a Nasa.
A onda de energia do fenômeno sísmico alcançou a ionosfera, camada mais alta e fina da atmosfera, entre 80 e 805 quilômetros acima da superfície terrestre.
É nessa camada que a radiação ultravioleta solar decompõe as moléculas e cria uma névoa de elétrons e íons.
Em imagens divulgadas na sexta-feira (25), a Nasa mostrou como as perturbações terrenas do terremoto e do tsunami ecoaram no movimento de elétrons muito distantes. Esse movimento foi monitorado por meio dos sinais de GPS trocados entre satélites e receptores em terra.
Cientistas já haviam visto esse fenômeno antes, em tsunamis ocorridos em Samoa (2009) e Chile (2010). O episódio japonês, no entanto, ocorreu em uma região mais monitorada por uma densa rede de receptores de GPS, segundo nota da Nasa.
O mesmo tsunami causou um grave acidente nuclear na usina de Fukushima.

Halo da Via Láctea tem 11,4 bilhões de anos, determinam astrônomos

Cientista calculou primeiro a idade de estrelas próximas ao halo.
'Margem de erro' é de 700 milhões de anos para mais ou para menos.


O halo interior da Via Láctea teria mais de 11 bilhões de anos, segundo cientistas do Centro de Astrofísica da Universidade Johns Hopkins, nos Estados Unidos. O cálculo foi feito usando um novo método de precisão, criado na universidade, que atribui a idade de populações de estrelas vizinhas. O estudo foi divulgado nesta quarta-feira (30) na revista científica “Nature”.
A nossa galáxia (Via Láctea), uma massa de milhões de estrelas, também tem vários componentes, como o disco e o halo.
No entanto, a dificuldade de calcular as idades das populações estelares, ao longo dos tempos, faz com que haja poucos dados sobre a sua formação.
Jason Kalirai, autor do estudo, desenvolveu a técnica para estimar a idade de estrelas anãs-brancas recém-formadas, usando o aglomerado globular de estrelas Messier 4, de mais de 12 bilhões de anos, como base.
Ele aplicou a técnica em uma amostra de quatro estrelas anãs brancas localizadas próximas ao halo da Via Láctea e chegou à conta de 11,4 bilhões de anos, com uma "margem de erro" de 700 milhões de anos para mais ou para menos. Na mesma observação, ele descobriu quase 2 mil estrelas anãs brancas próximas ao aglomerado.
Halo interior é a parte mais próxima ao centro da Via Láctea (Foto: 2mass/J. Carpenter T.H. Jarrett & R. Hurt)
Halo interior é a parte mais próxima ao centro da Via Láctea (Foto: 2mass/J. Carpenter T.H. Jarrett & R. Hurt)

Asteroide passa a apenas 14 mil quilômetros da Terra

Segundo a Nasa, foi a sexta passagem mais próxima já registrada.
Corpo celeste é muito pequeno e inofensivo para o planeta.


Um asteroide passou a apenas 14 mil quilômetros da Terra nesta terça-feira (29), segundo confirmou a Nasa. Como base de comparação, a distância é menor do que a que separa o Brasil do Japão.
O Laboratório de Propulsão de Jatos, mantido pela agência espacial americana, afirmou que esta foi a sexta passagem mais próxima já registrada de um asteroide à Terra.
O asteroide 2012 KT42 só foi descoberto na última segunda. Tem entre 3 e 10 metros de diâmetro, e é pequeno demais para representar uma ameaça ao planeta. Caso ele entrasse na atmosfera, seria desintegrado totalmente em diminutos meteoritos.
De toda forma, os especialistas que fizeram o cálculo da rota do corpo celeste disseram que não há risco de colisão com a Terra. O pequeno asteroide voa dentro do cinturão Clark de satélites geo-sincrônicos, utilizado para os sistemas de comunicação.
Foi o segundo asteroide a passar perto da Terra nesta semana. Na segunda, um asteroide com 21 metros de diâmetro passou a cerca de 51 mil km do planeta.
Imagens do asteroide 2012 KT42 passando pela Terra (Foto: Alex R. Gibbs, Catalina Sky Survey, University of Arizona, NASA)
Imagens do asteroide 2012 KT42 passando pela
Terra (Foto: Alex R. Gibbs, Catalina Sky Survey,
University of Arizona, NASA)

terça-feira, 29 de maio de 2012

China lança satélite para estudar recursos da Terra e evitar desastres

Com o 'Yaogan XV',  também foi posto em órbita o satélite 'Tiantuo I', usado para a recepção de dados do sistema de identificação automática de navios

A China lançou nesta terça-feira, 29, seu satélite de detecção remota "Yaogan XV", desde seu Centro de Lançamento de Satélites de Taiyuan, na província de Shanxi, ao norte da China, para realizar experimentos científicos, informou a agência oficial de notícias "Xinhua".
O satélite foi lançado às 15h31 locais (4h31 de Brasília) a bordo do transportador Gran Marcha 4B e alguns de seus objetivos são estudar os recursos da Terra, analisar o rendimento dos cultivos e reduzir os desastres naturais e prevení-los, segundo a agência.
Com o "Yaogan XV" também foi posto em órbita o satélite "Tiantuo I" para a recepção de dados do Sistema de Identificação Automática de navios, a captação de imagens ópticas e a coleta de informação sobre experimentos de exploração espacial.
Satélite lançado ao norte da China será utilizado para realizar experimentos científicos - Reprodução/Agência Xinhua
Satélite lançado ao norte da China será utilizado para realizar experimentos científicos

segunda-feira, 28 de maio de 2012

Saturno, a lua Tétis e as mudanças

Mesmo em uma cena calma como a acima, em que Saturno e sua lua Tétis parecem congelados no tempo, a sonda espacial Cassini indica pistas de como o  planeta está sempre mudando.
No hemisfério norte de Saturno é possível ver as cicatrizes deixadas pela grande tempestade que se alastrou pela sua superfície em 2011. Além disso, dia após dia, as sombras projetadas pelos anéis no hemisfério sul crescem em direção ao verão que agora se encontra no norte, afirma a Nasa.
A lua Tétis aparece bem acima dos anéis, pequenina, mais à esquerda do centro desta imagem, que, aliás, foi produzida a uma distância de aproximadamente 12,3 milhões de quilômetros.
Cassini_Nasa.jpg

sábado, 26 de maio de 2012

Via Láctea pode ter planetas 'nômades', sugere estudo

Em vez de orbitar uma estrela, esses planetas vagam pela galáxia.
Segundo astrônomos, número pode chegar a quatrilhões.

Para quem vive na Terra, no conforto da luz e do calor do Sol, é difícil imaginar um planeta que não gire ao redor de uma estrela. Mas os planetas “nômades” existem, segundo um estudo publicado pela revista científica “Monthly Notices of the Royal Astonomical Society”, e podem ser um fenômeno bastante comum.
O artigo estima que haja até 100 mil desses corpos celestes para cada estrela da Via Láctea. Como há entre 200 bilhões e 400 bilhões de estrelas na galáxia, o número de planetas “nômades” pode chegar à casa dos quatrilhões.
Com tantos planetas do tipo na galáxia, os cientistas afirmam que eles teriam um papel importante na dinâmica da Via Láctea. Eles poderiam, por exemplo, ser uma forma de transportar vida, mesmo sem a luz e o calor de uma estrela próxima.
“Se a Terra como é hoje se tornar um planeta nômade, a vida na Terra não vai acabar”, afirmou Dimitar Sasselov, professor de Astronomia na Universidade Harvard, nos Estados Unidos.
“Isso nós sabemos. Não é especulação nesse ponto. Já identificaram um grande número de micróbios e até dois tipos de nematódeos (vermes) que sobrevivem inteiramente do calor que vem de dentro da Terra”, apontou o pesquisador.
Ilustração de um planeta 'nômade' (Foto: Greg Stewart/SLAC/Divulgação)
Ilustração de um planeta 'nômade' (Foto: Greg
Stewart/SLAC/Divulgação)

Astronautas da Estação Espacial flutuam dentro de nave privada

Cápsula Dragon acoplou-se à estação na sexta-feira.
Segundo engenheiro, nave 'tinha cheiro de carro novo'.

Astronautas a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS) abriram a escotilha e flutuaram dentro de uma cápsula Dragon da empresa Space Exploration Technologies neste sábado (26), a primeira nave privada a alcançar o posto orbital, informou a Nasa.

