sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

Explosão estelar iluminará o céu nas próximas semanas



Uma explosão estelar excepcionalmente próxima da Terra vai iluminar o céu nas próximas semanas.

A explosão da supernova será na Galáxia do Charuto, chamada assim devido ao seu formato. O local fica a cerca de 12 milhões de anos-luz da Terra e oferecerá uma oportunidade única para se estudar uma supernova.

A descoberta, no entanto, foi feita por acaso. Steve Fossey, um astrônomo do University College de Londres (UCL), da Grã-Bretanha, descobriu a supernova com um pequeno telescópio de 35 centímetros.

"Estávamos fazendo uma observação há uma semana com estudantes do UCL e, em uma das imagens que conseguimos, de curta exposição, pudemos ver este ponto brilhante de luz na imagem da galáxia. Imediatamente nos demos conta que isto era uma supernova, a explosão de uma estrela", disse Fossey à BBC.

Fossey consultou colegas de outros observatórios e confirmou a descoberta. A União Astronômica Internacional catalogou a supernova como SN2014J.

A supernova é tão brilhante que poderá ser vista com telescópios domésticos de boa qualidade ou até mesmo com binóculos, quando atingir o ponto máximo de seu brilho, algo que deve ocorrer dentro de uma semana.

Junto com observadores do mundo todo, Fossey se prepara para recolher informações e aprender tudo o que puder enquanto a supernova for visível no céu.
Oportunidade
O astrônomo explicou que esta galáxia, "em particular, é incomum e está muito próxima; uma supernova tão próxima como esta provavelmente ocorre uma vez em décadas".

"É uma oportunidade excelente para a frota de naves espaciais que temos e para os observatórios na Terra", acrescentou Fossey.

A supernova da Galáxia do Charuto, na constelação de Ursa Maior, permanecerá brilhante por cerca de um mês e os cientistas querem aproveitar ao máximo a possibilidade de conhecer todos os segredos desta galáxia.

"Um dos modelos aceitos é que ela tem o que chamamos de uma anã branca, que efetivamente é uma estrela como o Sol e que está na fase final de sua vida, inerte e quente, uma estrela que tem uma companheira binária, uma amiga, atraindo material dessa amiga e ficando maior e mais quente até que se detona a uma temperatura crítica e explode em pedaços", explicou o astrônomo.

"Com estas naves no espaço, podemos observar a onda expansiva deste material, desta explosão, ao impactar no material que há a seu redor, incluindo sua companheira. E esta é a chave, precisamos compreender a companheira", acrescentou Fossey.

O cientista afirma que esta poderia ser uma estrela como o Sol ou este poderia ser um outro tipo de evento espacial, que incluiria duas anãs brancas.

Para o cientista, compreender estes "estalos estelares" pode levar à resolução de outros mistérios, pois as "supernovas são faróis de luz".

Além de ajudar a compreender o processo de morte de uma estrela, as supernovas são muito importantes pela luminosidade, que permite medir com precisão as distâncias entre as galáxias do universo, disse Fossey.

O cientista afirmou que os astrônomos estão vivendo semanas de "atividade furiosa" com os instrumentos ópticos espaciais e terrestres apontando para a direção da galáxia, para acompanhar este processo e conseguir toda a informação possível sobre o brilhante fim desta estrela.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/bbc/2014/01/29/explosao-estelar-iluminara-o-ceu-nas-proximas-semanas.htm

Pesquisadores criam mapa completo de asteroides entre Marte e Júpiter

Asteroides são elementos com dados sobre a formação de planetas.
Estudo foi publicado na revista científica 'Nature' desta semana.

Pesquisadores da França e dos Estados Unidos elaboraram um mapa completo da localização dos asteroides que ficam no cinturão principal do Sistema Solar, entre Marte e Júpiter, informou o Observatório de Paris em estudo publicado na edição impressa da revista "Nature".
O trabalho, divulgado nesta quinta-feira (30), confirma teorias mais recentes sobre a formação do Sistema Solar, que defendem que todos os elementos que o compõem se deslocaram ao longo da história, embora algumas das observações ainda não possam ser explicadas.
Os asteroides, pequenos fragmentos de rocha e pó, são elementos que fornecem muita informação sobre a formação dos planetas próximos da Terra, por serem restos pouco evoluídos da nebulosa primitiva de 4,5 bilhões de anos, lembraram os dois autores do estudo.
Desde nos anos 80, a comunidade científica internacional defendia que a estrutura do Sistema Solar era estática, ou seja, que os corpos permaneciam na zona onde se formaram, de modo que se podia distinguir entre os mais evoluídos e próximos do Sol e os mais primitivos e afastados. No entanto, esta teoria começou a evoluir a partir de 2000, quando foram detectadas exceções como os asteroides formados em um entorno frio e afastados do sol.

No mapa elaborado pelos cientistas mostram os principais asteroides do Sistema Solar e sua distância do Sol. (Foto: Reprodução/Nature)
No mapa elaborado pelos cientistas mostram os principais asteroides presentes entre Marte e Júpiter (Foto: Reprodução/Nature)

Mapa Além de traçar o mapa, os astrônomos Benoît Carry, do Observatório de Paris, e Francesca DeMeo, do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), determinaram a composição de cem mil asteroides de mais de cinco quilômetros de diâmetro, a partir de registros fotográficos, e os classificaram em função de seu tamanho e sua posição no sistema solar.
Com estes dados, concluíram que a teoria tradicional continua sendo válida para os asteroides de mais de 50 quilômetros de diâmetro já que, nestes casos, os mais afastados do Sol são também os mais primitivos. Por outro lado, nos menores, especialmente aqueles com um diâmetro entre 5 e 20 quilômetros, acontece o contrário e se encontram perto de Marte asteroides mais frios, que habitualmente ficam além da órbita de Júpiter.
Estas observações se ajustam em parte aos últimos modelos teóricos sobre a história do sistema solar, que já assumem que todos seus elementos se movimentaram, incluindo os planetas, e que os asteroides se formaram a diversas distâncias do sol antes de se concentrarem no cinto principal, o que explicaria a grande diversidade.
No entanto, alguns dos detalhes mostrados na nova cartografia, como a presença de corpos frios perto de Marte, ainda não se explicam com as novas teorias.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/pesquisadores-criam-mapa-completo-de-asteroides-entre-marte-e-jupiter.html

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

Ônibus espacial Challenger explodiu há 28 anos e matou sete astronautas



O Challenger explodiu 73 segundos após seu lançamento há 28 anos, em 28 de janeiro de 1986. Sete astronautas morreram diante de milhares de pessoas que acompanharam sua decolagem pelo Centro Espacial Kennedy, na Flórida, e pela televisão.
O ônibus espacial foi nomeado em homenagem ao navio de pesquisa britânico HMS Challenger que navegou pelos oceanos Atlântico e Pacífico durante a década de 1870.
Challenger foi lançado em sua viagem inaugural, na missão STS -6, em 4 de abril de 1983. Essa missão viu a primeira caminhada espacial do programa, bem como a implantação do primeiro satélite de Monitoramento e Sistema de Retransmissão de Dados.
O ônibus ainda foi responsável por transportar a  primeira mulher astronauta americana ,Sally Ride, ao espaço na missão STS -7 e foi o primeiro a levar duas mulheres astronautas americanas na missão STS 41 -G.
Ele ainda foi o primeiro ônibus espacial a decolar e pousar à noite na missão STS -8, e também fez o primeiro pouso no Centro Espacial Kennedy , concluindo a missão STS 41 -B . Os laboratórios espaciais 2 e 3 voaram a bordo do Challenger nas missões STS 51 -F e STS 51- B, assim como o primeiro laboratório espacial alemão na STS 61 -A .
Em 27 de janeiro de 1967, três astronautas da Apolo 1 morreram em um incêndio durante um exercício.

Fonte:  http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2014/01/28/onibus-espacial-challenger-explodiu-ha-28-anos-e-matou-sete-astronautas.htm

Cosmonautas russos concluem caminhada espacial com sucesso

Eles instalaram câmeras de alta resolução no casco do módulo russo.
Câmeras anteriores estavam com problemas e não enviavam imagens.


