quarta-feira, 25 de março de 2015

Nasa vai usar bloco extraído de asteroide para treinar missões a Marte

Nave vai extrair grande bloco de asteroide e lançá-lo ao redor da Lua.
Bloco vai se transformar em destino de treinamento para futuras missões.


 Representação artística mostra astronauta preso pelo pé preparando-se para observar bloco de asteroide (Foto:  Asteroid Initiative/Nasa)
Representação artística mostra astronauta preso pelo pé preparando-se para observar bloco de asteroide (Foto: Asteroid Initiative/Nasa)

Uma nave-robô da Nasa vai extrair um grande bloco rochoso de um asteroide e lançá-lo ao redor da Lua, para que se transforme em um destino de treinamento para futuras missões a Marte, disse a agência espacial norte-americana nesta quarta-feira (25).
A chamada Missão de Redirecionamento de Asteróide tem um custo estimado de 1,25 bilhão de dólares, não incluindo gastos com o lançamento, e está prevista para ter início em dezembro de 2020. A missão seria seguida cinco anos depois por uma expedição tripulada até a rocha espacial, numa variante de um plano proposto pelo presidente dos EUA, Barack Obama, em 2010.

Bloco de asteroide é capturado pela nave para ser, em seguida, colocado em órbita ao redor da Lua (Foto: Asteroid Initiative/Nasa)
Em ilustração, bloco de asteroide é capturado pela nave para ser, em seguida, colocado em órbita ao redor da Lua (Foto: Asteroid Initiative/Nasa)

A Nasa também considerou capturar um asteroide menor e arrastar todo o corpo celeste para a órbita da Lua, mas após extensos estudos, a agência optou por extrair e deslocar um bloco de rocha, implicando em um custo de 100 milhões de dólares maior. A justificativa é que isso proporciona uma melhor preparação para a meta final da agência, de pousar astronautas em Marte.
“São coisas do tipo que sabemos que vamos precisar quando formos a outro corpo planetário”, disse o diretor associado da Nasa, Robert Lightfoot, a jornalistas em uma teleconferência.
Veículo leva bloco de asteroide para órbita ao redor da Lua  (Foto: Asteroid Initiative/Nasa)
Concepção artística mostra veículo leva bloco de asteroide para órbita ao redor da Lua (Foto: Asteroid Initiative/Nasa)

A Nasa planeja estudar o asteroide por cerca de um ano e testar técnicas para desviá-lo que um dia podem ser usadas para salvar a Terra de uma potencial colisão catastrófica.
Um asteróide ou cometa atingiu o planeta há cerca de 65 milhões de anos, provocando mudanças climáticas que causaram o desaparecimento dos dinossauros e da maioria da vida que havia na Terra.
Até agora, a Nasa escolheu três asteroides para a missão, mas espera tomar a decisão final de qual abordar somente em 2019.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/nasa-vai-usar-bloco-extraido-de-asteroide-para-treinar-missoes-a-marte.html

Robô Opportunity completa primeira 'maratona' sobre Marte

Jipe-robô percorreu pouco mais de 42 km no solo de Marte desde 2004.
Distância foi a mais longa percorrida por máquina em outro planeta.


  Versão da foto tirada em março com cores artificiais mostra mais nitidamente a superfície do veículo (Foto: NASA/JPL-Caltech/Cornell Univ./Arizona State Univ./Divulgação)
Foto tirada no ano passado mostra superfície do veículo Opportunity no solo marciano (Foto: NASA/JPL-Caltech/Cornell Univ./Arizona State Univ./Divulgação)

O robô norte-americano Opportunity concluiu a primeira maratona extraterrestre percorrendo um pouco mais de 42 km em Marte desde que chegou, em dezembro de 2004 - anunciou a Nasa nesta quarta-feira (25).
"É a primeira vez que uma máquina humana excede a distância da maratona na superfície de outro mundo", ressaltou John Callas, chefe do programa Opportunity no laboratório Jet Propulsion(JPL) da Nasa em Pasadena, Califórnia.
Opportunity, alimentado por energia solar, percorreu um total de 42,19 quilômetros em onze anos e dois meses.
Em 2014, o Opportunity tornou-se o campeão da distância extraterrestre percorrida, superando o recorde estabelecido pelo robô soviético Lunokhod 2, que pousou na Lua em 15 de janeiro de 1973 e cobriu 39 quilômetros em menos de cinco meses.
Opportunity, que pesa 180 kg e tem seis rodas pequenas, e seu irmão gêmeo, Spirit, agora fora de uso, descobriram ambientes úmidos em Marte - alguns dos quais poderiam ter sido propícios para a vida. Inicialmente, sua missão deveria durar apenas alguns meses.
No momento, a nave robô explora a cratera Endeavour.
Mapa mostra o caminho percorrido pelo jipe Opportunity desde o final de dezembro de 2014 até a "linha de chegada" da maratona, atingida em 24 de março  (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona)
Mapa mostra o caminho percorrido pelo jipe Opportunity desde o final de dezembro de 2014 até a "linha de chegada" da maratona, atingida em 24 de março (Foto: NASA/JPL-Caltech/Univ. of Arizona)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/robo-opportunity-completa-primeira-maratona-sobre-marte.html

Nasa prevê envio de submarino para explorar mar de óleo em lua de Saturno

Veículo submerso teria acesso a 'registro' da história do clima de satélite semelhante à Terra e seria levado a Titã em espaçonave militar americana não tripulada.

