sexta-feira, 30 de agosto de 2013

China planeja enviar sua primeira sonda à Lua até o fim do ano

País acredita que programa espacial bilionário indica 'sucesso' comunista.
Nesta sexta, visitantes vão a Museu de Ciência e Tecnologia em Pequim.


Adolescente chinês se diverte em exposição sobre o espaço no Museu de Ciência e Tecnologia de Pequim nesta sexta-feira (30) (Foto: Mark Ralston/AFP)
Visitante chinês se diverte em exposição sobre o espaço no Museu de Ciência e Tecnologia de Pequim, nesta sexta-feira (30) (Foto: Mark Ralston/AFP)

O governo chinês quer enviar sua primeira sonda à Lua até o fim do ano. Para o país, seu programa espacial de bilhões de dólares é um indicador do crescimento global chinês, do acúmulo de conhecimentos técnicos e do "sucesso" do Partido Comunista, que teria sido capaz de transformar uma nação antigamente pobre em uma potência mundial, segundo a agência France Presse.
Nas imagens acima e abaixo, jovens conferem uma exposição sobre o espaço no Museu de Ciência e Tecnologia de Pequim, nesta sexta-feira (30). Os visitantes podem se vestir de astronautas, observar o "céu" por meio de telescópios, ver vídeos e interagir com uma paisagem que simula a Lua.

Homem veste roupa de astronauta no Museu de Ciência e Tecnologia de Pequim (Foto:  Mark Ralston/AFP)
Homem veste roupa de astronauta no Museu de Ciência e Tecnologia de Pequim (Foto: Mark Ralston/AFP)

Jovens assistem a vídeo sobre espaço em museu da China (Foto: Mark Ralston/AFP)
Jovens veem vídeo sobre espaço no Museu de Ciência e Tecnologia de Pequim (Foto: Mark Ralston/AFP)

Jovens observam 'céu' estrelado durante exposição nesta sexta-feira (30) (Foto: Mark Ralston/AFP)
Jovens usam telescópios para observar 'céu' estrelado em exposição nesta sexta (Foto: Mark Ralston/AFP)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/china-planeja-enviar-sua-primeira-sonda-lua-ate-o-fim-do-ano.html

Índia coloca em órbita seu 1º satélite com fins militares

O GSAT-7 foi lançado na madrugada desta sexta-feira (30).
Objetivo é permitir que a Marinha se comunique por criptografia.


Foguete Ariane-5 decola para levar para a órbita da Terra o satélite de comunicação GSAT-7, da Índia. (Foto: JM Guillon / ESA CNES ARIANESPACE / Via AFP Photo)
Foguete Ariane-5 decola para levar para a órbita da Terra o satélite de comunicação GSAT-7, da Índia. (Foto: JM Guillon / ESA CNES ARIANESPACE / Via AFP Photo)

A Índia colocou em órbita nesta sexta-feira (30) um satélite com fins militares, o GSAT-7, que permitirá à Marinha indiana se comunicar com sua frota através de um sistema criptografado, informou a agência espacial do país asiático.
"O satélite é muito importante do ponto de vista da segurança e da vigilância", informou a Organização Índia de Investigação Espacial (ISRO) à agência local "PTI".
O satélite de 2,5 toneladas - de fabricação indiana e com um custo de US$ 27,5 milhões - foi lançado nesta madrugada, a partir de uma base situada na Guiana Francesa, e orbitará a cerca de 36 mil km de distância.
A função do satélite é facilitar a troca de informação entre as embarcações da Marinha indiana sobre a localização exata dos navios e submarinos de outros países, ao fornecer um detalhado mapa digital sobre sua posição.
A Índia se unirá assim ao exclusivo grupo de países que dispõem de um sistema de defesa por satélite, no qual figuram apenas Estados Unidos, Rússia, França, Reino Unido e China.
O gigante asiático, que já realizou mais de 100 missões espaciais até o momento e lançou sua primeira sonda lunar em 2008, prepara uma missão espacial para Marte para 2013 e tem planos de lançar sua primeira missão espacial tripulada em 2016.
Desde sua independência, em 1947, a Índia mantém uma corrida armamentista com o vizinho Paquistão, que possui armas nucleares, mas nos últimos anos se centrou no desenvolvimento de um poder dissuasório frente à China, país com o qual mantém disputas fronteiriças.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/india-coloca-em-orbita-seu-1-satelite-com-fins-militares.html

quinta-feira, 29 de agosto de 2013

Robô Curiosity capta imagens de eclipse solar em Marte

Câmera registrou passagem da lua Phobos diante do Sol.
Phobos é a maior das duas luas do planeta vizinho.


Sequência de três fotos com três segundos de diferença mostram Phobos passando diante do Sol. (Foto: AFP/Nasa)
Sequência de três fotos com três segundos de diferença mostram Phobos passando diante do Sol. (Foto: AFP/Nasa)

O robô Curiosity, da Nasa , que está em missão exploratória em Marte, virou suas câmeras para o céu para tirar fotografias da lua do planeta, Phobos, passando em frente ao Sol, mostraram imagens divulgadas nesta quinta-feira (29).
O Curiosity pousou em Marte em agosto de 2012 para uma missão de dois anos com o objetivo de determinar se o planeta mais parecido com a Terra no sistema solar tem, ou teve, os ingredientes químicos para a vida.  O robô está a caminho de seu terreno de exploração inicial, uma montanha de cinco quilômetros de altura de sedimento em camadas chamada Monte Sharp.
Ele parou em 17 de agosto para tirar fotos da maior lua de Marte, Phobos, fazendo uma arremetida em frente ao Sol. A Nasa divulgou as três imagens do eclipse, tiradas com três segundos de diferença com as lentes teleobjetivas do robô.
"Essa é de longe a imagem mais detalhada de qualquer trânsito lunar marciano já tirada. Ficou ainda mais perto do centro do Sol do que era previsto, então aprendemos alguma coisa", disse o cientista do Curiosity, Mark Lemmon, da Universidade do Texas, em comunicado.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/robo-curiosity-capta-eclipse-solar-em-mart.html

Maior foguete dos EUA decola com satélite espião


Decolagem ocorreu de plataforma construída para ônibus espaciais.
Detalhes sobre a carga do satélite espião do foguete não foram divulgados.


Um foguete Delta 4-Heavy não tripulado, o maior da frota dos EUA, decolou da Base Aérea de Vandenberg, na Califórnia, na quarta-feira, para colocar um satélite espião secreto em órbita para o Escritório Nacional de Reconhecimento dos Estados Unidos, uma agência de inteligência norte-americana, disseram autoridades.
O foguete, da altura de um prédio de 23 andares, decolou às 11h03 do horário local (15h03 no horário de Brasília) a partir de uma plataforma de lançamento originalmente construída para ônibus espaciais, mas que nunca foi utilizada para esse motivo.
Detalhes sobre a carga do satélite espião do foguete não foram divulgados.
Foguete foi lançado de base na Califórnia nesta quarta-feira (28) (Foto: Gene Blevins/Reuters)
Foguete foi lançado de base na Califórnia nesta quarta-feira (28) (Foto: Gene Blevins/Reuters)
Com três foguetes propulsores, o Delta 4-Heavy é capaz de colocar um satélite do tamanho de um ônibus escolar em órbita em torno dos pólos da Terra.
O lançamento da quarta-feira foi o segundo com o Delta 4-Heavy a partir da Califórnia. O foguete, construído pela United Launch Alliance, uma parceria da Boeing com a Lockheed Martin, também já decolou cinco vezes a partir da Estação da Força Aérea em Cabo Canaveral, na Flórida.

Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/08/maior-foguete-dos-eua-decola-com-satelite-espiao.html

Cientista sugere que vida começou em Marte

Estudo apresentado por químico em conferência na Itália afirma que Terra não teria como suportar minerais que ajudaram na formação da vida.

Químico de instituto americano apresentou na Itália teoria sobre vida ter surgido em Marte. (Foto: Nasa/BBC)
Químico de instituto americano apresentou na Itália teoria sobre vida ter surgido em Marte. (Foto: Nasa/BBC)

Um estudo apresentado em uma conferência científica sugere que a vida pode ter começado em Marte antes de chegar à Terra.
A teoria foi apresentada pelo químico Steven Benner, do Instituto de Ciência e Tecnologia de Westheimer (EUA), em na Conferência de Goldschmidt, em Florença, na Itália.
A forma como átomos se juntaram pela primeira vez para formar os três componentes moleculares dos seres vivos - RNA, DNA e proteínas - sempre foi alvo de especulação acadêmica.
As moléculas não são as mais complexas que aparecem na natureza, ainda assim não se sabe como elas surgiram. Acredita-se que o RNA (ácido ribonucleico) foi o primeiro a surgir na Terra, há mais de três bilhões de anos.
Hostil
Uma possibilidade para a formação do RNA a partir de átomos, como carbono, seria o uso de energia (calor ou luz). No entanto, isso produz apenas alcatrão.
Para criação do RNA, os átomos precisam ser alinhados de forma especial em superfícies cristalinas de minerais. Mas esses minerais teriam se dissolvido nos oceanos da Terra naquela época.
Benner diz que esses minerais eram abundantes em Marte. Ele sugere que a vida teria surgido primeiro em Marte, seguindo para a Terra em meteoritos.