Imagem da TV Nasa mostra imagens da câmera no capacete do cosmonauta Sergey Ryazanskiy durante caminhada espacial nesta segunda-feira (27). Ele e Oleg Kotov instalaram câmeras do lado de fora da ISS. (Foto: Nasa TV/AFP)
Imagem da TV Nasa mostra imagens da câmera no capacete do cosmonauta Sergey Ryazanskiy durante caminhada espacial nesta segunda-feira (27). Ele e Oleg Kotov instalaram câmeras do lado de fora da ISS. (Foto: Nasa TV/AFP)

Os cosmonautas russos Oleg Kotov e Sergei Riazanski, tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS, sigla em inglês), concluíram todas as tarefas durante a caminhada espacial que fizeram ontem à noite, informou nesta terça-feira o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.
"A saída ao espaço aberto terminou de forma bem-sucedida. Os cosmonautas retornaram à Estação", declarou um porta-voz do CCVE, que destacou que Kotov e Riazanski cumpriram todos os trabalhos previstos em sua saída ao espaço.
Segundo a Roscosmos - a agência espacial russa - a caminhada teve duração de 5h58min e foi encerrada à 0h08 de Moscou (18h08 de Brasília da segunda-feira).
Os cosmonautas russos instalaram câmeras de alta resolução 'UrtheCast', de fabricação canadense, no casco do módulo russo Zvezda.
Esta tarefa estava pendente, já que as câmeras tinham sido instaladas em uma caminhada espacial anterior, mas tiveram que ser desmontadas já que não enviavam informação às estações terrestres.
A falha, conforme foi detectada pelos cosmonautas assim que voltaram à ISS com as câmeras, estava em uma conexão dos cabos.
Nesta caminhada, Kotov e Riazanski também fotografaram o cabeamento do suporte no qual foram instaladas as câmeras.
Os cosmonautas retiraram do módulo Zvezda um contêiner de lixo com amostras dos materiais com os quais foi construída a Estação Espacial, que servirão para o estudo dos efeitos do espaço sobre a própria plataforma espacial.
Além de Kotov e Riazanski, a atual tripulação da ISS é composta pelo também russo Mikhail Tyurin, o japonês Koichi Wakata e os astronautas americanos Rick Mastracchio e Mike Hopkins.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/cosmonautas-russos-concluem-caminhada-espacial-com-sucesso.html

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

Jipe Opportunity completa 10 anos em Marte com descoberta de lama no planeta

O projeto original previa três meses. Mas lá se vão dez anos do jipe robótico Opportunity perambulando pela superfície de Marte, e com descobertas cada vez mais incríveis. A última foi de sinais de uma lama antiga feita com água doce no passado molhado do planeta vermelho. Mais habitável que isso não fica, para vida como a conhecemos.

Em um artigo científico publicado na última sexta-feira na revista "Science", os pesquisadores que trabalham com o jipe confirmaram a descoberta, feita na cratera Endeavour, a cerca de 39 km do local original do pouso, em Meridiani Planum.

É um ótimo contraste com os primeiros resultados obtidos pelo jipe, que desceu numa região onde, bilhões de anos atrás, havia um mar salgado e extremamente ácido em Marte.

A nova descoberta, portanto, só foi possível graças à inesperada longevidade do rover.



QUEM ESPERA ALCANÇA

Antes do pouso, realizado em 25 de janeiro de 2004, ninguém sabia exatamente onde o Opportunity –que literalmente caía do céu, protegida por airbags– desceria.

"Nós torcíamos para cair perto da cratera Endeavour, que parecia um lugar muito interessante nas imagens orbitais", conta Paulo de Souza Júnior, físico brasileiro que ajudou a projetar um dos instrumentos do jipe e participa da missão até hoje.

Contudo, após o pouso, os cientistas constataram que estavam longe da cobiçada cratera. Por sorte, a região da descida também era interessante e permitiu ao rover da Nasa, equipado com instrumentos de exploração geológica, identificar minerais indicativos da presença de água no passado do planeta vermelho.

Naquela época, 4 bilhões de anos atrás, o planeta era muito mais quente, com uma atmosfera densa e grande atividade geológica. Mas o mar de Meridiani Planum não era exatamente como os terrestres. Era muito ácido.

Mesmo assim, foi um alívio. O irmão gêmeo do Opportunity, batizado de Spirit, havia pousado com sucesso alguns dias antes, mas não encontrou nenhum sinal de água nas imediações da região de pouso.

Se ambos encontrassem as mesmas condições, era bem possível que a agência espacial americana não conseguisse cumprir o principal objetivo da missão: confirmar que Marte teve mesmo um passado úmido e quente, muito mais amigável à vida.

Porém, não só o Opportunity fez a descoberta logo de cara, como o Spirit operou por muito mais tempo do que os três meses estimados. Avançando sobre alvos promissores no terreno marciano, no fim das contas ele também encontrou sinais de água.

Enfrentando terreno mais acidentado, o Spirit pifou em 2010. Mas seu irmão seguiu em frente. Apesar da distância da cratera Endeavour, os cientistas comandaram o robô a explorar naquela direção. E, para surpresa de todos, ele conseguiu chegar lá.

Ao fim e ao cabo, o Opportunity é o segundo colocado no ranking mobilidade em outro mundo, após percorrer 39 km, só atrás do veículo lunar soviético Lunokhod 2. E não dá sinais de parar.

No momento, ele opera em conjunto com o Curiosity, jipe mais avançado que a Nasa colocou em Marte em 2012. A missão do colega mais avançado é encontrar sinais de compostos orgânicos no planeta vermelho –mais um passo na busca por sinais de vida passada ou presente naquele mundo.

"Não há rivalidade entre as duas missões", diz Souza Júnior, que atualmente trabalha no CSIRO (Organização de Pesquisa da Comunidade Científica e Industrial), na Austrália. "Torcemos para que ele tenha tanto sucesso quanto o Opportunity, ou até mais. Mas não vai ser fácil."

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/01/1402810-jipe-opportunity-bate-recorde-de-quilometros-percorridos-em-marte.shtml

domingo, 26 de janeiro de 2014

Veículo de exploração lunar chinês sofre problema mecânico

Cientistas já se concentram no reparo do ‘Coelho de Jade'.
Primeiro veículo do tipo criado pela China foi lançado em 1º de dezembro.


Jipe chinês ‘Coelho de Jade’, em imagem de arquivo de 5 de novembro. (Foto: Peter Parks / Arquivo / AFP Photo)
Jipe chinês ‘Coelho de Jade’, em imagem de arquivo de 5 de novembro. (Foto: Peter Parks / Arquivo / AFP Photo)

O veículo teleguiado chinês de exploração lunar, o 'Coelho de Jade', registrou uma anomalia mecânica, informou neste sábado (25) a agência oficial Xinhua.
A anomalia ocorreu devido a um 'ambiente complicado na superfície da Lua', indicou a agência, citando a administração estatal para a ciências, tecnologia e indústria da Defesa Nacional. Os cientistas já estão procedendo aos reparos, acrescentou a fonte, sem dar mais detalhes.
A China lançou em 1º de dezembro seu primeiro veículo de exploração lunar. O nome do veículo, 'Coelho de Jade' ou 'Yutu', em chinês, é uma referência à mitologia chinesa. Segundo a lenda, um coelho vive na Lua, onde tritura o elixir da imortalidade em suas crateras. O animal lendário tem a companhia de Chang'e, a deusa chinesa da Lua.
Essa missão faz parte de um ambicioso programa chinês marcado pelo sucesso de duas sondas lunares precedentes. As sondas Chang'e-1 (lançada em outubro de 2007) e Chang'e 2 (em outubro de 2010) permitiram, uma vez postas em órbita, fazer observações detalhadas da Lua. O programa espacial chinês é chefiado por militares.
Além de garantir o status de grande potência, a China sonha em se tornar o primeiro país asiático a enviar um homem à Lua.
O 'Coelho de Jade', equipado com painéis solares para gerar sua energia, fará análises científicas e enviará para a Terra imagens tridimensionais de seu satélite natural. O veículo, com peso de 120 quilos, pousou na Baía dos Arco-íris, um território ainda inexplorado do satélite e deve funcionar durante três meses, podendo se deslocar a uma velocidade máxima de 200 metros por hora.
A conquista do espaço é percebida na China, que investe bilhões de dólares ao setor, como o símbolo do novo poder do país e das ambições do Partido Comunista (PCC) no poder.
As autoridades têm planos ambiciosos, como criar uma estação espacial permanente em 2020 e eventualmente enviar um ser humano à Lua, mas sua tecnologia atualmente carece da precisão que Rússia e Estados Unidos têm.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/veiculo-de-exploracao-lunar-chines-sofre-problema-mecanico.html