Submarino seria levado ao mar de Titan por mini espaçonave militar dos Estados Unidos (Foto: J. Glenn/Nasa/BBC)
Submarino seria levado ao mar de Titan por mini espaçonave militar dos Estados Unidos (Foto: J. Glenn/Nasa/BBC)

Pousar uma sonda na superfície de um cometa foi indiscutivelmente uma das mais audaciosas conquistas espaciais dos últimos tempos. Mas uma missão que está sendo estudada pela Nasa, a agência espacial americana, pode desbancar esse feito.
Cientistas estão propondo enviar um submarino robô aos mares de óleo de Titã, uma lua de Saturno. Esses mares não são formados por água, mas por hidrocarbonetos como metano e etano. Esses componentes existem em seu estado líquido naquela lua, onde a média de temperatura é de -180 ºC.
O plano é financiado por uma iniciativa chamada NIAC (sigla em inglês para Conceitos Inovadores e Avançados da Nasa), na qual os cientistas são incentivados a pensar de forma diferente.
"Isto é muito libertador. Você pode deixar sua imaginação correr solta", diz o cientista por trás do projeto, Ralph Lorenz. Ele explicou a ideia no Conferência de Ciência Lunar e Planetária, no Texas, Estados Unidos.
Ele disse acreditar que a missão é possível com os recursos, tempo e tecnologia certos.
Submarinos não tripulados, conhecidos genericamente como UUVs são usados amplamente para propósitos militares e também em buscas, exploração petrolífera e investigação científica. Assim, tecnologias existentes poderiam ser adaptadas para a missão.

Um dos aspectos mais impressionantes da proposta é uma ideia de levar o submarino a Titã usando uma versão da mininave espacial militar americana X-37B. O submarino seria levado na área de carga da nave não tripulada. Os dois seriam lançados ao espaço em um foguete. Uma vez em Titã, a espaçonave entraria na atmosfera pastosa da lua.

Frio intenso

oto de Titã, a lua gelada de Saturno, colhida pela missão Cassini em 8 de janeiro de 2015, de uma distância de cerca de 1,9 milhões de quilômetros (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute)
Foto de Titã, a lua gelada de Saturno, colhida pela missão Cassini em 8 de janeiro de 2015, de uma distância de cerca de 1,9 milhões de quilômetros (Foto: Nasa/JPL-Caltech/Space Science Institute)


O submarino poderia ser levado ao mar de duas formas possíveis. Em uma delas, o X-37B poderia abrir as portas de sua área de carga ainda em voo e liberar o submarino robô.
O aparelho então abriria um paraquedas para pousar na superfície do mar. Esse método já teria sido usado na Terra pelos Estados Unidos para lançar uma MOAB – a bomba não nuclear de maior capacidade explosiva já criada.
A alternativa seria a espaçonave pousar na superfície do mar e então abrir seu compartimento de carga, liberando o submarino antes de afundar.
A lua Titã se assemelha à Terra, porém em uma versão congelada – o que a torna um alvo atrativo para a exploração. Ela já foi visitada pela sonda Huygens, que atingiu a superfície em 2005.
Uma missão chamada Titan Mare Explorer (TiME), na qual Ralph Lorenz esteva envolvido, deveria ter retornado à lua com uma sonda flutuante que pousaria no mar para recolher dados.
A TiME foi um dos três projetos finalistas em um processo de escolha de missão espacial de baixo custo da Nasa (no qual o escolhido foi o projeto InSight, para Marte).
O novo conceito de missão para Titã combina os objetivos científicos da TiME com outros que se tornariam possíveis graças ao uso do submarino.
"Você poderia fazer tudo que uma missão como a TiME poderia ter feito, particularmente no litoral, com medições de tempo e composição da superfície, medição das ondas", disse Ralph Lorenz.
"Mas ela também possibilitaria fazer um mapeamento detalhado do fundo do mar, onde está guardado um registro rico da história do clima de Titã".
Medições
Nas regiões costeiras de Titã estão sedimentos deixados para trás quando hidrocarbonetos líquidos evaporam. Eles sugerem que o nível dos mares na lua subiram e desceram periodicamente.
Além disso, apesar dos mares de Titã estarem concentrados na sua parte norte, ciclos naturais determinados pelas propriedades orbitais da lua podem fazer com que esses corpos líquidos se movam entre os polos a cada 30 mil anos.
A exploração do submarino poderia inclusive lançar luz sobre a natureza do fundo do mar de Titã – incluindo a possibilidade de que ele seja formado por uma gigantesca cratera formada por impacto de asteroide.
Os cientistas também querem descobrir se os mares são ou não formados por camadas com diferentes composições de óleo.
O estudo NIAC, que custou US$ 100 mil, não identificou quais instrumentos seriam carregados pelo submarino. Mas um sonar, uma câmera e um sistema para coletar amostras do fundo do mar são candidatos óbvios.
Mas o uso do submarino também traria desafios, como por exemplo um problema enfrentado pelos submarinos militares chamado cavitação – no qual propulsores causam bolhas que acabam sendo captadas pelo sonar. Esse e outros fatores poderiam atrapalhar a leitura de dados pelos equipamentos.
Uma solução seria melhorar o design do submarino ou apenas usar o sonar quando o veículo estiver parado.

Comunicação

Espaçonave teria que orbitar Titan para possibilitar comunicações entre o submarino e a Terra (Foto: J.Glenn/Nasa/BBC)
Espaçonave teria que orbitar Titan para possibilitar comunicações entre o submarino e a Terra (Foto: J.Glenn/Nasa/BBC)

As comunicação também terão uma importância vital. O polo norte de Titã tem que estar apontado para a terra, para que as comunicações sejam feitas de forma direta. Porém, esse alinhamento só voltará a acontecer no ano de 2040.
Para realizar a missão antes disso, uma outra espaçonave poderia ficar orbitando Titã para receber os dados do submarino e repassá-los à Terra. Isso possibilitaria o lançamento da missão a qualquer momento, mas também aumentaria consideravelmente seus custos.
A fonte de energia para as espaçonaves também é um problema crucial. Missões espaciais que ocorrem além do cinturão de asteroides estão longe demais para usar a energia solar. Elas precisam usar combustível nuclear baseado em plutônio.
Lorenz disse que se o projeto TiME tivesse sido levado adiante, poderia ser lançado em pouco mais de um ano.
A maior lua de Saturno continua a fascinar e inspirar – o que tornaria o retorno a ela inevitável. E quando isso ocorrer, é bem provável que seja com um submarino.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/nasa-preve-envio-de-submarino-para-explorar-mar-de-oleo-em-lua-de-saturno.html

Combustível extra permite Índia ampliar em 6 meses missão em Marte

Sonda Mangalyaan chegou ao Planeta Vermelho em setembro de 2014.
Projeto é considerado bem sucedido e custou US$ 74 milhões.


