O robô Curiosity, da agência espacial americana (Nasa), ganhou um "Parabéns pra você" em homenagem ao seu primeiro aniversário em Marte, comemorado nesta segunda-feira (5), pelo fuso horário do Pacífico, e nesta terça (6), pelo horário de Brasília,
Engenheiros do Centro Espacial Goddard, em Maryland, usaram o instrumento SAM do robô – um laboratório de química orgânica que recolhe amostras de rochas no solo – para "cantar" a música.
Segundo a engenheira elétrica responsável pelo SAM, Florence Tan, uma réplica do instrumento funciona no Centro Espacial Goddard para ajudar os cientistas a testar experimentos antes que eles sejam feitos em Marte.
Quando uma amostra é recolhida no planeta vermelho, um sistema é programado para vibrar em diferentes frequências, o que agora foi usado para tocar a canção de aniversário.
"A música aproxima todas as pessoas, e isso é divertido. Esse tem sido um ótimo ano, e não posso esperar para chegar ao Monte Sharp no ano que vem. Descobrimos tantas coisas novas, e ainda há muito mais descobertas a fazer", disse Florence.
Eventos comemorativos
A Nasa também organizou nesta terça dois eventos para celebrar o pouso do Curiosity em Marte. Membros da missão no Laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, Califórnia, se reuniram nesta manhã para compartilhar lembranças sobre a dramática noite da aterrissagem no planeta vermelho e para falar sobre outros detalhes do projeto.
A Nasa também organizou nesta terça dois eventos para celebrar o pouso do Curiosity em Marte. Membros da missão no Laboratório de Propulsão a Jato, em Pasadena, Califórnia, se reuniram nesta manhã para compartilhar lembranças sobre a dramática noite da aterrissagem no planeta vermelho e para falar sobre outros detalhes do projeto.
Em Washington, um evento público ao vivo na sede da Nasa contou com funcionários e até membros da tripulação a bordo da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês), que falaram sobre como suas atividades e pesquisas robóticas têm ajudado a preparar uma missão futura para Marte e para um asteroide.
"Lembro de ter visto uma imagem da Times Square com milhares de pessoas assistindo ao vivo (ao pouso do Curiosity). Acho que estava na Rússia na época, não lembro. Mas lembro do impacto que isso teve no mundo inteiro, e fiquei fascinada. (O projeto também) ajudou no jeito que as mídias sociais operam hoje em dia", afirmou a astronauta Karen Nyberg, membro da Expedição 36 da ISS.
Rumo ao Monte Sharp
Em 12 meses, o Curiosity já fez uma travessia que custou US$ 567 milhões (R$ 1,3 bilhão). Ele pousou na Cratera Gale para uma missão de dois anos em busca de evidências favoráveis à vida no passado do planeta vermelho.
Em 12 meses, o Curiosity já fez uma travessia que custou US$ 567 milhões (R$ 1,3 bilhão). Ele pousou na Cratera Gale para uma missão de dois anos em busca de evidências favoráveis à vida no passado do planeta vermelho.
Em um sucesso de engenharia sem precedentes, o robô de 1 tonelada desceu até a atmosfera marciana após uma complexa manobra batizada de "sete minutos de terror".
"Cratera Gale, aqui estou", foi a primeira mensagem enviada pelo veículo a 248 milhões de km de distância, em uma missão com orçamento de US$ 2,5 bilhões (R$ 5,8 bilhões).
Assim como havia sido planejado, a cápsula ativou um gigantesco paraquedas quando estava a cerca de 11 mil metros de altura, para frear a descida. A aproximadamente 20 metros da superfície, um guindaste desceu o Curiosity, que abriu suas seis rodas e iniciou a aventura em Marte.
Nesse período, o veículo já descobriu um antigo leito de curso de água – onde o líquido pode ter fluído com 90 cm de profundidade – e recolheu amostras de solo e atmosfera suficientes para que os cientistas concluam que possa ter havido vida no planeta há bilhões de anos.
Agora, o Curiosity se dirige à meta de sua missão: as encostas de uma enorme e misteriosa montanha, o Monte Sharp, que tem 5.500 metros de altura e fica no centro da Cratera Gale. O local preserva, em seus muitos níveis de sedimentos, uma história da transformação das condições ambientais de Marte. Isso porque a montanha mostra sinais de exposição, há muito tempo, à água em estado líquido.
Em fevereiro, o veículo ainda perfurou uma rocha com sua broca e recolheu amostras do solo, na primeira vez que um robô executou essa operação complicada em outro planeta.
Já em julho, o Curiosity começou a andar em direção ao Monte Sharp. Ele tentará subir a encosta até atravessar 800 metros de altura, nível que parece separar as áreas que, no passado, podem ter sido úmidas.
Quando chegar à base da montanha, o robô terá então percorrido aproximadamente 8 quilômetros.
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