Cortes no orçamento ameaçam missão da Nasa em Saturno

Uma década após entrar na órbita de Saturno, a venerável espaçonave Cassini, da Nasa, ainda está funcionando – muito além dos quatro anos de ciência que a agência espacial esperava conseguir. Porém, a nave está com pouco combustível de manobra, e seus gestores querem acabar com um estrondo científico – um cronograma ambicioso, que inclui 22 órbitas por uma abertura entre o planeta e seu anel mais interno antes de enviá-la a um mergulho para a morte em Saturno em 2017.
Há vários meses, no entanto, cientistas temem que a Nasa, financeiramente oprimida como o restante do governo americano, possa encerrar a missão mais cedo.
Nesta primavera no Hemisfério Norte, funcionários da agência irão conduzir uma revisão (como fazem a cada dois anos) das aeronaves que ultrapassaram suas missões originais. Para o ano fiscal de 2015, que começa em 1º de outubro, a Nasa terá escolhas particularmente difíceis.
Missões estendidas
A sonda de marte Curiosity, que custará US$ 67,6 milhões para operar neste ano, deve completar sua missão principal de dois anos em junho, e o dinheiro para prosseguir trabalhando virá de fundos dedicados a "missões estendidas". Para este ano, essa quantia é de US$ 140 milhões, o que inclui US$ 52,2 milhões para a Cassini. Outras missões estendidas incluem a espaçonave Messenger, em Mercúrio, a sonda Opportunity, em Marte, e a sonda Mars Reconnaissance Orbiter.
"Esta será uma competição muito interessante", declarou James Green, diretor da divisão de ciência planetária da agência, ao subcomitê do conselho consultivo da Nasa há alguns meses. "Temos duas missões principais bastante caras, a Cassini e a Curiosity, que são caras de operar mesmo em uma fase de missão prolongada, junto a muitas de nossas outras missões, que estão fazendo uma ciência enorme a baixo custo e, portanto, teremos que ser bastante minuciosos em relação a essa competição em particular".
Ninguém espera que a Nasa desative a Curiosity, que só chegará ao seu destino científico principal mais tarde neste ano, levantando temores de que a Cassini estaria no bloco de corte. Linda J. Spilker, sua cientista de projeto, declarou simplesmente: "Estou esperançosa de que tudo dará certo".
Mais recentemente, Green disse aos cientistas que a percepção de Cassini contra Curiosity era imprecisa, e que as equipes poderiam reduzir o custo e o escopo das missões estendidas. A Nasa também poderia utilizar outros fundos para pagar pelas duas missões, mas isso poderia ter outras consequências – como atrasar futuros projetos.
"Tudo isso é parte do processo. Estou pedindo que os cientistas não surtem, que não se preocupem com coisas que não podem controlar", afirmou Green durante uma entrevista.
A administração Obama, que propôs grandes cortes no orçamento de Ciências Planetárias nos últimos dois anos, também pode pedir por mais dinheiro para 2015.
"A administração segue comprometida em operar as missões pioneiras da Cassini e Curiosity, desde que elas continuem sendo analisadas nessas rigorosas revisões", declarou Phillip Larson, conselheiro de políticas espaciais da Casa Branca. "Se mantivermos uma delas ativa, isso não significa que precisaremos cancelar a outra".
A proposta orçamentária do governo deve ser divulgada no final de fevereiro ou início de março.
Saturno
Embora a Cassini venha estudando Saturno e suas luas há quase 10 anos, as órbitas finais trariam uma nova ciência. As passagens baixas, logo acima do topo das nuvens de Saturno a 76 mil milhas por hora, poderiam não só oferecer vistas espetaculares, mas também medir a estrutura dos campos magnéticos e gravitacionais de Saturno – assim como a missão Juno da Nasa, de US$ 1,1 bilhão, deve fazer em Júpiter. Esses dados responderiam questões aparentemente simples, como a velocidade de rotação de Saturno. Até agora, cientistas viram apenas os movimentos das nuvens mais elevadas, e não o que está abaixo delas.
"Existe uma missão totalmente nova esperando por nós no último ano desta missão", argumentou Candice Hansen-Koharcheck, cientista sênior do Planetary Sciences Institute em Tucson, Arizona, que comanda o grupo de avaliação de planetas da Nasa.
No próximo ano, a Cassini deve realizar três sobrevoos na pequena lua Encélado, que está lançando jatos de água no espaço, levantando a possibilidade de água líquida abaixo da superfície.
Desativar a Cassini agora, segundo Hansen-Koharcheck, "seria uma decisão trágica, míope e uma economia burra".
Comprimir o trabalho da Cassini em menos anos pode economizar dinheiro, mas segundo Spilker e Earl Maize, o gestor do projeto, não seria fácil. "Teríamos de abrir mão de algo muito grande".
Exceto por um mergulho no ano passado, causado pelos cortes orçamentários automáticos conhecidos como sequestro, o orçamento de pesquisa científica da Nasa permaneceu relativamente estável nos últimos anos, em cerca de US$ 5 bilhões. Entretanto, para absorver o excesso de custos no desenvolvimento do Telescópio Espacial James Webb, o sucessor do Hubble, Obama propôs cortes ao programa de Ciências Planetárias. Embora o Congresso tenha restaurado parte do dinheiro, o financiamento tem sido muito inferior ao que era previsto há alguns anos.
Economia
Mesmo com as missões atuais gerando uma montanha de dados e descobertas – "a quantidade de ciência aparecendo é fenomenal", afirmou John M. Grunsfeld, administrador científico da Nasa –, o futuro parece nebuloso, com menos missões programadas.
Uma alta prioridade dos cientistas planetários é uma análise mais atenta da Europa, uma das grandes luas de Júpiter, que possui um grande oceano por baixo de sua crosta de gelo, tornando-a um dos locais mais promissores para se descobrir vida dentro do sistema solar. Colocar uma espaçonave em órbita ao redor da Europa custaria quase US$ 5 bilhões, mas cientistas e engenheiros do Jet Propulsion Laboratory da Nasa, em Pasadena, Califórnia, descobriram uma forma de cumprir muitos dos mesmos objetivos com uma nave de US$ 2 bilhões que simplesmente voe perto da Europa diversas vezes.
"Eu diria que essa nave faria 80% da ciência por metade do preço", disse Robert T. Pappalardo, cientista do pré-projeto.
Mesmo isso pode ser caro demais. Segundo o site SpacePolicyOnline.com relatou no mês passado, Charles F. Bolden Jr., o administrador da Nasa, disse ao conselho consultivo que a agência teria de parar de pensar em missões custando acima de US$ 1 bilhão. "Não existe mais lugar para isso no orçamento", afirmou ele.
Alguns dias depois, Bolden declarou que a agência seguia comprometida com missões futuras, mas acrescentou: "Estamos dedicados a buscar as maneiras mais econômicas de alcançar essa meta".
O Congresso vem empurrando a Nasa nessa direção. Ele alocou US$ 1,34 bilhão a Ciências Planetárias no projeto de gastos aprovado na semana passada – US$ 127 milhões a mais do que a administração havia solicitado –, e orientou a Nasa a gastar US$ 80 milhões em projetos preliminares para a missão Europa.
Heidi B. Hammel, chefe de Ciência Planetária da American Astronomical Society, apontou que o campo já viu dias piores. Em 1981, o administrador da Nasa, James Beggs, propôs sacrificar todo o programa de Ciência Planetária em resposta a exigências de profundos cortes orçamentários do governo Reagan.
"Não estamos tão mal quanto naquela época. Estou esperando um nivelamento. Não vejo uma tendência para baixo", explicou Hammel.
Nas negociações que se seguiram entre Beggs e autoridades da Casa Branca, o programa foi salvo, embora não tenha havido novas missões até 1989. Os cientistas criaram uma lista com quatro prioridades.
A quarta, estudar a lua de Saturno chamada Titã, se transformou na Cassini.

Fonte: http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2014/01/25/cortes-no-orcamento-ameacam-missao-da-nasa-em-saturno.htm

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

Nasa investiga rocha misteriosa descoberta em Marte

Pedra de cor branca 'apareceu' sobre uma zona rochosa.
Imagem foi transmitida à Terra pelo robô Opportunity.


Imagens mostram antes e depois de zona rochosa em Marte documentada pelo Opportunity. À direita, rocha misteriosa encontrada 12 dias após o registro da primeira imagem. (Foto: AFP Photo/ NASA/JPL-Caltech/Cornell University/Arizona State University/ Handout)
Imagens mostram antes e depois de zona rochosa em Marte documentada pelo Opportunity. À direita, rocha misteriosa encontrada 12 dias após o registro da primeira imagem. (Foto: AFP Photo/ NASA/JPL-Caltech/Cornell University/Arizona State University/ Handout)

Os cientistas da Agência Espacial americana (Nasa) investigam a misteriosa aparição no solo de Marte de uma pequena rocha com forma de uma "rosca" em uma imagem transmitida pelo robô marciano Opportunity.
A imagem foi enviada em 8 de janeiro pelo robô quando os cientistas se preparavam para acionar seu braço teleguiado para fazer experimentos.
Nela, vê-se uma pequena pedra de cor branca nas laterais e um vermelho escuro no centro, que repousa sobre uma zona rochosa sem outros elementos e que não aparecia nas imagens do mesmo local transmitidas há 12 dias, afirmou o principal cientista da missão Opportunity, Steve Squyres.

"Essa rocha apareceu, simplesmente, diante de nós... o que é estranho", declarou Squyres, em uma entrevista coletiva, acrescentando que "provavelmente, foi desenterrada por uma roda do robô, quando girava sobre si mesmo".
"Ainda não encontramos o buraco deixado pela pedra depois de deslocada, mas acreditamos que deve estar em algum lugar escondido pelos painéis solares do Opportunity", completou.
Batizada de "Pinnacle Island" pela equipe, a rocha parece ter sido remexida, mostrando uma superfície que não era exposta, talvez há milhões de anos, à atmosfera marciana.
A análise da pedra com microscópio e com um espectrômetro permitiu encontrar muito enxofre e grandes concentrações de manganês e magnésio - "uma composição estranha e diferente daquela que observamos até agora", comentou Squyres.
"Continuamos trabalhando na rocha", disse ele, acrescentando que "esse tipo de descoberta inesperada torna essa missão sempre apaixonante".
Opportunity pousou em 25 de janeiro de 2004 em uma região de Marte chamada "Meridiani Planum" para explorar as bordas de várias crateras em busca de sinais de alguma presença de água nesse planeta no passado. Essa busca ainda não teve resultados.
A missão, que deveria durar apenas 90 dias no Planeta Vermelha, celebra seu 10º aniversário este ano.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/nasa-investiga-rocha-misteriosa-descoberta-em-marte.html

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Telescópio vê água no planeta-anão Ceres

O planeta-anão Ceres, com órbita entre Marte e Júpiter, possui água em sua superfície, indicam imagens do telescópio espacial Herschel, que enxerga infravermelho. Seria uma descoberta trivial, não fosse pelo fato de que teorias físicas proíbem objetos úmidos de se formarem ali.

