A manobra pioneira será realizada pela nave Dragon, da empresa de exploração espacial privada SpaceX.
"A SpaceX teve progressos significativos, nos últimos meses, na preparação da [nave] Dragon para essa missão à estação espacial", disse William Gerstenmaier, administrador associado do setor de Explorações Tripuladas da Nasa.
"Nós esperamos uma missão bem-sucedida, que irá inaugurar uma nova era no transporte comercial de carga para esse laboratório internacional em órbita", completou.
Apesar do entusiasmo, Gerstenmaier reconheceu que ainda há muito a ser feito. "Ainda existe uma quantidade significativa de trabalho crítico para ser completado antes do lançamento", disse.
Segundo ele, porém, as equipes envolvidas na operação apresentaram bons planos para resolver as pendências a tempo e ainda se preparar para "desafios inesperados" da missão.
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Embora a acoplagem seja inédita, o voo ainda é considerado de testes. Basicamente, serão avaliados sistemas, engrenagens e, principalmente, o sistema de acoplagem da nave dragon à ISS.
A Nasa, porém, não deve esperar muito mais tempo para que as missões "de verdade" comecem a acontecer.
Sem alternativas próprias de colocar seus astronautas em órbita desde a aposentadoria de sua frota de ônibus espaciais, em julho, os americanos dependem de "caronas" na nave russa Soyuz. Cada viagem de ida e volta fica em torno de US$ 60 milhões para os americanos.
Enquanto a nova geração de naves da Nasa não fica pronta --o que segundo especialistas só deve acontecer entre 2019 e 2020--, a administração do presidente Obama resolveu centrar seus esforços no incentivo à exploração privada.
Em dois anos, a Nasa distribuiu algumas centenas de milhares de dólares para algumas empresas selecionadas para "fomentar" o desenvolvimento de projetos.
O objetivo dos americanos é que empresas como a SpaceX, uma das beneficiadas com o incentivo, fiquem responsáveis pelo transporte de cargas e astronautas à órbita baixa da Terra. Ou seja, à ISS.
Para grandes missões, como o uma eventual ida à Marte, a chamada exploração do espaço profundo, o trabalho ainda ficaria sob responsabilidade de naves da Nasa.
Ilustração mostra cápsula Dragon, da empresa privada SpaceX; próximo teste é acoplar na ISS em fevereiro |
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