Concepção artística mostra o equipamento Mangalyaan, lançado pela missão espacial indiana em setembro passado (Foto: Divulgação/Isro)
Concepção artística mostra o equipamento Mangalyaan, lançado pela missão espacial indiana em setembro passado (Foto: Divulgação/Isro)

A missão enviada pela Índia a Marte foi prorrogada por seis meses graças a um excedente de combustível a bordo da nave, anunciou a agência espacial indiana nesta terça-feira (24).
"Como a Mars Orbiter tem combustível suficiente para continuar mais tempo do que o esperado, a missão será estendida por mais seis meses", afirmou Devi Prasad Karnik, diretor da Organização de Pesquisa Espacial Indiana.
O lançamento da nave Mars Mission Orbiter, em setembro passado, transformou a Índia no primeiro país asiático a chegar ao planeta vermelho, além de fazer isso com uma verba apertada.
A princípio, o dispositivo deveria retornar à Terra neste mês, mas os cientistas disseram que vão continuar em órbita para estudar a atmosfera das plantas e sua superfície após usar menos combustível do que o esperado nestes seis meses.
"Os cinco instrumentos científicos a bordo da espaçonave irão continuar a coleta de dados e entregá-los ao nosso espaço exterior para análise", explicou Karnik à AFP.
'Fonte de orgulho'
A missão indiana até Marte, bem-sucedida já na primeira tentativa, é uma fonte de orgulho nacional, levando o governo usá-la como exemplo do potencial do "Made in India".
O projeto custou apenas US$ 74 milhões, menos do que os 100 milhões de dólares necessários para rodar o filme "Gravidade" - como gosta de lembrar o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi.
A Índia tenta alcançar a vizinha China, que gastou bilhões de dólares em seu próprio programa espacial.

Imagem feita pelo equipamento indiano mostra o planeta Marte (Foto: Divulgação/Twitter/@MarsOrbiter)
Imagem feita pelo equipamento indiano mostra o planeta Marte (Foto: Divulgação/Twitter/@MarsOrbiter)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/combustivel-extra-permite-india-ampliar-em-6-meses-missao-em-marte.html

Curiosity encontra nitrogênio fixado em sedimentos em Marte

Nitrogênio é elemento imprescindível para a vida.
Instrumento coletou amostras de três regiões diferentes do planeta.


O veículo Curiosity encontrou nitrogênio fixado em sedimentos em Marte: "um novo passo na avaliação da habitabilidade deste planeta, já que o nitrogênio é um elemento imprescindível para a vida".
Essa foi a principal conclusão do estudo divulgado na revista "Proceedings of the National Academy of Sciences" (PNAS), no qual participaram pesquisadores espanhóis do Centro Superior de Pesquisas Científicas (CSIC) e que sugere a existência do ciclo do nitrogênio em Marte em algum momento de sua evolução como planeta.
A presença do elemento no planeta foi verificada a partir do instrumento Sample Analysis at Mars (SAM, sigla em inglês), que coletou amostras de três lugares diferentes, informou o CSIC em uma nota de imprensa.
Duas dessas amostras foram conseguidas com perfurações feitas em rochas batizadas como "Sheepbed", durante uma missão na "Yellowknife Bay", local onde, acredita-se, existiram lagos e rios em algum momento da história geológica do planeta. A terceira amostra provém de um depósito de areia, que representa a poeira de Marte.
Francisco Javier Martín Torres, pesquisador do Instituto Andaluz de Ciências da Terra (centro conjunto do CSIC e da Universidade de Granada), explicou que a disponibilidade de nitrogênio bioquímico útil, junto com as condições que "provavelmente existiram em Marte e a possível presença de compostos orgânicos em seu solo, refletem um cenário potencialmente habitável para algum tipo de ser vivo no passado".
Torres explicou que a presença de nitrogênio no planeta é um fator a ser levado em consideração em relação à possibilidade de existir vida em Marte na atualidade, já que, este elemento é imprescindível na síntese de moléculas como as proteínas RNA e DNA.
No entanto, de acordo com o estudo, ainda não há indícios de algum mecanismo que faça com que o nitrogênio fixado no solo retorne à atmosfera e mantenha o ciclo do nitrogênio, como acontece na Terra.
Por isso, os pesquisadores sugerem que, se a vida existiu em algum momento na superfície de Marte, não esteve em todo o planeta, mas esta afirmação ainda deve ser comparada com estudos posteriores.

Foto divulgada pela NASA em 23 de junho mostra autorretrato do robô Curiosity em Marte (Foto: AP Photo/NASA, JPL-Caltech, MSSS, File)
Sonda robótica Curiosity, em Marte (Foto: AP Photo/NASA, JPL-Caltech, MSSS, File)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/curiosity-encontra-nitrogenio-fixado-em-sedimentos-em-marte.html

domingo, 22 de março de 2015

Dia 22 de março dia Mundial da Água!!

A água no planeta
 
Cerca de 71% da superfície da Terra é coberta por água em estado líquido. Do total desse volume, 97,4% aproximadamente, está nos oceanos, em estado líquido.
A água dos oceanos é salgada: contém muito cloreto de sódio, além de outros sais minerais.
Mas a água em estado líquido também aparece nos rios, nos lagos e nas represas, infiltrada nos espaços do solo e das rochas, nas nuvens e nos seres vivos. Nesses casos ela apresenta uma concentração de sais geralmente inferior a água do mar. É chamada de água doce e corresponde a apenas cerca de 2,6% do total de água do planeta.
Cerca de 1,8% da água doce do planeta é encontrado em estado sólido, formando grandes massas de gelo nas regiões próximas dos pólos e no topo de montanhas muito elevadas. As águas subterrâneas correspondem á 0,96% da água doce, o restante está disponível em rios e lagos.
 
