terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Asteroide passa perto da Terra; feito só se repetirá em 2056

A última vez que o asteroide Eros passou perto da Terra foi há 37 anos, em 1975. Nesta terça-feira, ele se aproximou do planeta novamente --por volta das 11h, e só vai repetir o feito em 2056.
O asteroide tem uma medida de cerca de 34 quilômetros de largura, o que faz com que ele seja avistável de telescópios modestos --um acontecimento raro para o histórico do Eros.
Viajando entre as constelações de Leão, Sextante e Hidra, o Eros estará a aproximadamente de 26,7 milhões de quilômetros de distância da Terra --em termos astronômicos, é perto; mas não representa perigo algum de colidir.
O 433 Eros é um asteroide do tipo S, o que significa que é composto por silicatos de magnésio e ferro.
Ele é um dos mais comuns no chamado cinturão de asteroides. Sua descoberta se deu em 13 de agosto de 1898 pelo astrônomo Carl Gustav Witt, em Berlim, e Auguste Charlois, em Nice.
Desta vez será possível ver o asteroide Eros passando perto da Terra por telescópio comum, afirmam cientistas
Desta vez será possível ver o asteroide Eros passando perto da Terra por telescópio comum, afirmam cientistas

Radiação e material ruim provocaram queda de sonda, diz Rússia

A Roscosmos (agência espacial russa) afirmou nesta terça-feira que a radiação cósmica é a causa mais provável para explicar a falha da sonda Fobos-Grunt e sugeriu que componentes de baixa qualidade que foram importados para a fabricação do equipamento eram mais vulneráveis.
O plano original era chegar até as imediações de Marte, pousar em Fobos --a maior lua do planeta vermelho-- e voltar à Terra com amostras de sua superfície.
A sonda partiu em novembro de 2010, mas não chegou nem perto do seu objetivo: ficou parada na órbita terrestre.
Dois meses depois, fragmentos do que sobraram da nave caíram no oceano Pacífico.
Em seus primeiros comentários, o diretor-geral da Roscosmos, Vladimir Popvkin, indicou que a falha em lançar a sonda poderia ter sido causada por sabotagem estrangeira.
No pronunciamento atual, Popvkin disse que duas unidades do sistema computadorizado da sonda foram danificadas pela radiação, entrando no modo de economia de energia e no de "restart" (reinício). Ainda não se sabe como isso ocorreu.
Popvkin não citou a marca dos chips que seriam de baixa qualidade.
O programa espacial russo tem sofrido uma série de erros nos últimos meses. Em agosto do ano passado, uma nave não tripulada, abastecida com material que seria enviado à ISS (Estação Espacial Internacional), caiu.
O projeto da Fobos consumiu US$ 163 milhões após mais de uma década sem lançamentos interplanetários da Rússia. A última sonda russa, de 1996, também foi destinada a Marte e fracassou.
Uma fonte da Roscosmos adiantou que o lançamento programado para 30 de março da nave tripulada Soyuz TMA-04M, com destino à ISS, pode ser adiado para o final de abril ou início de maio.

Nasa lança jogo sobre exploração espacial no Facebook

A Nasa lançou um jogo online sobre seu programa espacial, que permitirá ao usuário concorrer com outros jogadores através do Facebook, anunciou nesta segunda-feira a agência espacial americana em comunicado.
'Quem foi o primeiro americano a viajar ao espaço?' 'Quando foi lançado o primeiro foguete com combustível líquido?' 'Qual astronauta viajou em cinco naves?' são algumas das perguntas que terão que ser respondidas pelos participantes do game "Space Race Blast Off".
O jogo inclui uma série de perguntas sobre tecnologia, ciência, história da Nasa e também cultura popular. Com cada acerto os participantes acumulam pontos que podem trocar por insígnias virtuais que representam astronautas, naves e objetos celestes.
A Nasa decidiu abrir este jogo no Facebook por se tratar de uma das plataformas sociais mais populares que lhe permitirá chegar a um público mais amplo.
"Space Race Blast Off" abre a história da Nasa e a exploração espacial a uma nova audiência de pessoas acostumadas a usar os meios sociais", destacou o diretor adjunto do departamento de comunicação da Nasa, David Weaver.
Tanto os especialistas em espaço como os leigos "continuarão aprendendo coisas novas sobre como a exploração espacial segue tendo impacto em nosso mundo", detalhou Weaver.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Nasa exibe foto noturna da Europa Ocidental tirada da ISS

O site da Nasa (agência espacial americana) traz nesta segunda-feira (30) a imagem da Europa Ocidental tirada no último dia 22.
As luzes que aparecem na parte central são da iluminação urbana na Bélgica e na Holanda.
O módulo na cor azul que aparece à esquerda é parte da ISS (Estação Espacial Internacional), de onde os astronautas tiraram a foto, e à direita fica o braço mecânico Canadarm2.
Nasa divulgou uma imagem tirada no dia 22; as luzes (centro) são da iluminação na Bélgica e na Holanda
Nasa divulgou uma imagem tirada no dia 22; as luzes (centro) são da iluminação na Bélgica e na Holanda

Astrônomos estão mais perto de obter foto inédita de buraco negro

Um projeto que está agrupando imagens do centro da Via Láctea obtidas por mais de 70 telescópios ao redor do mundo estima que em 2015 terá capacidade para atingir um feito sem precedentes: observar um buraco negro.
Batizado de Event Horizon Telescope, o plano começou a ser posto em prática em 2007 ainda sem perspectiva de quando --e se-- essa meta poderia ser atingida. Foi num encontro no Arizona, na semana passada, que astrônomos se deram conta de que o objetivo não está longe.




A meta dos cientistas é fotografar o buraco negro gigante que físicos acreditam existir no centro da nossa galáxia.
O movimento da matéria superaquecida nessa região leva a crer que ela abriga um objeto desses, com uma massa de 4 milhões de vezes a do Sol. Essa matéria tumultuada no centro da galáxia, porém, é difícil de ver.
A única maneira prática para se observar o núcleo da Via Láctea, na verdade, é com telescópios que detectam ondas de rádio, em vez de luz comum.
Como elas possuem uma frequência muito menor, atravessam concentrações de matéria com mais facilidade e chegam até a periferia da galáxia, onde fica a Terra.
Um único radiotelescópio, porém, não conseguiria ver tão distante. "Seria como tentar observar uma laranja na superfície da Lua", diz Dan Marrone, da Universidade do Arizona, um dos coordenadores do projeto.
A ideia, então, é agrupar dados de 11 arranjos diferentes de radiotelescópios no Chile, na Califórnia, no Havaí, na Espanha, no México, na França e no Arizona.
Juntos, eles conseguirão ter sensibilidade suficiente para enxergar a sombra do "horizonte de eventos" do buraco negro, a região onde ele começa a engolir a luz.
"Os primeiros dados, com parte dos telescópios, sugerem que há no centro da galáxia uma estrutura menor do que pensávamos. Ainda assim, é grande o suficiente para que o projeto consiga vê-la no futuro", diz Marrone.

Estação espacial corrige órbita para evitar lixo espacial

A ISS (Estação Espacial Internacional) elevou sua órbita em 1,7 km nesta segunda-feira para evitar a colisão com um fragmento do satélite meteorológico chinês Fengyun-1C, informou o CCVE (Centro de Controle de Voos Espaciais).
Um porta-voz do centro russo, citado pela agência de notícias Interfax, disse que a manobra foi feita por motores de correção do módulo de serviço Zvezda.
A altura média da órbita da estação é de 391,6 km, acrescentou a fonte.
Os propulsores funcionaram em modo automático durante 64 segundos e aumentaram a velocidade da estação em um metro por segundo.
Após a correção de hoje, o CCVE decidiu cancelar a elevação que estava prevista para 2 de fevereiro.
A tripulação atual da ISS é composta por seis astronautas: os russos Oleg Kononenko, Antonb Shkaplerov e Anatoli Ivanishin; os americanos Donald Pettit e Daniel Burbank, e o holandês André Kuipers, da Esa (Agência Espacial Europeia).

