Pesquisa aponta ainda que 75% das estrelas gigantes têm 'companheiras'.
Estudo da revista 'Science' muda forma como grandes estrelas são vistas.
Representação artística mostra par de estrelas gigantes, em que uma menor "vampiriza" sua companheira (Foto: Divulgação/ESO) |
Uma pesquisa da revista "Science" registrou dois fenômenos curiosos: a existência de estrelas "vampiras", em que uma menor suga matéria da superfície de sua companheira maior, e a comprovação de que astros de grande massa não existem isoladamente, sendo identificadas quase sempre aos pares. O estudo foi feito por astrônomos usando o Telescópio de Grandes Proporções (VLT, na sigla em inglês), construído no Chile pelo Observatório Europeu do Sul (ESO, na tradução do inglês), projeto do qual o Brasil faz parte.
Até agora, os astrônomos pensavam que a existência de estrelas duplas de grande massa eram uma exceção, algo necessário apenas para explicar fenômenos exóticos. O estudo mostra que, para interpretar corretamente o universo, elas precisam ser levadas em conta. As estrelas duplas não só são comuns, mas sua existência é bem diferente de quando estão isoladas, afirma a pesquisa.
O principal autor do estudo, Hughes Sana, da Universidade de Amsterdã, aponta que as estrelas observadas têm 15 vezes ou mais a massa do Sol e podem ser até um milhão de vezes mais brilhantes. Quase 75% destes astros têm uma "companheira" próxima, segundo a pesquisa da revista "Science".
A maior parte dos pares de astros interage de forma violenta, transferindo massa de uma para outra. "Estas estrelas são autênticos monstros", afirmou Sana para a revista. Elas "são tão quentes que brilham com uma luz azul-esbranquicada e têm temperaturas superficiais que excedem 30 mil ºC."
"Vampiras"
As estrelas "vampiras" ocorrem em 40% a 50% dos casos de astros gigantes, aponta o estudo. São casos em que um corpo celeste menor "rejuvenesce" ao sugar hidrogênio fresco de uma companheira maior. Sua massa aumenta substancialmente e faz ela sobreviver muito mais tempo do que uma estrela isolada com a mesma massa.
A previsão é que um terço dos pares de estrelas gigantes vão se fundir, de acordo com a pesquisa.
Fonte: http://g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2012/07/estudo-identifica-estrelas-vampiras-que-roubam-massa-de-outras.html
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