Meteorito que veio de Marte, achado na Antártida, tinha vida primitiva. (Foto: BBC)
Meteorito que veio de Marte, achado na Antártida,
tinha vida primitiva. (Foto: BBC)
Na conferência em Florença, o cientista apresentou resultados sugerindo que minerais que contém elementos como boro e molibdênio são fundamentais na formação da vida a partir dos átomos.
Ele diz que os minerais de boro ajudam na criação de aros de carboidrato, gerando químicos que são posteriormente realinhados pelo molibdênio. Assim surge o RNA.
O ambiente da Terra, nos primeiros anos do planeta, seria hostil aos minerais de boro e ao molibdênio.
'É apenas quando o molibdênio se torna altamente oxidado que ele é capaz de influenciar na formação da vida', diz Benner.
'Esta forma de molibdênio não existira na Terra quando a vida surgiu, porque há três bilhões de anos a Terra tinha muito pouco oxigênio. Mas Marte tinha bastante.'
Segundo ele, isso é 'outro sinal que torna mais provável que a vida na Terra tenha chegado por um meteorito que veio de Marte, em vez de surgido no nosso planeta'.
Outro fator que reforçaria a tese é o clima seco de Marte, mais propício para o surgimento de vida.
'As evidências parecem estar indicando que somos todos marcianos, na verdade, e que a vida veio de Marte à Terra em uma rocha', disse Benner à BBC.
'Por sorte, acabamos aqui - já que a Terra certamente é o melhor entre os dois planetas para sustentar vida. Se nossos hipotéticos ancestrais marcianos tivessem ficado no seu planeta, talvez nós não tivéssemos uma história para contar hoje.'

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/cientista-sugere-que-vida-comecou-em-marte.html

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Equipe da USP ajuda a descobrir mais velha estrela 'gêmea' do Sol

HIP 102152 tem 8,2 bilhões de anos e fica a 250 anos-luz da Terra.
Estudo foi feito em parceria com o Observatório Europeu do Sul (ESO).

Montagem de fotos mostra como é o ciclo de vida de uma estrela semelhante ao Sol (Foto: Arte/G1)

Uma equipe de quatro astrônomos da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com o Observatório Europeu do Sul (ESO), ajudou a descobrir a estrela "gêmea" do Sol mais velha já identificada, com 8,2 bilhões de anos – quase o dobro da idade da nossa estrela, que tem 4,6 bilhões de anos.
A Hipparcos 102152 (ou HIP 102152) fica a 250 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Capricórnio. Para observá-la, foi usado o Very Large Telescope (VLT) do ESO, localizado no norte do Chile, durante 40 noites desde 2011. Além da USP, participaram do trabalho dois cientistas da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e dez estrangeiros.
Segundo os pesquisadores, que devem publicar os resultados na revista "Astrophysical Journal Letters", esse astro antigo – que tem temperatura, gravidade e composição química parecidas com as do Sol – oferece a possibilidade de entender como o nosso astro vai envelhecer nos próximos bilhões de anos. Os cientistas confirmaram ainda a idade de outra estrela "gêmea", a 18 Scorpii, que tem 2,9 bilhões de anos, ou seja, bem mais jovem que a nossa.
De acordo com a equipe da USP, as observações sugerem que a HIP 102152 também tem planetas rochosos (como Mercúrio, Vênus, Terra e Marte) em sua órbita. Além disso, a descoberta apontou níveis muito baixos de lítio na estrela "gêmea", assim como acontece com o Sol, o que demonstra pela primeira vez que astros mais velhos e semelhantes ao nosso perdem esse elemento químico ao longo da vida. Esse "mistério" para a astrofísica já durava 60 anos, e agora começa a ser solucionado, ressaltam os autores, liderados pela americana TalaWanda Monroe, ligada à USP.
Os autores Jorge Meléndez e TalaWanda Monroe, da USP (Foto: Luna D'Alama/G1)
Os autores Jorge Meléndez e TalaWanda Monroe,
americana que atua na USP (Foto: Luna D'Alama/G1)

Para o pesquisador peruano Jorge Meléndez, que também atua na USP e é coautor do estudo, há décadas os astrônomos buscam estrelas "gêmeas" do Sol, para conhecer melhor a nossa própria, que é responsável pela vida na Terra. Apesar disso, a primeira delas só foi encontrada em 1997 e, desde então, poucas foram identificadas.
Meléndez diz que o objetivo agora, até 2015, é detectar astros ainda mais velhos, e também mais novos, para entender bem a dinâmica de envelhecimento solar. Outra meta é identificar "superterras", com massa entre cinco e dez vezes maiores que a nossa.
A importância do lítio
O lítio é o terceiro elemento da tabela periódica e foi criado durante o Big Bang, ao mesmo tempo que o hidrogênio e o hélio. Há anos, os astrônomos observam que algumas estrelas têm menos lítio que outras. Com a descoberta da HIP 102152, os cientistas viram uma forte relação entre a idade de uma estrela do tipo solar e seu conteúdo de lítio.
O Sol tem hoje apenas 1% da quantidade desse elemento presente na época de sua formação. Segundo o astrofísico boliviano naturalizado suíço Ramiro de la Reza, do Observatório Nacional, no Rio de Janeiro, é raro encontrar uma estrela com tão pouco lítio como o Sol.
"Esse é um elemento leve, muito frágil, que se destrói facilmente por dois fatores: ou ele queima no interior da estrela, onde é muito quente, ou se mistura e dilui com o material da superfície (fotosfera) em contato com o do interior", explica de la Reza, que pesquisa o lítio desde 1975, quando ajudou a estabelecer a medida exata da abundância desse componente no Sol, pela Universidade de Genebra, na Suíça.

''Não gosto de chamar de gêmeo, sempre tem alguma diferença. (Essa estrela) Pode ser do tipo solar, parecida com o Sol, mas nossa estrela é única"
Ramiro de la Reza,
astrofísico do Observatório Nacional


À medida que uma estrela envelhece, sua temperatura aumenta, e isso também favorece que o lítio se dissipe. É por isso que esse elemento – que na Terra é usado em baterias de celulares e medicamentos como estabilizadores de humor, pra transtorno bipolar – serve como um indicador de evolução, ou um "termômetro evolutivo", que tem sido um importante instrumento de pesquisa sobre o Universo.
"O lítio é detectado em lugares mais frios, ou jovens. E também já fiz uma pesquisa que apontou que o fato de haver exoplanetas (planetas fora do Sistema Solar) não modifica a quantidade dele, mas esse estudo ainda precisa ser ampliado", destaca o astrofísico boliviano.
Agora, de la Reza investiga o que acontece com o lítio em estrelas com e sem disco em volta. Isso porque o disco influencia na rotação do astro, e a rotação tem impacto direto na quantidade de lítio. O Sol mesmo já teve um disco em torno de si, que formou os planetas – hoje, o que sobrou disso são um cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter e partículas mais além de Netuno (chamadas de Cinturão de Kuiper).
"Era um disco de gás que sumiu em 10 milhões de anos, quando o Sol ainda era uma 'criancinha'. Ele foi embora e só ficou a poeira. Atualmente, esses asteroides colidem entre si e geram uma nova poeira, que é de segunda geração", diz.
Sobre a estrela HIP 102152 ser "gêmea" do Sol, de la Reza diz que não concorda com a palavra.
"Não gosto de chamar de gêmeo, sempre tem alguma diferença. Pode ser do tipo solar, parecida com o Sol, mas nossa estrela é única", destaca.
Adesão do Brasil ao ESO
O ESO é uma organização fundada há 50 anos e formada atualmente por 14 países europeus (Áustria, Bélgica, República Tcheca, Dinamarca, Finlândia, França, Alemanha, Itália, Holanda, Portugal, Espanha, Suécia, Suíça e Reino Unido). Em 2010, o Brasil assinou um acordo de adesão para se tornar o 15° membro, mas a assinatura oficial depende da aprovação do Congresso Nacional, onde o projeto tramita desde fevereiro deste ano.