 
Oceanos e mares - 97%
Geleiras inacessíveis - 2%
Rios, lagos e fontes subterrâneas - 1%
 
A Água do nosso planeta pode acabar, então todos temos que economiza o máximo possível,temos que pensar no nosso futuro.
 
 
 
TERRA PLANETA ÁGUA

sexta-feira, 20 de março de 2015

Nasa detecta aurora e nuvem de poeira misteriosa em Marte

Fenômeno detectado em dezembro foi apelidado de 'luzes de Natal'.
Acredita-se que partículas energéticas da aurora de Marte venham do Sol.


 Concepção artísticada mostra sonda MAVEN observando a aurora "luzes de Natal", em Marte  (Foto: University of Colorado/Nasa)
Concepção artísticada mostra sonda MAVEN observando a aurora "luzes de Natal", em Marte (Foto: University of Colorado/Nasa)

Uma aeronave da Nasa que circula por Marte detectou uma poeira misteriosa e uma aurora vibrante, ambos fenômenos inesperados no planeta vizinho à Terra - disseram pesquisadores nesta quarta-feira (18).
A sonda da Nasa Maven (Mars Atmosphere and Volatile Evolution, em inglês) detectou a presença de uma aurora - conhecida na Terra como aurora boreal - em dezembro. O fenômeno ganhou o apelido de "luzes de Natal", segundo comunicado divulgado pela agência espacial, que apresentou as descobertas numa conferência de astronomia no Texas.
"Durante cinco dias, pouco antes de 25 de dezembro, a Maven viu um brilho de aurora ultravioleta abrangendo o hemisfério norte", disse o comunicado.
O fenômeno da aurora ocorre quando tempestades geomagnéticas desencadeadas por erupções no Sol provocam choques entre partículas energéticas - como os elétrons - com a atmosfera, fazendo com que o gás brilhe.
"O que é especialmente surpreendente sobre a aurora observada é como ela ocorre numa área profunda da atmosfera - muito mais profunda do que na Terra ou em outros lugares de Marte", disse Arnaud Stiepen, membro da equipe de Espectrografia e Imagem Ultravioleta da Universidade do Colorado.
"Os elétrons que produzem esta aurora devem ser muito energéticos".
Especialistas acreditam que a fonte das partículas energéticas da aurora de Marte é o Sol, porque o instrumento utilizado pela sonda Maven "detectou um grande aumento de elétrons energéticos no início da aurora", afirmou a Nasa.
Como Marte perdeu o campo magnético protetor há bilhões de anos atrás, as partículas solares podem atingir diretamente a atmosfera e penetrar profundamente.
Com a ajuda da sonda Maven, os cientistas também observaram uma nuvem de poeira incomum cerca de 150 quilômetros acima da superfície do planeta vermelho.
A origem da poeira é desconhecida, assim como seu conteúdo e permanência.
"Possíveis fontes para a poeira observada incluem poeira que subiu da atmosfera; poeira proveniente de Phobos e Deimos, as duas luas de Marte; pó se movendo no vento solar para longe do Sol; ou detritos de cometas que orbitam o Sol", afirmou a Nasa.
"Nenhum processo conhecido em Marte pode explicar o aparecimento de poeira nos locais observados a partir de qualquer uma destas fontes".
As descobertas foram apresentadas na 46ª Conferencia de Ciência Lunar e Planetária em Woodlands, no estado norte-americano do Texas.
A sonda Maven foi lançada em direção a Marte em novembro de 2013, em missão para estudar como o planeta perdeu a maior parte de sua água e atmosfera.
A sonda não tripulada está no quarto mês de sua missão de um ano.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/nasa-detecta-aurora-e-nuvem-de-poeira-misteriosa-em-marte.html

domingo, 15 de março de 2015

Imagens da sonda Rosetta sugerem presença de gelo no cometa 67P

Instrumento captou mancha azulada em área que emite pó e gases.
Cometa pode conter respostas sobre formação do Sistema Solar.


Imagem mais azulada do cometa 67P mostra possível concentração de gelo (Foto: ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)
Imagem mais azulada do cometa 67P mostra possível concentração de gelo (Foto: ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)

Imagens captadas pelos filtros de cor do instrumento Osiris, instalado na sonda Rosetta, sugerem a presença de gelo no "pescoço" do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, na região denominada Hapi, de acordo com informações do Instituto Max Planck, da Alemanha.
As informações analisadas pelos cientistas refletem a luz vermelha - habitual no núcleo dos próprios cometas e outros corpos primitivos, como asteroides -, de forma menos efetiva que na maioria das demais regiões, com uma aparência azulada.
Nos últimos meses, a região Hapi se mostrou especialmente ativa em relação às demais: muitas fontes de pó e gás que o cometa lança ao espaço tem sua origem ali.
Nesse sentido, ao estudar as características reflexivas da superfície do 67P, os cientistas confirmaram que a coloração azul poderia indicar a presença de água congelada, misturada com o pó da superfície. "Embora as variações de cor na superfície do 67P sejam pequenas, podem nos dar indícios importantes", assinala o chefe da equipe Osiris, Holger Sierks.
Em busca de gelo A sonda Rosetta é equipada com instrumentos adicionais para identificar de forma direta a presença de gelo na superfície.
Os filtros de cor da Osiris só podem representar uma gama limitada de longitudes de onda. O espectrômetro Virtis, por exemplo, pode determinar marcas espectrais de moléculas de água.
"Temos muita curiosidade em ver se nossos indícios se confirmam a partir dessas medições", garante Sierks.
As imagens foram tomadas no dia 21 de agosto de 2014, quando a sonda Rosetta se encontrava a aproximadamente 70 quilômetros do cometa.
"Quando o 67P alcançar em agosto deste ano sua distância mais curta em relação ao sol, ele deverá aquecerá muito, com exceção da região Hapi, que nesse momento permanecerá na escuridão e experimentará uma espécie de noite polar", explica Fornasier. "O 'pescoço' do cometa só receberá de novo luz solar a partir de março de 2016", acrescenta.
Qual o objetivo?
Compostos químicos, gases e muita poeira presentes no cometa podem conter respostas sobre a formação dos planetas do Sistema Solar. Além disso, apontariam aos cientistas uma direção para descobrir como a vida surgiu, no estágio em que a conhecemos.

