segunda-feira, 7 de outubro de 2013

Robô europeu é testado no Atacama para simular condições de Marte

Rochas no deserto de Atacama, um dos lugares mais secos do mundo, perto do VLT, do Observatório Europeu do Sul (ESO), em Cerro Paranal (Foto: ESO)


Experiência com 'Bridget' deve levar 5 dias e ser controlada do Reino Unido.
Meta é criar tecnologia e acumular conhecimento sobre operação de sonda.




A Agência Espacial Europeia (ESA) testa esta semana no deserto do Atacama, no norte do Chile, um robô para futura exploração de Marte. As experiências, que devem durar cinco dias – ou dois dias marcianos, chamados de "sóis" –, são coordenadas por uma equipe no Reino Unido.

Primeiro teste do robô Brigdet sem instrumentos no solo do deserto do Atacama, no Chile (Foto:  YouTube/Reprodução/Aron Kisdi)
Ainda sem instrumentos, 'Brigdet' fez 1º teste no deserto do Atacama (Foto: YouTube/Reprodução/Aron Kisdi)


Segundo os cientistas, a região árida do Atacama – repleta de rochas, com um solo marrom-avermelhado e sem vegetação – se parece muito com o planeta vermelho, o que facilita na detecção de eventuais necessidades ou ajustes da missão.
A meta do projeto Safer (sigla para Sample Acquisition Field Experiment with a Rover, ou Experimento de Campo para Aquisição de Amostras com Robô) é desenvolver tecnologias e acumular conhecimentos sobre como operar uma sonda fora da Terra, o que é muito diferente de comandar um satélite, por exemplo, destaca a equipe.
Para dar mais realismo aos testes, a ESA usa a sonda ExoMars, prevista para ser lançada em 2018, como "missão de referência". O robô em teste, apelidado de "Brigdet", é um protótipo de seis rodas equipado com três instrumentos científicos: uma câmera panorâmica em 3D, um radar de penetração do solo para analisar a geologia da superfície do planeta e um aparelho que aproxima imagens para estudar amostras com a resolução de um milésimo de milímetro.
A equipe ainda precisa tomar algumas decisões sobre qual caminho seguir pelo Atacama, concluir os testes de câmeras, radares e outros instrumentos do robô e ver se ele é capaz de navegar com segurança em um terreno inexplorado.
Os cientistas comparam esse desafio a transitar por uma caverna recém-descoberta, escura e escorregadia. Para ter sucesso na empreitada, é preciso olhar bem ao redor e andar de forma lenta, estável e progressiva, ressaltam.
Robô Bridget e, ao lado, uma concepção artística de como ficará o ExoMars em Marte (Foto: ESA-Michel van Winnendael/ESA)
'Bridget' e, ao lado, concepção artística de como será o ExoMars em Marte (Foto: Michel van Winnendael/ESA)

Rochas no deserto de Atacama, um dos lugares mais secos do mundo, perto do VLT, do Observatório Europeu do Sul (ESO), em Cerro Paranal (Foto: ESO)
Rochas no deserto de Atacama, um dos lugares mais secos do mundo, perto de onde fica o Very Large Telescope (VLT), do Observatório Europeu do Sul (ESO), em Cerro Paranal, no norte do Chile (Foto: ESO)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/10/robo-europeu-e-testado-no-atacama-para-simular-condicoes-de-marte.html


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