''Toda essa infraestrutura (do ESO) está disponível à comunidade brasileira, e a pesquisa mostra que temos nível internacional, como qualquer outro país"
Claudio Melo,
diretor científico do ESO


Ao todo, a proposta deverá passar por quatro comissões da Câmara dos Deputados e três do Senado. Até o momento, ela foi votada apenas na primeira comissão da Câmara.
"Essa é a velocidade normal (de tramitação), mas está avançando. Os políticos precisam entender por que é importante fazer um investimento desse porte na ciência", diz o diretor científico do ESO, o físico brasileiro Claudio Melo.
Segundo ele, esses recursos incluiriam uma taxa de adesão de 130 milhões de euros (R$ 404 milhões), divididos em dez anos, além de uma anuidade proporcional ao Produto Interno Bruto (PIB) do país – o que hoje giraria em torno de R$ 800 mil e, em 2023, chegaria a R$ 40 milhões.
"Toda essa infraestrutura (do ESO) está disponível à comunidade brasileira, e a pesquisa (da USP) mostra que temos nível internacional, como qualquer outro país. Ela é uma maneira de chamar a atenção, não de pressionar (o Congresso)", afirma Melo.
Sobre a diferença entre usar o complexo do ESO para estudos e se tornar membro efetivo, a professora Beatriz Barbuy, do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosférias (IAG) da USP, destaca que apenas 2% dos pedidos de países não-membros são aprovados para observação no ESO, o que exige que "o projeto seja tão bom a ponto de ganhar um Nobel ou tenha como primeiro autor um cientista europeu".
"O ESO tem uma política de 'open sky' (céu aberto), em que qualquer um pode pedir tempo para observações, mas os membros têm prioridade. E, a longo prazo, isso muda tudo em termos de política e desenvolvimento científico e tecnológico para o Brasil", completa Melo.
Imagem mostra a estrela HIP 102152, a 250 anos-luz da Terra, na constelação do Capricórnio (Foto: ESO/Digitized Sky Survey 2/Davide De Martin)
Imagem revela a estrela HIP 102152, localizada a 250 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Capricórnio (Foto: ESO/Digitized Sky Survey 2/Davide De Martin)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/equipe-da-usp-ajuda-descobrir-mais-velha-estrela-gemea-do-sol.html

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Por que o céu fica escuro à noite?

O céu começa a ficar sombrio assim que o Sol desaparece no horizonte, no fim da tarde. Mas essa observação só é válida para quem está na Terra. Quando os astronautas deixam a órbita do nosso planeta, por exemplo, uma escuridão sem tamanho cerca os tripulantes a bordo do foguete espacial, mesmo de dia.
É que a atmosfera terrestre espalha os raios solares que tocam a superfície do globo direcionada para o astro. Se o nosso mundo não tivesse essa "camada de proteção", assim como ocorre com a nave espacial, a Lua, outros planetas e até o Universo, o céu ficaria constantemente no escuro. Ou melhor, iria aparentar para você assim.
Mesmo o Universo abrigando cerca de 10 trilhões de estrelas, calculam os astrônomos baseados na medição do telescópio Hubble, nem todas estão "brilhando" para todas as direções. Muitas não estão lá mais, tampouco. Segundo medições do telescópio espacial Fermi, da Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), as primeiras estrelas surgiram cerca de 400 milhões de anos depois do Big Bang, explosão que deu origem ao cosmos há mais de 13,7 bilhões de anos.
E como a luz desses corpos leva um tempo para viajar através do espaço, quando os cientistas apontam seus telescópios, eles correm o risco de não enxergar as estrelas, simplesmente porque elas ainda não evoluíram. Ou seja, eles podem ter vasculhado um pedaço do céu muito longe, sem formação estelar.
Além disso, essas estrelas mais distantes se afastam de nós devido à expansão do Universo, como postula o efeito doppler  - o mesmo fenômeno que explica o porquê de o som da sirene ficar mais fraco à medida que a ambulância se afasta do observador.
Isto significa que, quanto mais longe elas estão de nós, mais rápido elas se afastam, deixando a radiação cada vez mais "vermelha". Ao ponto de deslocar a luz dessas pioneiras, assim como ocorre com a radiação cósmica que tomou o espaço com o Big Bang, para o infravermelho, espectro que não é visível aos olhos humanos - mas é para as lentes dos telescópios espaciais. Por isso, apesar de o Universo não ser feito de trevas, ele mostra-se como uma escuridão sem fim para as pessoas.
Fonte: Nasa (Agência Espacial Norte-Americana), ESA (Agência Espacial Europeia) e série MinutePhysics, do físico Henry Reich.



Fonte:http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/08/27/clique-ciencia-por-que-o-ceu-fica-escuro-a-noite.htm

Nasa faz imagem da Terra com 1.400 fotos de internautas pelo mundo

Material integra evento da missão Cassini, que estuda Saturno desde 2004.
Colagem fará parte de um mosaico maior do sistema do planeta dos anéis.


Mais de 1.400 imagens de internautas ao redor do mundo compõem foto da Terra (Foto: Nasa/JPL-Caltech/AFP)
Mais de 1.400 imagens de internautas pelo mundo compõem foto da Terra (Foto: Nasa/JPL-Caltech/AFP)

Internautas de mais de 40 países e 30 estados dos EUA enviaram mais de 1.400 imagens de si mesmos à agência espacial americana (Nasa), como parte de um evento promovido pela missão Cassini, que estuda Saturno desde 2004.
Os participantes mandaram suas fotos por e-mail e redes sociais como Facebook, Twitter, Flickr, Instagram e Google+.
No dia 19 de julho, a sonda se voltou em direção à Terra para reunir essa colagem de imagens compartilhadas, usando uma foto do nosso planeta como base.
Em breve, o material vai integrar um mosaico maior do sistema de Saturno, segundo a Nasa.

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/nasa-faz-imagem-da-terra-com-1400-fotos-de-internautas-pelo-mundo.html

Por falha técnica, Japão suspente lançamento do foguete Epsilon

A falha foi detectada a apenas 19 segundos da decolagem do foguete.
Data para a próxima tentativa de lançamento ainda não foi determinada.


O lançamento do primeiro exemplar do novo modelo de foguete japonês Epsilon foi suspenso nesta terça-feira (27), durante a contagem regressiva, por uma falha técnica que está sendo analisada.
"Detectamos uma falha e a contagem regressiva foi interrompida automaticamente 19 segundos antes do lançamento", afirmou Naoki Okumura, presidente da Agência de Exploração Espacial Japonesa (JAXA).
O lançamento na base espacial de Uchinura estava previsto para 13h45 (1h45 de Brasília), mas nada aconteceu e o foguete permanecia imóvel na rampa instalada em uma área montanhosa de Kagoshima (sul). A data da próxima tentativa de lançamento ainda não foi determinada.
O foguete Epsilon na plataforma de lançamento na cidade de Kimotsuko; o lançamento foi adiado por tempo indeterminado.  (Foto: AFP Photo/Jiji Press Japan)
O foguete Epsilon na plataforma de lançamento na cidade de Kimotsuko; o lançamento foi adiado por tempo indeterminado. (Foto: AFP Photo/Jiji Press Japan)

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/por-falha-tecnica-japao-suspente-lancamento-do-foguete-epsilon.html

Meteorito de Cheliabinsk sofreu 'fusão intensa' antes de cair na Terra

Ele pode ter passado junto ao Sol ou se chocado antes com outro planeta.
Conclusão foi tirada a partir da análise de fragmentos achados nos Urais.



Trilha de um meteorito é visto em Chelyabinsk, na Rússia, nesta sexta (15). O meteorito se desintegrou numa enorme onda de choque explosão, que quebrou vidros e deixou quase mil feridos, segundo as autoridades (Foto: AP/Chelyabinsk.ru)
Trilha de um meteorito é visto em Cheliabinsk, na Rússia, em 15 de fevereiro. O meteorito se desintegrou numa enorme onda de choque explosão, que quebrou vidros e deixou quase mil feridos, segundo as autoridades (Foto: AP/Chelyabinsk.ru)

O meteorito que se desintegrou em fevereiro passado sobre a região russa de Cheliabinsk sofreu um 'processo de fusão intensa' e pode ter passado junto ao Sol ou se chocado antes com outro planeta, revela um estudo publicado nesta terça-feira (27).
Alguns dos fragmentos encontrados nos Urais russos mostram que o meteorito sofreu um "processo de fusão intensa" mesmo antes de entrar na atmosfera terrestre, destaca a análise dos investigadores do Instituto de Geologia e Mineralogia de Novosibirsk (IGM), na Rússia.
"Isto significa, com segurança, que ocorreu uma colisão entre o meteorito de Cheliabinsk e outro corpo do sistema solar (asteroide ou planeta) ou que ele passou perto do Sol", disse Victor Chariguin, do IGM, que deve apresentar suas conclusões na Conferência de Geoquímica Goldschmidt, em Florença.
A chuva de meteoritos em Cheliabinsk caiu no dia 15 de fevereiro, após a explosão - a cerca de 20 km de altitude - de um asteroide de diâmetro estimado em 17 metros e com peso entre 5 mil e 10 mil toneladas.
Além dos milhares de pequenos fragmentos de rocha que atingiram a Terra, foi a onda de choque da desintegração que causou os danos mais importantes na cidade, ferindo mais de mil pessoas.
Muitos fragmentos do meteorito caíram na região de Cheliabinsk, mas acredita-se que o pedaço maior esteja no lago Chebarkul, onde alguns cientistas tentam localizá-lo.

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/meteorito-de-cheliabinsk-sofreu-fusao-intensa-antes-de-cair-na-terra.html

sábado, 24 de agosto de 2013

Nasa mostra objeto 'potencialmente perigoso' passando próximo à Terra

Imagem divulgada pela Nasa nesta quinta-feira é de asteroide '1998 KN3'.
Objeto foi detectado por 'caçador de asteroides' com onda infravermelha.