Uma das teorias sobre o início da vida na Terra sugere que os primeiros ingredientes da chamada "sopa orgânica" vieram de um cometa, considerados alguns dos corpos celestes mais antigos do Sistema Solar.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/imagens-da-sonda-rosetta-sugerem-presenca-de-gelo-no-cometa-67p.html

Nasa lança missão que estudará o campo magnético da Terra

Foguete Atlas V decolou do Cabo Canaveral.
Nave leva quatro observatórios espaciais


O foguete decola de Cabo Canaveral, na Flórida, com 4 sondas de observação. (Foto: Florida Today / Craig Bailey / Via AP Photo)
O foguete decola de Cabo Canaveral, na Flórida, com 4 sondas de observação. (Foto: Florida Today / Craig Bailey / Via AP Photo)

A agência espacial americana (Nasa) lançou nesta quinta-feira (12) uma missão pioneira para estudar a interação do campo magnético da Terra com o de outros corpos celestes, como o Sol, e que permitirá conhecer com maior precisão como atuam estas trocas de energia no universo.
O lançamento aconteceu às 22h44 (horário local, 23h44 de Brasília) das instalações da Nasa na base de Cabo Canaveral, na Flórida.
Os quatro observatórios espaciais idênticos que compõem o Sistema Multiescala Magnetosférico (MMS) partiram a bordo de um foguete Atlas V.
A missão começará a enviar dados à terra em setembro e a previsão é que esteja em funcionamento durante dois anos, embora a Nasa não descarte ampliar sua vida útil.
A missão proporcionará a primeira vista tridimensional da reconexão magnética da Terra com o Sol, um processo que ajudará a entender como se conectam e desligam os campos magnéticos no universo.
Os cientistas esperam obter dados sobre a estrutura e dinâmica da energia que intercambiam os campos magnéticos quando se encontram, momento no qual se produz uma liberação explosiva de energia.
Os quatro artefatos espaciais, equipado com sensores de alta precisão, voarão simultaneamente em formação, a uma distância de uns 10 km umas das outras, para que a combinação de seus dados permita ter essa visão tridimensional.
A missão MMS utilizará a magnetosfera da Terra como um laboratório para estudar, além da reconexão magnética, outros dois processo fundamentais como a aceleração de partículas energéticas e a turbulência.
Esta missão também será importante para entender como esta troca energética afeta os fenômenos meteorológicos espaciais e seu efeito sobre os sistemas tecnológicos modernos como as redes de comunicações, de navegação GPS e as redes de energia elétrica.
A reconexão magnética produz fenômenos como as auroras que se veem nos pólos quando o vento solar penetra em nosso 'escudo protetor' e as partículas de energia liberadas entram no campo magnético da Terra.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/nasa-lanca-missao-que-estudara-o-campo-magnetico-da-terra.html

Jipe lunar chinês Yutu encontra camadas dentro da Lua

Análise identificou rocha basáltica cerca de 1 quilômetro de profundidade.
História geológica da Lua é mais complexa do que se imaginava.


Novidades do Yutu, jipe lunar (Foto: Glen Nagle)
Yutu, ou Jade Rabbit, é jipe lunar enviado pelos chineses à Lua (Foto: Glen Nagle)

A Lua tem uma história mais complexa do que se pensava, com pelo menos nove camadas de subsolo, mostraram resultados de um radar de penetração no solo a bordo do jipe lunar chinês Yutu, disseram cientistas nesta quinta-feira (12).
Os investigadores suspeitam que as camadas se devem a fluxos antigos de lava intercalados com camadas de solo lunar, conhecido como regolito, que é formado pela erosão de rochas e pedras.
A espaçonave chinesa Chang'e-3 pousou na Lua em dezembro de 2013 e despachou a sonda Yutu, ou "Jade Rabbit", para um estudo independente do local de pouso.
Após vasculhar 114 metros na superfície, a Yutu parou perto de uma cratera relativamente nova a sudoeste do local de pouso numa região conhecida como Mare Imbrium.
Em comparação aos locais de pouso da Apollo, da Nasa, de 1969 a 1972, e outros lugares visitados por sondas da era soviética, a área nordeste da base Imbrium é mais jovem, com estruturas subsuperficiais complexas, escreveu o pesquisador-chefe da Universidade de Geociências da China, Long Xiao, num artigo publicado na edição desta semana da revista "Science".
"Há uma história geológica mais complexa do que pensávamos", escreveram os cientistas.
Os primeiros resultados da missão sugerem que erupções de lava preencheram a bacia Imbrium pelo menos cinco vezes, formando camadas de rocha basáltica cerca de 1 quilômetro de profundidade. O radar da sonda Yutu detectou cinco camadas de lava distintas dentro dos 400 metros a partir da superfície da Lua.
"É muito provável que mais episódios de erupções vulcânicas tenham preenchido a bacia em profundidades maiores", disseram os cientistas.
Os resultados são o primeiro olhar detalhado sobre a subsuperfície da Lua.
"As missões da Apollo perfuraram o regolito até apenas 3 metros", escreveu Xiao em e-mail.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/jipe-lunar-chines-yutu-encontra-camadas-dentro-da-lua.html

Nasa testa foguete mais poderoso da história para levar missão a Marte

Propulsor de nave 'deitada' lançou gigantesca bola de fogo no deserto de Utah, nos EUA.

