O objeto foi identificado pelo satélite Iras, em 1983, mas a comunidade astronômica não havia dado muita bola para ele até hoje.
"Eu estava fazendo um censo de estrelas em sua fase final de vida, e ela apareceu como um imenso farol na imagem", conta Eric Lagadec, astrônomo do ESO (Observatório Europeu do Sul) e líder da equipe que fez a descoberta, recém-publicada no periódico "Astronomy & Astrophysics".
"Eu me lembro do pessoal no telescópio dizendo: 'Uau! O que é isso?'." Era o que os astrônomos chamam de uma hipergigante amarela.
Até hoje, só outros três objetos similares haviam sido observados, e nenhum deles era tão brilhante e tão próximo quanto o da nebulosa do Ovo Frito.
A razão para tão poucos exemplares é que a fase hipergigante amarela desses astros é muito efêmera.
O astro fica tão grande que, se colocássemos o "ovo" no lugar do Sol, sua superfície ficaria mais ou menos onde fica a órbita de Júpiter (e a Terra estaria dentro dele).
Localizada a 13 mil anos-luz da Terra, ela provavelmente não trará perigo para nosso planeta quando virar supernova --fenômeno que leva à explosão das camadas exteriores do astro.
Contudo, a promessa é, no mínimo, de um belo espetáculo. Especula-se que, ao explodir, ela possa se tornar visível no céu até de dia.
E os fogos de artifício são para quando? "É difícil dizer. Pode acontecer a qualquer momento, de hoje até as próximas centenas de milhares de anos", diz Lagadec.
Só outros três objetos similares foram observados, e nenhum era tão brilhante quanto o da nebulosa do Ovo Frito |
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