Ponto amarelo esverdeado no canto esquerdo superior da imagem é asteroide potencialmente perigoso. (Foto: AFP Photo/NASA/JPL-Caltech)
Ponto esverdeado no canto esquerdo superior da imagem é asteroide '1998 KN3'. (Foto: AFP Photo/NASA/JPL-Caltech)

Imagem divulgada pela Nasa nesta quinta-feira (22) mostra um objeto classificado pela agência como  "potencialmente perigoso" passando próximo da Terra. Chamado de "1998 KN3", o asteroide atravessa uma nuvem densa de gás e poeira perto da nebulosa de Orion.
A porção caçadora de asteroides do “Explorador para Pesquisa com Infravermelho em Campo Amplo” (Wise, na sigla em inglês), tirou fotografias infravermelhas do asteroide, que aparece na foto como o ponto amarelo esverdeado no canto esquerdo superior.
Devido ao fato de que os asteroides são aquecidos pelo sol, eles brilham sob o comprimento de ondas infravermelhas utilizado pelo Wise.
Astrônomos utilizam a luz infravermelha dos asteroides para medir seus tamanhos, e quando combinados com observações de luz visível, ela pode também medir a refletividade da superfície. As informações captadas pelo Wise revelam que esse asteroide tem diâmetro de cerca de 1,1 quilômetro e reflete apenas 7% da luz visível que chega a sua superfície.
Nesta imagem, o azul denota comprimentos de onda infravermelhos menores e o vermelho, maiores. Objetos mais quentes emitem luz com menor comprimentos de onda, então aparecem azuis. As estrelas azuis, por exemplo, têm temperaturas de milhares de graus. Os gases e poeiras mais gelados aparecem em vermelho. O asteroide aparece amarelo na imagem porque tem temperatura ambiente: mais frio que as estrelas distantes, mas mais quente do que a poeira.

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/nasa-mostra-objeto-potencialmente-perigoso-passando-proximo-terra.html

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Astronautas russos terminam caminhada espacial após quase 6h

Aleksandr Misurkin e Fyodor Yurchikhin desmontaram equipamentos.
Dupla também conferiu estado de antenas e colheu amostras de casco.


Engenheiros de voo Fyodor Yurchikhin e Alexander Misurkin seguram bandeira russa quase no fim da caminhada espacial  (Foto: Nasa TV/Reprodução)
Engenheiros de voo Fyodor Yurchikhin e Alexander Misurkin seguram bandeira russa quase no fim
da caminhada espacial, em homenagem ao Dia da Bandeira na Rússia (Foto: Nasa TV/Reprodução)

Os astronautas russos Aleksandr Misurkin e Fyodor Yurchikhin, dois dos seis tripulantes da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), concluíram nesta quinta-feira (22) uma caminhada que durou quase seis horas, informou o Centro de Controle de Voos Espaciais (CCVE) da Rússia.
"Os cosmonautas retornaram à câmara do compartimento de embarque do módulo Pirs", disse um porta-voz do CCVE, citado pela agência de notícias russa Interfax. Durante a caminhada, Misurkin e Yurchikhin desmontaram equipamentos científicos instalados na parte externa do módulo russo Zvezda.
Eles também revisaram o estado das antenas exteriores, por causa de um relatório da agência espacial americana (Nasa) sobre um "objeto voador não identificado", que era a cobertura de uma antena. No mesmo local, a dupla montou uma plataforma de trabalho que fixa os pés dos astronautas e deixa as mãos livres para o trabalho.
Misurkin e Yurchikhin, então, retiraram amostras do casco do módulo Poisk, que serão submetidos na Terra a estudos microbiológicos. O objetivo das pesquisas é detectar a presença de micro-organismos capazes de corroer os materiais usados na fabricação do casco da ISS.
Essa foi a oitava saída ao espaço de Yurchikhin em sua carreira, e a terceira de Misurkin. A caminhada foi supervisionada do interior da plataforma pelos outros quatro tripulantes da Expedição 36: o russo Pavel Vinogradov, os americanos Chris Cassidy e Karen Nyberg, e o italiano Luca Parmitano.

Alexander Misurkin confere experimento científico durante caminhada (Foto: Nasa TV/Reprodução)
Russo Alexander Misurkin confere experimento científico durante caminhada (Foto: Nasa TV/Reprodução)
A ISS tem um custo anual estimado em US$ 100 bilhões e conta com a participação de 16 países.

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/astronautas-russos-terminam-caminhada-espacial-apos-quase-6h.html

Astrônomo amador filma duplo fenômeno raro na Escócia

Filmagem captava nuvens noctilucentes quando aurora boreal apareceu, formando um espetáculo de luz.

Filmagem captava nuvens noctilucentes quando aurora boreal apareceu, formando um espetáculo de luz. (Foto: BBC)
Filmagem captava nuvens noctilucentes quando aurora boreal apareceu, formando um espetáculo de luz. (Foto: BBC)
Um astrônomo amador captou dois fenômenos raros no céu da Escócia.
Maciej Winiayczyk esperava apenas filmar as nuvens noctilucentes, que são formadas por minúsculos cristais de gelo e só podem ser vistas nas noites de verão, em locais próximos aos polos.
Essas nuvens brilham quando iluminadas pelo Sol, que já está abaixo do horizonte.
Para a surpresa do Winiayczyk, no meio da filmagem a aurora boreal se uniu às nuvens noctilucentes, formando um espetáculo de luz. Assista ao vídeo.
A aurora boreal ocorre devido ao contato dos ventos solares com o campo magnético do planeta.
O astrônomo amador espera que sua filmagem seja ser útil para campos da pesquisa científica que estudam como esses dois fenômenos podem interagir.
Ele conta que gravou as imagens das 22h às 3h e só parou quando a memória da câmera ficou cheia.
Filmagem captava nuvens noctilucentes quando aurora boreal apareceu, formando um espetáculo de luz. (Foto: BBC)
Filmagem captava nuvens noctilucentes quando aurora boreal apareceu, formando um espetáculo de luz. (Foto: BBC)

Fonte:http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/08/astronomo-amador-filma-duplo-fenomeno-raro-na-escocia.html

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Astrônomos registram detalhes do nascimento de estrela



Fonte:http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=astronomos-registram-detalhes-do-nascimento-de-estrela-04028C9C3672CCB14326&tagIds=1793&orderBy=mais-recentes&edFilter=editorial&time=all&currentPage=1

Imagem mostra jatos velozes saindo de estrela recém-nascida

Herbig-Haro 46/47 se situa a 1400 anos-luz da Terra.
Fenômeno foi capturado pelo telescópio Alma, no deserto do Atacama.


O radiotelescópio Alma, que é parte parte do Observatório Europeu do Sul (ESO, na sigla em inglês) captou a imagem abaixo, que mostra uma estrela recém-nascida expulsando grandes jatos de material em diferentes direções. A velocidade desses jatos surpreendeu os cientistas. O objeto é o Herbig-Haro 46/47, situado a cerca de 1400 anos-luz de distância da Terra, na constelação austral da Vela. O Alma se situa no Deserto do Atacama.
Imagens do Alma mostram estrela recém-nascida (Foto: ESO/Alma/AP)
Imagens do Alma mostram estrela recém-nascida (Foto: ESO/Alma/AP)

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/imagem-mostra-jatos-velozes-saindo-de-estrela-recem-nascida.html

Telescópio Kepler identifica novo planeta a 700 anos-luz da Terra

Exoplaneta realiza volta em torno de sua estrela em apenas 8 horas e meia.
Superfície é muito quente e pode der 'oceano' de lava, dizem cientistas


Cientistas do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) descobriram um exoplaneta de tamanho próximo ao da Terra que realiza uma volta completa em torno de sua estrela em apenas oito horas e meia. O corpo celeste foi identificado com base em observações feitas pelo telescópio Kepler, da agência espacial americana (Nasa).O planeta foi batizado de Kepler 78b pelos pesquisadores. Ele está localizado a 700 anos-luz da Terra, diz uma nota divulgada pelo MIT.
A pesquisa foi publicada no periódico científico "Astrophysical Journal". O movimento de orbitar ao redor da estrela, conhecido como translação, leva 365 dias ou um ano para ser realizado pela Terra em torno do Sol.
Temperatura alta
O Kepler 78b está muito próximo de sua estrela - o diâmetro de sua órbita é apenas três vezes maior do que o do astro. Os pesquisadores estimam que sua superfície tenha temperatura muito alta, chegando a 2,7 mil ºC.
"Em um ambiente tão escaldante, a camada mais superficial do planeta provavelmente está derretida, criando um oceano de lava enorme e turvo", afirma a nota divulgada pelo MIT.
Os pesquisadores dizem ter conseguido detectar luz emitida pelo corpo celeste - a primeira vez que isso ocorre em um exoplaneta tão pequeno quanto o Kepler 78b. "A luz, quando for analisada com telescópios maiores e mais potentes, pode ajudar a dar detalhes sobre a composição da superfície do planeta", ressalta a nota.