Astronautas entram na cápsula Dragon, acoplada à Estação Espacial (Foto: Nasa/Reuters)
Astronautas entram na cápsula Dragon, acoplada à Estação Espacial (Foto: Nasa/Reuters)

O comandante da estação, Oleg Kononenko, e o engenheiro de voo, Don Pettit, abriram a escotilha para a Dragon pouco antes das 7h (horário do Brasil), disse o analista da missão da Nasa Josh Byerly do Controle da Missão em Houston.
A cápsula em forma de sino, que faz seu segundo voo-teste, chegou à estação espacial na sexta-feira (25). A tripulação usava máscaras e óculos de proteção, mas o interior da Dragon, que tem o tamanho de um closet grande, mostrou-se limpo.
"Não havia nenhum sinal de nenhum tipo (de destroços) voando em torno", Pettit disse via rádio para o Controle da Missão, acrescentando que a Dragon "tinha o cheiro de um carro novo".
"Parece que leva a mesma quantia de carga que eu posso colocar no porta-malas da minha caminhonete", disse Pettit mais tarde a jornalistas durante uma coletiva de imprensa a bordo. Ele acrescentou: "Não há espaço suficiente aqui para dançar uma quadrilha, mas para o transporte de equipe da atmosfera terrestre para o espaço e vice-versa, que é por um período curto, há bastante espaço aqui para a equipe prevista".


Nave produzida por empresa foi acoplada à Estação Espacial (Foto: Nasa/Reuters)
Nave produzida por empresa foi acoplada à Estação Espacial (Foto: Nasa/Reuters)

A Space Exploration Technologies, ou SpaceX, está trabalhando em uma versão da Dragon que possa transportar sete passageiros, e que deve ficar pronta para testes de voo em 2015.
A cápsula da estação espacial levou cerca de 544 quilos de alimentos e outros suprimentos para a estação, todos itens não-essenciais porque a Nasa e a SpaceX não sabiam de antemão se ela conseguiria chegar até a estação.
Depois do lançamento de terça-feira dentro de um foguete Falcon 9 da SpaceX da Estação da Força Aérea de Cabo Canaveral na Flórida, a Dragon tinha que mostrar que poderia ser comandada e controlada por operadores em solo e pela tripulação da estação espacial em órbita.


sexta-feira, 25 de maio de 2012

Novos cálculos sugerem que astros parecidos com a Terra são raros


Uma nova análise, feita com base nos dados do satélite caçador de planetas Kepler, sugere que ainda estamos bem longe de encontrar um gêmeo perfeito da Terra.
A conclusão a que chegou John Rehling, cientista da computação do Dartmouth College e da Universidade de Indiana que já trabalhou para a Nasa, é desanimadora.
Segundo ele, das 156 mil estrelas que o Kepler monitora em busca de planetas, apenas 27 devem ter uma Terra legítima, em termos de tamanho e órbita. O que significa dizer que será preciso um pouco de sorte para que alguma delas seja encontrada.
De cara, ele confirma o que os cientistas envolvidos com o Kepler têm dito a cada nova divulgação de dados: "Estamos encontrando cada vez mais planetas pequenos como o nosso e cada vez mais planetas suficientemente afastados de suas estrelas".
O problema é que, depois de uma análise estatística rigorosa, Rehling percebeu que há um senão desagradável nessa informação: em geral, quando o planeta tem o tamanho da Terra, não tem órbita similar, e vice-versa.

 Antes de mais nada, é importante qualificar os dados em que a análise se baseia. O Kepler detecta planetas pelo método do trânsito (que enxerga a passagem do planeta na frente de sua estrela). Ele tem limitações na detecção de sinais e precisa de múltiplas ocorrências para confirmar a presença de um astro.
Então, as toneladas de potenciais trânsitos detectados são tratadas, em geral, como "candidatos a planeta".
Por isso, Rehling teve de partir da premissa de que os candidatos, embora certamente não sejam todos reais, são proporcionalmente representativos do que de fato é real.
Em seguida, ele tratou de criar fatores que compensam os vieses observacionais do próprio satélite, que tende a observar mais planetas mais próximos e maiores.
Enfim, criou uma tabela que mostra como se distribuem os planetas segundo porte e período orbital (quanto tempo levam para dar uma volta em torno da estrela).
TÍPICO E ATÍPICO
"No geral, vemos que o Sistema Solar é qualitativamente típico ao ter planetas maiores mais afastados [do Sol] que os menores", diz Rehling.
"Contudo, ele é quantitativamente atípico. Embora o Kepler nos mostre que há quase certamente vários planetas em cada estrela, ele também indica que o Sistema Solar tem uma distribuição bizarramente espalhada quando comparada à de sistemas planetários típicos."
O resultado, se estiver correto, levará a humanidade a refletir um pouco mais sobre o real significado do "princípio copernicano".
Assim chamado por fazer referência à teoria de Nicolau Copérnico, que no século 16 colocou a Terra apenas como um planeta girando ao redor do Sol (em vez de ser o centro do Universo, como se achava), o princípio postula que não há nada de especial em relação ao nosso planeta, se comparado à média cósmica.
Entretanto, se as condições terrestres são raras na escala astronômica (um punhado de planetas para cada centena de milhares de estrelas), o Sistema Solar, apesar de ser apenas um de muitos, passa a ser um lugar interessante.
Os astrônomos ainda pedem cautela antes que se tire qualquer conclusão do tipo. "Penso que há que se tomar muito cuidado com esse tipo de extrapolação", diz Eduardo Janot Pacheco, astrônomo da USP e da equipe do Corot (satélite europeu caçador de planetas, rival do Kepler).
Ele aponta que há muitas restrições à detecção de planetas pequenos em órbitas largas para levar a sério as estatísticas. "Temos de esperar a nova geração de satélites para ter alguma segurança."

Maior telescópio do mundo será dividido entre três países

África do Sul, Austrália e Nova Zelândia vão abrigar o projeto SKA.
Radiotelescópio pesquisará origem do Universo e vida extraterrestre.


O maior e mais avançado radiotelescópio do planeta, capaz de detectar sinais de vida extraterrestre em lugares distantes do universo, será dividido entre locais na África do Sul, na Austrália e na Nova Zelândia. A decisão foi anunciada durante uma reunião do consórcio internacional que controla o projeto, sexta-feira (25) no aeroporto de Schiphol, Holanda.
A decisão de dividir os locais de instalação da Rede de 1 Quilômetro Quadrado (SKA, na sigla em inglês), um projeto de US$ 2 bilhões, surgiu depois de fortes esforços de lobby dos dois principais candidatos -- a África do Sul, de um lado, e a parceria entre Austrália e Nova Zelândia, do outro.
Ilustração de como será a estrutura do SKA (Foto: Reuters/Divulgação - SKA Organisation/Swinburne Astronomy)
Ilustração de como será a estrutura do SKA (Foto: Reuters/Divulgação - SKA Organisation/Swinburne Astronomy)

Os cientistas que comandam o projeto disseram que a decisão de adotar localização dividida não é uma vitória das conveniências políticas sobre a ciência.
"Estamos todos cientes das dimensões políticas disso", disse Jon Womersley, presidente do conselho da organização SKA, mas acrescentou que "é uma maneira cientificamente motivada de ir em frente".
Quando concluído, em 2024, o telescópio será formado por 3 mil discos de antenas, cada um com 15 metros de diâmetro, e por muitas outras antenas individuais. O conjunto todo propiciará uma superfície de recepção de um quilômetro quadrado. A primeira fase de construção deve começar em 2016.
Varrendo o céu 10 mil vezes mais rápido e com sensibilidade 50 vezes maior que a de qualquer outro telescópio, o novo sistema será usado para estudar as origens do universo e será capaz de detectar sinais fracos que podem indicar a presença de vida extraterrestre.
Telescópio KAT-7, na África do Sul, onde deve funcionar o SKA (Foto: Reuters/Mike Hutchings)
Telescópio KAT-7, na África do Sul, onde deve funcionar o SKA (Foto: Reuters/Mike Hutchings)

Primeira nave privada se acopla à Estação Espacial Internacional

Operação era parte crítica do voo teste e foi realizada com sucesso.
Manobra inaugura nova era da exploração espacial.