O estudo desse pequeno mundo –habitante da zona conhecida como Cinturão de Asteroides– não teria em princípio a capacidade de abalar teorias astronômicas importantes. A nova descoberta sobre Ceres, porém, pode levar até mesmo a uma revisão das teorias de por que a própria Terra possui água.

As moléculas de H2O presentes no planeta-anão estão na forma de vapor, que emana de duas fontes diferentes, afirma estudo sobre a descoberta, publicado na edição de hoje da revista "Nature". É relativamente pouca água –seis litros sendo liberados por segundo– , mas é o suficiente para estimular astrônomos a rever teorias sobre a formação dos Sistema Solar.

No centro da discussão está a questão da diferença entre um cometa e um asteroide. Um cometa, pela definição clássica, é um corpo celeste de órbita alongada, capaz de viajar para os confins do Sistema Solar, e com um bocado de gelo d'água em sua composição. Já um asteroide é um corpo seco e rochoso, com órbitas confinadas à parte mais interna do Sistema Solar, antes de Júpiter.



ESTRANHO NO NINHO
Acreditava-se que Ceres, promovido a planeta-anão apenas em razão de seu tamanho (leia quadro à dir.), seria essencialmente um asteroide. Ele habita, aliás, uma região orbital conhecida como cinturão de asteroides.

Nessa região, o calor do Sol é forte demais para que seja possível o acúmulo de gelo na superfície de um corpo pequeno. Objetos retendo H2O, em princípio, só se formam em órbitas mais distantes.

"Ceres, em teoria, deveria ser rochoso e seco", disse à Folha Michael Küppers, astrônomo da Agência Espacial Europeia que liderou a descoberta anunciada agora. "Talvez Ceres tenha surgido no próprio cinturão de asteroides, mas depois tenha coletado matéria de objetos que vieram do Sistema Solar exterior e se chocaram com ele."

Outra hipótese é que Ceres tenha se formado longe do Sol e depois sido tragado para perto. Algo capaz de fazer isso seria uma "migração" da órbita de Júpiter, o segundo corpo mais maciço do Sistema Solar, capaz de desestabilizar objetos menores.

"Uma pista inicial de que planetas gigantes do Sistema Solar podem sofrer migração drástica veio em 1995, com a descoberta de alguns planetas extrassolares gigantes orbitando estrelas a uma distância menor do que a do Sol a Mercúrio –distância orbital onde não poderiam ter se formado", escreve Humberto Campins, da Universidade da Flórida Central, comentando a descoberta de Küppers.

A Terra também formou-se relativamente perto do Sol e, longe de cometas que poderiam "abastecê-la", não poderia ter água. Nossos oceanos, porém, podem ter sido semeados por asteroides "úmidos" –objeto de existência questionada até agora.

Não se sabe de onde sai o vapor que Ceres exala. Küppers suspeita que sejam ou crostas de gelo evaporando no fundo de crateras ou "criovulcanismo" –vulcões alimentados por gelo em vez de lava. A sonda espacial Dawn, que visitará Ceres em 2015, poderá resolver o mistério.

Fonte:  http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/01/1401483-telescopio-ve-agua-no-planeta-anao-ceres.shtml

Foto com pedra branca misteriosa na superfície de Marte intriga cientistas

Imagem foi feita por robô explorador Opportunity.
Cientistas suspeitam que a pedra foi virada por uma das rodas do robô.


Imagens feitas na superfície de Marte por equipamento da Nasa mostra pedra branca brilhante que tem intrigado os cientistas. Na combinação de fotos, é possível ver que a pedra não estava no local em determinado momento (Foto: Nasa/Reuters)
Imagens feitas na superfície de Marte por equipamento da Nasa mostram pedra branca brilhante (à direita) que tem intrigado os cientistas. Na combinação de fotos, é possível ver que a pedra não estava no local em determinado momento (Foto: Nasa/Reuters)

Cientistas estão intrigados sobre como uma pedra apareceu misteriosamente numa foto enviada de Marte pelo robô explorador Opportunity.
O robô, que aterrissou há uma década na região chamada Meridiani Planum, explora a borda de uma cratera por sinais de existência de água no passado.
Um outro robô, o Curiosity, aterrissou do outro lado do planeta em 2012 para a mais ambiciosa missão de procurar lugares habitáveis no passado. Contudo, no momento, os cientistas tratam de uma questão mais imediata.
Em 8 de janeiro, quando se preparava para uma investigação científica, o Opportunity enviou uma foto do seu trabalho na área.
Estranhamente, ela mostrou uma pedra brilhante branca, do tamanho de um pãozinho, onde somente solo rochoso aparecia na foto tirada duas semanas antes. Os cientistas suspeitam que a pedra foi virada por uma das rodas do robô. Pode também ter parado ali por conta da queda de um meteorito.
De qualquer maneira, a pedra chamada de "Ilha Pináculo" proporciona um inesperado bônus para os cientistas. "A maior parte da pedra tem um tom brilhante, quase branco", disse a Nasa, a agência espacial dos Estados Unidos, num comunicado na terça-feira.
"Uma porção é vermelha. A Ilha Pináculo pode ter sido virada de ponta-cabeça pela roda, proporcionando uma circunstância incomum para o exame do lado de baixo de uma pedra de Marte."

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/foto-com-pedra-branca-misteriosa-na-superficie-de-marte-intriga-cientistas.html

terça-feira, 21 de janeiro de 2014

Sonda Rosetta emite sinal para a Terra após 'sono profundo' no espaço

Equipamento da Agência Espacial Europeia emitiu mensagem nesta tarde.
'Olá, mundo", escreveu a conta da sonda Rosetta no Twitter.


Concepção artística da Rosetta liberando sonda Philae ao cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko (Foto: ESA–C. Carreau/ATG medialab)
Concepção artística da Rosetta liberando sonda Philae ao cometa 67P/Churyumov–Gerasimenko. Esta etapa deve acontecer apenas em novembro, segundo previsão da ESA (Foto: ESA–C. Carreau/ATG medialab)

Após ser lançada há dez anos e permanecer os últimos dois anos e meio no espaço em "sono profundo" para guardar energia, a sonda Rosetta, da Agência Espacial Europeia (ESA) enviou os primeiros sinais para a Terra às 16h18 (horário de Brasília) desta segunda (20).

O equipamento, lançado em 2004 e que está a mais de 800 milhões de km de distância do nosso planeta, foi religado nesta manhã, mas só transmitiu seus primeiros sinais horas depois. Ele está próximo à órbita do planeta Júpiter.
A "mensagem" foi captada pela estação terrestre Goldstone, da agência espacial americana (Nasa), que fica na Califórnia. A informação foi rapidamente confirmada pelo centro de operações da ESA em Darmstadt, na Alemanha.
O sucesso do "despertar" foi anunciado na conta da sonda Rosetta no Twitter (@Esa_Rosetta), que escreveu "Olá, mundo" em 20 idiomas, incluindo o português.
A sonda foi lançada com o objetivo de estudar um cometa em movimento, no caso, o 67P/Churyumov-Gerasimenko, uma massa gigante formada por gelo e pedra que se move rapidamente pelo espaço.
Acredita-se que o corpo celeste seja um remanescente original da época do surgimento do sistema solar, há 4,6 bilhões de anos, e possa dar pistas sobre a aparição da água e da vida na Terra.
O plano é que a Rosetta lance um módulo de aterrissagem, o Philae, sobre o cometa em novembro.
O satélite deverá seguir o cometa até ele se aproximar do Sol. A equipe de cientistas vai monitorar as mudanças que ocorrerem a partir das informações enviadas pelo Philae.
Se der certo, a missão permitirá que cientistas tenham um olhar sem precedentes sobre um dos objetos mais antigos do sistema solar.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/sonda-rosetta-emite-sinal-para-terra-apos-sono-profundo-no-espaco.html

Sonda espacial 'acorda' para missão de pousar em cometa

Rosetta foi lançada no espaço há 10 anos, e há dois está hibernada para guardar energia e concluir missão de aterrissar em um corpo celeste.

Imagem mostra trajetória que deve ser seguida pela sonda Rosetta (Foto: BBC)
Imagem mostra trajetória que deve ser seguida pela sonda Rosetta (Foto: BBC)

O lançamento da sonda espacial Rosetta, há 10 anos, foi o pontapé de uma jornada épica, o início da primeira tentativa de um encontro com um cometa em movimento.
O cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, uma massa gigante formada por gelo e pedra que se move rapidamente pelo espaço, é o alvo de uma das missões mais arriscadas já feitas.
O satélite, que passou os últimos dois anos e meio viajando pelo espaço em estado de profunda hibernação para guardar energia, está previsto para "acordar" nesta segunda-feira (20) e enviar um sinal para a Terra.
A reativação da Rosetta acontecerá a cerca de 800 milhões de km de distância da Terra, próximo à órbita do planeta Júpiter.