Concepção artística mostra exoplaneta Kepler 78b próximo à estrela (Foto: Divulgação/Cristina Sanchis Ojeda/MIT)
Concepção artística mostra exoplaneta Kepler 78b próximo à sua estrela (Foto: Divulgação/Cristina Sanchis Ojeda/MIT)


Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/telescopio-kepler-identifica-novo-planeta-700-anos-luz-da-terra.html


sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Terra é ameaçada por 1.400 asteroides, revela mapa da Nasa



A Nasa (Agência Espacial dos Estados Unidos) divulgou nesta semana um mapa retratando órbitas de 1.400 asteroides classificados como 'potencialmente perigosos'. As rochas gravitam próximas à órbita da Terra e também às de Vênus, Mercúrio, Marte e Júpiter.
Mas, apesar do uso do termo "perigosos", o mapa não deve ser motivo para gerar pânico na Terra, avisa a Agência.
"Os asteroides retratados são classificados como perigosos porque são razoavelmente grandes, com até 140 metros de extensão, e porque devem passar relativamente perto da Terra, a 7,5 milhões de quilômetros", explica comunicado.
A Nasa ressalta que nenhum desses mais de mil asteroides representa uma ameaça de impacto real ao planeta nos próximos 100 anos. Além disso, as estatísticas mostram que a probabilidade de grandes corpos caírem por aqui ocorre uma vez a cada 10 mil anos.
O mapeamento de asteroides é feito com frequência pelos cientistas e já ajudou o órgão norte-americano a detectar 95% dos asteroides que poderiam por a Terra em perigo - neste caso, rochas espaciais que têm pelo menos 1 quilômetro de extensão.

"Ao observar continuamente a rota desses asteroides podemos perceber quando suas órbitas são redefinidas e fazer previsões mais precisas sobre possíveis aproximações do planeta e eventual impacto", afirma a Agência.


Fonte:http://noticias.uol.com.br/ciencia/ultimas-noticias/redacao/2013/08/16/terra-e-ameacada-por-1400-asteroides-perigosos-mapeia-nasa.htm

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Nasa desiste de restabelecer pleno funcionamento do telescópio Kepler

Equipamento teve problemas em duas rodas que proporcionavam precisão.
Cientistas buscam nova função para satélite que descobriu 135 planetas.


Ilustração mostra o telescópio espacial Kepler (Foto: Nasa)
Ilustração mostra o telescópio espacial Kepler (Foto: Nasa)

A agência espacial americana, Nasa, anunciou nesta quinta-feira (15) que desistiu das tentativas de restabelecer o pleno funcionamento do telescópio espacial Kepler, que teve problemas em duas de quatro rodas que dão estabilidade e precisão ao equipamento. Como nos giroscópios, essas rodas têm alta rotação, o que pode gerar desgaste.
A primeira parou de funcionar em julho de 2012 e a segunda, em maio deste ano. Os engenheiros espaciais tentaram fazer pelo menos uma delas funcionar, pois três é o mínimo necessário para que o telescópio consiga operar da maneira ideal.
O Kepler terminou sua missão principal em novembro do ano passado, e agora trabalhava numa missão adicional estendida de mais quatro anos. Os especialistas da Nasa estão analisando qual outra função o equipamento pode executar com apenas duas das rodas, para que não fique inutilizado.
A missão de Kepler teve início em março de 2009 e seu principal objetivo era detectar exoplanetas rochosos na zona habitável de suas estrelas hospedeiras. A zona habitável de uma estrela é a região onde a quantidade de radiação emitida permite que a temperatura no planeta se mantenha em níveis para que a água exista em estado líquido.
Ou seja, nem muito próximo da estrela para que seja quente demais e a água evapore, nem distante demais para que a água se congele. As dimensões dessa zona dependem muito do tipo da estrela. Os dados enviados pelo satélite para a Terra permitiram, até o momento, confirmar a existência de 135 planetas fora do sistema Solar.

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/nasa-desiste-de-restabelecer-pleno-funcionamento-do-telescopio-kepler.html

Agência espacial mostra imagens de galáxias em diferentes momentos

Imagens ilustrativas permitem ver como surgiram as galáxias.
Há 11 bilhões de anos, elas estavam ainda no processo de formação.


Imagem ilustrativa mostra 'fatias' do Universo em diferentes momentos. (Foto: AFP Photo/Nasa/ESA/Hubble/M. Kornmesser)
Imagem ilustrativa mostra 'fatias' do Universo em diferentes momentos. (Foto: AFP Photo/Nasa/ESA/Hubble/M. Kornmesser)

Imagem ilustrativa divulgada pela Agência Espacial Europeia (ESA) mostra “fatias” do Universo em diferentes momentos ao longo de sua história (momento presente, há 4 bilhões de anos e há 11 bilhões de anos).
Cada fatia retorna ainda mais no tempo, mostrando como as galáxias de cada tipo surgem. As galáxias são classificadas, de acordo com sua morfologia, como espirais, elípticas e lenticulares. À esquerda do diagrama, estão as elípticas, as lenticulares aparecem no meio e as espirais nas ramificações à direita.
O Universo atual apresenta galáxias grandes e totalmente formadas. À medida que voltamos no tempo, elas tornam-se menores e menos maduras, enquanto essas galáxias ainda estavam no processo de formação. As imagens do Hubble de galáxias próximas e distantes foram selecionadas com base em suas aparências; suas distâncias individuais são apenas aproximadas.

Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/agencia-espacial-mostra-imagens-de-galaxias-em-diferentes-momentos.html

quarta-feira, 14 de agosto de 2013

Cientistas se isolam por 4 meses para realizar estudos



Após quatro meses vivendo dentro de um pequeno módulo, 6 pesqusiadores finalmente puderam ver a luz do dia. Eles se instalaram a uma elevação de quase 2500 metros, em um campo de lava no Havaí. Os estudos ajudarão a desenvolver alimentos, que serão consumidos pelos astronautas em Marte e durante missões longínquas no espaço. Após meses de análises, os dados revelarão a alimentação ideal a ser utilizada para não haver desnutrição no espaço, assim como evitar que os astronautas enjoem da comida.

http://tvuol.uol.com.br/assistir.htm?video=cientistas-se-isolam-por-4-meses-para-realizar-estudos-0402CC9A3462CCB14326&tagIds=1793&orderBy=mais-recentes&edFilter=editorial&time=all&currentPage=1

Cientistas escolhem 12 asteroides candidatos a serem rebocados para perto da Terra

No último ano, planos de exploração de asteroides voltaram à moda, com duas empresas anunciando interesse em minerar esses objetos e a Nasa estudando rebocar um deles até a Lua. Ninguém havia apontado ainda quais asteroides explorar, mas um trio de cientistas mostra agora quais são os melhores candidatos.
"Quando comecei meu doutorado, há um ano e meio, nada disso tinha sido anunciado ainda e todo mundo dizia que eu era louco", disse à Folha Daniel Yárnoz, engenheiro espacial que acaba de publicar um estudo apontando 12 asteroides fáceis de manipular.
 Junto com dois colegas no Laboratório de Conceitos Espaciais Avançados, de Glasgow (Escócia), Yárnoz vasculhou uma base de dados da Nasa que já registrou mais de 10 mil asteroides com órbitas perto da Terra.
A agência espacial americana vem catalogando esses asteroides mais para monitorar o risco de eles colidirem com nosso planeta e causarem algum estrago. O cientista espanhol, porém, procurava corpos celestes com outras características.
A ideia era achar asteroides com órbitas mais ou menos emparelhadas com a Terra e que fossem leves o bastante para poderem ser trazidos até perto do planeta. Não foi uma tarefa fácil, porque não havia uma maneira automatizada de fazer essa busca.
Yárnoz, então, desenvolveu um método de triagem que encontrou os 12 bólidos espaciais mencionados em sua pesquisa. São todos asteroides entre 2 e 60 metros de diâmetro. Para trazê-los à vizinhança da Terra, seria necessário um impulso de menos de 500 metros por segundo em suas trajetórias, um número considerado razoável pelos cientistas.
"Tecnologias existentes podem ser adaptadas para trazer à vizinhança da Terra objetos pequenos, de 2 a 30 metros de diâmetro, para exploração científica e uso de recursos", escrevem os cientistas em estudo na revista "Celestial Mechanics and Dynamical Astronomy".
Uma missão dessas, segundo Yárnoz, custaria algo na casa dos bilhões de dólares e levaria de 3,5 a 7 anos só na trajetória de volta (o estudo não calculou ainda a ida). Um foguete francês Ariane 5 seria capaz de levar a espaçonave de 6 toneladas necessária para o serviço.
A melhor oportunidade para uma missão como essas, dizem os cientistas, será em fevereiro de 2021, quando um asteroide com cerca de 5 metros passará numa órbita extremamente similar à da Terra. É possível que esse, ou algum dos outros 11 objetos apontados por Yárnoz, seja escolhido para a missão da Nasa que propõe colocar um asteroide na órbita da Lua.
Um asteroide interessante para mineração, porém, teria de ser bem maior, pois o custo de enviar uma espaçonave para rebocá-lo não pode comprometer o lucro.
A ideia de trazer um objeto desses para perto da Terra, porém, é sedutora por motivos científicos, pois em geral eles são corpos cosmicamente antigos e podem revelar coisas interessantes sobre as origens do Sistema Solar. Além disso, astronautas nunca puseram os pés num asteroide, e a água e os outros recursos que eles contêm podem vir a ser aproveitados no futuro em viagens espaciais longas.
 

http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/08/1326068-cientistas-escolhem-12-asteroides-candidatos-a-serem-rebocados-para-perto-da-terra.shtml

Nasa constrói satélite para monitorar oferta de água e degelo no planeta

Equipamento produzido na Califórnia deve ser lançado em outubro de 2014.
Administrador da agência, Charles Bolden, visitou instalações esta semana.