Estação espacial corrige órbita para evitar lixo espacial

A ISS (Estação Espacial Internacional) elevou sua órbita em 1,7 km nesta segunda-feira para evitar a colisão com um fragmento do satélite meteorológico chinês Fengyun-1C, informou o CCVE (Centro de Controle de Voos Espaciais).
Um porta-voz do centro russo, citado pela agência de notícias Interfax, disse que a manobra foi feita por motores de correção do módulo de serviço Zvezda.
A altura média da órbita da estação é de 391,6 km, acrescentou a fonte.
Os propulsores funcionaram em modo automático durante 64 segundos e aumentaram a velocidade da estação em um metro por segundo.
Após a correção de hoje, o CCVE decidiu cancelar a elevação que estava prevista para 2 de fevereiro.
A tripulação atual da ISS é composta por seis astronautas: os russos Oleg Kononenko, Antonb Shkaplerov e Anatoli Ivanishin; os americanos Donald Pettit e Daniel Burbank, e o holandês André Kuipers, da Esa (Agência Espacial Europeia).

sábado, 28 de janeiro de 2012

Nave levando comida e suprimentos chega à estação espacial

A nave russa não tripulada Progress 46 chegou hoje à ISS (Estação Espacial Internacional) levando cerca de 2,7 toneladas de suprimentos.
Além de muita água, os seis astronautas a bordo (três russos, dois americanos e um holandês) também receberam comida --incluindo até frutas frescas--, combustível e alguns equipamentos para a estação.
A nave decolou na última quarta-feira do cosmódromo de Baikonour, no Cazaquistão.
A acoplagem da nave, que marca primeira missão espacial russa do ano, aconteceu a cerca de 386 km de altitude, quando a ISS passava sobre a costa do Brasil.
As naves do tipo Progress são usadas apenas uma vez. Depois de encerrada sua missão, a nave Progress é Programada para retornar à atmosfera terrestre e acaba queimada na reentrada.

sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Fotos inéditas mostram fase pioneira da exploração espacial

 Nasa (agência espacial americana) divulgou imagens inéditas do projeto Gemini (entre 1964 e 1966), que foi a segunda série de voos tripulados ao espaço.
O projeto teve início após as missões Mercury, que colocaram os primeiros astronautas americanos em órbita.
Ambas se tornaram importantes por reunir conhecimento sobre as explorações espaciais, que conduziram ao projeto Apollo, responsável pela primeira ida do homem à Lua, em 1969.
As 12 missões Gemini ajudaram a Nasa a entender os efeitos do espaço nos astronautas. Além disso, desenvolveram-se técnicas para acoplamento de veículos.
Entre as fotos, está um autorretrato inédito do lendário astronauta Buzz Aldrin durante uma caminhada lunar em novembro de 1966.

Cientista não consegue replicar a bactéria "ET" em laboratório

bactéria "ET", que causou polêmica há pouco mais de um ano, voltou ao noticiário científico atual. Em dezembro de 2010, Felisa Wolfe-Simon, do Instituto de Astrobiologia da Nasa e do Serviço Geológico dos EUA, anunciou ter encontrado uma bactéria inédita em um lago na Califórnia, que teria incorporado arsênico em seu DNA no lugar do fósforo.
O arsênico é um elemento tóxico e não deveria estar lá porque apenas seis elementos são considerados indispensáveis à química básica da vida. São eles: nitrogênio, hidrogênio, oxigênio, carbono, fósforo e enxofre.
Na época, a divulgação da descoberta causou furor não só pelo elemento tóxico. A Nasa (agência espacial americana) convocou uma conferência para jornalistas anunciando a descoberta pelo nome de bactéria "ET".
Agora um outro grupo, liderado pela canadense Rosie Redfield, tentou criar o mesmo tipo de bactéria em uma sopa contendo arsênico.
Rosie, que é da Universidade da Colúmbia Britânica, em Vancouver, afirma que não foi possível chegar aos mesmos resultados apregoados por Felisa.
Felisa, por sua vez, defendeu seu trabalho original e afirmou que continua analisando a bactéria no Laboratório Nacional Lawrence Berkeley.
Segundo Felisa, os dados de sua pesquisa continuam sendo válidos e até o próximo ano ela e seu grupo devem ter mais informações sobre a bactéria "ET".

Nave russa que dá carona a astronautas passa por problemas

Desde a aposentadoria dos ônibus espaciais americanos, em 2011, os astronautas que partem para missões na ISS (Estação Espacial Internacional) dependem da carona em foguetes de lançamento e naves russas.
A última partida foi na quarta-feira (26), mas a próxima corre o risco risco de não alavancar.
Nesta sexta-feira, uma fonte da Roscosmos (agência espacial russa) afirmou que o lançamento programado para 30 de março, com a nave tripulada Soyuz TMA-04M, pode ser adiado para o final de abril ou iníciode maio. O porta-voz da agência nega.
O motivo não foi divulgado de maneira oficial, mas estaria relacionado a problemas técnicos detectados durante os testes de segurança. Mais precisamente, uma parte do revestimento da Soyuz teria se rompido.
Na próxima missão, a 31º expedição à plataforma orbital, participarão os cosmonautas Gennady Padalka e Sergei Revin e o astronauta americano Joseph Acaba.
Em 2011, a Roscosmos enfrentou outro problema do gênero. Em agosto, uma nave de carga Progress M12-M caiu 325 segundos após deixar a base em Baikonur, na Cazaquistão.
O Progress levaria toneladas de equipamentos e alimentos para manter em funcionamento a ISS e para abastecer as necessidades básicas dos astronautas.

Nasa homenageia astronautas mortos em missões espaciais

A Nasa lembrou nesta quinta-feira (26) os astronautas mortos nas missões Apolo I e nas naves Challenguer e Columbia, assim como os funcionários que perderam a vida trabalhando na exploração espacial.
O diretor da Nasa, Charles Bolden declarou que, toda vez que os homens e mulheres da Nasa sobem em uma nave espacial, não só empreendem um caminho para realizar "grandes descobertas" e abrem a possibilidade de "ampliar os limites das realizações humanas", como também arriscam suas próprias vidas.


 

Pedra trazida pela nave espacial Apolo 11 revela novos dados sobre a Lua

A Lua pode ter tido um núcleo ígneo como o da Terra --causado por metais líquidos-- durante mais tempo do que se pensava, segundo o estudo de uma rocha lunar trazida pelos astronautas da nave Apolo 11 publicado nesta quinta-feira.
A descoberta da magnetização que permanece nas amostras de rochas coletadas pelas missões lunares Apolo e pelas observações da crosta lunar sugerem que a Lua teve um núcleo metálico e um campo magnético de dínamo.
O efeito dínamo consiste na geração espontânea de um campo magnético em um fluido condutor eletricamente neutro com o movimento de rotação.
Por exemplo, no caso da Terra, acredita-se que esse campo magnético é causado pelo movimento de convecção do ferro e níquel fundidos no seu núcleo.
Na edição desta semana da revista "Science", Erin Shea, do MIT (Instituto de Tecnologia de Massachusetts), e sua equipe revelam que uma pedra lunar trazida pela Apolo 11, em 1969, registra a evidência de dínamo na Lua há 3,7 bilhões de anos.
Há muito tempo a comunidade científica suspeitava que a Lua tivesse um campo magnético de dínamo em seu núcleo.
Estas descobertas abrem uma nova questão ao considerar que o resfriamento do interior da Lua provavelmente não foi o principal impulsionador do dínamo, como sugere a teoria atual.
Os pesquisadores precisam encontrar fontes alternativas que podem ter gerado dínamo de tamanha longevidade.
A Lua pode ter tido um núcleo ígneo como o da Terra, causado por metais líquidos; acima, a pedra coletada
 Lua pode ter tido um núcleo ígneo como o da Terra, causado por metais líquidos; acima, a pedra coletada

quinta-feira, 26 de janeiro de 2012

Nasa divulga imagem da Terra com maior definição já feita

A Nasa (Agência Espacial Americana) divulgou nesta quarta-feira (25) uma imagem da Terra com a mais alta resolução já feita: 8000 por 8000 pixels. A foto, uma nova edição da famosa “Blue Marble” (“Bola de Gude Azul" ou "Mármore Azul", em inglês), foi captada no dia 4 de janeiro pelo satélite de observação Suomi NPP e retrata a América do Norte e América Central. Segundo a Nasa, a “Blue Marble 2012” é a “mais incrível imagem em alta definição da Terra”.

Imagem da Nasa tem 8000 x 8000 pixels. (Foto: NASA/NOAA/GSFC/Suomi NPP/VIIRS/Norman Kuring)
Imagem da Nasa tem 8000 x 8000 pixels. (Foto: NASA/NOAA/GSFC/Suomi NPP/VIIRS/Norman Kuring)
A primeira imagem do tipo foi tirada em 1972 pela Apollo 17 e destaca o continente africano e a Península Arábica. Famosa até hoje, a foto é usada como plano de fundo de produtos da Apple, como iPhones e iPads.
The Blue Marble from Apollo 17

Nasa divulga imagens de tempestades solares; veja

As tempestades solares que afetam o campo magnético da Terra desde domingo (22) e que forçaram o desvio de voos comerciais que passavam pelos pólos, seguirão se intensificando, segundo especialistas.
No meio da temporada de tempestades solares mais intensa desde setembro de 2005, os cientistas afirmaram que outra labareda do astro enviará radiações à Terra ainda nesta semana.]
A Administração Nacional de Oceanos e Atmosfera (NOAA, na sigla em inglês) dos Estados Unidos indicou que seu Centro de Previsões de Clima Espacial, no Colorado, observou a erupção solar no domingo às 14h (de Brasília). A radiação começou a chegar à Terra uma hora mais tarde.

