quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Astrônomos descobrem galáxia 'mais distante' da Terra

Batizada de z8-GND-5296, ela tem 5% da idade atual do Universo.
Nova galáxia tem taxa de formação de estrelas 'surpreendentemente alta'.


Detalhe em imagem feita pelo telescópio Hubble mostra nova galáxia batizada z8_GND_5296 (Foto: HST/Nasa/Nature)
Detalhe em imagem feita pelo telescópio Hubble mostra nova galáxia batizada z8-GND-5296 (Foto: HST/Nasa/Nature)

Uma equipe de astrônomos americanos descobriu a galáxia mais distante que se tem conhecimento, cuja luz foi emitida quando o Universo só tinha 5% de sua idade atual de 13,8 bilhões de anos.
Batizada de z8-GND-5296, ela data de quando o Universo tinha apenas 700 milhões de anos. "O que a torna única, se comparada a outras descobertas similares, é que sua distância pôde ser confirmada por um espectrógrafo (equipamento que realiza um registro fotográfico de um espectro luminoso)", afirma o astrônomo Bahram Mobasher, da Universidade da Califórnia, um dos membros da equipe que publicou a descoberta nesta quarta-feira (23) na revista "Nature".
A galáxia foi detectada por meio de imagens infravermelhas feitas pelo Telescópio Espacial Hubble, e sua distância foi confirmada pelas observações realizadas com o sofisticado espectrógrafo Mosfire operado a partir do Observatório W. M. Keck, no Havaí.
Estudar o surgimento das primeiras galáxias é difícil porque quando sua luz chega à Terra ela já se deslocou em direção à parte infravermelha do espectro devido à expansão do Universo, em um fenômeno chamado "deslocamento ao vermelho" (redshift).
Por isso, os astrônomos utilizam espectrógrafos cada vez mais sensíveis e capazes de medir o deslocamento ao vermelho da luz da galáxia, que é proporcional à sua distância.
Formação de estrelas
A equipe, liderada por Steven Finkelstein, da Universidade do Texas, e Dominik Riechers, da Universidade de Cornell (Nova York), observou também que a nova galáxia tem uma taxa de formação de estrelas "surpreendentemente alta", cerca de 300 vezes a massa do nosso Sol ao ano, em comparação com a Via Láctea, que forma somente duas ou três estrelas por ano.
"Estes descobrimentos fornecem pistas sobre o nascimento do Universo e sugerem que podem abrigar zonas com uma formação de estrelas mais intensa do que se imaginava", afirmou Finkelstein.
Com a construção de telescópios cada vez maiores no Havaí e no Chile e do telescópio James Webb no espaço, ao final desta década os astrônomos esperam descobrir mais galáxias a distâncias ainda maiores, comemorou Mobasher.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/10/astronomos-descobrem-galaxia-mais-distante-da-terra.html

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