Rosetta está em estado de hibernação profunda há dois anos e meio para guardar energia (Foto: BBC)
Rosetta está em estado de hibernação profunda há
dois anos e meio para guardar energia (Foto: BBC)

A previsão do grande encontro com o cometa é para agosto deste ano, e, quando isso ocorrer, terá início a fase mais difícil da missão. A Rosetta deverá lançar um módulo de aterrissagem, o Philae, sobre o cometa em novembro.
O plano é de que o satélite siga o cometa conforme este se aproxima do Sol, monitorando as mudanças que ocorrem no corpo celeste através das informações enviadas pelo Philae da superfície.
Se der certo, a missão permitirá que cientistas tenham um olhar sem precedentes sobre um dos objetos mais antigos do sistema solar.
Acredita-se que o corpo celeste seja um remanescente original da época do surgimento do sistema solar, há 4,6 bilhões de anos, e possa dar pistas sobre a aparição da água e da vida na Terra.
"Rosetta é uma missão única - tecnologicamente, cientificamente, e filosoficamente, porque os cometas podem estar na origem de quem nós somos", disse o diretor geral da Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês), Jean-Jacques Dordain.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/sonda-espacial-acorda-para-missao-de-pousar-em-cometa.html

quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Nasa divulga nova imagem da nebulosa de Orion

Aglomerado fica há 1.500 anos-luz de distância.
Imagem foi captada pelo telescópio espacial Spitzer.


Imagem da Nasa mostra a nebulosa de Orion (Foto: NASA/JPL-Caltech/Divulgação)
Imagem da Nasa mostra a nebulosa de Orion (Foto: NASA/JPL-Caltech/Divulgação)

A Nasa divulgou nesta quarta-feira (15) uma imagem capturada pelo telescópio espacial Spitzer da Nebulosa de Orion, localizada a cerca de 1.500 anos-luz de distância. Com ajuda de raios infravermelhos, o telescópio conseguiu captar imagens e cores de astros de 40 anos-luz de toda a região.
Os pontos em vermelho revelam as estrelas em processo de formação, enquanto que a parte mais brilhante da nabulosa mostra o Trapézio Cluster, onde ficam as estrelas jovens de Orion.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/nasa-divulga-nova-imagem-da-nebulosa-de-orion.html

Astrônomos encontram planeta que orbita ao redor de um gêmeo do Sol

Buscador encontrou três novos planetas ao redor de estrelas.
Planeta em meio a acúmulo de estrelas é raridade, diz cientista.


Concepção gráfica simula a presença de um dos três planetas encontrados no acúmulo de estrelas Messias 67 (Foto: ESO/L. Calçada/Divulgação)
Concepção gráfica simula a presença de um dos três planetas encontrados no acúmulo de estrelas Messias 67 (Foto: ESO/L. Calçada/Divulgação)

Três novos planetas foram encontrados orbitando ao redor de estrelas no acúmulo Messier, sendo que um deles gira em torno de um gêmeo do Sol, informou nesta quarta-feira (15) o Observatório Europeu Austral (ESO).
A descoberta, realizada mediante o buscador de planetas HARPS que o ESO tem no Chile junto com outros telescópios ao redor do mundo, constitui um marco já que, embora já tenham sido encontrados mais de mil destes exoplanetas fora do Sistema Solar, muito poucos estão situados em acúmulos estelares.
A autora principal do estudo, Anna Brucalassi, do Instituto Max Planck para Física Extraterrestre, situado em Garching, no sul da Alemanha, explicou que "no acúmulo estelar Messier 67 todas as estrelas têm aproximadamente a mesma idade e composição que o Sol".
"Isto proporciona um perfeito laboratório para estudar quantos planetas se formam em um ambiente tão aglomerado, e se por acaso se formam principalmente ao redor de estrelas mais maciças ou menos maciças", declarou a pesquisadora.
Por sua parte, o astrônomo Luca Pasquini, também membro do Instituto Max Planck, afirmou que "os novos resultados contrastam com trabalhos anteriores que não conseguiram encontrar planetas em acúmulos, mas concordam com outras observações mais recentes".
O acúmulo estelar estudado se encontra a uma distância de 2.500 anos-luz na constelação de Câncer e nele há cerca de 500 astros.
Durante o estudo foram descobertos três planetas dos quais dois orbitavam estrelas similares ao sol, enquanto o terceiro girava ao redor um astro gigante vermelho mais evoluído.
Os dois primeiros planetas têm um terço da massa de Júpiter e demoram em orbitar suas estrelas sete e cinco dias, enquanto o terceiro precisa de 122 dias e tem uma massa maior à de Júpiter.
Os pesquisadores comprovaram que o primeiro destes girava em torno de uma das estrelas mais parecidas com o sol encontradas até hoje, além de ser o primeiro gêmeo solar achado em um acúmulo de estrelas que contém um planeta.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/astronomos-encontram-planeta-que-orbita-ao-redor-de-um-gemeo-do-sol.html

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Estação Espacial Internacional recebe a cápsula Cygnus

Lançamento ocorreu na última quinta-feira (9).
Cygnus transporta materiais científicos, comida e até formigas para teste.


Nesta imagem de vídeo fornecido pela NASA a nave de reabastecimento de Cygnus aproxima-se da estação espacial internacional (Foto: Nasa/ AP)
Nesta imagem de vídeo fornecido pela NASA a nave de reabastecimento de Cygnus aproxima-se da estação espacial internacional (Foto: Nasa/ AP)

A cápsula não tripulada Cygnus, da empresa americana Orbital Sciences, lançada com sucesso na quinta-feira (9) para sua primeira missão de abastecimento da Estação Espacial Internacional, se acoplou neste domingo (13) a este posto orbital.
O acoplamento ocorreu às 11h08 GMT (9h08 de Brasília) sobre o oceano Índico, segundo o canal de televisão da agência espacial americana.
Depois que a Cygnus se aproximou do laboratório orbital, foi tomada pelo braço robótico da ISS que era operado pelo astronauta americano Mike Hopkins e pelo japonês Koichi Wakata.
'Capturar algo que está flutuando livremente no espaço junto a você (...), com tanto em jogo, esta é a parte complicada', declarou Cady Coleman, a astronauta encarregada da narração do evento desde a Terra para o canal Nasa TV.
A tripulação utilizou este braço para guiar a Cygnus com o objetivo de acoplá-la ao módulo Harmony, um canal pressurizado que vincula o laboratório europeu Columbus ao americano Destiny.
A Cygnus transporta nesta missão 1.461 quilos de materiais científicos, incluindo formigas para observar seu comportamento em microgravidade, assim como elementos para estudar a resistência microbiana aos antibióticos.
A tripulação da ISS, composta por três russos, dois americanos e um japonês, começará nos próximos dias a transferir o carregamento recém-chegado à ISS e a colocar as 1,8 toneladas de dejetos e equipamentos utilizados na Cygnus.
A cápsula permanecerá acoplada à Estação até o dia 18 de fevereiro, depois se separará e, diferentemente da cápsula Dragon da SpaceX, outra empresa americana escolhida pela Nasa para transportar carga à ISS, a Cygnus se destruirá ao retornar à atmosfera sobre o oceano Pacífico.

A empresa americana Orbital Sciences lançou nesta quinta-feira (9) a cápsula não tripulada Cygnus para sua primeira missão de abastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS), segundo imagens transmitidas ao vivo pela emissora de TV da Nasa. (Foto: Bill Ingalls/Nasa/AFP)
A empresa americana Orbital Sciences lançou nesta quinta-feira (9) a cápsula não tripulada Cygnus para sua primeira missão de abastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS) (Foto: Bill Ingalls/Nasa/AFP)

O lançamento da Cygnus, inicialmente previsto pelo centro de voos de Wallops para dezembro, localizado em uma ilha próxima à costa da Virgínia (leste), foi adiado uma primeira vez para 8 de janeiro devido ao conserto de uma bomba de amoníaco defeituosa em um dos dois circuitos de refrigeração da Estação Espacial.
O conserto foi realizado por dois astronautas em duas caminhadas espaciais pouco antes do Natal.
O voo foi posteriormente adiado em 24 horas até dia 9 de janeiro devido às radiações magnéticas que provocaram erupções solares na terça-feira e que poderiam afetar os sistemas eletrônicos do lançador Antares.
Trata-se do quinto voo de uma nave privada à ISS. A Orbital Sciences é uma das duas companhias americanas, junto com a SpaceX, escolhida pela agência espacial americana para abastecer a estação internacional.
A Orbital Sciences já havia realizado um voo de testes em direção à ISS em setembro.
Para reduzir os custos de acesso à órbita próxima, a Nasa aposta em alianças no setor privado.
Ao fim de um contrato no valor de 1,9 bilhão de dólares com a Orbital Sciences, esta empresa deverá ter entregado 20 toneladas de equipamento em oito voos previstos até o início de 2016, três dos quais em 2014.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/estacao-espacial-internacional-recebe-capsula-cygnus.html

domingo, 12 de janeiro de 2014

Tempo 'maluco' nada prova sobre o aquecimento global

A cidade de São Paulo vive o início de janeiro mais quente da década. Metade dos EUA sucumbe a uma onda de frio paralisante. Na Austrália, de 50 mil a 100 mil morcegos caem das árvores, mortos de calor, em Queensland. Ressacas e chuvas torrenciais castigam o Reino Unido.

Os exemplos de tempo ensandecido se multiplicam neste começo de 2014. Nenhum estudioso responsável do clima, contudo, se arriscará a afirmar um nexo causal entre cada um desses eventos e o aquecimento global.