Foguete em teste pode chegar até Marte (Foto: Reprodução/Nasa/BBC)
Foguete em teste pode chegar até Marte (Foto: Reprodução/Nasa/BBC)

A Nasa testou no deserto do Estado americano de Utah o propulsor do maior foguete já construído no planeta.
A agência espacial não produzia há décadas um foguete com força suficiente para ir à Lua. O que está sendo testado agora poderia chegar até a Marte.
Mas a tecnologia do motor, de acordo com especialistas, existe há mais de cem anos.

Veja o vídeo.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/nasa-testa-foguete-mais-poderoso-da-historia-para-levar-missao-a-marte.html

Robô que pousou em cometa pode 'acordar' a partir desta quinta-feira

Robô, que está em região acidentada do cometa, pode receber luz solar.
Ele permanece desligado desde que ficou sem bateria em 15 de novembro.


Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia mostra o robô Philae na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko. Montada a partir de duas das seis fotos feitas pelo instrumento Çiva, a imagem mostra o módulo Philae na superfície do cometa (Foto: Reuters/ESA/Rosetta/Philae/ÇIVA)
Imagem divulgada pela Agência Espacial Europeia mostra o robô Philae na superfície do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: Reuters/ESA/Rosetta/Philae/ÇIVA)

A sonda europeia Rosetta, a bordo da qual viajava o robô Philae - que pousou em novembro no cometa 67P, onde está atualmente - ficará em alerta durante uma semana a partir desta quinta-feira (12), na esperança de receber um sinal de vida de Philae.
O robô Philae, passageiro durante mais de dez anos da sonda espacial europeia Rosetta, pousou em 12 de novembro no cometa 67P Churyumov-Gerasimenko, a mais de 510 milhões de quilômetros da Terra.
O robô reiniciou duas vezes após sua aterrissagem e caiu em uma localidade com relevo acidentado, que lhe faz sombra. Não recebe, portanto, luz suficiente para recarregar suas baterias solares e voltar a funcionar, e está em modo de "espera" desde 15 de novembro.

 Imagem tirada por câmera na sonda Rosetta mostra cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko: água encontrada no cometa é diferente de água da Terra (Foto: AP Photo/ESA)
Imagem tirada por câmera na sonda Rosetta mostra cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko (Foto: AP Photo/ESA)

Mas, em março, o cometa está mais perto do Sol e recebe mais iluminação: é por isso que a sonda Rosetta vai se mostrar particularmente atenta a qualquer sinal vindo do cometa.
"Nós ligaremos amanhã a recepção da rádio da Rosetta no canal usado pelo Philae. Num período de 8 dias, até 20 de março, nós teremos 11 janelas onde tudo coincidirá particularmente bem: a proximidade do cometa e a situação geométrica", explicou à AFP um porta-voz do Centro Europeu de Operações Espaciais, Daniel Scuka.
"Ninguém tem certeza sobre nada, mas os cientistas acreditam que [o cometa] está suficientemente perto do Sol. O Philae receberá quase duas vezes a quantidade de luz solar que recebe desde que aterrissou em novembro", informou.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/sonda-rosetta-aguarda-sinal-de-robo-philae-partir-desta-quinta-feira.html

Telescópio no Chile detalha constelação a 4 mil anos-luz da Terra

Imagem obtida pelo Observatório Europeu do Sul foi feita com 500 fotos.
Cientistas usaram o Telescópio de rastreamento VLT Survey.


O Observatório Europeu do Sul, o ESO, divulgou nesta quarta-feira (11) uma nova imagem da constelação austral do altar, que está a 4 mil anos-luz da Terra. A foto foi obtida pelo telescópio de rastreamento VLT Survey, instalado no Observatório do Paranal, no Chile.

Segundo o ESO, é a vista mais detalhada até hoje dessa parte do céu. A fotografia foi feita a partir da reunião de 500 imagens individuais.
Em comunicado divulgado no site da instituição, o ESO explica que no centro da foto é possível ver o aglomerado estelar aberto NGC 6193, que contém cerca de 30 estrelas brilhantes.

Imagem obtida pelo ESO mostra a constelação austral do altar, que está a 4 mil anos-luz da Terra.  (Foto: Divulgação/ESO)
Imagem obtida pelo ESO mostra a constelação austral do altar, que está a 4 mil anos-luz da Terra. (Foto: Divulgação/ESO)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/telescopio-no-chile-detalha-constelacao-4-mil-anos-luz-da-terra.html

terça-feira, 10 de março de 2015

Cientistas descobrem nove galáxias anãs que orbitam a Via Láctea

Objetos podem estimular avanços no estudo da matéria escura.
Descoberta foi feita por duas instituições de modo independente.


Imagens ilustram como é difícil detectar as galáxias anãs. À esquerda, uma imagem feita pela Câmera de Energia Escura do objeto DES J0335.6-5403, uma das possívels galáxias anãs descobertas; à direita, uma imagem das estrelas pertencentes a essa galáxia, com todo o resto de matéria visível apagada (Foto: Fermilab/Dark Energy Survey)
Imagens ilustram como é difícil detectar as galáxias anãs. À esquerda, uma imagem feita pela Câmera de Energia Escura do objeto DES J0335.6-5403, uma das possívels galáxias anãs descobertas; à direita, uma imagem das estrelas pertencentes a essa galáxia, com todo o resto de matéria visível apagada (Foto: Fermilab/Dark Energy Survey)