Nave russa Progress parte em direção à estação espacial

O foguete russo Soyuz-U levou a nave espacial Progress M-14M rumo à ISS (Estação Espacial Internacional) na noite de quarta-feira da base de Baikonur, no Cazaquistão.
A confirmação, citada em agências de notícias russas, é do centro de controle de vôos espaciais.
O lançamento do Soyuz ocorreu às 21h06 (horário de Brasília), com uma carga de cerca de 2,6 toneladas que é composta principalmente por água e combustível.
A chegada à ISS deve ocorrer no próximo dia 28, onde já se encontram a bordo três russos, dois americanos e um holandês.
Lançamento do foguete Soyuz, que leva a bordo a Progress M-14M com 2,6 toneladas em carga para a ISS
Lançamento do foguete Soyuz, que leva a bordo a Progress M-14M com 2,6 toneladas em carga para a ISS

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Robô Opportunity completa 8 anos de missão em Marte

O que era para ser uma missão de três meses se transformou em uma que já dura oito anos em Marte, onde o robô explorador Opportunity perdeu seu gêmeo Spirit, mas após grandes descobertas no Planeta Vermelho.
O Opportunity aterrissou na cratera marciana de Eagle no dia 25 de janeiro de 2004, três semanas após o Spirit, que aterrissou do outro lado do planeta, na busca de sinais de água.
A Eagle, uma cratera que tem o tamanho do quintal de uma casa, foi onde o veículo explorador encontrou evidências de um ambiente úmido no passado.
Embora a Nasa tenha planejado a missão originalmente para três meses, os robôs continuaram transmitindo fotografias e dados do Planta Vermelho.
Durante a maior parte dos quatro anos seguintes, o Opportunity explorou crateras cada vez maiores e mais profundas, agregando evidências de períodos úmidos e secos da mesma época que os sedimentos achados na cratera Eagle.
Em meados de 2008, os pesquisadores deram novas instruções ao robô, que tomou rumo desde a cratera Victoria, de aproximadamente 800 metros, em direção à cratera Endeavour, de 22 quilômetros, algo que para os cientistas da Nasa foi como começar uma nova missão pela riqueza de dados obtidos.
"A Endeavour é uma janela a mais no passado de Marte", assinalou John Callas, diretor do programa de Robôs Exploradores de Marte do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa, em Pasadena (Califórnia) em comunicado por ocasião do aniversário desta quarta-feira.
A viagem até Endeavour durou três anos e, para chegar até o objetivo, o Opportunity percorreu sobre o Planeta Vermelho 7,7 quilômetros durante o último ano, mais que em qualquer ano anterior, que, somados ao resto, fazem um total de 34,4 quilômetros.
Desde agosto, o Opportunity trabalha no Cabo de York, segmento da beira do Endeavour, onde teve acesso aos depósitos geológicos de um período anterior da história de Marte a qualquer dos examinados durante seus primeiros sete anos.
Os especialistas indicam que a mudança de rumo valeu a pena: "é como começar uma nova missão", disse Callas.
Em meio a esta bem-sucedida história, o Opportunity perdeu seu irmão gêmeo, cujas rodas atolaram nas areias marcianas. Apesar das tentativas da Nasa para salvá-lo, o Spirit perdeu contato com a Terra em março de 2010.
Em novembro do ano passado, a Nasa lançou a nova geração de robôs exploradores com o Curiosity, que leva em seu interior o Laboratório Científico de Marte (MSL), com dez instrumentos para buscar provas de um ambiente propício à vida microbiana, inclusive os ingredientes químicos da vida.

Rússia tem planos de mandar homem à Lua

As atenções da Rússia estão voltadas para a Lua. O país pretende mandar três missões não tripuladas ao satélite e, tempos depois, pousar na superfície lunar em uma nave tripulada. A afirmação foi feita nesta terça-feira pelo diretor-geral do consórcio aeroespacial "Lavochkin", Victor Khartov.
"Existe no mundo um renascimento do interesse pela Lua. A Rússia também tem projetos nesse sentido. Já foram escolhidos os locais para a aterrissagem das duas primeiras missões: os polos norte e sul do satélite", disse Khartov, citado pela agência "Interfax".
Segundo ele, as duas primeiras missões não tripuladas --batizadas de Luna Resurs e Luna Glob-- são a repetição dos passos que já foram dados no passado, nos tempos da então União Soviéticas. Khartov diz que as experiências adquiridas nesse período acabaram se perdendo, mas devem ser retomadas.
O projeto "Lunas-Resurs" será executado em conjunto com a Índia, que irá fornecer à missão o foguete portador e o veículo lunar que será depositado na superfície da Lua por um módulo de fabricado pela Rússia.
Já o Luna-Glob será feito exclusivamente pelos russos. O projeto prevê o lançamento e aterrissagem de um aparelho que, uma vez no terreno, recolherá amostras de pó lunar
Isso também será feito pela terceira missão, chamada de Luna-Grunt. Mas, ao contrário de sua antecessora, essa "irá trazer amostras de terra lunar de maneira seletiva", disse o cientista russo.
Assim que todas as missões não tripuladas forem concluídas, a indústria aeroespacial russa dará início aos preparativos para enviar uma nave tripulada ao satélite.
"Para isso, primeiro deve ser preparada a infraestrutura. O tempo das visitas passou", disse Khartov em alusão à missão americana de 1969, acrescentando que "é preciso se apressar e completar as funções concretas"

Tempestade solar mais forte em seis anos atinge a Terra

Em sua maior tempestade desde maio de 2005, o Sol está bombardeando a Terra com radiação e partículas carregadas, que devem chegar em grande quantidade ao planeta entre hoje e quarta-feira. Esse fenômeno, embora esperado, pode danificar sistemas de comunicação.
O alerta é da Noaa (Agência Nacional Atmosférica e Oceânica dos EUA). Diferentes satélites da Nasa já captaram a atividade.
Conhecidas como ejeções de massa coronal, essas explosões podem danificar sobretudo os satélites de comunicação que orbitam a Terra.
"Os satélites estão bem lá em cima, não têm a proteção contra as partículas e radiação que a nossa atmosfera oferece", afirma Gustavo Rojas, astrofísico da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).
O cientista explica que a radiação, que viaja na velocidade da luz, já chegou à Terra. Agora, o maior problema são as partículas, especialmente os prótons, que viajam em velocidade mais lenta em direção ao nosso planeta. São eles os principais responsáveis pelos problemas que podem vir a ocorrer.
Kathy Sullivan, vice-administradora da Noaa, afirma que voos em áreas próximas aos polos podem sofrer alterações porque a comunicação fica sujeita a falhas principalmente nesses pontos.
Apesar do risco, as chances de danos substanciais são baixas. As tempestades são classificadas em três níveis: classe C, mais fracas, M, moderadas, e X, as mais fortes. A atual é M9, no limite das mais intensas.
"Foi uma explosão importante, mas não oferece riscos. Na verdade, o Sol vem de um período de atividade baixa", diz Pierre Kaufmann, coordenador do Centro de Radioastronomia e Astrofísica da Universidade Mackenzie.
O Sol tem ciclos de atividade de 11 anos, com períodos mais intensos e outros de calmaria. O pico de atividade do ciclo atual está previsto para o ano que vem.
"As tempestades devem ficar mais fortes até lá, mas observações já indicam que esse é um ciclo particularmente calmo", diz Kaufmann.
Em 1989, uma tempestade solar causou a queda na rede elétrica no Canadá. A consequência mais comum, porém, é a intensificação dos fenômenos luminosos conhecidos como auroras austrais e boreais, que ficam visíveis mais longe dos polos.
Imagem da Nasa mostra tempestade solar na segunda-feira; radiação viaja em direção à Terra
Imagem da Nasa mostra tempestade solar na segunda-feira; radiação viaja velozmente em direção à Terra

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Astronauta passa por treinamento em piscina; veja foto

A agência de notícias Reuters divulgou nesta segunda-feira a foto do astronauta Soichi Noguchi durante um treinamento dentro de uma piscina no centro espacial Star City, perto de Moscou, na Rússia.
Os exercícios são uma prática comum para os astronautas que se preparam para missões espaciais e realizados com o traje espacial para simular situações a serem enfrentadas na microgravidade.
O astronauta Soichi Noguchi simula situações de microgravidade dentro da piscina no de treinamento russo
O astronauta Soichi Noguchi simula situações de microgravidade dentro da piscina no de treinamento russo

Europa e Ásia disputam pioneirismo em megatelescópios espaciais

A mais de 3.000 metros de altitude, no topo do Cerro Armazones, no Chile, desolação e aridez estão por todos os lados. Não há nada por perto e o local só é acessível após quase 10 km percorrendo um caminho esburacado que corta o deserto do Atacama.
Ainda assim, os olhos de quem lida com o que há de mais avançado em astronomia brilham ao falar do telescópio de 39,3 metros que o local deverá abrigar. Nem o orçamento de € 1,2 bilhão (R$ 2,7 bilhões), ainda não captado totalmente, parece desanimar seus idealizadores.
"O Extremely Large Telescope [E-ELT] vai revolucionar a astronomia. Poderemos enxergar estágios iniciais da formação do Universo", disse à Folha Tim de Zeeuw, diretor-geral do ESO (Observatório Europeu do Sul).
Do outro lado do mundo, porém, cientistas se mobilizam para deixar os europeus para trás na construção da primeira geração de telescópios extremamente grandes.
O projeto do TMT (Thirty Meter Telescope) nasceu na Universidade da Califórnia e em outras instituições privadas dos EUA. A ideia existe desde 2002, mas só voltou a tomar fôlego há pouco tempo, com a entrada de dois parceiros: China e Índia.
Astrônomos apostam que o projeto de US$ 1,2 bilhão (R$ 2,1 bi) para instalar um telescópio de 30 metros no alto do vulcão desativado Maunakea, no Havaí (EUA), tem tudo para sair do papel.
Órgãos de pesquisa do Japão e do Canadá colaboram com o projeto e, à medida que a construção avança, há muitas chances de se envolverem mais. Outros países também já sinalizaram interesse.
Em astronomia, tamanho é documento. Os espelhos gigantes desses novos telescópios permitirão observar outras galáxias e objetos distantes com precisão inédita.
"Chegamos a um ponto em que aumentar apenas uma pequena área no espelho do telescópio leva a um aumento muito representativo da capacidade e da qualidade das observações", avalia Marcos Perez, astrônomo do IAG (Instituto de astronomia) da USP.
Já segundo o diretor do ESO, é por essas e outras razões que os telescópios em solo ainda têm seu espaço.
"Os telescópios na Terra e no espaço são complementares. Nos instrumentos por aqui, nós podemos ir até o aparelho e consertá-lo se houver algum problema, além de ir modernizando os instrumentos periodicamente", afirma De Zeeuw.
A rivalidade entre os grupos é evidente, mas eles dizem que a competição é saudável e não descartam trabalhar em conjunto.
ENTRAVES
Apesar da confiança das agências responsáveis, a construção dos megatelescópios esbarra em entraves.
No E-ELT, um dos problemas é a demora do Brasil em enviar ao Congresso a proposta de ratificação do acordo que torna o país membro do Observatório Europeu do Sul.
Já a instalação do telescópio no Havaí foi considerada um sacrilégio a uma região sagrada. Existe um movimento para impedir que o observatório seja erguido no local escolhido.

sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

Vídeo mostra tempestade sobre a África e a Via Láctea

Os astronautas da expedição de número 30 que se encontram a bordo da ISS (Estação Espacial Internacional) são os autores do vídeo divulgado pela Nasa na terça-feira (17).
A câmera registrou tempestades sobre regiões sobre a parte central da África, o sudeste do Níger, o oceano Índico e a ilha de Madagáscar.
Conforme o filme avança, surgem luzes formadas durante tempestade sobre a Terra.
A faixa branca e brilhante que aparece bem no fim da gravação, datada de 29 de dezembro de 2011, é da Via Láctea.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Britânico descobre planeta ao participar de programa na TV

Um espectador do programa "Stargazing Live", da emissora BBC, afirma ter encontrado um novo planeta com o tamanho aproximado de Netuno e condições de temperatura e ambiente similares às de Mercúrio. A descoberta agora precisa ser confirmada pelos cientistas.
O astro orbita a estrela SPH10066540 e seria cerca de quatro vezes maior que a Terra.
O britânico Chris Holmes descobriu o novo planeta ao atender ao pedido do programa para que seus espectadores utilizassem dados coletados pelo telescópio espacial Kepler, da Nasa, com informações relativas a possíveis novos planetas.
"Tinha um interesse vago sobre onde as coisas se situam nos céus, mas não passava muito disso'', disse o astrônomo amador, que nunca teve um telescópio.
Holmes encontrou o astro ao analisar imagens de estrelas no site Planethunters, uma colaboração entre a Universidade de Yale e o projeto científico realizado por amadores Zoouniverse.
CANDIDATO
De acordo com o cientista Chris Lintott, da Universidade de Oxford e um dos organizadores do Planethunters, são necessários mais testes para se certificar plenamente de que a nova descoberta é de fato um planeta. Ele acrescenta, porém, que tudo o leva a crer que sim.
"Se comprovada, esta será a nossa quinta descoberta desde que o projeto teve início e a primeira feita por um britânico'', contou.
O telescópio Kepler, em atividade desde 2009, vem promovendo buscas em uma parte do espaço que muitos acreditam ser similar ao nosso Sistema Solar.

Telespectador de programa de TV usou dados do telescópio Kepler para encontrar o que seria um novo planeta
Telespectador de programa de TV usou dados do telescópio Kepler para encontrar o que seria um novo planeta

ESO fotografa a nebulosa da Hélice em novas cores e detalhes

O ESO (Observatório Europeu do Sul) divulgou nesta quinta-feira a mais recente foto da nebulosa da Hélice feita pelo telescópio Vista.
A imagem exibe filamentos de gás frio, que não apareceriam a olho nu. As estrelas e as galáxias ao fundo também ficam mais visíveis.
A nebulosa da Hélice situa-se na constelação de Aquário, a cerca de 700 anos-luz de distância. Ela se formou quando uma estrela como o Sol se encontrava na fase final da sua vida.
Incapaz de manter as camadas exteriores, a estrela libertou lentamente gases que formaram a nebulosa. Agora, ela está em um processo de se tornar uma anã branca
A nebulosa é um objeto complexo composto de poeira, material ionizado e gás molecular, dispostos num belo e intricado padrão, que brilha intensamente devido à radiação ultravioleta emitida pela estrela quente central.
O anel principal da Hélice tem aproximadamente dois anos-luz de diâmetro, o que corresponde a cerca de metade da distância entre o Sol e a estrela mais próxima.
Embora difícil de observar a olho nu, o brilho emitido pelo gás da nebulosa, que se expande em camadas finas tênues, é facilmente captado pelos detectores especiais do Vista, os quais são muito sensíveis à radiação infravermelha.
Os filamentos que aparecem do centro para fora da nebulosa são formados por hidrogênio molecular, conhecidos como "nós cometários" e cuja formação ainda é desconhecida.
As imagens mostram as diferenças de detalhes da nebulosa da Hélice quando fotografada pelo Vista (à esq.)
As imagens mostram as diferenças de detalhes da nebulosa da Hélice quando fotografada pelo Vista (à esq.)

Kodak registrou chegada do homem na Lua; veja história

George Eastman, que deixou a escola em Nova York, fundou a Kodak em 1880 e começou a fazer chapas fotográficas. Para levar o negócio adiante, comprou um equipamento de segunda mão por US$ 125.
Oito anos depois, a companhia registrou a marca Kodak e lançou a câmera de mão e os filmes de rolo, tornando-se a maior fabricante desses produtos, com o slogan "você aperta o botão, nós fazemos o resto".
Eastman também lançou o pagamento de bônus aos empregados com base nos resultados.
Quase um século após a fundação, o astronauta Neil Armstrong usou uma câmera Kodak do tamanho de uma caixa de sapato quando se tornou o primeiro homem a pisar na Lua, em 1969.
Seis anos depois da viagem de Armstrong, a Kodak inventou a câmera digital. Do tamanho de uma torradeira, a máquina era muito grande para fotógrafos amadores, cujos bolsos agora levam aparelhos de concorrentes como Canon, Casio e Nikon.
Mas, em vez de desenvolver a câmera digital, a Kodak a deixou de lado e passou anos vendo as rivais conquistando o mercado que nunca mais passaria a ter de volta. A empresa chegou a a ter cerca de 145 mil funcionários no pico de suas atividades.
Em 1994, a Kodak separou a divisão de produtos químicos, a Eastman Chemical, que se mostrou mais bem-sucedida.
A queda final da Kodak diante dos olhos dos investidores começou em setembro, quando a empresa sacou de maneira inesperada US$ 160 milhões de uma linha de crédito, levantando preocupações sobre falta de dinheiro.

quarta-feira, 18 de janeiro de 2012

Governo brasileiro diz que projeto com o ESO parou por falta de verba

O MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação) afirmou em nota que a entrada do Brasil no ESO ((Observatório Europeu do Sul) foi reavaliado por causa de "ajustes orçamentários" e que a tramitação ainda depende de aprovação do Congresso. O governo afirma, no entanto, que deseja que o Brasil participe do ESO.
Em entrevista à Folha, o diretor-geral do ESO, Tim de Zeeuw, disse que a construção do maior e mais avançado telescópio espacial do mundo está atrasada por causa do Brasil.
O acordo para a convenção que estabelece a Organização Europeia para a Pesquisa Astronômica no Hemisfério Austral foi assinado pelo ex-ministro Sérgio Rezende, em 29 de dezembro de 2010.
Isso aconteceu poucos dias antes de Rezende deixar o ministério para a entrada de Aloizio Mercadante.
"O MCTI acatou o desejo de parte da comunidade científica brasileira de participar de todo o programa do ESO, incluindo o E-ELT".
O problema é que o ministério não deu continuidade às tramitações do acordo internacional no governo por causa de "ajustes orçamentários realizados pelo governo em 2011 e do atual cenário econômico internacional".
Em 2011, o MCTI perdeu 23% do seu orçamento, em comparação ao ano anterior.
"O projeto foi reavaliado e está em fase final de conclusão para ser enviado ao Congresso Nacional", diz a nota.
O MCTI ressalta que a entrada do Brasil no consórcio deverá custar cerca de € 250 milhões, "um volume elevado de investimentos para o orçamento e as demandas de ciência e tecnologia".
O ESO afirma que esse valor corresponde à entrada do país no programa e à manutenção da "anuidade" pela participação do Brasil. Isso seria pago em dez anos.
O ministério afirmou ainda que deseja que o Brasil "participe de todo o programa da ESO e dedicará todos os esforços para isso".
À Folha, a assessoria de imprensa da pasta disse que o ministério está aberto para conversar com a diretoria do ESO sobre as tramitações.