São todos, afinal, fenômenos locais. E a mudança climática decorrente do acúmulo na atmosfera de gases do efeito estufa, como o CO2 do escapamento dos carros, é mundial. Só pode ser corroborada por tendências estatisticamente relevantes, de escala planetária.

Embora seja inequívoco (porque observado e medido) um aumento de temperatura média global de 0,8°C desde 1880, não há ainda observações suficientes para estabelecer que o número de eventos climáticos extremos –como ondas de calor e de frio– esteja aumentando como resultado do aquecimento.

Quem não é pesquisador não precisa cultivar tais escrúpulos. Nos EUA, conservadores como o radialista Rush Limbaugh não perdem a oportunidade, a cada onda de frio, de usar o flagelo como "prova" de que o aquecimento global não existiria.

No Senado dos EUA, James Inhofe, republicano de Oklahoma, disse que o tempo gélido torna "risível" a ciência da mudança do clima.

Eles têm um aliado poderoso no senso comum. Se faz frio, não pode estar ocorrendo um aquecimento global, certo? Simples assim.

Nada é simples, em matéria de clima. Não se exclui que a própria onda de frio nos EUA resulte do aquecimento de 2°C –observado e medido– do Ártico. Por trás estaria uma mudança na trajetória de ventos de altitude ("jet stream") que serve de barreira para frentes frias polares.

De resto, não se conhece a opinião de Limbaugh e Inhofe sobre o inferno paulistano, as ressacas britânicas ou os morcegos australianos.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2014/01/1396217-tempo-maluco-nada-prova-sobre-o-aquecimento-global.shtml

sexta-feira, 10 de janeiro de 2014

Buraco negro deve devorar nuvem de gás, sua 'maior refeição' em séculos

Fenômeno raramente é observado; eles esperam ver 'fogos de artifício' surgindo no processo.

Astrônomos fizeram uma animação de como seria o fenômeno em que buraco negro engole nuvem de gás (Foto: ESO/MPE/M.Schartmann)
Astrônomos fizeram uma animação de como seria o fenômeno em que buraco negro engole nuvem de gás (Foto: ESO/MPE/M.Schartmann)

Astrônomos estão se preparando para observar o fenômeno de um buraco negro engolindo uma nuvem de gás dentro da Via Láctea. Veja o vídeo com a animação que mostra como seria o fenômeno.
A expectativa dos cientistas é de que "fogos de artifício" sejam observados no processo. O fenômeno deve acontecer a partir do mês de março, segundo cientistas que participam de um encontro da Sociedade Americana de Astronomia, em Washington.
O fenômeno será capturado por um telescópio da missão Swift, da Nasa, e transmitido para o público em geral pela internet.
"Esta pode ser a maior 'refeição' deste buraco negro em centenas de anos", disse Leo Meyer, da Universidade da Califórnia. "Isso pode provocar 'fogos de artifício' - e queremos que todos consigam ver isso."
"Todos querem ver isso acontecer, porque é muito raro", disse Nathalie Degenaar, da missão Swift.
A nuvem de gás tem três vezes a massa da Terra. Ela foi observada pela primeira vez em 2011, rumando em direção ao buraco negro Sagittarius A*.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/buraco-negro-deve-devorar-nuvem-de-gas-sua-maior-refeicao-em-seculos.html

Telescópio da Nasa capta fenômeno espacial apelidado de a 'mão de Deus'

Imagem foi registrada pelo Telescópio Nuclear Epectrocópico, o NuSTAR.
Trata-se da interação dos restos energizados de uma estrela morta.


Imagem registrada pelo Telescópio Nuclear Epectrocópico, o Nustar, mostra os restos energizados de uma estrela morta, uma estrutura apelidade de “Mão de Deus”, devido ao formato semelhante ao de uma mão. (Foto: NASA/JPL-Caltech/McGill)
Imagem captada pelo NuSTAR mostra os restos energizados de uma estrela morta, uma estrutura apelida de “Mão de Deus”, devido ao formato semelhante ao de uma mão. (Foto: NASA/JPL-Caltech/McGill)

Imagem registrada pelo Telescópio Nuclear Espectroscópico, o NuSTAR, mostra os restos energizados de uma estrela morta, uma estrutura apelidada de “Mão de Deus”, devido ao formato semelhante ao de uma mão.
A fotografia, feita a partir de emissões de raios X, mostra uma nebulosa localizada há 17 mil anos-luz de distância da Terra que é alimentada por um pulsar (estrela morta) chamado de B1509.
O equipamento que captou o fenômeno é da agência espacial americana, a Nasa. Segundo a instituição, um dos grandes mistérios deste objeto é a interação específica das partículas do pulsar, que criam a aparência de uma mão – tratada pelos cientistas como uma ilusão de ótica.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/telescopio-da-nasa-capta-fenomeno-espacial-apelidado-de-mao-de-deus.html

quinta-feira, 9 de janeiro de 2014

Cáspula da Orbital Sciences decola para primeira missão na ISS

Cápsula Cygnus tem missão de abastecer Estação Espacial Internacional.
Lançamento, inicialmente previsto para dezembro, foi adiado várias vezes.


A empresa americana Orbital Sciences lançou nesta quinta-feira (9) a cápsula não tripulada Cygnus para sua primeira missão de abastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS), segundo imagens transmitidas ao vivo pela emissora de TV da Nasa. (Foto: Bill Ingalls/Nasa/AFP)
Imagem mostra lançamento do foguete Antares (Foto: Bill Ingalls/Nasa/AFP)

A empresa americana Orbital Sciences lançou nesta quinta-feira (9) a cápsula não tripulada Cygnus para sua primeira missão de abastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS), segundo imagens transmitidas ao vivo pela emissora de TV da Nasa, a agência espacial americana.
O foguete Antares, de dois estágios, que transporta a cápsula Cygnus, foi lançado conforme o previsto às 13h07 locais (16h07 de Brasília) do Centro de Voo Wallops, situado em uma ilha perto da costa da Virgínia, no leste dos Estados Unidos.
Adiamentos
Inicialmente marcado para dezembro, o lançamento da Cygnus foi adiado várias vezes pela decisão da Nasa de substituir com urgência uma bomba de amoníaco defeituosa em um dos dois circuitos de refrigeração da ISS. O reparo foi feito por dois astronautas durante duas caminhadas espaciais pouco antes do Natal.
Os reparos foram concluídos na quarta-feira, mas o lançamento da Cygnus precisou ser adiado por mais um dia, devido a erupções solares que aumentaram o nível de radiação no espaço, o que poderia afetar os sistemas eletrônicos de Antares, explicou a Orbital.
Essas radiações "excediam por uma margem considerável as restrições impostas pela missão para garantir que os sistemas eletrônicos do foguete não se alterassem", destacou a empresa espacial.
Formigas na microgravidade
Este será o quinto voo de uma nave espacial privada à ISS. A Orbital Sciences é uma das duas empresas americanas, junto com a SpaceX, escolhidas pela agência espacial americana para abastecer a estação orbital.
A Orbital já tinha feito um voo de testes rumo à ISS em setembro. "Este voo será o primeiro de três previstos este ano rumo à ISS pela Cygnus (...) durante os quais transportará um total de 5,5 toneladas de carga", explicou na terça-feira Frank Culbertson, diretor-executivo da Orbital.
A Cygnus transportará nesta missão 1.461 quilos de materiais científicos, inclusive formigas, com o objetivo de observar seu comportamento em microgravidade, assim como elementos para estudar a resistência microbiana aos antibióticos.
Em sua chegada à ISS, a cápsula será capturada pelo braço mecânico da estação, operado por dois dos seis astronautas da tripulação, de forma a proceder a seu acoplamento. Os tripulantes da ISS - três russos, dois americanos e um japonês - começarão um dia depois a descarregar as provisões e depois colocarão na Cygnus os rejeitos que estão no laboratório orbital.
Ao contrário da cápsula Dragon, da SpaceX - a outra empresa americana escolhida pela Nasa para transportar carga para a ISS -, a Cygnus não retornará à Terra e se autodestruirá ao entrar na atmosfera.
A agência espacial americana aposta em sua associação com o setor privado para reduzir o custo de acesso à órbita baixa.
Segundo os termos de um contrato de US$ 1,9 bilhão assinado com a Nasa, a Orbital Sciences levará 20 toneladas de carga à ISS durante oito voos que serão realizados até o início de 2016.
A SpaceX já executou três missões à ISS com sua cápsula Dragon, duas delas para levar carga no âmbito de um contrato de US$ 1,6 bilhão com a Nasa. A empresa ainda deve fazer dez voos de carga à ISS até 2015.
A empresa SpaceX lançou a Dragon com seu foguete Falcon 9 a partir da base de Cabo Cañaveral, na Flórida. Essas empresas viram aumentar potencialmente o mercado de transporte para a ISS com a decisão, anunciada na quarta-feira pela Nasa, de prorrogar por quatro anos, até 2024, a vida útil da estação espacial.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/caspula-da-orbital-sciences-decola-para-primeira-missao-na-iss.html

Hubble faz imagem detalhada do interior de grande 'fábrica de estrelas'

Telescópio espacial registrou aglomerado de mais de 800 mil estrelas.
Elas nascem na Nebulosa da Tarântula, a 170 mil anos-luz da Terra.


Imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble mostra a nebulosa Tarantula (Foto: AFP Photo/HO/Nasa/ESA)
Imagem feita pelo Telescópio Espacial Hubble mostra a Nebulosa da Tarântula (Foto: AFP Photo/HO/Nasa/ESA)

Uma imagem divulgada pela agência espacial americana (Nasa) nesta quinta-feira (9) propicia uma visão privilegiada das entranhas da Nebulosa da Tarântula, que abriga mais de 800 mil estrelas jovens e é conhecida como uma "fábrica de estrelas".
A imagem foi possível graças à visão infravermelha do Telescópio Espacial Hubble. Para realizar o feito, de acordo com a agência AFP, foram utilizadas a Câmera de Campo Aberto 3 (WFC3) e a Câmera Avançada para Pesquisas (ACS) do telescópio. As observações fazem parte do "Projeto do Tesouro da Tarântula", que busca mapear e estudar os milhares de habitantes estelares da nebulosa.
Segundo a Nasa, por conter o aglomerado de estrelas observáveis mais próximo a nós, a Nebulosa da Tarântula tornou-se um laboratório para analisar de perto o nascimento das estrelas.
O Hubble é capaz de focalizar estrelas individuais e muitas protoestrelas vermelhas, assim como gigantes vermelhas e supergigantes, possibilitando aos atrônomos um panorama do nascimento e evolução dos astros.
A Nebulosa da Tarântula fica a 170 mil anos-luz da Terra, na Grande Nuvem de Magalhães, uma pequena galáxia satélite da Via Láctea.
"Por causa dos detalhes requintados do mosaico de imagens do Hubble, e de sua grande amplitude, podemos seguir como os episódios de nascimento de estrelas migram pela região através do espaço e tempo", diz a astrônoma Elena Sabbi, do Instituto de Ciência do Telescópio Espacial, em Baltimore.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/hubble-faz-imagem-detalhada-do-interior-de-grande-fabrica-de-estrelas.html

Nasa inaugura exposição de fotos feitas por jipes que andaram em Marte

Spirit e Opportunity pousaram no solo marciano em janeiro de 2004.
Veículos descobriram evidências de que já existiu água em Marte.


Modelo reduzido dos jipes Spirit e Opportunity é exibido na exposição.  (Foto: Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)
Modelo reduzido dos jipes Spirit e Opportunity é exibido (Foto: Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)

Dez anos depois de a Nasa ter pousado dois jipes em Marte para uma missão de 90 dias, um deles continua explorando o território marciano e o projeto gerou centenas de milhares de imagens da superfície do planeta.
Agora, o Smithsonian's National Air and Space Museum, em Washington, está apresentando mais de 50 das melhores fotografias dos dois veículos - chamados Spirit e Opportunity - em uma exposição de arte com curadoria dos cientistas que lideraram a missão.
A exposição abre nesta quinta-feira (9) e inclui muitas fotos em grande escala de crateras, morros, dunas, nuvens de poeira, meteoritos, formações rochosas e o pôr-do-sol marciano. A mostra marca o aniversário de 10 anos da missão ainda em andamento.
O geólogo John Grant, que faz parte da missão, organizou a exposição como um diário de viagem, com imagens feitas pelo Spirit de um lado e imagens feitas pelo Opportunity do outro. Os jipes pousaram em janeiro de 2004 em lados opostos de Marte e começaram a explorar depósitos vulcânicos e planícies, bem como meteoritos e crateras de impacto.


Foto mostra parte do jipe Spirit em que bandeira dos Estados Unidos aparecem no metal do veículo (Foto: AP Photo/NASA/JPL-Caltech/Cornell University    )
Foto mostra parte do jipe Spirit em que bandeira dos
EUA aparecem no metal do veículo (Foto:AP Photo/
NASA/JPL-Caltech/Cornell University)

"Cada uma das imagens que você vê aqui conta uma história de descoberta que anda em paralelo com a história da beleza em Marte", diz Grant. "É um olhar para um planeta alienígena por meio dos olhos dos jipes", completa.
Revelar sinais da presença passada de água e um ambiente mais habitável estão entre as descobertas mais importantes dos veículos. Algumas delas, ocorreram por acidente.
Depois de cerca de 800 dias de missão, uma das rodas da frente do Spirit parou de funcionar. Então o time de engenharia decidiu continuar fazendo o veículo andar, mas de ré, arrastando a roda quebrada pela superfície marciana.
A roda quebrada cavou uma pequena vala no solo, que logo revelou um novo material, branco como a neve. Era sílica, material normalmente encontrado em fontes de água quente e sistemas hidrotermais, ambientes habitáveis.
Já a presença passada de água foi identificada por meio da análise de alguns tipos de solo encontrados pelos veículos.
Jim Green, diretor de ciência planetária da Nasa, afirma que os jipes permitiram grandes avanços na compreensão de Marte para que no futuro torne-se possível o envio de humanos ao planeta vermelho. Outro jipe, chamado Curiosity, também está explorando a superfície do planeta atualmente, e a Nasa planeja enviar mais veículos antes de humanos.
"No caso de exploração por humanos, não é como em 'Jornada nas Estrelas'. Não é o caso de ir aonde nenhum homem foi antes. Na verdade, os cientistas têm de liderar isso. Temos que saber tudo sobre o ambiente antes de enviar humanos para essa próxima jornada", diz Green.

 Pesquisador Steve Squyres, que lidera a missão de exploração de Marte, observa a exposição no Smithsonian National Air and Space Museum (Foto:  Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)
Pesquisador Steve Squyres, que lidera a missão de exploração de Marte, observa a exposição no Smithsonian National Air and Space Museum (Foto: Chip Somodevilla/Getty Images/AFP)

Imagem mostra os rastros de jipe desapaercendo no horizonte marciano; foto faz parte de exposição sobre veículos que exploraram Marte (Foto: AP Photo/NASA/JPL-Caltech/Cornell University)
Imagem mostra os rastros de jipe desaparecendo no horizonte marciano; foto faz parte de exposição sobre veículos que exploram Marte (Foto: AP Photo/NASA/JPL-Caltech/Cornell University)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/nasa-inaugura-exposicao-de-fotos-feitas-por-jipes-que-andaram-em-marte.html

quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Nasa anuncia que Estação Espacial Internacional funcionará até 2024

A princípio, a estação orbital funcionaria somente até 2020.
Estação Espacial Internacional está em funcionamento há 15 anos.


Imagem da Nasa mostra a Estação Espacial Internacional (ISS) durante a primeira caminhada espacial dos astronautas Rick Mastracchio e Mile Hopkins para realizar um conserto na parte externa da estação. Uma segunda saída foi feita nesta terça.  (Foto: AFP Photo/HO/Nasa TV)
Imagem da Nasa mostra a Estação Espacial Internacional (ISS) durante caminhada espacial dos astronautas Rick Mastracchio e Mile Hopkins para realizar um conserto no fim de dezembro (Foto: AFP Photo/HO/Nasa TV)


A Estação Espacial Internacional funcionará até 2024, quatro anos a mais do que o previsto, anunciou nesta quarta-feira (8) a Nasa, agência espacial americana.
"Acho que é um anúncio formidável para nós aqui no mundo da Estação Espacial Internacional", declarou William Gerstenmaier, administrador associado para a exploração espacial tripulada da Nasa, durante entrevista coletiva.
Ele disse ainda que a Casa Branca e o diretor da Nasa, Charles Bolden, darão mais detalhes sobre a decisão nas próximas horas. A princípio, a estação orbital, em funcionamento há 15 anos, receberia colaboradores do mundo todo até 2020.
Dezesseis países trabalham na plataforma espacial - um centro de pesquisas situado na órbita terrestre -, entre eles Estados Unidos, Rússia, Japão, Canadá e várias nações europeias.
Uma tripulação de seis astronautas ocupa permanentemente a ISS com revezamentos a cada três meses.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/nasa-anuncia-que-estacao-espacial-internacional-funcionara-ate-2024-1.html

Empresa dos EUA adia decolagem de foguete rumo à Estação Espacial

Orbital Sciences havia programado lançamento para esta quarta-feira.
Risco de erupção solar foi causa; foguete leva cápsula para a ISS.

A empresa americana Orbital Sciences decidiu adiar o lançamento previsto para esta quarta-feira (8) de sua cápsula não tripulada Cygnus devido a perturbações solares, atrasando assim sua primeira missão de abastecimento da Estação Espacial Internacional (ISS).
O lançamento do Antares, o foguete com dois estágios que transporta Cygnus, estava programado para as 13h32 local (16h32 de Brasília) do centro de voo de Wallops, situado em uma ilha perto da costa da Virgínia, leste dos Estados Unidos.
No entanto, o risco de uma erupção solar aumentaria o nível das radiações no espaço e poderia danificar os sistemas da cápsula, informou a Orbital Sciences, que assinou um contrato com a Nasa para abastecer a ISS.

Foguete Antares, com a cápsula Cygnus, na última segunda-feira (6). Lançamento foi adiado, de acordo com a empresa (Foto: Bill Ingalls/Nasa/AFP)
Foguete Antares, com a cápsula Cygnus, na última segunda-
feira (6). Lançamento foi adiado, de acordo com a empresa
(Foto: Bill Ingalls/Nasa/AFP)

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/empresa-dos-eua-adia-decolagem-de-foguete-rumo-estacao-espacial.html

Nasa prevê 'chuva de ferro derretido' e 'neve' de areia quente em estrela anã

Astrônomos apresentam a primeira 'previsão do tempo' para uma estrela anã marrom.