A cápsula espacial Dragon, da empresa SpaceX, se acoplou à da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) desta sexta-feira (25). A nave foi capturada pelo braço mecânico da ISS às 10h56 (horário de Brasília) e a acoplagem foi concluída às 13h02.
É a primeira vez na história que uma nave espacial construída pela iniciativa privada vai se conectar ao complexo que orbita a Terra. Até agora, apenas as agências espaciais da Rússia, do Japão, da Europa e dos Estados Unidos já tinham completado essa operação. Por isso, o feito é considerado o início de uma nova era na exploração espacial.
O lançamento aconteceu na última terça-feira, e foi feito por um foguete projetado pela própria SpaceX, o Falcon 9.
O voo da Dragon é considerado um teste. A nave levou pouco mais de 500 kg de suprimentos, como alimentos e água, que serão úteis, mas não seriam indispensáveis para os astronautas que estão na ISS.
Com o desenvolvimento dos voos da iniciativa privada, a SpaceX -- assim como outras empresas -- poderá até transportar astronautas no futuro.
Dragon acoplada à ISS (Foto: Nasa/SpaceX/Divulgação)
Dragon acoplada à ISS (Foto: Nasa/SpaceX/Divulgação)

Primeiro homem a pisar na Lua lamenta cortes no programa espacial dos EUA

Em rara entrevista, Neil Armstrong fala sobre o pouso perigoso na Lua e teorias da conspiração acerca da missão.


O primeiro homem a ir à Lua, o célebre Neil Armstrong, que pousou sobre o satélite natural com a Apollo 11 em julho de 1969, lamentou a decisão dos Estados Unidos de fazer cortes no programa espacial americano.
Em uma rara entrevista, o americano falou com a CPA Austrália, a associação de contadores do país, e disse que os cortes no programa, anunciados pelo presidente americano, Barack Obama, em 2010, limitam as expectativas do país em uma área em que os EUA sempre foram pioneiros.
"A Nasa (agência espacial americana) é um dos investimentos públicos de maior sucesso na motivação dos estudantes para que eles façam bem as coisas e alcancem tudo o que puderem alcançar", disse o ex-astronauta.
Armstrong citou seu próprio exemplo, afirmando que, quando criança, os voos dos militares americanos o motivaram a se esforçar.
"É triste que estejamos levando o programa para uma direção em que reduzimos a quantidade de motivação e estímulo que dá aos jovens", afirmou.
A entrevista de Armstrong foi disponibilizada em vídeo no site da CPA Austrália para marcar o aniversário de 125 anos da instituição e causou surpresa na imprensa internacional.
O ex-astronauta de 82 anos não costuma conceder entrevistas e sempre foi resistente em falar sobre a missão ao espaço que o levou à fama em 1969.
Mas, talvez a razão de Armstrong ter falado com o diretor da CPA, Alex Malley, seja familiar.
"Eu sei de algo que a maioria das pessoas não sabem a respeito de Neil Armstrong. O pai dele era contador", disse Malley à imprensa australiana.
20 segundos
Armstrong disse na entrevista que não estava muito otimista em relação à sua missão à Lua.
"A diferença entre 20 minutos ali em cima (no espaço) e ir à Lua, era algo muito além do que podíamos acreditar, tecnicamente", disse o ex-astronauta comparando a missão da Apollo 11 com as missões anteriores da Nasa, na qual os astronautas chegaram ao espaço e não ao satélite natural.
"Um mês antes da decolagem da Apollo 11, decidimos que tínhamos confiança o bastante para tentar descer na superfície (da Lua)", dise.
"Acredito que tínhamos uns 90% de possibilidades de voltar a salvo à Terra, mas apenas 50% de aterrissar em uma primeira tentativa. Havia muitas coisas desconhecidas nesta descida da órbita lunar para a superfície, que não tinham sido demonstradas", lembrou o ex-astronauta.
O momento do pouso na Lua foi tenso.
"Não era, absolutamente, um bom lugar [para o pouso]", disse.
"Peguei o controle manual e voei como em um helicóptero, em direção oeste", contou.
Armstrong revelou que o computador de bordo indicou um lugar para o pouso que não era o melhor, pois estava ao lado de uma cratera.
"Levei [a nave] para uma zona mais plana, sem tantas rochas e encontrei uma área parecida e pude pousar ali antes que ficássemos sem combustível. Tínhamos [combustível] apenas para mais 20 segundos".
Conspirações
Na entrevista, Armstrong também comentou o fato de que muitas pessoas ainda pensam que a viagem à Lua foi uma mentira.
"As pessoas gostam de teorias de conspiração, são muito atraentes", disse.
Mas o ex-astronauta conta que existe uma forma de provar que eles chegaram à Lua e a prova está no próprio satélite natural da Terra.
"[Os comentários] nunca foram uma preocupação para mim porque em algum momento alguém voará de volta [para a Lua] e encontrará a câmera que deixei lá em cima", diz o americano, citando câmeras fotográficas que tiveram de ser deixadas para trás por excesso de peso na nave no regresso à Terra.

Neil Armstrong em traje de astronauta (Foto: AP/BBC)
Neil Armstrong em traje de astronauta
(Foto: AP/BBC)

Cientistas afirmam que Marte tem elementos básicos da vida

Nova missão vai tentar descobrir se houve vida marciana.


Novas evidências encontradas em meteoritos sugerem que elementos básicos para o surgimento de vida estão presentes em Marte.
O estudo descobriu que carbono encontrado em 10 meteoritos, que abrangem mais de quatro bilhões de anos da história marciana, se originou no planeta e não foi o resultado de contaminação na Terra.
Detalhes do estudo foram publicados na revista "Science".
Mas a pesquisa também mostra que o carbono de Marte não veio de formas de vida.
Uma equipe de cientistas baseada na Carnegie Institution for Science, com sede em Washington, encontrou "carbono reduzido" nos meteoritos e diz que o elemento foi criado por atividade vulcânica no Planeta Vermelho.
O carbono reduzido é o carbono que está ligado quimicamente ao hidrogênio ou entre si.
'Química orgânica'
Eles argumentam que isso é uma evidência "de que Marte realizou química orgânica durante a maior parte de sua história".
Líder do estudo, o Dr. Andrew Steele disse à BBC: "Nos últimos 40 anos, procuramos uma piscina do chamado 'carbono reduzido' em Marte, tentando descobrir onde e se está lá, perguntando se, de fato, existia".
"Sem o carbono, os elementos de construção da vida não podem existir (...) Então, é o carbono reduzido que, com hidrogênio, oxigênio e nitrogênio, compõe as moléculas orgânicas da vida".
Ele diz que a nova análise respondeu à primeira pergunta.
"Esta pesquisa mostra que, sim, o carbono reduzido existe em Marte. E agora estamos nos movendo para o próximo conjunto de perguntas".
"O que aconteceu com ele [o carbono reduzido], qual foi seu destino, será que deu o próximo passo de criar vida em Marte?", indagou.
O cientista espera que a próxima missão a pousar no Planeta Vermelho -- a Mars Science Laboratory, também conhecida como missão Curiosity -- lance mais luz sobre a grande pergunta.
"A questão se estamos sós tem sido um grande condutor da ciência, mas ela se relaciona com a nossa própria origem. Se não há vida em Marte, qual a razão? Isso nos permite traçar uma hipótese mais clara sobre por que há vida aqui".
Então, será que Steele acha que houve, ou há, vida em Marte?
Ele ri: "Tragam-me algumas pedras de lá e eu vou te responder".

Imagem da Nasa mostra marcas de lava vulcânica em Marte (Foto: AFP/BBC)
Imagem da Nasa mostra marcas de lava vulcânica
em Marte (Foto: AFP/BBC)

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Sonda marciana faz foto da própria sombra


Jipe-robô Opportunity estuda a cratera Endeavour.
Sonda está há oito anos no planeta vermelho.

Ele ainda não tem Instagram, mas o jipe-robô marciano Opportunity já sabe os macetes para ter uma foto de sucesso. Na borda da cratera Endeavour, a sonda tirou uma foto da própria sombra. Para deixar o efeito mais bonito, alterou as cores da imagem com a ajuda de filtros. A fotografia foi divulgada pela agência espacial americana (Nasa).
O Opportunity chegou a Marte em janeiro de 2004. Sua missão ia até abril, mas ele continuou trabalhando e não parou até agora.


Opportunity faz foto da própria sombra no solo marciano. (Foto: NASA/JPL-Caltech/Cornell/Arizona State Univ.)