Cientistas divulgaram nesta terça-feira (10) a descoberta de nove objetos celestiais que parecem se enquadrar na rara categoria de galáxias satélites anãs, que orbitam ao redor da nossa Via Láctea.
O achado foi feito por pesquisadores de duas instituições de forma independente: um grupo do Fermi National Accelerator Laboratory, que pertence ao Departamento de Energia dos Estados Unidos, e outro da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. O anúncio foi feito de maneira conjunta em um artigo publicado na revista científica "The Astrophysical Journal".
A descoberta desses corpos pode ser crucial para se conseguir avanços em termos de conhecimento da matéria escura, a misteriosa matéria que existe entre as estrelas e galáxias do universo, mas que não pode ser observada diretamente.
"O grande conteúdo de matéria escura das galáxias satélite da Via Láctea torna esse resultado significante tanto para a astronomia quanto para a física", disse Alex Drlica Wagner, um dos líderes da pesquisa do Fermilab.
Anteriormente, pesquisadores já tinham descoberto mais de duas dúzias desses objetos, quase a metade entre 2005 e 2006. Mas, nos últimos 10 anos, a descoberta de novas galáxias anãs diminuiu muito.
As galáxias satélites são objetos que orbitam grandes galáxias. Enquanto galáxias como a Via Láctea contêm bilhões de estrelas, existem galáxias satélites com menos de 100 estrelas. Elas são um bilhão de vezes menos brilhantes e têm massas um milhão de vezes menores do que a Via Láctea.
A mais próxima das nove galáxias anãs encontradas fica a quase 100 mil anos-luz da Terra.
"A descoberta de tantos satélites em uma área tão pequena foi completamente inesperada", disse o cientista Sergey Koposov, do Instituto de Astronomia de Cambridge, autor principal do estudo. "Não conseguia acreditar nos meus olhos."

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/cientistas-descobrem-nove-galaxias-anas-que-orbitam-lactea.html

sexta-feira, 6 de março de 2015

Sonda Dawn entra em órbita do planeta anão Ceres

Depois de capturada, equipamento inicia 16 meses de exploração.
Mini-planeta tem 970 km de diâmetro; Lua tem 3.480 km de diâmetro


A sonda americana Dawn entrou nesta sexta-feira (6) em órbita de Ceres, o menor planeta anão do Sistema Solar, e se converteu assim na primeira nave automática de exploração especial que visita este corpo celeste, confirmou a agência espacial americana, Nasa.
Depois de ser capturada pela gravidade de Ceres às 9h39, hora de Brasília, a Dawn inicia 16 meses de exploração da superfície deste pequeno planeta a fim de estudar sua estrutura e reunir pistas que ajudem a entender melhor a formação do Sistema Solar.
Ceres, que recebe o nome da deusa romana da agricultura, um mini-planeta de 970 km de diâmetro, é o maior objeto no cinturão de asteroides. Para se ter uma ideia de seu tamanho, a nossa Lua tem 3.480 km de diâmetro.
Apesar disso, ele já está se provando intrigante. Fotos liberadas pela Dawn no mês passado mostram regiões brilhantes em sua superfície, incluindo dois pontos dentro de uma cratera.
Cientistas suspeitam que Ceres pode ter tido um oceano subterrâneo em períodos anteriores, que posteriormente congelou. O impacto de asteroides ou cometas pode ter exposto pedaços de gelo altamente reflexivos.

 Ceres é o menor planeta anão do Sistema Solar (Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)
Ceres é um planeta anão do Sistema Solar (Foto: Nasa/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/sonda-dawn-entra-em-orbita-do-planeta-anao-ceres.html

Nasa afirma que Oceano em Marte era tão extenso quanto o Ártico

Planeta vermelho perdeu 87% de água no espaço, segundo cientistas.
Pesquisa foi publicada na revista 'Science'.



Cientistas descobriram a existência de um oceano primitivo em Marte (Foto: Nasa/GSFC)
Cientistas descobriram a existência de um oceano primitivo em Marte (Foto: Nasa/GSFC)

Cientistas que trabalham na agência espacial americana, a Nasa descobriram que, em algum momento, existiu em Marte um oceano tão extenso quanto o Ártico. A informação foi publicada nesta quinta-feira.
Os pesquisadores também calcularam, mediante a análise da atmosfera marciana, que o planeta vermelho perdeu 87% de água no espaço.
No artigo publicado na revista especializada "Science", a equipe explica que, quando Marte ainda era úmido, havia água o bastante para cobrir completamente o planeta até uma profundidade de 137 metros.
Na realidade, provavelmente a água formava um oceano que cobria a metade do hemisfério norte do planeta, aonde atingia até 1,6 km de profundidade.
Observações detalhadas
Dada a formação geológica em Marte, não é de hoje que os cientistas consideram essa parte do planeta como a zona mais propícia para ter um oceano, que talvez tenha se estendido por 19% da superfície de Marte. Em comparação, o Atlântico ocupa 17% da Terra.
"Nosso estudo estima que havia uma alta concentração de água em Marte, ao determinar as quantidades perdidas no espaço", explica Gerónimo Villanueva, um dos autores do trabalho e pesquisador no Centro Goddard de Voos Espaciais da NASA, em Greenbelt (EUA).
A estimativa se baseia em observações muito detalhadas sobre formas levemente distintas da água: a mais familiar, formada por um átomo de oxigênio e dois de hidrógeno (H2O), e a água pesada, quando um dos dois átomos de hidrogênio é substituído por deutério.
Usando o telescópio infravermelho Keck 2, localizado no Havaí, e o poderoso telescópio europeu ESO, no Chile, os cientistas puderam fazer a distinção entre a constituição química da água nos dois casos. Comparando a proporção de água pesada na água normal, os pesquisadores conseguiram deduzir quanto de água foi perdido no espaço.

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/nasa-afirma-que-oceano-em-marte-era-tao-extenso-quanto-o-artico.html

Sonda Rosetta envia foto de sua própria sombra sobre cometa

Nave chegou a ponto mais próximo do cometa - apenas 6 km - em 14/2.
Imagem permite distinguir as propriedades da superfície do objeto.


