domingo, 10 de março de 2013

Asteroide do tamanho de um quarteirão passou perto da Terra no sábado

Um asteroide tão grande quanto um quarteirão passou relativamente perto da Terra no sábado (9), no mais recente episódio de uma série de visitas de objetos celestes que incluíram uma pedra do tamanho de um ônibus que explodiu sobre a Rússia no mês passado, ferindo 1.500 pessoas.
Descoberto apenas seis dias atrás, o asteróide de 140 metros de comprimento Asteroid 2013 ET passou a 950 mil quilômetros da Terra às 17h30 do sábado. A distância é cerca de duas vezes e meia a que separa o planeta da Lua, muito próxima em termos cósmicos.
"A parte que assusta é que foi algo que nós nem conhecíamos", disse Patrick Paolucci, presidente do Slooh Space Camera, durante uma apresentação que exibiu imagens ao vivo do asteroide a partir de um telescópio instalado nas Ilhas Canárias.
Se movendo a uma velocidade de cerca de 41.800 quilômetros por hora, o asteroide poderia ter eliminado uma grande cidade se tivesse caído na Terra, disse Paul Cox, engenheiro do telescópio Slooh.

Asteroide é quase oito vezes maior que o da Rússia

O Asteroid 2013 ET é quase oito vezes maior que o que explodiu sobre Chelyabinsk, na Rússia, em 15 de fevereiro. A força a explosão, equivalente a 440 quilotons de dinamite, criou uma onda de choque quebrou janelas e danificou prédios, ferindo 1.500 pessoas.
Ainda naquele dia, outro pequeno asteroide, conhecido como DA14, passou a cerca de 27.680 quilômetros da Terra, mais próximo que órbitas de satélites de comunicação.
"Uma das razões de estarmos achando mais destes objetos é que há mais gente procurando", disse Cox.
Dois outros pequenos asteroides, ambos do tamanho do meteoro russo, também vão passar pela vizinhavizinhançaça da Terra neste final de semana. O Asteroid 2013 EC 20 passou a apenas 150 mil quilômetros de distância do planeta no sábado, disse Cox.

Asteroides menores dificilmente são descobertos pela Nasa

Neste domingo, o Asteroid 2013 EN 20 vai passar a cerca de 449 mil quilômetros da Terra. Ambos foram descobertos apenas três dias atrás. "Não estamos sentados em nosso pontinho azul sozinhos e seguros... Isso deveria ser um alerta para os governos", disse Cox.
A agência espacial norte-americana, Nasa, recebeu tarefa do Congresso dos Estados Unidos para rastrear todos os objetos próximos da Terra com 1 quilômetro ou mais de diâmetro e estima que cerca de 95% deles foram identificados.
Entretanto, apenas 10% dos asteroides menores foram descobertos, afirmam cientistas da Nasa.
O esforço tem como objetivo dar a cientistas e engenheiros o máximo de tempo possível para avaliar se um asteroide ou cometa está em rota de colisão com a Terra. Isso pode permitir o envio de uma nave ou a tomada de outras medidas para se tentar evitar uma catástrofe.
Cerca de 100 toneladas de material do espaço chegam à Terra todos os dias. Astrônomos atualmente esperam que um objeto do tamanho da pedra que explodiu sobre a Rússia atinja o planeta a cada cerca de 100 anos.
(Com Reuters)

Lendas e animais desenham constelações do céu noturno.

A humanidade tenta achar padrões e agrupar estrelas há mais de 17 mil anos, segundo a União Internacional Astronômica (IAU, na sigla em inglês). Mais da metade das constelações que conhecemos hoje foram descritas por causa de seus formatos ainda na Grécia Antiga, mas foi só em 1930 que a IAU dividiu a esfera celeste em 88 grupos, estabelecendo as grafias oficiais. Acima, detalhe do globo de mármore com as constelações gregas clássicas da estátua romana de Atlas, o mítico Titã que carregava o céu nas costas Gerry Picus/Griffith Observatory/Reuters


Descrita na Grécia Antiga, a constelação de Eridanus (Eri) faz menção a Erídano, um dos cinco rios que cruzam Hades, que comandava o mundo dos mortos na mitologia. A Alpha Eridani (ou Achernar) é a estrela mais brilhante e fica no fim desse comprido "rio" estelar do hemisfério Sul da esfera celestial (detalhe à esquerda) Sky&Telescope/Reprodução