Na imagem acima mostra estrela anã marrom, uma espécie de astro "fracassado" que não adquiriu massa suficiente; na segunda imagem, Ilustração mostra como seria o clima na estrela anã marrom (Foto: Nasa/JPL/University Ontario/BBC)
A imagem acima mostra estrela anã marrom, uma espécie de astro que não adquiriu massa suficiente; a segunda imagem é uma Ilustração que mostra como seria o clima na estrela anã marrom (Foto: Nasa/JPL/University Ontario/BBC)

A primeira previsão do tempo para uma estrela anã marrom acaba de ser divulgada - e os prognósticos não são bons. Astrônomos preveem chuva de ferro derretido e 'neve' de areia quente, com possibilidade de trovoadas e furacões.
Novas observações do telescópio Spitzer, da agência espacial americana Nasa, revelam nuvens turbulentas que circulam ao redor da estrela anã marrom.
Estrelas anãs marrons são consideradas uma espécie de versão 'fracassada' de um astro normal, já que elas não conseguiram adquirir massa suficiente para sustentar o contínuo processo de fusão de átomos.
A previsão meteorológica foi divulgada no 23º encontro da Sociedade Americana de Astronomia, em Washington.
'Deixe nevar'
É o retrato mais detalhado já feito de um planeta fora do sistema solar.
Ao comentar o estudo, o professor Adam Burgasser, da Universidade da Califórnia, fez uma brincadeira com a canção de jazz "Let It Snow! Let It Snow! Let It Snow!".
"Vamos todos cantar a previsão de nossa estrela anã mais próxima: deixe nevar pedras, deixe nevar areia, deixe nevar minerais", disse Burgasser.
Os astrônomos usaram o Spitzer para analisar 44 estrelas anãs marrons diferentes no sistema de Luhman 16AB - o mais próximo da Terra com presença de estrelas anãs, a 6,5 milhões de anos-luz do nosso sistema.
Eles encontraram evidências de clima em apenas metade delas.
"As tempestades em estrelas marrons são muito mais violentas e variáveis", diz Aren Heinze, da Stony Brook University, de Nova York.
"A chuva é quente demais para virar água. Provavelmente se trata de ferro derretido e silicatos (areia)."
Na medida em que os astros giravam ao redor do próprio eixo, os astrônomos observaram mudanças no brilho da superfície - sinais da existência de nuvens.
"Isso faz de nós 'astro-meteorologistas'. Nós conseguimos prever quão encoberto o tempo ficará, qual será a temperatura e quanto vento haverá em um determinado dia", disse Burgasser.
Os ventos detectados possuem velocidades de 160 a 640 quilômetros por hora. As temperaturas alcançam 1,2 mil graus e há nuvens cobrindo metade da superfície do planeta.
Uma nuvem chega sozinha chega a cobrir 20% da estrela. Astrônomos a compararam com a Grande Mancha de Júpiter, uma gigantesca tempestade que cobre 1% do planeta.
"Ao que tudo indica, a Grande Mancha Vermelha não é tão grande assim", diz Burgasser.


Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/nasa-preve-chuva-de-ferro-derretido-e-neve-de-areia-quente-em-estrela-ana.html

Hubble capta imagens das galáxias mais antigas já vistas no Universo

Elas teriam existido há 13,2 bilhões de anos, segundo cientistas da Nasa.
São menores, mais fracas e mais numeras galáxias já encontradas.


Imagens do telescópio Hubble mostram as galáxias mais distantes, nos pequenos pontos de cor azul (Foto: AP/ESA/NASA)
Imagens do telescópio Hubble mostram as galáxias mais distantes, nos pequenos pontos de cor azul (Foto: AP/ESA/NASA)

O telescópio espacial Hubble capturou imagens de 58 galáxias distantes que nunca haviam sido vistas anterioremente. Elas teriam existido no universo há 13,2 bilhões de anos, segundo os cientistas da Nasa. Como a luz viaja a quase 10 bilhões de quilômetros por ano, ainda é possível graças à profundidade de captação de imagens da Hubble encontrar estes pontos no universo.
Para captar as imagens, o telescópio espacial foi apontado para uma região do espaço chamada Abell 2744, um aglomerado de galáxias. Segundo a Nasa, são as menores, mais fracas e mais numerosas galáxias jamais vistas no universo remoto, capturadas por exposições profundas da Hubble tiradas em luz ultravioleta.
Os resultados foram apresentados no 223º encontro da Sociedade Norte-Americana de Astronomia, em Washington, na noite desta terça-feira (7). "Gosto de chama-las de amanhecer cósmico", afirmou Jennifer Lotz, astrônoma do Hubble. Os pesquisadores destacaram que naquela época a formação das estrelas era muito mais agitada do que agora.
"Imaginem voltar 500 milhões de anos, depois do Big Bang, e olhar para o céu", disse o astrônomo Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia, que participou das pesquisas. Ele destacou que as imagens mostram que as galáxias estão mais próximas, são menores, de cor azul brilhante e estão por toda a parte. “São provavelmente menores e diferentes que a nossa Via Láctea.".

Nasa mostra em destaque as galáxias do universo mais remoto (Foto: Divulgação/NASA)
Nasa mostra em destaque as galáxias do universo mais remoto (Foto: Divulgação/NASA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/hubble-capta-imagens-das-galaxias-mais-antigas-ja-vistas-no-universo.html

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Supertelescópio no Chile captura imagem de 'fábrica de poeira' de supernova

Astrônomos testemunharam pela primeira vez a origem dos grãos que formaram as galáxias no início do universo.

Uma enorme quantidade de poeira (vermelho) foi detectada no centro da supernova (Foto: ALMA/Alexandra Angelich)
Uma enorme quantidade de poeira (vermelho) foi detectada no centro da supernova (Foto: ALMA/Alexandra Angelich)

Imagens impressionantes de uma recente supernova transbordando com poeira fresca foram capturadas por um telescópio no deserto do Atacama, no Chile.
É a primeira vez que astrônomos testemunharam a origem dos grãos que formaram as galáxias no chamado universo primordial, a primeira fase de formação do universo após o Big Bang.
As fotos foram capturadas pelo telescópio Alma (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), e foram reveladas na 223ª reunião da American Astronomical Society.
As imagens da supernova, uma explosão estelar, serão divulgadas na publicação científica Astrophysical Journal Letters.

Desvanecimento de gigantes O universo está cheio de pequenas partículas sólidas - desde as faixas escuras que vemos na Via Láctea às belas nuvens nas fotos icônicas do telescópio espacial Hubble, lançado em 1990.
A poeira cai nos planetas e ajuda na formação de estrelas. Mas apesar de sua onipresença, não há evidências concretas de sua origem.
No universo de hoje, boa parte dessa poeira se forma em torno de estrelas que estão morrendo (AGB). Mas essas gigantes não estavam por perto no início do universo.
"É o mesmo problema que temos na minha casa - há uma grande quantidade de poeira e não sabemos de onde vem. O espaço é um lugar bastante confuso", brincou Remy Indebetouw, astrônomo do National Radio Astronomy Observatory.
"Então usamos um dos telescópios mais avançados tecnologicamente, o Alma, e tentamos descobrir como a poeira era formada no universo primordial."
"Há algum tempo acredita-se que as supernovas são as criadoras das poeiras nas galáxias. Mas pegar uma no ato está longe de ser coisa fácil."
"E mesmo quando conseguimos observar uma supernova envolvida por uma nuvem de poeira, há a velha questão da galinha e do ovo: como sabemos que a nuvem não estava lá antes?"
'Incômodo'
Para resolver a questão, um grupo de astrônomos do Grã-Bretanha e dos Estados Unidos usou o Alma para observar os restos brilhantes da 1987A, a supernova mais próxima observada recentemente, a 168 mil anos-luz da Terra.
Eles observaram que, enquanto o gás esfriava após a explosão, moléculas sólidas se formavam no centro a partir de átomos de oxigênio, carbono, e silício.
Observações anteriores do 1987A com o telescópio de infravermelho Herschel só haviam detectado uma pequena quantidade de poeira quente.
Mas, graças ao poder do telescópio Alma, apenas 20 minutos foram necessários para capturar a evidência diante das câmeras.
"Nós encontramos uma notável massa de pó concentrada na parte central do material ejetado (nuvem de partículas)", disse Indebetouw.
"E tudo importa - a área vermelha que você vê no centro da imagem - estava lá no núcleo da estrela antes dela explodir. Isso é emocionante.
"As pessoas pensam em poeira como um incômodo, algo que fica no seu caminho. Mas na verdade é algo muito importante."
Enquanto supernovas sinalizam a destruição de estrelas, elas também são a fonte de novos materiais e de energia, diz Jacco van Loon, da Universidade de Keele, coautor do estudo.
"Nossa vida seria muito diferente sem os elementos químicos que foram sintetizados em supernovas ao longo da história", disse ele.
"Os grãos são incrivelmente difíceis de produzir no vasto vazio do espaço. E se supernovas realmente produzem muitos deles, isto tem consequências muito importantes e positivas para a eventual formação do Sol e da Terra."

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/01/supertelescopio-no-chile-captura-imagem-de-fabrica-de-poeira-de-supernova.html