Astronauta faz treino de sobrevivência para retorno à Terra

Os instrumentos das agências espaciais russa, americana e europeia são capazes de estabelecer a provável área onde um módulo ou nave vai pousar ao retornar de uma missão.
As interferências do ambiente, porém, podem igualmente mudar o curso da queda.
Para situações como essas, onde o socorro pode levar mais tempo do que o esperado, os astronautas fazem exercícios de sobrevivência em área inóspita.
O treinamento que dura dois dias é realizado nas imediações do centro espacial Star City, perto de Moscou.
A astronauta italiana Samantha Cristoforetti faz exercícios de sobrevivência em uma cápsula espacial
A astronauta italiana Samantha Cristoforetti faz exercícios de sobrevivência em uma cápsula espacial

O treinamento prepara a astronauta no caso de a cápsula de retorno à Terra pousar longe do local programado
O treinamento prepara a astronauta no caso de a cápsula de retorno à Terra pousar longe do local programado

EUA e União Europeia pretendem criar 'código de conduta' espacial

Os EUA anunciaram na terça-feira (17) que vão redigir com a UE (União Europeia) e outros países um Código Internacional de Conduta nas Atividades do Espaço Exterior. O documento pode servir como base para uma futura normativa para a vida fora da Terra.
"Um código de conduta ajudará a manter a sustentabilidade, a segurança e a estabilidade do espaço, ao estabelecer uma orientação para o uso responsável do mesmo", indicou a secretária de Estado americana, Hillary Clinton.
Hillary assegurou que o documento é necessário para proteger o entorno espacial do "grave risco que representam o lixo espacial e os agentes irresponsáveis".
"Os sistemas espaciais permitem o livre movimento das informações através de plataformas que abrem nossos mercados globais, melhoram a previsão meteorológica e a supervisão ambiental e permitem a navegação e o transporte globais", disse a secretária de Estado.
Os EUA não aceitarão, porém, "nenhum código de conduta que de qualquer modo limite suas atividades espaciais relacionadas com a segurança nacional ou sua capacidade de proteger o país e seus aliados", advertiu Hillary.
"No entanto, estamos preparados para trabalharmos juntos a fim de reverter as preocupantes tendências que estão prejudicando nosso entorno espacial, e para preservar os ilimitados benefícios e a promessa do espaço para as futuras gerações", acrescentou.
O código de conduta inscreve-se na Estratégia de Segurança Nacional do Espaço (NSSS, na sigla em inglês) que o Pentágono apresentou no início de 2011 e cujo objetivo é garantir a supervisão das atividades militares e de inteligência, obstruída em algumas ocasiões pelo lixo espacial que interfere nas radiofrequências.

Brasil é acusado de atrasar construção de megatelescópio

A construção do maior e mais avançado telescópio espacial do mundo, em solo chileno, está atrasada por causa do Brasil.
A afirmação é de Tim de Zeeuw, diretor-geral do ESO (Observatório Europeu do Sul), o conjunto de instrumentos de observação em solo que mais produz publicações científicas no planeta.
"Fizemos várias tentativas de falar com o ministro da Ciência e Tecnologia [Aloizio Mercadante], mas nunca obtivemos qualquer resposta. Só silêncio", disse de Zeeuw em um encontro com jornalistas brasileiros no Chile.



Em dezembro de 2010, o Brasil assinou um compromisso de adesão ao ESO. O país seria o 15º membro do observatório, o único não europeu.
Para formalizar o acordo, porém, o texto precisa passar pelo Congresso e pelo Ministério das Relações Exteriores. O responsável por enviar esse material para a votação é o titular da pasta de Ciência e de Tecnologia, mas isso não aconteceu.
Ao tornar-se membro do ESO, o Brasil tem amplo acesso às avançadas instalações do grupo. A contrapartida é o pagamento de uma anuidade.
Os cientistas brasileiros, porém, já receberam o direito de usar o observatório, como se o país fosse membro pleno. A bandeira do Brasil figura no site e em todo o material oficial do ESO.
Pelas negociações iniciais, o acordo deveria ter sido enviado para o Congresso até dezembro do ano passado. As contribuições financeiras deveriam ter começado em 2012.
A indefinição já começa a ameaçar os projetos que dependem da participação brasileira, sobretudo a construção do E-ELT (European Extremaly Large Telescope), um gigante de 40 metros no deserto do Atacama, no Chile.
"Sem a definição do Brasil, o ESO não tem como começar os contratos de construção. Essa demora é algo que me surpreende muito, especialmente com as condições que foram oferecidas ao país", disse de Zeew.
Essa não é a primeira vez que o país atrasa seus compromissos na área espacial.
O Brasil prometeu à Nasa e a outras agências, em 1997, que daria US$ 100 milhões para a construção da ISS (Estação Espacial Internacional), além de fabricar peças.
O país nunca entregou os componentes e pagou só US$ 10 milhões do prometido. Acabou afastado do projeto. O diretor do ESO afirma que, se até o meio do ano a questão não for resolvida, o país pode ser substituído por Rússia, Israel ou Austrália, que têm interesse no projeto.

Fragmentos de meteorito marciano são encontrados no Marrocos

Uma equipe internacional de cientistas confirmou nesta terça-feira que procedem de Marte os fragmentos de um meteorito que foi visto caindo como uma bola de fogo no Marrocos em julho de 2011.
A Sociedade Internacional de Meteorítica e Ciência Planetária publicou em seu boletim os detalhes deste meteorito, batizado de Tissint e o maior que já chegou à Terra.
Trata-se de sete quilos de material rochoso em pedaços que vão desde um grama a quase um quilo, segundo explicou à Agência Efe Edward Scott, presidente da associação que agrupa 950 cientistas, incluindo vários funcionários da Nasa.
Os meteoritos são objetos compostos de rocha e metal que às vezes se desprendem dos diversos corpos do sistema solar e após viajarem pelo espaço caem nas superfícies da Terra, da Lua ou de qualquer outro corpo celeste.
A maioria dos meteoritos não é vista caindo, mas acaba encontrada algum tempo depois e é submetida então a uma série de testes para determinar sua procedência.
Daí a importância do Tissint, que caiu em julho e cujos restos começaram a ser recuperados em outubro, antes que o contato com a Terra começasse a afetá-lo.
Estes fragmentos rochosos são fundamentais para ajudar os cientistas em seu estudo para determinar a composição de Marte e saber se já houve vida no planeta, como explicou à Efe a professora Lydia Hallis, do Instituto de Geofísica e Planetologia da Universidade do Havaí.
"Da química desses produtos podemos obter mais informações sobre o ambiente marciano ao longo do tempo, desvendando, por exemplo, se era comum que a água ficasse na superfície e, potencialmente, descobrir se em algum momento Marte foi apto a ter vida", indicou.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

ESA mostra 'incubadoras' de estrelas da nebulosa da Águia

Uma imagem da nebulosa da Águia, tirada pelo telescópio americano Hubble, se tornou famosa em 1995. Mostrava o nascimento de estrelas em "incubadoras" que lembram a "pilares" formados por gás hidrogênio e poeira estelar --também conhecidos como "Pilares da Criação".
Agora, dois telescópios europeus obtiveram um outro registro mais detalhado que exibe o interior dessas estruturas.
Na foto, divulgada nesta terça-feira pela ESA (Agência Espacial Europeia), é possível identificar dezenas de pontos brilhantes, que correspondem a estrelas jovens em formação.
Interior dos chamados "Pilares da Criação"; pontos brilhantes que são, na verdade, estrelas jovens em formação
Interior dos chamados "Pilares da Criação"; pontos brilhantes que são, na verdade, estrelas jovens em formação

Imagem de um dos "Pilares da Criação", a estruturas da nebulosa da Águia onde as estrelas são formadas
Imagem de um dos "Pilares da Criação", a estruturas da nebulosa da Águia onde as estrelas são formadas