Opportunity faz foto da própria sombra no solo marciano. (Foto: NASA/JPL-Caltech/Cornell/Arizona State Univ.)

 

Já são oito anos no planeta vermelho - sete anos e nove meses a mais do que o previsto. Seu jipe irmão, o Spirit,http://astronomianaitaa.blogspot.com.br/2011/01/robo-spirit-completa-sete-anos-em-marte.html

Primeira nave privada tenta acoplagem nesta madrugada

Cápsula Dragon passa em testes e tenta aproximação.
Barack Obama parabenizou sucesso da missão.


A cápsula espacial Dragon, da empresa SpaceX, está em rota para realizar uma primeira aproximação à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) antes de tentar o acoplamento previsto para a madrugada de quinta para sexta-feira, segundo a agência espacial americana (Nasa).
Se tudo der certo, será a primeira vez que uma nave espacial construída pela iniciativa privada vai se conectar ao complexo orbital. O voo é considerado um teste.
Cápsula Dragon é vista da ISS como um pontinho à distância. (Foto: Reprodução)
Cápsula Dragon é vista da ISS como um pontinho à distância. (Foto: Reprodução)

A empresa SpaceX, que lançou a Dragon com sucesso na terça-feira, informou que aproximadamente às 5h30 (de Brasília) desta quinta, o veículo não-tripulado navegava a 2,5 quilômetros da ISS.
A cápsula, que leva pouco mais de meia tonelada de alimentos, roupas e equipamentos aos seis astronautas que residem na ISS, deverá atracar por volta de 3h da sexta, iniciando uma nova era da exploração espacial.
Enquanto a Dragon continuava sua aproximação à ISS, o presidente dos EUA, Barack Obama ligou para o co-fundador da SpaceX, Elon Musk, para o parabenizar pelo sucesso da missão.
A aproximação desta madrugada teve o propósito de testar os sistemas de navegação e comunicações que operarão amanhã quando a Dragon tentar o acoplamento com a ISS, um projeto de US$ 100 bilhões no qual participam 16 nações.
Em 7 de maio, o astronauta Don Pettit, a bordo da ISS, treinava para a acoplagem com a Dragon. (Foto: Divulgação)
Em 7 de maio, o astronauta Don Pettit, a bordo da ISS, treinava para a acoplagem com a Dragon. (Foto: Divulgação)

Astronauta faz imagens de chuva de meteoros vista do espaço



Chuva vinda da constelação de Lira ocorreu em abril.
Imagens vão ajudar a Nasa a entender melhor o fenômeno.

A bordo da Estação Espacial Internacional, o astronauta Don Pettit fez uma série de fotografias da chuva de meteoros Lirídeos atingindo a Terra em 22 de abril. As imagens estão sendo usadas agora por um grupo de cientistas do Centro Espacial Marshall, no Alabama, para melhorar o entendimento do fenômeno. O estudo pode render ferramentas melhores no futuro para observar meteoros.
As 316 fotografias foram combinadas em um vídeo, que você pode ver ao lado.


Imagem feitas da chuva de meteoros vista do espaço (Foto: NASA/JSC/D. Pettit)
Imagem feitas da chuva de meteoros vista do espaço (Foto: NASA/JSC/D. Pettit)





quarta-feira, 23 de maio de 2012

Sonda da Nasa faz imagem de sombra do eclipse no Pacífico

Imagem mostra contraste entre luz e sombra do fenômeno.
Eclipse ocorreu nos duas 20 e 21 e não foi visto do Brasil.


Eclipse de 20 de maio visto sobre o Oceano Pacífico (Foto: Nasa)
Nos últimos dias 20 e 21, moradores do Extremo Oriente e do oeste dos Estados Unidos puderam ver um eclipse do Sol. O eclipse acontece quando a Lua se posiciona entre o Sol e a Terra, o que projeta uma sombra sobre o planeta. O fenômeno foi visto primeiro na Ásia e percorreu todo o caminho até a América do Norte. Esta foto feita pelo observatório Modis, da Nasa, mostra o eclipse sobre o Oceano Pacífico. A mancha escura à esquerda é a sombra da Lua, enquanto a parte mais clara à direita recebe luz do Sol. O que aparece em branco são as nuvens sobre o mar (Foto: Nasa)

Sonda faz imagem de eclipse solar visto do espaço

Fenômeno foi visto no domingo no Hemisfério Norte.
Nave japonesa está em órbita da Terra para estudar o Sol.


A sonda espacial Hinode fez imagens do eclipse solar do último domingo (20) vistas do espaço, informou a agência espacial americana (Nasa). A Hinode é uma sonda japonesa, fruto de uma parceria com a Nasa e o Reino Unido. O eclipse anular foi visto no Hemisfério Norte, na Ásia e nos Estados Unidos.
A sonda está a 630 km de altitude, em órbita da Terra e é usada para estudar o Sol.
Um eclipse do Sol ocorre quando a Lua se coloca entre a Terra e a estrela. Quando ele é anular, cria um anel de fogo em volta da sombra do satélite.
Fotografia feita pela sonda espacial Hinode do eclipse (Foto: JAXA/Hinode)
Fotografia feita pela sonda espacial Hinode do eclipse (Foto: JAXA/Hinode)



terça-feira, 22 de maio de 2012

Primeiro foguete privado decola rumo à Estação Espacial Internacional

‘Falcon 9’ leva cápsula ‘Dragon’ com carga para ISS.
Lançamento é o primeiro que envolve voo comercial à estação.

Um foguete não tripulado privado da empresa SpaceX decolou de Cabo Canaveral, Flórida, nesta terça-feira (22), numa missão teste cujo destino é a Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), tornando-se o primeiro voo comercial a viajar rumo ao complexo orbital.
O “Falcon 9” partiu às 3h44 (hora local) da mesma plataforma de lançamento - reformada - de onde a Nasa lançava seus ônibus espaciais que agora estão aposentados. O foguete leva a cápsula “Dragon”, com carga para os seis astronautas que ocupam a ISS.
O foguete ‘Falcon 9’ decola de Cabo Canaveral. (Foto: John Raoux / AP Photo)
O foguete ‘Falcon 9’ decola de Cabo Canaveral. (Foto: John Raoux / AP Photo)

Rastro do primeiro foguete privado a decolar rumo à ISS. (Foto: John Raoux / AP Photo)
Rastro do primeiro foguete privado a decolar rumo à ISS. (Foto: John Raoux / AP Photo)

A carga de pouco mais de 500 kg leva suprimentos simples, como alimentos, que, apesar de úteis, não são indispensáveis para os astronautas que estão na ISS. Isso porque esse voo ainda é visto como um teste, uma forma de mostrar que a empresa e capaz de levar carga e, posteriormente, astronautas até a estação.
A Space X, cujo nome completo é Space Exploration Technologies, recebeu da Nasa US$ 1,6 bilhão para fazer 12 voos de reabastecimento para a estação após a aposentadoria dos ônibus espaciais no ano passado. Ao lado dela, outra empresa, a Orbital Technologies, também está sob contrato para realizar esses voos robóticos.
Se as empresas conseguirem provar que podem voar com segurança, os americanos – que estão sem naves próprias desde a aposentadoria de Discovery, Endeavour e Atlantis – finalmente poderão voltar ao espaço por conta própria.
Atualmente, a Nasa dependente da Rússia para enviar tripulação à estação espacial, a um custo de mais de US$ 60 milhões por pessoa.
(*) Com informações das agências de notícias France Presse e Reuters


segunda-feira, 21 de maio de 2012

Novo telescópio solar é inaugurado na Espanha


Projeto alemão foi construído nas Ilhas Canárias.
Gregor, como é chamado, estudará processos que ocorrem no Sol.

O maior telescópio solar da Europa, chamado Gregor, foi inaugurado nesta segunda-feira (21) no Observatório do Teide, nas Ilhas Canárias, na Espanha. O projeto coordenado por um consórcio alemão servirá para auxiliar a observação e compreensão dos processos que acontecem no Sol.
Durante a inauguração do Gregor, o diretor do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), Francisco Sánchez, explicou que esta infraestrutura é uma prova de cooperação que ajuda o desenvolvimento conjunto.