Administrador da Nasa, Charles Bolden, percorreu as instalações do JPL nesta terça-feira (13)  (Foto: Frederic J. Brown/AFP)
Administrador da Nasa, Charles Bolden (esq.), visitou instalações na terça (Foto: Frederic J. Brown/AFP)

O Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência espacial americana (Nasa) em Pasadena, na Califórnia, está construindo o satélite Soil Moisture Active Passive (Smap), que será lançado em outubro do ano que vem.
O equipamento vai produzir mapas globais de umidade do solo, para monitorar a disponibilidade de água em todo o planeta, e também detectar o congelamento ocorrido no inverno e o degelo na primavera, para acompanhar as mudanças nos padrões de crescimento da vegetação entre as estações.
Isso deve permitir que os cientistas determinem quanto de carbono as plantas usam da atmosfera a cada ano.
Na terça-feira (13), o administrador da Nasa, Charles Bolden, percorreu as instalações do JPL para acompanhar o processo de produção e montagem do Smap.

Cabos destinados ao novo satélite são manipulados por funcionários do JPL (Foto: Frederic J. Brown/AFP)
Cabos destinados ao novo satélite são manipulados por funcionários do JPL (Foto: Frederic J. Brown/AFP)

Satélite Smap está sendo desenvolvido nos EUA e deve ser lançado em 2014 (Foto: Frederic J. Brown/AFP)
Satélite Smap está sendo desenvolvido nos EUA e deve ser lançado em 2014 (Foto: Frederic J. Brown/AFP)

Engenheiros da Nasa observam processo de construção e montagem de satélite (Foto: Frederic J. Brown/AFP)
Engenheiros observam processo de construção e montagem de satélite (Foto: Frederic J. Brown/AFP)

Fonte:http://g1.globo.com/natureza/noticia/2013/08/nasa-constroi-satelite-para-monitorar-oferta-de-agua-e-degelo-no-planeta.html

Carioca é candidata a viagem só de ida para o planeta Marte em 2022

Estudante de 21 anos está entre os cerca de 100 mil voluntários.
Ao todo, 24 pessoas de qualquer parte do mundo farão parte do projeto.


Estudante Beatriz Roriz é uma das candidatas do programa (Foto: Arquivo pessoal)
Estudante Beatriz Roriz é uma das candidatas do
programa (Foto: Arquivo pessoal)

Uma viagem só de ida para Marte poderia fazer parte de qualquer filme de ficção científica. Mas, o que seria normal de se ver só nas telonas pode virar realidade daqui a nove anos. A empresa holandesa Mars One está com inscrições abertas até o dia 31 de agosto para voluntários que desejam se candidatar a uma viagem só de ida ao planeta vermelho em 2022. Beatriz Roriz, uma estudante carioca de 21 anos, está entre os cerca de 100 mil voluntários inscritos em todo o mundo na disputa por 24 vagas. A brasileira foi uma das quatro escolhidas para participar do documentário de divulgação, o "One Way Astronaut" (Astrounata sem volta) - que explica o projeto em detalhes para aqueles que se dispuserem a morar em Marte.

“Eu hoje estou mais esperançosa de ser selecionada do que no início. Fiz um vídeo de propaganda deles, respondi uma carta e fiquei entre os quatro selecionados no mundo inteiro para fazer esse documentário”, contou Beatriz.
A iniciativa, sem fins lucrativos, foi lançada em abril deste ano. Qualquer pessoa com mais de 18 anos e com inglês fluente ainda pode se candidatar. Após a inscrição, os aspirantes a astronautas passarão por uma triagem feita pela Mars One.
A seleção será feita com base no currículo, carta de intenção e vídeo enviado pelo candidato. Na segunda fase, os candidatos devem apresentar atestado médico e físico e se encontrarão com comitês regionais da missão para entrevistas. Em seguida, cada país votará em um candidato e restarão 24 voluntários, que serão devidamente treinados. Até agora, o site do projeto confirma ter recebido inscrições de mais de 120 países, incluindo Brasil, EUA, China, Rússia, México, Canadá, Colômbia, Argentina e Índia.

‘Big Brother’
Os escolhidos serão divididos em seis viagens só de ida, com quatro passageiros cada, entre 2022 a 2024. A primeira partida está prevista para o segundo semestre de 2022, e chegará ao planeta sete meses depois, já em 2023. A organização aposta na realização de um reality show, em que serão exibidos os treinamentos para viagem, para angariar recursos e financiar boa parte da missão.
Ilustração mostra como seria o abrigo dos turistas que viajariam até Marte com a Mars One (Foto: AFP)
Ilustração mostra como seria o abrigo dos turistas que viajariam até Marte com a Mars One (Foto: AFP)

Beatriz mora na Zona Oeste do Rio e estuda Ciências Sociais na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Ela ficou sabendo do programa através da internet e diz que sempre sonhou em viajar pelo espaço.

“Eu acompanho a Mars One pela internet e sempre tive vontade de ser astronauta, mas no Brasil é muito difícil. Colonizar um planeta novo é uma oportunidade única e eu não posso perder”, disse a estudante, acrescentando que sempre teve apoio dos pais, mas, como é filha única, existe receio da parte deles.

“No começo minha mãe ficou super empolgada. Quando viu que era sério, ficou um pouco chateada. Sou filha única. Existe um sentimento de tristeza dos meus pais, já que é uma viagem só de ida, mas eles apoiam. Acho que quem for vai demorar a se adaptar, mas depois será como aqui na Terra, só que em um ambiente controlado. Vamos viver em redomas controladas e com rotinas comuns. Acho que depois de um tempo será como uma comunidade pequena”, afirmou.
Beatriz está entre os cerca de 100 mil voluntários inscritos (Foto: Arquivo pessoal)
Beatriz está entre os cerca de 100 mil voluntários
inscritos (Foto: Arquivo pessoal)

O holandês Ernst Daniel Nijboer, co-produtor da Mars One na América Latina, disse que há outros brasileiros inscritos no projeto e ponderou que Beatriz tem boas chances.
“Entrevistei a Beatriz duas vezes. Acho que ela tem grandes chances porque ela é muito determinada. Seus pais estão apoiando bastante e ela tem personalidade para uma menina de 21 anos”, disse.

Os candidatos que pretendem se inscrever pagam uma taxa que, de acordo com os organizadores do Mars One, ajudará a financiar o custo do projeto, orçado em US$ 6 bilhões (ou quase R$ 14 bilhões). O valor da inscrição varia de acordo com o país. Nos EUA a taxa é de US$ 38 (ou cerca de R$ 86), no Brasil o valor é menor - US$ 13 (ou aproximadamente R$ 30).

Ambiente controlado
A energia no planeta vermelho será gerada por painéis solares, a água será reciclada e extraída do solo, os astronautas vão cultivar os alimentos que vão consumir e também contarão com suprimentos de emergência.

Marte é um planeta varrido pelo vento solar. Na Terra, por outro lado, estamos protegidos do vento solar graças a um forte campo magnético. Sem ele, seria muito mais difícil sobreviver. Para minimizar a radiação, os responsáveis pelo projeto vão cobrir com vários metros de terra as cúpulas onde os colonos vão viver. Elas serão cavadas pelos próprios habitantes do local.

Fonte:http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2013/08/carioca-e-candidata-viagem-so-de-ida-para-o-planeta-marte-em-2022.html

Cientistas pesquisam novas receitas para serem consumidas no espaço

Missão isolou seis pesquisadores durante quatro meses em tenda no Havaí.
Objetivo foi desenvolver pratos para combater subnutrição de astronautas.


Equipe faz imersão em local isolado no Havaí para desenvolver 'receitas espaciais'. (Foto:  AP Photo/University of Hawaii, Sian Proctor)
Equipe faz imersão em local isolado no Havaí para desenvolver 'receitas espaciais'. (Foto: AP Photo/University of Hawaii, Sian Proctor)

Seis pesquisadores passaram os últimos quatro meses vivendo em uma pequena tenda em um campo de lava no Havaí, a 2.400 metros, tentando descobrir quais comidas os astronautas poderiam comer em Marte e em longas missões espaciais.

Eles saíram do local nesta terça-feira (13) com suas receitas e sem os trajes espaciais que tiveram que usar a cada vez que se aventuravam na vertente norte do Mauna Loa, um vulcão ativo que teve sua última erupção em 1984.

“É um momento de que vou me lembrar para o resto da vida”, disse Oleg Abramov, cientista espacial do U.S. Geological Survey Astrogeology. “Sair, experimentar o brilho do sol e o vento em nossas faces.”

