Na semana passada, a agência espacial recuperou um fragmento de poeira lunar de apenas três milímetros --colado a um pedaço de fita adesiva transparente-- que seria leiloado em Saint Louis, no Estado do Missouri.
"Não havia muito o que se olhar, mas eu nunca estarei tão perto da Lua novamente", disse Richard Callahan, do órgão que é uma espécie de Ministério Público dos EUA.
Terra fotografada da Lua durante a missão tripulada apollo 11, a primeira a pousar no satélite natural da Terra |
No início de junho, ao tomar conhecimento do leilão do objeto, Callahan e sua equipe começaram a trabalhar para impedir a venda.
Testes preliminares no Centro Espacial Johnson, para onde o material foi levado, indicam que existe uma "alta probabilidade" de a poeira ser de fato lunar.
O resultado definitivo, porém, vai levar mais tempo.
A poeira desembarcou na Terra junto com Neil Armstrong, Buzz Aldrin e Michael Collins na Apollo 11, na primeira missão à Lua, em 1969.
Durante uma caminhada no satélite, os astronautas derrubaram uma câmera fotográfica que acabou acumulando "sujeira" no compartimento destinado ao filme.
Já na Terra, o fotógrafo responsável por revelá-lo, Terry Slezak, encontrou a poeira e colou um pouco dela em uma fita adesiva.
Quando ganhou um quadro de presente dos astronautas, ele não pensou duas vezes: colou a fita nele.
Em entrevista ao "New York Times", Slezak disse que a Nasa "nunca o questionou" sobre a fita com a poeira, nem mesmo quando ele vendeu o quadro com ela em 2001.
O item foi arrematado por um colecionador alemão que dividiu a fita original --de cerca de 2,5 cm-- em pedaços menores e os colocou à venda.
O pedaço recuperado agora foi posto a leilão pela viúva de um dos compradores dos fragmentos. Ela entregou o material voluntariamente após ser comunicada pelas autoridades.
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