Foto divulgada do novo telescópio solar, que foi inaugurado na ilha de Tenerife, que faz parte das Canárias
Foto divulgada do novo telescópio solar, que foi inaugurado na ilha de Tenerife, que faz parte das Canárias
Os custos deste telescópio e de seus primeiros instrumentos são de aproximadamente 12,85 milhões de euros (cerca de R$ 33,6 milhões), custeados em grande parte pelo consórcio alemão, que inclui o Instituto de Astrofísica de Potsdam-Leibinz e o Instituto de Pesquisa Solar Max Planck em Katlenburg-Lindau, como parceiros.
O Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), assim como o Instituto de Astrofísica de Göttingen e o Instituto Astronômico da Academia de Ciência da República Tcheca, também participam deste projeto.
O telescópio solar Gregor ajudará a compreender melhor os processos físicos que são produzidos na maioria das estrelas do universo, além de resolver questões sobre como a atividade solar afeta e danifica os satélites e as redes de energia da Terra.
O novo aparelho também permitirá uma observação da atmosfera solar com uma resolução nunca vista até agora. Isso porque o Gregor possui uma abertura de 1,5 metros, um número superior ao do resto dos telescópios solares instalados nos observatórios do IAC.
A resolução espacial, espectral e temporal permite que os pesquisadores possam seguir os processos físicos na superfície do Sol em escalas menores -- como 70 quilômetros, por exemplo.
Ao contrário do que ocorre com o resto de telescópios solares, o desenho do Gregor é totalmente aberto, já que sua cúpula é substituída por um teto retrátil. Esse mecanismo evita o superaquecimento da estrutura e dos espelhos.

Eclipse com 'anel de fogo' escureceu o Hemisfério Norte

Esse foi o 1º eclipse anular que pode ser visto nos EUA desde 1994, e o próximo será em 2023


Neste último domingo, 21, o Sol e a Lua se alinharam sobre a Terra num raro evento astronômico, o eclipse anular, que obscureceu partes da Ásia e da América do Norte, criando por alguns instantes um anel de fogo no céu.
Num campo de Utah, milhares de pessoas reunidas para apreciar o fenômeno aplaudiram, gritaram e até uivaram durante o auge do eclipse.
"A maravilha disso, a pura coincidência de isso poder acontecer, isso me deslumbra totalmente", disse Brent Sorensen, professor de Física da Universidade do sul de Utah, que levou seis telescópios para oferecer aos curiosos na localidade rural de Kanarraville.
Esse foi o primeiro eclipse anular que pode ser visto nos EUA desde 1994, e o próximo será em 2023. Ele ocorre quando a Lua está no seu ponto mais distante da Terra e, ao passar diante do sol, cobre mais de 90 por cento dos seus raios, deixando apenas uma borda exposta.
O anel foi visível durante quatro minutos para quem estava bem no centro da faixa terrestre voltada para o fenômeno.

domingo, 20 de maio de 2012

Pesquisadores do Ceará registram imagem de 'mancha monstro' do Sol

Estudantes de Juazeiro do Norte podem observar mancha em telescópio.
Grupo de mancha solares AR 1476 foi descoberto por cientistas da Nasa
O Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE) anunciou o registro de imagens de manchas solares captadas pelo Núcleo de Astronomia de campus da cidade de Juazeiro do Norte. O registro ocorreu nos dias 10 e 14 de maio. São imagens do um grupo de manchas solares AR 1476, ou Região Ativa 1476, descoberto recentemente por cientistas da Nasa. De acordo com o N-Astro, a “mancha monstro”, como foi apelidada o grupo, pode ser observada sem instrumentos ópticos, mas é necessário um filtro adequado para evitar danos permanentes nos olhos.
"Conseguimos imagens muito boas dessas manchas solares que têm um tamanho anormal das outras”, afirma o coordenador do N-Astro, Wilame Teixeira. O professor de física explica que o surgimento das manchas são comuns e a quantidade delas determina o período da atividade solar. Além das imagens feitas pelos pesquisadores, os estudantes e professores do campus de Juazeiro do Norte também observaram a “mancha monstro” no telescópio.
Segundo o núcleo, que trabalha para a divulgação científica, a segurança para observação visual e fotográfica da “mancha monstro” do Sol foi possível com a utilização de um filtro solar especial acoplado ao telescópio. As manchas solares medem um diâmetro estimado de cerca de 160.000 km, o equivalente a uma área coberta na superfície do Sol de 12 planetas Terra.
Imagem em alta resolução na região ativa 1476 (Foto: N-Astro/IFCE)
Imagem em alta resolução nas manchas solares região ativa 1476 (Foto: N-Astro/IFCE)

Manchas solares
De acordo com a descrição da N-Astro, a imagem em alta resolução obtida pelo telescópio do núcleo mostra que as manchas solares são formadas por regiões escuras, chamada “umbras” e com temperatura que chega a 3.800°C, cercadas de regiões menos escuras, que são as “penumbras” e apresentam temperaturas da ordem de 5.300° C.
Segundo o núcleo, as manchas solares aparecem escuras na “superfície” do Sol porque ficam em regiões “frias” em relação às outras regiões vizinhas de temperaturas mais altas. Ao contrário do cor escura no registro fotográfico, as manchas são aproximadamente 10 vezes mais brilhantes do que a Lua cheia, segundo os pesquisadores

sábado, 19 de maio de 2012

Lançamento do primeiro foguete privado é abortado

Problema no motor do foguete provocou a segunda suspensão do voo

O primeiro foguete de uma companhia privada rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) ficou em solo neste sábado, após um problema no motor do aparelho provocar a segunda suspensão do lançamento do voo histórico. Todos os nove motores do SpaceX Falcon 9 foram acionados na manhã deste sábado. Mas faltando menos de meio segundo antes do horário de lançamento, os computadores de bordo desligaram automaticamente tudo. E ao invés de decolar para uma missão de entrega para a estação espacial, o foguete ficou na sua plataforma de lançamento em meio a uma nuvem de fumaça do escape dos motores.
Até mesmo o comentarista mais experiente sobre lançamentos da National Aeronautics and Space Administration (Nasa) foi pego de surpresa. "Três, dois, um, decolar", anunciou o comentarista George Diller, para em seguida dizer: "Houve uma interrupção e a decolagem não ocorreu."

O presidenta da SpaceX, Gwynne Shotwell, disse que uma pressão elevada na câmera de combustão do motor 5 ocasionou o problema e que os técnicos conduziriam uma inspeção no final do dia. Se o motor tiver de ser substituído, um outro está disponível. A nova tentativa de lançamento da cápsula Dragon, carregada de produtos, para a estação espacial não deve ocorrer antes de terça-feira.

Com sede na Califórnia, a companhia, chamada anteriormente Space Exploration Technologies, tentará em poucos dias uma nova tentativa de lançamento para economizar combustível no caso de encontrar problemas antes de alcançar a estação espacial. Mas o lançamento também pode ser adiado para quarta-feira.

Esta é a primeira tentativa de lançamento por uma das várias companhias privadas dos EUA que tentam assumir a tarefa da Nasa de transportar carga e, eventualmente, astronautas para a estação espacial. Apenas governos conseguiram executar a tarefa até o momento: os EUA, Rússia, Europa e Japão.

A Nasa tem se voltado para o setor privado para tentar lançar astronautas ao espaço de solo norte-americano. Representantes da SpaceX afirmaram que isso pode ocorrer em um prazo não inferior a três anos, possivelmente, quatro anos. Várias outras companhias também estão na corrida.

Problema no motor aborta lançamento do Foguete Space Falcon 9. - Reuters
Problema no motor aborta lançamento do Foguete Space Falcon 9.
Na tentativa de lançamento deste sábado, o bilionário Elon Musk, fundados da SpaceX, estava no controle da missão em Hawthorne, na Califórnia. Ele ajudou a criar o PayPal e fundou a SpaceX 10 anos atrás. Ele também dirige a Tesla Motors, sua companhia de carros elétricos. As informações são da Associated Press.