Os seis pesquisadores foram selecionados pela Universidade do Havaí e pela Universidade Cornell para o estudo financiado pela Nasa. O objetivo era preparar refeições a partir de uma lista de ingredientes desidratados e preservados.
Cientista sai de tenda no Havaí utilizando roupa espacial durante missão para desenvolvimento de 'comidas espaciais'. (Foto: AP Photo/University of Hawaii, Angelo Vermeulen)
Cientista sai de tenda no Havaí utilizando roupa
espacial durante missão. (Foto: AP Photo/University
of  Hawaii, Angelo Vermeulen)

Eles examinaram as refeições pré-preparadas similares às que os astronautas atualmente consomem e desenvolveram refeições próprias, em uma tentativa de combater a subnutrição e variar o cardápio dos astronautas, que com frequência enjoam das opções atualmente disponíveis.

A equipe trabalhou nas receitas em um domo com pequenos compartimentos para dormir, um quarto de exercícios e, é claro, uma cozinha. O comandante do time, Angelo Bermeulen, disse na terça-feira que o problema com os ingredientes desidratados é que eles são geralmente altamente processados e com poucas fibras.

Ele afirma que um dos fatores mais importantes que deve ser levado em consideração em futuras missões espaciais é o desenvolvimento das chamadas “comfort food”, aquelas comidas que trazem conforto a quem as consome. Um dos itens favoritos eleitos pela equipe que se isolou no Havaí foi a Nuttela, creme feito de avelã e chocolate.
Outro ingrediente que foi amplamente utilizado nas  novas receitas desenvolvidas pela equipe foi a carne enlatada.

A temperatura e as características geológicas de Mauna Loa são perfeitas para o estudo, já que a área é isolada e não tem a presença visível de plantas ou vida animal. Pesquisadores ressaltam que a região “parece Marte”.

Uma das primeiras coisas que a equipe fez ao sair da missão foi tomar um café da manhã de buffet, onde foram direto para as frutas e vegetais frescos. Ainda vai levar vários meses para processar toda a informação reunida. As descobertas devem ser apresentadas no Congresso Internacional em Astronáutica, que deve ocorrer ainda este ano, em Pequim.
Pesquisador Oleg Abramov confeita bolinhos, em receita que poderá ser consumida no espaço. (Foto: AP Photo/University of Hawaii, Sian Proctor)
Pesquisador Oleg Abramov confeita bolinhos, em receita que poderá ser consumida no espaço. (Foto: AP Photo/University of Hawaii, Sian Proctor)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/cientistas-pesquisam-novas-receitas-para-serem-consumidas-no-espaco.html

terça-feira, 13 de agosto de 2013

Brasil e Argentina vão construir telescópio em parceria

Uma ideia nascida em um encontro científico de astronomia resultou, cinco anos depois, em um festejado acordo entre Brasil e Argentina para a construção de um novo telescópio.
O projeto representa uma oportunidade única para astrônomos brasileiros, que hoje têm de disputar outras antenas com cientistas do mundo todo.
O Llama (sigla em inglês para Arranjo Milimétrico Latino-americano), como foi batizado, será construído a 5.000 metros de altitude em San Antonio de los Cobres, no norte da Argentina, a 200 quilômetros do Alma (Chile), o maior observatório astronômico do mundo.
Assim como o Alma, o Llama vai operar na faixa de frequência mais altas de ondas de rádio --que não são absorvidas pela poeira interestelar e, portanto, permite que o observador possa enxergar mais longe, até a borda do universo. Atualmente poucos observatórios no mundo operam nessa frequência.
A proximidade entre os dois é outro diferencial, porque permitirá a observação em rede de um mesmo fenômeno com mais detalhes.
No Alma, a possibilidade de cooperação também é vista com bons olhos. O diretor do observatório, Thijs de Graauw reconheceu a iniciativa como uma ótima oportunidade para o próprio projeto e para que pesquisadores brasileiros e argentinos participem das pesquisas no Alma.
Segundo uma das coordenadoras do projeto, Zulema Abraham, foram necessários muitos anos, um workshop científico, visitas a outros telescópios e o aval dos dois governos e de cientistas estrangeiros para que a proposta fosse aprovada, no ano passado.
Pelo acordo, o Brasil ficará responsável pela construção da antena --cujo orçamento estimado em 6 milhões de euros será financiado pela Fapesp-- enquanto o país vizinho cederá o local e fornecerá a infraestrutura necessária, como obras viárias e fornecimento de energia, com um investimento equivalente.
Segundo Abraham, após a assinatura do convênio, que deve ocorrer nos próximos meses, a expectativa é que o telescópio esteja pronto em cerca de dois anos e meio.
"Já era hora de Brasil e Argentina estreitarem seus laços. Se for inviável para um país construir sozinho um equipamento de última geração, é necessária uma união", afirma o astrônomo Pedro Beakilini, pós-doutorando da USP envolvido no projeto.
Do lado argentino, a expectativa também é grande. "O Llama é um sonho transformado em realidade. Não foi fácil, mas fizemos um bom trabalho com os colegas brasileiros. Pessoalmente, é uma grande responsabilidade e um enorme orgulho poder contribuir para melhorar as condições de investigação astronômica para as gerações atuais e futuras de ambos os países" ressaltou Marcelo Arnal, responsável pelo projeto no país vizinho.

Ao que tudo indica, a construção desse novo telescópio em terras argentinas promete colocar ambos os países em um lugar de maior importância em um contexto internacional. O céu, nesse caso, não é o limite.

Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/ciencia/2013/08/1325767-brasil-e-argentina-vao-construir-telescopio-em-parceria.shtml

Meteoros Perseidas são vistos em vários pontos do Hemisfério Norte

Fenômeno cruzou céu da Bulgária, Macedônia e dos EUA na madrugada.
Evento anual ocorre quando a Terra cruza órbita do cometa Swift-Tuttle.

Meteoro Perseida cruza o céu de Potsurnentsi, na Bulgária (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)
Meteoro cruza o céu da igreja medieval St. Ioan, perto de Potsurnentsi, na Bulgária (Foto: Dimitar Dilkoff/AFP)

A anual chuva de meteoros Perseidas, conhecida popularmente como "lágrimas de San Lorenzo", foi vista de diferentes pontos do Hemisfério Norte na madrugada desta terça-feira (13).
Na imagem acima, um meteoro aparece cruzando o céu da igreja medieval St. Ioan, perto da vila de Potsurnentsi, na Bulgária.
Nas fotos abaixo, há Perseidas na Macedônia e no estado de Nevada, nos EUA.
As Perseidas começaram a ser vistas com maior clareza quando seu ponto radiante, na direção norte, saiu sobre o horizonte. Foi possível observar meteoros durante toda a noite, mas só a partir do nascimento da constelação de Perseu (às 2h, pelo horário de Brasília) que mais meteoros puderam ser visualizados, segundo o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1. Por hora, é possível ver de 10 a 15 meteoros, de acordo com o especialista.
Isso ocorre porque, a cada ano, a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle, que passou próximo do Sol pela última vez em 1992. Essa chuva de meteoros costuma ter sua máxima atividade entre os dias 12 e 13 de agosto, mas o fenômeno é apreciável em menor intensidade desde a segunda metade de julho até o fim de agosto.
Jovens observam o céu perto de Yangon, Mianmar, para ver meteoros na segunda (12) (Foto: Ye Aung Thu/AFP)
Jovens observam o céu perto de Yangon, Mianmar,
para ver meteoros à noite (Foto: Ye Aung Thu/AFP)

No momento da observação dos meteoros, a Lua estará em fase crescente e será ocultada no momento em que será possível avistar os meteoros. Por essa razão, segundo assegura o Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), em comunicado citado pela agência espanhola EFE, o satélite natural da Terra "não será um obstáculo para a observação".
As estrelas cadentes são pequenas partículas de pó de diferentes tamanhos – algumas menores que grãos de areia –, deixadas pelos cometas ao longo de suas órbitas ao redor do Sol.
Quando um cometa se aproxima de regiões interiores do Sistema Solar (onde ficam os planetas terrestres: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte), seu núcleo formado por gelo e rochas se sublima pela ação da radiação solar. Assim, o cometa gera sua característica cauda de pó e gás, e a corrente de partículas resultante se dispersa pela órbita do cometa e é atravessada todos os anos pela Terra em seu percurso ao redor do Sol.