Cientistas listam quatro descobertas recentes sobre o Universo

A verdadeira cor da Via Láctea, exoplanetas, um observatório voador e a matéria escura estão entre as últimas descobertas da astronomia.
No último congresso da Sociedade Astronômica Americana, realizado em Austin, nos Estados Unidos, de 8 a 12 de janeiro, especialistas de todo o mundo apresentaram os últimos desenvolvimentos no estudo do Cosmos.
O exoplaneta Gliese 581g (em primeiro plano) é considerado o mais parecido com a Terra
O exoplaneta Gliese 581g (em primeiro plano) é considerado o mais parecido com a Terra
Embora não se conheça vida fora da Terra, para os especialistas estamos iniciando uma nova era no que diz respeito ao nosso conhecimento sobre outros planetas.
"O telescópio Kepler e as microlentes gravitacionais estão abrindo uma espécie de nova era para a descoberta dos planetas", diz James Palmer, especialista em ciência da BBC.
Mais planetas são revelados e novas formas de observação e ferramentas acrescentam dados que ajudam a esclarecer, aos poucos, alguns mistérios do espaço. Veja alguns deles:
A COR DA VIA LÁCTEA
A aparência branca da Via Láctea vista da Terra é, na verdade, resultado de um jogo de luz.
"Para os astrônomos, um dos parâmetros mais importantes é a cor das galáxias. Isso nos indica a idade das estrelas", diz Jeffrey Newman, da Universidade de Pittsburgh
Uma comparação entre várias galáxias também teve um resultado pouco surpreendente: a cor é de fato branca.
A novidade, no entanto, refere-se à tonalidade específica.
Trata-se do branco da neve da primavera logo depois do amanhecer ou antes do entardecer, segundo os pesquisadores, o que poderá trazer informações sobre a idade da Via Láctea.
Até então, um problema recorrente para detectar a tonalidade era a poeira espacial que interfere nos observatórios instalados na terra.
Os pesquisadores reuniram, então, informações de milhões de galáxias similares à Via Láctea. A partir de um modelo especificamente elaborado para o estudo, foi feita uma média de cor, cujo resultado foi o branco da neve.
Com o resultado, será possível avançar no estudo sobre a origem da Via Láctea, que já tem várias estrelas em fase de decadência, diz o professor.
ESTRELAS E PLANETAS
Usando uma microlente gravitacional, a equipe de cientistas encontrou uma série de exoplanetas (estão fora do Sistema Solar) girando em torno de outras estrelas. A descoberta indica a existência de milhões de outros planetas, apenas na Via Láctea.
O método que permitiu a descoberta consiste em usar a gravidade de uma estrela grande para amplificar a luz de estrelas ainda mais distantes e com planetas ao seu redor.
Os astrônomos usam uma série de telescópios relativamente pequenos, conectados em rede, e através destes observam o raro evento de uma estrela passando diante da outra, como se vê da Terra.
A equipe de cientistas usou recentemente esse sistema para observar planetas e ainda, que o número de descobertas tenha sido relativamente pequeno, pode-se chegar a uma estimativa de quantos podem existir na galáxia.
Embora o telescópio Kepler seja a principal ferramenta para descobrir novos exoplanetas nos últimos anos, as microlentes são melhores para localizar planetas de todos os tamanhos e em diferentes distâncias.
"Apenas nos últimos 15 anos fomos de nenhum planeta conhecidos além do Sistema Solar aos 700 que temos hoje", diz Martin Dominik, da Universidade de Saint Andrews, no Reino Unido.
OBSERVATÓRIO EM AVIÃO
O congresso também mostrou dados captados por um telescópio bastante incomum, cuja particularidade é estar instalado na carcaça de um avião 747.
O grande feito do Sofia (Observatório Estratosférico para Astronomia Infravermelha) foi captar imagens do que parece ser uma estrela em formação.
"Esta parte da Nebulosa de Órion tem sido observada por décadas. É o mais próximo da formação de uma estrela na galáxia, o que nos dá a melhor medida de como as estrelas se formam", explica o professor James De Buizer, da USRA (Universities Space Research Association).
Com 15 toneladas, o telescópio é montado em um suporte giratório para que possa permanecer com suas lentes fixas nas estrelas.
Ele foi projetado especialmente para analisar o Cosmos na porção infravermelha do espectro eletromagnético, uma vez que os telescópios instalados na Terra não conseguem enxergar essa parte porque o vapor-d'água na atmosfera absorve essa luz infravermelha.
MATÉRIA ESCURA
No congresso, uma equipe franco-canadense apresentou as maiores imagens já vistas da chamada matéria escura, a misteriosa substância que compõe 85% do Universo.
As imagens cobrem um espaço cem vezes maior que aquele até então captado pelo telescópio Hubble e são compatíveis com as teorias em voga até então.
Na nova imagem, os aglomerados de matéria escura podem ser vistos circundando as galáxias, conectados por filamentos soltos de matéria escura.
A professora Catherine Heymans, da Universidade de Edimburgo, explica: "As teorias da matéria escura indicavam que ela formaria uma intrincada e gigante rede cósmica."
É exatamente o que vemos nesses dados, uma rede cósmica abrigando as galáxias", diz.
A matéria escura não emite nenhum tipo de radiação eletromagnética e por isso não pode ser observada, sozinha, por telescópios. Ela pode, no entanto, ser detectada por meio de um estudo de como a luz é refletida por elementos que ficam à sua volta.
As quatro imagens foram feitas em diferentes estações do ano, cada uma capturando uma parcela do céu que, vista da Terra, é tão grande como a palma de uma mão.
Essas descobertas constituem um grande salto adiante no entendimento da matéria escura e da forma como ela afeta o jeito que vemos a matéria normal nas distintas galáxias pela noite.
Juntas, as imagens mostram mais de 10 milhões de galáxias, cuja luz traz indícios da estrutura mais ampla da matéria escura.
A professora Catherine Heymans, da Universidade de Edimburgo, explica que "a luz de uma galáxia distante que chega até nós é curva, por causa da gravidade da massa da matéria que se encontra no meio" do caminho.
"A Teoria da Relatividade de Einstein nos diz que a massa altera o espaço e o tempo, então quando a luz chega até nós, vinda do Universo, caso cruze a matéria escura, essa luz torna-se curva e a imagem que vemos é distorcida", explica a professora.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Fragmentos de sonda russa caem no oceano Pacífico

Fragmentos da sonda russa Fobos-Grunt, que fracassou em sua missão a Marte, caíram neste domingo no oceano Pacífico, às 17h45 (15h45 no horário de Brasília), informou a imprensa russa citando uma fonte do ministério da Defesa.
"Segundo nossos cálculos (...), a queda dos fragmentos da nave Fobos-Grunt ocorreu às 21h45 hora de Moscou (15h45 Brasília) no oceano Pacífico", declarou o coronel Alexei Zolotujin, citado pela agência Interfax.
A queda da sonda foi precedida por uma série de informações contraditórias por parte da agência espacial russa Roscosmos, que primeiro previu o impacto no Oceano Índico, depois em Madagascar, em seguida no Atlântico, Argentina e finalmente na costa chilena, no Pacífico.
Os escombros da nave espacial foram estimados em cerca de 14 toneladas, que incluem 11 toneladas de combustível de foguete tóxico.
PRESA NA ÓRBITA
A sonda de US$ 165 milhões, projetada para recuperar amostras de solo da lua marciana Fobos, seria a primeira missão bem-sucedida interplanetária da Rússia em mais de duas décadas. Mas durante o lançamento com problemas em 8 de novembro, a sonda ficou presa em órbita, e desde então, vem aos poucos perdendo altitude, devido à atração gravitacional.
Especialistas dizem que a queda de lixo espacial traz pequenos riscos.
Um dos componentes que pode ser conservado com a queda é uma cápsula projetada especificamente para um pouso de volta na Terra em 2014, segundo informou o cientista Alexander Zakharov. "Essa é a cápsula que foi feita para trazer de volta amostras de Fobos. É decepcionante", disse Zakharov.
Fobos-Grunt foi um dos cinco lançamentos russos com problemas no ano passado, que marcou comemorações do 50º aniversário do pioneiro Yuri Gagarin, que fez o primeiro voo espacial.
Em uma aparente tentativa de eximir-se de culpa, o chefe a agência espacial da Rússia insinuou haver uma sabotagem estrangeira na missão.
"Eu não quero culpar ninguém, mas existem meios muito poderosos para interferir com a nave espacial de hoje, cuja utilização não pode ser descartada", disse Vladimir Popovkin ao jornal Izvestia.
De acordo com uma convenção da ONU, a Rússia poderá ser obrigada a pagar indenização pelos danos causados por escombros em queda.
Em 1981, a União Soviética pagou US$ 3 milhões ao Canadá para a limpeza de detritos radioativos.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Lixo espacial obriga correção de órbita da estação espacial

Um fragmento do satélite americano Iridium-33 --em outras palavras, um lixo espacial-- obrigou a tripulação a corrigir a órbita da ISS (Estação Espacial Internacional) nesta sexta-feira para evitar uma colisão. A informação é do CCVE (Centro de Controle de Voos Espaciais) russo.
Para a manobra, seriam usados propulsores da ISS durante 54 segundos, elevando a altura média da estação em 1,5 quilômetro, explicou o centro em um comunicado.
Os destroços do Iridium-33 estão flutuando na órbita terrestre desde 10 de fevereiro de 2009, após um choque com o já abandonado satélite militar russo Kosmos-2251. Os dois aparatos se partiram em mais de mil estilhaços, segundo cálculo da Nasa (agência espacial americana).
A tripulação atual da ISS é composta por seis astronautas: os russos Oleg Kononenko, Anton Shkaplerov e Anatoli Ivanishin; os americanos Donald Pettit e Daniel Burbank, e o holandês André Kuipers, da ESA (Agência Espacial Europeia).

Destroços de sonda deve cair na Terra entre domingo e segunda

A agência espacial russa, a Roscosmos, prevê que a queda da sonda Fobos-Grunt aconteça entre domingo (15) e segunda-feira (16). Ainda não se sabe o local exato onde os destroços vão aportar.
Pelos planos originais, a Fobos-Grunt iria até as imediações de Marte, pousaria na maior de suas duas luas, Fobos, e voltaria com amostras de sua superfície. Mas não foi o que ocorreu. A nave ficou parada na estratosfera terrestre e está lá desde novembro de 2011, mês do lançamento.
De acordo como a Roscosmos, a trajetória da sonda de US$ 165 milhões pode sofrer alterações.
O chefe da agência, Vladimir Popovkin, insinuou em entrevista publicada na terça-feira pelo jornal "Izvestia" que a missão foi sabotada por estrangeiros ao passar fora do alcance dos radares russos.
"Não está claro por que falhas frequentes das nossas naves ocorrem quando elas estão voando no que para a Rússia é o lado oculto da Terra. Não quero culpar ninguém, mas há meios muito poderosos de interferir com naves espaciais hoje em dia, cujo uso não pode ser descartado."
Popovkin não entrou em detalhes e a porta-voz se recusou a prestar esclarecimentos depois do comentário.
Os russos esperam que, cheio de combustível inflamável, o tanque sofra uma explosão com o calor do atrito com a atmosfera, impedindo que grandes pedaços da sonda --com suas 14,5 toneladas-- cheguem ao chão. Segundo os especialistas, devem atingir o solo até 30 pedaços, somando 200 kg.
O mais provável é que o local da queda seja o oceano Atlântico ou o continente africano. Mas a chance de machucar alguém é remotíssima. Outros casos de reentrada de lixo espacial já causaram apreensão pelo risco, ainda que muito baixo, de que alguém fosse atingido.
Em 23 de dezembro, pequenos pedaços de um satélite de comunicações russo caiu em cidades siberianas depois de um lançamento fracassado, atingindo inclusive o telhado de uma casa.
Em agosto, destroços de uma missão que levaria suprimentos à ISS (Estação Espacial Internacional) caíram em um bosque do sul da Sibéria.