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Japoneses assistirão raro eclipse solar neste fim de semana

Os moradores do Japão se preparam para um raro espetáculo astronômico previsto para acontecer no domingo, às 19h06 (horário de Brasília).
Antes do amanhecer, a Lua ofuscará a maior parte do Sol, deixando visível apenas um anel de luz.
Mais de 80 milhões de japoneses --entre eles, os 35 milhões que vivem na região de Tóquio-- vão poder admirar o eclipse solar anular.
Binóculos especiais são vendidos nas lojas e os canais de TV oferecem uma programação ao vivo, sem deixar de alertar para os perigos de se olhar diretamente para o Sol durante o evento.
Um dos projetos mais ambiciosos para marcar o acontecimento foi concebido pela gigante de eletrônicos Panasonic.
Ela vai enviar uma expedição ao cume do monte Fuji (3.776 metros) para filmar o fenômeno com equipamentos alimentados por energia solar.
"Nosso objetivo é divulgar o mais belo eclipse anular do mundo da montanha mais alta do Japão", explicou Hisao Tsugita, gerente de projetos da Panasonic. "Este é o lugar mais próximo do Sol (no Japão)", ressaltou.
O eclipse anular deve ser visível em uma faixa de 240 a 300 km de largura em toda a Ásia Oriental, no norte do oceano Pacífico e a oeste dos Estados Unidos, segundo Nasa (agência espacial americana).
O fenômeno terá início ao amanhecer no sul da China e seu campo de visibilidade vai se se mover rapidamente para o leste até a costa sul do Japão, segundo a Nasa.
A Agência Meteorológica do Japão alertou que a China e o Japão estão suscetíveis de serem cobertos por nuvens, o que pode estragar a expectativa.

Nasa registra imagem ‘psicodélica’ da órbita da Terra

Câmera na Estação Espacial Internacional registra rastro de estrelas.
Imagem foi criada a partir de 18 imagens captadas a cada 30 segundos.

Nasa capta imagem de uma câmera montada na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) na órbita terrestre, enquanto ela gira em torno de um rastro de estrelas. A “paisagem psicodélica” foi criada a partir da junção de 18 imagens captadas a cada 30 segundos pela câmera. (Foto: Reuters/Nasa)
A Nasa (agência espacial norte-americana) divulgou, nesta sexta-feira (18), imagem de uma câmera montada na Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) na órbita terrestre, enquanto ela gira em torno de um rastro de estrelas. A “paisagem psicodélica” foi criada a partir da junção de 18 imagens captadas a cada 30 segundos pela câmera. (Foto: Reuters/Nasa)

Cápsula de iniciativa privada abastecerá Estação Espacial Internacional

'Dragon' será lançada neste sábado e levará alimentos, provisões e pesquisas à ISS; Nasa firmou contrato com empresa em mais de um bilhão de dólares

A privatização da exploração espacial dará um salto crucial com o lançamento neste próximo sábado da cápsula não tripulada Dragon que levará alimentos, provisões e pesquisas à Estação Espacial Internacional.
A cápsula partirá a bordo do foguete Falcon 9 na madrugada de sábado, do Cabo Canaveral, e se tudo der certo, será acoplada quatro dias depois à ISS.
A Nasa outorgou à empresa Space Exploration Technologies (SpaceX) um contrato de mais de um bilhão de dólares para uma dúzia de missões de naves não tripuladas com a missão de reabastecer o laboratório espacial internacional, que orbita a uns 380 quilômetros da Terra.
A Nasa concluiu no ano passado  programa dos ônibus espaciais, que realizaram as missões espaciais ao longo de 30 anos e que abasteciam a ISS.
Até que os EUA tenham outras naves para missões similares aos ônibus, a sobrevivência dos astronautas da ISS e a manutenção dela depende de naves russas.
Mas o governo americano, que estabeleceu novos objetivos em matéria de exploração espacial, se associou à iniciativa privada para desenvolver veículos que possam fazer a tarefa de abastecimento, enquanto ela se concentra em missões como levar enviar a primeira missão tripulada a Marte.
Isto é uma novidade, já que desde o início como parte da Guerra Fria e da corrida espacial entre EUA e a então URSS, ainda que tenha havido colaboração com o setor privado, isso tem sido um esforço governamental.
O Falcon 9 é um foguete de duas etapas propulsado pela combustão de oxigênio líquido e querosene, que mede 54,9 metros de comprimento e 3,6 de largura, e pesa mais de 300 toneladas.
Cerca de 180 minutos após o lançamento o segmento com os motores se separará e cairá em terra, e serão acesos os propulsores da segunda etapa.
Aos nove minutos de voo, a cápsula Dragon deve ser separada do segundo segmento e ficará em sua própria órbita. A cápsula abrirá as telas de captação de energia solar, e a navegação dependerá de seus próprios foguetes de direção.
No terceiro dia, a missão acenderá os foguetes para a primeira passada a uns 2,5 quilômetros sob a ISS. No quarto dia, a cápsula acenderá os motores e começará a aproximação. Quando estiver a uns 200 metros da estação, realizará manobras de aproximação. O astronauta americano Don Pettit, na ISS, operará o braço robótico da ISS para capturar a Dragon.
No dia seguinte, eles poderão desembarcar a carga, que inclui uns 400 quilos de alimentos. A Dragon deve passar 18 dias acoplada à ISS.
A ISS vai acoplar a cápsula quatro dias depois que esta for enviada ao espaço - Efe
A ISS vai acoplar a cápsula quatro dias depois que esta for enviada ao espaço

Telescópio Kepler dá pistas sobre impacto de explosão solar sobre a Terra

Equipamento mostra as chances de emissão eletromagnética varrer camada de ozônio

O telescópio espacial Kepler vem fornecendo novas descobertas sobre as colossais explosões que podem afligir algumas estrelas.
Estes lançamentos enormes de energia magnética - conhecidos como "super flares" (super chamas, na tradução literal) - podem danificar a atmosfera de um planeta em órbita nas proximidades, colocando em risco as formas de vida que eventualmente residam ali.

Felizmente o Kepler mostra que as "super flares" são muito menos frequentes em estrelas de baixa rotação, como nosso Sol. O telescópio da agência espacial dos Estados Unidos, a Nasa, observa 100 mil estrelas em um pedaço de céu entre 600 e 3 mil anos-luz da Terra.

As novas observações foram relatadas na revista Nature.

A maior explosão solar registrada foi provavelmente o evento conhecido como "Carrington", em 1º de Setembro de 1859.

Descrito pelo astrônomo inglês Richard Carrington, essa explosão enviou uma onda de radiação eletromagnética e partículas carregadas em direção à Terra.

Os campos magnéticos embutidos na bolha de matéria atingiram o próprio campo magnético da Terra, produzindo luzes espetaculares, semelhantes à aurora boreal. Os campos elétricos gerados interromperam as comunicações por telégrafo na época.

Surpreendentemente, a explosão solar Carrington é insignificante se comparada a alguns dos eventos observados pelo Kepler. Os super flares podem ser 10 mil vezes mais fortes.

Interações magnéticas

O Kepler busca rastrear mudanças na luz gerada pelas explosões que possam indicar se planetas em órbita mudaram de posição em relação a estas estrelas. Mas, ao fazer essas observações, o Kepler também está reunindo informações sobre o brilho repentino associado às super flares.

Hiroyuki Maehara, da Universidade de Kyoto, no Japão, e seus colegas revisaram estes dados para compilar estatísticas sobre a frequência e o tamanho dos super flares.

O Kepler observou um total de 365 super flares durante 120 dias.

Os números confirmam que muito poucas (0,2%) estrelas semelhantes ao Sol apresentam explosões desta magnitude.

Isso pode ser explicado por padrões que indicam que as super flares podem ser causadas por interações magnéticas entre planetas gigantes e as estrelas - algo diferente do que vemos em nosso sistema solar, no qual Júpiter e Saturno orbitam longe do Sol.

Uma outra observação interessante do Kepler é de que as estrelas que têm super flares exibem áreas de baixa temperatura extremamente grandes, em contraposição às altas temperaturas em seu entorno.

Carrington identificou um conjunto de pontos de baixa temperatura associados à famosa explosão solar de 1859. No entanto, estes pontos seriam ínfimos se comparados com os associados às super flares vistas por Kepler.

Os cientistas há muito especulam sobre o impacto que uma super flare em nosso sol pode ter na Terra. A expectativa é de que o fenômeno iria varrer a camada de ozônio, levando ao aumento da radiação ao nível do solo. Extinções generalizadas poderiam acontecer.

Lançamentos de energia magnética podem danificar atmosfera - BBC
Lançamentos de energia magnética podem danificar atmosfera
Há um outro lado disso, no entanto. Em alguns sistemas planetários distantes, super flares podem gerar condições para existência de vida, fornecendo energia suficiente às atmosferas desses mundos para iniciar a química necessária para o desenvolvimento biológico. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Soyuz com 3 a bordo se acopla à ISS

Nova missão espacial terá duração de 126 dias.
Tripulação receberá o cargueiro privado americano Dragon.