É nesse encontro, quando as partículas de pó se desintegram ao entrar em grande velocidade na atmosfera terrestre, que os conhecidos traços luminosos recebem o nome científico de meteoros, explica o IAC.
Meteoros também foram vistos no sítio arqueológico Stobi, na Macedônia, que foi a maior cidade do norte dessa província romana e, mais tarde, capital (Foto: Ognen Teofilovski/Reuters)
Meteoros Perseidas também foram vistos no sítio arqueológico de Stobi, na Macedônia, que já foi a
maior cidade do norte dessa província romana e, mais tarde, a capital (Foto: Ognen Teofilovski/Reuters)

Imagem de longa exposição mostra meteoro na aldeia de Kozle, a sudeste de Skopje, na Macedônia, no início desta terça (13) (Foto: Boris Grdanoski/AP)
Imagem feita em longa exposição mostra meteoro sobre o céu da aldeia de Kozle, a sudeste de Skopje, na Macedônia, no início desta terça-feira (13) (Foto: Boris Grdanoski/AP)

Meteoros riscaram o céu do Parque Estadual Cathedral Gorge, em Nevada, nos EUA, na segunda (12) (Foto: Ethan Miller/Getty Images/AFP)
Meteoros riscaram o céu do Parque Estadual Cathedral Gorge, em Nevada, nos EUA, na segunda (12) (Foto: Ethan Miller/Getty Images/AFP)

http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/meteoros-perseidas-sao-vistos-em-varios-pontos-do-hemisferio-norte.html

Mais de 100 mil se inscrevem para viagem sem volta a Marte

Projeto 'Mars One' tem ambicioso plano de colonizar o planeta vermelho a um custo de U$S 6 bilhões.

Viagem sem volta a Marte já tem mais de 100 mil inscritos  (Foto: Mars One/BBC)
Viagem sem volta a Marte já tem mais de 100 mil inscritos (Foto: Mars One/BBC)

Mais de 100 mil pessoas se inscreveram para uma viagem sem volta a Marte, dentro de um projeto que pretende colonizar o planeta a partir de 2023.
As inscrições online, que ainda estão abertas até o dia 31 de agosto, fazem parte do Mars One, iniciativa liderada pelo cientista holandês Bas Lansdorp, que participou de uma conferência no último dia 9 por meio do Twitter, para responder perguntas dos candidatos e jornalistas.
Lansdorp, que confirmou o número de inscritos aos principais jornais americanos esta semana, disse que a quantidade de candidatos tende a crescer ainda mais nas próximas semanas.
'Existe um grande número de pessoas que ainda está trabalhando nos próprios perfis, decidindo se pagam ou não pela inscrição ou continuam preparando os vídeos de apresentação, preenchendo os formulários e seus currículos', explicou Bas em entrevista à rede de TV CNN.
Os candidatos que decidem se inscrever pagam uma taxa que, de acordo com os organizadores do Mars One, ajudará a financiar o custo do projeto, orçado em Us$ 6 bilhões (ou quase R$ 14 bilhões).
O valor da inscrição, que só pode ser feita por quem tem 18 anos ou mais, varia de acordo com o país. Nos EUA a taxa é de US$ 38 (ou cerca de R$ 86), sendo que no México o valor é menor - US$ 15 (ou aproximadamente R$ 34).
Patrocínio
O site oficial do Mars One iniciou no começo do mês a exibição de um documentário - o One Way Astronaut (Astrounata sem volta) - que explica o projeto em detalhes para aqueles que se dispuserem a morar em Marte. No entanto, para assistir ao filme, o internauta também precisa pagar - US$ 2,95 (R$ 6,79) para visualização online ou US$ 4,95 (R$ 11,32) para download.
Todos os valores são justificados como doações para financiar os quase R$ 14 bilhões descritos como necessários para construir as estações para habitação em Marte, além de financiar o custo da própria viagem, que de acordo com o site da missão, levará sete meses e será 'o próximo grande passo da humanidade'.
Em janeiro, o Mars One divulgou em anúncio oficial do próprio site que o Interplanetary Media Group - empresa que gerencia todos os investimentos de propriedade intelectual e mídia do projeto - também recebeu os primeiros investimentos privados cujo valor não foi divulgado. De acordo com o site da missão, o fundo irá financiar os custos de pesquisa e o processo de seleção do Mars One.
Seleção
Até agora, o site do projeto confirma ter recebido inscrições de mais de 120 países, incluindo Brasil, EUA, China, Rússia, México, , Canadá, Colômbia, Argentina e Índia.
'O Mars One é uma missão representando toda a humanidade e seu verdadeiro espírito será justificado apenas se pessoas de todo o mundo estiverem representadas. Eu me orgulho de ver exatamente isso acontecendo', disse Lansdorp em artigo publicado no site do Mars One.
Os futuros astronautas da missão serão escolhidos em 4 etapas.
Na primeira, a seleção é feita com base no currículo, carta de intenção e vídeo enviado pelo candidato. Na segunda fase, os candidatos devem apresentar atestado médico e físico e se encontrarão com comitês regionais da missão para entrevistas.
Na terceira etapa, o processo passa para o nível nacional, de onde sairá um candidato por país selecionado. Essa etapa será transmitida pela TV e internet em cada país participante e o público desses países decidirá o próprio representante dentre um grupo de 20 a 40 candidatos por nação.
Na etapa final, os candidatos restantes, que precisam se comunicar bem em inglês, participarão de um evento transmitido pela TV em todos os países participantes para selecionar apenas 24 astronautas.

http://g1.globo.com/mundo/noticia/2013/08/mais-de-100-mil-se-inscrevem-para-viagem-sem-volta-a-marte.html

segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Meteoros Perseidas terão máxima intensidade às 2h desta terça-feira

Chuva anual poderá ser vista do Brasil por quem olhar na direção norte.
Fenômeno ocorre porque a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle.

Chuva de meteoros associados ao cometa Swift-Tuttle, ou “perseidas”, pôde ser vista na região central da Grécia, na madrugada deste sábado (10). Os meteoros queimam na atmosfera da Terra. O fenômeno ocorre entre julho e agosto, e é visto a partir da const (Foto: Petros Giannakouris / AP Photo)
Chuva de meteoros associados ao cometa Swift-Tuttle pôde ser vista na região central da Grécia, na madrugada deste sábado (10). meteoros queimam na atmosfera da Terra (Foto: Petros Giannakouris/AP)
A anual chuva de meteoros Perseidas, conhecida popularmente como "lágrimas de San Lorenzo", alcançará sua intensidade máxima às 2h da manhã (horário de Brasília) desta terça-feira (13).
As Perseidas poderão começar a ser vistas com maior clareza quando seu ponto radiante, na direção norte, sair sobre o horizonte. Será possível observar meteoros durante toda a noite, mas é a partir do nascimento da constelação de Perseu que mais meteoros vão poder ser visualizados, segundo o astrônomo Cássio Barbosa, colunista do G1. Por hora, será possível ver de 10 a 15 meteoros, de acordo com o especialista.
Isso ocorre porque, a cada ano, a Terra cruza a órbita do cometa Swift-Tuttle, que passou próximo do Sol pela última vez em 1992. Essa chuva de meteoros costuma ter sua máxima atividade entre os dias 12 e 13 de agosto, mas o fenômeno é apreciável em menor intensidade desde a segunda metade de julho até o fim de agosto.
No momento da observação dos meteoros, a Lua estará em fase crescente e será ocultada no momento em que será possível avistar os meteoros. Por essa razão, segundo assegura o Instituto de Astrofísica das Canárias (IAC), em comunicado citado pela agência espanhola EFE, o satélite natural da Terra "não será um obstáculo para a observação".
As estrelas cadentes são pequenas partículas de pó de diferentes tamanhos – algumas menores que grãos de areia –, deixadas pelos cometas ao longo de suas órbitas ao redor do Sol.
Quando um cometa se aproxima de regiões interiores do Sistema Solar (onde ficam os planetas terrestres: Mercúrio, Vénus, Terra e Marte), seu núcleo formado por gelo e rochas se sublima pela ação da radiação solar. Assim, o cometa gera sua característica cauda de pó e gás, e a corrente de partículas resultante se dispersa pela órbita do cometa e é atravessada todos os anos pela Terra em seu percurso ao redor do Sol.
É nesse encontro, quando as partículas de pó se desintegram ao entrar em grande velocidade na atmosfera terrestre, que os conhecidos traços luminosos recebem o nome científico de meteoros, explica o IAC.

Meteoros Perseidas vistos em 12 agosto de 2008 no estado americano de Nevada (Foto: Ethan Miller/Getty Images North America/AFP)
Meteoro é visto (pouco acima do centro, à direita) em meio a estrelas no dia 12 de agosto de 2008, nos EUA (Foto: Ethan Miller/Getty Images North America/AFP)

Meteoro é visto no céu sobre a vila de Uklici, conhecida por suas rochas que têm formas semelhantes a silhuetas humanas, perto de Kratovo, na Macedônia. Fenômeno chamado de Perseidas – porque fica na constelação de Perseu –, é visível nesta época do ano. (Foto: Ognen Teofilovski/Reuters)
Meteoro é visto no céu sobre a vila de Uklici, conhecida por suas rochas que têm formas semelhantes a silhuetas humanas, perto de Kratovo, na Macedônia (Foto: Ognen Teofilovski/Reuters)

Perseidas é registrada sobre Stonehenge, na planície de Salisbury, ao sul da Inglaterra. Foto de exposição longa. (Foto: Doherty Kieran / Reuters)
Perseidas sobre Stonehenge, na planície de Salisbury, ao sul da Inglaterra (Foto: Doherty Kieran/Reuters)


Fonte:http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2013/08/meteoros-perseidas-terao-maxima-intensidade-2h-desta-terca-feira.html