Imagem feita a partir da sonda Rosetta mostra região do cometa Comet 67P/Churyumov-Gerasimenko; mancha escura na parte inferior da imagem é sompra de sonda (Foto:  ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)
Imagem feita a partir da sonda Rosetta mostra região do cometa Comet 67P/Churyumov-Gerasimenko; mancha escura na parte inferior da imagem é sombra de sonda (Foto: ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)
A sonda Rosetta enviou uma imagem de sua própria sombra sobre o cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, que foi captada por um de seus instrumentos no último dia 14 fevereiro, quando esteve a apenas 6 km de distância do objeto.
A foto, com resolução de 11 cm por pixel, cobre uma superfície de 228 x 228 metros do cometa e foi tirada pelo instrumento Osiris de duas câmeras, incorporado na Rosetta, cuja sombra ocupa aproximadamente uma área de 100 metros quadrados, informou nesta terça-feira (3) o Instituto Max Planck.
A nave esteve mais perto do cometa no dia 14 de fevereiro. O "encontro" ocorreu na região de Imhotep, situada no maior dos dois lóbulos do cometa. Atualmente, a Rosetta está a cerca de 80 km de distância.
A foto mostra os contrastes do terreno do cometa. Algumas partes são de superfícies fraturadas. Em outras, o terreno é liso e coberto de pó. Há áreas com cantos arredondados e tamanhos variáveis.
Durante o voo, a Rosetta não só passou perto do cometa. Por um breve espaço de tempo, o Sol, a nave e o cometa estiveram quase perfeitamente alinhados.
"As imagens tomadas desse ponto de vista têm um grande valor científico", afirmou Holger Sierks, principal investigador da Osiris, missão do Instituto Max Planck para a investigação do Sistema Solar, com sede em Munique, na Alemanha.
Por não haver sombras sobre o cometa além da própria Rosetta, é possível distinguir as propriedades de reflexão da superfície, explicou o pesquisador.
"Esse tipo de imagem é chave para o estudo do tamanho dos grãos do solo", acrescentou Sierks, explicando que na foto a sombra da Rosetta tem uma forma retangular um pouco difusa, com tamanho muito maior ao real.
Na imagem, a sombra mede cerca de 100 metros quadrados, quando na realidade, a nave tem um tamanho de 64 metros quadrados.

 Modelo do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko mostra a posição em que a imagem foi feita  (Foto: ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)
Modelo do cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko
mostra a posição em que a imagem foi feita (Foto:
ESA/Rosetta/MPS for OSIRIS Team MPS/UPD/
LAM/IAA/SSO/INTA/UPM/DASP/IDA)

Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/sonda-rosetta-envia-foto-de-sua-propria-sombra-sobre-o-cometa-67p.html

Sonda da Nasa se aproxima do planeta anão inexplorado Ceres

Sonda Dawn ficará 14 meses fazendo observações de Ceres.
Mini-planeta tem apenas 970 km de diâmetro.


 Imagem de 19 de fevereiro mostra o planeta anão Ceres feita pela sonda Dawn a uma distância de 46 mil km; pontos brilhantes intrigaram pesquisadores (Foto: AP Photo/NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)
Imagem de 19 de fevereiro mostra o planeta anão Ceres feita pela sonda Dawn a uma distância de 46 mil km; pontos brilhantes intrigaram pesquisadores (Foto: AP Photo/NASA/JPL-Caltech/UCLA/MPS/DLR/IDA)

Um satélite da Nasa vai concluir, nesta sexta-feira (6), uma jornada de 7 anos e meio para Ceres, um planeta anão inexplorado no principal cinturão de asteroides entre Marte e Júpiter, anunciaram cientistas nesta segunda-feira (2).
A sonda Dawn visitou o asteroide Vesta antes de se dirigir a Ceres, um mini-planeta de 970 km de diâmetro, que é o maior objeto no cinturão de asteroides. Para se ter uma ideia de seu tamanho, a nossa Lua tem 3.480 km de diâmetro.
A sonda movida a energia solar deve entrar em órbita ao redor de Ceres às 9h20 (horário de Brasília) de sexta-feira. No entanto, radiotelescópios da Tera não estarão em posição para captar o sinal enviado pela Dawn até algumas horas mais tarde, de acordo com fontes da Nasa.
"A aproximação vem ocorrendo sem falha alguma até o momento", disse o gerente do Projeto Dawn, Robert Mase, do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena, Califórnia.
Os cientistas estão ansiosos para dar a primeira olhada no planeta anão, formado há 4,6 bilhões de anos. "Eles são literalmente fósseis que podemos investigar para entender os processos que estavam acontecendo naquele tempo", disse a cientista Carol Raymond, também do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa.
 Robert Mase (dir.), gerente da Missão Dawn, fala em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira ao lado de Carol Raymond, cientista da Nasa (Foto:  AP hoto/Nick Ut)
Robert Mase (dir.), gerente da Missão Dawn, fala em uma coletiva de imprensa nesta segunda-feira ao lado de Carol Raymond, cientista da Nasa (Foto: AP hoto/Nick Ut)

Outra espaçonave da Nasa, a New Horizons, vai sobrevoar o planeta anão Plutão em julho. Plutão, que já foi considerado um dos planetas do sistema Solar, foi "rebaixado" para a categoria de planeta anão.
Ceres, que recebe o nome da deusa romana da agricultura, já está se provando intrigante. Fotos liberadas pela Dawn no mês passado mostram regiões brilhantes em sua superfície, incluindo dois pontos dentro de uma cratera. "Esses pontos foram extremamente surpreendentes", disse Raymond. Cientistas suspeitam que Ceres pode ter tido um oceano subterrâneo em períodos anteriores, que posteriormente congelou.
O impacto de asteroides ou cometas pode ter exposto pedaços de gelo altamente reflexivos.
O telescópio espacial europeu Herschel já havia detectado vapor d'água em Ceres. "Nas primeiras visões de Ceres, vimos muitas coisas estranhas: áreas lisas, áreas que se fraturam caoticamente e crateras de todos os tamanhos e formatos", disse Raymond. "De interesse particular estão os pontos brilhantes... que se destacam perante a superfície escura de Ceres."
Vai levar um mês para a Dawn se posicionar para conseguir 14 meses de observações de Ceres.

Fonte:  http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2015/03/sonda-da-nasa-se-aproxima-do-planeta-anao-inexplorado-ceres.html