Nasa manobra jipe que está a caminho de Marte

A Nasa (agência espacial americana) fez nesta quinta-feira uma grande e delicada manobra para colocar o jipe Curiosity no caminho certo para uma cratera de Marte, onde ele deverá pousar em agosto.
Maior explorador já enviado ao planeta vermelho, o artefato pesa aproximadamente quatro toneladas.
Para conseguir girá-lo e colocá-lo precisamente no caminho certo, os cientistas dos EUA levaram quase três horas.
Essa foi a maior e mais importante alteração na rota do jipe em sua viagem de quase 600 milhões de quilômetros até Marte.
O CURIOSITY
Lançado no fim de novembro, o jipe --cujo nome inteiro é Mars Science Laboratory Curiosity-- decolou num foguete Atlas 5 para uma viagem de cerca de nove meses até a superfície marciana.
Em 2004, dois jipes-robôs menores, o Spirit e o Opportunity, pousaram em pontos opostos do planeta para procurar água. Deveriam funcionar por três meses, mas a missão acabou durando vários anos.
O Spirit sucumbiu no ano retrasado, devido ao rigoroso inverno local, e o Opportunity agora começou a explorar uma nova área, com argilas formadas por água. Ambas as sondas descobriram sinais de que a água teria se misturado às rochas de Marte no passado.
O novo jipe-robô buscará elementos essenciais para a vida, especialmente as substâncias orgânicas. O equipamento foi projetado para durar dois anos.
Ele trabalhará em um local particularmente "sedutor" do planeta, a cratera Gale. Dentro dela há uma montanha com depósitos em camadas, erguendo-se a 4.800 metros --o dobro da altura das camadas que formam o Grand Canyon, nos EUA.
Os cientistas não sabem como o morro se formou, mas suspeitam que ele resulte da erosão de sedimentos que, no passado, preenchiam completamente a cratera.

Planeta como o de 'Guerra nas Estrelas' pode ser comum, diz estudo

Quando George Lucas instalou Luke Skywalker --protagonista do seu "Guerra nas Estrelas" -- em um planeta que orbitava dois sóis, esse tipo de mundo parecia confinado à ficção. Mais de 30 anos depois, cientistas já provaram que planetas assim são reais e, agora, propõem que eles sejam até comuns.
O telescópio espacial Kepler, da Nasa (agência espacial dos EUA), descobriu dois novos planetas que, como o ficcional Tatooine, orbitam duas estrelas. E eles nem ficam em uma galáxia muito distante.
Batizados de Kepler-34b e Kepler-35b, ambos estão bem aqui, na nossa Via Láctea, na constelação de Cisne.
Os dois são gigantes gasosos (mais ou menos do tamanho de Saturno).
O Kepler-34b orbita suas duas estrelas a cada 289 dias. As estrelas, por sua vez, orbitam uma a outra a cada 28 dias. Já o Kepler-35b orbita uma dupla de estrelas um pouco menor que o nosso Sol a cada 131 dias, elas orbitam uma a outra a cada 21 dias.
Em setembro de 2011, também usando o Kepler, astrônomos descobriram o primeiro planeta do tipo, batizado de Kepler-16b.
Embora o número total de planetas desse tipo conhecidos seja de apenas três, os cientistas já propõem que, dada as características de seus sistemas, eles podem ser muito comuns no Universo. Com milhares de outros existindo por aí.
Alguns, inclusive, na chamada zona habitável --região onde a temperatura permite a existência de água líquida. Os dois novos planetas, porém, são provavelmente quentes demais para isso.
Planetas que orbitam duas estrelas têm uma grande variação na quantidade de energia recebida, o que pode levar a grandes mudanças climáticas na superfície.
"Seria como circular por todas as quatro estações várias vezes por ano, o que provoca variações enormes de temperatura", explicou nesta quarta-feira William Welsh, da Universidade Estadual de San Diego, na apresentação da descoberta na reunião da Sociedade Astronômica Americana, no Texas.

O Kepler-35b orbita uma dupla de estrelas um pouco menor que o nosso Sol; veja outros exoplanetas

Foto exibe aneis de Saturno e luas que orbitam o planeta

 sonda Cassini, que tem como missão documentar informações sobre Saturno, fotografou o planeta de um ângulo a partir de onde é possível ver duas de suas luas --são mais de 60-- "cortadas" pelos seus famosos aneis.
Os aneis de Saturno e as luas Titã (esq.) e Tetis (dir.) foram fotografadas pela sonda americana Cassini
Os aneis de Saturno e as luas Titã (esq.) e Tetis (dir.) foram fotografadas pela sonda americana Cassini

À esquerda aparece Titã, a maior delas, acompanhada de Tetis. A foto é de 7 de dezembro de 2010, mas foi divulgada nesta terça-feira pela Nasa (agência espacial americana).
A distância que separa a sonda de Titã é de 3,1 milhões de quilômetros. Já Tetis está a 2,2 milhões de quilômetros.

Astrônomos apelidam aglomerado de galáxias de 'El Gordo'

Um aglomerado de galáxias recentemente descoberto ganhou o apelido de "El Gordo" ("O Gordo", como referência a seu tamanho), anunciou a ESA (Agência Espacial Europeia) nesta terça-feira.
Composto por duas galáxias menores que se colidem a uma velocidade de milhões de quilômetros por hora, está tão distante da Terra que a sua luz teve de viajar 7 bilhões de anos até chegar aqui.
"Este grupo tem mais massa, é mais quente e emite mais raios X que qualquer outro encontrado a essa distância ou a distâncias ainda maiores", comentou Felipe Menanteau da Universidade Rutgers, que liderou este estudo.
Os aglomerados de galáxias são um dos maiores objetos mantidos pela força da gravidade que existem no Universo. O processo de formação, a partir da junção de dois menores, depende muito da quantidade de matéria escura e energia escura.
"Queremos ver se conseguimos compreender como se formam estes objetos tão extremos, utilizando os melhores modelos cosmológicos disponíveis hoje em dia", disse o membro da equipe Jack Hughes, da mesma universidade.
A equipe autora da descoberta é liderada por astrônomos chilenos e da Universidade Rutgers.
O El Gordo foi detectado pelo Very Large Telescope por uma distorção da radiação cósmica. Este brilho tênue é o resto da primeira radiação vinda do Big Bang, a origem do Universo, muito densa e extremamente quente há cerca de 13,7 bilhões de anos.
A radiação que resta do Big Bang interage com os eletróns do gás quente dos aglomerados de galáxias, distorcendo a aparência do brilho delas. Quanto maior e mais denso for o aglomerado, maior será o efeito.
O achado será anunciado no próximo dia 10 durante o Encontro da Sociedade Astronômica Americana, que se realiza em Austin, no Texas.

O "El Gordo", formado por dois subaglomerados de galáxias, foi encontrado por telescópio no Chile
O "El Gordo", formado por dois subaglomerados de galáxias, foi encontrado por telescópio no Chile

Sonda russa que não chegou a Marte deve cair na Terra neste mês

De início, a viagem era até Marte, mas a missão da sonda russa Fobos-Grunt acabou abreviada para um rápido e infrutífero passeio pela órbita terrestre. Agora, chegou a hora de ela despencar do céu.
Ninguém sabe onde ou exatamente quando. As estimativas das autoridades russas dão conta de que ela deve cair entre hoje e o próximo dia 21. A data mais provável é domingo (15), embora variações nas condições da atmosfera tornem qualquer previsão mero chute. A única informação segura é de que partes da sonda devem passar ilesas na reentrada e chegar ao chão.
Embora o processo seja violentíssimo, dada a velocidade da espaçonave, alguns de seus componentes foram projetados para resistir.
Isso porque, nos planos originais, a Fobos-Grunt iria até as imediações de Marte, pousaria na maior de suas duas luas, Fobos, e voltaria com amostras de sua superfície.
Ela chegaria aqui com o tanque de combustível vazio. Contudo, dada a falha no disparo dos propulsores que a deixou presa em órbita terrestre, a sonda descerá completamente abastecida.
"A presença do combustível levará a uma destruição ainda maior na reentrada, o que, por incrível que pareça, é melhor do que se ela ocorresse com os tanques vazios", avalia Petrônio Noronha de Souza, tecnologista do Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais), em São José dos Campos (SP).
Os russos esperam que, cheio de combustível inflamável, o tanque sofra uma explosão com o calor do atrito com a atmosfera, impedindo que grandes pedaços da sonda --com suas 14,5 toneladas-- cheguem ao chão. Segundo os especialistas, devem atingir o solo até 30 pedaços, somando 200 kg.
O mais provável é que o local da queda seja o oceano Atlântico ou o continente africano. Mas a chance de machucar alguém é remotíssima. Outros casos de reentrada de lixo espacial já causaram apreensão pelo risco, ainda que muito baixo, de que alguém fosse atingido.
FRACASSO
O projeto da Fobos consumiu US$ 163 milhões após mais de uma década sem lançamentos interplanetários da Rússia. A última sonda russa, de 1996, também foi destinada a Marte e fracassou.
A Fobos-Grunt partiu no dia 8 de novembro de 2011, mas logo percebeu-se que seus propulsores falharam.
Tentativas de estabelecer contato de rádio com a sonda foram feitas, por estações russas e pela ESA (Agência Espacial Europeia). Os europeus estabeleceram contato com a espaçonave, mas jamais ficou claro se ela obedeceu a algum dos comandos.
Apesar dos esforços, não foi possível recolocá-la a caminho de Marte.

segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

Dia do Astronauta

O Dia do Astronauta é um dia para celebrar a importância da participação brasileira na ida ao espaço. O brasileiro Marcos Pontes, foi o primeiro brasileiro a ir ao espaço, após passar por oito anos de treinamento na Agência Espacial Norte-Americana (Nasa) e na Agência Espacial Russa (Roscosmos).

Origem do Dia do Astronauta
O Dia do Astronauta é comemorado no dia 08 de janeiro, em homenagem à Missão Centenário, realizada pela Agência Espacial Brasileira (AEB) no ano de 2006, e a viagem de Marcos Pontes para a Estação Espacial Internacional (ISS)

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Foto tirada por astronauta mostra lago turco na Terra; veja

A foto tirada por um dos astronautas que se encontram --atualmente são seis-- na ISS (Estação Espacial Internacional), divulgada nesta sexta-feira, parece exibir o céu, mas na verdade é a Terra vista do espaço.
Se observar com atenção, bem no meio da imagem há o lago Egirdir, da Turquia (um pouco acima de uma câmara que também se vê no centro). À direita, embaixo, pode-se ver a nave russa Soyuz acoplada à ISS.
O astronauta Don Pettit, o cosmonauta Oleg Kononenko e o holandês Andre Kuipers são os mais novos membros da plataforma, que se juntaram ao comandante americano Daniel Burbank e os russos Anton Shkaplerov e Anatoly Ivanishin.
Os seis integrantes trabalharão juntos até março, com volta prevista em maio deste ano.
No centro da imagem está o lago turco Egirdir; à direita, a nave russa Soyuz acoplada à estação espacial
No centro da imagem está o lago turco Egirdir; à direita, a nave russa Soyuz acoplada à estação espacial

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Achado na Austrália mineral que se pensava exclusivo da Lua

Um mineral trazido à Terra pelos primeiros astronautas que viajaram à Lua, e que se pensava exclusivo do satélite natural, foi descoberto em rochas da Austrália de mais de um bilhão de anos, informaram cientistas nesta quinta-feira.
A tranquilitita tem esse nome por ter sido encontrada pela primeira vez em 1969 no mar da Tranquilidade, uma planície de basalto situada na Lua.
Durante muito tempo, considerou-se que o mineral era somente da Lua, mas também havia amostras no oeste da Austrália, declarou Birger Rasmussen, cientista da Universidade Curtin, em Perth, no mesmo país.
"Sempre houve este mineral na Terra; estas amostras não vieram da Lua", destacou o cientista, que publicou sua pesquisa na revista "Geology". "Isto significa basicamente que na Lua e na Terra ocorrem os mesmos fenômenos químicos e os mesmos processos", acrescentou.
O mineral raro foi detectado em seis locais diferentes da Austrália e permite, entre outras coisas, datar com precisão a antiguidade das rochas que o contém.

quarta-feira, 4 de janeiro de 2012

Telescópio no Chile capta imagem de nebulosa Ômega

O poder de alcance do Very Large Telescope é atestado pela imagem divulgada nesta quarta-feira pelo ESO (Observatório Europeu do Sul), que fica em solo chileno, no deserto de Atacama.
A foto mostra a nebulosa Ômega, também conhecida como Messier 17, onde prolifera poeira estelar que circunda estrelas em formação.
O gás colorido e a poeira escura da nebulosa servem de matéria-prima na criação da próxima geração de estrelas.
Nesta região particular, as estrelas mais jovens --brilhando de forma ofuscante em tons branco-azulados-- iluminam todo o conjunto.
As zonas de poeira da nebulosa, semelhantes a brumas, contrastam visivelmente com o gás brilhante.
As cores vermelhas dominantes têm origem no hidrogênio, que brilha sob a influência da intensa radiação ultravioleta emitida pelas estrelas quentes jovens.
A Ômega tem muitos nomes, dependentes de quem a observou, quando e do que julgou ter visto.
Entre eles, incluem-se: nebulosa do Cisne, Cabeça de Cavalo e ainda Lagosta. O objeto foi também catalogado como Messier 17 (M17) e NGC 6618.
A nebulosa situa-se entre 5000 e 6000 anos-luz de distância na direção da constelação de Sagitário.
Um alvo bastante popular entre os astrônomos, este campo de poeira e gás brilhante é uma das mais jovens e mais ativas maternidades estelares na Via Láctea, onde nascem estrelas de grande massa.

Fotografia da nebulosa Ômega tirada por telescópio que se encontra no deserto do Atacama, no Chile
Fotografia da nebulosa Ômega tirada por telescópio que se encontra no deserto do Atacama, no Chile

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Vem aí o fim do mundo, mas não será neste ano

Resigne-se: o mundo vai mesmo acabar. Isso só não deve ser em 2012, como muita gente anda dizendo por aí.
Daqui a 1 bilhão de anos, nosso planeta estará fadado à morte certa, com um futuro de temperaturas escaldantes insustentáveis para a manutenção da vida. O culpado? O Sol, a caminho de uma espécie de velhice estelar.
"Faz parte da evolução das estrelas do tipo do Sol. Quando o hidrogênio de seu núcleo vai acabando, a consequência é a estrela aumentar. Isso interfere em seu brilho e na energia que chega à Terra", diz Gustavo Rojas, astrofísico da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).
Embora a presença de vida (ao menos por enquanto) seja exclusividade do Sistema Solar, nossa estrela é de um tipo bastante comum Universo afora.
As estrelas são amontoados de gás incandescente, sobretudo hidrogênio. No núcleo, os átomos se chocam em um ambiente de altíssima pressão, desencadeando a chamada fusão nuclear. Esse processo gera muita energia e permite que a estrela tenha um tamanho estável.
O problema é que esse combustível não dura para sempre e, à medida que ele vai acabando, outro elemento, o hélio (resultado da fusão do hidrogênio) começa ele mesmo a ser fundido.
Essa substituição faz com que as camadas externas da estrela se expandam. É como se o calor se espalhasse pela extensão da estrela, que fica mais fria e, portanto, mais avermelhada. É esse futuro como gigante vermelha que espera o Sol daqui a pelo menos 5 bilhões de anos.
Seu tamanho deverá aumentar em torno de 200 vezes, o suficiente para "engolir" Mercúrio, Vênus e, muito provavelmente, a Terra.
As condições de vida por aqui, porém, irão se deteriorar bem antes disso.
"Daqui a 1 bilhão de anos, com o aumento do brilho do Sol, os oceanos já terão evaporado. Até as rochas derreterão. A vida já terá acabado", diz Carolina Chavero, do Observatório Nacional, no Rio.
Tudo isso ainda levará muito tempo para acontecer, mas já existem cientistas propondo alternativas à aniquilação da humanidade. Uma delas seria a migração.
"A zona habitável [região em que há água no estado líquido] do Sistema Solar também mudará. Regiões antes muito frias vão esquentar", diz Gustavo Rojas. Uma boa primeira parada seria Marte.
O "descanso", porém, seria temporário. O Sol logo começaria a fritar também a superfície marciana.
Em mais alguns bilhões de anos, o chamado cinturão de Kuiper, onde fica Plutão, é que terá condições ideais.
Soluções mais malucas, como um guarda-sol para barrar parte da luz estelar, e até um complexo sistema que usaria a força gravitacional de cometas para "empurrar" a Terra para outra órbita, também já foram pensadas.

O envelhecimento do Sol fará com que os astro se expanda, colocando em risco os planetas
O envelhecimento do Sol fará com que os astro se expanda, colocando em risco os planetas

domingo, 1 de janeiro de 2012

FELIZ ANO NOVO!!!

QUERIA DESEJAR UM FELIZ ANO NOVO PARA TODOS,QUE ESSE ANO SEJA CHEIO DE PAZ,AMOR E MUITA SAÚDE PARA TODOS,E TAMBÉM QUE ESSE ANO A ASTRONOMIA VENHA CHEIA DE NOVIDADES...
QUERIA AGRADECER A TODOS QUE ENTRAM NO MEU BLOG EM 2011 MUITO OBRIGADA MESMO,ESPERO QUE ESSE ANO VOCÊS CONTINUEM A ENTRA E COMENTAR...

FELIZ 2000DOZE PARA TODOS