O alerta é da Noaa (Agência Nacional Atmosférica e Oceânica dos EUA). Diferentes satélites da Nasa já captaram a atividade.
Conhecidas como ejeções de massa coronal, essas explosões podem danificar sobretudo os satélites de comunicação que orbitam a Terra.
"Os satélites estão bem lá em cima, não têm a proteção contra as partículas e radiação que a nossa atmosfera oferece", afirma Gustavo Rojas, astrofísico da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos).
O cientista explica que a radiação, que viaja na velocidade da luz, já chegou à Terra. Agora, o maior problema são as partículas, especialmente os prótons, que viajam em velocidade mais lenta em direção ao nosso planeta. São eles os principais responsáveis pelos problemas que podem vir a ocorrer.
Kathy Sullivan, vice-administradora da Noaa, afirma que voos em áreas próximas aos polos podem sofrer alterações porque a comunicação fica sujeita a falhas principalmente nesses pontos.
Apesar do risco, as chances de danos substanciais são baixas. As tempestades são classificadas em três níveis: classe C, mais fracas, M, moderadas, e X, as mais fortes. A atual é M9, no limite das mais intensas.
"Foi uma explosão importante, mas não oferece riscos. Na verdade, o Sol vem de um período de atividade baixa", diz Pierre Kaufmann, coordenador do Centro de Radioastronomia e Astrofísica da Universidade Mackenzie.
O Sol tem ciclos de atividade de 11 anos, com períodos mais intensos e outros de calmaria. O pico de atividade do ciclo atual está previsto para o ano que vem.
"As tempestades devem ficar mais fortes até lá, mas observações já indicam que esse é um ciclo particularmente calmo", diz Kaufmann.
Em 1989, uma tempestade solar causou a queda na rede elétrica no Canadá. A consequência mais comum, porém, é a intensificação dos fenômenos luminosos conhecidos como auroras austrais e boreais, que ficam visíveis mais longe dos polos.
Imagem da Nasa mostra tempestade solar na segunda-feira; radiação viaja velozmente em direção à Terra |
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