quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Brasileira da Nasa visita Inpe para estreitar laços com cientistas locais

Rosaly Lopes fez apresentação em São José dos Campos (SP).
Ela trabalha há mais de 20 anos na agência espacial americana.

Rosaly durante palestra em São José dos Campos (Foto: Suellen Fernandes/G1)
Rosaly durante palestra em São José dos Campos (Foto: Suellen Fernandes/G1)

O Instituto Nacional de  Pesquisas Espaciais (Inpe), em São José dos Campos, foi palco, na tarde desta quarta-feira (19), de uma palestra da coordenadora de Ciências Planetárias do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa), a brasileira Rosaly Lopes. Essa foi a primeira visita da pesquisadora ao Brasil por meio do programa Ciência Sem Fronteiras, do governo federal.
O objetivo da visita é estreitar os laços entre pesquisadores brasileiros e estrangeiros, além de atrair profissionais renomados para atuar em setores estratégicos, como é o caso do aeroespacial. Rosaly fará visitas esporádicas ao Brasil nos próximos três anos.
Um dos pontos de discussão da atual visita da pesquisadora ao país é a possibilidade de ela intermediar o intercâmbio de estudantes entre a Agência Espacial Brasileira e a Nasa. "Programas como o Ciência Sem Fronteiras facilitam este processo. Mas eu sempre digo que o Brasil tem ampliado seus trabalhos no setor aerospacial e hoje existe trabalho aqui, na área de pesquisa, para estes profissionais", disse Rosaly.
Durante a palestra, ela, que está no Brasil desde o começo deste mês,  falou com pesquisadores e estudantes sobre as missões não tripuladas Galileo e Cassini, respectivamente a Júpiter e Saturno, das quais participou.
Carreira
Nascida em Ipanema, Rosaly trocou o Rio de Janeiro aos 18 anos pela Inglaterra, onde iniciou sua vida acadêmica ao estudar astronomia na Universidade de Londres. Lá, tornou-se especialista na exploração de vulcões interplanetários. Em 1989, ingressou na Nasa por meio de um programa de pós-doutorado. Ela é uma das poucas brasileiras que trabalha atualmente na agência.
Rosaly explicou a importância dos estudos interplanetários para o entendimento dos processos geológicos e meteorológicos na Terra. "Um exemplo são os vulcões aqui na Terra, que existem, mas em pequena variedade. Em outros planetas temos vulcões em condições diferentes das existentes aqui. Esses processos lá nos ajudam a entender o passado remoto da Terra e a testar novos modelos físicos. Os outros planetas são gigantescos laboratórios naturais", disse.
Ela acredita que o caminho para o Brasil se consolidar no setor aeroespacial, por meio de missões, são as parcerias. "As parcerias para pesquisa já existem, mas as missões custam caro e as verbas são escassas para todos os países.Por isso, um caminho é a parceria", disse.

Fonte:  http://g1.globo.com/sp/vale-do-paraiba-regiao/noticia/2012/09/brasileira-da-nasa-visita-inpe-para-estreitar-lacos-com-cientistas-locais.html

Nenhum comentário:

Postar um comentário