A nave russa Soyuz TMA-04M com três tripulantes a bordo - dois russos e um astronauta da Nasa de origem portorriquenha - se acoplou nesta quinta-feira (17) à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês).
A nave se enganchou ao porto de acoplamento do módulo Poisk, que faz parte do segmento russo da ISS, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.
A tripulação da nave, lançada na terça-feira (15) a partir da base de Baikonur, no Cazaquistão, é integrada pelos russos Gennady Padalka e Sergey Revin e o astronauta da Nasa de origem portorriquenha Joe Acaba.
Os três astronautas serão recebidos por outros três tripulantes da plataforma internacional: o russo Oleg Kononenko, o holandês Andre Kuipers e o americano Donald Pettit.
A duração da missão espacial de Padalka, Revin e Acaba será de 126 dias.
Poucos dias após sua chegada à ISS, os três, junto aos tripulantes veteranos, serão testemunhas da histórica chegada à plataforma espacial do novo cargueiro americano Dragon, que será lançado pela Nasa em 19 de maio. Em caso de êxito, essa será a primeira nave espacial privada a acoplar-se à ISS.
O comandante da 31ª missão será Padalka, de 53 anos, é um veterano cosmonauta que já viajou duas vezes à ISS e uma à lendária estação soviética MIR, totalizando 585 dias no espaço.
Para Acaba, ex-professor de ciências e matemática, que acedeu ao programa de astronautas da Nasa em 2004 e voou ao espaço nas hoje aposentadas naves americanas, essa será sua segunda missão a bordo da ISS.
Já o russo Revin, de 46 anos, voa pela primeira vez ao espaço, embora faça parte do programa de pilotos da Roscosmos, a agência espacial russa, desde 1996.
Além dos tradicionais experimentos e caminhadas espaciais, a 31ª missão deve lançar um satélite que se encarregará de prever os prazos e o lugar da queda em nosso planeta dos restos de estruturas espaciais e satélites de comunicações.
O programa científico da expedição inclui a realização de 40 experimentos em áreas como ecologia, medicina e física.

Nasa conta 4.700 asteroides potencialmente perigosos para a Terra

Eles têm órbitas próximas à Terra e são suficientemente grandes para resistir à passagem pela atmosfera e causar danos se caírem no nosso planeta

Dados foram colhidos pela sonda Wise, que analisa o cosmos com luz infravermelha - Nasa/Divulgação
Dados foram colhidos pela sonda Wise, que analisa o cosmos com luz infravermelha
A Nasa calcula que há 4.700 asteroides potencialmente perigosos para a Terra, segundo os dados da sonda WISE, que analisa o cosmos com luz infravermelha, informou a agência espacial americana.

A agência assinalou que as observações da WISE (Wide-field Infrared Survey Explorer) permitiram a melhor avaliação da população dos asteroides potencialmente perigosos de nosso sistema solar.

Esses asteroides têm órbitas próximas à Terra e são suficientemente grandes para resistir à passagem pela atmosfera terrestre e causar danos se caírem no nosso planeta.

Os novos resultados foram recolhidos pelo projeto NEOWISE, que estudou, utilizando luz infravermelha, uma porção de 107 asteroides potencialmente perigosos próximos à Terra com a sonda WISE para fazer prognósticos sobre toda a população em seu conjunto.

Segundo a Nasa, há aproximadamente 4.700 deles - com uma margem de erro de mais ou menos 1.500 -, que têm diâmetros maiores de 100 metros.

Até o momento, calcula-se que entre 20% e 30% desses objetos foram localizados.

"Fizemos um bom começo na busca dos objetos que realmente representam um risco de impacto com a Terra", disse Lindley Johnson, responsável pelo Programa de Observação de Objetos Próximos à Terra, desenvolvido pela Nasa.

No entanto, "temos de encontrar muitos e será necessário um grande esforço durante as próximas duas décadas para encontrar todos os que podem causar graves danos ou ser destino das missões espaciais no futuro".

Vênus transita em frente ao Sol em junho pela última vez até 2117

Pesquisadores aproveitam estes fenômenos para testar novas técnicas e métodos de visualização de planetas distantes da Terra

Vênus se deslocou pela frente do Sol em seis ocasiões e cientistas fizeram centenas de estudos - Divulgação
Vênus se deslocou pela frente do Sol em seis ocasiões e cientistas fizeram centenas de estudos
O planeta Vênus poderá ser visto em junho durante o trânsito em frente ao Sol, um fenômeno que não ocorrerá novamente até 2117 e ajudará na busca de exoplanetas, informou a revista britânica "Nature".

Vênus, o segundo planeta do Sistema Solar em ordem de distância do Sol e o terceiro menor, transitará diante do "astro rei" entre 5 e 6 de junho, disse o astrônomo Jay Pasachoff, da Williams College (EUA), em um artigo publicado pela revista.

"Esperamos que o trânsito de Vênus nos proporcione uma visualização de exoplanetas", explicou o astrônomo. Apesar de Vênus ser visível a partir da Terra em poucas ocasiões, Pasachoff confia que neste ano a visualização seja melhor que a de 2004, já que a atividade solar é mais intensa agora.

Os pesquisadores aproveitam estes fenômenos para testar novas técnicas e métodos de visualização de planetas distantes da Terra. "Os cientistas de hoje enviam sondas espaciais a outros planetas para uma apuração mais detalhada, mas a observação desses fenômenos a partir do nosso planeta nos proporciona uma informação única e nos dá a oportunidade de melhorar nossos métodos de busca a exoplanetas", explicou Pasachoff.

O fenômeno será registrado pelo satélite da Nasa "ACRIMSAT", que oferecerá uma imagem similar à obtida a partir de outros satélites e telescópios como o Kepler, especificou o cientista. A equipe de Pasachoff se concentrará no estudo da atmosfera de Vênus, visível graças aos raios que atravessarão durante o percurso pela frente do Sol. Os dados recopilados serão comparados com os obtidos na observação das atmosferas de exoplanetas, destacou o astrônomo.

Desde o século XVII, quando foram inventados os primeiros telescópios, Vênus se deslocou pela frente do Sol em seis ocasiões (1639, 1761, 1769, 1874, 1882 e 2004). Em todos eles, os cientistas realizaram centenas de estudos e medições com o objetivo de resolver um dos maiores mistérios da astronomia da época: calcular a distância entre a Terra e o Sol.

Pasachoff reconheceu que é cedo para saber como ajudará no estudo dos trânsitos no Sistema Solar na observação dos exoplanetas distantes, mas ressaltou que esses deslocamentos são raros e não devem ser desperdiçados.

"Devemos isso aos futuros astrônomos, especialmente para aqueles que observarão o fenômeno em 2117", disse Pasachoff.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Telescópio faz imagem mais profunda da galáxia Centaurus A

Observatório Europeu do Sul, o ESO, divulgou informação nesta quarta.
Fotografia foi feita com mais de 50 horas de exposição.

O Observatório Europeu do Sul (ESO), projeto que conta com participação brasileira, publicou nesta quarta-feira (16) imagem que mostra a galáxia Centaurus.
De acordo com o ESO, a fotografia foi feita com mais de 50 horas de exposição e é, provavelmente, a imagem mais profunda já criada do aglomerado estelar.
Captada pelo telescópio MPG/ESO, instalado no Chile, a Centaurus A situa-se a 12 milhões de anos-luz de distância na constelação do Centauro. O brilho que enche a maior parte da imagem vem de estrelas velhas e frias.
O observatório informou ainda que astrônomos afirmam que o núcleo brilhante, a forte emissão de rádio e os jatos da Centaurus A são produzidos por um buraco negro central, com uma massa de cerca de 100 milhões de vezes a massa do Sol.
A galáxia foi inicialmente documentada pelo astrônomo britânico James Dunlop no Observatório Parramalta na Austrália, a 4 de Agosto de 1826. Esta galáxia é frequentemente chamada Centaurus A porque foi a primeira fonte principal de ondas rádio descoberta na constelação do Centauro nos anos 1950.
Centauro A (Foto: ESO)
Imagem divulgada pelo ESO mostra galáxia Centaurus A. (Foto: ESO)

Nave russa com 3 tripulantes a bordo parte rumo à ISS

Soyuz TMA-04M leva dois cosmonautas russos e um astronauta da Nasa para que integrem equipe da missão permanente na plataforma orbital

A nave russa Soyuz TMA-04M com três tripulantes a bordo decolou nesta terça-feira, 15, da base cazaque de Baikonur rumo à Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.

