A proposta de corte de orçamento da Nasa (agência espacial americana) anunciada na segunda-feira pelo presidente dos EUA, Barack Obama, doeu menos para a comunidade científica do que o esperado.
O projeto enviado por Obama para aprovação no Congresso norte-americano reduz em US$ 59 milhões as verbas anuais da agência espacial em 2012, em comparação com as do ano passado.
Isso representa uma redução de 0,3% no total de dinheiro que deve entrar na Nasa, que deve ficar com um orçamento de U$S 17,7 bilhões.
O valor é equivalente a quase quatro vezes o orçamento anual do MCTI (Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação).
Mas é "pouco" para dar conta de grandes projetos, especialmente os trabalhos de exploração planetária.
Espera-se que a exploração de Marte, uma das meninas dos olhos da agência espacial, seja mantida, mas com custos reduzidos.
A ideia é priorizar algumas áreas. Obama informou, por exemplo, que pretende aumentar o investimento em novas tecnologias espaciais, como a comunicação espacial por meio de laser.
Outra prioridade é o desenvolvimento de um substituto para o satélite Hubble, que está em órbita desde 1990, e de novos telescópios.
Os EUA querem investir U$S 1,8 bilhão em pesquisas ligadas a catástrofes naturais e mudanças climáticas -- boa parte desses trabalhos é conduzida com informações obtidas por satélites.
Além disso, Obama também ressaltou o interesse em receber investimentos privados para as viagens tripuladas ao espaço.
O programa de ônibus espaciais da Nasa foi encerrado no ano passado, após 30 anos de funcionamento, e ainda aguarda seu substituto oficial.
ESPECULAÇÃO
O valor do corte no orçamento da Nasa foi bem menor do que o esperado pelos cientistas norte-americanos.
Na semana passada, redes sociais anunciavam que Obama cortaria U$S 200 milhões, o que inviabilizaria principalmente os projetos de exploração planetária a Marte e a Júpiter
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