Projeto alemão foi construído nas Ilhas Canárias.
Gregor, como é chamado, estudará processos que ocorrem no Sol.
O maior telescópio solar da Europa, chamado Gregor, foi inaugurado nesta segunda-feira (21) no Observatório do Teide, nas Ilhas Canárias, na Espanha. O projeto coordenado por um consórcio alemão servirá para auxiliar a observação e compreensão dos processos que acontecem no Sol.Durante a inauguração do Gregor, o diretor do Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), Francisco Sánchez, explicou que esta infraestrutura é uma prova de cooperação que ajuda o desenvolvimento conjunto.
Foto divulgada do novo telescópio solar, que foi inaugurado na ilha de Tenerife, que faz parte das Canárias |
Os custos deste telescópio e de seus primeiros instrumentos são de aproximadamente 12,85 milhões de euros (cerca de R$ 33,6 milhões), custeados em grande parte pelo consórcio alemão, que inclui o Instituto de Astrofísica de Potsdam-Leibinz e o Instituto de Pesquisa Solar Max Planck em Katlenburg-Lindau, como parceiros.
O Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), assim como o Instituto de Astrofísica de Göttingen e o Instituto Astronômico da Academia de Ciência da República Tcheca, também participam deste projeto.
O telescópio solar Gregor ajudará a compreender melhor os processos físicos que são produzidos na maioria das estrelas do universo, além de resolver questões sobre como a atividade solar afeta e danifica os satélites e as redes de energia da Terra.
O novo aparelho também permitirá uma observação da atmosfera solar com uma resolução nunca vista até agora. Isso porque o Gregor possui uma abertura de 1,5 metros, um número superior ao do resto dos telescópios solares instalados nos observatórios do IAC.
A resolução espacial, espectral e temporal permite que os pesquisadores possam seguir os processos físicos na superfície do Sol em escalas menores -- como 70 quilômetros, por exemplo.
Ao contrário do que ocorre com o resto de telescópios solares, o desenho do Gregor é totalmente aberto, já que sua cúpula é substituída por um teto retrátil. Esse mecanismo evita o superaquecimento da estrutura e dos espelhos.
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