O lançamento da nave ocorreu à 0h01 de Brasília com ajuda de um foguete Soyuz FG e transcorreu sem contratempos, indicou um porta-voz do CCVE citado pelas agências russas.

A Soyuz TMA-04M leva à ISS os cosmonautas russos Gennady Padalka e Sergey Revin e o astronauta da Nasa Joe Acaba, que se somarão à 31ª expedição da missão permanente na plataforma orbital.

De acordo com o programa de voo, nesta quinta-feira a Soyuz se acoplará à ISS, atualmente tripulada pelo russo Oleg Kononenko, o holandês André Kuipers e o americano Donald Pettit.

A Soyuz TMA-04M deveria ter decolado rumo à plataforma orbital em 30 de março, mas a Roscosmos, a agência espacial russa, se viu obrigada a adiar seu lançamento devido a uma avaria sofrida pelo módulo de descenso da nave.

Poucos dias após sua chegada à ISS, Padalka, Revin e Acaba, junto aos tripulantes veteranos, serão testemunhas da histórica chegada à plataforma espacial do novo cargueiro americano Dragon, que será lançado pela Nasa em 19 de maio.

Em caso de êxito, essa será a primeira nave espacial privada a acoplar-se à ISS.

O comandante da 31ª missão será Padalka, que a seus 53 anos é um veterano cosmonauta que já viajou duas vezes à ISS e uma à lendária estação soviética MIR, totalizando 585 dias no espaço.

Para Acaba, ex-professor de ciências e matemática, que acedeu ao programa de astronautas da Nasa em 2004 e voou ao espaço nas hoje aposentadas naves americanas, essa será sua segunda missão a bordo da ISS.

Já o russo Revin, de 46 anos, voa pela primeira vez ao espaço, embora faça parte do programa de pilotos da Roscosmos desde 1996.

Além dos tradicionais experimentos e caminhadas espaciais, a 31ª missão deve lançar um satélite que se encarregará de prever os prazos e o lugar da queda em nosso planeta dos restos de estruturas espaciais e satélites de comunicações.

domingo, 13 de maio de 2012

Nasa confirma asteroide Vesta como remanescente da criação do Sistema Solar

Asteroide se mostrou uma espécie de fóssil espacial cuja superfície é mais variada e diversa do que se pensava até agora, diz estudo

O asteroide Vesta é um sobrevivente cósmico, revelaram novos dados da sonda espacial Dawn, da Nasa (agência espacial americana), que o confirmaram como o único protoplaneta remanescente da época da criação do Sistema Solar.

O Vesta, segundo maior asteroide do Sistema Solar, se mostrou uma espécie de fóssil espacial cuja superfície é mais variada e diversa do que se pensava até agora, segundo três estudos publicados pela revista "Science" que analisam esses dados.

Os cientistas puderam confirmar, graças aos dados proporcionados pela sonda da Nasa, que o astro se assemelha mais a um pequeno planeta ou lua da Terra que a outro asteroide.

"A observação da Dawn sobre o Vesta confirmou as teorias gerais da história deste asteroide gigante, enquanto ajuda a completar os detalhes que seriam impossíveis de conhecer de longe", disse em teleconferência a pesquisadora Carol Raymond, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.

Os cientistas puderam comprovar que, como já se acreditava, o Vesta é a fonte de parte dos meteoritos que caem na Terra. Em sua superfície, há restos de piroxênio, ferro e minerais ricos em magnésio, materiais que contêm 6% dos meteoritos que chegam a nosso planeta.

"Esses dados que temos agora são os primeiros a vincular o Vesta com meteoritos que caíram na Terra", assinalou Raymond. Segundo ele, o corpo tem dimensões e características que o transformam em "uma transição entre os asteroides e os planetas".

"A superfície é colorida e diversa neste asteroide, que se formou cerca de 2 milhões de anos depois que se formaram os primeiros corpos sólidos em nosso sistema solar", acrescentou.

sábado, 12 de maio de 2012

Cópia de jipe enviado para Marte é testado em deserto na Califórnia

Uma equipe da Nasa testou nesta semana no deserto de Mojave, EUA, o jipe "Curiosidade".
O equipamento é uma cópia do que foi enviado para Marte em novembro de 2011 e que deve pousar no dia cinco de agosto deste ano.
Equipe da Nasa responsável pela exploração em Marte testa jipe "Curiosidade" no deserto de Mojave, EUA
Equipe da Nasa responsável pela exploração em Marte testa jipe "Curiosidade" no deserto de Mojave, EUA

sexta-feira, 11 de maio de 2012

Calendário celeste dos maias tem 1.200 anos

É como se o quadro-negro de uma aula de astronomia que aconteceu há mais de mil anos tivesse sido encontrado em meio à selva da Guatemala. Os números anotados por um escriba maia estão borrados, mas ainda visíveis.
A descoberta, descrita por uma equipe de arqueólogos dos Estados Unidos na revista especializada "Science", é o mais antigo registro dos calendários astronômicos dos maias, os quais, em sofisticação, pouco deviam a civilizações que também viviam de olho no céu, como os egípcios e os babilônios.
Para tristeza dos teóricos da conspiração e profetas do Apocalipse, não há nenhuma menção ao suposto fim do mundo em 2012 nas tabelas astronômicas, que provavelmente datam do ano 813 da nossa era (a data foi encontrada perto das inscrições).
Por outro lado, os números mostram que, assim como os monges medievais seus contemporâneos, os habitantes da América Central tinham grande interesse nos ciclos da Lua, do Sol e dos planetas -provavelmente por razões religiosas, já que esses ciclos eram vistos como manifestações da ordem cósmica.
SAQUEADORES
Os achados descritos pela equipe de William Saturno, da Universidade de Boston, vêm da antiga cidade de Xultun, uma das poucas metrópoles maias que ainda precisam ser exploradas com mais afinco pelos cientistas.
Os saqueadores de antiguidades, por outro lado, já se divertiram um bocado por lá. Aliás, foi graças a eles que os calendários astronômicos acabaram sendo revelados.
É que a casa onde eles foram achados -provavelmente a casa de um astrônomo ou escriba, de origem nobre- teve várias fases de uma ocupação. Numa delas, as imagens nas paredes foram recobertas com uma camada de terra e cascalho, e uma nova fase de ocupação foi feita "por cima" disso.
A cobertura acabou preservando os desenhos, hieróglifos e números. Quando os saqueadores exploraram o local, arrancaram essa camada, expondo as imagens.
Nem todas as listas de números são visíveis, mas a comparação delas com textos em "livros" maias, feitos a partir de cascas de árvore por volta do ano 1200, mostra que eles provavelmente equivalem a ciclos celestes.
Um dos grupos de números, por exemplo, corresponde a múltiplos do número 178 -o "semestre" lunar maia, que era usado para tentar prever eclipses da Lua e do Sol.
Outro local da casa apresenta colunas encabeçadas por datas em um dos calendários maias, o de 260 dias (cada data é formada pela combinação de um número de 1 a 13 e um dos 20 nomes de dias da "semana", já que 13 x 20 = 260).
Abaixo dessas datas, há mais números. A incerteza sobre o significado deles é maior, mas vários são múltiplos de ciclos astronômicos de Marte, Vênus e Mercúrio, dizem os pesquisadores.
O mais interessante é que os ciclos maias se estendiam cerca de 7.000 anos rumo ao futuro -muito depois da nossa própria época. "Para eles, nada mudaria no Universo", afirma Saturno.

Nasa divulga foto de luas de Saturno ao lado dos aneis

Imagem foi feita em 12 de março e divulgada nesta quinta.
Fotografia foi tirada pela sonda espacial Cassini.

Fotografia mostra a lua Encélado à frente da lua Titã. Entre elas aparecem os famosos aneis de Saturno. A fotografia foi feita pela sonda espacial Cassini em 12 de março e divulgada nesta quinta-feira (10) pela Nasa. (Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute)
Fotografia mostra a lua Encélado à frente da lua Titã. Entre elas aparecem os famosos aneis de Saturno. A fotografia foi feita pela sonda espacial Cassini em 12 de março e divulgada nesta quinta-feira (10) pela Nasa. (Foto: NASA/JPL-Caltech/Space Science Institute)