Cancer (Cnc) faz parte do zodíaco, uma faixa do céu por onde deslocam-se o Sol, a Lua e a maioria dos planetas. Na antiguidade, as pessoas conseguiam enxergar um caranguejo nesse grupo de cinco estrelas - ironicamente, o crustáceo tem cinco pares de patas, o dobro do que a constelação possui de estrelas Sky&Telescope/Miguel Vidal/Reuters


A Canis Major (CMa), constelação no Sul da esfera celestial, guarda importantes recordes estelares. A Sirius, uma das estrelas mais brilhantes do céu, e a VY Canis Majoris, uma gigante vermelha cujo diâmetro cabe nove vezes na distância entre a Terra e o Sol, integram um grande cachorro - o conjunto desenha o cão de Órion, o caçador gigante da mitologia grega. Mas como ela está muito distante e encoberta de poeira estelar, não é possível avistá-la da Terra Sky&Telescope/Mircea Rosca/EFE/EPA


A constelação de Draco (Dra) conta a história do dragão que protegia as maçãs de ouro na mitologia grega. Depois de ter sido morta por uma das flechas de Hércules, o herói jogou os restos mortais do monstro no céu formando esse padrão irregular de estrelas. A Etamin, que fica na cabeça do animal, é a estrela mais importante da constelação próxima ao Polo Norte Sky&Telescope/Paramount Pictures/AP

A dupla que está na cabeça de Gêmeos, as estrelas Castor e Pólux, ilustra a história dos irmãos que nunca se separaram. Pólux dividiu sua imortalidade com o irmão assassinado para que os dois ficassem sempre juntos, mesmo que uma parte fosse no céu e outra no inferno. Por isso, quando for procurar a constelação Gemini (Gem) não basta avistar uma estrela no céu, mas, sim, duas. É durante o verão do hemisfério Sul, aliás, que o par fica mais fácil de ser encontrado Sky&Telescope/EFE

Hydra (Hya) serpenteia o equador celeste, mas boa parte da constelação fica mesmo no hemisfério Sul - apenas um resto da cauda se estica pelo Norte. Apesar de ser uma das maiores constelações do céu, possui apenas uma estrela brilhante, a Alphard, no "coração" da serpente mitológica morta por Hércules. Ela é mais fácil de ser encontrada entre março e abril Sky&Telescope/Reprodução/Museo del Prado

O traçado da constelação Leo Minor (LMi) não lembra nem um pouco um filhote de leão. O polígono estelar (canto esquerdo) foi batizado com esse nome depois de ter sido "descoberto", ainda no século 17, ao lado da clássica constelação Leo, termo em latim para leão. As estrelas do pequeno grupo do céu Boreal têm pouco brilho diante do seu imponente vizinho, que abriga algumas galáxias e até uma chuva de meteoros no fim do ano Sky&Telescope/Ali Jarekji/Reuters
A constelação Lepus se assemelha, de fato, ao formato de uma lebre, mas ela também ganhou esse nome devido à posição na esfera celestial. Ela está no hemisfério Sul, logo abaixo de Órion, o grande caçador da mitologia, prestes a virar comida Sky&Telescope/Patrick Pleul/AFP
Ursa Maior (UMa) ocupa uma grande área no céu do hemisfério Norte, guardando mais de uma centena de galáxias. Como é uma das constelações mais conhecidas, existem vários significados para esse padrão de estrelas, como o desenho de conchas ou de carroça. Mas o significado mais conhecido é a lenda de Calisto, uma bela ninfa que foi seduzida por Zeus e, depois, transformada em urso por Hera, que ficou com ciúmes da traição do marido Sky&Telescope/Caroline Seidel/AFP

A constelação Ursa Minor (UMi) é conhecida por ser um guia do polo Norte. Como ela fica no mesmo eixo da Terra, suas estrelas, em especial a Polaris, parecem estar sempre fixas no céu, virando uma espécie de bússola natural. Ela também foi descrita na antiguidade e representa o filho da ninfa Calisto, um rapaz transformado em urso e guardado no céu por Hércules para evitar o ciúmes da mulher, Hera Sky&Telescope/Oregon Zoo, Carli Davidson/AP

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/03/10/asteroide-do-tamanho-de-um-quarteirao-passou-perto-da-terra-no-sabado.htm

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